Relatório e Contas 2013 da Fundação INATEL

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FUNDAÇÃO INATEL | RELATÓRIO E CONTAS 2013



Relatório e Contas 2013

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RELATÓRIO E CONTAS 2013 ÍNDICE PARTE I - Relatório de gestão Nota introdutória

07

Relatório de atividades Turismo

08

Hotelaria

09

Cultura

12

Teatro da Trindade

22

Desporto

29

Intervenção Social

40

Áreas de Apoio

51

Planeamento e Estratégia

51

Apoio ao Conselho de Administração

51

Recursos Humanos

55

Contabilidade

65

Informática

65

Compras

67

Património

67

Requalificação, Estudos e Projetos

68

Serviços Jurídicos

70

Auditoria e Inspeção

70

Comunicação e Marketing

71

Provedor do Associado

74

Agradecimentos

75

Perspetivas para 2014

76

PARTE II - Demonstrações financeiras Demonstração

78

Proposta de aplicação dos resultados

84

Anexo

89

Parecer do Conselho Fiscal e Certificação Legal das Contas e Parecer do Conselho Consultivo

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FUNDAÇÃO INATEL | RELATÓRIO DE GESTÃO FUNDAÇÃO INATEL | RELATÓRIO E CONTAS 2013



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NOTA INTRODUTÓRIA O exercício de 2013 foi marcado pela difícil conjuntura económica atual e os efeitos das medidas de austeridade decorrentes do programa internacional de assistência financeira 2011-13, as quais afetaram de forma significativa o consumo das famílias, reduzindo a procura doméstica de turismo, e a despesa pública, reduzindo o financiamento público de programas sociais. O turismo social sentiu o impacto da conjuntura adversa de forma gradual que se acentuou ao longo do ano. Não se realizaram os programas governamentais de turismo sénior, termalismo e outros, que no passado recente tinham sustentado os níveis de atividade da hotelaria INATEL na época baixa de cada ano. Por outro lado, as famílias interiorizaram finalmente todas as consequências da redução do rendimento disponível decorrente das medidas de austeridade, pelo que verdadeiramente só em 2013 sentimos todo o impacto das políticas restritivas no consumo dos serviços de lazer das famílias de médios e médios-baixos rendimentos, que são o mercado principal do turismo social. Neste contexto acentuou-se a quebra do volume de negócios (vendas e prestações de serviços) em menos 8,2% relativamente a 2012, ou seja, menos 1,9 milhões de euros, redução esta decorrente da baixa das prestações de serviços de viagens de turismo sénior e de outros programas sociais (dada a redução da dotação atribuída a estes programas). Apesar do bom controlo dos gastos evidenciado, os quais baixaram em 15,0% de um exercício para o outro, isto é, menos 7,8 milhões de euros, o resultado operacional foi negativo, situação esta que no anterior exercício tinha sido evitada pela exclusiva razão da atualização do estudo atuarial à data de 31.12.2012 (de que tinham resultados ganhos atuariais no valor de 1,5 milhões de euros, com significativo impacto no exercício desse ano). Em termos globais, os rendimentos em 2013 ascenderam a 44,6 milhões de euros e os gastos a 44,8 milhões de euros, tendo-se atingido o resultado de menos 172,7 milhares de euros. Quanto ao investimento a taxa de execução orçamental situou-se nos 97,2%, a que correspondeu o montante de 6,1 milhões de euros, destacando-se a conclusão da remodelação da unidade hoteleira de Albufeira com uma execução de 4,4 milhões de euros e a requalificação do Teatro da Trindade com 767,8 milhares de euros. O Relatório e as Contas de 2013 sinaliza o início de um novo ciclo de existência da Fundação baseado na subsidiação parcimoniosa pela Segurança Social (que se situava, em exercícios anteriores, a níveis que sabemos hoje serem insustentáveis). Sem embargo, prosseguimos de forma determinada e com reconhecida eficácia a nossa missão social no turismo para todos, na cultura popular, no desporto para todos e nas atuações para a inclusão social, inovando e renovando programas de ação e métodos de trabalho, iniciando a reestruturação e a renovação da instituição com o objetivo de uma Fundação INATEL autossustentável sem quebra da sua vocação original, trabalhando para proporcionar as atividades que melhor permitam o aproveitamento retemperador e enriquecedor dos tempos livres de quem trabalha ou trabalhou uma vida inteira.


Fundação INATEL

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TURISMO Total de participantes 15 000 12 000 9000 13 274

14 017

2012

2013

6000 3000 0

Viagens programadas - participantes 12 000 10 000 8000 6000

11 026

11 933

2012

2013

4000 2000 0

“Viagens à Medida” - participantes 2500 2000 1500 2 248

2 084

2012

2013

1000 500 0

O Turismo esteve fortemente condicionado em 2013 pela real diminuição das capacidades económicas das famílias e das empresas. Segundo o INE em 2013 existiu de facto uma melhoria nos indicadores do turismo nacional, no entanto, esta subida só foi possível graças aos turistas estrangeiros que nos visitaram, que aumentaram em 8%. Já os turistas nacionais voltaram a abrandar, com um recuo de 0,9%. Desde 2011 que o mercado interno dá sinais de retração, embora 2013 tenha sido melhor que 2012 quando a queda foi de 8%. Apesar das adversidades decorrentes de uma conjuntura económica desfavorável, prosseguimos o esforço de consolidação da nossa agência de viagens e de aumento das vendas decorrentes das nossas operações de Outgoing (exportações) e Incoming (importações). Neste contexto, a Subdireção de Turismo em articulação com as agências INATEL percorreu um caminho positivo, com subida de receitas, através de um conjunto de medidas, que se enquadram nas suas linhas de orientação estratégicas. Tal como proposto, demos continuidade às linhas de ação de 2012, pelo que em termos de produtos, reforçámos a organização de viagens de baixo custo, em especial para Portugal, Espanha e Turquia. No que diz respeito a programas pensados para a diversificação da oferta e reposicionamento da imagem da Fundação INATEL, continuámos a aposta em viagens temáticas, assumindo protagonismo neste contexto, o turismo cultural e religioso, com várias viagens organizadas à Terra Santa bem como a adesão à IATA e atual possibilidade de venda de passagens aéreas nas nossas agências. Em termos de novos segmentos, destacamos o arranque de contatos com os mercados externos, com a confirmação de grupos oriundos de vários mercados internacionais, em especial Canadá e Brasil. É igualmente importante, assinalar a dinâmica dos canais de distribuição, nomeadamente das agências INATEL e ainda as vendas das agências externas. O ano 2013 contou com um total de 14.017 participantes em viagens (valor mais elevado analisando dados a partir do ano 2000) sendo 11.933 em viagens programadas e 2.084 em viagens à medida, refletindo no total um aumento de 6% face a período homólogo. Os programas de viagens organizadas, durante o período em análise, registaram um aumento de 8% em número de participantes, com um total de 11.933 pessoas sendo 10.579 em viagens nacionais e 1.354 em viagens internacionais. No total e comparativamente a período homólogo verificou-se um aumento de 907 passageiros. O número médio de participantes em cada viagem foi cerca de 38, ligeiramente superior ao registado em período homólogo. No programa “Destinos” ou de viagens à medida, individuais e grupos, registámos 2.084 participantes, uma quebra de 7% relativamente a 2012, que podemos explicar essencialmente pela redução de viagens ao estrangeiro. Em termos de Incoming (clientes oriundos de países estrangeiros) registámos um aumento de 80 participantes, comparativamente a 2012, num total de 388 participantes, oriundos do Brasil, Canadá e multimercados (evento da Gulbenkian). Em termos de portais externos (B2B) destacamos o crescimento das viagens compradas pelas agências externas INATEL, com 732 participantes inscritos, o que representou um crescimento de 618 pessoas relativamente a 2012.

Ações desenvolvidas - Deu-se continuidade ao programa “Turismo para Todos” aproveitando o sucesso registado do ano anterior. O "Turismo para Todos” foi o que obteve maior venda durante o ano de 2013, viajando neste programa 7.426 pessoas, correspondendo a 62% dos nossos clientes nas viagens programadas, comparativamente com período homólogo verificou-se um aumento de 2.022 participantes. Destaque para o TPT "Saúde pela Água", lançado em 2013 e que executou no primeiro ano, durante quatro meses, 24 viagens correspondendo a 973 participantes.


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- Em termos de programação cultural nacional, apostámos nas temáticas de maior sucesso - viagens de um dia, circuitos temáticos, feiras e romarias, especial ilhas; espetáculos – e inovámos com produtos dedicados à temática da “Gastronomia e Vinhos”, criando nos nossos clientes a imagem de diversidade. - Em termos de programação de viagens internacionais, mantivemos a aposta em destinos próximos, de preço baixo (Espanha, Turquia, Itália), com aposta em programação própria para conseguir maior rentabilidade e maior originalidade. - Programámos viagens com apoio de parceiros, conseguindo viagens subsidiadas, caso das empresas “Minisom” e “Intermarché”. - Apostámos no marketing relacional, com a organização de cocktails de apresentação das brochuras de viagens Primavera/Verão 2013, em Lisboa e Porto. - Finalizámos o complexo processo de adesão à IATA e implementação do sistema AMADEUS, o que permitiu a venda direta de passagens aéreas nas agências INATEL e uma maior ligação às companhias aéreas. - Aumentámos a oferta turística alargando a nossa cooperação a hotéis não INATEL onde não temos Unidades, aumentando as propostas de lazer aos nossos beneficiários. Foi o caso de destinos como a Ericeira, Beja e Ponta Delgada. - Reforço de formação às agências INATEL no que diz respeito ao apoio a visitas de familiarização, nomeadamente a: sul de Espanha; Olivença e província de Castilla y León. - Continuidade no envio de e-newsletters comerciais, dirigidas aos nossos associados para divulgação e venda das nossas viagens e articulação mais estreita com o jornal Tempo Livre, nos artigos de divulgação de destinos. - Empreendemos ações de promoção e publicidade, cuidadosamente selecionadas, de modo a sermos mais eficazes na comunicação dos nossos produtos. - Desenvolvemos um trabalho sistematizado na área internacional, com a promoção em feiras e visitas “porta-aporta” nomeadamente no Brasil, Irlanda, Espanha, França e Alemanha, bem como a representação institucional na OITS (Organização Internacional do Turismo Social) na Bélgica. - Continuámos a diversificação dos canais de distribuição, tendo as agências externas INATEL contribuído para o aumento das vendas gerais. - Continuidade na estratégia definida de orientação para a programação nacional e ocupação das nossas unidades hoteleiras, sendo a programação internacional elaborada através de parcerias com operadores nacionais e internacionais. - Implementação de vendas com cartão de crédito. Neste portal foram realizadas 127 reservas. - Tratamento adequado dos inquéritos de satisfação entregues durante as nossas viagens, à semelhança do desenvolvido em 2012.

HOTELARIA Unidades hoteleiras A subdireção da Hotelaria para superar a recessão económica apostou em campanhas e diversas ações de promoção e marketing, que muito contribuiram para o aumento das vendas. A reabertura em junho do hotel no edifício da praia em Albufeira e com o hotel de Vila Nova de Cerveira a funcionar, verificou-se um maior impacto a nível de vendas comparativamente com o período homólogo. Devido à fraca procura e à necessidade de equilibrar custos, foram encerradas na época baixa as unidades de Entre-os-Rios e das Flores. Os quartos disponíveis no total das UH foram superiores em 5,7% face a período homólogo, devido à reabertura do hotel no edifício da praia em Albufeira em julho e inferiores em 3,9% face ao orçamentado devido ao encerramento temporário e bloqueamento de quartos com anomalias que impedem a sua comercialização como é o caso dos da unidade de Oeiras entre outras.

ToTal nas Unidades HoTeleiras INDICADORES

real 2012

real 2013

orç. 2013

Quartos Disponíveis Quartos Ocupados TX. Ocupação Nº de Dormidas Revpar Refeições Servidas

381 767 183 541 48,1% 371 332 19,62 € 540 607

403 476 180 559 44,8% 367 347 15,12 € 507 211

420 044 198 917 47,4% 413 283 -18,02 € 600 263

Δ real 2013/12 21 709 -2 982 -3,3% -3 985 -4,5% -33 396

5,7% -1,6% -6,9% -1,1% -22,9% -6,2%

Δ real/orç. -16 568 -18 358 -2,6% -45 936 -2,90 € -93 052

-3,9% -9,2% -5,5% -11,1% -16,1% -15,5%


Fundação INATEL

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Relativamente a quartos ocupados, comparativamente com o mesmo período do ano anterior, e ao orçamentado, verificou-se uma redução de 1,6% e 9,2% respetivamente. A maior quebra foi no segmento de vendas internas sobretudo as provenientes dos programas governamentais "INATEL Programas" com menos 20.546 quartos, no entanto graças à dinâmica comercial, foram recuperados 17.724 em outros segmentos de mercado, já que ficámos apenas com 2.982 de diferença. Os segmentos de maior crescimento foram os de "Beneficiários Associados" e o de "Agências Operadores". O número de refeições servidas sofreu uma acentuada quebra devido à perda de grupos provenientes do "INATEL Programas", onde na generalidade são comercializados em pensão completa, assim, face a período homólogo foram servidas menos 33.396 e 93.052 em relação ao orçamentado, que como se compreende seriam ultrapassadas caso os 20.456 quartos antes referidos tivessem sido comercializados. Tal significaria um aumento de refeições, pois os 20.456 quartos duplos correspondem a mais de 80.000 refeições. Dada a conjuntura atual deu-se continuidade à dinâmica comercial implementada no ano anterior, notada no crescimento do segmento de "Beneficiários Associados" e no de "Agências Operadores". Para tal foi necessário adotar ajustar o preço de venda, em parte na sequência dos baixos preços praticados pela “concorrência” e das baixas taxas de ocupação em alguns períodos do ano. Assim sendo o RevPar situou-se nos 15,12€, inferior ao praticado em período homólogo e ao previsto em orçamento.

Auditoria e controlo interno A área de Controlo de Qualidade procedeu regularmente ao acompanhamento e controlo interno, bem como dos sistemas externos implementados, no que concerne à avaliação da qualidade dos serviços prestados junto das unidades hoteleiras, tendo verificado que as mesmas têm ao longo do tempo denotado favorável evolução. No âmbito do HACCP (Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo), à exceção das unidades de Oeiras, Cerveira, Caparica, Albufeira, Alamal/Gavião, Sta. M. Feira e Castelo de Vide que obtiveram medalha de prata, todas as nossas unidades alcançaram medalha de ouro. De notar que as principais não conformidades verificadas ao longo destas auditorias são transversais à maioria das UH e prendem-se sobretudo com a qualidade das estruturas e instalações. Realizaram-se visitas às unidades hoteleiras, verificando níveis de qualidade que chegaram aos 92%, tendo como ponto de partida uma avaliação mensurável da qualidade de serviços prestados, o controlo efectuado incidiu sobretudo nas áreas de receção (atendimento, apresentação, procedimentos administrativos e gestão financeira); quartos (arrumação, limpeza, equipamentos e room service); restaurante e bar (atendimento e qualidade de serviço, apresentação e composição das cartas e menus); economato (avaliação do stock e respetivo estado das mercadorias). O controlo da qualidade dos serviços prestados é uma das nossas principais preocupações. Assim, tendo em conta o controlo interno e externo, procedeu-se a uma avaliação média global ponderada, que incluiu a avaliação dos nossos clientes, o número de reclamações e a pontuação dada no “BOOKING”. As unidades que atingiram a melhor pontuação foram as de Linhares com 88%, Vila Ruiva e Manteigas com 87%.

Balneários termais Afetos à exploração da Subdireção de Hotelaria estão os balneários termais de Manteigas e de Entre-os-Rios. Efetivamente estas duas unidades têm vindo a denotar problemas estruturais de conforto e qualidade, se a este associarmos a quebra nos programas governamentais de “Saúde e Termalismo Sénior” bem como a conjuntura socioeconómica que atualmente se vive, constatamos uma forte quebra nas suas atividades. Assim no exercício de 2013, comparativamente com o período homólogo os “Programas de SPA” foram os que apresentaram crescimento. As “Consultas Médicas”, as “Inscrições de Águas” e os “Tratamentos de Crenoterapia” tiveram uma quebra de 9%, os “Tratamentos em Piscina” e a “Fisioterapia e Ginásio” registaram 66% e 34% respetivamente.


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ToTal BalneÁrios TerMais INDICADORES Consultas Médicas Nº de Inscrição de Águas Tratamentos de Crenoterapia Tratamentos Piscina Programas SPA Fisioterapia e Ginásio

real 2012

real 2013

orç. 2013

1 126 1 140 45 567 2 076 267 2 729

1 030 1 035 41 366 703 460 1 789

1 590 1 590 63 940 2 577 0 5 189

Δ real 2013/12 -96 -105 -4 201 -1 373 193 -940

-9% -9% -9% -66% 72% -34%

Parques de campismo A atividade desenvolvida em 2013 confirmou e ampliou os bons resultados obtidos na gestão dos parques de campismo. Os objetivos da afluência no que se refere à previsão anual foram superados nas tendas, registando-se ligeira redução nas caravanas. Comparativamente ao ano de 2012 regista-se um acréscimo nas caravanas, nas tendas e nos rendimentos operacionais, bem como uma redução dos gastos. Registe-se também a boa afluência aos bungalows. A afluência na continuidade das instalações campistas continua a ser uma forma de gestão conseguida, denotando um aumento no número de lugares ocupados, em comparação com período homólogo, em tendas 8,8%, caravanas 6,8% e bungalows 21,9%. A utilização dos parques de campismo é igualmente completada pela dinamização no aluguer de bungalows, 241 no parque da Caparica e 160 no parque do Cabedelo e pelo aluguer da habitação do parque de Bragança, 11 noites. Os resultados alcançados neste domínio surpreenderam pela rentabilidade conseguida. A utilização dos melhores recursos para o desempenho conseguido na área administrativa de controlo, fiscalização, admissão, pagamentos, controlo das visitas, acompanhantes e instalações continuaram a ser determinantes para os resultados alcançados. Deu-se execução aos protocolos estabelecidos com a Câmara Municipal de Bragança, Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e demais entidades com protocolos em vigor com a Fundação INATEL.

Δ real/orç. -560 -555 -22 574 -1 874 460 -3 400

-35% -35% -35% -73% 100% -66%

Parques de campismo 150 000 120 000 90 000 60 000 30 000 0 Tendas 2012

Caravanas 2013

Licenciamentos e candidaturas QREN Concluiu-se o licenciamento das Unidades de Albufeira Praia, Castelo de Vide (Edifício Jardim e Edifício São Paulo), Foz do Arelho e Porto Santo. Deu-se seguimento aos trabalhos relativos aos processos que transitaram de 2012, nomeadamente, Albufeira (edifícios Principal e de Turismo), Caparica, Linhares, Manteigas e Parque de Campismo São Pedro de Moel. No âmbito do QREN, e no decorrer de 2013, foi feito o trabalho de análise e ponderação de eventuais candidaturas a novas linhas de incentivo, designadamente para a Unidade de Manteigas. Relativamente às candidaturas contratualizadas deu-se continuidade aos trabalhos de acompanhamento no âmbito das vistorias e prestação de contas às entidades competentes. Encontram-se em fase de pedido de reprogramação os projetos do Palácio do Barrocal de Évora e Castelo de Vide.

Bungalows Orçam. 2013


Fundação INATEL

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CULTURA A INATEL Cultura tem por missão afirmar a Fundação INATEL como líder na cultura tradicional em Portugal, assumindo-se como a instituição nacional da economia social que visa a excelência na formação e desenvolvimento das instituições/coletividades associadas, os CCDs – Centros de Cultura e Desporto, e outros agentes ligados às práticas culturais de carácter amador. A preservação e divulgação do património cultural imaterial português, a criação e difusão da cultura tradicional designadamente na etnografia e folclore, música e teatros amadores são vetores fundamentais na intervenção diária que ao reconhecimento social da Fundação INATEL pela proximidade com as populações e os movimentos culturais locais, através de uma estrutura descentralizada, à escala nacional e da participação ativa nas dinâmicas sociais e institucionais locais e regionais. É esta prática diária ao longo dos anos que dá visibilidade real à notoriedade que a Fundação INATEL vem consolidando ao longo de décadas. O plano de atividades da Direção Cultural é um plano feito por blocos de intervenção ao longo do ano, dependente de parceiros, de formadores, da cedência de espaços, das necessidades reais que os CCDs apresentam, das iniciativas das agências. É um instrumento de trabalho mutável, em evolução, em transformação, tendo em atenção as áreas de intervenção que fazem parte da missão cultural da Fundação INATEL. Em 2013 é de realçar o Encontro de Janeiras em Viseu, o Festival de Bandas em Gondomar, o Cinema Fora do Sítio no Porto, a consolidação e alargamento das Oficinas dos Tempos Livres a um cada vez maior número de agências, os cursos de Instrumentos Tradicionais no Porto, a recuperação da Viola Beiroa na região de Castelo Branco e a Cidade das Tradições em Lisboa.

Atividades Culturais Formação Cinema - Em 2013 a atividade do setor de Cinema e Audiovisual voltou a focalizar-se na realização de atividades formativas. Realizou-se a 4ª edição do Workshop de História do Cinema “4 Movimentos”, com o intuito de aprofundar os conhecimentos de alguns dos movimentos cinematográficos e realizadores que marcaram a história da 7ª arte. A atividade decorreu no espaço do Grupo Dramático Ramiro José, nosso CCD, de 13 a 17 de maio, com a participação de 16 pessoas. Também em 2013, entre os dias 15 e 23 de junho realizou-se a Oficina de Vídeo, uma formação inicial em vídeo, com o intuito de dotar os formandos das bases elementares de realização, produção e montagem - linguagem, escrita para audiovisual, otimização na operação da câmara de vídeo, trabalho em equipa numa gravação (rodagem), através da aplicação prática de conhecimentos. A atividade contou com 9 formandos. O Workshop de Cinema Documental foi outra atividade do setor que teve leituras e visionamentos sobre a evolução do documentário. Análise de filmes de cineastas que historicamente marcaram e desenvolveram o género do filme documental, revelando estilos e técnicas que estão na base do documento fílmico de exposição, observação, reflexão e interação. A ação realizou-se nos fins de semana no espaço Mouraria entre 17 de novembro e 9 de dezembro, tendo participado 9 inscritos. As sessões formativas “Enquadramentos” continuam a realizar-se com sucesso. Na atividade procedia-se ao visionamento e análise de filmes em cartaz no cinema City Classic Alvalade todos os 3ºs sábado do mês (manhã), com a presença do crítico e professor Paulo Miguel Martins. Foram visionados os seguintes filmes: - Sessão de dia 16 de março "Hitchcock", 16 participantes; - Sessão de dia 21 de abril "Não", 10 participantes; - Sessão de dia 16 de junho "A essência do amor", 10 participantes; - Sessão de dia 20 de julho "Depois da meia-noite", 8 participantes; - Sessão de dia 15 de setembro "Blue Jasmine", 18 participantes; - Sessão de dia 20 de outubro "Gravidade", 16 participantes; - Sessão de dia 16 de novembro “O Quinto Poder”, 11 participantes; - Sessão de dia 14 de dezembro – “Mandela: Longo Caminho para Liberdade”, 11 participantes. Estiveram presentes nas 8 sessões 100 participantes. Esta iniciativa conta já com um fiel grupo de participantes.


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Etnografia - Os cursos de Instrumentos Tradicionais são dirigidos preferencialmente às associações culturais, em especial às tocatas dos grupos etnográficos e de folclore, aos grupos de música tradicional e a outros executantes interessados em adquirir formação musical, por meio de um método de ensino não formal e coletivo. Enquanto atividade formativa vocacionada para tornar a prática musical acessível a todos e para o desenvolvimento de práticas culturais amadoras, visa o ensino/transmissão de técnicas de execução de instrumentos musicais tradicionais portugueses, na perspetiva da preservação e renovação do património coletivo musical tradicional e popular e do aperfeiçoamento das prestações musicais das associações. Uma das características que distingue estas formações é a diversidade de moNúmero de Alunos por Curso • Lisboa tivações e de experiências musicais que em cada turma se revela, onde se reúnem elementos de tocatas de ranchos folclóricos e de grupos etnográficos, músicos inBANDOLIM 4% tegrados em bandas filarmónicas e alunos sem qualquer formação ou prática muCAVAQUINHO 15% sical prévia. É esta diversidade que permite incorporar nos métodos de CONCERTINA 39% aprendizagem, e até nos repertórios, o saber empírico de “velhos tocadores” e a troca GUITARRA PORTUGUESA 7% de conhecimentos com os novos tocadores. Na edição de 2013, em Lisboa (1.ª e 2.ª fases) e no Porto, foram promovidas as VIOLA DEDILHADA 21% seguintes classes de instrumentos, envolvendo um total de 238 inscrições e de 173 VIOLINO 5% alunos em frequência, designadamente: VOZ/CANTO TRADICIONAL 6% LISBOA 0 20 40 60 - Bandolim: 3 formandos (1.ª fase); 5 formandos (2.ª fase); - Cavaquinho: 15 formandos (1.ª fase); 16 formandos (2.ª fase); - Concertina: 38 formandos (1.ª fase); 44 formandos (2.ª fase); Número de Alunos por Curso • Porto - Guitarra Portuguesa: 9 formandos (1.ª fase); 6 formandos (2.ª fase); - Viola dedilhada: 28 formandos (1.ª fase); 23 formandos (2.ª fase); CAVAQUINHO + VIOLÃO 33% - Violino: 6 formandos (1.ª fase); 5 formandos (2.ª fase); - Voz/Canto Tradicional: 13 formandos.

CONCERTINA PORTO - Cavaquinho + Violão: 9 formandos; - Concertina: 18 formados.

80

67%

0

20

À semelhança de anos transatos, a realização dos cursos de Instrumentos Tradicionais constitui um estímulo à angariação ativa de novos associados INATEL, tendo-se registado no ano de 2013, a inscrição de 28 associados (22 dos quais, do distrito de Lisboa), a fim de poderem beneficiar do desconto de 30% aplicado na propina. Outro importante projeto formativo no setor de Etnografia, foi a valorização e reabilitação da prática da Viola Beiroa no distrito de Castelo Branco. Visa, por um lado, colmatar a interrupção no ensino deste instrumento, que foi assegurado durante cinco anos pela Associação Cultural Recreativa “As Palmeiras” (CCD 3633), embora sem grandes repercussões culturais e sociais a nível local e por outro lado, pretende-se cumprir o objetivo geral de divulgação deste instrumento musical tradicional de incidência regional, mediante a promoção de atividades culturais que estimulem um envolvimento concreto das populações e dos agentes artísticos e culturais locais, contribuindo assim para uma construção e gestão participada em torno das memórias e práticas sociais com ele relacionadas, enquanto património material e imaterial local. No ano de 2013 foram concretizadas as seguintes ações: - Continuidade da oferta de formação regular, através da realização de duas edições do curso de Viola Beiroa, em Castelo Branco e na Covilhã, em parceria com a Câmara Municipal de Castelo Branco/Biblioteca Municipal e com o Rancho Folclórico Boidobra (CCD 4511); - Visibilidade e divulgação do trabalho desenvolvido pela Orquestra Viola Beiroa (composta pelos alunos e professores/músicos, que a dirigem) com apresentações públicas em várias localidades da região das Beiras e em Lisboa (Dias de Cultura/Teatro da Trindade e Cidade das Tradições/Parque de Jogos 1.º de Maio); - Constituição e fundação formal da Associação Recreativa e Cultural Viola Beiroa – Produção de Cultura Musical por elementos que compõem a Orquestra Viola Beiroa e outras individualidades locais, com o objetivo de promover este instrumento musical e de desenvolver atividades relacionadas com a sua preservação e transmissão; - Preparação de conteúdos e elaboração da maqueta do Método de Viola Beiroa, com vista à publicação, impressão e distribuição de um manual de trabalho, instrumento de trabalho e de suporte e fixação da formação, com o objetivo de divulgar as técnicas de execução da beiroa. O curso de Viola Beiroa decorreu em duas fases, ao longo de quinze semanas cada, entre abril e agosto de 2013 (Castelo Branco) e entre dezembro de 2013 e março de 2014 (Covilhã), tendo beneficiado de recetividade por parte de seis associações culturais locais com atividade etnográfica e musical, contando com a participação de onze alunos, com experiência e formação musical prévia.

40

60

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Fundação INATEL

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À semelhança do ano transato, para o desenvolvimento das várias ações contou-se com a colaboração externa do mestre tocador Alísio Saraiva e do guitarrista e professor Miguel Carvalhinho, cujo trabalho e dedicação contribuíram decisivamente para o impacto cultural e social do projeto no terreno (expresso na cobertura mediática regular pelos vários órgãos de comunicação social locais) e para a revitalização da prática de um instrumento musical que se encontrava em extinção. Música - Ao abrigo do acordo existente, já desde 2011, entre a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Fundação INATEL, foram atribuídas 4 BOLSAS DE ESTUDO na Escola Profissional da OML, dirigida a membros de CCDs com atividade musical que quisessem prosseguir os seus estudos musicais. Estas bolsas têm como intuito permitir aos beneficiários destas prosseguir uma carreira profissional, obtendo no final do plano de estudos o curso de Instrumentista – Curso Profissional Nível III. Em 2012 com continuidade para 2013 mantiveram-se as 4 bolsas. Já em 2013 com continuidade para 2014 foram mantidas 2 bolsas, uma vez que dois dos bolseiros ingressaram no ensino superior. Ainda no âmbito deste acordo foi desenvolvido o Prémio INATEL 2013. Este prémio visou estimular e premiar a excelência da formação pedagógica e artística dos alunos da Academia Superior de Orquestra da Metropolitana. A par da formação de músico de orquestra e de músico integrado em formações de câmara, os planos curriculares desta Academia compreendem também a formação de solistas. Este concurso releva esta vertente, promovendo uma das suas principais características: apresentar-se a solo com orquestra. Em 2013 deu-se continuidade ao Prémio Fundação INATEL, resultado de uma parceria com a Escola Profissional do Conservatório Nacional. Este prémio distinguiu 3 alunos do Curso Profissional. Esta distinção valeu a cada aluno a atribuição de um prémio monetário que será despendido em material didático ou formações musicais. A apresentação dos prémios foi realizada no âmbito das Comemorações do Dia Mundial da Música na Sala Principal do Teatro da Trindade. O sector de Música desenvolveu também uma Masterclasse de Direção no distrito de Aveiro, tendo em conta que existem aqui várias Bandas Filarmónicas, Orquestras ligeiras, Tunas e Coros inscritos como CCDs na Fundação INATEL. A ação foi lecionada pelo Professor Vasco Negreiros e realizou-se nos dias 31 de outubro e 1 de novembro, com a participação de 9 alunos. Oficina dos Tempos Livres - O projeto “Oficinas dos Tempos Livres” é dinamizado pela Fundação INATEL, essencialmente, com o intuito de contribuir para a valorização pessoal dos seus beneficiários na ocupação dos tempos livres, proporcionando cursos de média e curta duração, nas mais diversas áreas. Este projeto tem por base a transmissão de conhecimentos ao nível da educação não formal, que constitui uma parte fundamental do processo de aprendizagem ao longo da vida. Os beneficiários, associados e não associados, da Fundação INATEL são públicos diversificados que buscam diferentes ofertas de ocupação de tempos livres e lazer. Na vertente das atividades de carácter formativo e de desenvolvimento pessoal, propomos uma oferta de cursos destinados a pessoas que procuram ocupar o seu tempo em projetos criativos e de utilidade, sem que isso implique um reconhecimento formal das competências adquiridas. A programação desta atividade é feita considerando esta premissa, analisando o que pode ter mais interesse e procura, através de pesquisas de mercado e de inquéritos realizados aos participantes e potenciais interessados. Assim, de modo a garantir a oferta diversificada de ações que caracterizam as Oficinas dos Tempos Livres, divulgou-se um programa abrangente em diversas áreas de formação, de curta (workshops) e média (cursos/oficinas) duração. Os cursos de média duração têm geralmente entre 30 e 60 horas de duração. Os cursos de curta duração, ou workshops, variam entre 2 a 12 horas e realizam-se habitualmente ao fim de semana. O projeto foi programado anualmente, tendo por base o orçamento aprovado, constituindo-se em duas fases, que não implicam continuidade: março a junho (1ª fase) e setembro a janeiro (2ª fase). As parcerias e outras formas de colaboração que a Fundação INATEL tem vindo a estabelecer com entidades especializadas e de prestígio em determinadas áreas de formação, garantem a oferta de um maior número de ações, com custos mais acessíveis para os beneficiários. Estas parcerias são de grande relevância para a Fundação INATEL neste âmbito, não só pela qualidade do serviço, mas também pela possibilidade de reduzir a despesa no orçamento do projeto, uma vez que não estão implicados custos, para além da divulgação, bem como uma parte da receita reverte a favor da Fundação INATEL. Em 2013, foram entidades parceiras: a TECLA Lisboa – Formação Profissional (cursos de Informática e História do Património de Lisboa), o CIAL - Centro de Línguas (cursos de Inglês e Espanhol), a Artlier – Escola de Artes (cursos de Restauro e Reciclagem de Móveis), a Academia Burda – Tailormade Media (cursos de Costura), a Comunidade Hindu de Portugal (cursos de cultura indiana), a Dance Factory Studios (cursos de dança) e a Associação Tenda (curso de teatro). Apesar de não ser um projeto autossustentável, apresenta uma percentagem de proveitos muito aproximada da de custos totais. O facto de não se verificar uma execução total face ao orçamento previsto (proveitos e custos) prendese com o cancelamento de algumas ações por insuficiente número de inscrições.


