Revista RP Alternativo - 30 anos

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Alternativo.

Editorial

RP Alternativo celebra três décadas

De repente 30? Na verdade, foi uma longa jornada. A RP Alternativo nasceu em 1993, idealizada e produzida pelos alunos de Relações Públicas da Universidade Federal do Maranhão. Teve como propósito aplicar na prática as habilidades aprendidas na graduação e fornecer informações sobre o mundo da comunicação para diversos públicos. Agora, em 2023, a RP Alternativo celebra sua idade de sucesso, repleta de realizações ao longo dessa jornada. A revista, que já foi boletim informativo, jornal impresso, veículo eletrônico e até mesmo enviada por correio, se renova mais uma vez. Com muita novidade, porém preservando sua essência, a revista mantém-se fiel ao seu objetivo principal: auxiliar futuros profissionais de Relações Públicas a se destacarem no mercado. Nesta edição especial, convidamos você a conhecer os 30 anos de história da RP Alternativo, a trajetória da egressa do curso de RP e agora Gerente de Entretenimento dos Estúdios Globo, Larissa Régia, a podcaster Maria Silva e a empreendedora Laura Mello. Saiba também como as Inteligências Artificiais podem te ajudar como comunicador, e como a estratégia de employer branding pode mudar a forma que uma instituição se relaciona com o público. Iremos adentrar o mundo profissional dos RP’s com dicas, agenda de eventos, pesquisa na área e mais. Agradecemos a companhia de quem acompanha e apoia esse projeto, e damos boas vindas para quem chega!

“Começar. Não esperar ficar perfeito...”

Conheça Maria Silva, a alagoana que criou o primeiro podcast de RP do Brasil.

Texto: Júlia Machado e Liédson Moreira

Design: Lohana Santos e Pablo Silva

O crescimento do número de espectadores de podcasts no Brasil tem sido exponencial e este é um fato que não gera tanto espanto, visto que, em 2022, os números apontaram consumo de podcasts em 40% dos internautas do nosso país, conforme pesquisa do site Statista.

Você deve ter em mente um case de sucesso que fez uso dessa ferramenta. Não foi diferente com Maria Silva, 32 anos, formada em Relações Públicas pela UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em 2014, vinda de escola pública e a primeira pessoa de sua família.

Ela decidiu “resolver os problemas que tinha na faculdade”, lembra Maria Silva, descomplicando as Relações Públicas através do RPCast, nome do podcast que inaugurou em 2019 para facilitar a trajetória dos novos estudantes da comunicação. Assim como um dia fizeram os seus professores, colegas de trabalho e também amigos. Seu objetivo foi ser “aquela mão amiga que muitas vezes sentimos falta” de forma acessível por meio da ferramenta, ressalta a criadora do RPCast.

Como surgiu a ideia de falar sobre Relações Públicas utilizando a plataforma de podcast?

Desde a faculdade, eu já produzia conteúdo sobre Relações Públicas em um blog, mas isso me demandava muito tempo com a escrita. Às vezes, achava que não estava me aprofundando para explicar um assunto às pessoas, pois eu prefiro falar, ao invés de escrever. Então, surgiu uma pesquisa sobre podcast e a democratização de seu uso, assim, as pessoas poderiam ouvir em casa, no carro, ônibus, academia, fazendo outras atividades e ao mesmo tempo ouvindo o podcast. Nisso, comecei a estudar e entender como gravar, editar e distribuir o conteúdo. O que também contribuiu para isso foi a minha vontade de minimizar as dificuldades de entendimento sobre o que é relações públicas, tanto para aqueles que acabaram de entrar na faculdade, quanto para os que desejam cursar e estão à procura de informações sobre o curso.

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Há quanto tempo o RPCast existe?

Em 2023, o RPCast completa cinco anos de existência.

No começo da sua graduação, você já se imaginaria seguindo a carreira de podcaster?

Não me imaginava, mas, quando eu estava produzindo conteúdo, já me perguntava como esse conteúdo chegava até as pessoas, se elas realmente estavam tendo acesso, qual seria a forma mais fácil de impactar e entregar esse conteúdo a cada uma dessas pessoas. Dessa forma, surgiu o RPCast.

O meu primeiro kit de microfone eu comprei em uma promoção, fui pesquisando no YouTube como montar um podcast, qual o programa que se usava para gravação e edição. Com relação à pauta, o objetivo inicial era de descomplicar as Relações Públicas, apresentar a profissão e as áreas de atuação. O primeiro episódio foi de apresentação e, a partir do segundo, se deu uma sequência de entrevistas com mulheres profissionais de relações-públicas.

Através do RPCast, qual foi o retorno obtido?

Um dos retornos que destaco foi a oportunidade de conhecer pessoas novas, ouvir as suas histórias e saber que talvez não iria conhecêlas se não tivesse me aventurado em criar o RPCast. Quem ia me conhecendo ali, também passou a solicitar consultorias minhas na área e, assim, nasceu a consultoria Comunicação360° para empresas e pessoas físicas. Um exemplo disso foi o podcast Negócios e Psicanálise, montado através da minha consultoria para a Psicóloga Denise Carpegiani. Além disso, passei a realizar Mentoria de Carreira às pessoas e, muitas delas, me conheceram através do podcast. Através da ferramenta, dei Palestras no Brasil inteiro, tive vivências que provavelmente eu não teria se não tivesse começado o RPCast.

Como as organizações podem incluir o podcast nas suas estratégias de comunicação?

De antemão, é necessário que se entenda o momento atual da empresa, o público-alvo, o levantamento de materiais e recursos disponíveis para produção e manutenção desse podcast. Pois, um podcast pode ser interno ou externo, dependendo do objetivo da organização. Se a empresa quiser manter um contato de proximidade com seu público interno, o podcast pode ser uma ferramenta para deixar explicações de fácil acesso e reprodução para quem desejar, entre outras funções. Então, antes da produção, é preciso estar acordado o resultado que se espera alcançar, os objetivos e quem você quer impactar com o seu conteúdo.

Além do podcast, qual ferramenta você indicaria para quem deseja inovar na comunicação?

Na verdade, a ferramenta mais “inovadora” é o básico, buscar entendimento do seu negócio, revisar sua análise SWOT, qual a situação atual da organização, etc. Assim, conseguimos traçar estratégias que estejam alinhadas com os principais objetivos institucionais. Vale ressaltar, inovação na comunicação é você saber se conectar, é criar relacionamento com o seu público. Isso não significa migrar para o digital, implementar novas tecnologias. De acordo com a sua realidade, pode fazer mais sentido permanecer com uma ferramenta “tradicional”, que funciona e gera resultados, do que buscar ferramentas recém-criadas.

Qual conselho você dá para aqueles que desejam iniciar um podcast?

Comece. Não espere ficar perfeito. Pesquise as ferramentas, entenda o objetivo do seu podcast e faça testes, mas não se cobre tanto, a sua voz não é a mesma quando se vai gravar e está tudo bem… Sobre ferramentas, indico o “Audacity” (programa que permite editar, gravar, importar e exportar diversos formatos diferentes de arquivos de áudio), ele é bem intuitivo e fácil de usar. Ademais, tenha responsabilidade com o conteúdo, com aquilo que vai ser exposto, entenda de assuntos diversos, que talvez até fujam de RP como contabilidade, negociação, design. Esses assuntos podem ser justamente o que vão te diferenciar no mercado.

Empreededorismo e RP com Laura Mello

Texto: Lívia Ferraz e Rayra Guimarães

Design: João Guilherme Torreão e Tainá Mesquita

Laura Mello é profissional de Relações Públicas formada pela Universidade Federal do Paraná, empreendedora e Pessoa Jurídica, atuando através da sua página do Instagram, o “@ rpnsee”. A princípio, sem entender como funcionava o mercado de Relações Públicas, ela se identificou e decidiu iniciar essa jornada.

Ainda na faculdade, surgiu a vontade de criar um perfil no Instagram voltado para explicar o que é Relações Públicas, pois percebeu a carência de materiais sobre o tema. Assim, a Laura criou uma página com conteúdos criativos e informativos sobre RP. Após algum tempo ela viu a oportunidade de empreender.

Começou como hobbie, mas logo ela passou a ser procurada por seus serviços. E apesar da Laura não saber que era possível empreender na comunicação, visto que este não é um foco na universidade, ela decidiu

agarrar a oportunidade que surgiu.

Começou a trabalhar com gestão de projetos em uma empresa e dando consultorias online para seus clientes, que iam cada vez mais indicando para outras pessoas. Atualmente, Laura Mello também trabalha com infoprodutos, onde vende seu conhecimento em forma de produto digital, por exemplo, o seu E-book “Guia SOS Meu Primeiro Estágio”. Dessa forma, as oportunidades surgiram e se encaixando até chegar a ser empreendedora de si mesma, precisando divulgar o seu trabalho mais ativamente.

Entrar no mercado, seja como Relações Públicas ou como outro comunicador, não é algo simples. De acordo com Laura, “o mercado possui muitos problemas, como a desvalorização e a exploração profissional”, o que afeta a saúde física e mental. Mas é certo que isto está mudando aos poucos, devido o assunto é mais debatido e tem buscado soluções.

O mercado está sendo cada vez mais promissor, pois foi notada a importância de ter uma comunicação mais alinhada entre as empresas e seus públicos. Isto é, com a chegada da internet, o público ganha um canal de voz, atingindo muitas pessoas até alcançar a empresa, seja com feedbacks positivos ou negativos.

“Temos que ter mais cuidado com a comunicação que a gente faz. Então é algo que está crescendo e a nossa importância sendo mais comentada”, evidenciou a profissional.

Foto: Julio Chimentao

Laura entendeu o @rpnsee como uma forma de “vender seu peixe”. Aqueles conteúdos que inicialmente eram produzidos sem a pressão de alcançar muitas pessoas, agora têm o objetivo de fazer o cliente acreditar que o seu serviço é importante. Essa é uma das dificuldades de empreender, pois apesar do Relações Públicas trabalhar com imagem, muitas vezes o profissional não está preparado para vender a sua

“É difícil falar se o empreendedorismo vai funcionar para alguém, pois é

preciso entender o que funciona para você”, afirma a empreendedora. A Laura Mello aprendeu com a prática e a vontade, ela considera que está indo bem e acrescenta: “É comum que no começo haja erros, por isso é preciso se dedicar ainda mais e entender que tudo é um processo de aprendizagem. Também é necessário entender de burocracia, de relações de trabalho, entender que projetos aceitar. Essas são coisas que muitas vezes a faculdade não ensina.

Se liga nas dicas da Rpensee:

Vai com medo mesmo! Sabe aquele frio na barriga de todo novo começo? É o impulsionador da ação. De acordo com a Laura Mello, a verdade é que nunca vamos nos sentir 100% prontos, então o importante é aproveitar cada oportunidade e utilizar as ferramentas que estão à disposição. E não tenha medo de errar, no empreendedorismo tudo é tentativa erro e acerto! Construa relacionamentos: Como relações públicas perdemos de vista a importância dos relacionamentos no processo de construção da nossa própria carreira. Mas é sempre bom lembrar, faça parcerias, imprima sua identidade nas suas entregas e esteja disponível.

Pra te inspirar:

@agencia_missue; @escolarerp; @coletivoerrepe; @publicandorelacoes; @rpreal; @sara.tavares.rp; @rpcast; @rpretas; @thaciroberta

Laura usa do humor e memes para falar de RP de forma descontraída

DESVENDANDO TERMOS TÉCNICOS

Texto: Liédson Moreira

Design: Júlio César e Lucianny Ribeiro

ONBOARDING:

Vem do inglês e significa “embarque”. Trata-se do processo de integração de novos colaboradores à equipe, cultura, rotina e os procedimentos da organização. É desenvolvido por meio de etapas, como orientação, supervisão, acompanhamento e treinamento.

LIFELONG LEARNING:

O termo significa: aprendizado ao longo da vida. É o hábito de desenvolver habilidades e conhecimentos. Diante disso, a Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI da UNESCO, indicou os quatros pilares do aprendizado ao longo da vida: Aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a ser e aprender a conviver.

ESG:

A sigla é: “Environmental, Social e Governance”, traduzidas por, ambiental, social e governança. Juntas, referem-se ao conjunto de práticas adotadas pela organização, considerando questões sociais ambientais. O objetivo é tornar-se responsável em relação à sociedade, através de ações que impactem os clientes, fortaleçam o compromisso da marca com o meio ambiente e gerem resultados positivos.

INTELIGÊNCIA SOCIAL:

INTELIGÊNCIA SOCIAL:

SUCESSO DO CLIENTE:

SUCESSO DO CLIENTE:

Essa estratégia de negócios visa garantir a eficácia de serviços e produtos, a fim de que os clientes alcancem os resultados desejados

É a capacidade que uma pessoa tem de se conectar positivamente com as outras pessoas. Através do equilíbrio das informações emocionais internas e externas. Essa competência cognitiva tem como base cinco eixos: comunicação verbal, comunicação não verbal, empatia, autoapresentação e assertividade.

Imagem: Freepik

E A ECONOMIA DO BABAÇU

Texto: Vinicius Junqueira Ayres

Design Layane Garcêz e Larissa Santos

A Renda Básica Universal (RBU) e a economia do babaçu são dois temas que convergem em um ponto essencial: a busca por um modelo econômico mais

Ao mesmo tempo, a economia do babaçu emerge como um exemplo prático de como é possível promover o desenvolvimento local, valorizar

Foto: acervo MIQCB

Foto: acervo MIQCB

Sou filha dos ventres de mulheres quilombolas, que conviveram com a agricultura, pela terra arada pelos nossos ancestrais, que a partir do cultivo do babaçu buscavam nessa produção o complemento financeiro para alimentação da família com a comercialização das amêndoas e a fabricação do azeite

Ao explorar os potenciais da RBU junto da Economia do Babaçu, o estudo será importante para formalizar os debates sobre o tema no estado do Maranhão e destacar a necessidade de sustento das quebradeiras de coco por parte do governo.

Larissa Baia

A pesquisa utiliza o conceito de Comunicação, de acordo com Muniz Sodré, que reflete a Comunicação enquanto processo de vinculação social, isto é, um processo que está relacionado à construção do ser humano como sujeito integrante de uma sociedade. Assim, quando reflete-se a RBU e a Economia do Babaçu pela essa ótica de construção de modos de vida,

ANA LETÍCIA FERRO- GRADUANDA EM COMUNICAÇÃO SOCIAL/JORNALISMO

LARISSA BAIA- MESTRANDA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO PELA UFMA

UMA LONGA TRAJETÓRIA NA DOCÊNCIA

Texto: Evelly Pereira

Design: Dienny Azevedo, Lohana Santos e Camilla Moraes

Professora da Universidade Federal do Maranhão, Zenir Pontes, nossa ilustre homenageada nesta edição comemorativa de 30 anos da Rp alternativo, é homenageada nesta edição e revela suas perspectivas nesses mais de 41 anos de docência. Nesta edição comemorativa de 30 anos da Rp alternativo, reverenciamos essa personalidade que há mais de 41 anos desempenha a profissão docente com tanta proeza e dedicação. Zenir de Jesus Lins Pontes é referência obrigatória para todos aqueles que a conhecem. Qualquer coisa que se diga a respeito dela, nesse momento, estará aquém de uma real apreciação de seu legado. Mas aceitamos o desafio!

Sua trajetória profissional é admirável. Mestra em Administração, Doutora em Ciências da Educação, Especialista em Gestão da Comunicação, em Metodologia do Ensino Superior e em Teoria e Prática em Relações Públicas, nossa mestra construiu, ao longo de sua caminhada, um currículo recheado de experiências na UFMA e em outras Instituições de Ensino do Maranhão. Neste ano de 2023, nossa mestra encerra seus trabalhos com a UFMA. A todos e a todas que a conhecem e a admiram, a Revista Rp Alternativo dedica este espaço extraordinariamente a ela.

Relembremos alguns dos momentos que ela dedicou à nossa UFMA e à comunicação do Maranhão: foi diretora da Rádio Universidade por quase uma década. Também exerceu a docência na Faculdade FAMA por mais de 10 anos até 2015, nos cursos de Administração, Secretariado e Ciências Contábeis. De 2008 a 2019, foi docente na Estácio São Luís e docente na Educação à Distância, na UEMA e na UFMA, nos cursos de Administração e Administração Pública. Questionada sobre a nova fase de vida e sobre a transição para a aposentadoria, a professora responde com muita certeza que enxerga essa fase como uma nova experiência.

Sobre os últimos meses em sala de aula, a professora foi categórica ao afirmar que não está sendo fácil vislumbrar a possibilidade de no 2° semestre 2023 encerrar todo e qualquer vínculo com a sala de aula. Zenir disse se sentir honrada: “na UFMA eu tive as minhas maiores alegrias e realizações, mas também tive algumas tristezas. No entanto, jamais poderia deixar de dizer que esta Universidade fez, faz e sempre fará parte da minha vida. A UFMA é, para mim, sinônimo de experiência de vida”, enfatizou. A revista Rp alternativo agradece a participação ilustre da nossa mestra. Esta homenagem nasce de um profundo reconhecimento, por parte daqueles que tiveram a oportunidade de conviver com a nossa professora Zenir e seu trabalho docente de imensa generosidade. Professores/as, alunos/as/ es e funcionários/as do Departamento de Comunicação Social sentem-se gratos/ as por tanto aprendizado e contribuição.

Se orgulha da sua caminhada: professora, mãe e avó apaixonada. Bem-humorada, disposta a ajudar e especialmente doce com seus alunos, nossa mestra com muita franqueza e lucidez afirma que é importante “um diálogo sincero, que estreita relações e cria vínculos que fortalecem o processo educativo”.

O desafio neste momento é conseguir viver aprendendo continuamente e crescendo de forma sempre positiva, conjectura.

Foto: Vinícius Ayres

30 ANOS DE RP ALTERNATIVO

A Revista RP Alternativo, que foi consolidada como parte da formação dos profissionais de Relações Públicas maranhenses, completa 30 anos de existência em 2023.

ARevista RP Alternativo que foi consolidada como parte da formação dos profissionais de Relações Públicas maranhenses, completa 30 anos de existência em 2023. A publicação, criada em 1993, é uma Revista Institucional produzida por discentes de Relações Públicas da Universidade Federal do Maranhão durante a disciplina de Produção de Revista Institucional, com o objetivo de oportunizar aos graduandos/as a prática de redação, ofertar informações sobre a área da Comunicação e divulgar a profissão. Alinhada à importância desse tipo de publicação para manutenção do posicionamento do curso e da Universidade perante seus públicos, durante esses 30 anos de existência, a RP Alternativo reúne conteúdos sobre inovações na área, oportunidades para profissionais e estudantes, além de ter se tornado um amplo banco de dados de memória institucional do curso de Relações Públicas da Ufma.

Em 1993, quando foi lançada, a RP Alternativo era disponibilizada em formato de Boletim Informativo, com cerca de quatro páginas, na disciplina de “Redação em Relações Públicas II”. Posteriormente, no segundo semestre de 1995, tornou-se um jornal com oito páginas, e, finalmente, em 1997 o formato de Revista Institucional foi

Texto: Maria Luísa Sousa e Joshua Ferreira

Design: Bruna Cantanhêde e Flaynan Caldas

implementado, abrangendo, inclusive, espaço para publicidade. A partir de 2007, com a mudança do currículo, a disciplina original se tornou a atual “Produção de Revista Institucional”.

Ellida Guedes, professora aposentada da Universidade Federal do Maranhão e Doutora em Ciências da Comunicação, foi uma das principais idealizadoras da revista. À frente da disciplina por treze anos, a relações-públicas coordenou a RP Alternativo desde a sua criação, participando e liderando diversas mudanças na dinâmica da publicação. “Nós criamos inicialmente um boletim, para que os alunos tivessem seus textos publicados. Então, os temas eram sempre voltados para Relações Públicas ou acontecimentos e fatos associados à comunicação como um todo, em especial na Ufma“ lembra a precursora.

EDIÇÕES ANTERIORES:

44ª edição

Escrita por 7 alunos, ao longo de 33 páginas, essa edição se debruçou no fator social da atuação de Relações Pública, abordando a comunicação comunitária em rádios, projetos e ONGs, assim como a utilização de espaços da UFMA como agregador de experiência para os alunos.

Acha que conhece tudo o que um RP pode participar? Essa edição tem a proposta de te fazer repensar isso.

Escrita por 16 alunos em incríveis 68 páginas, essa edição produzida após 1 ano da pandemia de covid-19, foram abordadas as adaptações de inúmeras empresas para o novo normal assim como seus efeitos acadêmicos

da Revista RP Alternativo (2018) .

37ª edição da Revista RP Alternativo (2011) .

48º edição da Revista RP Alternativo (2021) .

Éllida nos conta que depois de algum tempo a revista evoluiu para um jornal e quando completou 5 anos de existência se tornou uma revista. A partir daí foi só evoluindo nesse formato. Inicialmente só com a capa colorida, depois com capa e conteúdo colorido, por último tornou-se digital.

A passagem da versão impressa para a digital, apesar de ser feita também por motivos relacionados aos custos de impressão, representou o alinhamento às novas necessidades globais, voltadas para a sustentabilidade e para a presença no mundo virtual. Segundo Ellida, atualmente grande parte das publicações universitárias são feitas digitalmente, sendo assim, “mais cedo ou mais tarde a RP Alternativo se tornaria digital”, assegura.

Para o professor Esnel Fagundes, Doutor em Ciências da Comunicação e Coordenador da RP Alternativo por cerca de quinze anos, a disciplina e a revista como um todo representam o momento do aluno se mostrar para o mercado de trabalho.

“Os lançamentos aconteciam fora dos muros da Universidade, dando a chance para que não só professores, estudantes e gestores da UFMA participassem, mas também empresários e autoridades em vários níveis”, afirmou o professor.

A visibilidade da revista se aplica também para os profissionais de destaque da UFMA, com as editorias “Pratas da Casa”, que aborda entrevistas com ex-alunos do curso, e “Conhecendo o Mestre”, que apresenta os professores da graduação e pós-graduação da Comunicação na universidade.

A professora Francinete Louseiro de Almeida, Doutora em Comunicação e Coordenadora do curso de Comunicação Social da Ufma, fez parte da revista na editorial “conhecendo o mestre”. A Relações Públicas afirma que participar da RP Alternativo dessa maneira foi uma honra e um orgulho. “Na minha época, ainda era um boletim que a gente fazia. Até pouco tempo, nós éramos o único curso de Relações Públicas no Brasil a ter uma revista produzida, então ela sempre foi motivo de muito orgulho

Éllida Guedes, professora aposentada da Universidade Federal do Maranhão e Doutora em Ciências da Comunicação.

