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Aquisições estratégicas

CANADÁ Innocap IM cresce em ativos alternativos

A Inoocap Investment Management assinou um acordo para comprar o negócio HedgeMark da BNY Mellon. A HedgeMark oferece uma plataforma de contas geridas para hedge funds e serviços de análise de risco. Como parte do acordo, a BNY Melllon adquirirá uma participação minoritária no negócio global da Innocap IM, que gere um património de 50.000 milhões de dólares.

EUA State Street aposta nos ativos digitais

A State Street selou um acordo com a Copper.co, um provedor londrino de serviços institucionais de custódia de ativos digitais e infraestruturas de negociação. Com esta operação, a State Street propõe-se a lançar uma gama de serviços de custódia de algumas das criptodivisas mais populares e outros ativos digitais. REINO UNIDO AssetCo compra uma boutique

A gestora de ativos AssetCo comprou a Revera Asset Management Limited por 2,8 milhões de libras, dos quais 1,9 milhões se pagarão em dinheiro e o resto mediante a emissão de novas ações. Fundada em 2003, a Revera é uma gestora independente com sede em Edimburgo que se especializou em ações britânicas.

MÉXICO Stratos compra uma gestora local

A Stratos Wealth Holdings, uma empresa de assessoria financeira com sede em Beachwood (Ohio), adquiriu uma participação maioritária de 50,1% na NSC Asesores, uma gestora de patrimónios da Cidade do México com quase 4.000 milhões de dólares em ativos. A direção da NSC controlará 30% das ações e a banca privada suíça Julius Baer os 19,9% restantes. FRANÇA AXA IM entra em mercados privados

A AXA Investment Managers comprou uma participação maioritária na Capza, uma boutique especializada em mercados privados. O acordo pretende revitalizar este importante ator da dívida privada e o capital de risco na Europa, centrado nos segmentos de pequena e média capitalização.

SUÍÇA J. Safra Sarasin reforça-se

A banca privada suíça J. Safra Sarasin comprou à sociedade luxemburguesa Aabar Trading 42,5% que ainda não possuía do Bank Zweiplus, convertendo-se assim na única proprietária. O Bank Zweiplus, que oferece serviços de negociação e custódia, continuará a operar como uma entidade independente.

HONG KONG Aliança para elevados patrimónios

A sociedade de investimento DL Holdings fechou uma aliança estratégica de três anos com a seguradora YF Life para ampliar a gama de produtos para clientes de elevado património. As duas empresas trabalharão conjuntamente no desenvolvimento de uma gama de serviços que não oferecem as bancas privadas tradicionais. COREIA DO SUL Arte digital e NFT

A sul coreana Hana Bank alcançou um acordo com a casa de leilões online Seoul Action Blue para satisfazer a crescente procura por ativos alternativos. O acordo pretende desenvolver uma nova oferta de arte digital, que incluirá NFT e plataformas metaverso, orientada para as novas gerações de investidores.

SINGAPURA Novo acordo para o BOS

O Bank of Singapore (BOS) vendeu a gestão da sua plataforma interna de mercados privados, com 2.000 milhões de dólares em ativos, à iCapital, plataforma fintech centrada em investimentos alternativos. O BOS continuará a proporcionar consultoria aos clientes, enquanto que a iCapital oferecerá fundos personalizados em mercados privados.

ESTRATÉGICAS

Num momento de incerteza económica mundial confirma-se a vitalidade do setor.

A OPINIÃO DE

LUKE NEWMAN Co-gestor de estratégia de Retorno Absoluto, Janus Henderson

O ARGUMENTO DO RETORNO ABSOLUTO

A história mostra-nos que a diversifiação não é algo que deva ser tomado como garantido. Além disso, as estratégias tradicionais de alocação de ativos construídas em torno de ações e obrigações têm sido um instrumento útil para os investidores nas últimas duas décadas - e isto tem continuado durante a maior parte da era pandémica. Embora a generosidade dos bancos centrais tenha ajudado a financia os governos durante a pandemia, também ajudou a inflaciona os preços dos ativos. Os bancos centrais enfrentam agora a tarefa de encontrar uma forma de desencorajar as suas medidas de estímulo (afunilamento), sem precipitar uma nova crise. A procura continua a crescer em estratégias de equity long/short, uma vez que a correlação entre as ações continua a cair desde o pico a que assistimos durante os primeiros dias da pandemia. Nos últimos meses assistiu-se também a uma rotação de crescimento para valor, apoiada por taxas de juro crescentes e pressões inflacionitas mais elevadas do que o esperado. É provável que este seja um ambiente mais favorável para estratégias de retorno absoluto em que a seleção de ações se baseia nos fundamentais da empresa. As ineficiênciasdo mercado existirão sempre devido a informação imperfeita e comportamento imprevisível dos investidores. Os investidores podem avaliar mal as perspectivas de uma empresa; os mercados podem reagir de forma exagerada a notícias negativas. Isto pode criar oportunidades para as estratégias de investimento capazes de gerar retornos positivos, em quaisquer que sejam as condições prevalecentes no mercado.