NA REDE | Nº 24 | A PUBLICAÇÃO DA FUNDAÇÃO TÊNIS | NOVEMBRO 2014

O INFORMATIVO DA FUNDAÇÃO TÊNIS l Nº 24 l NOVEMBRO l 2014

FOTOS CRISTIANO SANT’ANNA - INDICEFOTO.COM

PRAZER

em conhecer

Trabalho da Fundação Tênis conquista presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin

Norbert Müller, na foto com o menino Gabriel, durante sua visita ao Núcleo Humaitá da Fundação Tênis

Reconhecimento: recebemos a medalha comemorativa aos 150 anos de Coubertin PÁGINAS 3, 4 e 5

MENSAGEM

Uma distinção que nos fortalece Recentemente recebemos a visita do professor Norbert Müller, presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin. O professor Müller, observando diversos projetos no Brasil, veio a Porto Alegre e, aqui, tivemos a oportunidade de levá-lo a dois núcleos da Fundação Tênis. Naquela ocasião, manifestou, ao mesmo tempo, surpresa e satisfação pelo trabalho que estamos desenvolvendo. Surpresa porque não tinha conhecimento do que efetivamente a Fundação Tênis está realizando e satisfação ao tomar conhecimento sobre os sistemas de acompanhamento que implantamos junto a cada um dos núcleos, monitorando de perto todas as nossas atividades e também pelos resultados obtidos.

Foi em razão deste trabalho que a Fundação Tênis recebeu, das mãos do Professor Müller, a medalha comemorativa aos 150 anos do nascimento do Barão Pierre de

Coubertin, conhecido por ser o criador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna e também a ele é atribuída a criação dos fundamentos da Educação Olímpica. Muito nos honra esta distinção, visto que o Comitê Olímpico busca os melhores projetos, não somente no Brasil, mas em âmbito mundial.

A medalha recebida do Comitê Internacional Pierre de Coubertin e a visita do professor Norbert Müller comprovam que o trabalho que realizamos em

“Seguimos comprometidos e sempre entusiasmados com os desafios que nossas atividades nos impõem”.

“Muito nos honra esta distinção, visto que o Comitê Olímpico busca os melhores projetos, não somente no Brasil, mas em âmbito mundial”.

quadra, a partir de aulas direcionadas para a prática do tênis, reflete-se em educação de nossos alunos. Proporcionam a vivência de valores, como Amizade, Respeito e Excelência, que são capazes de contribuir para a transformação da vida desses jovens, muitos em situação de vulnerabilidade social.

Assim, essas duas distinções – a medalha concedida e a visita do presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin – fortalecem os acertos de nossa trajetória e nos tornam ainda mais responsáveis e compromissados com o futuro que temos por construir.

Este fato relevante ocorre às vésperas de completarmos 15 anos. A Fundação Tênis foi oficialmente instituída em 11 de maio de 2001, quando trabalhávamos com um único núcleo, no Parque Marinha do Brasil, e com turmas que totalizavam 43 crianças. Hoje, somos 11 núcleos no Brasil – no Rio

Grande do Sul e em São Paulo – e cerca de 1.100 jovens são assistidos.

Passados todos esses anos desde a criação da Fundação, seguimos comprometidos e sempre entusiasmados com os desafios que nossas atividades nos impõem. Se, até nos dias de hoje, tivemos expressivo crescimento, entendemos que, para continuarmos a obter os resultados até agora alcançados, é necessário planejar o futuro da Fundação. Esta é uma atividade na qual estamos empenhados e somente através de um plano claro de crescimento a médio e longo prazo é que daremos sustentabilidade à Fundação.

Paulo Roberto Leke

EXPEDIENTE NA REDE – O INFORMATIVO DA FUNDAÇÃO TÊNIS – Nº 24 – NOVEMBRO / 2014

Coordenação Eduardo Soeiro e Luis Carlos Enck Edição e Textos Cláudia Coutinho

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Colaboração Elaine Lerner e Ivan Netto Produção e Edição Gráfica Carolina Porto Ruwer

Diretoria da Fundação Tênis José Francisco Cirne Lima Paulo Roberto Leke Superintendente Luis Carlos Enck

Impressão Ponto Um Gráfica e Editora Ltda.

