6 minute read

Marcus Vinícius Vieira de Almeida

Mais perto das pessoas

Introdução: Mélani Ruppenthal Entrevista: Jennifer Nunes

Advertisement

Ocupando a cadeira de deputado estadual, após 20 anos de atuação pública, Marcus Vinícius Vieira de Almeida já esteve no comando de importantes entidades do Estado e já emplacou o título de prefeito mais jovem do Brasil.

Hoje, com 38 anos, o deputado se compreende como liberal-conservador e levanta a bandeira do municipalismo. Ao passar pela presidência da Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul) e do IPE Saúde, maior plano de saúde do Estado, o parlamentar se sente preparado para os desafios na Assembleia Legislativa.

Em seu mandato meteórico, com início em abril de 2021, o deputado elenca como prioridade o processo de reforma estrutural do Estado. Como liberal-conservador, defende a diminuição do Estado para seu dinamismo e eficiência na prestação de serviços públicos.

Casado com Grasiela, pai da Bárbara e do Ricardo, Marcus Vinícius está perto das pessoas e quer empoderar a força regional. Confira a seguir a entrevista completa com esta referência política da zona do sul do Rio Grande do Sul

Em seus posicionamentos, o senhor se define como um liberal-conservador. Qual o seu entendimento sobre esse campo ideológico?

Liberal em relação ao aspecto econômico. Conservador quanto aos meus próprios costumes, mas uma pessoa tolerante aos costumes alheios. Muitas vezes as pessoas olham para alguém conservador e classificam como ‘reacionário’ e ‘intolerante’, mas não é isso. Conservador é aquele que procura conservar tradição, as suas origens e as suas raízes.

O senhor esteve à frente como diretor do IPE Saúde, um importante órgão de saúde do Estado, durante a pandemia. Que desafios encontrou pelo caminho? O IPE Saúde é um gigante. É o maior plano de saúde do Rio Grande do Sul e um dos maiores do Brasil, com mais de um milhão de usuários. Fazer gestão em uma estrutura com tanta precariedade de serviços como se encontrava, fizeram com que o nosso mandato fosse muito dedicado a essa recuperação da autarquia e da credibilidade. Na nossa passagem de 12 meses por lá, nós conseguimos colocar as contas em dia e deixar o primeiro ano superavitário depois de cinco anos de déficit.

Em abril deste ano, o senhor assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa, substituindo como suplente a deputada Silvana Covatti. Quais são as principais bandeiras do seu mandato? Meus pilares estão estruturados no municipalismo e no empoderamento local. Isso significa falar sobre liberdade e subsidiariedade. Nosso mandato está muito focado nos combates às desigualdades regionais e também um direcionamento especial para a atuação na área da gestão e no fomento aos setores produtivos, como a agricultura, o agronegócio, comércio e serviços.

O senhor protocolou um projeto que visa criar a Política Estadual de Governança Pública e fortalecer a gestão no RS. Como podemos fazer o serviço público ser mais eficiente e transparente para a população a partir deste projeto?

A governança não é uma mera modi-

A governança não é uma mera modinha, mas sim uma tendência mundial que começou a ser discutida no setor privado para tentar garantir melhores resultados na produção

EM FAMÍLIA Com a esposa Grasiela Boanova, e os filhos Ricardo e Bárbara

nha, mas sim uma tendência mundial que começou a ser discutida no setor privado para tentar garantir melhores resultados na produção. O serviço público tem que ter esse olhar e se inspirar nas boas práticas que o meio privado mostrou que é capaz de produzir. Desde 2013, aqui no Brasil, o Tribunal de Contas da União tem tentado estimular os gestores públicos a participar desta tendência. Eu entendo que o cuidado com a governança deve ser algo permanente, e não uma política apenas de governo.

A Frente Parlamentar em Defesa do Desenvolvimento da Metade Sul foi uma proposição feita pelo senhor, que agora atua também como presidente do movimento. Quais são os principais objetivos desta ação?

Temos hoje no Rio Grande do Sul uma consciência, um olhar muito claro de que existem dois Rio Grande,dentro do mesmo. Um ao Sul pobre e um ao Norte desenvolvido. Essa Frente Parlamentar não tem interesse de dividir ainda mais ou de fazer uma batalha, uma disputa entre irmãos. Muito pelo contrário, o desejo é unir o Estado neste mesmo ritmo de desenvolvimento, de crescimento, de geração de emprego e renda.

Com relação a esta parte do Estado, o senhor se posicionou contrário à prorrogação dos contratos de concessão da Ecosul, atual empresa na gestão. Na sua visão, qual o melhor caminho para a região?

Não consigo encontrar outra palavra para traduzir, tamanho desprezo com os usuários que, por mais de duas décadas, estão sendo lesados com tarifas abusivas e serviços ineficientes. Estive com o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas e expressei a necessidade de uma nova licitação. Novamente, levarei o apelo por meio da mobilização de uma petição pública e o registro de indignação que está na garganta de todos.

Na área da Educação, o senhor protocolou um projeto referente a implementação na rede estadual do ensino híbrido para o nível infantil. Como melhorar os índices, hoje tão baixos, na Educação?

São incontáveis e inquestionáveis os prejuízos que este período pandêmico trouxe. Contudo, os esforços empregados no sentido de conciliar a educação com o distanciamento social,

PREPARADO Ocupando hoje a cadeira de deputado estadual, após 20 anos de atuação pública, Marcus Vinícius Vieira de Almeida já esteve no comando de importantes entidades do Estado e já emplacou o título de prefeito mais jovem do Brasil. Na foto, deputado estadual discursa durante o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Desenvolvimento da Metade Sul

geraram na sociedade uma nova visão sobre a educação. Nós reconhecemos que ainda está muito longe do que deveria ser o ideal para um ensino de qualidade, ao mesmo tempo em que não podemos desprezar tudo o que foi feito. Por isso, o nosso projeto busca consolidar essa ferramenta de base, chegando a mais pessoas e melhorando os indicadores na Educação.

Como você avalia o cenário nacional das eleições de 2022 para a presidência?

Caminhando pelo estado e um pouco pelo Brasil, com os candidatos que se apresentam ao pleito, hoje não vejo alguém ainda em condição de fazer frente à candidatura do presidente Jair Bolsonaro. O presidente possui grande aprovação pela sua condução política e investimentos no agronegócio e produção primária que tenham chegado ao nosso estado diretamente do governo federal.

Em relação ao governo do Estado, o seu partido está com um pré-candidato ao comando do Rio Grande do Sul, o senador Luiz Carlos Heinze. Como o senhor enxerga o lançamento do Partido Progressistas ao pleito e que pautas devem ser elencadas como prioridade?

O PP sempre foi um partido comprometido com a eficiência do estado. Nunca nos afastamos de lutar pela modernização da máquina pública. As principais reformas estruturantes pautadas nos últimos governos tiveram a participação ativa da nossa bancada estadual. Sem dúvida a busca pela recuperação econômica e desenvolvimento do RS guiará as ações.

Como avalia a condução do governo Leite no Estado e a agenda de reformas?

A Assembleia está com uma visão muito clara, se tratando de reforma do Estado e de avanço que, na verdade, era tão necessário para olhar o futuro com mais esperança. Obviamente, a condução tanto do governo, como do nosso presidente da ALRS, Gabriel Souza, tem sido bem alinhada neste sentido. Como deputado, da base do governo, me sinto à vontade para me posicionar favoravelmente aos temas que o governo tem apresentado porque fazem sentido com toda a minha trajetória política e são pautas que tem coerência com o que eu preguei a vida toda.

This article is from: