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PANORAMA O SECTOR EM NÚMEROS
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A OPINIÃO DE LUCÍA GUTIERREZ-MELLADO Clients portfolio manager, J.P. Morgan AM
IMPACTO SEVERO, MAS TRANSITÓRIO
dois segmentos foi registado um crescimento moderado.
GRÃO A GRÃO…
O mercado europeu de fundos de investimento continua na sua senda de desenvolvimento. Passo a passo, entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020, este mercado já cresceu mais de 1.5 biliões de dólares. O património total sob gestão dos produtos europeus aumentou no primeiro mês de 2020 de 10,8 para 11,1 biliões de dólares. Por classes de ativos, apenas as ações revelaram um decréscimo comparativamente aos meses anteriores. No que concerne a distribuição das captações líquidas na Europa, em dezembro e janeiro estas ascendiam a 130.922 milhões de dólares, valor que se traduz numa subida de 56.860 milhões de dólares. Ao contrário do que revelou o somatório dos dois meses anteriores quando o Reino Unido e Fran-
ça estavam a vermelho, em dezembro e janeiro nenhum mercado ficou em terreno negativo. Através da análise das casas gestoras internacionais que mais captaram em dezembro e janeiro, podemos depreender que em dezembro foi a BlackRock que melhor saldo de subscrições líquidas apresentou. Em janeiro, porém, a Amundi captou nada mais nada menos do que mais 13,043 milhões de dólares, mais do dobro do valor registado pela BlackRock no último mês do ano. Excluindo os fundos do mercado monetário, nada há dúvida alguma de que a BlackRock é a rainha. A gestora americana é desde setembro aquela que consegue melhores resultados em termos de captações neste segmento, tendo respetivamente em dezembro e janeiro conseguido captar 6.278 e 6.822 milhões de dólares, quase o dobro das segundas classificadas, a Vanguard e a J.P. Morgan AM.
GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM DEZEMBRO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS
SEM MONETÁRIOS
BlackRock
6.738
BlackRock
J.P. Morgan AM
4.791
Vanguard
3.184
Vanguard
3.184
PIMCO
2.692
DWS
3.073
Amundi
2.239
Morgan Stanley
2.850
DWS
2.183
6.278
GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM JANEIRO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS Amundi
13.043
SEM MONETÁRIOS BlackRock
6.822
BlackRock
11.924
JP Morgan AM
3.327
JP Morgan AM
4.468
PIMCO
3.025
PIMCO
3.025
DWS
2.278
BNY Mellon
2.765
UBS
2.271
42 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Não há dúvida que o COVID-19 vai ter um impacto significativo no crescimento económico a nível global na primeira metade do ano. A profundidade e a duração de uma contração no crescimento dependerá de dois fatores: quanto tempo vai demorar a conter o surto; e qual será a resposta por parte dos Bancos Centrais e Governos quanto a medidas de política monetária e fiscal. Continuamos a pensar que o impacto será severo, mas transitório e na segunda metade do ano devemos ver uma recuperação do crescimento económico e dos resultados empresariais. Esperamos que no curto prazo a volatilidade continue já que este contexto reforça a importância dos princípios do aforro a longo prazo: em primeiro lugar manter as carteiras diversificadas (a relação negativa entre ações e as obrigações do governo permanecem intactas na correção recente); em segundo lugar é preciso evitar fazer market timing, a história diznos que muitos investidores reembolsaram após fortes correções de mercados e, em muitas ocasiões, revelou-se ser o pior momento para vender ativos de risco, é preciso manter a cautela, mas após estas correções não é o momento de se tornar muito negativo em ações; por último, é preciso ter exposição a ativos alternativos que nos ajudem a descorrelacionar com os ativos tradicionais.