Por acreditar no trabalho da Fundação Tênis, a Ponto Um doa a impressão deste informativo.

COMITÊ INTERNACIONAL PIERRE DE COUBERTIN

Uma visita muito especial

o presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin conversasse com as crianças. Foi quando o menino Gabriel, inquieto para se aproximar de tão importante personalidade, mal treinou a primeira frase que aprendeu a dizer em inglês e saiu correndo para se posicionar na frente do visitante e dizer, com enorme alegria: omento m m u - My name is Gabriel. a r t is Foto que reg a Fundação Tênis Pronto. O clima de ra descontração tomou histórico pa Os alunos do Núcleo Humaitá tal Vereador Antôconta. Outras crianças estavam ansiosos com a proximida- nio Giúdice, outros também se aventuraram a converde da chegada de tão ilustre visitan- questionamentos pica, foi recebido pela secretária sar com o professor Norbert, desta te. Todos sabiam que o presidente também se dissiparam. Não, ele municipal de Educação de Por- vez, com ajuda dos coordenadores do Comitê Internacional Pierre de não era nem um pouco parecido to Alegre, professora Cleci Maria da Fundação.

- Ele joga tênis?

Coubertin, Norbert Müller, estaria com aquele senhor circunspecto Jurach, pela diretora da escola, - Meu tênis é ruim demais. E na escola a partir das 10 horas da que figura nas camisetas da Fun- Kelly Cristina Camargo Pulice, e manhã daquela quarta-feira, dia dação, o Barão Pierre de Couber- pelo diretor da Fundação Tênis, vocês são muito bons no tênis – 1º de outubro, para assistir às au- tin. Sim, ele era muito legal, alegre José Francisco Cirne Lima, além respondeu, sorrindo. las da Fundação Tênis. Bastava e interagiu todo o tempo com alu- de coordenadores e professores da Norbert Müller, no entanto, fez algum senhor estranho à comu- nos e professores.

Fundação. Estava acompanhado questão de deixar uma mensagem nidade entrar no pátio do colégio No início, o protocolo foi cum- do presidente do Comitê Brasileiro sobre a importância do fair play, para provocar a mesma pergunta prido. Norbert Müller, também Pierre de Coubertin, Nelson Todt. expressão bem conhecida pelos por parte das crianças: “É ele?” “O membro da Comissão de Cultura Depois, observou as aulas e rece- alunos da Fundação Tênis, já que alemão chegou?” e Educação do Comitê Olímpico beu informações sobre como elas todos estão familiarizados e acosFinalmente, quando o professor Internacional (COI) e considerado eram planejadas e desenvolvidas. tumados a vivenciar os três Valores Norbert cruzou o portão da Escola um dos principais estudiosos do Chegou então o momento de Olímpicos – Amizade, Respeito e Municipal de Ensino Fundamen- Olimpismo e da Educação Olím- formar uma grande roda para que Excelência.

- O esporte não existe sem fair FOTOS CRISTIANO SANT’ANNA - INDICEFOTO.COM play – afirmou Norbert Müller. – E vocês sabem que o Valor Excelência nos ensina que o mais importante não é conquistar a medalha, mas fazer o melhor que conseguimos fazer com o objetivo de alcançá-la.

O encontro do presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin com alunos do Núcleo Humaitá da Fundação Tênis ficará guardado para sempre como um dos momentos mais importantes da história da instituição.

Na véspera, dia 30 de setembro, Norbert Müller esteve no Núcleo Chapéu do Sol, localizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Chapéu do Sol, quando foi recebido pelo presidente da Fundação Tênis, Paulo Roberto Leke, coordenadores Norbert Müller (de verde) conversa com os alunos da Fundação Tênis no Núcleo Humaitá e professores da instituição.

Professor Norbert Müller conheceu a Fundação Tênis

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COMITÊ INTERNACIONAL PIERRE DE COUBERTIN

Momentos especiais em um único dia FOTOS ARQUIVO CBPC

Medalha foi entregue pelo professor Norbert Müller (esq.) ao Biba O dia 1º de outubro de 2014 entrou para a história da Fundação Tênis. E não é só por causa da visita que o presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin, Norbert Müller, fez ao Núcleo Humaitá da Fundação Tênis na manhã daquela quarta-feira. A proximidade de um dos mais importantes estudiosos do Olimpismo do planeta com o trabalho da Fundação resultou na conquista da medalha comemorativa aos 150 anos do aniversário de Pierre de Coubertin, o fundador do Movimento Olímpico. E também na certificação de todos os coordenadores da Fundação como integrantes do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin (CBPC).

Norbert Müller esteve em Porto Alegre a convite da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Durante sua estada na capital gaúcha, participou de reuniões com o Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos e com o Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin para prospectar pesquisas e planejar atividades educacionais e sociais relacionadas aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

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FIQUE POR DENTRO • Norbert Müller é Professor Emérito em Ciências do Esporte pela Johannes Gutenberg Universtiy, em Mainz (Alemanha), fundador do grupo de pesquisa em Estudos Olímpicos da mesma universidade e Professor Senior da Universidade de Kaiserlautern. Ele também é presidente do Comitê Inter-

nacional Pierre de Coubertin, membro da Comissão de Cultura e Educação do Comitê Olímpico Internacional (COI), membro do Conselho Pontífice para Laicos (Vaticano) e membro do Conselho Acadêmico do Comitê da Igreja e do Esporte da Conferência Alemã de Bispos.

“Este trabalho é impressionante.

Por se tratar do Brasil, esperava-se que o trabalho fosse feito a partir do futebol. Mas, não. É com tênis. Além disso, é impressionante o comprometimento que os professores têm com seus alunos. Na Alemanha, depois de duas horas de aula, os professores se despedem e vão para suas casas. Aqui, na Fundação, existe uma proximidade. É um trabalho capaz de provocar mudanças. É um longo processo. Mas é realmente impressionante.”

Professor Norbert Müller, presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin

Professor Nelson Todt (esq.) participou do evento

Educação Olímpica como alicerce

FIQUE POR DENTRO • O 150º aniversário de nascimento de Pierre de Coubertin (1863-1937), fundador do Movimento Olímpico, foi celebrado em 2013.

• O parisiense Pierre de Coubertin estudou humanismo na escola jesuíta Saint Ignace, em Paris, e também se dedicou aos estudos em Educação, Sociologia, História e Política.

Entusiasmado pelo modelo anglo-saxão de Educação Esportiva, criou associações esportivas de alunos na França. Defendia o Esporte como fundamental para a educação.

• Pierre de Coubertin fundou o Comitê Olímpico Internacional (COI) em 23 de junho de 1894, mas a presidência ficou sob a responsabilidade do grego Dimitrios Vikelas. O francês assumiu o cargo de secretário geral.

• Pierre de Coubertin assumiu a presidência do COI em 1896, ano da realização da primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna, em Atenas. Foi reeleito diversas vezes até deixar o cargo, em 1925.

Norbert Müller, vestindo a camiseta da Fundação Tênis

Reconhecimento internacional Em um momento solene, mas nem por isso menos emocionante, o presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin, Norbert Müller, concedeu a medalha comemorativa aos 150 anos de nascimento de Pierre de Coubertin à Fundação Tênis. Esta distinção, criada em 2013, foi dada a pessoas ou a instituições que estão envolvidas ou comprometidas com a prática e a difusão da Educação Olímpica e com ações humanitárias. Em todo o planeta, foram distribuídas 25 medalhas.

- O Comitê Internacional

Pierre de Coubertin confere o Prêmio Pierre de Coubertin 2013 à Fundação Tênis pelo extraordinário envolvimento na Educação Olímpica com jovens em situação de vulnerabilidade social – disse o professor Norbert ao entregar a medalha ao superintendente da Fundação Tênis, Luis Carlos Enck, o Biba.

A cerimônia ocorreu antes de palestra ministrada pelo presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin, no Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS, sobre “Olimpismo: Esporte, História e Religião”.

• Coubertin escreveu 34 livros, 50 folhetos e centenas de artigos a fim de divulgar suas ideias, planos e visões sobre o Olimpismo.

A visita do presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin, Norbert Müller, à capital gaúcha teve agenda intensa. No dia 1º de outubro, o professor conheceu os trabalhos desenvolvidos pela Fundação Tênis e também pela Universidade Regional Integrada (URI) de Erechim, ambos baseados na Educação Olímpica. Durante o evento, o superintendente da Fundação Tênis, Luis Carlos Enck, o Biba, apresentou os principais indicadores da instituição, observou a importância da gestão no crescimento da entidade e destacou como os Valores Olímpicos – Amizade, Respeito e Excelência – estão presentes no dia a dia de todos.