Relatório e Contas 2013

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No ano de 2013 estiveram envolvidos 330 participantes nas Oficinas dos Tempos Livres da Fundação INATEL, em Lisboa, num total de 33 ações – média e curta duração (cursos e workshops). Face ao ano de 2012, notou-se um ligeiro decréscimo tanto do número de ações, como de participantes. Na 1ª fase realizaram-se 15 ações de formação: 11 cursos de média duração (94 participantes) e 4 cursos de curta duração – workshops (68 participantes), num total de 162 participantes. Na 2ª fase realizaram-se 18 ações de formação: 12 cursos de média duração (98 participantes) e 6 cursos de curta duração – workshops (70 participantes), num total de 168 participantes. Os participantes nos cursos continuam a ser, maioritariamente, os associados (80%) da Fundação INATEL. Dos não associados inscritos, a maioria são participantes em cursos em regime de parceria (informática, inglês, restauro e reciclagem de móveis), pois o desconto do associado é feito sobre o valor da inscrição, não implicando uma diferença significativa de preço. Por outro lado, dos participantes não associados que procuram estas ocupações, verifica-se que há um grande número com interesse em se filiar na Fundação INATEL, usufruindo de todos os benefícios agregados. Por isso, um dos objetivos na dinamização do projeto “Oficinas dos Tempos Livres” é a angariação de novos associados, promovendo os benefícios, como forma de consolidar e ter uma ligação mais direta com os mesmos.

Índice de participantes – workshops

Índice de participantes por curso AGUARELA E PASTEL

ALIMENTAÇÃO

ARTES DECORATIVAS

DANÇAS DO MUNDO

BORDADOS TRADICIONAIS

EXPERIMENTE A ÍNDIA

CERÂMICA

GASTRONOMIA INDIANA

COSTURA

INTRODUÇÃO AO MANDARIM

ESCULTURA

PASTA DE PAPEL

FOTOGRAFIA

TUINA

0

INFORMÁTICA INFORMÁTICA II INGLÊS INICIAÇÃO INGLÊS PRÉINTERMÉDIO JOALHARIA PINTURA RESTAURO

0

5

10

15

20

25

30

Filiação (Cursos e Workshops)

0%

20%

ASSOCIADOS NÃO ASSOCIADOS OUTROS PROTOCOLOS

80%

5

10

15

20

25

30


Fundação INATEL

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Teatro - Ao nível da formação realizou-se o Workshop Cenas de Teatro, com 14 inscritos, no espaço Mouraria, a 21 de março. A atividade foi replicada no mesmo espaço a 17 de abril com 30 inscritos. Integrado no projeto Ibsen decorreu uma ação de formação com o intuito de selecionar 15 atores não profissionais no espaço Mouraria. Eventos Cooperação Internacional - Entre janeiro e maio continuou-se a apresentar o filme Sinfonia Imaterial de Tiago Pereira, uma encomenda Fundação INATEL. Em 2013 o filme foi exibido 11 vezes em 9 locais diferentes em vários pontos do país e no Brasil (no âmbito do programa “Portugal - Olhares diversos sobre um território diverso”, inserido no Ano de Portugal no Brasil), a saber: - Auditório da Sociedade Filarmónica 1º Dezembro de 1902, Atouguia da Baleia; - Estabelecimento Prisional Regional de Aveiro; - Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian; - Centro Cultural da Malaposta, Odivelas; - Museu do Oriente, Lisboa; - SESC Pinheiros, São Paulo, Brasil; - FNAC Vasco da Gama; - FNAC Cascais; - FNAC Chiado. Em 2013, 426 espetadores assistiram ao filme. Desde 2011, ano da estreia, e até final de 2013, o filme totaliza 100 exibições, 4.414 espectadores. O filme foi também inscrito nos seguintes Festivais Internacionais: - IMZ World Music Film Screenings at WOMEX 2013; - Rencontres Internationales Sciences et Cinémas (RISC), Marseille ; No âmbito da sua missão de divulgação do património cultural imaterial português, a Fundação INATEL promoveu, em parceria com a Fundação Oriente e com o Apoio à Internacionalização das Artes da Direção-Geral das Artes, a apresentação do projeto de concerto e workshop "Tantos Fados - O Outro Lado de Tantas Lisboas", com o fadista Marco Rodrigues, no Festival de Música do Monte, que se realizou em Goa, Índia. O concerto realizou-se no exterior da Capela da Nossa Senhora do Monte, em Velha Goa, a 3 de fevereiro, contando com cerca de 350 espectadores. O workshop sobre Fado realizou-se na Delegação da Fundação Oriente, em Goa, a 2 de fevereiro. O workshop contou com a participação de fadistas locais como convidados especiais e teve 15 participantes. A Fundação INATEL esteve representada pela Vogal do Conselho de Administração, Dr.ª Jacinta Oliveira, que acompanhou a equipa artística e técnica. A 24 de maio, decorreu a Conferência Património como Identidade – 10 Anos da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, no Auditório do Museu do Fado. Este evento pretendeu dar a conhecer quais os trabalhos realizados na área do Património Imaterial em Portugal, demonstrando igualmente quais os impactos que o reconhecimento de uma prática tem, ou poderá vir a ter, nas economias locais. Criar um espaço de encontro entre associações, agentes culturais, academia e instituições, num diálogo aberto sobre o Património Cultural Imaterial e sobre a Convenção, foi o grande objetivo desta iniciativa. Nesta Conferência estiveram presentes 12 oradores, com a participação de cerca de 140 conferencistas. Cinema - Realizou-se o evento Há Cinema na Mouraria – 3ª edição, uma iniciativa de cinema ao ar livre que decorreu no campo de jogos do edifício do Amparo (espaço Mouraria) com o objetivo de dar a conhecer o local tanto à comunidade envolvente como à cidade de Lisboa em geral. A temática dos filmes, e até mesmo da animação que se seguiu, era o humor, optando-se por exibir filmes do género comédia e por ter artistas do campo da stand-up, com serviço de snack-bar. Programa: 25 de julho . 5ª . 21h45 | “A Delicadeza” 26 de julho . 6ª . 21h45 | “O Ditador” | Animação com “Bang Produções” 27 de julho . sáb. 21h45 | “Sombras da Escuridão” | Animação musical com “Bang Produções” 28 de julho . dom. 21h45 | “Para Roma com Amor” O evento contou com 284 espetadores. Em relação ao ano anterior a iniciativa decresceu substancialmente em termos de espectadores, o que provavelmente se justifica pelo facto de ter sido promovida tardiamente e pelo preço elevado dos bilhetes, aliado à situação económica atual. A enorme oferta de espetáculos na zona pode ter também contribuído para o afastamento das pessoas.


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Etnografia - Na área da Etnografia decorreu aquele que foi o evento charneira de 2013, “Cidade das Tradições”, com características inovadoras e inaugurais, tendo por isso, também, um carácter experimental, o projeto Cidade das Tradições foi pensado com o objetivo de dar visibilidade, na cidade de Lisboa, ao trabalho desenvolvido pela Fundação INATEL, na sua qualidade de consultora da UNESCO para a salvaguarda do património imaterial, assente na relação histórica e duradoira com os CCDs – Centros de Cultura e Desporto, muito particularmente os ranchos folclóricos, grupos etnográficos e bandas filarmónicas que se dedicam à preservação e divulgação das artes, práticas e manifestações culturais tradicionais. Nesse sentido, o programa da Cidade das Tradições foi concebido de modo a incluir a diversidade de manifestações artísticas e culturais que se mantêm atuais no território nacional, nos domínios da música e dança tradicionais, das artes de palco e de rua ou das artes de ofícios e saberes tradicionais, e, simultaneamente, de modo a promover um encontro entre artistas amadores e profissionais, entre representações da tradição de inspiração rural e urbana, entre músicos com formação de Conservatório e músicos detentores de aprendizagens transmitidas oralmente, entre expressões de artesanato tradicional e marcas de design contemporâneo, concretizando-se a essência da iniciativa também sob a forma de uma mostra da atualidade, do estado da arte, destas práticas, e de convite à participação e à partilha, à experiência informal e coletiva, à sociabilização. A introdução do conceito de Cidade das Tradições, entretanto registado como marca exclusiva da Fundação INATEL, permitiu, nessa medida, construir fisicamente uma cidade (com avenidas, ruas e travessas, largos e jardins), envolvendo um trabalho articulado com os departamentos internos de Marketing, de Requalificação, Estudos e Projetos e de Desporto, e, pela sua atratividade em termos de comunicação, alavancou uma campanha mediática envolvendo o grupo RTP como media partner, que se concretizou, sem custos para a Fundação INATEL (afetando um Valor de Publicidade Automática quantificado em 3.600.000,00€ – três milhões e seiscentos mil euros), da qual resultou uma promoção que incluiu reportagens, entrevistas e notícias do evento durante duas semanas, com destaques da manhã e da tarde, nos principais canais e veículos de comunicação do Grupo RTP, com especial relevo nos programas de grandes audiências e no magazine cultural da RTP2. O evento decorreu no Parque de Jogos 1.º de Maio, entre os dias 5 e 6 de outubro, contando com: - 263 participantes: Associação Tradballs – baile final; Banda da Escola de Música Juventude de Mafra – abertura; Grupo Académico de Danças Ribatejanas – palco e workshop; Grupo de Cavaquinhos "Um Tom Abaixo" – palco; Grupo Etnográfico de Danças e Cantares do Minho – atividade de rua, palco e workshop; Grupo Etnográfico Mil Raizes – atividade de rua e palco; Grupo Musical “As Concertinas do Vale do Tejo” – palco; Orquestra de Foles da Associação Gaitade-Foles – palco; Orquestra de Percussão "Eclodir Azul" – abertura; Orquestra de Violas Beiroas – palco; Rancho Tradicional de Cinfães – palco, workshop, artesanato e jogos tradicionais; José Barros e Navegante com Isabel Silvestre e 4uatroAoSul – palco; S. A. Marionetas - Teatro e Bonecos – teatro de rua; Inês Gonçalves (Aerofones - Gaita de foles); José Carita e Filipe Grenha – workshop cordofones; Isabel Abranches Pinto – workshop pasta de papel; Luís Fernandes – workshop percussão tradicional; Vítor Rosa e Hermínio Carneiro – workshop concertina; - 12.122 pessoas que visitaram a Cidade e participaram nas atividades; - 45 atividades e eventos: tendas e demonstrações e artesanato, atividades de rua e de palco, workshops, jogos tradicionais; - Diversos espaços performativos: Av. dos Artesãos, Praça dos Sabores, Palco das Tradições, Rua do Recreio, Largo do Folclore, Jardim dos Jogos Tradicionais. Em termos logísticos e de divulgação, o projeto envolveu os seguintes parceiros, apoios, canais de comunicação e produção de materiais e conteúdos: - Parceiros: Montepio (patrocínio); Grupo RTP (media partners); Câmara Municipal de Lisboa; Comissão Nacional da UNESCO (institucionais); Turismo de Lisboa; EGEAC (apoios); - Construção da identidade do projeto através da conceção do logotipo; - Canais INATEL: Newsletter (25.000 envios); SMS (10.000 envios); Facebook (22.000 fãs); Jornal Tempo Livre; Sítio INATEL; INATEL TV; - Outros canais: Díptico/Programa (7.000); Flyer (5.000); Grande Ecrã do Turismo Lisboa. Dos resultados registados da 1.ª edição da Cidade das Tradições, que se concretizou em dois dias de festa plenamente vividos e partilhados por mais de doze mil pessoas, num ambiente que proporcionou diversos momentos performativos, espaços de convívio e de aprendizagem coletiva, assinala-se o cumprimento dos objetivos traçados, nomeadamente o reconhecimento de que o espírito de participação que diferencia este evento tornou-se efetivamente o fator privilegiado pelos públicos presentes (patente, em especial, na forte participação nos workshops, por mais de seiscentas pessoas, promovidos como convites à experimentação e à descoberta).


Fundação INATEL

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Música Dias da Cultura - Por forma a incentivar as práticas culturais amadoras, a Fundação INATEL apresentou os Dias de Cultura no Teatro da Trindade. Este evento promoveu o trabalho desenvolvido por três associações com atividade nas áreas de teatro, música e etnografia (artes e culturas tradicionais). Programa: Sábado, 20 de julho, 21:30, Sala Principal Música - Homenagem ao Maestro e Compositor Álvaro Reis Pela Sociedade Filarmónica Ermegeirense (fund. 1882) | Direção musical de maestro Álvaro Reis Teatro - Prometo, não volta a acontecer de Jorge Geraldo (Prémio INATEL / Teatro “Novos Textos” 2012) Pela Companhia de Teatro Água Corrente de Ovar com Tuxa Poças, Manuel Costa, Laura Poças Conceção e Direção de Jorge Fraga | Espetáculo de estreia | Domingo, 21 de julho, 16:00, Sala Principal Artes e Culturas Tradicionais - Salvemos a Viola Beiroa Pela Orquestra de Violas Beiroas Direção musical de Miguel Carvalhinho e Alísio Saraiva Apresentação da Associação “Salvemos a Viola Beiroa” Dia Mundial da Música - A Fundação INATEL entregou no dia 1 de outubro, Dia Mundial da Música, os Prémios Fundação INATEL. A primeira parte contou com os quatro alunos laureados com o Prémio Fundação INATEL, do Curso Profissional da Escola de Música do Conservatório Nacional e cerimónia de entrega de Prémios. A segunda parte foi composta por dois grupos de Música de Câmara, integrados na Escola de Música do Conservatório Nacional, Triokovitch e Stravinstrio, este último vencedor do 1º lugar (Nível Médio) do Prémio Jovens Músicos 2013 / Categoria Música de Câmara. Assistiram cera de 105 espetadores. Encontro de Bandas Fundação Inatel / Banda Sinfónica Portuguesa - O evento Encontro de Bandas INATEL/BSP teve lugar nos dias 23 e 24 de novembro no Pavilhão Multiusos de Gondomar. O evento foi realizado em parceria com a Banda Sinfónica Portuguesa, contando com a participação de 12 bandas. O nível das bandas participantes foi bastante elevado e com repertórios diferenciados e de qualidade. Para a realização do evento, para além da equipa da Sede e da equipa da Agência do Porto, contámos com a equipa da BSP, bem como, com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar que cedeu o pavilhão, técnicos e disponibilizou camarins, o espaço necessário ao acolhimento das bandas (sala de afinação, WC, estacionamento), tendo sido essencial para a boa prossecução do evento. No cômputo dos dois dias assistiram ao evento mais de 5.000 pessoas. II Concurso Internacional de Clarinetes - A Direção de Cultura apoiou em 2012/2013 o II Concurso Internacional de Clarinetes de Lisboa. Foram contrapartidas deste apoio: - Coprodutor do Concurso Internacional de Clarinetes que será designado II CONCURSO INTERNACIONAL DE CLARINETES FUNDAÇÃO INATEL. - Colocação do logo da Fundação INATEL em todos os materiais gráficos do Concurso. - 1 Concerto a realizar em local e data a definir pela Funvdação INATEL. Candidataram-se ao concurso 73 clarinetistas de 23 nacionalidades com idades compreendidas até aos 30 anos. Foram três músicos premiados, sendo o segundo prémio atribuído a uma clarinetista portuguesa. Este concurso teve um impacto cultural notório, não só ao nível nacional, mas também ao nível internacional. Oficinas dos Tempos Livres - A entrega dos prémios do Concurso de Artes Plásticas decorreu na Galeria da Associação Portuguesa de Escultura e Pintura. Para além das entregas de prémios, foi inaugurada a Exposição das Obras Selecionadas do Concurso de Artes Plásticas e o lançamento das edições vencedoras do Concurso Novos Textos. A iniciativa decorreu no dia 19 de dezembro de 2013 e contou com cerca de 80 espectadores. A exposição esteve patente até dia 18 de janeiro e contou com mais de 1000 visitantes. Teatro - A entrega dos prémios do Concurso de Novos Textos decorreu no bar do Teatro da Trindade, no dia 18 de dezembro, assistiram cerca de 70 pessoas.


Relatório e Contas 2013

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Concursos Cinema - Em 2013 deu-se continuidade ao Concurso de Vídeo Fundação INATEL – 8ª edição. Esta atividade pretende promover produções de curta-metragens em vídeo, promover a produção de trabalhos que visam a proteção e divulgação de temáticas relacionadas com o Património Imaterial (através da criação do prémio com o mesmo nome). Foi organizada uma mostra das obras selecionadas pelo júri. Foram recebidas obras até ao dia 31 de outubro. Foi júri: - Lauro António, - Leandro Ferreira; - Paulo Miguel Martins. Foram recebidas 29 obras, das quais o júri selecionou 15 que foram exibidas em Lisboa – Cinema City Classic Alvalade – 14 e 15 de dezembro. Nestas mostras estiveram presentes cerca de 130 pessoas. Foram vencedores: - Prémio Fundação INATEL – “O Homem que Remava o Barco” de Bruno Rosa - Prémio Património Imaterial – “Primária” de Hugo Pedro - Prémio Jovem Realizador – “Penitência” de Matthias Fritsche Música - No âmbito de uma parceria entre a Banda Militar do Exército e a Fundação INATEL, com o objetivo de fomentar e valorizar a escrita musical para esta formação, foi lançado em 2013 o Concurso de Composição para Orquestras de Sopros. As candidaturas estiveram abertas a compositores de todas as nacionalidades residentes em Portugal. Oficinas do Tempos Livres - No sentido de dar continuidade ao estímulo da produção artística amadora, realizou-se em 2013 a 9ª edição do Concurso de Artes Plásticas da Fundação INATEL. No âmbito do Plano Estratégico para a área da Cultura, o Concurso de Artes Plásticas procura ir ao encontro das três linhas de orientação do eixo da “Formação e Criatividade: Arte, Cultura e Comunidade”. Desde a sua primeira edição, em 2005, que o Concurso de Artes se realiza anualmente, tendo alargado em 2009 à participação do público em geral. O Concurso é aberto a todas as expressões de artes plásticas com atribuição de dois prémios a obras de diferentes categorias. Obra premiada na Categoria Obra premiada na Categoria de Escultura, À semelhança das edições anteriores, o Concurso de Pintura, Sobre a Cidade, de Rui Tavares Umbilicada, de Conceição Freitas continua aberto à participação do público em geral. No ato da inscrição, tem vindo a ser aplicada uma taxa de inscrição, por cada obra entregue, no valor de 5€ para os associados e de 15€ para o público em geral. Filiação Participantes Concurso Artes Plásticas 2013 Foram recebidas um total de 85 obras a nível nacional (continente e ilhas), de um total de 63 participantes. Desde que foram admitidas inscrições por parte de não associados, o Concurso de Artes Plásticas atingiu uma maior dimensão, tornando-se uma referência para o público em geral a nível das artes. À semelhança da edição anterior, em 2013 registou-se um número de participantes maioritariamente não associados. Deste modo, um dos objetivos ASSOCIADOS estratégicos do projeto é a angariação dos potenciais novos associados, divulgando os 52% 48% benefícios da filiação à Fundação INATEL. NÃO ASSOCIADOS JÚRI NOMEADO 2013 - Prof. Eurico Gonçalves, pela Sociedade Nacional de Belas Artes - Prof. Francisco Carrola, Artista Plástico - Prof. João Paulo Queiroz, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa PREMIADOS E SELECIONADOS 2013 O júri selecionou um total de 26 obras, das quais foram atribuídos os seguintes prémios: Obras selecionadas (participantes por distrito) Prémio Categoria Escultura: Umbilicada, Conceição Freitas (Almada) BRAGA Prémio Categoria Pintura: Sobre a Cidade, Rui Tavares (Lisboa) Menções Honrosas LISBOA Árvore no Alqueva, Rui Neto (Lisboa) PORTO Dracaena Draco, Maria Sassetti (Lisboa) SETÚBAL Par de Botas, Maria João Ribeiro (Lisboa) 0 2 4 6 8 10 12 14 Sem Título, Odete Pinheiro (Maia) Vil História da Intersecção I, Hugo Maciel (Quinta do Conde) Das 26 obras selecionadas pelo júri para Exposição, a maioria são participantes do distrito de Lisboa, seguindo-se o Porto.


Fundação INATEL

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Teatro - No ano de 2013 realizou-se a 17ª Edição do Concurso Novos Textos 2013. O Grupo Vencedor do Concurso Nacional de Teatro Amador, organizado pela Federação Portuguesa de Teatro parceira da Fundação INATEL, escolherá qual o texto a encenar, entre o Grande Prémio e o Prémio Miguel Rovisco, o qual será apresentado no Teatro da Trindade, em data a definir. A entrega dos originais decorreu de 1 a 30 de junho, tendo sido rececionados 35 originais: 29 Grande Prémio e 6 Prémio Miguel Rovisco. As candidaturas apresentadas foram avaliadas por um júri composto pelos seguintes elementos: - Carmen Santos- Atriz - Paulo Oom – Ator / Encenador - Bruno Schiappa – Ator / Coreógrafo - Foram premiados os seguintes textos: - “Mortos de Fome ” de Deolinda Maria Galvão Rodrigues (Grande Prémio) - “É insuportável que me beijes quando quero dormir ” de Sofia Vasconcellos e Sá (Prémio Miguel Rovisco). - Menções Honrosas: - “Por favor não esqueçam o Alberto” de Ana Cecília (pseudónimo); - “O Menino da Burra” de Cérgio Cipreste (pseudónimo) Programas de apoio Programa de Apoio Associações em Movimento - Na sua 2.ª edição, o Programa de Apoio Associações em Movimento foi promovido com o objetivo de contribuir para a atividade de associações culturais de amadores através da atribuição de apoio pecuniário (ou cedência temporária de instalações ou dos equipamentos culturais da Fundação INATEL) a projetos organizados e promovidos pelos CCDs-Centros de Cultura e Desporto nas áreas de cinema, etnografia e folclore, artes e culturas tradicionais, música e teatro, nas vertentes de atividade educativa e formativa, atividade performativa e atividade editorial. Foram rececionadas, a nível nacional, 502 candidaturas, das quais 416 admitidas e beneficiadas com apoio e 86 excluídas. Em termos regionais/distritais, as 416 candidaturas beneficiadas com apoio distribuem-se da seguinte forma, envolvendo um montante global de 125.380,00€.

Índice de participantes por curso 165

REGIÃO NORTE BRAGA BRAGANÇA PORTO VIANA DO CASTELO VILA REAL REGIÃO CENTRO AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA GUARDA LEIRIA VISEU REGIÃO LISBOA E VALE DO TEJO, SUL E ILHAS BEJA ÉVORA FARO LISBOA PORTALEGRE R.A.AÇORES  ANGRA DO HEROÍSMO R.A.AÇORES  HORTA R.A.AÇORES  PONTA DELGADA R.A.MADEIRA  FUNCHAL SANTARÉM SETÚBAL

29 7 33 22 74 176 40 31 43 16 14 32 161 17 21 11 20 20 4 3 11 8 37 9

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200


Relatório e Contas 2013

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Programa de Apoio Associações em Movimento - Relativamente aos resultados referentes ao lançamento do programa na sua 1.ª edição, em 2012, refira-se que o volume total de candidaturas rececionadas se manteve (num total de 502 candidaturas em 2012 e em 2013), tendo-se registado uma melhoria na compreensão dos critérios de atribuição face à diminuição de candidaturas excluídas (137 excluídas em 2012, para 86 excluídas em 2013) e um aumento de candidaturas apoiadas nas áreas de Etnografia/Tradicional e Música (226 e 69 candidaturas, respetivamente, em 2012, para 269 e 90 em 2013), assim como na tipologia de “atividade performativa” (325 candidaturas em 2012, para 380 em 2013), mantendo-se sensivelmente o número de candidaturas nas tipologias de “atividade educativa/formativa” e “atividade editorial” (na ordem das 35 candidaturas). Em termos de montantes globais atribuídos, refletem-se estes aumentos no volume concedido em euros (total de 119.300,00€ em 2012, para 125.380,00€ em 2013).

Programa de Apoio INATEL Cultura - O programa tem o objetivo de dotar de verba as atividades Culturais das agências desenvolvidas ao abrigo da missão cultural da Fundação INATEL. As agências puderam candidatar-se com 3 tipos de iniciativa: - Atividade educativa e formativa no âmbito da Música, Cinema, Teatro e Etnografia ou no âmbito da Ocupação dos Tempos Livres; - Eventos e Espetáculos no âmbito da Música, Cinema, Teatro e Etnografia; - Edições no âmbito da Música, Cinema, Teatro e Etnografia. Em 2013, foram apoiadas 126 atividades das agências. Das atividades apoiadas em 2013, destacam-se as Janeiras (Viseu), Oficinas dos Tempos Livres (Ponta Delgada), Academia Jorge Sena (Porto), Encontro de Bandas (Porto), Fescénia (Santarém), Festival de Teatro Amador (Leiria), Circuito de Cinema (Bragança).

Arquivo Histórico e Centro de Documentação Arquivo Histórico Em 2013 continuou-se a implementação dos trabalhos no Arquivo Histórico, que se encontra no Palácio do Barrocal na agência de Évora. Este ano foi também marcado pela continuação da venda das nossas publicações num total de 734 vendidos, quer diretamente aos interessados quer na BTL e Feira do Livro e outras feiras de norte a sul do país. Biblioteca Em 2013 continuou-se a proceder ao levantamento dos fundos dos diversos núcleos de biblioteca da Fundação INATEL. O original acervo da Biblioteca da Sede, que se estima superior a 10.000 volumes e que foi transferido para o Palácio do Barrocal em Évora em 2008, incluindo as espécies pertencentes à extinta Biblioteca do Gabinete de Etnografia, encontra-se já parcialmente inventariado e sumariamente catalogado no sistema informático DOCBASE, num total de cerca de 3.894 registos. Com vista à divulgação futura do catálogo dos fundos de biblioteca da Fundação INATEL via Intranet e Internet, tornava-se necessário finalizar o processo de inventariação das espécies de biblioteca disseminadas pelo país.

Espaços Culturais Espaço Mouraria A Direção Cultural no âmbito da sua missão desenvolve e dinamiza projetos culturais no qual o polo cultural da Mouraria no ano de 2013 teve um lugar de destaque. Enquadrada no Plano Estratégico Cultural, foi desenvolvida uma estratégia de divulgação/utilização no qual se deu a conhecer ao exterior as potencialidades deste espaço conseguindo criar novos públicos. As três vertentes de atuação deste polo cultural são o Espaço Formativo, Eventos e Espetáculos e a Cedência/Aluguer de espaços. - No espaço formativo - No âmbito das Oficinas dos Tempos Livres decorreram vários cursos e workshops neste espaço; - Eventos e espetáculos promovidos pela Fundação INATEL – Atividade promovida pela Direção Cultural. Ciclo de cinema “Há Cinema na Mouraria”; - Cedência/Aluguer de espaços - atividades promovidas por parceiros institucionais; - Aluguer – Aulas de Hip Hop Junta de Freguesia do Socorro, Futsal. 24 Participantes.


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Espaço Round The Corner O espaço Round the Corner destina-se ao acolhimento e fruição gratuita de novos projetos das mais diversas práticas artísticas contemporâneas (fotografia, pintura, desenho, som, vídeo, performance, instalação, etc.), incrementando e apoiando as práticas transdisciplinares exemplificadas pelo teatro, que serve de plataforma a eventos de carácter diversificado. Anualmente é aberto um processo de seleção de propostas para intervenções artísticas respeitante ao ano seguinte, tendo como destinatários Programadores Culturais, Curadores e Artistas. Pretende-se assim oferecer uma programação plural que parta de diferentes olhares, garantindo a independência e a multiplicidade dos pontos de vista. Em 2013 realizaram-se 19 exposições, com 278 obras expostas, 19 artistas representados e 4.600 visitantes.

Outras ações e participações realizadas pela equipa da Direção Cultural Em 2013 a equipa da Direção Cultural assistiu e participou em várias Conferências e Encontros como: - Integração do júri que atribuiu o Selo de Qualidade 2013 ao artesanato produzido no concelho de Sintra; 5 julho; Divisão de Animação Cultural da Câmara Municipal de Sintra, Sintra; - Colóquio “O Folclore e a Etnografia”; 20 julho; Casa do Povo de Montargil, Montargil; - A Fundação INATEL na qualidade de Presidente do CIOFF Portugal, participou nas Assembleia-gerais do CIOFF Portugal que decorreram na unidade hoteleira INATEL Oeiras a 6 de abril e em Barcelinhos no dia 7 de dezembro. - A Fundação INATEL esteve também presente na Reunião da Europa do Sul e África do CIOFF Mundial, que se realizou de 2 a 6 de maio de 2013 em Sabaudia, Itália; - “A Semana Santa na Idanha”, Casa da Cultura, 11 de março, Idanha-a-Nova; - “Candidatura, Bugios e Bugiadas”, 25 de maio, Valongo; - “Candidatura do Cante: Perspetivas”, 20 de julho, Reguengos de Monsaraz; - Participou na ação de formação, INTERFACES: Trajetos e Perspetivas da Sociologia das Artes e da Cultura em Portugal; 4 dezembro; ICS – Instituto de Ciências Sociais / UL, Lisboa; - Concurso Nacional de Teatro da Federação Portuguesa de Teatro Amador, na Póvoa do Lanhoso; - 2º Congresso de Música da Federação de Bandas Filarmónicas do Minho; - III Concurso Internacional de Música de Câmara da Cidade de Alcobaça.

Teatro da Trindade O Teatro da Trindade reabriu em junho de 2013, depois de um longo período de obras. O Teatro esteve praticamente fechado durante um ano. Considerando os constrangimentos orçamentais existentes, o Trindade foi durante 2013 uma estrutura fundamentalmente de acolhimento. Não teve produções próprias, com exceção da coprodução, que vinha de um compromisso assumido (IBSEN) e a compra do espetáculo de abertura (Esta Vida É Uma Cantiga). Foi uma programação pensada para o grande público, para recuperar públicos perdidos, de aproximação aos que sempre viram o Teatro da Trindade como a “sua” sala, o Teatro onde se contam histórias, se ouvem músicas, se ri e se chora. No entanto, um Teatro como o Trindade deve abrir portas aos projetos de uma dimensão diferente, para públicos específicos, para o experimentalismo, para a pesquisa, para os jovens criadores. Assim aconteceu com a programação da Sala Estúdio. O Teatro Bar que passou por um concurso público, para a sua exploração, foi, como sempre foi, um espaço dedicado à noite. O Stand Up Comedy regressou ao bar. Exposições, conferências, visitas, conversas com o público completaram a programação que trouxe ao Trindade 30.232 espectadores. As últimas obras de beneficiação e remodelação do Teatro da Trindade começaram em dezembro de 2012 e abrangeram quatro áreas fundamentais: novas acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida, melhoria das condições de comodidade para o público, reformulação dos sistemas de climatização e ventilação e a segurança das instalações, ajustando-a às novas exigências e diretivas da prevenção de incêndios para as salas de espetáculos. Estas intervenções obrigaram a uma paragem no funcionamento regular do Teatro por um período de longos meses. A equipa técnica do Teatro participou ativamente no encontro de soluções em colaboração constante com o GREP, participando em todas as reuniões de obra e solicitando outros encontros informais. Houve da parte do Teatro da Trindade um papel fundamental na definição técnica da nova vara do proscénio e no arranjo das plataformas elevatórias


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do palco, intervenções que não estavam inicialmente previstas. A decisão das novas cadeiras, réplicas das anteriores, foi um processo sempre acompanhado e discutido pela Direção do Teatro com a arquiteta responsável. As equipas técnicas e de limpeza do Teatro da Trindade acompanharam sempre as obras em colaboração constante com os trabalhadores das empresas responsáveis pelas empreitadas. Após a entrega da obra, começaram as pequenas intervenções, os testes às máquinas instaladas, a pintura de rodapés e paredes. É de realçar a colaboração continuada do GREP depois da “grande” obra.