Esnel Fagundes, Doutor em Ciências da Comunicação e ex-Coordenador da RP Alternativo.

para todos nós”, contou Francinete. Para o relações-públicas André Souza, Mestrando em Comunicação pela Ufma, “participar na sessão ‘pratas da casa’ foi motivo de muito orgulho enquanto ex-aluno e uma oportunidade de compartilhar a trajetória profissional com a comunidade acadêmica”.

Após 30 anos de existência, a RP Alternativo está consolidada não apenas no cenário das Relações Públicas no Maranhão, mas também nacionalmente, com participação em congressos nacionais, como Intercom e Abrapcorp. Nesta edição, a comemoração dos 30 anos é realizada por meio de uma revista comemorativa, bem como um aperfeiçoamento da distribuição digital, visando reforçar cada vez mais a importância desse produto do curso de Relações Públicas para a sociedade como um todo. A RP Alternativo é atualmente dirigida

pela professora Sarah Fontenelle Santos, jornalista e relações-públicas, Doutora em estudos da mídia, que está à frente da produção textual assim como do design da revista, juntamente com o professor Franklin Douglas Ferreira, jornalista e Doutor em políticas públicas. O design da revista está sendo realizado em parceria com a disciplina Design da Notícia, do curso de jornalismo da UFMA.

“Assumir o desafio de co-criar uma revista institucional com 30 anos de história dá um frio na barriga, mas o caminho se revela uma boa aventura quando a caminhada é coletiva”

Para a professora Sarah, “Assumir o desafio de co-criar uma revista institucional com 30 anos de história dá um frio na barriga, mas o caminho se revela uma boa aventura quando a caminhada é coletiva. De mãos dadas, fomos sonhando e criando cada linha, cada cor, cada forma. Agradeço o compromisso e empenho da turma de Revista Institucional e a turma de Design da notícias, juntas desenhamos não só uma revista, mas um caminho transdisciplinar”.

Francinete Louseiro, Doutora em Comunicação e Coordenadora do curso de Comunicação Social

Sarah Fontenele, Doutora em Estudos da Mídia e professora do departamento de Comunicação Social.

Como tornar a inteligência artificial sua aliada?

As inteligências artificiais estão revolucionando o campo das Relações Públicas, fornecendo uma variedade de ferramentas poderosas para auxiliar no campo das Relações Públicas. Ao adotar IAs, os profissionais de RP podem aprimorar suas habilidades, obter insights valiosos e tomar decisões estratégicas mais informadas, impulsionando seu sucesso em um mundo cada vez mais conectado.

Como profissionais que realizam diariamente tarefas criativas, os profissionais de RP se beneficiam com o uso de IAs como “Jenni”, que cria diferentes tipos de textos de forma simplificada ou o “Jasper”, capaz de executar tarefas criativas mais complexas, como anúncios completos com base em descrições desejadas, e “Tome”, projetado para facilitar apresentações públicas, auxiliando tanto comunicadores experientes quanto estudantes. Essas ferramentas podem ser úteis economizando tempo na elaboração e realização das tarefas desses profissionais. Além do campo das Relações Públicas, Tiago Bonini Borchartt, professor e coordenador do Departamento de

Informática da Universidade Federal do Maranhão, também destaca os setores de atendimento, logística, manufatura e financeiro como os mais propensos a serem afetados pelas IAs. Ele ressalta que, embora alguns empregos possam desaparecer ou se adaptar devido ao uso da IA, novas oportunidades surgirão, exigindo

Além do campo das Relações Públicas, Tiago Bonini Borchartt, professor e coordenador do Departamento de Informática e do Curso de Computação e InformáticaEAD da Universidade Federal do Maranhão, também destaca os setores de atendimento, logística, manufatura e financeiro como os mais propensos a serem afetados pelas IAs. Ele ressalta que, embora alguns empregos possam desaparecer ou se adaptar devido ao uso da IA, novas oportunidades surgirão, exigindo maior capacitação dos profissionais.

Texto: Adney Danilo Cantanhede Rabelo e Ester Ramos

Design: Yasmin Castelo Branco e Zaira Trovão

Os avanços no campo das inteligências artificiais, marcado especialmente com o impacto do Chat GPT no mercado de tecnologia, levaram os profissionais de diversas áreas a buscar oportunidades de aprendizado. Com o objetivo de entender como a máquina funciona e assim acelerar a execução de tarefas práticas, como criação de planilhas financeiras, edição de imagens, atendimento, entre outras.

A luz sobre esse mundo digital secreto despertou discussões nas redes sociais, à medida que mais IAs emergiram para o conhecimento social. No entanto, assim como os seres humanos, elas também são propensas a erros, como explica Tiago Borchartt. É importante destacar que, embora a Inteligência Artificial tenha o potencial de automatizar tarefas repetitivas, é improvável que substitua completamente a mão de obra humana. As ferramentas mencionadas ao longo do texto e elas são consideradas assim porque acreditamos que o papel desempenhado pelo profissional de Relações Públicas em uma organização também envolve a capacidade de lidar com situações e problemas para os quais as IAs (talvez ainda) não estejam preparadas.

Ao adotar IAs, os profissionais de RP podem aprimorar suas habilidades, obter insights valiosos e tomar decisões estratégicas mais informadas

É importante ressaltar que esses são apenas os primeiros passos nessa nova vertente da tecnologia e de seus usos nos ambientes corporativos. Quem sabe quais serão os avanços e desafios que enfrentaremos no futuro, ao nos aprofundarmos nesse oceano de complexidades? No entanto, ao contrário do passado em que poucos reconheciam o potencial futuro da internet ou se permitiam aderir a ela, no caso das IA’s isso mudou. Elas agora são consideradas um passo em direção a um futuro próximo.