Ao término do evento, os coordenadores da Fundação Tênis Anderson Moreira, André Werb e Marina Sodré (representada por Biba) receberam o certificado de membros do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin. Os três se juntam a Biba, Gastão Englert e Fernando Fontoura, já certificados.

“A visita do Professor Norbert Müller tem um significado muito importante.

Pela primeira vez, um representante da comunidade internacional vem ao Brasil para ver de perto o trabalho que sabem que existe. Por isso, perceber todo o projeto e a realidade no qual está inserido faz muita diferença”.

•A Fundação Tênis passou a trabalhar com o Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin em dezembro de 2007.

Esta parceria permitiu a formatação e a consolidação das práticas pedagógicas baseadas nos três Valores Olímpicos – Amizade, Respeito e Excelência.

Professor Nelson Todt, presidente do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin

André Werb e Anderson Moreira recebem o certificado

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7º ROLANDO GARRA

Daiane dos Santos encanta a todos Campeã mundial entregou medalhas aos alunos Daiane dos Santos, a primeira brasileira a conquistar o título de campeã mundial na ginástica artística, participou da cerimônia de abertura do 7º Rolando Garra, o Torneio de Integração da Fundação Tênis, disputado nos dias 18 e 19 de julho, no Parque Esportivo da PUCRS. A gaúcha entregou a Medalha Pierre de Coubertin da Fundação Tênis aos alunos que melhor representaram a vivência dos Valores Olímpicos de Amizade, Respeito e Excelência

A ginasta Daiane dos Santos foi o foco das atenções nos 12 meses anteriores. Treze jovens receberam a distinção, um de cada um dos núcleos da entidade. “O esporte pode transformar a vida de uma criança”, assegurou Daiane, que distribuiu abraços e autógrafos e fez muito selfies com a garotada.

Daiane, que atualmente re-

side em São Paulo, desenvolve o programa social “Brasileirinhos”, que leva aulas de ginástica artística e circense para crianças da rede municipal.

“Assim como a Fundação Tênis, nós buscamos a inclusão social. Os valores transmitidos pelo esporte não formam

apenas atletas, mas também cidadãos”, disse.

A cerimônia de abertura do 7º Rolando Garra reuniu cerca de 700 alunos da Fundação Tênis, incluindo as equipes representantes dos núcleos de São Paulo e do Uruguai. O evento contou também com a participação de lideranças empresariais e políticas, como o secretário estadual do Esporte e do Lazer, Ricardo Petersen, e o prefeito do município de Santiago, Júlio Ruivo.

O Rolando Garra reúne os alunos dos cinco núcleos da Fundação Tênis em Porto Alegre, das unidades em Igrejinha e Sapiranga e representantes dos núcleos de Santiago, de São Paulo e também de Montevidéu e de Maldonado.

O 7º Rolando Garra – Torneio de Integração da Fundação Tênis foi apresentado pela Secretaria do Estado do Esporte e do Lazer.

FOTOS CRISTIANO SANT’ANNA - INDICEFOTO

Daiane dos Santos entregou a Medalha Pierre de Coubertin da Fundação Tênis a 13 alunos durante abertura do torneio

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FOTOS CRISTIANO SANT’ANNA - INDICEFOTO

FIQUE POR DENTRO • A Fundação Tênis é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, instituída no dia 11 de maio de 2001. Assiste a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, desde que matriculados e frequentando a rede pública de Ensino.

• Está presente no Brasil e no Uruguai, por meio da Fundación Tenis.

• Atualmente, assiste a 1.066 alunos no Brasil.

Klaus Gerdau Johannpeter destacou a trajetória da Fundação Tênis

Apresentação de resultados reúne lideranças Pelo terceiro ano consecutivo, a Fundação Tênis fez da realização do Rolando Garra um momento também de apresentação das conquistas alcançadas nos últimos dois semestres para seus mantenedores, autoridades e convidados. “Os bons exemplos inspiram e devem ser divulgados.