Programação Com a previsão de abertura do Teatro da Trindade a 13 de junho, data emblemática quer da Fundação INATEL quer da cidade de Lisboa, dá-se início ao trabalho de programação para os vários espaços do Teatro. É uma programação pensada para o grande público. Se por um lado traz a festa da cidade de Lisboa para dentro de um palco, por outro reflete sobre questões da liberdade e mais propriamente da liberdade de imprensa, da dramaturgia universal (i.b.s.e.n.) e a dramaturgia nacional com o Nobel José Saramago; o Teatro e um “cheirinho” à revista portuguesa, não esquecendo os nossos CCDs, que representam o que de melhor se faz na cultura tradicional e não profissional em Portugal. Na época natalícia, o público mais jovem não foi esquecido e o musical baseado num herói da Banda Desenhada “ZORRO”, fez as delícias de crianças, jovens e pais. Decorrem reuniões com os produtores dos vários projetos Teatrais, durante os meses de fevereiro a maio e dá-se início à preparação da exposição sobre António Couto Viana. Em março é apresentado o primeiro documento sobre a programação do Teatro da Trindade até ao final do ano. Programação para a Sala Principal, Sala Estúdio, Teatro Bar, Salão Nobre e Átrio. Uma programação com espetáculos, conferências e exposições. Em abril é apresentada a programação definitiva da Sala Estúdio. Em maio é apresentada a programação da Sala Principal. Em outubro é lançado o “Convite Público aos criadores e produtores” para apresentarem os seus espetáculos a serem inseridos na programação de 2015. Em finais de novembro reúne o júri que analisa as propostas. Em dezembro é entregue a proposta de programação para 2015.

Espetáculos — Sala Principal “Esta Vida é Uma Cantiga” é o verso inicial duma das canções mais célebres de toda a história da revista – O Dia da Espiga – que começou a ser cantada em 1929 e teve tal sucesso que até hoje não há quem não a conheça. Direção – Henrique Feist e Nuno Feist Com – Henrique Feist, FF, Wanda Stuart, Anabela e participação especial de Anita Guerreiro e Simone de Oliveira. Produção – BUZICO e Teatro da Trindade Data – 13 a 16 de junho IBSEN - de Miguel Castro Caldas Projeto de parceria de duas instituições portuguesas com o objetivo de escrever e produzir uma peça original a partir do imaginário Ibseniano. Personagens de diferentes peças de Ibsen cruzam-se numa nova narrativa de carater onírico. Encenação – Cristina Carvalhal Com – André Levy, David dos Santos, Inês Rosado, João Lagarto, Manuela Couto, Sara Carinhas, Sílvia Filipe e Stephanie Silva. Produção – Causas Comuns e Teatro da Trindade Data – 4 a 14 de julho Este espetáculo integra a programação do Festival Internacional de Almada. Dias da Cultura - Um fim de semana dedicado à cultura tradicional e não profissional. Espetáculos da responsabilidade de CCDs na área do teatro, etnografia e música da Fundação INATEL. Participaram, Contato-Comp.de Teatro Água Corrente (Ovar), Banda da Sociedade Filarmónica Ermergeirense (Torres Vedras) e Orquestra de Violas Beiroas (Castelo Branco). A Voz Humana - de Jean Cocteau Jean Cocteau apresenta-nos uma mulher anónima que procura, a todo o custo, tocar o coração do homem que acabou de abandoná-la. Esse homem já nem é anónimo: é fantasma. Encenação – Vicente Alves do Ó Com – Carmem Santos Produção – BS Produção Ativa Data – 22 agosto a 8 de setembro


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Sete - Projeto de Teatro Intergeracional O Grupo de Teatro Intergeracional foi um projeto criado no âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade Intergeracional. Encenação – Catarina Gonçalves Produção – Teatro Trindade Data – 12 a 15 de setembro O INTRUSO - de Henrique Dias, Frederico Poiares e Roberto Pereira Depois de longos anos em retiro espiritual num bungalow na Reserva Naturista de Idanha-a-Nova, o irreverente Marco Horácio está de volta aos palcos. Com – Marco Horácio Produção – Ana Soares Produções Lda. Data – 19 a 22 setembro Primavera em Flor - Coreografia – Joana Bergano Produção – Primeira Companhia Data – 25 setembro Colapso - “Colapso” é uma tragicomédia sobre a Crise (emocional, financeira, amorosa, social, criativa, valores) e o colapso de sete pessoas/personagens que ao longo do espetáculo “sofrem” colapsos resultantes dessas várias crises, numa espiral descendente recessivo-compulsiva. Direção Artística – Ricardo Moura Com – Maria João Pereira, Vera Paz, Paulo Lázaro, Ricardo Moura, Rui Sergio, Mónica Garcez, Célia Alturas, Ivo Bastos Produção – d’As Entranhas Data – 27 setembro a 6 outubro I Love my Pénis - Se o casamento fosse bom, não era preciso testemunhas. Encenação – Francisco Graça Com – Jorge Saias e Francisco Graça Produção – Grupo Teatral Freamundense Data – 12 outubro Zorro - de Liliana Moreira É um musical sobre o justiceiro que existe em cada um de nós, sobre a capacidade de aprender, de lutar por objetivos, de reerguer uma casa pela base quando o telhado cede. Ao contrário de outros heróis, ZORRO conquista a capa e a mascarilha não por magia ou mutações, mas porque se torna merecedor, pela sua generosidade e esforço, e por descobrir que um herói não é herói pelos outros mas com os outros. Encenação – Rui Melo Música – Artur Guimarães Produção Yellow Star Company Data – 2 novembro a 29 dezembro A Noite - de José Saramago A noite mais importante da história de Portugal contada a partir da redação de um jornal. Encenação – José Carlos Garcia Com – Paulo Pires, Joana Santos, Sofia Sá da Bandeira, Samuel Alves, Fábio Alves, João Lagarto, Vitor Norte, Pedro Lima, Filipe Crawford. Produção – Yellow Star Company Data – 7 de novembro a 29 de dezembro O Piano em Pessoa - Um concerto de canto e piano com canções originais cujas líricas são poemas de Fernando Pessoa. O espetáculo inclui canções em vários estilos com poemas de Pessoa por ele escritos em português, em inglês e também em francês, nunca antes musicados. Direção Literária, Composição e Voz – Armando Nascimento Rosa Direção Musical, Arranjos, Coautorias e Piano – António Neves da Silva Data – 30 de novembro Dois musicais. Duas homenagens: à Revista Portuguesa e a essa figura da Banda Desenhada e do Cinema: ZORRO. A dramaturgia mundial esteve representada por dois grandes dramaturgos: Ibsen e Jean Cocteau.


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Um prémio Nobel Português – José Saramago. Um concerto com poemas de Fernando Pessoa no dia de aniversário da sua morte. O Stand Up, a dança, o teatro intergeracional e a irreverência com d’As Entranhas completaram a programação, onde não faltou a presença da Cultura não profissional nos Dias da Cultura. Um conjunto de espetáculos pensados para o grande público, onde as questões prementes da sociedade estiveram presentes, como A Liberdade.

Espetáculos — Sala Estúdio “3XBeckett” - de Samuel Beckett Encenação – Jim Boerlim Com – Sónia Neves, Maria Ana Filipe Produção – Propositário Azul Data – 10 a 20 de julho “O Livro Mágico de Beatriz” - de Ana Bentes Bravo Espetáculo de Infância e Juventude Encenação – Jorge Almeida Produção – Artitude – Grupo de Teatro da Câmara Lisboa Clube (CCD) Data – 24 a 28 de julho “Até Amanhã” - de A. Branco Menção honrosa no Concurso Novos Textos da Fundação INATEL (2005) Encenação – Eduardo Condorcet Produção – Ninho de Víboras – Associação Cultural Data – 19 de setembro a 5 de outubro “Hotel Bilderberg” - de Jorge Castro Guedes Encenação – J. Castro Guedes Com – Lúcia Maria, Paulo Lage, Francisca Lima Produção – DOGMA 12 Data – 31 outubro a 24 de novembro CASA – O Cultivo das Flores de Plástico - de Afonso Cruz Encenação – Rute Rocha Com – Custódia Galego, José Martins, Pedro Barbeitos, Cristina Cavalinhos. Produção – Gato que ladra – Associação Cultural Data – 4 a 22 de dezembro Assim, a Sala Estúdio de julho a dezembro teve 5 espetáculos. Um dramaturgo universal (Samuel Beckett), 4 autores portugueses (Ana Bentes Bravo, A.Branco, Jorge Castro Guedes e Afonso Cruz). Um autor premiado pela Fundação INATEL (A.Branco). Três estreias em absoluto (“Até Amanhã”, “Hotel Bilderberg”, “Casa”). Um espetáculo para a Infância e Juventude (“O Livro Mágico de Beatriz”). Um CCD (Artitude – Grupo de Teatro da Câmara Lisboa Clube).

Espetáculos — Teatro Bar Um Tempo - Pedro Tochas Data – 4 a 25 outubro 7 anos em 77 minutos - Ricardo Vilão Data – 20 e 27 de novembro O Teatro Bar sempre foi um espaço noturno. Dois espetáculos de Stand Up no sentido de recuperar a dinâmica que o Teatro Bar já teve.


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Conversas com os espectadores Foram realizadas 10 conversas que reforçaram a importância desta atividade para a consolidação de uma ideia de participação do público numa fruição do teatro que não se resuma ao espetáculo: Ibsen, 3xBeckett, Voz Humana, SETE, Até Amanhã, Colapso, Um Tempo, Hotel Bilderberg, Zorro, A Casa.

Conferências/Debates “As Práticas de Comédia” - Conferência Internacional, realizada no âmbito do projeto “Teatro para Rir”. De 20 a 22 de junho o Teatro da Trindade acolheu “Práticas de Comédia” uma conferência internacional, organizada pelo centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da Faculdade de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa (CESEM), com a presença de investigadores ligados a instituições de Itália, do Brasil, dos Estados Unidos da América, de França e de Portugal. Entre os investigadores e académicos nacionais presentes, encontram-se Gabriela Cruz, Paulo Ferreira de Castro, Maria José Artiaga e Luisa Cymbron, que constituíram a Comissão Científica e Organizadora e, ainda Mário Vieira de Carvalho, Isabel Mões, Isabel Gonçalves, Filipe Gaspar, associados do CESEM, Ana Isabel Vasconcelos, do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Irene Fialho, do Centro de Literatura Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Aquando da produção do espetáculo IBSEN organizou-se uma conferência e uma conversa em torno do universo da obra de Ibsen. “Conferência sobre a obra de Ibsen pelo professor norueguês Helge Rnning” (10 de julho). “O que nos fascina na obra de Ibsen”, uma conversa aberta ao público com um conjunto de criadores portugueses que abordaram obras de Ibsen (11 de julho). A 24 de setembro, com a exposição “A.C.Viana – Um Homem de Teatro”, como tema decorreu uma conferência com a Dra. Paula Anjos, coordenadora e comissária da exposição. Criação Dramatúrgica Portuguesa Contemporânea. Os espetáculos “A Casa”, Hotel Bilderberg”, Até Amanhã” e “Colapso.1”, em cena no Teatro da Trindade entre setembro e dezembro, na sua diversidade estética e temática, tinham em comum entre si serem projetos onde havia uma criação dramatúrgica própria, o que justificou a organização de dois debates sobre a situação da criação dramatúrgica portuguesa de hoje. Esses debates foram organizados a partir de duas perspetivas: as relações entre texto e cena e a relação entre o texto e o mundo, a interpelação do real: “Do texto à cena? Que caminhos” e “Escrever para teatro hoje: Vamos falar de quê?” A Revista Textos e Pretextos lançou no Teatro da Trindade um número dedicado à Literatura e Ópera realizando 2 debates distintos a 29 de outubro e 5 de novembro. O espetáculo “A Noite” teve uma carreira longa e dada a temática permitiu realizar um conjunto de atividades que serviram também para divulgar o próprio espetáculo e criar uma parceria com a Fundação Saramago, trazendo ao Teatro da Trindade e à Casa dos Bicos, personalidades de relevo do jornalismo, das redes sociais, do teatro e da cultura. “A Noite” e o jornalismo de hoje: Histórias entre o 4º e o 5º Poder. Moderado por Nicolau Santos, com Paulo Pena (Visão), Anabela Campos (Expresso), Joaquim Vieira (Observatório Comunicação Social) e Nuno Ramos de Almeida (Jornal i); Saramago no Teatro: com criadores artísticos que montaram e adaptaram para teatro obras de José Saramago. Moderado por Ana Sousa Dias, com Paulo Sousa Costa (A Noite) João Brites e Rui Francisco (Ensaio sobre a Cegueira e Jangada de Pedra), Miguel Real e Filomena Oliveira (Memorial do Convento), Pompeu José (“A Viagem do Elefante”), Pilar del Rio (Presidenta da Fundação Saramago)


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“Um dia todos faremos jornais” / redes sociais, novas condições para a livre expressão. A frase “Um dia todos faremos jornais” foi o pretexto para lançarmos um debate sobre as redes sociais com bloguers e jornalista. Moderado por: José Mário Silva contou com João Miguel Tavares (blogue Pais de Quatro); Luís Carmelo (autor de “A Expressão na Rede – O caso dos blogues”); Paulo Querido (criador da weblog.com.pt; Rui Tavares (blogue Rui Tavares).

Visitas ao Teatro Uma das atividades integradas no Projeto Comunidade é o “Trindade de Portas Abertas” que é um projeto permanente do Teatro da Trindade e permite conhecer a história e o edifício do teatro. Decorreram 4 visitas. Uma para 30 jovens do centro Comunitário da Flamenga, jovens na sua maioria de famílias disfuncionais, financeiramente desfavorecidas e que estão sinalizadas pela comissão de Proteção de Crianças e Jovens. Associada a esta visita houve um atelier de artes circenses com Karley Aida. Duas associações também visitaram o teatro: Leões de Portugal e os Amigos dos Castelos. A Escola Superior de Teatro e Cinema fez também uma “viagem” pelo teatro com uma vertente mais técnica. Exposições Duas exposições tiveram o seu espaço no Teatro da Trindade. “António Manuel Couto Viana – Um Homem de Teatro”. Exposição produzida pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e que teve o apoio da Fundação INATEL. Associada a esta exposição houve uma Conferência em que a oradora foi a Dra. Paula Anjos e um concerto de encerramento da mesma a 13 de outubro pelo Coro Juvenil de Lisboa, que teve a direção musical do maestro Nuno Margarido Lopes. Durante o espetáculo “Hotel Bilderberg” em cena na Sala Estúdio, esteve no Salão Nobre uma exposição de vários artistas que cederam as suas obras à produção do espetáculo. Cedência de espaços O Teatro da Trindade cedeu as suas instalações para a Gala da GDA e para as filmagens de “Os Maias”, com o realizador João Botelho. Direção Cultural Em parceria com a Direção Cultural decorreram no Trindade 3 eventos: Dias da Cultura, Dia Mundial da Música e Cerimónia de Entrega dos Prémios do Concurso Novos Textos. CCDs Na perspetiva de o Teatro da Trindade ter a função de ser também uma montra para as melhores práticas da Cultura Tradicional e não no profissional, passaram pelo seu palco os seguintes CCDs: Contacto – Companhia de Teatro Água Corrente (Teatro-Ovar) Banda da Sociedade Filarmónica Ermergeirense (Música – Torres Vedras) Orquestra de Violas Beiroas (Música-Castelo Branco) Artitude – Grupo de teatro da Câmara Lisboa Clube (Teatro-Lisboa) Grupo Teatral Freamundense (Teatro-Freamunde) Formação Uma das características do projeto “IBSEN” foi a sua vertente formativa. Em cena estavam atores profissionais e não profissionais. Decorreram no espaço Mouraria e em colaboração com a Direção Cultural 8 sessões formativas com 30 atores não profissionais, sendo selecionados 15 que participaram no espetáculo. A formação decorreu durante os meses de abril e maio.


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Teatro da Trindade


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DESPORTO A proposta de reestruturação desportiva para o ano 2013 incidiu sobre quatro eixos de atuação distintos, nomeadamente: Desporto Social-Competitivo Desporto Sénior, Grupos especiais, Saúde e Bem-estar Desporto Formativo-Recreativo Desporto Laboral Estes 4 eixos abrangentes e correlacionados estão alicerçados em vários programas de ação que sustentam objetivamente as três principais premissas da Direção Desportiva, nomeadamente: - Adequar os serviços desporto ao quadro missão da Fundação INATEL; - Promover a qualidade de vida para os trabalhadores, para os seniores, jovens e cidadãos com necessidades especiais através de programas específicos de atividade física; - Sustentabilidade de todas as atividades desportivas. Neste contexto, apresenta-se a atividade desenvolvida no decorrer de 2013: No eixo social-competitivo, as atividades sócio competitivas contaram com 553 CCDs ativos e 12.919 atletas, na sua maioria beneficiários associados (95%), assumindo-se como um projeto consolidado dentro da estrutura da Direção Desportiva. O eixo saúde e bem-estar tem o seu âmbito no desenvolvimento das classes de desporto, já existentes em anos anteriores, mas que continuam a promover atividade física regular a cerca de 2.276 indivíduos, muitos beneficiários associados da Fundação INATEL, especialmente adultos e gerontes. No eixo recreativo-formativo, cerca de 1.800 jovens e adultos frequentaram as escolas de desporto, praticando regularmente uma modalidade desportiva, desenvolvendo permanentemente as suas habilidades, todas estas sediadas no Parque de Jogos 1º de Maio. As classes e escolas a nível nacional continuam a funcionar, oferecendo qualidade e diversidade aos associados da Fundação INATEL em diferentes instalações desportivas. Uma nova aposta da Direção Desportiva passa pela dinamização do eixo desporto laboral, que teve o seu projetopiloto a funcionar na sede, com enorme sucesso entre os colaboradores da Fundação INATEL. É uma aposta para expandir para o exterior das portas da Fundação, levando o bom nome desta mais além. Nas Instalações Desportivas, é de referir que muitos eventos, de entidades externas e até da responsabilidade da Direção Desportiva, foram realizados no Parque de Jogos 1º Maio, possibilitando uma utilização muito frequente desta instalação desportiva, marco nacional da Fundação INATEL. As restantes instalações desportivas, espalhadas pelo país, ainda com algumas condições para a prática desportiva, apresentaram uma utilização semelhante a anos anteriores. A Direção Desportiva apostou em novos projetos, tais como a renovação do código desportivo, a criação da carta desportiva da Fundação INATEL e apostou em novas atividades como forma de renovar a imagem da Fundação INATEL, levando-a mais além, como aconteceu com a realização de eventos como o INATEL Piódão Trail Running ou a INATEL Business Cup.

Eixo Desporto Social-Competitivo Este eixo assume um papel diretamente ligado à ocupação dos tempos livres, através do desenvolvimento de atividades diversificadas. As atividades desenvolvidas neste eixo são caracterizadas pelas competições (atividades competitivas de natureza formal, regidas por regulamentação própria e de carácter regular) e por atividades de aventura e natureza. No ano de 2013 assistiu-se a uma estabilização de resultados ao nível competitivo existindo um aumento exponencial ao nível do Desporto Aventura.

Número de atletas O número de atletas na época de 2012/2013 foi de 12.919, quer na vertente competitiva, quer na vertente aventura. Na vertente competitiva os valores referem-se a competições em 12 modalidades: Andebol, Basquetebol, Futebol, Futebol de 7, Futsal, Voleibol, Voleibol de Praia, Atletismo, Natação, Pesca, Ténis de Mesa e Tiro.


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Relativamente à época de 2012/2013, existiu um aumento de 5% do número de atletas. Este aumento devese essencialmente à dinamização de novas competições (Futebol de 7 e Voleibol de Praia) e da ativação da vertente competitiva com o Desporto Aventura (Up and Down BTT; INATEL Piodão Trail Running e ALL DAY PALACE). Neste eixo realça-se que 95% dos praticantes são Beneficiários Associados da Fundação INATEL, tendo existido este ano perto de 3.000 novos inscritos como Beneficiários Associados. Relativamente à retenção de atletas refira-se que a taxa de retenção é de 60%, comparativamente a 2010, ou seja 6 atletas em cada 10 continuam a sua prática desportiva desde 2010.

2012/2013 Total Competições

11 057 Atletas

Total Aventura

1 862 Partifipantes

Total

12 919

Atletas por distrito A região norte totaliza 3.614 atletas com atividade regular, sendo que o distrito do Porto assume-se como principal centro desportivo, com 65% dos praticantes. A agência de Braga foi a que registou principal crescimento em 2013 com um crescimento de 22% do número de atletas.

Viana do Castelo

Braga

Porto

Vila Real

Bragança

244

417

1 268

0

0

A agência de Bragança e Vila Real não desenvolveram atividades desportivas no ano de 2013. As agências de Aveiro e Coimbra representam 93% dos praticantes da região Centro, sendo nesta região de destacar o crescimento do número de praticantes de Aveiro (crescimento de 4%). No sentido inverso, destaca-se a agência da Guarda que em 2013 não desenvolveu atividades desportivas.

Aveiro

Coimbra

Leiria

Guarda

844

820

91

0

Viseu Covilhã/C. B. 34

21

Os distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal representaram na época 2012/2013 cerca de 44% dos praticantes da Fundação INATEL, sendo o distrito de Lisboa o que atualmente detém uma maior percentagem do número de praticantes relativamente ao total. Em números, mais especificamente, Lisboa representa 27% do total de atletas a nível nacional. Realça-se igualmente Santarém como o segundo maior distrito em termos de atletas.

Santarém

Lisboa

Setúbal

1 419

2 918

536

O ano de 2013 foi um ano de crescimento para os distritos do Alentejo e Algarve, tendo sido esta região a única onde ocorreu um aumento do número de atletas em todos os distritos, com 16% de crescimento relativamente ao ano anterior. Destaca-se o crescimento de Portalegre (66%), Évora (11%), Beja (19%) e Faro (3%).

Portalegre

Évora

Beja

Faro

28

439

1 269

209


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Destaca-se a agência de Beja que representa 65% dos praticantes nesta região. Ao contrário da região anterior, as ilhas perderam atletas em todas as agências, com exceção da Horta.

Funchal Angra do Heroísmo 177

173

Horta

Ponta Delgada

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128

Número de CCDs Na época de 2012/2013 estiveram inscritos 553 CCDs nos Quadros Competitivos da Fundação INATEL, estes CCDs participaram numa ou mais das 12 modalidades ativas. Este valor revela um aumento de 12% ao nível do número de CCDs, sendo de referir que o aumento de CCDs associado à estabilização do número de atletas do eixo social-competitivo originou uma diminuição do número de atletas por CCD, ou seja, em média cada CCD possuiu 21 atletas em 2013, sendo este valor inferior ao valor registado em 2012 (média de atletas por CCD – 25).

2012/2013 Modalidade CCDs

12 553

CCDs por Região A região de Lisboa e Vale do Tejo representa 42% do total nacional de CCDs. Realça-se ainda a região Centro com 20% do total nacional.

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo e Algarve 112

88

246

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Ilhas 24

Modalidades Atletas por modalidades Em termos de modalidades existe na Fundação INATEL uma predominância pela prática das modalidades coletivas (88%), com especial incidência no Futebol (6.725 atletas). Nas modalidades individuais destaca-se a Natação com 496 atletas.

2012/2013 Andebol Basquetebol Futebol Futebol 7 Futsal Voleibol Voleibol de Praia Atletismo Natação Pesca Ténis de Mesa Tiro TOTAL

462 841 6 725 55 864 721 44 129 496 182 402 136 11 057


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Acções Total das ações O número de ações (Torneios, Campeonatos, Jogos) no ano de 2013 foi de 62 ações nos desportos individuais e 28 ações nas competições coletivas que originaram 4.418 jogos. Estes valores registam uma diminuição do número de ações individuais relativamente a 2011/2012, existindo no sentido inverso um aumento do nº de jogos nas modalidades coletivas.

2012/2013 Individuais (Torneios) Individuais (Campeonatos) Coletivas (Campeonatos) Coletivas (Jogos)

29 33 28 4 418

Ações por modalidades Em termos de modalidades coletivas a modalidade com maior número de ações (Campeonatos) é o Futebol seguido do Futsal, encontrando-se no extremo oposto o Andebol com 2 campeonatos ativos.

Modalidades Coletivas Andebol Basquetebol Futebol/Fut7 Futsal Voleibol/Praia TOTAL

Campeonatos Campeonatos Campeonatos Campeonatos Campeonatos Campeonatos

2012/2013 2 3 12 6 5 28

Jogos Jogos Jogos Jogos Jogos Jogos

266 562 2516 527 547 4418

Ao nível das modalidades individuais, a Natação e o Tiro têm o menor número de ações em detrimento do Ténis de Mesa que figura como a modalidade individual com maior número de ações competitivas.

Modalidades Individuais Atletismo Natação Pesca Ténis de Mesa Tiro TOTAL

Campeonatos Campeonatos Campeonatos Campeonatos Campeonatos Campeonatos

2012/2013 3 1 7 17 5 33

Torneios Torneios Torneios Torneios Torneios Jogos

11 5 0 13 0 29

Ações/Atletas/Período Importa estabelecer que apesar do número de atletas e CCDs/Equipas serem os principais indicadores de gestão, deverá ser entendível a dinâmica desportiva associada a estes números, ou seja, o volume semanal de participações de atletas/CCDs em competições organizadas e promovidas da Fundação INATEL. Assim sendo, importa referir que semanalmente nos desportos coletivos 9.068 atletas participam nas competições da Fundação INATEL.


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Eixo Desporto Sénior, Grupos Especiais, Saúde e Bem-Estar Neste eixo pretende-se acima de tudo apostar na dinamização de ações para a qualidade de vida das populações. Acima de tudo, pretende-se que as ações neste eixo sejam um estímulo à criação de estilos de vida saudável para todas as populações, combatendo o sedentarismo, que hoje configura-se como um dos principais fatores de risco para grande parte das doenças crónicas. As classes de Desporto da Fundação INATEL são uma das apostas para o desenvolvimento deste eixo de atuação. São uma atividade desportiva com bastantes anos de implementação na Fundação INATEL. As classes de desporto da Fundação INATEL são atividades desportivas caracterizadas pela associação do exercício físico e desportivo aos conceitos de bem-estar e saúde, dirigindo-se, na sua maioria, a uma faixa etária adulta e geronte. Tendo em conta que, a inscrição dos participantes nas classes de desporto respeita o calendário usual para a época desportiva, de setembro a agosto, e não o ano civil de 2012, sendo os dados apresentados neste relatório referentes à época 2012/2013. Neste sentido, e durante a época desportiva 2012/2013, a Fundação INATEL teve, na sua oferta nacional, um total de 13 classes desportivas, 7 classes em Lisboa, no Parque de Jogos 1º de Maio, e as restantes 6 distribuídas pelas agências de Angra do Heroísmo, Beja, Braga, Évora e Faro. De destacar também que, a grande maioria das escolas esteve enquadrada num modelo de gestão própria, estando um pequeno grupo enquadrado através de um protocolo de colaboração com um parceiro externo. Nesta época desportiva funcionaram as seguintes classes no Parque de Jogos 1º de Maio:

Classe Ginástica Hidro-Fit Hidroginástica Hidroterapia Musculação Pilates Yoga Packs

Local

Modelo de gestão

Parceiro

Período de funcionamento

Alunos inscritos

Receita

Despesa

PJ 1.º Maio PJ 1.º Maio PJ 1.º Maio PJ 1.º Maio PJ 1.º Maio PJ 1.º Maio PJ 1.º Maio PJ 1.º Maio

Gestão própria Gestão própria Gestão própria Gestão própria Gestão própria Gestão própria Gestão própria Gestão própria

-

setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho

714 21 491 226 191 69 23 5

83.627,81 € 3.579,66 € 104.937,13 € 50.415,91 € 41.663,84 € 11.897,59 € 4.037,00 € 1.620,00 €

30.650,28 € 105,00 € 13.244,68 € 28.165,91 € 38.711,32 € 3.916,92 € 1.939,00 € 25,00 €

TOTAL

1740

301.778,94 € 116.758,11 €

Saldo 52.977,53 € 3.474,66 € 91.692,45 € 28.165,91 € 2.952,52 € 7.980,67 € 2098,57 € 1.595,00 € 190.937,31 €

Para além do Parque de Jogos 1º de Maio, as classes de desporto também se realizaram em outras instalações da Fundação INATEL e, no caso da classe de Faro, em instalações de terceiros.

Classe

Local

Modelo de gestão

Parceiro

Período de funcionamento

Alunos inscritos

Receita

Despesa

Saldo

Natação

Angra do Heroísmo Beja Braga Braga Évora Faro

Gestão própria

-

outubro / junho

87

11.787,01 €

6.027,48 €

5.759,53 €

Protocolo Gestão própria Gestão própria Protocolo Protocolo

Álvaro Pereira Rui Badalo Ana Oliveira

outubro / junho setembro / junho setembro / junho janeiro / junho outubro / junho

12 33 375 7 22

709,60 € 3.553,00 € 42.275,80 € 372,00 € 1.791,36 €

60,00 € 1.869,00 € 18.250,79 € 35,00 € 1.040,00 €

649,60 € 1.684,00 € 24.025,01 € 337,00 € 751,36 €

TOTAL

536

60.488,77 €

27.282,27 €

Ginástica Judo Ginástica Ginástica Ginástica

As Classes da Fundação INATEL movimentaram cerca de 2.300 pessoas em todo o território nacional, representando um encaixe financeiro de cerca de 363 mil euros durante a época desportiva.

Instalação P.J. 1.º de Maio Outras instalações desportivas Agências Instalações de terceiros TOTAL

Classes

Alunos

Receita

Despesa

Saldo

7 1 4 1

1740 87 427 22

13

2276

301.778,94 € 11.787,01 € 46.910,40 € 1.791,36 € 362.267,71 €

116.758,11 € 6.027,48 € 20.214,79 € 1.040,00 € 144.040,38 €

190.937,31 € 5.759,53 € 26.695,61 € 751,36 € 224.143,81 €

33.206,50 €


Fundação INATEL

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Eixo Desporto Formativo-Recreativo Este eixo é caracterizado essencialmente pelo programa de ação – Escolas de Desporto. Neste sentido, as escolas de desporto devem ter como missão possibilitar aos associados da Fundação INATEL conciliar a ocupação dos seus tempos livres com a criação de bases para o desporto de competição, garantindo a oferta de um serviço distinto do já existente nos Quadros Competitivos. As escolas de desporto da Fundação INATEL destinam-se, maioritariamente, a crianças e jovens praticantes, sendo constituída por atividades com forte âmbito pedagógico e formativo através da prática de uma modalidade desportiva. Tal como nas classes de desporto, estas atividades estão enquadradas de acordo com o calendário da época desportiva (de setembro a junho), sendo que, em 2012/13, a totalidade das escolas de desporto tiveram lugar no Parque de Jogos 1º de Maio. Em 2012/13, funcionaram 10 escolas de diferentes modalidades no Parque de Jogos 1º de Maio:

Escola Aikido Danças Latinas Rugby Badminton Futebol Judo Taekwondo Taido Ténis Natação

Local

Modelo de gestão

Parceiro

Período de funcionamento

Alunos inscritos

PJ 1º Maio PJ 1º Maio PJ 1º Maio PJ 1º Maio PJ 1º Maio PJ 1º Maio PJ 1º Maio PJ 1º Maio PJ 1º Maio PJ 1º Maio

Protocolo Protocolo Protocolo Protocolo Protocolo Protocolo Protocolo Protocolo Gestão própria Gestão própria

Jean-Marc Duclos Camarim Rouge Clube S. Miguel Academia Badminton - Filipa Lamy Just in ADJL Clube Shim Jun Mestre Satoaky Miyake -

outubro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho setembro / junho

5 10 110 12 166 143 78 14 156 1092

TOTAL

1786

Ao contrário das classes de desporto, as escolas de desporto estiveram enquadradas num modelo de protocolo de colaboração, sendo que, apenas a escola de ténis e natação estão enquadradas num modelo de gestão própria. Realçamos que, as escolas de desporto movimentaram, em 2012/2013, cerca de 1.800 praticantes.

Eixo Desporto Laboral O projeto INATEL Desporto Laboral pretende desenvolver e dinamizar o desporto no local de trabalho. Consiste em oferecer diversas ações de informação, formação, sensibilização, socialização e ainda ações técnicas que incluem exercícios preparatórios, compensatórios e relaxantes, para serem aplicados no próprio local de trabalho. Os programas são desenvolvidos de forma personalizada para as diferentes organizações, sempre com o acompanhamento de profissionais de diferentes áreas técnicas. A aplicação do programa visa reduzir o desgaste físico e mental dos trabalhadores, aumentando a capacidade de concentração. Mais do que prevenir doenças, o projeto INATEL Desporto Laboral surge como sendo um meio para se adquirir – e manter – hábitos de vida saudáveis de forma lúdica, recreativa e educativa. Os objetivos deste projeto assentam na: - Prevenção e promoção de hábitos saudáveis; - Redução de doenças/acidentes de trabalho/absentismo/despesas; - Melhoria do clima organizacional/motivação.