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Como os funcionários estão se tornando influencers de suas empresas

Texto: Adney Danilo Cantanhede Rabelo e Ester Ramos

Design: Yasmin Castelo Branco e Zaira Trovão

A partir de 2021, segundo a Relações Públicas e Pesquisadora Carolina Terra, uma tendência de marketing de influência, que se origina da demanda por conteúdo mais autêntico, é que o desejo de ver conteúdo produzido por funcionários ou baseado em funcionários aumentará. Principalmente através das redes sociais.

A internet trouxe novos aparatos de divulgação dessas opiniões, o Reclame Aqui, por exemplo, é uma das maiores plataformas de avaliação de serviços do mundo. Tendo cerca de 700 mil acesso em 2019, de pessoas em busca de informações sobre as mais de 200 mil empresas cadastradas no portal eletrônico, segundo a plataforma Reclame Aqui Notícias.

E inserido entre organização e público consumidor, está o funcionário da organização. Sendo consumidor e, ao mesmo tempo, envolvido nos processos de criação da marca, ele

um relatório publicado pelo Grupo de Pesquisa Influcom (Comunicação, Influência e Visibilidade em tempos de plataformas sociais digitais), intitulado “10 Tendências de Comunicação, Influência e Dados”, coordenado por Carolina Terra, já apontava o tópico, classificando este funcionário, como: “Notoriamente ativo nas redes sociais, que usa esses canais para defender a marca, falar de suas virtudes e boas práticas”. Quanto mais seguidores esses funcionários têm em seus perfis, mais legítima é a influência deles sobre os consumidores.

O desejo de ver conteúdo produzido por funcionários ou baseado em funcionários aumentará.

Principalmente

através das redes sociais.

A companhia aérea KLM já utiliza desse artifício na sua comunicação. Selecionando quatro colaboradores de diferentes áreas para criar conteúdo em suas contas e no perfil oficial da KLM, a pretensão é alcançar esse público que se agrada em ver os bastidores, os eventos internos e como é o trabalho dentro da organização, entre outras situações. De acordo com pesquisa realizada pela Nielsen, empresa global de dados e análises de audiência, 92% das pessoas tendem a confiar em recomendações de produtos e serviços feitas por amigos ou conhecidos. Quem influencia mais fortemente do que um funcionário, que vivencia a cultura a organização? A certeza é, que isso é só o começo para esses formadores de opinião do corpo organizacional.

Imagem: Freepik

#EXPLORAR

Texto: Vinícius Ayres

Design: Marvio Araújo e Melícia Costa

FILME

Cidadão Kane (1941) - Drama |

HBO Max

Uma obra-prima cinematográfica que reflete sobre a responsabilidade da mídia e o papel das Relações Públicas na formação da opinião pública. A trama se desenrola em torno da figura enigmática de Charles Foster Kane, um magnata da imprensa que construiu um império midiático. O filme revela a ascensão e a queda desse homem poderoso, bem como as táticas manipuladoras utilizadas para moldar a imagem pública de Kane.

LIVRO

Relações públicas na Contemporaneidade (2017) - Amazon

A autora apresenta conceitos chave e estratégias eficazes para desenvolver e fortalecer a imagem e a reputação de organizações e personalidades públicas. O livro abrange uma ampla gama de tópicos, desde a gestão da comunicação até a construção de relacionamentos com públicoschave, passando pela gestão de crises e pela influência das mídias sociais.

SÉRIE

Succession (2018) - Drama

HBO Max

Esta é uma série de drama que oferece um mergulho no implacável mundo dos negócios e nas dinâmicas familiares disfuncionais da família Roy, uma das mais poderosas dos Estados Unidos. Conta a história do patriarca da família, Logan Roy, fundador de um império midiático global, e seus quatro filhos que lutam para assumir o controle desse império.

A série aborda as Relações Públicas como um instrumento estratégico para construir alianças, atrair investidores e influenciar a opinião pública.

Texto: Liedson Moreira

Design: Marvio Araujo e Melicia Costa

CAMPUS PARTY

A Campus Party é considerada a maior experiência geek do mundo. O propósito é a criação de um ambiente imersivo e livre para debater sobre tecnologia, criatividade, inovação e educação.

• Quando: 25 a 30 de Julho

• Onde: Distrito do Anhembi - SP / Online

• Informações: brasil.campus-party.org/

CMO SUMMIT

O CMO (chief marketing officer) é um diretor-geral responsável na empresa pelos assuntos ligados à propaganda e ao marketing. O evento é feito para aqueles que buscam se manter atualizados no marketing e nas tendências do mercado. Com interação em tempo real, integração entre participantes, palestrantes e patrocinadores.

• Quando: 22 a 26 de Agosto

• Onde: Online

• Informações: cmosummit.com.br/

SEO SUMMIT 2023

Os maiores especialistas em SEO (sigla em inglês para Otimização para Mecanismos de Busca) estarão reunidos para apresentar todas as tendências, estratégias e referências do mercado.

• Quando: 28 e 29 de setembro

• Onde: São Paulo/ Online

• Informações: seosummit.com.br/

INTERCOM PUC MINAS 2023

O 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação reunirá alunos de graduação e pós, pesquisadores e profissionais da área com a temática “Comunicação e políticas científicas: desmonte e reconstrução”.