No nosso projeto, as crianças passam por um grande processo de educação. O resultado é extraordinário”, disse o presidente de honra da Fundação Tênis, Klaus Gerdau Johannpeter.

Durante a apresentação, o superintendente da Fundação Tênis, Luis Carlos Enck, o Biba, salientou que a instituição é um

programa educacional esportivo, que tem como missão promover o desenvolvimento de crianças e adolescentes provenientes de comunidades mais necessitadas.

“Com o passar dos anos, percebemos que estávamos mais educando do que ensinando tênis para

as crianças”, ponderou. Por isso, destacou, foi muito importante a aproximação que tivemos com as escolas e com as famílias.

Entre os números destacados por Biba estão o alto índice de vagas preenchidas, que ultrapassa o patamar de 95%, e a frequência dos alunos, superior aos 75%.

Também foram enfatizadas questões relativas ao uso do uniforme e à pontualidade, que registram os 99,2% e 99,16%, respectivamente. “A aprovação escolar dos nossos alunos em 2013 foi de 93,02%, um número que varia de 7% a 10% acima dos demais colegas que não fazem parte do projeto”, destacou.

• As aulas são ministradas duas vezes por semana, com duração de 50 minutos cada aula.

• Em 2014, a Fundação Tênis trabalhou com orçamento de R$ 1,7 milhão No Brasil, a instituição tem 11 núcleos de atividades: • 05 em Porto Alegre (RS) – Marinha do Brasil, Chapéu do Sol, Humaitá, Pão dos Pobres e PUCRS • 01 em Igrejinha (RS) • 01 em Sapiranga (RS) • 02 em Santiago (RS) (por meio de franquia social) • 01 em Pirituba (SP) • 01 em Santana de Parnaíba (SP)

Hermanos presentes A Fundación Tenis participou da sétima edição do Rolando Garra com representantes dos núcleos de Maldonado e de Montevidéu.

Este é o terceiro ano consecutivo que a instituição coordenada por Richard Figueiredo viaja a Porto

Alegre para confraternizar com os colegas do Brasil. A Fundación Tenis foi criada em 2005 e segue a mesma linha de atuação da instituição no Brasil . Conta com quatro unidades e atualmente assiste a cerca de 240 jovens.

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7º ROLANDO GARRA

Sapiranga conquista o penta no torneio integração FOTOS CRISTIANO SANT’ANNA - INDICEFOTO.COM

Todos os campeões e vice-campeões do Rolando Garra 2014 Todos os campeões e vice-campeões das 23 categorias disputadas no Rolando Garra de 2014

Núcleo teve oito campeões nas categorias individuais O Núcleo Sapiranga, que integra o Programa Tênis e Cidadania da Fundação Tênis, conquistou o pentacampeonato na sétima edição do Rolando Garra, o Torneio de Integração da Fundação Tênis, encerrado no dia 19 de julho, no Parque Esportivo da PUCRS. A equipe somou oito títulos individuais nas 23 categorias disputadas durante os dois dias de evento. O Núcleo PUCRS classificou-se em segundo lugar, e o Núcleo Santiago, em terceiro.

Durante os dois dias de competição, o 7º Rolando Garra reuniu 700 alunos da Fundação Tênis.

Os núcleos Pirituba

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e Santana de Parnaíba, em São Paulo, e os núcleos da Fundación Tenis, no Uruguai, participaram com equipes representantes. No total, foram disputados 954 jogos em 23 categorias, que levam em conta a faixa etária e o nível técnico dos alunos em relação à prática do tênis. Mais importante do que resultados, o evento busca a confraternização entre todos os participantes e a troca de experiências entre jovens que vivem em comunidades (e cidades) diferentes.

O 7º Rolando Garra de IntegraTorneio – Tênis Fundação da ção pela apresentado foi Estado do Secretaria do Esporte e do Lazer.

FIQUE POR DENTRO • O Programa Tênis e Cidadania, desenvolvido pela Fundação Tênis nos núcleos em Igrejinha e Sapiranga, é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Esporte e Cidadania, desde 2012.

• Conta também com o apoio de Gerdau e Piccadilly.

