Futebol Portugal Magazine #5

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www.futebolportugal.clix.pt 09/10/13

REGRESSO ÀS GOLEADAS JUVENTUS - LIGA ZON SAGRES - CAMPEONATOS EUROPEUS - SCOUT


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VISÃO SOCIAL

TWEETS DA SEMANA @luis_sobral Enviaram-me um livro de um presidente de clube que começa «quando há dois anos atrás...». Desisti. @nuno_mad O West Ham e Sam Allardyce (sim Allardyce) acabam de falhar por meio metro a galeria dos melhores livres de laboratório de sempre... @jmfmendonca O JJ o que e isto ? #CarregaBenfica

@grupomanks Compram Bale por 100 milhoes / / Jogam com Jese e Morata


21/04/2012

POSTS DA SEMANA Raúl Meireles “A aquecer para os dois últimos jogos de qualificação para o Mundial”

David Luiz Falta cada vez menos. Já estão prontos?


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VISÃO VERDE

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NO APROVEITAR É QUE ESTÁ O GANHO FRANCISCO FERREIRA GOMES FOTO: DPI.PT

jogo deste fim-de-semana foi o primeiro de uma amiga minha, a qual tive o prazer de acompanhar a Alvalade; apesar de ser uma pessoa ensimesmada e discreta, percebi perfeitamente que aquele primeiro impacto com o interior da nossa casa lhe tocou. “Pergunta-me no fim”, disse ela quando lhe perguntei por uma opinião inicial, uma reacção em muito parecida com a que muitos de nós tivemos há dez anos atrás quando entrámos em Alvalade e nos deparámos com uma visão cujo poder e beleza não tento aqui descrever pois as palavras pouco lhes farão justiça. “Há quem o chame [Carrillo] de «génio incompreendido», ora um génio dificilmente saberá tudo, e quando não sabe é aí que deve dar um passo atrás e deixar que outros resolvam a questão, tudo em nome de um bem comum.” Mas voltando ao presente, o encontro desta semana sucedeu a uma sofrida mas saborosa vitória do Sporting em Braga e antecedia a viagem ao Estádio do Dragão; do outro estava o Vitória de Setúbal, uma equipa que, apesar da baixa posição na tabela, já tinha demonstrado valor,


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causando grandes dificuldades, por exemplo, ao FC Porto. Depois de ter dado a titularidade a Diogo Salomão em Braga, Leonardo Jardim voltava ao onze mais rodado, excepção feita à entrada de Ivan Píris (boa exibição) para o lugar do lesionado Jefferson. Não foi preciso muito tempo para perceber como seria a dinâmica inicial da partida: o Sporting com a iniciativa total da partida, e o Setúbal bem fechado cá atrás, à procura de oportunidades para lançar ataques rápidos. Esta postura aplicada nos últimos jogos pela maioria das equipas que visitam Alvalade, e apesar de inconveniente para as nossas cores, só demonstra o maior respeito com que o Sporting é encarado; uma posição totalmente antagónica com o ano anterior onde, e tal como disse Bruno de Carvalho, “ Não contávamos para o totobola”, e onde as equipas nos vinham visitar de peito feito. “ […] o golo de Freddy Montero […] só demonstra o instinto e o oportunismo dos grandes avançados, isto para não falar da frieza glaciar que o 17 demonstrou na cara do guarda-redes, uma frieza tipicamente… colombiana.” Os sadinos jogavam com dois trincos e tapavam os caminhos para a sua baliza, anulando jogadores como William Carvalho ou Adrien, essenciais no processo de construção do nosso jogo. Perante tal situação, a equipa tendia a flanquear mais o seu jogo, procurando a inspiração quer de Carrillo, quer de Wilson Eduardo. E se do último pouco ou nada se viu (exceptuando algumas combinações com Cédric Soares), já de Carrillo viu-se demais, isto na medida em que o peruano se agarrava muito à bola em movimentações sem qualquer tipo de aproveitamento, acabando muitas vezes por entregar a bola ao adversário. “Emprestem-no ao Arouca!”, ouvia eu umas filas acima, um perfeito sinal do agastamento de alguns adeptos com a frequente inconsequência do jogo do número 18, e que nem o seu golo disfarçou. Há quem o chame de «génio incompreendido», ora um génio dificilmente saberá tudo, e quando não sabe é aí que deve dar um passo atrás e deixar que outros resolvam a questão, tudo em nome de um bem comum. Que fique claro: o talento de Carrillo é indubitável e digno de registo, mas a forma como o peruano o quer por em prática é que parece não ser a mais eficaz e proveitosa para a equipa. “A qualidade deste rapaz [William Carvalho] leva-me a pedir que fechem urgentemente as portas de Alvalade a olheiros estrangeiros (os nacionais também ficariam à porta se Godinho Lopes ainda fosse presidente).” Individualismos à parte, é de referir que a primeira parte do Sporting não deixou saudades, as únicas excepções foram o belo remate do Carrillo a fazer lembrar Pedro Barbosa (outro génio incompreendido), e o golo de Freddy Montero, um golo que só demonstra o instinto e o oportunismo dos grandes avançados, isto para não falar da frieza glaciar que o 17 demonstrou na cara do

guarda-redes, uma frieza tipicamente…colombiana. Chegámos ao intervalo e da maneira como o jogo se tinha desenrolado na primeira parte, era pertinente antever um segundo tempo muito parecido com o jogo diante do Rio Ave, ou seja um Sporting a gerir e defender a vantagem a todo o custo perante as ameaças do adversário. Mas felizmente os bons alunos aprendem com os erros e a segunda parte trouxe um Sporting que, apesar de não acelerar o jogo de sobremaneira, não permitia grandes veleidades ofensivas ao Vitória de Setúbal. Ao passar do quarto de hora, a bela simulação inicial e a consequente conclusão de Carrillo faziam o segundo tento e quebravam finalmente a estratégia de jogo de José Mota, que agora era forçado a atacar e, consequentemente, abrir espaços na sua defesa. O 2-0 acabou por tranquilizar o Sporting – não que tivéssemos passado por situações de aperto até à altura – e afastar qualquer hipótese de um “Rio-Ave revisited”. A partir daí o meio-campo leonino teve mais espaço para construir, um meio-campo onde William Carvalho era rei e senhor. «Este ainda sai em Janeiro», diziam uns vizinhos de bancada, tal era a classe e maturidade demonstrada pelo médio. A qualidade deste rapaz leva-me a pedir que fechem urgentemente as portas de Alvalade a olheiros estrangeiros (os nacionais também ficariam à porta se Godinho Lopes ainda fosse presidente). O terceiro e quarto golos dos leões vieram abrilhantar ainda mais uma boa segunda parte, e encher de alegria um público vibrante e cujos cânticos ecoaram e tocaram no coração verde-e-branco de todos nós ao longo de todo o jogo. Uma pessoa em particular sentiu este ambiente de um modo muito especial. “Disto não encontras em mais lado nenhum!”, disse-lhe enquanto os cachecóis estendidos e as vozes em coro nos aconchegavam a alma. Tal como me pedira, pedi-lhe uma opinião no fim do jogo, ela não teve palavras…como eu a compreendo.


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VISÃO VERMELHA

D GANHAR SEM JOGAR TAMBÉM CONTA EDUARDO PEREIRA FOTO: DPI.PT

epois de uma jornada europeia desastrosa, coroada com uma condizente goleada por 3-0 sofrida em Paris, quase se podia adivinhar a separação dos benfiquistas em duas facções: a que desejava nova derrota, para empurrar Jesus para (ainda) mais perto da porta de saída, e a que desejava ardentemente a vitória, para amealhar mais três pontos e subir ao terceiro lugar, independentemente das manobras de bastidores que parecem andar a minar o Benfica. No meu caso, tenho vindo a dizer, desde Março de 2012, que o tempo de Jesus no Benfica terminou. Nessa altura, com a equipa em falência física e a deixar escapar mais um título para o FC Porto, parecia-me que uma taxa de sucesso de 33% era muito baixa para um treinador com tamanha auto-estima – e tamanho ordenado. Agora, ano e meio depois, com a taxa de sucesso em 25% outlook negativo, a minha posição quanto ao jogo do Estoril só podia ser uma: queria, obviamente, uma vitória. Primeiro, porque “perder” e “Benfica” não combinam – e, sejamos honestos, têm sido encaixados à força na mesma frase