Relatório e Contas 2013

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Em 2013 foi lançado o projeto-piloto no âmbito do Eixo Desporto Laboral. As aulas de yoga no âmbito do projeto de Desporto Laboral da Direção Desportiva da Fundação INATEL tiveram início no mês de maio de 2013, na sede da Fundação. Devido às dimensões do espaço disponibilizado para estas aulas, cada aula apenas comporta 16 alunos. Os colaboradores inscrevem-se por livre vontade nas aulas de yoga, aquando do envio da informação relativa à abertura das aulas por e-mail. No fim do ano 2013 estavam inscritos 32 colaboradores da sede que todas as semanas tinham acesso gratuito a uma aula de yoga. Destes 32 inscritos, 10 colaboradores estiveram presentes em 5 aulas, em 7 realizadas e 8 destes colaboradores estiveram presentes em 6 aulas. Três destes colaboradores nunca faltaram. São médias interessantes de analisar e que poderiam ser muitos mais colaboradores a frequentarem as aulas não fosse a dimensão da sala ser tão reduzida.

Instalações Desportivas A Fundação INATEL conta com uma rede de instalações desportivas espalhadas pelo território nacional. As instalações desportivas representam ainda alguma importância no geral das atividades e projetos desenvolvidos pela Direção Desportiva, existindo um conjunto de projetos que fomentam a ocupação diária das instalações, nomeadamente atividades como as Classes de Desporto, as Escolas de Desporto (já referidos nos pontos anteriores) e a possibilidade de ceder os espaços para o desenvolvimento de atividades desportivas por terceiros.

Cedência de espaços Desportivos Uma forma de desenvolver negócio nas instalações desportivas passa pela cedência (permanente ou não) das diferentes instalações desportivas, como forma de rentabilização do espaço. As cedências dos pavilhões destinam-se maioritariamente às modalidades coletivas mais frequentes como o futsal, basquetebol, etc. No entanto, o pavilhão de Viseu, pela sua dimensão, apresenta uma maior variedade de espaços para alugar, pelo que é possível praticar outras modalidades, como lutas, yoga, escalada, etc.

Agência / Instalação

Nº de frequências (ao longo do ano)

Nº de horas de utilização

Beja - Ginásio Braga - Ginásio Évora - Ginásio Covilhã - Pavilhão Guarda - Pavilhão Viseu - Pavilhão

4.772 -

243 1.318 -

Complexo de Piscinas de A. do Heroísmo

-

-

Parque Jogos Ramalde Parque Jogos 1º de Maio

15.267 -

47.770

TOTAL

20.039

49.331

Observações Não houve qualquer aluguer no período em análise.

de Évora

presentação. mais de 16.819,42 € em cedência de espaços para atividade desportiva.

-


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Eventos no Parque de Jogos 1º Maio O Parque de Jogos 1º de Maio, pela sua dimensão e estrutura, possibilita a prática de uma grande variedade de modalidades, individuais e coletivas. Segue uma lista de atividades de relevo: Todo o Parque: Setembro – Feira Alternativa Outubro – Cidade das Tradições e Sports Day da Associação Salvador Estádio: Janeiro: Registaram-se vários jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva (9 jogos), mais um estágio e jogo treino de uma equipa amadora Holandesa. Houve ainda 2 jogos treino dos vários escalões do Clube de Rugby São Miguel. Fevereiro: Registaram-se vários jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva (18 jogos). Um jogo de rugby do Clube de Rugby São Miguel. Março: Registaram-se vários jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva (12 jogos). Um jogo de rugby do Clube de Rugby São Miguel. Uma prova de atletismo do quadro competitivo da Direção Desportiva. Abril: Registaram-se vários jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva (15 jogos). Uma prova de atletismo do quadro competitivo da Direção Desportiva. Maio: Registaram-se vários jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva (7 jogos). Um jogo de rugby do Clube de Rugby São Miguel e um evento também do Clube de Rugby São Miguel. Uma prova de atletismo do quadro competitivo da Direção Desportiva. Duas provas de atletismo da Associação Distrital de Atletismo de Lisboa. Corrida 1º de Maio da CGTP. Junho: Final da Taça Fundação INATEL. Sports Day do colégio Queen Elisabeth. Um jogo de rugby do Clube de Rugby São Miguel. Jogos das raparigas da APDM. Final da Taça da Associação Distrital de Futebol de Lisboa. Uma prova de atletismo da Associação Distrital de Atletismo de Lisboa. Torneio Ibérico de 10.000 metros da Federação Portuguesa de Atletismo. Julho: Estágio/Evento Sportzone da Todaaprova (1 semana). Setembro: Três jogos de rugby dos vários escalões do Clube de Rugby São Miguel. Outubro: Dois jogos de rugby dos vários escalões do Clube de Rugby São Miguel, incluindo jogos da primeira divisão. Torneio Angola Avante (continua em novembro). Novembro: Quatro jogos de rugby dos vários escalões do Clube de Rugby São Miguel, incluindo jogos da primeira divisão. Estão previstos ainda mais cinco.


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Dois jogos de futebol de 11 do quadro competitivo da Direção Desportiva. Início do torneio de futebol de 7 da Direção Desportiva. Início do aluguer para torneio provado de futebol de 7 (Allstars). Estão ainda previstos vários jogos de futebol de 11 do quadro competitivo da Direção Desportiva e jogos dos vários escalões do Clube de Rugby São Miguel. Piscina: Fevereiro: Torneio de fundo do quadro competitivo da Direção Desportiva. Março: Torneio da Páscoa do quadro competitivo da Direção Desportiva. Abril: Torneio 1º de Maio do quadro competitivo da Direção Desportiva. Maio: Campeonato Nacional Individual e coletivo do quadro competitivo da Direção Desportiva. Este campeonato continuou no mês de junho. Pavilhão: Janeiro: Jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva de basquetebol, voleibol e futsal. Torneio zonal de cadetes da Associação Distrital de Judo de Lisboa. Fevereiro: Jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva de basquetebol, voleibol e futsal. Torneio EDP de Ténis de Mesa dos quadros competitivos da Direção Desportiva. Torneio zonal de juniores e benjamins da Associação Distrital de Judo de Lisboa. Dois jogos de voleibol femininos do campeonato nacional da Federação Portuguesa de Voleibol. Março: Jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva de basquetebol, voleibol e futsal. Torneio de benjamins e infantis da Associação Distrital de Judo de Lisboa. Estágio de técnicos da Federação Portuguesa de Judo. Torneio de futsal do Banco Millennium BCP. Abril: Jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva de basquetebol, voleibol e futsal. Torneio Siemens de Ténis de Mesa dos quadros competitivos da Direção Desportiva. Torneio zonal de juvenis e sub23 da Associação Distrital de Judo de Lisboa. Maio: Jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva de basquetebol, voleibol e futsal. Torneio da Associação Distrital de Judo de Lisboa. Sarau de atividades do Parque de Jogos 1º de Maio. Torneio de futsal do Banco Millennium BCP. Junho: Finais da agência de Lisboa de andebol, basquetebol e voleibol dos quadros competitivos da Direção Desportiva. Finais nacionais de andebol, basquetebol e voleibol dos quadros competitivos da Direção Desportiva (exceto voleibol feminino). Open LX e equipes da Associação Distrital de Judo de Lisboa. Torneio Queijas de ténis de mesa dos quadros competitivos da Direção Desportiva. Outubro: Zonal de seniores e veteranos da Associação Distrital de Judo de Lisboa. Novembro: Jogos dos quadros competitivos da Direção Desportiva. Open de cadetes e juvenis da Associação Distrital de Judo de Lisboa.


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Novos projetos desporto Novas apostas da Direção Desportiva, realizadas ao longo de 2013. Carta Desportiva Em 2013 iniciou-se o desenvolvimento da carta desportiva da Fundação INATEL. A carta desportiva serve para mais facilmente analisar a situação do desporto a nível nacional, na vertente das instalações e das atividades desportivas e do movimento associativo desportivo. Apresenta ainda propostas com vista ao desenvolvimento de uma rede hierarquizada de infraestruturas que seja o suporte de uma oferta desportiva diferenciada e de qualidade, que responda às reais necessidades dos associados da Fundação INATEL. Na Direção Desportiva iniciou-se o processo de criação da carta desportiva da Fundação INATEL, a qual ainda não foi concluída. Código Desportivo Tornou-se necessário rever o existente código desportivo, tendo sido iniciado em 2013 o processo de reformulação do documento. O COD – código desportivo é de extrema importância para a regulação das atividades desportivas, tendo sido concluído já no final do ano 2013. Voleibol de praia Depois de uma interrupção de 3 épocas desportivas, a Direção Desportiva voltou a apostar na modalidade de voleibol de praia. Portugal, com um clima ameno ao longo de praticamente todo o ano, tem ótimas condições para a prática desta atividade. Para reativar esta modalidade, realizou-se uma competição nos meses de maio e junho, na praia de Carcavelos, contando com o apoio do CCD CVO – Clube de Voleibol de Oeiras. All Day Palace O evento ALL DAY PALACE teve a sua primeira edição nos dias 31 de agosto e 1 de setembro. Foram dois dias de grande calor desportivo, onde mais de 500 pessoas realizaram uma atividade desportiva. INATEL Business Cup 2013 No final da época 2012/2013, a Direção Desportiva iniciou um novo conceito de competição desportiva: a INATEL Business Cup. Este conceito de competição distingue-se dos tradicionais quadros competitivos por se dirigir exclusivamente a equipas de empresas e entidades equiparadas, por concentrar todos os jogos da competição num único local da responsabilidade da Fundação INATEL e, por fim, por se disputar em horário pós-laboral. Entre 10 de maio e 14 de junho, foi organizado um torneio de promoção na modalidade futebol de 7, enquadrado neste conceito de competição, contando com a participação de 4 equipas ao longo de 6 jornadas. INATEL Piódão Trail Running 2013 Em outubro de 2013, a Direção Desportiva, com colaboração da Subdireção de Hotelaria, e em parceria com o CCD Associação O Mundo da Corrida, avançou para a organização do INATEL Piódão Trail Running 2013. A organização do INATEL Piódão Trail Running 2013 permitiu à Fundação INATEL alargar a sua oferta desportiva com uma nova modalidade, que regista um grande crescimento de praticantes não só em Portugal, mas também em todo o mundo. A ideia passou por levar a uma das unidades hoteleiras da Fundação INATEL um grande número de visitantes durante o fim de semana do evento, promovendo, com isso, os serviços oferecidos pelas unidades hoteleiras, para além de promover o desporto. Ao longo do fim de semana de 25 a 27 de outubro, a unidade hoteleira do Piódão recebeu mais de 300 pessoas, entre os participantes e seus acompanhantes, apresentando um balanço extremamente positivo na comparação entre o mesmo período de 2012 (crescimento na receita de 5.000€ relativamente a 2012). Este facto demonstra que a aposta em associar um evento próprio a umas das suas instalações hoteleiras permite potenciar este tipo de instalações, principalmente, se estas atividades acontecerem em períodos do ano de época baixa. Neste sentido, pelo número de pessoas que, ao longo do fim de semana trouxe à unidade hoteleira do Piódão e por ter sido uma organização que suportou as suas próprias despesas, o INATEL Piódão Trail Running 2013 foi um evento de sucesso para a Fundação INATEL.


Relatório e Contas 2013

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Outros eventos com o apoio da Direção Desportiva Evento — Festa da Criança — Este evento realizou-se no dia 1 de junho, no Porto. Teve uma grande mediatização devido à presença da televisão no local, o que fez com que a imagem da Fundação INATEL tivesse sido divulgada para todos os pontos do país.


Fundação INATEL

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INTERVENÇÃO SOCIAL Em 2013 a INATEL Social deu continuidade aos vários programas que organiza e gere, entre eles “Turismo Sénior”, “Saúde e Termalismo Sénior” e “Turismo Júnior”, bem como, iniciou novos projetos igualmente de índole social, tais como “Franchising Social”, “Festival INATEL” e “Arraiais INATEL”. Os projetos desenvolvidos em 2013 pela Fundação INATEL, através da Direção INATEL Social abrangeram as seguintes vertentes: DIS 2013

Programa para Jovens e Desempregados Franchising Social

10 000

Programa para jovens Turismo Júnior Programas para a família Festival INATEL Arraiais INATEL Réveillon 13/14 Programas para seniores Turismo Sénior Saúde e Termalismo Sénior 60+ Açores 12/13 Dias Tranquilos

5 000

10 595

8 184

Previsto

Realizado

0

Nº Total de Noites 60 000

Programa para cidadãos emigrantes Portugal no Coração 40 000

Programa para todos Conversa Amiga | Linha telefónica de apoio

57 680

41 509

Previsto

Realizado

20 000

Relações Internacionais Protocolo de Colaboração com o Instituto de Fomento Turístico de Angola 0

Comunicação Linha Direta

Nesta ordem, a Fundação INATEL através da sua Direção INATEL Social e de acordo com o plano de atividades previsto para 2013 levou a cabo vários projetos Sociais, os quais decorreram de acordo com a distribuição temporal abaixo indicada (quadro 1).

Quadro 1 - Distribuição temporal dos projetos - 2013


Relatório e Contas 2013

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As várias iniciativas organizadas pela DIS, em 2013, envolveram 8.184 participantes, distribuídos pela globalidade dos projetos. Da totalidade de participantes nos programas que incluíram alojamento e/ou alimentação, promovidos pela INATEL Social foram executadas 42.961 dormidas, tendo sido alojados nas unidades hoteleiras da INATEL (de acordo com a disponibilidade apresentada pelas mesmas) 3.647 participantes (correspondendo a um total de 25.477 dormidas (59%)) provenientes de 5 programas: Franchising Social, Dias Tranquilos, Turismo Sénior, Portugal no Coração e Réveillon. O programa Turismo Sénior, que incluiu a vertente Saúde e Termalismo Sénior, foi o projeto que registou maior número de participantes, num total de 6.350. Não obstante a não realização dos programas governamentais (excetua-se o programa 60+ Açores 12/13) e da comercialização de programas sucedâneos, a preços de venda mais elevados (não subsidiados), a taxa de execução atingiu os 77%.

Programa para jovens e desempregados Franchising Social A função de inclusão social não se prende, apenas com a ocupação dos tempos livres, promovendo atividades de cariz cultural, desportivo e turístico mas também com a promoção de iniciativas que permitam, a quem delas usufruir, a obtenção de uma gradação qualitativa na sua vida pessoal. Na prossecução deste propósito a Fundação INATEL lançou, em 14 de maio de 2013, projeto Franchising Social. Nesta data foi formalizada a assinatura de um protocolo com vários parceiros (IEFP-Instituto do Emprego e Formação Profissional, CASES-Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, Câmara Municipal de Espinho, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa-Banco de Inovação Social, Sociedade Histórica da Independência de Portugal, Arq+, BES-Banco Espírito Santo, Montepio, Luís Nobre Guedes - Advogados e Designer 3D), na presença de convidados representantes de entidades governamentais e candidatos ao projeto Franchising Social. Este novo projeto distingue-se pelo seu caráter inovador no âmbito da ação social, integrando áreas que pertencem ao “património imaterial” INATEL e que são fruto de 77 anos de experiência adquirida. Trata-se de uma iniciativa que pretende incentivar o investimento, o empreendedorismo social e o reforço da atividade económica nas áreas de“know how” da Fundação INATEL – Turismo e Restauração, reintegrando na vida ativa desempregados e jovens que se encontrem à procura do primeiro emprego, induzindo uma dimensão empresarial às suas capacidades e competências. Este projeto, se bem que sumariamente, atendendo à dimensão do mesmo, tem como principal objetivo promover o autoemprego, a diminuição do desemprego e contribuir para a melhoria da economia social, com claros ganhos para as Finanças Públicas, não só pela redução de subsídios de desemprego bem como pela alavancagem das receitas fiscais diretas e indiretas originadas com a implementação e desenvolvimento deste tipo de atividades. Assim, no seu ano de lançamento, o “Franchising Social” incluiu três áreas de ação, duas no âmbito da restauração (nas áreas de Lisboa e Porto) e uma no setor do turismo (em Espinho), contando com a participação de 132 candidaturas, 64 destinaram-se à área do Turismo e 68 à área de Restauração. Na área de Restauração, 6 proponentes apresentaram candidatura a ambos os espaços. No que concerne à origem dos candidatos, verifica-se uma predominância de residentes nos Distritos de Lisboa (57), seguindo-se Porto (25) e Setúbal (10). O nível etário dos candidatos encontra-se bastante distribuído, enquadrando-se maioritariamente no intervalo dos 36 aos 40 anos.

Género Feminino Masculino Total

N.º de candidatos 77 49 126

Intervalo de idade 20-25 26-30 31-35 36-40 41-45 46-50 51-55 +56 N/R Total

N.º de candidatos 21 12 18 29 16 12 11 3 4 126

Área Restauração Lisboa Restauração Porto Turismo Espinho Total

Distrito Açores Aveiro Braga Castelo Branco Coimbra Évora Faro Guarda Leiria Lisboa Madeira Porto Santarém Setúbal Viana do Castelo Vila Real Viseu Total

N.º de candidaturas 39 29 64 132

N.º de candidatos 1 9 8 1 2 1 2 1 3 57 1 25 2 10 1 1 1 126


Fundação INATEL

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No que concerne ao género, as candidaturas foram maioritariamente do sexo feminino (em número de 77 candidatos). Fase 1ª 2ª

Formação Teórica Prática

Período 3 de julho a 2 de agosto e 19 de agosto a 4 de setembro 2013 Prevista para janeiro de 2014

Programa para jovens Turismo Júnior – Campo de Férias não Residencial Realizado entre 8 de julho e 30 de agosto, durante o maior período de férias escolares de 2013, o programa “Turismo Júnior – Não residencial”, destinou-se a jovens, distribuídos por dois escalões etários: dos 6 aos 11 anos e dos 12 aos 17 anos. Turismo Júnior O programa decorreu no Parque de Jogos 1º de Maio, em Lisboa, e 300 englobou um vasto leque de atividades educativas, desportivas, lúdicas e culturais que permitiram uma ocupação rica dos seus tempos livres, tais como: atividades desportivas, workshops, iniciação ao conhecimento de novos idiomas (norueguês, italiano e grego), gincanas, educação am200 biental, entre outras, bastante apreciadas pelas crianças, como comprovam os esboços que nos foram remetidos. No quadro abaixo indicado indicamos a programação tipo, referente 160 235 ao programa “Turismo Júnior – Não residencial”. 100 O programa contou com a participação de 235 participantes. Participaram no programa Turismo Júnior, 235 Jovens, representando um grau de execução de 147% face ao número de participantes 0 previstos. Previsto Realizado

Programas para a família Festival INATEL O Festival INATEL decorreu no dia 16 de junho, na unidade hoteleira da Costa da Caparica, no âmbito das comemorações do Aniversário da Fundação INATEL e contou com 340 participantes, entre inscritos nas viagens realizadas e membros de CCDs que atuaram na iniciativa. Constituída por várias ações, que refletem a ação social e cultural que a Fundação INATEL desenvolve junto das populações de todo o país, na promoção da necessária quebra de rotinas, da vivência de experiências em realidades culturais e sociais diferentes e da maior interação social, contributos essenciais para um desenvolvimento pessoal e social plenos. A vertente gastronómica foi também um reflexo do universo INATEL, dado que os pratos escolhidos foram oriundos das regiões onde se situam algumas das unidades hoteleiras da Fundação INATEL.

Distrito FARO ÉVORA BRAGANÇA LISBOA AVEIRO C. BRANCO

CCD participante Mito Algarvio – Associação de Acordeonistas do Algarve Associação de Reformados e Idosos da Freguesia da Malagueira Miradanças – Associação Para o Desenvolvimento Integrado da Terra de Miranda Associação dos Profissionais do Instituto Superior Técnico Associação Cultural D’Orfeu Grupo de Cantares Tradicionais da Associação de Defesa do Património Cultural de S. Miguel de Acha


Relatório e Contas 2013

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O Festival integrou uma mostra cultural por parte de 6 CCDs da Fundação INATEL, cujas atuações mereceram a avaliação do Júri nomeado para o efeito e constituído por Fernando Pereira (área musical), João de Carvalho (área teatral) e Ludgero Mendes (área etnográfica). Associação Cultural D’Orfeu - CCD do distrito de Aveiro – foi o grupo vencedor com a apresentação do espetáculo “Repertório Osório”. Viajaram através do projeto Festival INATEL, 243 participantes, representando um grau de execução de 81% face ao número de participantes previstos Este projeto refletiu preocupações sociais pretendendo dinamizar a atividade dos Centros de Cultura e Desporto, por forma a ocupar salutarmente os tempos livres dos trabalhadores, bem como, estimular a atividade hoteleira da Fundação INATEL.

Festival INATEL Previsto Realizado % de Execução

N.º de Viagens 6 6 100%

N.º de Participantes 300 243 81%

N.º de Participantes por Viagem 50 41 81%

Festival INATEL 300

200 300

243

Previsto

Realizado

100

0

Arraiais INATEL Os Arraiais INATEL decorreram entre os dias 5 e 8 de setembro, no CCD da INATEL, Grupo Desportivo da Pena, em Lisboa e contou com 491 participantes inscritos nas 14 viagens realizadas e que tiveram origem nos vários distritos.

Arraiais INATEL Previsto Realizado % de Execução

N.º de Viagens 18 14 78%

N.º de Participantes 756 491 65%

N.º Médio de Participantes por Viagem 42 35 84%

Situada num local tipicamente alfacinha, a freguesia da Pena foi o local escolhido para realização dos típicos arraiais lisboetas, onde não faltaram a música popular e a gastronomia regional. No final do dia, antes do regresso aos vários locais de origem, os participantes puderam ainda assistir ao espetáculo “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Féria, no Teatro Politeama.

Arraiais INATEL 750

500 756

491

Previsto

Realizado

250

0

Réveillon 13/14 A organização da iniciativa “Réveillon INATEL 2014”, ação comemorativa da passagem de ano, teve como principais objetivos, o alargamento do conjunto das iniciativas que a Fundação INATEL proporciona aos seus beneficiários, organizadas em torno da marca INATEL e dos serviços e produtos que integram o seu universo, bem como o aumento da oferta INATEL com produtos que promovem a participação do maior número de segmentos populacionais e a desejável interação social e intergeracional que participam na conduta da atividade da mesma. O “Réveillon INATEL 2014”, decorreu na unidade hoteleira da Costa de Caparica, no Restaurante Sol e envolveu 551 participantes (dos quais 187 inscritos, em viagens organizadas). Durante a iniciativa, foi desenvolvida uma ação solidária com o objetivo de angariação de fundos a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro - Organização não-governamental, sem fins lucrativos e declarada de Utilidade Pública.

Programas para Seniores Turismo Sénior (com Valência Saúde e Termalismo Sénior) O programa Turismo Sénior 2013, sucedâneo da iniciativa com o mesmo nome que a Fundação INATEL organizava, por incumbência do Governo Português, incluiu igualmente viagens com a vertente “Saúde e Termalismo Sénior”. O projeto Turismo Sénior seguiu as mesmas linhas orientadoras que o anterior programa congénere governamental, nomeadamente, promover a qualidade de vida e o bem-estar da população Sénior, dando continuidade, desta


Fundação INATEL

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forma a um projeto com quase 20 anos de vida, o qual tem vindo a desempenhar um importantíssimo papel ao nível socioeconómico, contribuindo para a dinamização e alavancagem da economia nacional, nomeadamente a turística, sobretudo no contexto da crise financeira que o País enfrenta. O programa “Turismo Sénior” 2013 – com vertente “Saúde e Termalismo Sénior” destinou-se a todos os cidadãos portugueses, com idade igual ou superior a 60 anos, acompanhados pelos cônjuges, independentemente da idade ou nacionalidade destes. Sendo um projeto exclusivamente promovido pela Fundação INATEL, foi igualmente prevista uma diferenciação de preços para associados e não associados da Fundação INATEL. O programa pretendeu abranger sobretudo unidades hoteleiras INATEL, no entanto incluiu também, hotéis privados, englobando um total de 25 estabelecimentos, dos quais 12 da Fundação INATEL. Este projeto foi dirigido a todos os cidadãos portugueses com idade igual ou superior a 60 anos, tendo como objetivos principais a melhoria da qualidade de vida e bem-estar da população idosa e a dinamização da atividade económica e cultural das regiões, mantendo e criando postos de trabalho no setor turístico. A seleção dos participantes manteve como critério os rendimentos constantes na declaração de IRS, como condição obrigatória de entrega no ato de inscrição, cumprindo o objetivo do programa no que concerne à sua vocação social, estimulando a participação de cidadãos de menores recursos e potencialmente mais expostos ao fenómeno de isolamento, solidão e exclusão social. Turismo Sénior (com a vertente Saúde e Termalismo Sénior) Previsto Realizado % de Execução

N.º de Viagens

N.º de Participantes

N.º Médio de Participantes por Viagem

163 150 92%

8.150 6.350 78%

50 42 85%

Em 2013 o programa, contou com 6.350 participantes repartidos, de acordo com os períodos pré-estabelecidos e a respetiva disponibilidade hoteleira, tendo a distribuição de participantes sido realizada de acordo com os meses abaixo indicados: Meses 2013 Abril Maio Junho Julho Setembro Outubro Novembro Dezembro Total Geral

TS 843 1.116 724 1.316 159 611 509 136 5.414

STS

325 228 219 26 138 936

Total Geral 843 1.116 1.049 1.544 378 637 647 136 6.350

No âmbito global do programa Turismo Sénior, foi previsto alojar 75% dos participantes nas unidades hoteleiras Inatel (exceto na Unidade de Santa Maria da Feira), no entanto, atendendo à disponibilidade de alojamento apresentada, foram alojados 54% dos participantes.


Relatório e Contas 2013

45

Unidades Hoteleiras INATEL Albufeira (Edif. Principal e Praia) Hotel São Lázaro (Bragança) Hotel Luna Alpinus (Albufeira) Axis Ofir Beach & Resort Hotel (Ofir) Palace Hotel & SPA Termas São Vicente Palace Hotel & SPA Termas São Tiago INATEL Castelo de Vide INATEL Oeiras INATEL Manteigas Hotel Urgeiriça INATEL Entre-Os-Rios INATEL Foz INATEL Cerveira Hotel INATEL Palace São Pedro Sul Hotel INATEL Luso INATEL Caparica Hotel Monte Rio S. Pedro do Sul Hotel Montemuro (Castro D'Aire) Graciosa Resort Hotel (Ilha da Graciosa) Hotel Astória (Monfortinho) INATEL Flores Grande Hotel Lisboa (S. Pedro do Sul) INATEL Piodão Hotel Hotel Bienestar (Monção) Grande Hotel Bela Vista (Caldelas) Total Geral

Total Participantes 1.255 579 504 495 444 352 266 243 216 207 409 204 192 177 168 113 92 85 83 56 51 48 45 39 27 6.350

Turismo Sénior 1.255 579 504 495 444 352 266 243

Turismo Sénior 2013 - Unidades INATEL INATEL Albufeira (Edif. Principal e Praia) INATEL Castelo de Vide INATEL Oeiras INATEL Manteigas INATEL Entre-Os-Rios INATEL Foz INATEL Cerveira Hotel INATEL Palace São Pedro Sul Hotel INATEL Luso INATEL Caparica INATEL Flores INATEL Piodão Hotel Total Geral

Total Participantes 1.255 266 243 216 409 204 192 177 168 113 51 45 3.339

Turismo Sénior 1.255 266 243

Vertente Termalismo

216 207 204 204 192 177

205

168 113 92 85 83 56 51 48 45 39 27 936

5.414

Vertente Termalismo

216 205

204 204 192 177

168 113 51 45 2.750

A Hotelaria Privada alojou 46% dos participantes realizados tendo representado um total de 17.484 dormidas em hotéis privados e 20.818 dormidas nas Unidades INATEL. Viajaram no programa 6.350 participantes (5.414 no âmbito do programa Turismo Sénior e 936 englobados na Vertente Saúde e Termalismo Sénior), perfazendo uma taxa de execução de 78%.

589

Noites 6.275 2.895 2.520 2.475 2.220 1.760 1.330 1.215 2.592 1.035 3.480 1.020 960 885 2.016 565 1.104 1.020 415 672 255 576 225 468 324 38.302

Noites 6.275 1.330 1.215 2.592 3.480 1.020 960 885 2.016 565 255 225 20.818

Turismo Sénior 8 000

6 000

4 000

8 150

6 350

Previsto

Realizado

2 000

0


Fundação INATEL

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60+ Açores 2012/13 O programa “60+ Açores” foi uma iniciativa das Secretarias Regionais da Economia e do Trabalho e Solidariedade Social do Governo Regional dos Açores, sendo organizado e gerido pela Fundação INATEL. Atendendo à larga experiência no que diz respeito à gestão de programas de âmbito nacional destinados a Seniores, o Governo Regional dos Açores delegou na Fundação INATEL, uma vez mais, a organização e gestão de um projeto de turismo social destinado aos cidadãos residentes na Região Autónoma dos Açores, com 60 ou mais anos de idade. 60+ Açores 2013 Previsto Realizado % de Execução

N.º de Viagens 11 11 100%

N.º de Participantes 470 444 94,5%

N.º Médio de Participantes por Viagem 36 34 94,5% 60+ Açores 500

O programa 60+ Açores 2012/13 decorreu, na sua 2ª. fase, entre 21 de janeiro e 26 de maio de 2013. No decurso do ano em análise foram realizadas 11 viagens nas quais participaram 444 Seniores. O grau de execução foi de 100% no que concerne às viagens realizadas e de 94,5% no que diz respeito ao número de participantes.

400 300 470

444

Previsto

Realizado

200 100 0

Dias Tranquilos O programa “Dias Tranquilos” é um programa de férias organizado e gerido pela Fundação INATEL, destinado a cidadãos portugueses autónomos, com idade igual ou superior a 55 anos, que pretendam viver nas unidades hoteleiras da Fundação INATEL por um tempo mínimo de permanência de quinze dias. O programa resulta da experiência adquirida com a organização e gestão dos programas Governamentais destinados a Seniores – programa “Turismo Sénior” e programa “Saúde e Termalismo Sénior”. Pretende proporcionar aos seniores, ainda ativos e em perfeitas condições de mobilidade, a possibilidade de conhecerem novos locais, novas gentes, gozando férias para sempre, em contraponto com uma vida de trabalho que levaram até ao momento. O programa que decorreu durante todo o ano, em períodos quinzenais, foi dirigido apenas às unidades hoteleiras INATEL por períodos de ocupação trimestrais. Em 2013 foram incluídas as Unidades de Vila Ruiva, Piódão, Oeiras e Cerveira, tendo participado no programa 219 participantes distribuídos pelas 24 viagens quinzenais realizadas. 60+ Açores 2013 Previsto Realizado % de Execução

N.º de Viagens 24 24 100%

N.º de Participantes 480 219 46%

N.º Médio de Participantes por Viagem 20 9 46% Dias Tranquilos 500

O programa “Dias Tranquilos” decorreu entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, tendo participado nas 24 viagens quinzenais, 219 Seniores.

400 300

As viagens tiveram como destino 4 unidades hoteleiras INATEL correspondendo a um total de 4.207 dormidas.

200 480

219

Previsto

Realizado

100 0


Relatório e Contas 2013

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Unidades Hoteleiras Inatel INATEL Vila Ruiva Hotel Janeiro Fevereiro Março INATEL Piódão Hotel Abril Maio Junho INATEL Oeiras Julho Agosto Setembro INATEL Cerveira Hotel Outubro Novembro Dezembro Total Geral

Participantes 38 10 15 13 61 20 11 30 74 32 23 19 46 25 10 11 219

Meses 2013 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total Geral

Soma de Nº Noites 270 272 284 370 285 510 583 520 326 423 170 194 4.207

Programa para cidadãos emigrantes Portugal no Coração O programa «Portugal no Coração» promovido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros - Direção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas - pelo Ministério da Solidariedade e da Segurança Social - Fundação INATEL e pela TAP Portugal, possibilita aos cidadãos portugueses com 65 ou mais anos de idade, residentes fora da Europa e que não visitem Portugal há mais de 20 anos, a oportunidade de redescobrirem o país onde nasceram e inevitavelmente comparar as mudanças desde então, no património humano, cultural, gastronómico e paisagístico nacional. Realizado desde 1995, o «Portugal no Coração» proporcionou a 15 emigrantes seniores com menores condições financeiras, relacionados com viagens e estadas em Portugal, uma oportunidade única de revisitarem o seu país de origem e reverem os seus familiares, sem quaisquer custos. O programa foi composto por uma viagem ao país de origem e regresso ao país de residência, tendo os participantes usufruído de um conjunto de atividades turísticas e culturais no período de uma semana e meia, mais concretamente entre 19 e 31 de outubro. Os participantes foram selecionados após apresentação de candidatura junto dos serviços do Consulado respetivo, tendo em conta a idade mais avançada, a situação económica de maior carência e o maior período de ausência do país. Os participantes foram alojados nas Unidades de Oeiras, Sta. Maria da Feira e Foz do Arelho para além do programa turístico e cultural estabelecido, foi oferecida a oportunidade de ser efetuado um contacto com os familiares, num almoço realizado para o efeito, bem como a possibilidade de prolongarem a sua permanência em Portugal junto de familiares e/ou amigos que os acolheram e suportaram os encargos daí decorrentes. Predominou a participação de cidadãos emigrados no Brasil, seguidos dos oriundos da Argentina. No que concerne à idade, a faixa etária dominante foi a compreendida entre 70 e 74 anos. Em 2013 foi realizada uma viagem tendo contado com a participação de 15 emigrantes, apresentando uma taxa de execução de 100%.