Realização do torneio conta com apoio de voluntários

ALUNO EVOLUÍDO

Entrar na Marinha deixou de ser sonho Alex Prates dedicou-se aos estudos para alcançar seu objetivo

FIQUE POR DENTRO • A Fundação Tênis criou o Programa Pós-Tênis em 2006 com o objetivo de encaminhar seus alunos com 16 anos para cursos profissionalizantes ou estágios, a fim de melhor prepará-los para ingressar no mercado de trabalho.

• Para realizar esse programa, a Fundação Tênis firmou parcerias com o Aprendiz Legal (CIEE-RS), o Programa Novos Horizontes (Sistema FIERGS) e o Projeto Pescar.

• Os alunos que deixam a Fundação Tênis para participar desses programas são chamados de Alunos Evoluídos.

• Até hoje a Fundação Tênis já conta com 156 alunos evoluídos. Todos seguem sendo monitorados.

FOTOS CRISTIANO SANT’ANNA - INDICEFOTO.COM

Alex Prates, 21 anos, tem a Fundação Tênis em sua história de vida.

Era um garoto de 11 anos de idade, estudante da Escola de Ensino Fundamental Vereador Martim Aranha, quando soube, por intermédio de seus colegas, que existia um projeto para aprender a jogar tênis.

“Eu sempre gostei muito de esportes, e eles me disseram que as aulas eram bem legais”, recorda. Não deu outra. Foi atrás e conseguiu ingressar no Núcleo Marinha, onde ficou durante sete anos. Lá, entre tantas coisas, aprendeu que vale sempre a pena ir atrás de seus sonhos.

Agora, depois de muita dedicação aos estudos, Alex está para realizar um desses sonhos: ingressar na Marinha brasileira, já em 2015.

Atualmente no 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o Julinho, Alex Prates estudou muito para passar nas provas da Marinha. Precisou, inclusive, dar um tempo no boxe, esporte pelo qual é apaixonado, chegando a disputar lutas pelo ranking gaúcho na categoria meio médio.

Os planos para o futuro não param com a Marinha. Alex pensa em ingressar na faculdade de Engenharia Elétrica e também na construção de uma família ao lado da namorada, Suelen. “Eu espero ter um futuro muito bom”, diz o fã de Anderson Silva e que tem na mãe, a Dona Ana Beatriz, uma referência de vida.

Alex Prates disputou o Rolando Garra na categoria Alunos Evoluídos

EVOLUÇÃO NO NÚMERO DE ALUNOS EVOLUÍDOS ANO A ANO (2006-2014) Ano Nº de Alunos Evoluídos 2006..............................1 2007..............................2 2008..............................7 2009.............................23 2010.............................17 2011.............................23 2012.............................25 2013................................20 2014 *.............................38 * até novembro

35 38

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23 17

25 20

7 1

2

2006 1 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2 3 4 5 6 7 8 9

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NOSSOS NÚCLEOS

FIQUE POR DENTRO

O primeiro é sempre especial ARQUIVO FUNDAÇÃO TÊNIS SP

Núcleo Pirituba marca chegada a São Paulo O Núcleo Pirituba teve sua primeira aula no distante 4 de abril de 2008, na E.E. Profa. Zenaide Vilalva de Araújo, em pleno bairro de Pirituba, na zona oeste da capital paulista. Foi a primeira unidade que a Fundação Tênis estruturou fora do Rio Grande do Sul, abrindo portas para as atividades que seriam realizadas em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo, cerca de dois anos depois. Hoje, o Núcleo Pirituba tem capacidade de atendimento para 88 alunos e taxa de ocupação que varia em torno dos 95%.

“Por ser o primeiro núcleo em São Paulo, ele é muito especial.

Mostra a nossa caminhada e a nossa resistência em seguir reali-

• Data de início: 04 de abril de 2008.

• Local: E.E. Profa. Zenaide Vilalva de Araújo.

• Capacidade de atendimento: 88.

• Horário: quartas e sextas-feiras das 10 horas às 14h10min.

• Coordenadora de núcleo: Marina Sodré.

Núcleo de Pirituba durante uma das atividades em 2014 zando nosso trabalho”, diz a atual coordenadora dos núcleos paulistas, Marina Sodré, que entrou na instituição como monitora, exatamente em Pirituba. As atividades custaram a começar, muito pelas dificuldades burocráticas que a instituição enfrentou. A ideia era que as aulas se iniciassem em 2007.