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percebendo-se que aquela equipa cujos alas colocavam em sentido todas as defesas contrárias já não é a mesma que, por estes dias, veste a camisola da “águia”. O génio de Gaitán nunca deu sinais de vida, no lado esquerdo e, à direita, nem Enzo Pérez nem Markovic fizeram esquecer o facto de que Salvio está lesionado até Março. Ola John, sempre muito lento, também não acrescentou nada ao nosso ataque e lá teve de ser o suspeito do costume – Cardozo, de seu nome – a mostrar que, onde uma multidão vê um tosco, outros vêem um remate de primeira com o pé mais fraco. Golo notável e em boa hora, já que o Estoril conseguiu mesmo marcar um par de Giovanni Trapattoni sabia disto como ninguém. Com minutos depois, não permitindo que o Benfica respirasse um plantel de qualidade inferior ao desta época, de alívio. inquestionavelmente abaixo do FC Porto de Mourinho e a contas com um Sporting que parecia lançado para Olhar em frente a olhar para cima conquistar Liga e Taça UEFA, a “velha raposa” soube orientar e motivar a equipa para o único objectivo que Desta vez, Jesus pode dormir descansado. Somou três parecia estar ao alcance: ganhar jogo a jogo, nem que pontos num terreno muito complicado (o Estoril não fosse pela margem mínima, e assim chegar à fase decisiva perdia em casa desde Janeiro) e ascendeu ao terceiro do campeonato em condições de lutar por um título que lugar da Liga, deixando para trás o adversário dessa noite fugia ao Benfica desde 1994. É certo que contou com e o Sporting de Braga. Mas nada está resolvido, no seio o fracasso dos restantes candidatos, mas esse é um do clube. A exibição e o resultado de Paris continuam a problema que só a eles diz respeito. No que era de sua pairar sobre a equipa e o lugar do treinador continua a responsabilidade, o Benfica cumpriu. E, quase que caído assemelhar-se a uma cadeira eléctrica, tal é a tensão que do céu, o troféu foi direitinho para as vitrines da Luz. por lá passa actualmente. A ironia é que, apesar de tudo isto, a próxima jornada O excelente começo de um mau jogo até pode dar ao Benfica uma igualdade pontual com o Sporting, no segundo lugar, ou a redução para três Oito anos volvidos, o Benfica de Jesus parece perdido pontos da distância para o primeiro classificado. Com entre casos de disciplina, um plantel de costas voltadas o clássico entre os nossos dois maiores rivais, é certo e para o treinador e uma liderança administrativa muito sabido que alguém vai perder pontos no topo da tabela. pouco definida. A vitória no Estoril foi muito importante, Resta saber se nós vamos lembrar-nos de que, para como é fácil de perceber, mas não veio resolver nada em aproveitarmos qualquer desses cenários, é obrigatório nenhum destes sectores, nem a curto nem a longo prazo. ganhar ao Nacional. Os minutos iniciais pareciam contrariar este cenário. No primeiro minuto, já a primeira oportunidade de golo tinha surgido, perto da área de Vágner e, com apenas dez, Lima já tinha enviado a bola para o fundo das redes “canarinhas”. Parecia que o Estoril, uma das mais consistentes equipas da Liga, ia cair de forma estrondosa diante de um Benfica a jogar às 5 mil rotações. Inexplicavelmente, porém, as ideias de imediato começaram a apagar-se. A equipa lançou-se no jogo mais entediante da presente época, atestando que a derrota de Paris não foi fruto do acaso nem de uma noite de menor inspiração. O Benfica actual é aquilo mesmo, com unidades desenquadradas dos seus lugares de raíz – Markovic apareceu, desta feita, encostado à direita – e incapaz de criar um onze base que permita aos jogadores ganhar a estabilidade e a confiança necessárias a vôos mais altos. Algo que, por outro lado, parece não mudar é a propensão de Maxi para o excesso de agressividade, mesmo depois de admoestado com cartão amarelo. No Estoril, a única coisa boa que a expulsão do lateraldireito teve foi o facto de ter acontecido numa altura em que a equipa da casa, também ela reduzida a dez, já não tinha força nem discernimento para chegar ao empate. O jogo foi mal disputado, de parte a parte, e os momentos a pedir um longo bocejo não foram tão raros quanto isso. As dificuldades evidenciadas pelo Benfica para organizar o seu jogo ofensivo eram notórias, demasiadas vezes ao longo dos últimos três anos e meio. Depois, porque o destino de um qualquer treinador do clube não pode ser decidido em função de mais prejuízo para o Benfica. Vencer está acima de todas estas questões. Na Liga portuguesa, Liga dos Campeões, Liga Europa, Taça de Portugal, Taça da Liga ou qualquer outra competição em que o Benfica participe, oficial ou particular, vencer é sempre o objectivo principal. O jogo do passado fim-de-semana demonstrou, tristemente, que até jogar futebol pode ser secundário: a vitória está primeiro.


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VISÃO AZUL

D

JACKSON SABE DANÇAR TANGO LENTO

epois de uma jornada europeia de má memória, o FC Porto conseguiu regressou às vitórias para o campeonato e manteve a distância para o Sporting. Na próxima jornada, os campeões nacionais recebem a equipa leonina com uma vantagem de dois pontos. Num agradável fim de tarde em Arouca, o FC Porto venceu o clube da casa por 1-3 e recuperou o primeiro lugar do campeonato, ocupado provisoriamente pelo Sporting. Paulo Fonseca preferiu apresentar um onze bastante idêntico ao onze que defrontou o Atlético de Madrid na passada terça-feira. A única alteração aconteceu no meio-campo, onde o mexicano Herrera ocupou o lugar do internacional Steven Defour. O jogo começou a um bom ritmo, com a equipa de Pedro Emanuel a mostrar vontade de contrariar o favoritismo do clube tricampeão nacional. O Arouca mostrava uma equipa com um esquema ambicioso e com intenção de fazer uma pressão mais alta ao portador da bola. Jackson liga, FC Porto desliga

JOÃO MIRANDA FOTO: DPI.PT

Aos doze minutos da primeira parte, surge o primeiro golo do jogo. Jackson Martinez


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inaugura o marcador, depois de uma excelente jogada individual de Alex Sandro. O jogo prometia mas as exibições das duas equipas não acompanhou a tendência dos primeiros minutos. A partida jogou-se bastante na zona central do terreno, com bastante luta e entrega mas com menor qualidade.

Ligeiramente descaído para o lado direito do ataque do FC Porto, Quintero marcou o livre de forma fantástica e sentenciou o jogo. Com esta vitória, o FC Porto lidera o campeonato com 19 pontos. Por sua vez, o Arouca ocupa o décimo segundo lugar, com 7 pontos obtidos em outros tantos jogos. Na próxima jornada, que se irá realizar no último fim de Em vantagem, o FC Porto foi gerindo os ritmos da partida semana deste mês, o FC Porto recebe o actual segundo e impedia o Arouca de chegar com perigo à baliza de classificado, o Sporting, e o Arouca viaja ao Algarve para Hélton. E foi Hélton um dos protagonistas de um lance defrontar o Olhanense. que motivou bastantes críticas do Arouca. Vasco Santos mandou jogar, depois de um choque forte do guardaredes brasileiro com Ceballos. A toada da partida não se modificou e o final da primeira parte chegou sem motivos de grande interesse. O melhor fica para o fim A segunda parte começou com protestos dos jogadores e adeptos do Arouca. Num lance à entrada da grande área do FC Porto, o internacional francês Mangala corta a bola com o braço. Fica um livre perigoso para assinalar, já que Vasco Santos ignorou os protestos e mandou seguir o jogo. O Arouca entrava melhor e o FC Porto mantinha a apatia demonstrada na primeira parte. Talvez por isso, Paulo Fonseca não demoraria muito tempo a refrescar o ataque da equipa. Ainda antes dos dez minutos da segunda parte, o técnico portista lança em jogo Licá, fazendo sair o internacional português Silvestre Varela. Porém, a intenção de Paulo Fonseca não tinha resultado. Tanto a equipa do FC Porto, como a equipa da casa, continuaram a demonstrar um futebol pobre, lento e com poucas chegadas à área adversária. Talvez por isso, os dois técnicos realizaram mais substituições ainda antes do minuto 70. No Arouca, Paulo Sérgio e Serginho entravam para os lugares de Ceballos e Luís Dias. No FC Porto, Ricardo substituía Lucho González. Com esta alteração, Josué passava para uma posição mais central do campo, apoiando Jackson Martínez nos movimentos atacantes. Já com o fim do jogo à espreita, Jackson Martínez iria colocar novamente o seu nome na lista dos marcadores do jogo. Já com 75 minutos decorridos, o internacional colombiano finalizava uma boa jogada de Otamendi, que depois de uma incursão pelo lado esquerdo do ataque portista, ofereceu a Jackson a hipótese de dilatar a vantagem do FC Porto no marcador. Com uma vantagem de dois golos, o FC Porto descansou no marcador e ainda mais na exibição. Pouco depois do segundo golo portista, Pedro Emanuel é expulso por Vasco Santos, depois de alguns protestos feitos ao longo do jogo. O antigo central do FC Porto já não viu o golo da sua equipa. Ao minuto 90, a equipa da casa beneficiava de um livre à entrada da área do Porto. Pintassilgo bateu em força Hélton e colocou um sentimento de esperança na cabeça dos colegas e adeptos da equipa do Arouca. Mas essa esperança terminou logo a seguir. Depois do golo sofrido, Paulo Fonseca resolveu fazer a última substituição na sua equipa. Quintero entrava para o lugar de Josué e passados poucos segundos, construía a jogada que iria culminar num livre bem a seu jeito.


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NACIONAL ASCENDE AO 4º LUGAR

F

oi na Madeira que o Braga sofreu uma dos resultados mais pesados do campeonato até então.

A derrota dos minhotos começou a desenhar-se logo os 6 minutos de jogo, com um golo da autoria de Mario Rondón. Ainda no primeiro tempo, Djaniny cifou em 2-0 a marca com que a partida foi para intervalo, aos 39. Na segunda parte foi Daniel Candeias que fechou o resultado em três golos sem resposta, para o Nacional da Madeira. Desta forma, o Braga desceu à quinta posição, ficando a equipa orientada por Manuel Machado com o quarto lugar da tabela.

RIO AVE AFUNDA ACADÉMICA

O

jogo inaugural da sétima jornada do campenato português, trouxe a derrota da Académica em casa pelas mãos do Rio Ave, tendo deixado a equipa de Coimbra abaixo da linha de água. No primeiro tempo, os dois coletivos tiveram ao seu dispôr várias oportunidades de concretização, sem efeito. A vitória do Rio Ave aconteceu no segundo tempo, na sequencia de um auto golo de Reiner Ferreira sendo que, tanto a Académica como a equipa de Vila do Conde, lutaram para chegar ao golo. A partida ficou, igualmente, marcada por algumas situações em que foram contestadas decisões do árbitro, algumas delas que poderiam ter resultado na marcação de grandes penalidades. Com este resultado, a Académica não vence há três jornadas e soma a quarta derrota no campeonato, enquanto que o Rio Ave já não vencia desde a segunda jornada.

GUIMARÃES VOLTA AOS TRIUNFOS

CURTAS DÉBORA ESPÍRITO SANTO

1

-0 foi a marca que garante ao Vitória de Guimarães a ascensão ao oitavo lugar da Primeira Liga.

Nos 45 minutos iniciais, as oportunidades de golo escasseram por parte de ambos os coletivos. Já o segundo tempo foi mais aguerrido, com o Vitória a ter uma atitude ofensiva, sendo que o Marítimo criou várias jogadas que poderiam ter resultado em golo.

1º 2º 3º 4º 5º

-

FC Porto – 19 pontos Sporting – 17 pontos Benfica – 14 pontos Nacional – 13 pontos Sp. Braga – 12 pontos

Foi também esta equipa que, aos 72 minutos, ficou reduzida a 10 unidades, após falta de Gegé sobre Marco Matias. O jogador viu o segundo amarelo e consequente cartão vermelho. Apenas seis munitos depois, o mesmo Marco Matias marcou para o Vitória, após cruzamento de Barrientos. 10 pontos é o que a equipa da cidade berço totaliza, enquanto que o Marítimo continua com 7, no 12º lugar da tabela.