País Brasil Argentina Venezuela África do Sul EUA Total

Nº. de Participantes 8 4 1 1 1 15

Idade 65-69 70-74 75-79 Total

Nº. de Participantes 4 8 3 15


Fundação INATEL

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Programa para todos Conversa Amiga | Linha telefónica de apoio Durante o ano 2013, à semelhança do que tem vindo a acontecer desde a sua criação (2009), a linha “Conversa Amiga” continuou a revelar um elevado número de chamadas recebidas e a existência de uma equipa de voluntários motivados e que desenvolveu uma forma de intervenção social reconhecidamente útil para todos aqueles que procuram um modo informal de apoio emocional. O desenvolvimento deste apoio emocional não tem como principal objetivo ou pretensão, a resolução das questões de quem o procura, ainda que tal possa acontecer, aquando do encaminhamento de apelantes para outros serviços de ação social específicos. Através do “Conversa Amiga” pretende-se, sobretudo, desenvolver um papel de entendimento das questões com que se debatem os apelantes, dos enquadramentos sociais, económicos e culturais em que estes se inserem e, a partir deste ponto, uma definição dos caminhos possíveis para a sua resolução, sendo condição essencial que o próprio apelante faça parte deste processo de uma forma ativa e construtiva, aumentando a confiança em si próprio e sua autoestima. Realizado durante todos os dias do ano, entre as 15 e as 22 horas, o serviço de atendimento foi garantido por um corpo de voluntários, constituído, em média, por cerca de 25 elementos/mês, com idades acima dos 18 anos e de vários estratos profissionais. É, contudo, mais frequente, a presença de elementos com formação superior nas áreas da Psicologia, da Psiquiatria e da Ação Social. Em 2013, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, foram recebidas um total de 3.330 chamadas. O principal motivo da chamada foi a “Solidão” representando 68% associada a dificuldades para gerir relações familiares e conjugais, dificuldades sociais, financeiras e inatividade profissional; relações interpessoais; aconselhamento e depressão e ansiedade. Em 17% das chamadas recebidas, quer pela inexistência de diálogo quer por outros motivos, não foi possível identificar as verdadeiras razões que motivaram o contacto. O projeto “Conversa Amiga” tem vindo a constituir-se como uma oferta válida no campo da intervenção social e muito necessária a muitos cidadãos que, pontual ou frequentemente, contactam com este serviço procurando por apoio sobretudo em situações de solidão. Também, face aos depoimentos dos elementos do corpo de voluntários, verifica-se que este serviço é, em alguns dos casos, uma solução complementar a outras formas de apoio já existentes (como outras linhas de âmbito mais específico); e, em outros casos, face à garantia de anonimato, a única solução que os apelantes encontraram como forma de ajuda de ‘acesso fácil’, sem que tal signifique constrangimentos no apelo e no diálogo estabelecido.

Motivo das chamadas Solidão Relações interpessoais Aconselhamento Depressão e Ansiedade Encaminhamento Dificuldades económicas Saúde Maus tratos/Violência doméstica Outros motivos Não identificado Total Geral

% 68% 3% 3% 2% 2% 1% 1% 1% 2% 17% 100,0%


Relatório e Contas 2013

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Relações Internacionais Protocolo de Colaboração com o Instituto de Fomento ao Turismo de Angola Atendendo aos contactos estabelecidos com o Instituto de Fomento Turístico de Angola (INFOTUR), foi solicitado à Fundação INATEL, atendendo à sua vasta experiência no âmbito do Turismo Social, uma parceria com aquela entidade governamental. Neste sentido foi assinado, em 5 de dezembro, um protocolo entre as duas entidades no sentido de formalizar as condições a estabelecer nesta parceria estratégica.

Comunicação Linha Direta A “Linha direta” funcionou nos dias destinados aos embarques das viagens de todos os programas organizados pela INATEL Social e, nos restantes dias, entre as 9:00h e as 19:00h. O funcionamento foi assegurado por colaboradores da mesma Direção. Na linha de atendimento regular foram rececionadas 9.435 chamadas em 2013, uma média mensal de 786 chamadas telefónicas.



Relatório e Contas 2013

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ÁREAS DE APOIO PLANEAMENTO E ESTRATÉGIA Na prossecução da sua missão, e seguindo as linhas orientadoras do plano de atividades traçadas para 2013, apresenta-se sucintamente a atividade desenvolvida no decorrer deste ano: - Definição do novo modelo de report orçamental (análise de desvios/justificação/medidas de correção). Implementação efetuada em articulação com a equipa de controllers (constituída no início deste ano), sendo da competência deste gabinete a coordenação da mesma, a consolidação e o reporte da informação pertinente nesta matéria ao Conselho de Administração (CA). Alcançaram-se manifestas melhorias ao nível da monotorização do orçamento, permitindo também alavancar o desempenho da equipa. - Produção e prestação da informação mensal e em tempo útil ao CA. Trata-se do relatório de gestão cujo o seu conteúdo inclui análises orçamentais, evolução face ao período homólogo e indicadores de atividades realizadas pelas áreas de intervenção da Fundação. A edição correspondente ao 1º semestre incluiu também uma síntese de atividades desenvolvidas no âmbito da missão da Fundação. Ainda a referenciar que as edições trimestrais são reportadas ao Conselho Fiscal. - Estruturação do documento Relatório e Contas de 2012, bem como colaboração na Parte II - Demostração das Contas do presente documento, nomeadamente na vertente orçamental e análise setorial. - Prestação de esclarecimentos e orçamentação de rubricas designadas pré-fixadas, no âmbito da preparação do orçamento anual da Fundação. Receção, análise e consolidação das propostas. Estruturação e apresentação do Plano de Atividades e Orçamento de Exploração e Investimentos 2014. - Elaboração do Plano Estratégico para o triénio 2014-2016 em conformidade com as linhas orientadoras do Conselho de Administração. - No âmbito do projeto da migração da base de dados do SAP de Oracle para SQL Server, o GPE participou ativamente na fase dos testes (validação de dados) na área do SAP CO (área do controlling) e BO. - Organização, apresentação e esclarecimentos no âmbito da auditoria efetuada pelas entidades competentes aos projetos QREN (Quadro Comunitário Referência Estratégico Nacional), como representante no grupo de trabalho nomeado pelo CA. - Acompanhamento do dossier dos licenciamentos como representante na respetiva comissão. - Apoio técnico às áreas da Fundação, no âmbito das competências atribuídas e em consonância com a atividade dinamizada por este gabinete. - Por último foi dada resposta a pedidos pontuais por parte do CA, em termos de análise económica financeira e respetivos indicadores.

APOIO AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O Gabinete de Apoio ao Conselho, criado em 2013, integra a Coordenação das agências INATEL, Equipa de Promoção e Serviços (EPS), a Gestão de Membros Associados e o Arquivo Expediente e Serviços. Ainda no decorrer de 2013, emergiu uma área neste gabinete, no âmbito da Responsabilidade Social, cujos projetos só irão ter impacto em 2014. A estrutura administrativa do GAC desenvolve um conjunto de tarefas de apoio, nomeadamente, gestão do email geral da Fundação INATEL, preparação e lançamento na intranet das comunicações de serviço (CSe), gestão e arquivo de ofícios do Conselho de Administração, receção, registo e arquivo de todos os protocolos celebrados com a Fundação, registo e arquivo de toda a documentação dos vários serviços apresentados em reunião do C.A., digitalização e arquivo das atas de reunião do C.A., envio dos documentos da reunião do C.A. ao Conselho Fiscal, quando solicitados, preparação das reuniões do Conselho Geral e do Conselho Consultivo e elaboração das respetivas atas, encaminhamento das reclamações oficiais à ASAE e resposta ao reclamante, controlo da faturação da BP, lançamento nas plataformas eletrónicas dos concursos públicos e ajustes diretos, controlo dos telemóveis de serviço e respetiva faturação e gestão dos motoristas da sede, bem como das viaturas.


Fundação INATEL

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Coordenação das agências Na sequência do trabalho que tem vindo a ser realizado nos últimos anos, também em 2013 foram definidos um conjunto de objetivos às agências INATEL que tiveram um acompanhamento constante por parte da equipa de coordenação. Foram determinados os seguintes setores de venda: turismo (DT), turismo social (DIS), reservas de alojamento em unidades hoteleiras da Fundação INATEL, experiências INATEL, novos associados individuais e coletivos (CCD), recuperação de associados individuais e CCD, telemóveis TMN e publicações INATEL. No último trimestre do ano iniciouse a venda do Plano INATEL Saúde. Sendo um projeto que teve o seu início em abril de 2009, importa referir que desde então, até 2013 as vendas de turismo tiveram um incremento médio anual na ordem dos 21%. Refira-se que as vendas de turismo realizadas pelas agências em 2009 foram de 1 milhão e novecentos mil euros e em 2013 atingiram os 4 milhões e cem mil euros. No que respeita às vendas do turismo social (DIS) não é possível estabelecer nenhuma comparabilidade uma vez que os programas desta área, ao deixarem de ser governamentais, foram disponibilizados menos lugares para venda. No início deste projeto, as agências INATEL disponibilizavam aos beneficiários, viagens (DT), os programas turismo da DIS e faziam recebimento de quotizações e inscrições de associados. Só posteriormente foram introduzidos os novos produtos e serviços. Dos objetivos definidos para 2013 para as agências, as vendas de turismo (DT) apresentaram um crescimento de 1,2%, comparativamente com 2012. Os objetivos para este produto foram superados em 6%. No turismo social (DIS) a execução dos objetivos foi a seguinte: - Programa Dias Tranquilos – 21% - Programa Turismo Sénior – 75% - Programa Saúde e Termalismo Sénior – 136% Nas reservas de unidades hoteleiras INATEL efetuadas pelas agências, os objetivos foram excedidos em cerca de 73%. Também ao nível das vendas de experiências INATEL as agências executaram os objetivos em 216%. Face ao histórico e à incerteza da aceitação do produto tinham sido definidos objetivos de venda de 487 experiências e foram vendidas 1.052. Ao nível dos sócios individuais a execução dos objetivos foi de 109%, todavia, comparando com o ano de 2012 foram efetuados menos 23 associados. No que concerne aos sócios coletivos (CCD) verificou-se uma execução dos objetivos de 122%, sendo que em 2013 houve uma diminuição de cerca de 17%, relativamente ao ano de 2012, a que correspondeu menos 26 sócios coletivos. Na recuperação de associados individuais e coletivos, não se conseguiu atingir os objetivos definidos, sendo que foram recuperados 1.551 sócios individuais, que corresponde a 74% dos objetivos e 77 sócios coletivos, 71% dos objetivos. Um dos produtos também comercializados nas agências INATEL são os telemóveis TMN. Em 2013 foram vendidos 910 telemóveis, mais 463 unidades que em 2012. Relativamente aos objetivos foram executados em 190%. Também no âmbito da parceria estabelecida com a Saúde Prime, a Fundação INATEL iniciou a comercialização do Plano INATEL Saúde em 14 de outubro de 2013. Foram subscritos 464 contratos nas agências INATEL, até 14 de dezembro de 2013, o que totalizou uma adesão de 930 beneficiários do Plano INATEL Saúde. Poder-se-á concluir que, apesar de alguns objetivos não terem sido cumpridos na íntegra por algumas das agências, no global os resultados foram positivos, tendo em consideração os sacrifícios económicos e as restrições que as famílias portuguesas estiveram sujeitas.

Equipa de Promoção de Serviços (EPS) A EPS foi criada em 01 de junho de 2013, momento em que começou a desenvolver o seu trabalho. Tendo esta equipa como principal objetivo incrementar as vendas dos produtos e serviços da Fundação INATEL, a sua principal preocupação foi criar uma estrutura que lhe permitisse prosseguir esse objetivo. Os seis colaboradores desta equipa preparam e desenvolvem contactos com vista ao agendamento de reuniões com empresas, instituições, sindicatos, autarquias, federações e associações, de onde têm resultado acordos comerciais e a celebração de protocolos, bem como a venda de produtos e serviços, nomeadamente reservas em UH INATEL e de outros produtos da área do turismo. Foi realizada uma experiência de um serviço de telemarketing com 4 elementos, sendo dois a tempo parcial. Esta experiência revelou-se muito positiva, quer na venda do Plano de Saúde INATEL (PIS), responsável por 25% destas vendas. Para além da venda do PIS foram também vendidos pelo telemarketing os programas seguintes: - Grande Festa de Natal (DT) - Réveillon (DIS) - Experiências INATEL (DH) - Ceias de Natal (DH)


Relatório e Contas 2013

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Gestão de Membros Associados Associados individuais Parece-nos importante definir os termos usados, subsequentemente, no presente relatório, tais como: - Associado vinculado, o associado que ainda não liquidou a quota do ano em curso, ou de um ou dos dois anos imediatamente anteriores; nesta situação não pode usufruir dos serviços da Fundação INATEL, mas pode ainda vir a liquidar a totalidade das quotas por pagar e retomar a sua condição normal de associado; - Associado atualizado, o associado que tem o pagamento da quota do ano em curso, neste caso 2013, já efetuado. Em consequência desta terminologia, definimos como conceito de aplicação geral que, em 2013, os associados que não pagaram (pelo menos) a quota de 2011, foram eliminados no dia 1 de janeiro de 2014, nos termos estatutários em vigor. Em relação aos associados individuais, manteve-se a tendência de descida do número de associados atualizados, a que se tem vindo a assistir: Designação Associados atualizados D% s/ ano anterior

2010

2011

2012

2013

155 072 --

150 724 -2,80%

144 663 -4,02%

138 890 -3,99%

De acordo com os valores acima mencionados, a evolução gráfica do número de associados com a quota do próprio ano paga (sócios atualizados), é a seguinte:

Associados atualizados 160 000

150 000

140 000

120 000 2010

2011

2012

2013

Conclui-se assim que, apesar de se continuar a registar uma diminuição do número de associados da Fundação, esta variação foi ligeiramente inferior à registada em 2012. Quanto aos associados vinculados, que são aqueles que, não tendo as quotas liquidadas de, pelo menos, um dos anos de 2011, 2012 ou 2013 ainda o poderão fazer sem perda da sua atual qualidade de associado, temos a seguinte evolução, em relação aos três últimos anos: Designação Associados Vinculados D% s/ ano anterior

2010

2011

2012

2013

201 535 --

193 974 -3,75%

191 379 -1,34%

190 620 -0,40%

Pensamos que estes números incluem, na sua maior parte, associados que, desde há alguns anos, quebraram o seu relacionamento afetivo com a Fundação INATEL, apesar de nunca terem concretizado a apresentação da desistência por escrito. Por outro lado, decorridos alguns anos sem quaisquer ligações com a Fundação INATEL, é provável que muitos deles tenham mudado de residência, tornando-se muito difícil a realização de qualquer novo contato.

Associados vinculados 205 000

200 000

195 000

190 000 2010

2011

2012

2013


Fundação INATEL

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No que se refere à evolução de novas inscrições de associados individuais, verifica-se que, em 2013, se inscreveram mais 451 novos associados do que os inscritos em 2012, mantendo-se uma subida anual desde 2011. Saliente-se que o crescimento das novas entradas se acentuou no ano agora em análise, como é patente no gráfico que se segue: Novos associados individuais 20 000

15 000

10 000

5 000

0 2010

2011

2012

2013

Quanto ao valor das receitas provenientes de quotizações cobradas, tem vindo a verificar-se uma diminuição das mesmas, devendo-se à diminuição de quotas pagas e à suspensão do pagamento da taxa de inscrição.

Centros de Cultura e Desporto Em 2013, verificou-se que o número de novos CCDs inscritos foi de 122 associações, um número ligeiramente inferior ao do ano transato, conforme se apresenta no gráfico seguinte:

Novos CCD 200

150

100

50

0 2010

2011

2012

2013

Em relação aos atuais CCDs inscritos, o seu total era de 4.910 associações em 31 de dezembro de 2009. Porém, face à aplicação do novo esquema de filiação de associados coletivos, o qual implica agora a obrigação de pagamento de quotas por parte dos CCDs e depois de uma pré-limpeza dos ficheiros, retirando destes muitas associações com as quais não existem contactos há já alguns anos, podemos considerar que o universo dos nossos associados coletivos será de 2.755. Para além disso, referimos que os CCDs com a quota de 2013 liquidada, atingiram as 1.963 associações, número que de ora em diante iremos considerar como de associados coletivos atualizados.


Relatório e Contas 2013

55

Arquivo Expediente e Serviços Compete a este serviço a gestão da entrada e saída de correspondência, gestão de armazéns de material de escritório da Sede e do Armazém da Póvoa, gestão de contratos continuados de prestações de serviços com empresas de limpeza e vigilância e segurança, de desinfestação contra pragas animais e de serviços de correio. Compete também a este serviço a gestão do pessoal auxiliar administrativo em serviço na sede. A gestão do refeitório e bar que era acompanhada pelo AES em meados de 2013 passou para a Subdireção de Hotelaria. Relativamente ao serviço realizado pelo serviço de arquivo, a evolução nos últimos três anos foi a seguinte:

Tipo de Serviço Correio Expedido Entradas de Correio Saídas de Correio Pré-Registos de Faturas, NC e ND CTT Expresso

2011

2012

2013

235 738 20 192 9 073 8 176 2 767

189 646 19 501 8 295 5 709 1 195

265 233 19 700 6 704 3 618 2 467

Verifica-se que ao nível das saídas de correspondência e pré registos de faturas continuam a decrescer, todavia, no que respeita ao correio expedido, por via normal e via CTT Expresso (normalmente trata-se de volumes em envelopes almofadados), houve um acréscimo significativo. Este acréscimo é justificado, no caso do correio normal, pela expedição de cerca de 120.000 cartões de associados em fevereiro e março de 2013, uma vez que os emitidos em 2010 perfizeram três anos no início de 2013 e tiveram de ser substituídos. No caso dos CTT Expresso tem a ver com a maior atividade da DIS (Turismo Sénior) relativamente ao ano de 2012.

RECURSOS HUMANOS O ano de 2013 foi decisivo na prossecução da implementação de uma gestão dos Recursos Humanos da Fundação INATEL, alinhada com os restantes objetivos estratégicos estabelecidos pelo Conselho de Administração. Assim, empenhada na sua missão, esta área promoveu o respeito pelo enquadramento legal e orientações definidas pelo Conselho de Administração; o desenvolvimento de políticas de pessoal; de procedimentos; de carreiras e competências profissionais, assegurando o desejado e necessário desenvolvimento organizacional estratégico dos colaboradores desta Fundação. Ao longo de todo o ano foi implementado o Plano de Formação 2013, necessário aos colaboradores, às equipas e à organização em geral, bem como o apoio na formação complementar quando premente e necessária, a fim de se alcançarem os objetivos traçados pelo Conselho de Administração.

Gestão de Recursos Humanos Dado o universo de colaboradores ser bastante vasto, e com a finalidade de se obter uma melhor caracterização e compreensão da realidade atual da Fundação INATEL, esta área elaborou algumas análises, com base em indicadores e objetivos concretos, a fim de se perceber melhor o impacto das ações desenvolvidas no decorrer do ano de 2013.


Fundação INATEL

56

Indicadores de efetivos

Efetivo global

764

Quadro

120

Prestação de serviço

49

Órgãos estatutários

136

Contratado a termo

17

Comissão de serviço

448

Reformado com complemento

Evolução do efetivo médio anual 1000

Global - Foram considerados todos os trabalhadores (ativos e inativos), com vínculo à Fundação INATEL no decorrer do mês de dezembro de 2013, independentemente da natureza jurídica do contrato estabelecido. O gráfico abaixo representa a evolução anual do efetivo médio. É notório o efeito da aplicação, ao INATEL IP, da Resolução do Conselho de Ministros nº 97/2002, de 18 de maio. Conforme estipulado no nº. 5 do referido normativo, foi suspensa a possibilidade de se proceder a novas contratações de pessoal, sob a forma de contrato individual de trabalho, tendo-se verificado, entre 2002 e 2008, níveis muito baixos de contratação a termo, não ultrapassando uma média anual de 50 contratos. Contratos que foram celebrados ao abrigo da exceção prevista no nº. 11 da referida Resolução, para os diversos programas governamentais de Turismo Social. Com a passagem do Instituto a Fundação, a média anual de contratações regressou aos níveis habituais de 200 contratos. As prestações de serviços sofreram uma evolução inversa, atingindo, no período atrás referido, um número médio de 320 contratos, voltando em 2008, aos níveis habituais, com 150 contratos. Pelas mesmas razões, e conforme nº. 1 da RCM nº. 97/2002, tal como nos contratos a termo, as integrações no quadro da Fundação, sofreram uma acentuada queda, entre 2002 e 2008.

800 600 400 200 0

2002

Quadro

2004

2006

Contratados

2008

2010

2012

Prestação serviço

Efetivos com contrato sem termo - Em dezembro de 2013, foram considerados todos os trabalhadores vinculados à Fundação INATEL com contrato sem termo. Comparado com o ano de 2012, verifica-se ter havido uma diminuição do número de trabalhadores do quadro, o qual passou de 777 para 764. Esta variação justifica-se pela passagem à reforma de 16 trabalhadores, a 4 denúncias de contratos de trabalho e 2 falecimentos. Estas ocorrências permitiram superar as integrações no quadro (-9). Quanto à evolução mensal dos efetivos, verifica-se o habitual decréscimo do número de prestadores de serviços na época alta de verão, que coincide com a diminuição das atividades nas áreas desportiva e cultural e dos programas seniores. Inversamente, o número de trabalhadores contratados a termo, resolutivo na mesma época, sofreu um aumento, consequência das taxas de ocupação nas unidades hoteleiras e Parques de Campismo.

Efetivos com contrato sem termo

Evolução dos efetivos do quadro 1000

684 Quadro 7 Licença s/ retribuição 3 Suspenso

800 600

46

Pré-reforma

24 Sem Termo / Nomeado

400 200 0

2002

9

2004

2006

2008

2010

2012


Relatório e Contas 2013

57

Efetivos com contrato a termo resolutivo - Durante o mês de dezembro de 2013, foram considerados todos os trabalhadores vinculados à Fundação INATEL com um contrato de trabalho, a termo resolutivo certo e a termo incerto. À semelhança do que sucedeu em 2012, foi promovida a contratação de trabalhadores sazonais (trabalhadores contratados, a termo certo, para as unidades hoteleiras e Parques de Campismo), em detrimento da política de recurso à contratação em regime de trabalho temporário.

Evolução mensal dos efetivos 800 700 600 500

Em 2013, registou-se uma diminuição do número médio anual de contratações a termo resolutivo incerto, o qual passou de 23 para 14. Esta diminuição deveu-se, essencialmente, à passagem à reforma dos trabalhadores que se encontravam ausentes, e que, por isso, foram substituídos por outros trabalhadores contratados nesta modalidade.

400

Em termos globais, o número médio de contratações a termo, sofreu uma ligeira diminuição, passando de 176 para 171, invertendo, assim, a tendência que se vinha verificando desde 2008.

0

Número médio de contratações a termo

300 200 100 jan fev

Quadro

mar

abr

mai

jun

jul ago

Contratados

set out

nov

dez

Prestação serviço

Efetivos com contrato a termo resolutivo

150

300 250

100

200 150

50

100

126

10

0

50

Termo Certo Termo Incerto 0

2002

2004

2006

2008

2010

2012

Pirâmide etária - Considerando todos os trabalhadores do quadro, vinculados à Fundação INATEL, durante o mês de dezembro de 2013, verifica-se que a média etária sofreu um incremento muito ténue, passando de 48,1 para 48,6 anos. A manutenção da idade média deveu-se ao equilíbrio das idades dos trabalhadores que saíram da Fundação INATEL(por reforma, por iniciativa própria) e dos que entraram para o quadro.

Evolução da Idade Média 50 40 30 20

Pirâmide etária 4 20 26 62 41 22 37 39

homens

19 13 0 1 284

65 ou + 62 - 64 60 - 61 55 - 59 50 - 54 45 - 49 40 - 44 35 - 39 30 - 34 25 - 29 18 - 24 Até 18

10

1 33 30 85 68 80 77 56 32 17 1 0 480

0

mulheres

2002

2004

2006

2008

2010

2012


Fundação INATEL

58

Pirâmide de antiguidade - No que concerne à pirâmide de antiguidade, relativamente aos trabalhadores do quadro, vinculados à Fundação INATEL, no período do mês de dezembro de 2013, constata-se que se mantém o elevado número de trabalhadores do sexo feminino, nas faixas dos 10 aos 15 anos e dos 20 aos 25 anos; bem como na faixa com mais de 35 anos, para ambos os sexos. Em relação ao ano transato, não se verificaram variações significativas. Em relação a 2012, a antiguidade média sofreu um ligeiro aumento, passando de 20,1 para 20,7 anos; facto que se deve às integrações no quadro, ocorridas durante o ano (9) e que foram inferiores às ocorridas no ano anterior (20).

Pirâmide etária

Evolução da Antiguidade Média

63

+ de 35

70

14

+ de 30 até 35

19

24

+ de 25 até 30

43

56

+ de 20 até 25

102

45

+ de 15 até 20

62

29

+ de 10 até 15

74

33

+ de 5 até 10

66

20

+ de 2 até 5

41

5

0

+ de 1 até 2

2

0

0 284

25 20 15 10

2002

2004

2006

2008

2010

homens

2012

Até 1 ano

1 480

mulheres

Indicadores de qualificação Habilitações literárias - Considerando todos os trabalhadores do quadro, e contratados vinculados à Fundação INATEL, no período de dezembro de 2013, o nível médio de escolaridade foi de 9,7 anos; este nível subiu ligeiramente em relação ao ano anterior (9,6 anos), atendendo, por um lado, à saída de trabalhadores menos qualificados, por outro, à entrada de colaboradores com escolaridade mais elevada; acresce o incentivo e apoio dado pela Fundação INATEL à frequência de licenciaturas. Até ao 3.º ciclo de escolaridade, verificou-se uma diminuição de 17 trabalhadores, tendo também ocorrido um ligeiro aumento do número de trabalhadores com o 12.º ano, passando de 184 para 197. Cerca de 51% dos efetivos, tem um nível de escolaridade até ao 9.º ano, sendo de 23,8% a taxa de escolaridade até ao 4.º ano. Os graus de bacharelato/licenciatura/mestrado/doutoramento representam 21,4% do total de trabalhadores. Na prossecução da uma política de renovação de quadros, em 2013 é notória a diminuição do número de trabalhadores com escolaridade mais baixa, coincidente com as pessoas mais velhas que têm saído para a reforma, e o aumento do recrutamento de trabalhadores com mais qualificações – 12.º Ano, maioritariamente para as unidades hoteleiras e licenciaturas para os Serviços Centrais. No entanto, em 2013, verificou-se uma ligeira diminuição do número de trabalhadores licenciados (6), consequência da cessação de contratos em regime de comissões de serviço.

Habilitações Literárias

Evolução da Escolaridade Média

2.º ciclo

10

10,9% 22,4%

8 3.º ciclo

16,3%

10.º ano

1,6% 4,6%

0,1% Não sabe ler/ escrever 1,3% Sabe ler/escrever s/ ter o 1.º ciclo 0,1% Doutoramento 0,7% Mestrado

6 4 11.º ano

2 0

19,2% 21,4%

2002

2004

2006

2008

2010

2012

1.º ciclo

12.º ano

Licenciatura

1,4% C.E.T. / Bacharelato


Relatório e Contas 2013

59

Escolaridade Não sabe ler/escrever Sabe ler sem ter o 1.º Cíclo 1.º Cíclo 2.º Cíclo 3.º Cíclo 10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano C.E.T. Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento 0

50 2012

100

150

200

250

2013

Indicadores de tempo de trabalho Absentismo - Em 2013 foram registados 12.123 dias de ausência, valores que se aproximaram muito aos do ano anterior. A taxa de absentismo sofreu uma ligeira variação, situando-se nos 5,1%. A doença continuou a ser a primeira causa de absentismo (7.108 dias), tendo, no entanto, reduzido o seu peso relativo (58,5%), devido à diminuição dos dias de ausência por este motivo (167). Os acidentes de trabalho foram a causa que motivaram uma maior diminuição (365 dias). As ausências que mais aumentaram foram as referentes às faltas justificadas (337 dias); licenças parentais (89 dias); e às atividades sindicais (66 dias).

Ausências - Motivo

Taxa de absentismo - Evolução 8

Acidente trabalho Falta infustificada 1,05% Greve 0,16% Exame escolar 2,2%

7

10,63%

6 5

Assistência à família 3,31%

4

Actividade sindical 3,47% Licença casamento 0,62% Nojo 1,52%

3 2

Lic. parental

13,70%

Suspensão 0,12% Baixa hospitalar 1,80% Falta justificada 2,05%

58,5%

Doença (total)

1 0 2008

2009

2010

2011

2012

2013


Fundação INATEL

60

Trabalho Suplementar - O trabalho suplementar registou um aumento relativamente ao ano de 2012 (com mais 191,9 horas), tendo diminuído ligeiramente o peso de trabalho em dia de descanso complementar (com menos 47,5 horas) e aumentado em dia útil (com mais 224,5 horas). Por deliberação do CA, o trabalho efetuado em dias feriado e fins de semana, nos estabelecimentos da Fundação INATEL, dispensados de encerrar nesses dias, deixou de ser considerado trabalho suplementar desde 2008, de acordo com o estipulado no n.º 2, do Artigo 269.º do Código do Trabalho. Evolução do Trabalho suplementar

Recrutamentos | Nº. de Vagas

200

6000 5000

150 4000 3000

100

2000

50 1000 0 2008

2009

2010

2011

2012

2013

0 2010

2011 Externo

2012

2013 Interno

Recrutamento e seleção Em 2013 a ARH conduziu 17 processos de recrutamento e seleção (14 internos e 3 externos), para colmatar 21 vagas. O número de vagas nos recrutamentos internos tem-se mantido ao longo dos anos, ao contrário do que acontece com os recrutamentos externos que sofreram uma forte queda a partir de 2011. Isto deve-se ao facto de, desde aquela data, não se terem efetuado recrutamentos externos de animadores socioculturais para os programas da Direção de Intervenção Social. Recrutamento interno - Relativamente aos processos de recrutamento e seleção, para colmatar vagas internas (14) ocorreram maioritariamente no grupo profissional de quadros médios, na carreira de Técnico (9). As restantes vagas surgiram na carreira de Técnico Superior (2), Técnico-Adjunto (1), Auxiliar (1) e Administrativo (1). Apenas 3 destas vagas foram preenchidas, motivadas por falta de candidatos interessados ou por dificuldades na saída dos candidatos selecionados do serviço de origem. Recrutamentos Internos | Vagas


Relatório e Contas 2013

61

Recrutamento externo - Em 2013 ocorreram 3 processos de recrutamento e seleção externos para 7 vagas existentes na Direção de Intervenção Social (3), na Subdireção de Turismo (1) e na Equipa para a Promoção de Serviços (3), tendo, todas elas, sido preenchidas.

Recrutamentos Externos | Vagas

Atividade formativa Tendo em consideração os objetivos da formação contínua, nomeadamente de proporcionar aos trabalhadores a atualização dos seus conhecimentos e incremento das suas competências, no ano de 2013 registou-se um acréscimo significativo de ações de formação e de participações em ações de formação. O número significativo de participantes em ações de formação ocorreu na área da segurança. Sentiu-se a necessidade de realizar um programa adequado de formação dos trabalhadores das unidades hoteleiras e Parques de Campismo, tendo em vista dar cumprimento ao Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios (Decreto-Lei 220/2008 de 12 de novembro) e garantir uma atuação adequada em caso de emergência nesses locais. Na globalidade, a formação desenvolvida no ano de 2013, expressa, relativamente ao ano anterior, uma maior transversalidade, traduzido um maior número de cursos na modalidade intraempresa, envolvendo, consequentemente um maior número de participantes e de categorias profissionais. Nas diversas modalidades formativas, que mencionaremos mais à frente, foram utilizadas, aproximadamente 9.840 horas de formação, abrangendo 889 trabalhadores da Fundação INATEL. Apresentamos, abaixo, o resumo de alguns indicadores referentes à formação contínua, no decurso dos períodos de 2011, 2012 e 2013. Podemos constatar que tanto o número de ações de formação como o número de participantes, mais do que duplicaram. Quanto ao número de trabalhadores estudantes, em 2013 regista-se um ligeiro decréscimo tendo como referência os anos de 2011 e de 2012.