Tal demora, no entanto, serviu de estímulo para que os resultados fossem alcançados.

As aulas da Fundação Tênis são ministradas duas vezes por semana para os alunos da escola Zenaide, utilizando a infraestrutura das quadras poliesportivas do colégio. Durante esses seis anos, diferentes gestores passaram pelo colégio, mas a Fundação sempre soube se adaptar às mudanças e manter seu trabalho de possibilitar que seus alunos busquem novas trajetórias para suas vidas. “Co-

Rolando Garra estilo paulista WAGNER KLEBSON - JLEIVA

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• É o primeiro núcleo da Fundação Tênis a ser implantado fora do Rio Grande do Sul. Trabalha com os alunos da E.E. Profa. Zenaide Vilalva de Araújo. Além das quadras poliesportivas, a escola disponibiliza sua estrutura, como biblioteca, sala de informática e auditório.

mo eu estou aqui desde o início sempre fico feliz quando recebemos visitas de nossos ex-alunos”, conta Marina.

Entre os desafios de Pirituba – e também de Santana de Parnaíba – está em formatar parcerias que permitam desenvolver, de forma sistemática, o Programa Pós-Tênis, no qual os alunos da Fundação são encaminhados para cursos profissionalizantes ou estágio.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Fundação Tênis São Paulo realizou o Rolando Garra São Paulo, torneio integração dos núcleos paulistas de Pirituba e Santana de Parnaíba. Neste ano, o evento reuniu 176 alunos no dia 25 de outubro, um sábado, no Ginásio Bolão, em Jundiaí. A ideia de organizar o torneio surgiu a partir da participação de alunos representantes de São Paulo no Rolando Garra que acontece anualmente em Porto Alegre. Para a realização do evento, a Fundação contou com o apoio das Prefeituras Municipais de Jundiaí e de Santana de Parnaíba.

QUEM FAZ A FUNDAÇÃO

Eduardo Marasca:

“Amor e atenção estão acima dos planos de aula” Quando estudante de Educação Física, na PUCRS, por sugestão, Eduardo Marasca se candidatou à vaga de monitor no Núcleo Pão dos Pobres. Fez questão de deixar claro que nunca havia jogado tênis. Começou assim uma trajetória marcada por ideais e pela crença de que a Educação pode ser transformadora quando o aluno está no centro das atenções. Hoje, aos 32 anos, já formado, é professor responsável pelas atividades desenvolvidas no Núcleo Humaitá. Acompanhe os principais trechos desta entrevista: Destacarias algum momento vivenciado na Fundação Tênis?

No início de 2012, eu já estava formado e recebi o convite para trabalhar com o vôlei de competição da ACM. Do ponto de vista financeiro, não tinha como recusar. Precisei deixar o Núcleo Pão dos Pobres, mas consegui conciliar os horários e permanecer na Fundação, no Núcleo PUCRS. Para mim, foi muito ruim me despedir do trabalho realizado no Pão. Era difícil explicar para as crianças, especialmente as menores, sobre a minha decisão. Na ACM, trabalhei com o foco em rendimento, uma experiência profissionalmente interessante. Naquele momento, porém, tive a certeza de uma percepção que já tinha: meu trabalho é direcionado mais para o social e menos para o competitivo.

Deve ter sido difícil se despedir dos alunos da Fundação porque, para eles, os profes-

CRISTIANO SANT’ANNA – INDICEFOTO

Eduardo Marasca durante o Rolando Garra sores são referências.

Podes dar um exemplo?

Na Fundação Tênis, tu recebes mais do que dá. Tu aprendes mais do que ensina. Hoje, eu não teria escolhido sair. Aqui, o trabalho é feito diretamente com as pessoas.

Antes, os alunos só podiam pegar as raquetes na hora da aula da Fundação Tênis. Mas, quando chegava o intervalo entre uma turma e outra, os alunos costumavam pedir as raquetes emprestadas.

Nós, então, passamos a devolver a pergunta. Se eles pegassem a raquete emprestada, conseguiriam bater bola fora do espaço da aula da Fundação, sem atrapalhar os demais? Se sim, quantas raquetes poderiam pegar sem prejudicar o andamento das aulas dos outros?