• Quando: 29 e 31 de agosto (online) 05 e 08 de setembro (presencial)

• Onde: Pontifícia Universidade Católica de Minas/ Belo Horizonte

• Informações: portalintercom.org.br/

HABILIDADES

ESSENCIAIS PARA O COMUNICÓLOGO

O avanço contínuo das tecnologias de informação e comunicação influenciam diretamente a forma como as pessoas consomem, relacionam e comunicam, recriando, então, novas identidades, novos hábitos e formas de interação. De acordo com o estudo realizado pelo ’The Holmes Report’, a área de atuação do RP cresceu 5% mundialmente no ano de 2018, que se justifica pelo surgimento de novas tecnologias e ferramentas comunicacionais.

Dessa forma, é certo afirmar que todos os dias surgem novas ferramentas de trabalho na área da comunicação, e, a vista disso, o comunicólogo não encontra exatidão ao imaginar futuros cenários de sua profissão, aqui a única certeza é a mudança e o surgimento de novas ferramentas.

Assim, é essencial o desenvolvimento de habilidades que facilitem e fortifiquem a readequação constante ao mercado de trabalho comunicacional. Dentre eles estão: versatilidade, aptidão com tecnologia e escuta ativa.

Versatilidade - nesse mercado as mudanças são constantes por isso, é preciso estar sempre atento a tudo que acontece e aberto a novas tendências.

Aptidão com tecnologia - o profissional da comunicação não pode se afastar da tecnologia, pois grande parte do que se comunica é feito por meio da internet, além de ser utilizada também para coletar dados e investigá-los, e traçar melhores estratégias.

Escuta ativa - é necessário escutar bem seus públicos de forma empática a fim de entender as necessidades de seus consumidores.

Imagem: Tatiana Pivovarova/ Veectezy

Texto: Camille Menezes Design: Gabriela Costa e Vitor Almeida

MELHORE SUA GESTÃO DE TEMPO

As ferramentas de organização são um forte aliado da rotina profissional.

Texto: Ester Menezes

Design: Gabriela Costa e Vitor Almeida

Se você é um profissional da comunicação, certamente já se deparou com a sensação de que as 24 horas de um dia parecem 5 horas. Isto porque estamos imersos na ideia de que “sempre cabe mais um job”. E o “não ter tempo” se torna uma regra. Como não é fácil mudar as convenções cronológicas, muitas vezes a gestão de tempo é nosso maior inimigo, assim as ferramentas de organização surgem trazendo praticidade à rotina. Que tal conhecer alguns destes meios e implementá-los no seu dia-a-dia?

Além de fazer o uso destas ferramentas para não assumir tarefas desnecessárias. É importante priorizar o descanso e a qualidade de vida.

O excesso de informações pode deixar uma sensação de que você não conseguirá resolver tudo. O Google Keep ajuda a poupar o tempo, compila informações e quaisquer dados necessários à realização de atividades, e possibilita a integração com Google Drive e Docs, em um layout que remete a post-its.

Se você é o tipo de pessoa que já toma café preocupado com suas tarefas, o Trello é a opção perfeita. Além de listar todas as atividades, é possível impor prazos, criar lembretes e fazer comentários. Além disso, é ótimo para organizar trabalhos em equipe.

O Norton é uma ferramenta de gestão de tarefas e projetos, que permite acompanhar a evolução das atividades, pode ser usado para organizar atividades pessoais com várias utilidades como:

Calendário, tabelas, listas, notas e outros.

Imagem:Psypad/Pngitem

Não é só uma festinha: RP na Gestão de Eventos

Texto: Ravyane Mendes

Design: Júlio César e Lucianny Ribeiro

A profissão de Relações Públicas possibilita uma atuação em diversas vertentes, sempre com o propósito de levar a melhor mensagem aos stakeholders. Essa mensagem pode ser a comunicação dos valores de uma instituição para seu público interno ou externo, a gestão de crise frente a um acontecimento que abala negativamente a imagem de uma organização. Pode ser também dentro do setor público, elaborando estratégias de relacionamento entre o governo e as pessoas, cuidando de campanhas de comunicação institucional ou mesmo em eventos oficiais. Em cada uma dessas é possível que o evento seja usado como tática.

Sabendo disso, uma das áreas em que o RP pode atuar para atingir seu propósito de comunicação é a área de Cerimonial e Eventos. O que diferencia, principalmente,

um profissional de Relações Públicas de um outro cerimonialista é que o evento sempre vai fazer parte de uma estratégia de comunicação. E isto é muito embasado cientificamente. Ao se tornar cerimonialista o RP teve uma formação que lhe permitiu explorar categorias como ritos e rituais dentro do cerimonial e protocolo público e privado, a ancestralidade e origem de diversas cerimônias e sua importância para a dinâmica cultural das sociedades.

Tratando-se de eventos públicos, ele será a pessoa que planejará todo o roteiro do evento, definirá a ordem de precedência das autoridades caso haja uma mesa onde elas se acomodarão na solenidade, e, até mesmo onde todos estão de pé, ele definirá por ordem de importância seus lugares. Nas cerimônias de âmbito social ele usará seu conhecimento

Imagem: Freepik

para elaborar os convites adequadamente, a recomenrdação do traje baseado no tipo de evento e no horário, criar e executar um roteiro para que o objetivo seja alcançado.

Por estar envolvido na organização de eventos, o profissional é julgado como tendo um trabalho fácil ou sem esforço. Pelo contrário, organizar um evento seja virtual ou presencial começa meses antes: com planejamento. Nele, o profissional justifica os objetivos, determina recursos, meios de divulgação e inscrição, e, além disso, uma série de procedimentos caso algo saia do planejado, ali estará descrito o roteiro do evento e as falas do mestre de cerimônia.

Por que o evento como estratégia?