Ano Ações de formação Participações em formações Trabalhadores Estudantes

2011

2012

2013

24 626 20

49 302 26

108 889 19

Representação gráfica do número total de participantes em ações de formação intra-empresa - Das ações de formação, acima referidas, com maior peso da atividade formativa desenvolvida no ano de 2013, salientam-se, além dos diversos módulos inseridos nas medidas de autoproteção contra incêndios (MAP), a formação na área comercial com a organização de cursos, tais como o de atendimento e técnicas de vendas e o de promoção de serviços e técnicas de negociação. O número de participações nestes cursos foi de 832 trabalhadores com um volume total de 7.556 horas de formação.


Fundação INATEL

62 Formação Intra – N.º de Participantes por Curso Promoção de Serviços e Técnicas de Negociação LUSANOVA – Produto e Venda Higiene e Segurança no Trabalho Formação Prática de Vendas INATEL Conhecimentos de Higiene Alimentar Atendimento e Técnicas de Venda MAP – Módulo 1 – Formação Geral em Segurança MAP – Módulo 2 – Primeira Intervenção MAP – Módulo 3 – Primeiros Socorros MAP – Módulo 4 – Evacuação MAP – Módulo 5 – Delegados de Segurança

28 5 8 38 8 34 236 130 148 124 73 0

50

100

150

200

250

Formação Intra – Volume de Formação por curso Promoção de Serviços e Técnicas de Negociação LUSANOVA – Produto e Venda Higiene e Segurança no Trabalho Formação Prática de Vendas INATEL Conhecimentos de Higiene Alimentar Atendimento e Técnicas de Venda MAP – Módulo 1 – Formação Geral em Segurança MAP – Módulo 2 – Primeira Intervenção MAP – Módulo 3 – Primeiros Socorros MAP – Módulo 4 – Evacuação MAP – Módulo 5 – Delegados de Segurança

840 200 24 608 32 816 944 1040 1184 992 876 0

200

400

600

800

1000

1200

No que concerne à formação externa, esta caracteriza-se sempre por maior especificidade e, consequentemente, por um menor número de participantes por cada curso. Estas iniciativas envolveram 45 participantes, com um volume de formação de 630 horas. Os cursos frequentados externamente focaram as seguintes áreas temáticas: Formação Externa

Nº de Participantes

Análise e Produção de Escrita Sintética Certificação ECDL Conferência - Revisão do Código do Procedimento Administrativo Contabilidade Orçamental e Lei dos Compromissos na A.P. Corporate Outdoor Open Day Curso Intensivo de Verão de Inglês E-Marketing Escrita para Sites Formação em Safecom Formação Técnica de Bases de Dados Imaging & Printing Gestão do Tempo I Congresso de Processo Civil I Congresso Internacional de IVA i-GESP XXI, Gestão para Carta Desportiva - Utilização Genérica II Congresso de Direito da Insolvência O.E. 2013, Encerramento de Contas 2012 Plano Oficial de Contabilidade Pública Produção de Informação para a Gestão Competitividade e Estratégia para o Desenvolvimento das Empresas Reabilitação Urbana: Oportunidades do Novo Regime Jurídico Secretariado Forense Workshop Base: A C. P. e o Portal Base na Ótica do Utilizador Workshop: Facebook Marketing para Empresas

Volume

1 1 1 1 3 1 4 1 1 1 5 4 1 3 2 1 4 1 2 2 1 3 1

12 7 7 8 12 40 48 12 24 50 86 28 8 31 28 9 48 14 86 26 30 9 7

45

630

Face à necessidade, diagnosticada, de serem criados compromissos coletivos, cooperação, e um maior alinhamento dos colaboradores da Fundação INATEL, considerando que as interações sociais permitem o intercâmbio e a expansão do conhecimento, dentro das organizações, deu-se início ao desenvolvimento de ações de formação (facilitação) internas, com uma ação de Team Assessment. A primeira sessão teve como público-alvo as chefias da Fundação INATEL, a qual será, numa segunda fase, extensível às diversas equipas de trabalho. Tudo isto, tendo em vista que a estratégia organizacional deve aplicar a gestão do conhecimento como uma componente das atividades de negócio, procurando estabelecer uma ligação entre os ativos intelectuais da Organização, tanto explícitos como tácitos, e os resultados obtidos pela Organização, no decurso da disseminação das políticas e das práticas em todos os níveis da Organização. A sessão suprarreferida, teve 16 participações e um volume total de 112 horas utilizadas.


Relatório e Contas 2013

63

Crédito de horas para formação/qualificação Ao abrigo do nº. 4 do art.º 131 do Código do Trabalho, foram utilizadas como crédito de horas para formação pelos trabalhadores que solicitaram esse regime, 1.536 horas. No ano de 2012, o estatuto de trabalhador-estudante, foi solicitado por 19 trabalhadores, distribuídos por várias unidades orgânicas da Fundação INATEL. Os trabalhadores em causa frequentaram vários graus de qualificação do ensino secundário e superior.

Nº. Horas utilizados ao abrigo do Estatuto Trabalhador Estudante Sede U.H. Palace U.H. Luso U.H. Cerveira Ag. Lisboa Ag. Funchal Ag. Coimbra Ag. Braga

648 240 48 264 126 28 14 168 0

200

400

600

800

Estágios profissionais e curriculares Estágios Curriculares

Os estágios curriculares são uma parte integrante de um percurso de formação; como tal, a área de Recursos Humanos da Fundação INATEL é contactada anualmente por escolas profissionais e algumas universidades que integram esta modalidade pedagógica nos seus curricula, prestando, portanto, um serviço que depende não só do facto de ser procurado por essas organizações para esse fim, como também da disponibilidade dos serviços para o seu acolhimento. Este tipo de estágio só pode realizar-se mediante a assinatura de protocolos individualizados, com as escolas, universidades e alunos. No ano decorrido, foram celebrados 49 protocolos de estágio.

80

60

40

20 30

68

49

2011

2012

2013

0

Indicadores de segurança e saúde no trabalho Saúde no trabalho - Dando continuidade às atividades dos serviços de saúde no trabalho, foram realizados exames médicos aos trabalhadores da Fundação INATEL, no sentido de comprovar e avaliar a respetiva aptidão física e psíquica para o exercício das suas funções, bem como a repercussão destas, e das condições em que são desenvolvidas, com potencial impacto na sua saúde. Cada exame médico incluiu a realização prévia de análises e exames clínicos complementares (colesterol, glicemia, urina tipo II e eletrocardiograma) que valorizaram e substanciaram o parecer do médico do trabalho, sempre no sentido de uma melhor proteção da saúde de cada trabalhador. De janeiro a dezembro de 2013, foram realizados 548 exames médicos, apresentando-se no gráfico seguinte a respetiva distribuição por sexo e grupo etário:

Exames médicos por sexo e grupo etário

Relativamente à aptidão, praticamente todos os trabalhadores (99%) foram considerados aptos, i.e. não apresentaram qualquer condicionamento de saúde para a função desempenhada, conforme se demonstra no gráfico seguinte:

200 150 100 50 0

0

107

171

105

165

0 inferior a 18 anos Homens

entre 18 a 49 anos

Saúde trabalho 2013 — Aptidão

mais de 50 anos Mulheres

As situações, em que se verificou algum condicionamento e/ou recomendação do médico do trabalho, foram prontamente comunicadas ao responsável do trabalhador, no sentido de serem tomadas as medidas necessárias à adequação das funções ao estado de saúde do colaborador.

600 400 200 547

1

Apto

Apto Condicionalmente

0


Fundação INATEL

64

Higiene e Segurança no Trabalho - No que respeita às atividades de higiene e segurança no trabalho, o ano de 2013 pautou-se pela continuidade do trabalho, iniciado no 2º semestre de 2012, pela nova empresa, prestadora destes serviços, no continente – H2Q, tendo sido realizadas as seguintes atividades principais: - Conclusão das visitas a todos os estabelecimentos da Fundação INATEL (continente); - Elaboração e entrega do relatório de segurança e higiene no trabalho de cada estabelecimento visitado, informando, particularmente, as não conformidades detetadas e respetivas medidas corretivas a implementar; - Elaboração e entrega do mapa de avaliação e controlo de riscos de cada estabelecimento visitado, identificando os perigos e riscos, bem como a respetiva avaliação e medidas corretivas/melhorias a implementar. A documentação produzida foi enviada ao responsável de cada local, no sentido de, progressivamente serem implementadas as recomendações sugeridas pelos serviços HST.

Acidentes trabalho 2013 — Por sexo e dias perdidos 20 15 10 5 5

0

10

2

inferior a 1 dia

0

13

1 a 3 dias

14

4 a 30 dias

Homens

3

6

superior a 30 dias

0

0

Mortal

Mulheres

Sinistralidade Laboral - Em 2013 ocorreram 53 acidentes de trabalho (AT), menos 8 sinistros que em igual período no ano anterior. Da totalidade de AT participados, 5 foram descaracterizados pela seguradora, por motivo de não consubstanciarem todos os elementos qualificadores deste tipo de sinistros. Não obstante e para efeitos de análise interna da sinistralidade, optou-se por considerar todas as ocorrências participadas. Nestes termos, apresenta-se a análise dos AT nos gráficos seguintes, destacando-se o último gráfico que apresenta a evolução das taxas de frequência e de gravidade, indicadores que permitem a comparação e avaliação da sinistralidade laboral ao longo dos últimos anos. O gráfico ao lado agrega os acidentes por sexo e total de dias perdidos:

Acidentes trabalho 2013 — Por local do acidente 40

30

20

A par de uma diminuição no nº de ocorrências, verifica-se que 32% não originaram incapacidade ou o respetivo período de baixa foi inferior a 3 dias. Face ao ano anterior, houve igualmente uma diminuição de 3 pontos percentuais na percentagem de sinistros mais graves (baixa superior a 30 dias), perfazendo 17% do total AT.

10 13

1

39

0 No trajeto casa-trabalho

No exterior Nas instalações (em serviço) (interior edifício)

Evolução taxa frequência e gravidade de 2009 a 2013 50

1000

40

800

30

600

20

400

10

200

0

0 2009

2010 taxa frequência

2011

2012

2013

Relativamente ao local de ocorrência dos AT e à semelhança de anos anteriores, a maioria dos episódios ocorreram nas instalações da Fundação INATEL. No entanto, verificou-se um aumento de 23% para 26% dos acidentes fora das Instalações – i.e. no exterior em serviço ou no trajecto casa-trabalho. O tipo de acidente mais frequente continuou a ser a queda com e sem desnível. Os estabelecimentos onde ocorreram mais acidentes foram a Sede (15 AT) e a unidade hoteleira Albufeira (9 AT), com um total 165 e 148 dias de trabalho perdidos, respetivamente. O gráfico seguinte representa a evolução da taxa de frequência e de gravidade dos acidentes de trabalho na Fundação INATEL de 2009 a 2013. Estes indicadores, por considerarem as horas efetivas de exposição ao risco (horas trabalhadas), permitem a análise da sinistralidade em diferentes momentos, independentemente de variações no efetivo médio e/ou outros fatores laborais. Analisando os indicadores de sinistralidade supra, verifica-se uma diminuição significativa na gravidade dos AT, dado, igualmente confirmado na redução da média de dias perdidos por acidente de 20 para 15 dias. Já a taxa de frequência não diminuiu na mesma proporção, uma vez que, apesar de terem ocorrido menos sinistros do que no ano anterior, o nº. de episódios manteve-se elevado face aos valores dos últimos 5 anos.

taxa gravidade

Nota explicativa:

Organização dos serviços Segurança e Saúde no Trabalho nas Regiões Autónomas da Madeira e Açores

Taxa Frequência = (Nº. Acidentes Trabalho / Nº Horas Trabalhadas) x 1.000.000 Taxa Gravidade = (Nº. Dias Perdidos / Nº Horas Trabalhadas) x 1.000.000

Tendo em vista assegurar a continuidade dos serviços de segurança e saúde no trabalho nas Regiões Autónomas da Madeira, bem como promover a organização destes serviços nos Açores, foi lançado um procedimento de contratação de serviços externos, culminando na contratação destas valências em ambas as Regiões Autónomas, em condições similares ao continente e com início em dezembro de 2013.


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CONTABILIDADE No ano de 2013 a Área de Contabilidade concentrou os seus principais esforços na implementação de novos processos e obrigações de reporte resultantes de legislação fiscal. A partir de Janeiro de 2013, passou a ser obrigatório o reporte mensal dos ficheiros SAFT da faturação de vendas e prestação de serviços efetuadas no universo da Fundação. Tal representa a verificação e envio mensal duma média de 48 ficheiros, ou sejam 576 ficheiros anuais. Implicou não só no esforço inicial para se implementar este processo, como ainda resultante das diversas alterações introduzidas ao longo do ano pela administração fiscal, num acompanhamento permanente do mesmo. Houve ainda que responder à implementação das novas regras de reporte dos bens em trânsito, sendo este processo efetuado centralmente pela contabilidade. Verificaram-se ainda outras alterações no reporte fiscal que houve que implementar, nomeadamente no domínio do IVA. Ainda na vertente fiscal houve necessidade, a partir de maio e durante um período de 6 meses, de responder a solicitações da Autoridade Tributária decorrentes de inspeção externa no âmbito do IRC referente aos anos 2008 a 2012. Deu-se igualmente início, em parceria com as áreas de património e informática, a processo de implementação de mapas visando melhorar a informação de carater fiscal da área de património a prestar à Autoridade Tributária. O ano de 2013 foi assim caraterizado pelo grande incremento das obrigações de reporte para entidades externas com uma cada vez maior exigência na extensão da informação a enviar pela Fundação salientando-se, além da de carater fiscal já referida, o envio trimestral de dados financeiros para o Instituto Nacional de Estatística e o envio mensal para o Banco de Portugal da informação das transações financeiras de e para o estrangeiro. No que concerne aos projetos desenvolvidos em parceria com outras áreas da Fundação de salientar o envolvimento em testes resultantes da migração da base de dados do SAP de Oracle para SQL Server e acompanhar do ponto de vista contabilístico/fiscal o inicio da comercialização das denominadas “Experiências INATEL”. Continuamos a dar resposta em termos de registo e validação da informação contabilística ao mês, garantindo a qualidade dos dados inseridos no sistema contabilístico, permitindo assim o acesso à informação financeira no sistema, pelos diversos setores da Fundação. No domínio das operações de tesouraria manteve-se a politica já adotada em anos anteriores de cumprir com os prazos de pagamento a fornecedores e prestadores de serviços e, simultaneamente, procurar a rentabilização dos fundos disponíveis. Se bem que, neste último caso, num ambiente de contração das taxas de juro.

INFORMÁTICA No ano de 2013 foram executados projetos e atividades de acordo com as seguintes linhas orientadoras: - Aumento de receita; - Aumento de produtividade e eficiência; - Acesso à informação para suporte à decisão; - Racionalizar/Reduzir custos. No contexto do lançamento do novo produto “Experiências INATEL” foi concebido o desenvolvimento interno da aplicação que controla a sua utilização na nossa rede de serviços. Com a criação do serviço de Telemarkerting da Equipa de Promoção de Serviços, surgiu a necessidade de registo das interações com os associados, pelo que foi desenvolvida internamente a aplicação T-CRM. No seguimento da implementação de relatórios de Controlling Financeiro sobre a plataforma de Business Intelligence do SAP, foi alargada a sua utilização para os controllers da Sede, de modo a facilitar o controlo do orçamento de cada área. No âmbito da desmaterialização de contratos em SAP, procedeu-se à implementação de ordens internas, e respetivas hierarquias, no sistema SAP para a área da Informática. No sistema de associados e viagens, foram efetuados vários melhoramentos, nomeadamente o desenvolvimento de novos mapas, novas possibilidades de extração de dados e foi alargada a sua utilização para venda de viagens nas unidades hoteleiras (opcionais no âmbito de programas da área de Intervenção Social). Devido às sucessivas alterações legais relacionadas com o ficheiro SAFT - mensal, foi necessário realizar várias iterações de teste/correção/teste com os diversos fornecedores até obter versões que cumpriam os requisitos de estrutura dos ficheiros. Como consequência das alterações introduzidas pelo Orçamento de Estado de 2013 e nova legislação na área dos Recursos Humanos, foi necessário efetuar alterações a nível da parametrização de tabelas no sistema SAP RH. A decisão do Conselho de Administração de aplicar à Fundação INATEL os cortes já aplicados na Função Pública desde 2011, já em meados de fevereiro, implicou que se realizasse o processo de análise e implementação de alterações no sistema. Esta situação foi agravada pelo facto da Fundação INATEL ter instalada a solução de RH para empresas privadas e estar neste momento a aplicar regras do setor público que só estão disponíveis no módulo SAP RH específico para esse setor. Para ajudar na elaboração da Carta Desportiva, foi instalado um software específico, que se destina a registo de todas as instalações desportivas da Fundação INATEL e ao seu movimento de atletas em cada modalidade. De modo a obter o impacto positivo nos custos das comunicações, foi efetuada a interligação da rede de com-


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nicações com as centrais telefónicas, tirando partido das potencialidades que a adoção integral de VOIP permite obter, sem que seja necessário realizar o investimento nos equipamentos terminais. O projeto de 2013, que consumiu mais recursos humanos e financeiros, foi a renovação do edifício da praia, tendo a Informática sido envolvida desde o planeamento do projeto, nas definições relacionadas com rede, telefones e televisão. As principais tarefas realizadas foram: - Instalação de Infraestruturas de comunicações (Ativos de rede, Bastidores, Ups, conectores e fibra ótica); - Instalação de telefones IP; - Instalação de um novo servidor com software mais atualizado (Windows 2008 Server e ORACLE 10G) e a implementação de partilhas e roaming profiles para os utilizadores; - Instalação de postos de trabalho e padronização dos restantes computadores da unidade; - Parametrização dos novos quartos no Newhotel e dos novos pontos de venda (NewPOS); - Instalação de impressora para a receção; - Instalação de TV´s LED’s para os quartos e zonas comuns; - Instalação de TV Corporativa na receção e injeção do canal corporativo na TV dos quartos; - Instalação de MEO nos quartos e instalação de pontos públicos com SportTV. Este projeto terminou no início do mês de julho com a inauguração do novo espaço. Com o objetivo de reduzir a despesa com o licenciamento do software de base de dados, foi feita a migração da base de dados do SAP de ORACLE para SQL Server. Neste processo foram virtualizados os ambientes de ERP PRD, ERP TST, ERP DEV, BW PRD e BW DEV e criados dois servidores aplicacionais. Foi necessário envolver as diversas áreas da Fundação INATEL que trabalham em SAP para realização de testes. A Informática procedeu ao controlo da execução dos testes e análise das situações de erros que ocorreram, garantindo a sua total correção. Ainda de forma transversal aos principais sistemas de informação da Fundação INATEL, foram realizadas as seguintes atividades: - Acompanhamento de intervenções de fornecedores, tais como: Vortal, Newhotel, Optisolutions, Cedis, Capgemeni (SAP), Ticketline, Newvision/Tensator, Gasodata, Resopark, Europesagem, etc.; - Suporte genérico de 1º e 2º nível a utilizadores (e operadores de suporte) das soluções aplicacionais geridas pela Informática; - HelpDesk e ServiceDesk (resolução de problemas / formatação de computadores / reparação de computadores) aos utilizadores da Fundação INATEL; - Restruturação das partilhas de departamentos da Sede; - Helpdesk de 1ª linha do printing e envio mensal, para todos os locais, de relatório com contagens das cópias/impressões por utilizador, de modo a sensibilizar cada um a imprimir somente o essencial; - Administração de sistemas (criação de utilizadores / monitorização e resolução de problemas nos servidores, storage, sistemas virtuais, etc / implementação e melhoramento de serviços); - Administração de redes (monitorização e resolução de problemas nos circuitos de rede e comunicações / implementação e melhoramento de serviços / criação de telefones). Foram ainda negociados, normalmente com redução dos custos ou aumento do âmbito, os seguintes contratos: - Aquisição de serviços de alojamento de servidores centrais e equipamentos de comunicações de dados, bem como no apoio à sua monitorização e nos serviços de administração de sistemas em diversos tipos de ambientes com 6 meses de duração; - Aquisição de hardware de modo a aumentar a capacidade de armazenamento da solução de storage; - Renovação de serviços para suporte técnico e manutenção de servidores HP; - Manutenção Newhotel; - Pacote de horas Optigest; - Alteração SAP RH para cortes OE2013; - Manutenção Cisco; - Concurso de voz e dados; - Renovação solução Anti-Spam (Anubis); - Mapas Standard Fiscais em SAP; - Aquisição de Pc’s e Servidores; - Manutenção GESP XXI (CEDIS). Ao longo do ano foram efetuados diversos melhoramentos nas diversas soluções aplicacionais, com recurso aos contratos de manutenção, o que obrigou a uma tarefa constante de testes e validação dos respetivos melhoramentos.


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COMPRAS No exercício de 2013, a área de Compras manteve a tendência observada em anos anteriores, conseguindo novamente crescer em número de processos e no valor das poupanças. Estes resultados refletem, por um lado, o crescimento do nível de atividade, alcançado através da consolidação e do reforço da centralização progressiva da contratação, em áreas como a Hotelaria, Informática, Intervenção Social, Marketing, Património, Contabilidade e outras de natureza mais transversal e, por outro, o esforço de contenção de custos com a aquisição de bens e serviços, fruto de contratos que se têm vindo a renovar. Podemos pois afirmar, mais uma vez, que a área de Compras prosseguiu a sua missão de acordo com os pressupostos inscritos no plano de atividades, ao mesmo tempo que contribuiu para a racionalização e redução da despesa alcançada pela Fundação INATEL nos últimos anos. Relativamente ao trabalho desenvolvido, o ano de 2013, confirmou a tendência de alargamento e consolidação da atividade que vinha dos anos anteriores, ao possibilitar o aumento do número de categorias abrangidas por procedimentos de contratação, numa lógica de melhoria de todos os indicadores associados à gestão das compras. Assim, durante 2013, e no que se refere à continuidade das operações, foram celebrados 125 novos contratos, 18 em áreas completamente novas, de que são exemplo, os diversos tipos de lâmpadas, as carnes de aves e coelho frescas e congeladas, os produtos hortícolas, as frutas e os materiais gráficos para divulgar os produtos de vários serviços. No final de 2013, encontram-se cobertos por procedimentos de contratação, praticamente todos os bens e serviços relevantes em matéria de despesa, com estabilidade de preço igual ou superior a 3 meses, exceto os serviços contratados pela Subdireção de Turismo (serviços de hotelaria e de transportes rodoviários e aéreos) e pelo GREP (empreitadas e outros serviços ligados à construção civil e à requalificação de instalações), que desenvolvem os seus processos autonomamente. De facto, a atuação da área de Compras tem-se pautado pela crescente preocupação em alargar a sua atividade a novas áreas e a novas categorias de bens e serviços, procurando satisfazer as reais necessidades dos serviços, em condições que permitam maiores vantagens económicas e, em simultâneo, uma maior transparência na contratação pública. A par da adequação dos processos às necessidades dos serviços requisitantes e da promoção da concorrência e da transparência, a desmaterialização dos processos de contratação, dentro da estratégia para a contratação pública eletrónica e as parcerias com as empresas fornecedoras, traduzidas em publicidade na revista/jornal “Tempo Livre”, no apoio a eventos de natureza cultural e desportiva, na formação das equipas de cozinha, bar, restaurante e lavandaria, e na disponibilização de equipamentos e materiais de apoio às atividades da hotelaria, têm constituído dois vetores fundamentais da atuação da área de Compras. Desta fórmula têm resultado vantagens económicas para os serviços requisitantes, pelas poupanças obtidas nos processos aquisitivos, que se quantificam em cerca de 4.700.000,00€, acumulados no período de 2009 a 2013. Em 2013, seguindo um trabalho iniciado em 2012, preencheu-se também o formulário disponível no sítio da Internet, da eSPap, na área dedicada ao Sistema de Recolha e Validação de Informação (SRVI), com os dados das compras públicas de bens e serviços realizadas em 2012, dando assim cumprimento às obrigações estatísticas, a que alude o art.º 472, do Código dos Contratos Públicos.

PATRIMÓNIO No âmbito das atividades nucleares da área de património, em 2013 foram conseguidos desenvolvimentos na rentabilização do património imobiliário, na gestão do ciclo de vida dos bens de imobilizado e no trabalho desenvolvido no domínio dos seguros. Foram realizados dois novos arrendamentos para a utilização de espaços previamente sem utilidade e alterados dois contratos de arrendamento, com a consequente redução de custos mensais, sendo de destacar a mudança de instalações da agência do Funchal para uma localização mais próxima dos associados. Na gestão continuada dos bens de imobilizado da Fundação INATEL, atualmente com 116 mil números de imobilizado ativos, em 2013 foram cadastrados 6.042 novos bens, o que representa um decréscimo de 419 bens em relação ao ano anterior, mantendo-se a predominância da Hotelaria, com 5.735 novos bens cadastrados, designadamente para a UH de Albufeira (80,85%), consequência da requalificação do edifício da praia. Do universo de novos bens fazem parte os mais de 1.200 cadastrados em imobilizado em curso, como consequência da alteração da respetiva política de cadastro, atualmente com um maior detalhe e rigor e os 519 bens cadastrados sem valor contabilístico, em resultado dos inventários realizados durante este período. No contexto do projeto de inventário de equipamentos informáticos, deu-se início à correção da base de dados


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do património, com a alteração das designações, inclusão da informação sobre marca, modelo e número de série em mais de 12 mil bens de imobilizado de sistemas de informação, implementando também um modelo estandardizado de cadastro para esta tipologia de bens. Em paralelo, foi intensificado o trabalho de identificação de obsoletos, em estreita colaboração com os Gestores de Bens de Imobilizado (GEBI) das diferentes localizações. O resultado final foi a transferência de 2.907 bens e o abate de aproximadamente 6 mil. No domínio da gestão de seguros, foi realizado um novo processo de contratação para as apólices de património, frota automóvel, recheio de parques de campismo, responsabilidade civil para a atividade de exploração em geral, profissional, agências de viagens, instalações desportivas, posto de abastecimento de combustível de Oeiras, assim como para a cobertura de acidentes pessoais laboral, prática desportiva e atividades de turismo, sempre na ótica do aumento de coberturas e redução do prémio total. O vetor da gestão de seguros observou um acréscimo na sinistralidade da área de Património, como consequência dos temporais ocorridos em janeiro de 2013. No total do ano ocorreram 14 sinistros, 10 dos quais encontram-se já com o processo de indemnização concluído, com um valor superior a 18 mil euros, o que representa uma redução considerável do tempo médio de resolução. Em complemento à sua missão e estratégia destinada ao “cliente interno”, em 2013 a área de Património alargou o seu âmbito de atividade, com um novo serviço para associados – o INATEL Saúde. O projeto INATEL Saúde, lançado no mês de outubro, registou 2.717 adesões. O lançamento deste projeto foi implementado com o apoio das agências INATEL, a equipa de Promoção de Serviços e Telemarketing.

REQUALIFICAÇÃO, ESTUDOS E PROJETOS O Gabinete de Requalificação, Estudos e Projetos, que tem por missão a prossecução da requalificação, preservação e manutenção dos vários equipamentos do edificado da Fundação INATEL, procurou no decurso do ano de 2013 cumprir os objetivos estratégicos, superiormente gizados. Não obstante se ter optado por não prosseguir com alguns projetos inicialmente previstos, em razão do decréscimo do valor atribuído para o investimento na Fundação INATEL, o GREP, durante o ano de 2013, procedeu à aplicação dos recursos disponíveis procurando uma intervenção sustentável, na valorização e renovação do património da Fundação INATEL, e adotando técnicas construtivas e escolhas de materiais e equipamentos com uma boa relação preço/qualidade, de molde a assegurar que, no final das intervenções, se visem cumpridos os propósitos e/ou fins objeto das mesmas. Pretendeu-se que, não obstante a difícil conjuntura macroeconómica, se prosseguisse na senda da dignificação e valorização da imagem da Fundação INATEL, melhorando as condições de funcionamento das unidades hoteleiras, agências, instalações desportivas e parques de campismo, adaptando todas as infraestruturas edificadas às condições legais existentes e imperativos de licenciamento. Apostou-se na continuidade da promoção em ofertas de excelência em todos os equipamentos da Fundação INATEL, procedendo a requalificações profundas, como a que terminou no Edifício da Praia da unidade hoteleira de Albufeira. Passemos a uma revisão pormenorizada da atividade deste gabinete: Unidade Hoteleira de Albufeira - Em Albufeira, terminou-se a grande empreitada de requalificação profunda do Edifício da Praia. - Tratou-se de uma intervenção integral no edifício existente, que promoveu a modernização do mesmo, de acordo com os atuais requisitos legais e de conforto, para uma unidade hoteleira desta categoria. - A par da empreitada em si, muniu-se o hotel de mobiliário e demais equipamentos técnicos e decorativos de excelência, criando assim as condições para que a unidade tenha sido classificada com a categoria de 3 estrelas (embora tenha padrões de qualidade de 4 estrelas) e proporcionando aos nossos utentes um alojamento contemporâneo e cuidado, com a reputação de ser um dos mais modernos empreendimentos da região. - Obteve-se a licença de utilização para este edifício, bem como a certificação energética e da qualidade do ar. No que concerne ao Edifício do Pessoal, terminou-se a implementação do sistema de segurança contra incêndios. Obteve-se o licenciamento turístico para os edifícios Principal e Turismo. Procedeu-se à execução de um novo sistema de abastecimento de água de incêndio, incluindo o respetivo depósito de acumulação de água e montagem de um grupo gerador de energia para a unidade hoteleira. Unidade Hoteleira do Luso - Finalizou-se a execução do projeto de requalificação da unidade hoteleira. Unidade Hoteleira de Manteigas - Adjudicaram-se os serviços de elaboração de projetos de especialidades e execução para os edifícios Termal e Principal, com ligação entre eles, para permitir um melhor conforto dos utentes e


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obtenção de licença de utilização da unidade hoteleira para fins turísticos. Unidade Hoteleira de Oeiras - Realizou-se a reabilitação do cais e tanque da piscina. Renovação do ar condicionado do restaurante da unidade hoteleira. Obtenção de certificação energética para o bar. Unidade Hoteleira de S.Pedro do Sul - Foi executado o projeto para a integral substituição do sistema de climatização e tratamento de ar, incluindo adaptação da central térmica. Unidade Hoteleira de Castelo de Vide - Aquisição de serviços para a realização de projetos tendo em vista a requalificação do Restaurante, dando cumprimento a exigências da Câmara Municipal, e colocação de painéis solares. Unidade Hoteleira da Foz do Arelho - Conseguiu-se a licença de utilização para fins turísticos da unidade hoteleira. Unidade Hoteleira de Porto Santo - Aquisição de serviços de certificação energética. Reparação das guardas do terraço. Montagem de equipamentos para deteção de gás. Adaptação das instalações mecânicas existentes para cumprimento do projeto de segurança contra incêndio. Parques de Campismo - Procedeu-se à aquisição de serviços de elaboração dos projetos de arquitetura e de especialidades para a requalificação do parque de campismo da Costa de Caparica. No parque de campismo do Cabedelo, realizou-se a empreitada de nova rede de distribuição de água de consumo aos principais equipamentos existentes. Instalações Desportivas - Para o Parque de Jogos 1º de Maio concluiu-se o projeto de arquitetura para a requalificação da piscina (em fase de licenciamento na Câmara Municipal de Lisboa). Sede - Realizaram-se pontuais intervenções, no âmbito da manutenção corrente. Teatro da Trindade - Construído em pleno século XIX, inaugurado em 1867 e transitado para património FNAT em 1962, o Teatro da Trindade constitui um exemplo ímpar na arqueologia teatral em Portugal, sempre ligado a marcantes acontecimentos culturais da capital. A natureza deste equipamento e as exigências de utilização do mesmo, levaram à necessidade de intervenção deste gabinete, alicerçada em projetos elaborados para a reabilitação do Teatro. Assim: - Realizou-se a empreitada de Implementação de equipamentos de segurança contra incêndio; - Procedeu-se ao fornecimento de bocas-de-incêndio e de um grupo gerador de emergência; - Colocou-se uma unidade permanente de alimentação de energia; - Reparou-se o soalho de madeira e substituiu-se a alcatifa na plateia do teatro; - Substituíram-se as cadeiras da sala principal do teatro; - Montou-se um sistema de vídeo vigilância; - Substituíram-se os sistemas de climatização existentes que se encontravam obsoletos e/ou inoperacionais; - Construiu-se uma nova vara do proscénio para substituição da existente, que não satisfazia as necessidades técnicas teatrais; - Obtenção da certificação energética e da qualidade do ar no interior do edifício. Todas estas intervenções, que contribuíram para a modernização do espaço e sua adaptação à legislação vigente para as salas de espetáculo, possibilitaram a obtenção por parte GREP, do licenciamento do Teatro da Trindade. Agências e Lojas INATEL - No que respeita às agências, continuou-se, em termos nacionais, com a requalificação e modernização dos espaços de atendimento ao público e ainda a renovação da imagem, nomeadamente na agência de Évora, com abertura de um novo espaço totalmente remodelado e com acesso direto da rua, bem como, adaptando a loja do 1º de Maio, que passou a ter um acesso independente do Parque de Jogos, e Viseu com a abertura de um novo espaço, na zona Centro/Baixa da cidade. Quanto à agência do Porto, promoveu-se a aquisição de serviços de elaboração dos projetos de arquitetura e de especialidades, tendo em vista o licenciamento do edifício.