Seriam capazes de deixar todos jogarem? Eles estariam sozinhos, e precisariam estabelecer seus limites, sem a nossa intervenção. Todas as regras que surgiram a partir dessa situação foram formuladas em conjunto.

Isso é também uma questão de confiança. E, hoje, eles levam as raquetes para as suas casas.

Quando assumiste o Núcleo Humaitá como professor, em fevereiro de 2013, qual era o desafio?

Na época, o núcleo estava desestruturado. E tive o incentivo do coordenador, o Fernando (Fontoura), para colocar a minha cara.

E qual é a tua cara?

A minha cara é um pouco diferente do que encontrei. Eu procuro ver o aluno em primeiro lugar. Eu não estabeleci regras. Primeiro, quis perceber quem eram os meus alunos para construir as regras com eles. Se eu determinasse como deveria ser, não daria espaço para que eles se apresentassem como quem eles realmente são.

O que mais gostarias de destacar?

Quando do nosso começo de caminhada no Humaitá, era importante deixar espaço para que o aluno fosse quem ele realmente era. Se estabelecêssemos uma série de regras, ele iria se moldar (ou não) a elas, mas não seria ele. As dificuldades não apareceriam, e nós não poderíamos tentar intervir naquela situação para fazer com que ele refletisse sobre o problema e encontrasse alternativas, mudanças. É preciso que eles sejam quem são aqui na Fundação e que levem o que aprendem aqui para fora. Eles só serão eles se tiverem liberdade.

É uma construção em conjunto?

Nós buscamos resolver os problemas por meio do questionamento. Não dá para se impor por meio de discurso. É preciso questionar. Dessa forma, os alunos participam e começam a refletir. Hoje, esse processo ocorre naturalmente.

Qual o significado da Fundação Tênis para ti?

A Fundação Tênis, que passou por um processo de reformulação, abriu espaços para que eu trabalhasse da forma como gostaria de trabalhar. Ela não veio com um modelo pronto. E é importante que se diga: o carinho, o amor e a atenção que damos aos alunos são ingredientes que estão acima de qualquer plano de aula. Nós trabalhamos assim, e isso se reflete na relação que se estabelece com eles.

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GESTÃO

FIQUE POR DENTRO

Parcerias que rendem Fontes de recursos podem usar leis de incentivo fiscal Boa parte dos recursos financeiros da Fundação Tênis tem origem em projetos aprovados junto ao Ministério do Esporte; à lei estadual de incentivo ao esporte, tanto no Rio Grande do Sul, como em São Paulo; ao convênio firmado com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, por meio da Secretaria Municipal de Educação (para os cinco núcleos na capital gaúcha); e aos convênios com

os Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (Funcriança) de Porto Alegre, Sapiranga e São Paulo, e com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santana de Parnaíba.

Além disso, os Núcleos Igrejinha e Sapiranga integram o Projeto Tênis e Cidadania, desenvolvido pela Fundação Tênis e patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Esporte e Cidadania. E conta ainda com doações incentivadas de pessoas físicas, o que possibilita a dedução no Imposto de Renda pago. Os recursos chegam à Fundação Tênis também por doações e patrocínios de pessoas jurídicas e pessoas físicas, sem o incentivo.

• A Fundação Tênis completará 15 anos no dia 11 de maio de 2015. Durante todos esses anos, contou com o apoio fundamental de diferentes organizações e de pessoas físicas.

• Atualmente, a Fundação tem 14 empresas no seu grupo de patrocinadores.

• E trabalha com empresas colaboradoras, que prestam serviços de forma voluntária.

São elas Catálise Propaganda; Cravo, Pastl e Balbuena Advogados Associados; Instituto de Terapias Integradas de Porto Alegre (ITIPOA); LP&M; Ponto Um Sistema Gráfico e Ritter Alimentos.

A fidelização dos mantenedores Organização Tempo

de apoio Gerdau.............................................................. 14 anos Associação Leopoldina Juvenil............................ 11 anos Lojas Colombo................................................... 10 anos White Martins...................................................7 anos Banrisul..............................................................6 anos BNP Paribas, CCR Via Oeste, Piccadilly...............5 anos CBT Correios, Évora, Petiskeira...........................4 anos Sulgás.................................................................3 anos Grupo RBS, XP Investimentos.............................2 anos

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