É uma das formas mais rápidas e com menor custo - apesar de ser também arriscada - para que uma organização pública ou privada

possa melhorar sua reputação ou transmitir sua mensagem. O risco pode vir, caso não haja planejamento ou um plano B. Se isso acontecer todo o investimento pode trazer resultado oposto: pessoas insatisfeitas ressoando por todos os meios sua decepção ou a mensagem incorreta. Por isso, é importante encontrar um/a profissional gabaritado/a.

Da UFMA para a Globo

Texto: Mateus Rocha

Design: Fabianne Matos e Hannah Letícia

Minha meta é ser feliz sempre. Independente de onde eu esteja e com quem eu esteja, eu preciso estar feliz, realizada e estar fazendo o que gosto de fazer que é criar.

Apremissa de que o mercado para um profissional de Relações Públicas é amplo e repleto de oportunidades começa a ser abordada assim que ingressamos no curso de RP. Estamos cansados e felizes, é claro, em ouvir que as instituições têm procurado cada vez mais por especialistas do ramo. Mas por onde andam os ex-alunos e atuais profissionais da área? Conseguiram garantir seu espaço no mercado de trabalho? Deixa que o “Pratas da Casa” desta edição te responde!

A homenageada da vez é a ludovicense Larissa Régia, formada em Comunicação Social – Relações Públicas pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA, na turma do ano de 2008. No auge dos seus 32 anos, Larissa é a atual Gerente de Entretenimento dos Estúdios Globo, sendo a responsável pela produção de conteúdo digital do programa Linha Direta.

Carreira

São 12 anos de uma carreira bem estruturada, tendo início com o atendimento de marcas locais na Maximize, uma agência de comunicação digital de São Luís. Após se mudar para São Paulo ingressou em uma agência de comunicação que geriu as redes sociais da Coca-Cola FEMSA, setor responsável pelo engarrafamento da companhia, onde ficou responsável pela área de monitoramento e gerenciamento de crise com foco em redes sociais.

Devido sua atuação de destaque, foi contratada pela pela Ogilvy Brasil para ser a estrategista sênior das principais marcas do Grupo Nestlé, entre elas grandes nomes nacionais, como Nescau, Ninho e Molico. E o amor pelo processo de criação levou Larissa ainda mais longe, com passagens pela Hypera Pharma, uma das principais empresas do ramo farmacêutico no país, e pelo Grupo L’Oréal, como Gerente de Marketing Digital da L’Oréal Paris, onde coordenou toda a frente digital, incluindo conteúdo e influência da marca no Brasil.

Criatividade

Para Larissa, é extremamente necessário trabalhar o mental, devido a necessidade de foco e concentração em uma área com grandes fluxos de informação. Para isso, utiliza de esportes como o Jiu Jitsu, a escalada e a corrida, além de realizar trabalhos manuais, como costurar, cozinhar, desenhar e escrever. De acordo com ela, são atividades dinâmicas que ajudam a estimular a criatividade, além de manter a saúde mental e física em dia.

I nfluência

Para ela, ter inspirações é um fator de grande importância no desenvolvimento de suas atividades como criadora de conteúdo, tendo entre algumas de suas fontes a Diretora dos Estúdios Globo, Samantha Almeida; a roteirista, diretora e atriz Issa Rae, e a jornalista e escritora Juliana Cunha. De acordo com Larissa, são mulheres que estimulam o seu olhar crítico para o mundo.

Larissa tem como meta colecionar momentos felizes em sua vida e sempre que possível trabalhando com pensamento empreendedor e criação de conteúdo.

Tive a oportunidade de ao longo dos 12 anos de carreira estar em lugares que eu queria estar.

Gostaria de me desenvolver bastante aqui na Globo e abrir portas para que mais gente veja que é possível estar aqui também.

Evento do grupo L’ Oreal com Taís Araújo e Zezé Motta em 2022.

Foto: Arquivo pessoal Larissa Régia

Texto: Profª Drª Éllida Guedes

Design: Gabriela Costa e Vitor Almeida

Que experiência gratificante na minha vida acadêmica na UFMA, ter sido a criadora da RP Alternativo. Em 1993.1, a turma da disciplina (à época, Redação em Relações

Públicas II, e, hoje, Produção de Revista Institucional), aceitou o desafio de criar um boletim de 4 páginas, começando, assim, a história dessa publicação, agora com 30 anos. Depois, o boletim virou um jornal de 8 páginas e, para comemorar os 5 anos da publicação, uma revista. No Brasil, é a única publicação acadêmica de RP, cuja produção nunca foi interrompida, e com vida mais longa.

Muitos foram os colaboradores da revista: na diagramação, o jornalista Carlos Andrade e o professor de Jornalismo Nilson Amorim, e, os então estudantes, Gustavo Santana e Orlando Gonçalves, além de outros de cada edição. Na impressão, os funcionários da gráfica da UFMA, Seu Maciel, e Ezequiel, que nos ajudava na arte.

A revista, também, foi impressa em gráficas comerciais, por meio de patrocínios, captados pelos alunos. Tivemos 2 sites, sendo um criado por Gustavo, como resultado do Trabalho de Conclusão de Curso dele, e, o outro, por Carlos.

Nos 15 anos em que

A produção da revista unia turmas, provocava debates (e stress), mas dava certo no final (meu mantra). O ápice era o evento de lançamento: alunos orgulhosos, com seus familiares, autoridades acadêmicas e grandes nomes da área de RP, que realizavam palestras.

Nos 15 anos em que coordenei a revista, aprendi, chorei com as homenagens, fiz amigos, me orgulhei (e chateei), administrei “competição” entre as turmas, realizei sonhos junto com alunos, apresentei a publicação em eventos nacionais – enfim, fui feliz!

Créditos: fonte autoral

Ilustração: shutterstock

Agradecemos as colaborações especiais que tivemos em palestras com as professoras Carol D'alessandro, Adda Lygia Rissope e o Eduardo Machado, nossa gratidão