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SERVIÇOS JURÍDICOS Os objetivos deste gabinete são, considerando a sua natureza, dar resposta, pronta e eficaz, às incumbências de índole jurídica que lhe são cometidas, designadamente prestar apoio jurídico ao Conselho de Administração e demais órgãos de gestão da Fundação INATEL, emitir pareceres e informações, instruir processos de inquérito e disciplinares, colaborar na instrução de procedimentos de contratação pública, e intervir e acompanhar processos judiciais. Os serviços jurídicos caracterizam-se por desenvolverem a sua atividade com sujeição a uma grande exigência de regularidade, rigor e concentração, até pelos estritos prazos de execução das respetivas diligências. A par da atividade que vai sendo executada sob a cadência de uma certa rotina de procedimentos legal ou regulamentarmente instituídos, surgem permanentemente assuntos e questões novas, requerendo um acentuado esforço analítico e interpretativo ou a investigação em áreas substantivas ou processuais muito diversas e implicando uma atividade que nem sempre é visível e mensurável, sobretudo na área parecerística – a investigação e o estudo de matérias jurídicas. Na Área de Apoio Jurídico: A atividade parecerística caracteriza-se, na Fundação INATEL, pela grande diversidade de objeto e de área de direito, com evidência para a laboral, civilística, administrativa, patrimonial e financeira. É de notar que, no período em análise, a vertente parecerística colaborou e acompanhou de muito perto a área de Recursos Humanos, designadamente na elaboração de pareceres sobre a situação profissional de trabalhadores. Sublinhe-se, ainda, a integração de uma jurista deste gabinete, desde 2010, no grupo de trabalho - Comissão QREN. Na Área de Contencioso: No ano de 2013 o gabinete Jurídico continuou a assumir diretamente o patrocínio judiciário em novas ações cíveis de recuperação de créditos, com intervenção em vários processos judiciais, designadamente em tentativas de conciliação e audiências de julgamento, em representação da Fundação INATEL. Ainda em termos de intervenção direta, o gabinete Jurídico assumiu a defesa dos interesses da Fundação INATEL em diversos processos de contraordenação, designadamente em resultado da atividade inspetiva desencadeada pela ASAE nas várias unidades hoteleiras. Verificou-se, neste campo, um acentuado acréscimo de processos. O patrocínio judiciário de algumas ações laborais instauradas contra a Fundação INATEL tem vindo a ser entregue a advogados externos especialmente contratados para o efeito. Em termos de tipologia de ações, no ano de 2013 distinguem-se os processos de contraordenação (43%), as ações cíveis (28,5%) as ações laborais (19%) e as ações administrativas (9,5%). No plano concreto da recuperação de créditos, o montante recuperado em 2013 (85%), quer em fase contenciosa, quer ainda no âmbito de pré-contencioso, ficou bastante acima do valor por recuperar (14%). Na Área Administrativa: Nesta área foram executadas com eficácia e eficiência as funções gerais de natureza executiva enquadradas em instruções gerais e os procedimentos definidos relativos a processamento de texto, expediente, arquivo e secretariado, a articulação e o acompanhamento dos processos judiciais em curso diretamente com os respetivos mandatários e solicitadores de execução, a elaboração de mapas de movimento de processos judiciais no gabinete, a execução de expediente diverso junto dos tribunais e o apoio na instrução de processos de averiguações e disciplinares.

AUDITORIA E INSPEÇÃO Em 2013 o gabinete de Auditoria, tendo presente que a sua principal missão consiste em prestar apoio técnico ao Conselho de Administração na prossecução dos objetivos estatutários a que a Fundação INATEL se encontra vinculada, direcionou a sua atuação com vista a incrementar os mecanismos de ganhos de eficiência e eficácia organizacional, pautando-se pelos princípios de independência e objetividade a que está sujeito. Assim, dando continuidade ao esforço que tem vindo a ser feito de reforço da ação deste gabinete, procurou-se durante o ano de 2013 ampliar a sua atuação nos vários domínios de intervenção da Fundação. Ao longo de todo o ano, o gabinete desenvolveu um extenso número de ações, tendo abarcado o seu trabalho de auditoria preventiva, todas as unidades hoteleiras, à exceção das duas unidades sediadas nas Regiões Autónomas, as quais foram alvo de ações em 2012. Apesar de consciente que a sua missão requer um acompanhamento contínuo o gabinete de Auditoria considera que a maioria das unidades hoteleiras revelou, comparativamente a anos anteriores, progressos face a não conformidades e fragilidades apontadas. Em 2013, não obstante o reduzido número de elementos na equipa, este gabinete alargou também o número de ações desenvolvidas nas agências e lojas que se encontram espalhadas por todo o país. De sublinhar que, por força das especificidades desses serviços que concentram na sua atuação as diversas áreas


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funcionais da Fundação INATEL, neste domínio a intervenção do gabinete deparou-se com um conjunto de exigências e desafios. Na área do campismo, foram realizadas ações nos parques de campismo do Cabedelo, Bragança e Costa da Caparica. De salientar que em alguns dos serviços foram realizadas mais do que uma visita e ação, em virtude de se ter revelado necessário prestar acompanhamento à implementação das medidas corretivas que no âmbito de anteriores trabalhos foram sugeridas. As ações realizadas, com especial enfoque sobre os fatores de risco, visaram essencialmente verificar a conformidade na implementação dos procedimentos em vigor na Fundação INATEL, averiguar a implementação ao nível dos procedimentos e sistemas de controlo existentes e, bem assim, o desenvolvimento de boas práticas. Importa realçar que para além das ações realizadas constantes do plano de atividades definido para 2013, foram ainda realizadas ações, informações e emitidos pareceres no âmbito de ocorrências extraordinárias reportadas ao Gabinete e que reclamaram a sua intervenção. No âmbito da sua atuação, o gabinete de Auditoria realizou ações em coordenação com a auditoria externa, designadamente as ações de acompanhamento do encerramento de contas do ano.

COMUNICAÇÃO E MARKETING Esta direção assegurou a elaboração dos suportes criativos e artes finais para cartazes, flyers, telões, convites, anúncios, banners, newsletters, roll ups, brochuras, questionários, vouchers e outros, para as áreas de negócio/intervenção e agências da Fundação INATEL. De janeiro a dezembro foram efetuadas 673 artes finais. Incluindo a conceção de toda a publicidade publicada no nosso jornal; 4 logotipos (Cidade das Tradições, Catering em Movimento By INATEL, INATEL Viagens e Kantina); 6 brochuras para o desporto (36 páginas); código desportivo (52 páginas); 2 brochuras para as Viagens (54 páginas); e-book “Viagem em torno do Turismo Social sustentável e solidário” (146 páginas); 4 brochuras para programas seniores (48 páginas); 3 brochuras para promoção de viagens em Angola (20 páginas); 9 brochuras para promoção do programa À Descoberta (36 páginas); 2 brochuras para eventos culturais (68 páginas); telas e materiais de divulgação para os espetáculos no Trindade; todos os suportes gráficos de comunicação para a promoção, decoração e sinalética da Cidade das Tradições; decoração da carrinha para venda e promoção dos nossos serviços de Catering; 3 spots (Cidade das Tradições, Volta a Portugal e Há cinema na Mouraria); compilação de vídeos para o Concurso de Vídeo; design e apresentação 3D das fardas para as lojas INATEL Viagens; painéis decorativos para a receção, restaurante e esplanada da UH de Oeiras; plano de atividades e orçamento.

Newsletters - Esta direção remete informação frequente para os associados por e-mail, tendo sido elaboradas e enviadas de janeiro a setembro 145 newsletters, com uma frequência média de 2/3 vezes por semana.

Protocolos - Relativamente à área dos protocolos, foi realizado o trabalho de atualização da base de dados, assim como a inclusão das farmácias na mesma, dos protocolos realizados pela equipa de Promoção e Serviços e por outras direções, permitindo uma leitura total dos protocolos existentes. Procedeu-se igualmente a uma uniformização dos procedimentos relativos à elaboração de protocolos pelas agências INATEL, assim como a elaboração de um questionário a ser entregue aos clientes INATEL nas agências, tendo por objetivo a auscultação do nosso cliente sobre as áreas em que gostariam de ver estabelecidas parcerias. Presentemente existem 450 protocolos em vigor.

Evolução com contrato a termo resolutivo 125 100 75 50 25 0

55

104

37

122

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2013

Publicidade - Esta direção assumiu ao longo deste ano, os contactos para venda de publicidade para o jornal TL.

Eventos - A marca continuou a estar presente em eventos de grande dimensão, dos quais se destaca: BTL; Feira do Livro, onde se venderam cerca de 400 livros e angariaram 54 associados, correspondendo a uma receita total de 2.408€; 7º Congresso Nacional do Idoso, onde se contactou com cerca de 1.000 profissionais da área da geriatria e foram angariados cerca de 21 novos associados; Máscara Ibérica onde se angariaram 33 novos associados, não tendo a nossa participação


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quaisquer custos; Volta a Portugal onde se efetuou uma ação de ativação de marca em 12 cidades e inscreveram 22 novos associados. Deste evento resultou também 454.598€ de retorno mediático em comunicação editorial e publicitária. Nos dias 5 e 6 de outubro, realizou-se a “Cidade das Tradições”, um evento produzido no âmbito da missão cultural da Fundação INATEL enquanto consultora da Unesco para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial. Nestes 2 dias, mais de 12.000 pessoas usufruíram de espetáculos, workshops e gastronomia regional, num ambiente de festa informal. Realça-se a comercialização de espaços para venda de gastronomia, os quais foram integrados de forma harmoniosa no evento, contribuindo também para o sucesso do mesmo. Este evento contou com o grupo RTP como media partner e alavancou uma campanha mediática, conforme explicitado no próximo ponto.

Campanhas - Apesar da Gestão de Associados ter sido transferida em maio para o Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração, o GCM continuou a desenvolver ações para captar novos associados e rejuvenescer a massa associativa, nomeadamente através da oferta de 1 voucher refeição aos novos associados angariados em feiras e eventos. Esta campanha, em articulação com a isenção da joia de inscrição, aprovada pelo Conselho de Administração, permitiu o crescimento do nº de novos associados em relação ao ano transato, bem como um ligeiro decréscimo no nº de associados desvinculado. De referir que os novos associados angariados desde 2010, têm em média 49 anos, porquanto a média de idades do total dos associados se situa nos 58. Há que ressalvar a importância deste dado que demonstra que a nossa comunicação está a atingir públicos cada vez mais jovens.

20 000

15 000

10 000

5 000

0 2010

2011

2012

inscritos

2013 desvinculados

Assessoria de Comunicação - A Fundação INATEL marcou presença em vários programas de grande audiência, nomeadamente: - Programa “Portugal no coração” – RTP1, no dia 20 de maio, exclusivamente dedicado às atividades desenvolvidas pela Fundação INATEL, tendo sido efetuada uma campanha que resultou na inscrição de 120 novos associados, tendo um valor automático de publicidade de 1.196.437€; - Programa “Aqui Portugal” – RTP1, no âmbito da INATEL São Pedro do Sul, tendo um valor automático de publicidade de 64.205€; - Programa “Aqui Portugal” – RTP1, no âmbito do INATEL Piódão Hotel, tendo um valor automático de publicidade de 64.205€; - Programa “Portugal em Direto” – RTP1, no âmbito da INATEL Linhares da Beira, tendo um valor automático de publicidade de 188.045€; - Programa “Praça da Alegria” – RTP1, no âmbito dos “Casais de ouro – Noivas de Santo António”, tendo um valor automático de publicidade de 55.536€; - Programa “Você na TV” - TVI, no âmbito da reabertura do Trindade, tendo um valor automático de publicidade de 1.317.323€. De realçar a campanha mediática que a Cidade das Tradições alavancou, tendo-se traduzido na transmissão de 2 programas (RTP 1 e Antena 1) em direto a partir do Parque de Jogos 1º de Maio, inserção de spots na RTP e Antena 1 e diversas entrevistas e reportagens nestes dois suportes de comunicação. O valor que a Fundação INATEL pagaria (preços de tabela) por uma campanha publicitária que ocupasse o mesmo tempo em antena que este evento ocupou através da parceria mediática seria 3.617.431,79€. A nível da imprensa, foi efetuado um artigo sobre o INATEL Piódão Hotel na Revista Nova Gente, tendo um valor automático de publicidade de 6.034€; De salientar que estas participações foram efetuadas sem custos para a INATEL. Foi mantida uma relação permanente com todas as áreas da Fundação INATEL cuja informação considerada relevante foi enviada aos média. Em relação ao Teatro da Trindade foi efetuado o acompanhamento aos jornalistas do qual resultou a publicação de notícias. O Valor de Publicidade Automática nos média de janeiro a dezembro foi de 17.938.364,88€ distribuído pelas diversas áreas, conforme se pode verificar pela observação do gráfico infra: Agências

Cultura

4.899€

12.965.940€ 1.324.624€

Desporto

Fundação

Hotelaria

2.759.209€ 514.348€

Turismo

Social

Parcerias

Franchising Tur Junior

Termalismo

26.262€

167.647€

94.877€

74.505,56€

52€

6.002€


Relatório e Contas 2013

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Site - Foi criada uma nova área na homepage do site para publicação de notícias, por forma a dar mais visibilidade aos eventos promovidos pelas diversas áreas. Continua a verificar-se um decréscimo em relação ao nº de visitas (66.000) e visitantes (47.000) em relação ao período homólogo em 2012. Esta situação deve-se essencialmente a 2 fatores: - Não se realizaram visitas às páginas do Teatro da Trindade, pelo facto de ter estado fechado até 13 de junho; - De abril a dezembro de 2012 foram investidos mensalmente em Google addwords (900€/mês) e anúncios de Facebook (500€/mês). Este ano a estratégia tem passado essencialmente pela visibilidade nos OCS, sendo que o investimento no online foi retomado apenas em agosto e não está a ser suficiente para travar esta tendência. A nova dinâmica de gestão interna do Facebook surtiu efeitos muito positivos, tendo sido alcançados mais de 23.000 fãs, significando mais 9.000 novos seguidores em relação ao início do ano. A dinamização da INATELTV é também gerida por esta direção implicando também um trabalho permanente de inserção de conteúdos.

inatel.pt — janeiro a dezembro 2012/2013 1 500 000

1 000 000

500 000

0 2012

2013

visitantes

visitas

Jornal Tempo Livre - O Núcleo Editorial centrou a sua atividade na produção de onze edições mensais, entre janeiro e dezembro de 2013, tendo apresentado um novo formato e suporte, em abril, com a publicação do nº 1 – 2ª Série, do Jornal “Tempo Livre”. De modo a equilibrar o orçamento do NE, a tiragem média de 140.000 jornais, remetidos aos associados via CTT, foi reduzida para cerca de 75.000 exemplares a partir do mês de junho. Esta diminuição pressupõe o envio do TL apenas para os associados com a quotização atualizada e que não dispõem de e-mail, sendo o jornal endereçado por via digital para os restantes associados. O Jornal “Tempo Livre”, especialmente dirigido aos associados, individuais e coletivos, da Fundação INATEL, apostou na divulgação das principais iniciativas nas áreas de intervenção da INATEL – Cultura, Desporto, Turismo – e outros temas da vida da Fundação. Incluiu, ainda, três suplementos de viagens e hotelaria, destinados à divulgação da atividade das áreas de Turismo e Hotelaria, nomeadamente, “Viagens primavera/verão”, em abril, “Viagens outono/inverno”, em setembro, e “Hotelaria/ Tabela de preços 2014 para associados”, em dezembro. O ‘esforço’ editorial está centrado na equipa interna de profissionais da Fundação INATEL, sendo de assinalar o contributo empenhado para o bom resultado desta ferramenta de comunicação fundamental para o sucesso das ações da Fundação INATEL.


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PROVEDOR E ASSOCIADO O gabinete do Provedor do Associado, durante 2013, atendeu 1.028 solicitações apresentadas por e-mail, telefonemas, cartas, faxes, site e entrevistas pessoais. Internamente classificamos em três graus, as reclamações: 1º Graves – Exigem apoio do Contencioso c/ou intervenção da Direção; 2º Médias – Denotam probabilidade litigiosa e exigem inquéritos prévios e consultas aos serviços; 3º Simples – Informações diversas de apoio (consultas telefónicas para indicações dos telefones de serviços, prazos de concursos, desabafos, pequenas reclamações e sugestões, etc). Todavia podemos considerar que a conflitualidade grave (grau 1) é diminuta. Os serviços do gabinete continuam a ser assegurados pelo Provedor com o apoio de uma funcionária que se desdobram em esforços para cumprir as tarefas que lhes são atribuídas, não poucas vezes excedendo-as, no esclarecimento, na angariação de novos associados e na intervenção que evita que algumas reclamações sigam a via judicial. Em 2013 participámos, novamente, em algumas reuniões de trabalho, procurando inserirmo-nos nas alterações orgânicas prescritas pelo D. Lei nº 106/2008 de 25 de junho que determinou a saída do INATEL da Administração Central do Estado, transformando-o numa Fundação de Direito Privado e Utilidade Pública, a partir de 01/07/2008. Como temos vindo a afirmar, esta transformação trouxe, como é óbvio, novas metodologias e uma informatização adequada, bem como maiores exigências de formação profissional. Além da formação, exige-se uma informação transparente e rápida de todas as ordens de serviço para que sejam alcançados os objetivos pretendidos. Estivemos, também, presentes em vários eventos organizados pela Fundação INATEL ou com o seu apoio, e mais uma vez, verificar o enorme prestígio da Fundação INATEL, consequência da sua ligação íntima com todo o território nacional. A “Coluna do Provedor” continua a ser um espaço no jornal “Tempo Livre” onde se fazem eco de alguns dos pensamentos e de sugestões de associados. A forma como, na generalidade, tem sido apreciado este espaço de intervenção, é um incentivo que registamos por sentir a Fundação INATEL a ser um elo fraterno de ligação entre os associados. Na generalidade pensamos, sem falsas modéstias, termos contribuído para um clima de paz social na Fundação INATEL, favorecendo um relacionamento leal e solidário entre os diversos departamentos, chefias e funcionários, bem como com o Conselho de Administração. Quanto ao relacionamento com os associados, não podendo agradar a gregos e a troianos, procurámos encontrar um ponto de equilíbrio e de justiça que com bom senso ajuda a resolver muitos problemas. Como foi lema, desde o início deste Gabinete, “nem sempre o associado tem razão e nem sempre os serviços corresponderam ao que deles se esperava”. Observados os comportamentos (Reclamação/Resolução) verifica-se maior rapidez dos serviços. Todavia, este ano, em consequência de sucessivas alterações e atrasos informativos sobre estas, provocaram um acréscimo de observações de associados, sobretudo em setores mais sensíveis. A emissão dos cartões de associados, as tabelas de preços nas unidades hoteleiras, o novo formato do Jornal Tempo Livre, alguma publicidade pouco cuidadosa permitindo interpretações confusas são alguns exemplos. Não deixa também de ser relevante a ausência de explicações oportunas quando as modificações se destinam a escalões etários mais velhos. Repetem-se as preocupações dos associados, quer as relativas a alterações regulamentares nos diversos programas Sociais, bem como as respeitantes ao Regime Estatutário da Fundação INATEL, preocupações que oportunamente têm sido transmitidas à Direção. Também outras sugestões relevantes, como as de condições apropriadas para deficientes motores nos nossos Serviços das unidades hoteleiras têm sido transmitidas, aguardando-se decisões apropriadas. Compreendendo as limitações orçamentais atuais, é urgente que haja obras de intervenção de forma a quebrar barreiras, sendo uma preocupação solidária da nossa Fundação INATEL e um esforço que tem havido. Igualmente são várias as sugestões para que se crie um espaço residencial em Lisboa, bem como nas sedes de distrito, por construção, aquisição ou protocolo, lacuna que continua a ser sentida nos associados. Pelo que diz respeito a Lisboa lembram a necessidade de reconstrução do degradado edifício da Av. Infante Santo ou de encontrar uma solução para ele. Os associados continuam a exigir maior investimento em alguns alojamentos das unidades hoteleiras, esforço que equilibradamente tem sido feito. Finalmente, no sentido de incrementar o desenvolvimento regional do Interior, sugerem-se acordos ou protocolos com as autarquias, que se mostrem interessadas em estabelecer condições para o exercício de atividades turísticas e desportivas suscetíveis de constituírem veículos de atração e pólos de desenvolvimento, servindo também o imperativo nacional de contribuir para contrariar a tendência de desertificação do interior. Neste âmbito a Fundação INATEL, dentro do equilíbrio financeiro necessário deveria criar novas unidades hoteleiras ou Parques de Campismo, aumentando a sua oferta de acolhimento.


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AGRADECIMENTOS É devida uma palavra de caloroso reconhecimento a todos os colaboradores da Fundação INATEL, pelo seu empenho e contributo para o sucesso das atividades desenvolvidas e contempladas no presente relatório. Aos membros dos Conselhos Geral é igualmente devido forte agradecimento pela disponibilidade permanente no acompanhamento das atividades da Fundação Também o Conselho Fiscal acompanhou com regularidade o exercício de 2013, o que se regista com apreço. O Senhor Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, que tutela a nossa atividade, e todo o seu Gabinete, manteve acompanhamento permanente e solidário da INATEL no ano de 2013, o que igualmente se regista, bem como o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, o Instituto da Segurança Social e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, parceiros dedicados da nossa instituição. É devido reconhecimento aos Governos das Regiões Autónomas e aos executivos dos Municípios com quem mantemos excelente cooperação e parcerias. São devidas palavras de apreço ao Senhor Provedor dos Associados da Fundação e aos beneficiários pela confiança depositada. Por fim, uma palavra de reconhecimento a todas as entidades, a nível nacional e internacional, com quem a Fundação INATEL estabeleceu parcerias e que continuam a depositar confiança nos serviços desta instituição.


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PERSPETIVAS PARA 2014 As perspetivas para 2014 constam do documento “Plano de Atividades e Orçamento para 2014” homologado pela Tutela, o qual reflete a orientação estratégica adotada para o triénio de 2014-16, tendo presente o impacto das restrições orçamentais na atividade da Fundação INATEL que a atual conjuntura económica impõe, na perspetiva de caminhar para a autossustentabilidade sem afetar a prossecução da nossa missão. Na prossecução da missão social da Fundação, as perspetivas para 2014 atenderam à persistência do contexto económico desfavorável que se antecipa refletir-se numa procura menos vigorosa dos segmentos de turismo interno em que a INATEL tradicionalmente atua. No que respeita à hotelaria a nossa prioridade incidirá na procura de novos segmentos de mercado, interno e externo, com o objetivo de aumentar a taxa de ocupação das unidades hoteleiras. Serão reorganizados os serviços desconcentrados da Fundação com o desenvolvimento de lojas de turismo, já iniciado em 2013, tendo em vista a maior proximidade a novos segmentos de mercado das nossas propostas de “Turismo para Todos”. Prosseguiremos a melhoria contínua dos serviços prestados, e de acordo com a estratégia adotada ao nível do investimento, será iniciada em 2014 a requalificação da unidade hoteleira e termal de Manteigas. Na área da cultura, a atuação da Fundação continuará a ser desenvolvida em estreita parceria com os centros de cultura e desporto (CCD). Prosseguirá o reforço da programação do Teatro da Trindade como espaço privilegiado de acolhimento de produções externas. Na vertente do desporto, a par da consolidação dos projetos já em curso e do estreitamente das parcerias com os CCD de vocação desportiva, prosseguirá a promoção de projetos de desporto natureza e aventura e de inclusão social que concretizarão o nosso objetivo estratégico do “Desporto para Todos”. Mantendo a aposta na diversificação da oferta de serviços, como forma de responder positivamente aos desafios impostos pelo atual contexto económico e à necessidade de incrementar a ação da Fundação, arrancam dois novos projetos: o “Catering INATEL” e a “Academia INATEL”. O projeto “Catering INATEL” visa promover os serviços de restauração da instituição e alargar a sua ação a novos segmentos de mercado. A “Academia INATEL” é um projeto educativo que visa a implementação de cursos certificados nas principais áreas de atuação da Fundação. Será dada continuidade aos projetos emblemáticos de inovação social, iniciados em 2013, do “Franchising Social” e do “Plano de Saúde INATEL”. Na mesma linha de atuação continuam a ser desenvolvidos projetos inclusivos de “Turismo Sénior” e “Solidário”, procurando novos parceiros na área empresarial e da economia social para a sua implementação. Ainda para 2014 está prevista a realização do I Congresso de CCD INATEL, com o objetivo de reforçar a base associativa da instituição. A comunicação aos associados e à sociedade em geral será reforçada em 2014, melhorando o jornal Tempo Livre e incrementando a comunicação e presença institucional nos órgãos de comunicação social. A concretização das perspetivas para 2014 assentará também numa forte aposta no mercado internacional pelo estabelecimento de novas parcerias estratégicas, nomeadamente de âmbito internacional, de que é exemplo o protocolo celebrado recentemente com o Governo da República de Angola.

Lisboa, 30 de abril de 2014 Conselho de Administração


FUNDAÇÃO INATEL | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS FUNDAÇÃO INATEL | RELATÓRIO E CONTAS 2013


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DEMONSTRAÇÃO 1 - Execução Orçamental 1.1 Exploração Conforme se pode verificar no quadro que se segue, o grau de execução face ao orçamentado, para 2013, foi de 91,9% em gastos e 91,3% em rendimentos, correspondendo a 44.821.430 euros e 44.648.739 euros, respetivamente. 1

1

Os valores da execução incluem 1.646.320 euros de “gastos” e “rendimentos” internos. Este montante não interfere com os resultados, tendo unicamente em vista a análise setorial dos resultados de cada uma das actividades desenvolvidas pela Fundação. Em termos orçamentais haviam sido previstos 3.197.184 euros de “gastos” e “rendimentos” internos.


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1.2 Investimento O valor do investimento realizado em 2013 foi de 6,107 milhões de euros, tendo em 2012 atingido os 8,004 milhões de euros. Para o montante estimado de 6,281 milhões de euros a taxa de execução orçamental situou-se em 97,2%.

O investimento em “edifícios e outras construções”, num total de 4,817 milhões de euros, com uma execução orçamental de 110,3%, representa 78,9% do total do investimento. A Hotelaria absorveu grande parte deste investimento em edifícios e outras construções, destaque para a unidade hoteleira de Albufeira, num total de 3,567 milhões de euros, devido à intervenção de que foi alvo o edifício da praia. Foram efetuadas ainda pequenas intervenções, nomeadamente nas unidades de Cerveira, Luso, Manteigas, Oeiras, Porto Santo e São Pedro do Sul e também nos parques de campismo da Caparica e Cabedelo. A salientar ainda as obras de remodelação efetuadas no Teatro da Trindade, no valor de cerca de 605 mil euros, cuja reabertura ocorreu em meados de 2013. Foram, ainda, executadas intervenções nas Agências, sendo de destacar a intervenção ocorrida na de Évora, bem como as intervenções na Sede e no Parque de Jogos 1.º de Maio. As restantes rubricas que compõem o grupo dos ativos fixos tangíveis perfazem o montante de 1,198 milhões de euros, representando 19,6% do total do investimento. Em termos globais o grupo dos ativos fixos tangíveis representou 98,5% do investimento total. A repartição do investimento total em ativos fixos tangíveis é a apresentada no quadro seguinte:


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2 - Demonstração de Resultados A conta de resultados de 2013 é, sinteticamente, representada conforme quadro a seguir:


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2.1 Rendimentos Operacionais Os Rendimentos Operacionais ascenderam a 43.002.419 euros apresentando um decréscimo de 14,5% face a 2012, em que o seu valor foi de 50.306.064 euros. As Vendas e Prestação de Serviços, que representaram em termos relativos 50,2% dos Rendimentos Operacionais, ascenderam a 21.585.055 euros, apresentando um decréscimo de 8% (-1.938.733 euros) face a 2012. A referir que as quebras verificadas ocorreram essencialmente nas viagens de Intervenção Social, decorrente da não continuidade dos programas governamentais. Os Subsídios à Exploração, ascenderam a 9.159.676 euros, dos quais 8.915.602 euros foram atribuídos pelo IGFSS e SCML e 233.788 euros atribuídos pelo Governo Regional dos Açores. Este grupo representa 21,3% dos rendimentos operacionais e apresenta um decréscimo de 32% (-4.313.323 euros) face ao valor realizado em 2012, no montante de 13.472.999 euros. Este decréscimo deve-se essencialmente à não atribuição de verbas aos programas governamentais, os quais em 2012 foram comparticipados em 3.565.881 euros. Ainda a referir que da parte do IGFSS assistiu-se a uma diminuição da dotação da verba atribuída, no montante de 598 mil euros (-11,7%) e em relação à SCML a verba atribuída sofreu um decréscimo de 333.160 euros (-7,0%) face ao ano anterior. Os Outros Rendimentos e Ganhos ascendem a 5.811.668 euros, representando 13,5% dos rendimentos operacionais. Destes, 2.969.526 euros referem-se a quotizações e inscrições de associados, sendo que, comparativamente a 2012, cujo valor foi de 3.112.271 euros, registou-se uma quebra de 4,6%. 2.2 Gastos Operacionais Os Gastos Operacionais totalizam 43.175.111 euros, apresentando um decréscimo de 12,5% face ao ano transacto em que os mesmos atingiram os 49.345.528 euros. Em termos relativos representam 100,4% dos rendimentos operacionais, em 2012 representaram 98,1% desses mesmos rendimentos. Em termos das várias rubricas verifica-se o seguinte: O Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas é de 5.192.437 euros. Verificou-se, um acréscimo de 5,5% face ao valor desta rubrica em 2012, de 4.920.669 euros. Tal resulta do incremento das aquisições de combustíveis, com impacto ao nível das vendas. O seu percentual em relação aos rendimentos operacionais situou-se nos 12,0%, sendo que em 2012 situou-se nos 10,0%. A rubrica Fornecimentos e Serviços Externos registou um valor de 12.824.920 euros, representando 29,8% dos rendimentos operacionais, face a 38,0% em 2012, no valor de 19.117.159 euros. Em termos de valor este agrupamento apresenta um decréscimo de 6,292 milhões de euros em relação a 2012, devendo-se essencialmente à não execução dos programas governamentais, uma vez que os mesmos não foram aprovados pelas respetivas entidades públicas. Assim as principais rubricas que apresentam variações mais significativas situam-se ao nível dos subcontratos de alojamento, restauração e transportes (-3,114 milhões de euros). Verificaram reduções também ao nível da subcontratação de viagens (-396 mil euros), publicidade (-319 mil euros), comunicações (-309 mil euros), conservação e reparação (-294 mil euros), honorários (-283 mil euros) e em edições próprias (-248 mil euros). Os Gastos com o Pessoal totalizam 16.735.185 euros representando 38,9% dos Rendimentos Operacionais, sendo que em 2012, o seu peso relativo ascendeu a 34,2%, apresentando 17.218.318 euros. Assistiu-se em 2013 a um decréscimo de 2,8% face a 2012 nesta rubrica, correspondendo a menos 483 mil euros. A referenciar o impacto das reduções salariais decorrente da aplicação da Lei do OE 2013. Os Outros Gastos e Perdas totalizaram 1.154.997 euros, representando 2,7% dos rendimentos operacionais. Neste agrupamento encontram-se registadas, entre outras, as comparticipações a CCDs, as quais representam cerca de 21,1% deste montante. O valor das Gastos de Depreciação e Amortização do exercício ascenderam a 6.687.957 euros, representando 15,6% dos rendimentos operacionais, face a 12,1% desses rendimentos em 2012. 2.3 Resultados Operacionais Os Resultados Operacionais, cujas rubricas mais representativas foram atrás analisadas, apresentam-se negativos em 172.691 euros. O seu valor em 2012 foi positivo em 960.535 euros.


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2.4 Resultados Líquidos Os Resultados Líquidos apresentaram um valor negativo de 173.244 euros, sendo que em 2012 registaram-se 883.652 euros positivos. No quadro seguinte apresentam-se os resultados dos diversos sectores e a sua comparabilidade com o período homólogo.


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3 - Balanço A evolução do balanço em 31 de dezembro de 2013, face a 31 de dezembro de 2012, traduz-se no quadro abaixo indicado:


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3.1 Ativo não corrente O ativo não corrente apresenta um valor líquido de 143.831.423 euros representando, em termos relativos, 88,9% do total do ativo, percentagem de idêntica grandeza a 2012. Integra os ativos fixos tangíveis, nos quais se encontram os terrenos e recursos naturais, edifícios e outras construções, os equipamentos básico, administrativo, transporte e outros ativos fixos tangíveis. Estes ativos representam 89,4% do total do ativo não corrente. Encontram-se também registadas as propriedades de investimento, que compreendem os ativos não afetos à exploração, apresentando o montante de 11.487.022 euros. Engloba igualmente, os ativos intangíveis que dizem respeito aos gastos de projetos de desenvolvimento capitalizáveis e o software, registando o montante de 262.412 euros. Inclui ainda, outros ativos financeiros, no montante de 3.500.000 euros, afetos aos benefícios pós emprego. 3.2 Ativo corrente O ativo corrente totaliza 17.930.393 euros, representando 11,1% do total dos ativos. Estão englobados neste grupo os inventários, clientes, adiantamentos a fornecedores, estado e outros entes públicos, outros contas a receber, diferimentos, outros ativos financeiros, caixa e depósitos bancários. 3.3 Capital próprio O grupo do capital próprio apresenta o montante de 134.727.805 euros registando uma redução de 1.303.767 euros face a 2012. Este decréscimo deve-se sobretudo ao resultado líquido do período, bem como, à variação entre os subsídios reconhecidos ao investimento e a respetiva utilização no ano pela compensação de depreciações. 3.4 Passivo não corrente O passivo não corrente engloba as provisões e as responsabilidades por benefícios pós-emprego e os financiamentos obtidos, apresentando o montante global de 18.868.377 euros. Nas provisões verifica-se um acréscimo de 167.433 euros, para fazer face a processos em contencioso. Quanto aos benefícios pós-emprego encontra-se relevado o valor apurado de acordo com o estudo atuarial, atualizado à data de 31.12.2013. Ainda neste grupo, de referir o registo de 2.754.057 euros resultantes de financiamentos obtidos no âmbito das execuções de projectos QREN. 3.5 Passivo corrente O passivo corrente inclui as dívidas de curto prazo e os diferimentos apresentando o valor de 8.165.634 euros, registando uma redução de 940.523 euros face a 2012. Esta variação ocorre por via da redução da rubrica de outras contas a pagar (-1.406.705 euros) essencialmente dívidas de fornecedores de investimento.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS APURADOS NO EXERCÍCIO O Resultado Líquido apurado, no exercício de 2013, ascende a 173.243,88 euros negativos. O Conselho de Administração propõe que o resultado apurado seja transferido para Resultados Transitados.

O Conselho de Administração. Lisboa, 30 de abril de 2014


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O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração


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O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração


O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração Relatório e Contas 2013

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MAPA DE FLUXOS DE CAIXA

O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração


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ANEXO (montantes expressos em euros)

1. Identificação da entidade Fundação INATEL Morada: Calçada de Sant`Ana, n.º 180, em Lisboa Número de Identificação Fiscal: 500 122 237 A Fundação INATEL é uma fundação de direito privado e de utilidade pública, constituída pelo DL n.º 106/2008 de 25 de junho, sucedendo ao INATEL, IP. A Fundação INATEL desenvolve a sua atividade em todo o território nacional, competindo-lhe a gestão de um importante património edificado, constituído essencialmente por equipamentos hoteleiros, culturais e desportivos, dedicados à prestação de um vasto leque de serviços nas áreas da hotelaria e do turismo social, do termalismo social e sénior, do apoio e promoção da cultura tradicional (ranchos folclóricos, bandas filarmónicas, orfeões e grupos corais e de teatro amador), do apoio ao desenvolvimento do desporto amador e seus movimentos associativos, de realização do direito ao descanso e lazer dos trabalhadores e de promoção de programas e iniciativas de inclusão e solidariedade social envolvendo sobretudo jovens e idosos. A Fundação INATEL abrange um número de associados que ronda os 200 mil associados individuais e os 3.000 associados coletivos. Possui um vasto património com uma rede de 23 agências em todo o Continente e Regiões Autónomas, uma rede com 18 unidades hoteleiras, 4 parques de campismo e 1 casa de turismo rural. Integra também o Teatro da Trindade e dois parques desportivos. As notas do anexo passam a seguir uma sequência lógica e estruturada com referenciação cruzada às demais demonstrações financeiras.

2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 2.1 Referencial contabilístico utilizado A Fundação Inatel, assumindo o pressuposto da continuidade, consistência da apresentação e comparabilidade na preparação das demonstrações financeiras, optou pela não adoção do normativo específico aplicável às Entidades do Sector não Lucrativo (NCRF – ESNL, regulado pelo Decreto-Lei n.º 36-A/2011, de 9 de março, Aviso n.º 6726-B/2011, de 14 de março), e manutenção do normativo contabilísticos que tem vindo a ser aplicado na preparação das demonstrações financeiras desde 2010. Por outro lado, entende a Fundação INATEL que o regime contabilístico que adotou desde 2010, responde adequadamente a todas as exigências de substância constantes no novo normativo, designadamente as que se referem à exigência de transparência e à adequação às especificidades das suas diversas atividades. As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com todas as normas que integram o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), as quais contemplam as Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras, os Modelos de Demonstrações Financeiras, o Código de Contas e as Normas Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF), regulado pelos seguintes diplomas legais: • Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho (Sistema de Normalização Contabilística); • Portaria n.º 986/2009, de 7 de setembro (Modelos de Demonstrações Financeiras); • Aviso n.º 15652/2009, de 7 de setembro (Estrutura Conceptual); • Aviso n.º 15655/2009, de 7 de setembro (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro); • Portaria n.º 1011/2009, de 9 de setembro (Código de Contas). Na preparação das demonstrações financeiras tomou-se como base os seguintes pressupostos: - Pressuposto da continuidade As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e a partir dos livros e registos contabilísticos da entidade, os quais são mantidos de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. - Regime da periodização económica (acréscimo) A Entidade reconhece os rendimentos e ganhos à medida que são gerados, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. As quantias de rendimentos atribuíveis ao período e ainda não recebidos ou liquidados são reconhecidas em “Devedores por acréscimos de rendimento”; por sua vez, as quantias de gastos atribuíveis ao período e ainda não pagos ou liquidados são reconhecidas “Credores por acréscimos de gastos”. - Materialidade e agregação As linhas de itens que não sejam materialmente relevantes são agregadas a outros itens das demonstrações fi-


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nanceiras. A Entidade não definiu qualquer critério de materialidade para efeito de apresentação das demonstrações financeiras. - Compensação Os ativos e os passivos, os rendimentos e os gastos foram relatados separadamente nos respetivos itens de balanço e da demonstração dos resultados, pelo que nenhum ativo foi compensado por qualquer passivo nem nenhum gasto por qualquer rendimento, ambos vice-versa. - Comparabilidade As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados a 31 de dezembro de 2013 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012. 2.2 Disposições do SNC que, em casos excecionais, tenham sido derrogadas e dos respetivos efeitos nas demonstrações financeiras No presente exercício não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC.

3. Principais políticas contabilísticas 3.1 Bases de apresentação As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos registos contabilísticos da Fundação, mantidos de acordo com as NCRF em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras. Os rendimentos e gastos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual estes são reconhecidos à medida que ocorrem, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os rendimentos e gastos gerados e os correspondentes recebimentos e pagamentos são registados nas rubricas de Diferimentos e de Devedores/Credores por Acréscimos de Rendimentos/Gastos. As principais bases de reconhecimento e mensuração utilizadas foram as seguintes: - Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam nessa data são refletidos nas demonstrações financeiras. Caso existam eventos materialmente relevantes após a data do balanço, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras. - Moeda de apresentação As demonstrações financeiras estão apresentadas em euro, constituindo esta a funcional e de apresentação. Neste sentido, os saldos em aberto e as transações em moeda estrangeira foram transpostas para a moeda funcional utilizando as taxas de câmbio em vigor à data de fecho para os saldos em aberto e à data da transação para as operações realizadas. 3.2 Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas, com exceção dos Ativos Fixos Tangíveis relativos a Terrenos e Edifícios, adquiridos até 1 de janeiro de 2009 que foram registados pelo seu justo valor, de acordo com reavaliação efetuada por peritos avaliadores imobiliários, inscritos na CMVM, reportada à data de 01/01/2010, utilizando a possibilidade permitida pela NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, no período de transição, de utilizar o justo valor no modelo de custo. Os Terrenos e Edifícios adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas de imparidades. O património imobiliário foi objeto de uma avaliação, executada por peritos avaliadores imobiliários, que se basearam em documentação fornecida pela Fundação (documentos, levantamentos topográficos e plantas), em visitas aos imóveis, assim como reuniões com técnicos camarários. Tratando-se de imóveis antigos, não se conhecendo os projetos e obras que foram realizadas ao longo da sua vida, a avaliação do período de vida útil foi estimada com base no período de vida útil médio para cada tipologia do imóvel e considerando a sua depreciação física, funcional e económica atual. Os Ativos Fixos Tangíveis móveis registados na contabilidade até 31 de maio de 2007 encontram-se registados pelo valor de avaliação e período de vida útil estimado, resultante da inventariação total dos mesmos realizada naquela data pela empresa Deloitte para o INATEL I.P.. Os bens móveis adquiridos após aquela data encontram-se registados pelo custo de aquisição. A metodologia utilizada na avaliação foi escolhida em função das características e do objeto da avaliação do imóvel. Os métodos utilizados para valorização dos imóveis foram os seguintes: - Método da comparação; - Método do rendimento (Discounted Cash-Flows); - Método do rendimento - Método do Valor Residual; - Método do rendimento (Capitalização Direta); - Método do custo.


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As depreciações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada classe de ativos. Não foram apuradas depreciações por componentes. As despesas com reparação e manutenção destes ativos são consideradas como gasto no período em que ocorrem. As beneficiações relativamente às quais se estima que gerem benefícios económicos adicionais futuros são capitalizadas no item de ativos fixos tangíveis. Os ativos fixos tangíveis em curso representam bens ainda em fase de construção/instalação, são integrados no item de “ativos fixos tangíveis” e mensurados ao custo de aquisição. Estes bens não forem depreciados enquanto tal, por não se encontrarem em estado de uso. As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de ativos fixos tangíveis são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico que estiver reconhecido na data de alienação do ativo, sendo registadas na demonstração dos resultados no itens“Outros rendimentos e ganhos”ou“Outros gastos e perdas”, consoante se trate de mais ou menos valias, respetivamente. As taxas de depreciação utilizadas, correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

3.3 Locações A classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos. Assim, os contratos de locação são classificados como locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados reconhecendo os ativos fixos tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados do período a que respeitam. 3.4 Ativos fixos intangíveis À semelhança dos ativos fixos tangíveis, os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Observa-se o disposto na respetiva NCRF, na medida em que só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros, sejam controláveis e se possa medir razoavelmente o seu valor. Os gastos com investigação são reconhecidos na demonstração dos resultados quando incorridos. Os gastos de desenvolvimento são capitalizados, quando se demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização ou uso e para as quais seja provável que o ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros. Quando não se cumprirem estes requisitos, são registados como gastos do período em que são incorridos. As amortizações de ativos intangíveis com vidas úteis definidas são calculadas, após o início de utilização, pelo método da linha reta, em conformidade com o respetivo período de vida útil estimado, ou de acordo com os períodos de vigência dos contratos que os estabelecem. Nos casos de ativos intangíveis, sem vida útil definida, não são calculadas amortizações, sendo o seu valor objeto de testes de imparidade numa base anual. 3.5 Propriedades de investimento As propriedades de investimento compreendem essencialmente edifícios e outras construções detidos para auferir rendimento e/ou valorização do capital. Trata-se de ativos que não são utilizados na produção ou fornecimento de bens e serviços que fazem parte do objeto social da Fundação, nem para fins administrativos ou para venda no decurso da sua atividade corrente. O modelo de reconhecimento das propriedades de investimento é equivalente ao referido para os ativos fixos tangíveis. Os gastos incorridos com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades (imposto municipal sobre imóveis), são reconhecidos na demonstração dos resultados do período a que se referem, nos respetivos itens de gastos. As beneficiações relativamente às quais se estima que gerem benefícios económicos adicionais futuros são capitalizadas no item de propriedades de investimento.


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3.6 Imparidades de ativos fixos tangíveis e intangíveis O goodwill, os ativos intangíveis em curso e os ativos que não têm vida útil definida não estão sujeitos a depreciação, mas são objeto de testes de imparidade anuais. Os demais ativos são revistos quanto a imparidade sempre que os eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor pelo qual se encontram escriturados possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia escriturada do ativo face ao seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta entre o justo valor de um ativo menos os gastos para venda e o seu valor de uso. Para realização de testes de imparidade, os ativos são agrupados ao mais baixo nível no qual se possam identificar separadamente fluxos de caixa (unidades geradoras de fluxos de caixa). 3.7 Ativos e passivos financeiros Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Fundação se torna parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros. 3.8 Inventários As mercadorias, matérias-primas subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, o qual é inferior ao valor de realização, pelo que não se encontra registada qualquer perda por imparidade por depreciação de inventários. 3.9 Instrumentos financeiros 3.9.1 Classificação de capital próprio ou passivo Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem. 3.9.2 Empréstimos Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação incorridos. Os empréstimos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado; qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transação) e o valor amortizado é reconhecida na demonstração dos resultados, ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efetiva. 3.9.3 Fornecedores - Fornecedores e outras contas a pagar As contas a pagar a fornecedores e outros credores, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor. 3.9.4 Caixa e equivalentes de caixa - Caixa e depósitos bancários Este item rubrica inclui caixa, depósitos à ordem em bancos e outros depósitos bancários. Os montantes incluídos nesta rubrica correspondem a valores vencíveis a menos de três meses, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro, isto é, que possam ser imediatamente mobilizáveis e com um risco de alteração de valor não significativo. Os descobertos bancários são incluídos na rubrica “Financiamentos obtidos”, expresso no “passivo corrente”. Os saldos em moeda estrangeira foram convertidos com base na taxa de câmbio à data de fecho. 3.10 Benefícios aos empregados A Fundação INATEL possui um plano de benefícios definidos que define o montante de benefício de pensão que um empregado (incluído no plano) irá receber na reforma. O passivo reconhecido no balanço relativamente ao plano de benefícios definidos é o valor presente da obrigação do benefício definido à data do balanço, juntamente com ajustamentos relativos a ganhos e perdas atuariais não reconhecidos e custo de serviços passados. A obrigação do plano de benefícios definidos é calculada anualmente por atuários independentes, utilizando o método do crédito da unidade projetada. Gastos e perdas atuariais resultantes de ajustamentos em função da experiência e alterações nas premissas atuariais são reconhecidos na demonstração dos resultados. Os ganhos e perdas atuariais são imediatamente reconhecidos na Demonstração dos Resultados do exercício. 3.11 Provisões e passivos contingentes - Provisões As provisões são reconhecidas ou divulgadas quando, e somente quando, a Fundação tenha uma obrigação presente resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.


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As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. A Fundação analisa com regularidade os eventos passados em situação de risco e que venham a gerar obrigações futuras. Embora com subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos necessários para cumprimento destas obrigações futuras, a administração procura sustentar as suas expectativas de perdas num ambiente de prudência. O valor das provisões para responsabilidades por benefícios pós-emprego, inscrito nas demonstrações financeiras de 2013 resultou de estudo atuarial reportado a 31 dezembro de 2013. 3.12 Rédito e regime de acréscimo - Rédito e regime do acréscimo O rédito compreende o justo valor da contraprestação recebida ou a receber pela prestação de serviços decorrentes da atividade normal da Fundação. O rédito é reconhecido líquido do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), abatimentos e descontos. Observou-se o disposto na NCRF 20, dado que o rédito só foi reconhecido por ter sido razoavelmente mensurável, é provável que se obtenham benefícios económicos futuros e todas as contingências relativas a uma venda tenham sido substancialmente resolvidas. Os rendimentos dos serviços prestados são reconhecidos na data da prestação dos serviços ou se periódicos, no fim do período a que dizem respeito. Os juros recebidos são reconhecidos atendendo ao regime da periodização económica, tendo em consideração o montante em dívida e a taxa efetiva durante o período até à maturidade. Os dividendos são reconhecidos na rubrica “Outros ganhos e perdas líquidos” quando existe o direito de os receber. 3.13 Fornecimentos e outras contas a pagar As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal, dado que não vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial. 3.14 Subsídios obtidos - Subsídios Os subsídios do governo são reconhecidos ao seu justo valor, quando existe uma garantia suficiente de que o subsídio venha a ser recebido e de que a Entidade cumpre com todos os requisitos para o receber. Nos termos previstos na NCRF 22, todos os subsídios, concedidos pelo Estado a fundo perdido para o financiamento de ativos fixos tangíveis e intangíveis, estão incluídos no item de “Outras variações nos capitais próprios”, são transferidos numa base sistemática para resultados à medida que decorre o respetivo período de depreciação ou amortização. Os subsídios à exploração destinam-se à cobertura de gastos, incorridos e registados no período, pelo que são reconhecidos em resultados à medida que os gastos são incorridos, independentemente do momento de recebimento do subsídio. Os subsídios são reconhecidos quando existe uma segurança razoável de que serão efetivamente recebidos e que a Fundação cumprirá as obrigações/condições inerentes ao seu recebimento. 3.15 Trabalhos para a própria entidade - Trabalhos para a Própria Entidade Nesta rubrica são reconhecidos os gastos dos recursos diretamente atribuíveis aos ativos fixos tangíveis, durante a sua fase de construção, quando se concluí que os mesmos serão recuperados através da realização daqueles ativos. São mensurados ao custo, com base em informação interna especialmente preparada para o efeito (custos internos). Os trabalhos para a própria entidade refletem a capitalização dos encargos de estrutura que são basicamente os gastos com o pessoal. 3.16 Encargos financeiros com empréstimos obtidos São reconhecidos como gastos do período e incluídos na demonstração dos resultados, os encargos financeiros com empréstimos obtidos que não sejam capitalizáveis em ativos, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efetiva dos mesmos. Os encargos financeiros com a aquisição, construção ou produção de um ativo, para o qual seja provável que resultem benefícios económicos futuros para a entidade são capitalizados e integrados no valor do bem.


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3.17 Impostos - Imposto sobre o rendimento O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base no resultado tributável (o qual difere do resultado contabilístico) da Fundação, de acordo com as regras fiscais, aprovadas à data do balanço no local da sede da Fundação. A Fundação procedeu ao apuramento e pagamento das tributações autónomas de acordo com o estipulado no art.º 88º do Código do IRC. 3.18 Especialização dos períodos As transações são contabilisticamente reconhecidas quando são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos são registados nas rubricas «Outras contas a receber e a pagar» e «Diferimentos.» 3.19 Julgamentos e estimativas - Contingências Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são divulgados. - Estimativas e Julgamentos As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. 3.20 Acontecimentos subsequentes Os acontecimentos após a data do balanço que indicarem informação adicional que dão origem a ajustamentos são refletidos nas demonstrações financeiras. Os acontecimentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materialmente relevantes.

4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 4.1 Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários:

Todas as contas de depósitos bancários foram reconciliadas, com referência a 31 de dezembro de 2013.


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5. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS 5.1 Divulgações sobre ativos fixos tangíveis, conforme quadros seguintes:


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O reconhecimento inicial apurado pelo justo valor, de acordo com as avaliações foi efetuado em 01.01.2010, na transição para o SNC suportado por uma declaração de peritos avaliadores, que valida o seu registo a esta data. O património imobiliário foi objeto de uma avaliação, executada por peritos avaliadores imobiliários, que se basearam em documentação fornecida pela Fundação (documentos, levantamentos topográficos e plantas), em visitas aos imóveis, assim como reuniões com técnicos camarários. Tratando-se de imóveis antigos, não se conhecendo os projetos e obras que foram realizadas ao longo da sua vida, a avaliação do período de vida útil foi estimada com base no período de vida útil médio para cada tipologia do imóvel e considerando a sua depreciação física, funcional e económica atual. A metodologia utilizada na avaliação foi escolhida em função das características e do objeto da avaliação do imóvel. Os métodos utilizados para valorização dos imóveis foram os seguintes: - Método da comparação; - Método do rendimento (Discounted Cash-Flows); - Método do rendimento - Método do Valor Residual; - Método do rendimento (Capitalização Direta); - Método do custo. 5.2. Outras divulgações


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Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, os movimentos mais relevantes ocorridos na rubrica de Ativos Fixos Tangíveis, dizem respeito a:


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As principais variaçþes em unidades hoteleiras e turismo rural foram, conforme segue:


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6. Ativos intangíveis 6.1. Divulgação para cada classe de ativos intangíveis, conforme quadro seguinte: Exercício de 2013

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6.2. Descrição, quantia escriturada e período de amortização restante de qualquer ativo intangível individual materialmente relevante para as demonstrações financeiras Encontra-se registado o montante de 1.372.011,09 € na rubrica “Programas de Computador” referente aos sistemas de informação de apoio às áreas de Turismo, Financeira e Administrativa. 6.3. Outras divulgações


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7. Propriedades de investimento 7.1 Divulgações sobre propriedades de investimento ao justo valor, conforme quadro seguinte:

7.2 Informação adicional sobre propriedades de investimento, conforme quadro seguinte:


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8. Investimentos financeiros 8.1 Perdas por imparidade em ativos financeiros, conforme discriminação no quadro seguinte: Exercício de 2013

Exercício de 2012

9. Inventários 9.1 Políticas contabilísticas adotadas na mensuração dos inventários e fórmula de custeio usada As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de aquisição. O custo de aquisição inclui despesas ocorridas até ao armazenamento, utilizando-se o Custo Médio Ponderado como fórmula de custeio e o Sistema de Inventário Permanente. 9.2 Apuramento do custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas e outras informações sobre estas naturezas de inventários, conforme quadro seguinte:


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10. Provisões, passivos contingentes e compromissos 10.1 Saldos à data do balanço e movimentos do período de cada classe de provisão, conforme quadro seguinte: Exercício de 2013

Exercício de 2012

10.2 Divulgação para cada classe de passivo contingente à data do balanço A provisão para pensões de reforma referente aos compromissos com os complementos de reforma dos trabalhadores, foi ajustada por redução em 1.145.599 €, em consequência dos pagamentos de benefícios efetuados no ano de 2013, dos custos dos serviços correntes e juros do ano e dos ganhos atuariais, resultantes da atualização do estudo atuarial referenciado à data de 31 de dezembro de 2013. Ganhos atuariais de 2013 Para a redução das responsabilidades verificada em 2013 e consequentes ganhos atuariais, contribuíram os seguintes fatores: - Mudança da fórmula de cálculo do fator de sustentabilidade da Segurança Social e da consequente idade normal de acesso à pensão de velhice (INR); - Decréscimo da massa salarial em 1,8%, o que fez descer a massa salarial pensionável e consequentemente os complementos de reforma associados; - Crescimento médio salarial de cada participante de apenas 0,2% contra uma hipótese de crescimento salarial estimada de 2,75%, o que também origina uma descida dos complementos de reforma associados.


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Provisões Em 31 de dezembro de 2013, são conhecidos vários processos litigiosos resultantes de obras, pessoal, cessões de exploração, fornecedores e prestadores de serviços, que poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a Fundação tendo a mesma constituído provisões para cobrir estas responsabilidades com base na sua melhor estimativa do valor dos encargos futuros a suportar. Face à atualização do valor dos processos judiciais em curso, foi efetuado um reforço de provisão em 555.220,63 € e reversões do valor da provisão para processos judiciais em curso que ascendem a 387.787,82 €, por resolução de alguns processos laborais e de fornecedores. O montante de 2.164.030 € reflectido na rubrica de “Provisões – Processos judiciais em curso”, a 31 de Dezembro de 2013, deve-se essencialmente aos processos judiciais em curso, a seguir discriminado:

10.3 Compromissos assumidos Em 31 de dezembro de 2013, a Fundação tinha prestado garantias a terceiros no montante de 810.838 €.


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11. Capital próprio, reservas, outras variações no capital próprio e resultados transitados 11.1 Decomposição e movimento dos itens de capital próprio Exercício de 2013

Exercício de 2012


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11.2 Outras variações no Capital Próprio - Subsídios Obtidos Em 31 de dezembro de 2013, a informação relativa a subsídios ao investimento, era como segue:

12. Impostos sobre o rendimento 12.1 Divulgação das seguintes principais componentes de gasto de imposto sobre o rendimento: Esta rubrica inclui, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os seguintes saldos:

13. Benefícios aos empregados 13.1 Outros benefícios a longo prazo de empregados O plano de benefícios pós-emprego em vigor na Fundação INATEL é avaliado anualmente por uma entidade independente. De acordo com a avaliação atuarial reportada a 31 de dezembro de 2013, as responsabilidades ascendem a 13.950.291 €, encontram-se integralmente provisionadas e registadas no passivo não corrente, na rubrica de “Benefícios Pós-Emprego”. Movimento ocorrido no exercício:

Afeta a esta provisão existe constituída uma aplicação financeira junto do Montepio Geral, no montante de 3.500.000 €, reconhecida na rubrica de Balanço “Activo Não Corrente - Outros Ativos Financeiros”.


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13.2 Pressupostos atuariais utilizados para o cálculo das responsabilidades por benefícios pós-emprego, em 31 de dezembro de 2013

Foram aplicadas as Tabelas de Retenção na Fonte de 2014, de I a VIII, de acordo com a região (Continente, Madeira ou Açores), estado civil, n.º de titulares, n.º de dependentes e a existência, ou não, de deficientes. Não existiram alterações aos pressupostos atuariais que haviam sido utilizados no exercício de 2012, exceto a idade normal de acesso à pensão de velhice que foi alterada pelo Decreto-Lei nº 167-E/2013. A significativa diminuição do valor das responsabilidades assumidas face ao exercício de 2012 resultam em larga medida do seguinte (ver também ponto 10): - Mudança da fórmula de cálculo do fator de sustentabilidade da Segurança Social e da consequente idade normal de acesso à pensão de velhice (INR); - Decréscimo da massa salarial em 1,8%, o que fez descer a massa salarial pensionável e consequentemente os complementos de reforma associados; - Crescimento médio salarial de cada participante de apenas 0,2% contra uma hipótese de crescimento salarial de 2,75%, o que também origina uma descida dos complementos de reforma associados.

13.3 Outros Ativos Financeiros Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica decompõe-se da seguinte forma:

O saldo reconhecido nesta rubrica refere-se a uma aplicação financeira constituída junto do Montepio Geral, no montante de 3.500.000 €, para cobertura parcial de responsabilidades por “Benefícios pós-emprego” reconhecidas no Passivo da Fundação.


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14. Diferimentos 14.1 Decomposição da rubrica do Balanço “Diferimentos”

Nota: Em 2013 passaram a ser incluídos neste agrupamento os recebimentos para serviços a prestar na hotelaria, no turismo e INATEL social, que anteriormente eram considerados em “Adiantamentos de clientes”. O seu valor em 31 de dezembro de 2013 é de 569.785,76 €.

15. Clientes 15.1 Decomposição da rubrica do Balanço “Clientes” e “Outras contas a receber”

15.2 Discriminação das dívidas de cobrança duvidosa


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16. Adiantamentos de clientes 16.1 Decomposição da rubrica do Balanço “Adiantamentos de clientes” Notas: Em 2013 os adiantamentos passaram a ser contabilizados na rubrica de “Rendimentos a reconhecer”. O seu valor em 31 de dezembro de 2013 é de 569.785,76 €. Ver mapa “14.1 – Decomposição da rubrica do Balanço “Diferimentos””.

17. Estado e outros entes públicos 17.1 Decomposição das rubricas de Balanço “Estado e Outros Entes Públicos”

18. Fornecedores 18.1 Decomposição das rubricas de Balanço “Fornecedores” e “Outras Contas a Pagar”

18.2 Prazos médios de pagamento (dias)


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18.3 Maturidade dos valores em dívida a fornecedores

19. Rédito 19.1 Políticas contabilísticas adotadas para o reconhecimento do rédito incluindo os métodos adotados para determinar a fase de acabamento de transações que envolvem a prestação de serviços O rédito é valorizado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: - Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador; - A Entidade não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; - O montante do rédito pode ser valorizado com fiabilidade; - É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Entidade; - Os custos suportados ou a suportar com a transação podem ser valorizados com fiabilidade. O rédito proveniente das prestações de serviços é reconhecido, líquido de impostos, pelo justo valor do montante a receber. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transação à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: - O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; - É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Entidade; - Os custos suportados ou a suportar com a transação podem ser valorizados com fiabilidade; - A fase de acabamento da transação à data de relato pode ser valorizada com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Entidade e o seu montante possa ser valorizado com fiabilidade.


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19.2 Quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período, conforme quadro seguinte:

Nota: Em “Outros Réditos” incluem-se rendimentos suplementares com refeições de pessoal e ação social, assim como proveitos derivados de Processos Judiciais.


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20. Fornecimentos e serviços externos 20.1 Decomposição da rubrica da Demonstração dos Resultados “Fornecimentos e Serviços Externos”


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21. Gastos com pessoal 21.1 Pessoal ao serviço da empresa e horas trabalhadas

21.2 BenefĂ­cios dos empregados e encargos da entidade


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22. Subsídios 22.1 Política adotada para os subsídios do governo Os subsídios governamentais, incluindo os não monetários pelo justo valor, são reconhecidos quando existe segurança de que sejam recebidos e cumpridas as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios à exploração são reconhecidos na Demonstração dos resultados na parte proporcional dos gastos suportados. Os subsídios ao investimento não reembolsáveis para financiamento de ativos tangíveis e intangíveis são registados no capital próprio e reconhecidos na demonstração dos resultados, proporcionalmente às depreciações/amortizações respetivas dos ativos subsidiados. 22.2 Natureza e extensão dos subsídios do governo reconhecidos e recebidos nas demonstrações financeiras e indicação de outras formas de apoio do governo de que diretamente se beneficiou. Subsídios reconhecidos nas demonstrações financeiras do triénio 2011-2013

Os valores incluídos no quadro anterior referem-se apenas aos montantes contabilizados nos exercícios de 2011 a 2013 e não aos efectivos montantes recebidos pela Fundação INATEL, de cada uma destas entidades a título de subsídios à exploração ou ao investimento.


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Subsídios recebidos no triénio 2011-2013

Os valores incluídos no quadro anterior referem-se aos montantes, efectivamente, recebidos nos exercícios de 2011, 2012 e 2013.

22.3 Financiamentos obtidos A rubrica do passivo “Financiamentos obtidos” inclui os subsídios reembolsáveis pela Fundação no âmbito de Projetos QREN/Fundos comunitários destinados à requalificação das unidades hoteleiras de Cerveira e Porto Santo e do balneário termal de Manteigas. Em 31 de dezembro de 2013, tinham o seguinte detalhe:


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Os financiamentos são reembolsáveis nos seguintes anos:

23. Outros rendimentos e ganhos 23.1 Decomposição da rubrica da Demonstração de Resultados “Outros rendimentos e ganhos”

24. Locações operacionais Em 31 de dezembro de 2013 e em 31 de dezembro de 2012, a Fundação tinha celebrado, como locatária, contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação se vencem como segue:


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25. Outros gastos e perdas 25.1 Decomposição da rubrica da Demonstração dos Resultados “Outros Gastos e Perdas”

Subsídios e comparticipações atribuídos, pela Fundação INATEL, no triénio 2011-2013

26. Eventos subsequentes 26.1 Autorização para emissão: As demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão a 30 de abril de 2014. 26.2 Acontecimentos após a data do balanço que não deram lugar a ajustamentos Após a data de Balanço não houve conhecimento de eventos ocorridos que afetem o valor dos ativos e passivos das demonstrações financeiras do período.


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27. Outras informações 27.1 Outras Informações De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Assim, as declarações fiscais da Fundação de 2010 a 2013 podem ainda vir a ser sujeitas a revisão. No entanto, no decurso do exercício de 2013, a Fundação foi objeto de inspeção tributária, em sede de IRC, aos exercícios de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012. Esta acção inspectiva foi concluída no decurso do ano de 2013, pelo que as declarações fiscais efectuadas em sede de IRC e relativas aos exercícios acima mencionados não são passíveis de revisão futura. Na sequência desta inspeção, a Fundação foi notificada das correções efetuadas pelos serviços de Inspeção Tributária aos lucros tributáveis para os exercícios em causa, tendo daí resultado uma correcção ao exercício de 2011, a favor da Administração Tributária, que ascendeu a 213.108,60 €. A Fundação procedeu à liquidação do valor corrigido em 7 de fevereiro de 2014. Relativamente aos exercícios de 2009, 2010 e 2012, das correcções efectuadas pela inspeção resultou a devolução de 73.833,34 €, a favor da Fundação. Estes valores foram recebidos em 18 e 19 de dezembro de 2013. De referir ainda que a Fundação reclamou graciosamente das referidas correções. O Conselho de Administração entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013.


O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração

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