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CROMOS DA BOLA


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VISÃO EUROPEIA

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ESTÁDIOS INFERNAIS ANDRÉ SÁ FOTO: DPI.PT

ponto assente que o factor “casa” é determinante para o sucesso dos clubes de futebol. As equipas sentem-se mais à vontade em jogar perante o seu público: seja pela habituação ao clima, ao relvado, às características do estádio e ao apoio dos seus adeptos, torna-se mais decisivo e vantajoso jogar em “casa”. Mas existem clubes que conseguem tirar mais partido dos jogos “caseiros” que outros, muito em parte devido ao apoio constante dos adeptos e claques, que, através de cânticos, coreografias, e, nalguns casos, devido a comportamentos violentos, criam ambientes extremamente hostis para as equipas visitantes. São estes clubes, e os respectivos estádios, a nível europeu, que destacaremos de seguida. De referir que clubes como o Barcelona, o Real Madrid, o Manchester United, o Bayern Munique ou o Chelsea, entre outros, não são mencionados, não porque não seja complicadíssimo jogar nos seus estádios, mas porque têm equipas tão fortes que o ambiente nos seus recintos torna-se quase secundário nas suas constantes vitórias.


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de assitências de cerca de 40.000. É classificado pela UEFA com 4 estrelas. A bancada mais emblemática, chamada “The Kop”, alberga os fãs mais “hardcore”, denominados “Kopites”. Os adeptos do Liverpool são conhecidos por estarem constantemente a gritar pela sua equipa, e o seu cântico mais conhecido intitulase “You´ll never walk alone”, frase que está inscrita no escudo do clube e no portão de entrada no estádio. Para quem quiser comprovar este arrepiante momento de apoio aos “Reds”, pode aceder ao link no final do texto. Nos últimos anos os adeptos do Liverpool têm estado mais comedidos, mas duas páginas negras na história do futebol tiveram o seu carimbo, comprovando o fanatismo que os regia: a tragédia de Heysel Park em 1985, em Bruxelas, na final da Taça das Taças frente à Juventus, em que morreram 39 adeptos italianos devido à pressão que os ingleses fizeram ESTÁDIO SIGNAL IDUNA PARK (BORUSSIA sobre uma bancada. Após estes incidentes as equipas DORTMUND) inglesas foram castigadas indeterminadamente pela UEFA (a sanção foi levantada na época de 1990/91); A casa do Dortmund tem capacidade para 80.700 e a tragédia de Hillsborough, em Sheffield, em 1989, pessoas e detém o estatuto de melhor assistência quando, na meia final da Taça de Inglaterra disputada média na Europa, com 80.588 espectadores! O Signal frente ao Nottingham Forest, 96 pessoas morreram Iduna Park, inaugurado em 1974 e classificado pela esmagadas contra a vedação da bancada. (http:// UEFA com 5 estrelas, é o maior estádio alemão, o www.youtube.com/watch?v=36_kckgfa_U) 7º maior da Europa, e o 3º maior dos clubes de top europeus (só atrás de Barcelona e Real Madrid). Na época de 2004-05 bateram o recorde europeu do número de espectadores numa temporada (1,35 milhões), e em 2011-12 melhoraram o seu próprio recorde (1,37 milhões!). A bancada Sul tem capacidade para 25.000 espectadores, e é conhecida por “Yellow Wall”, pois os adeptos que a compõem assistem a todos os jogos de pé. Além de puxarem constantemente pela sua equipa durante os jogos, os adeptos do Dortmund são conhecidos pela criatividade nas suas coreografias gigantescas. Aqui fica um link no Youtube para quem quiser comprovar. (http://www.youtube.com/ watch?v=0VB0P7EZe4E)

ESTÁDIO OLIMPICO ROMA (A.S ROMA e LÁZIO S.S.) Em Roma sê romano, como já dizia o ditado. Mas, como adeptos de futebol, escolhemos a Roma ou a Lazio? São os adeptos destes dois clubes que partilham as bancadas do Olimpico de Roma, um dos mais emblemáticos da Europa. Construído em 1960 para albergar os Jogos Olímpicos, e com capacidade para 73.261 espectadores, este estádio já tem muitas histórias para contar. Desde então já recebeu, por exemplo, a final do Campeonato do Mundo de 1990, entre Argentina e Alemanha, bem como 3 finais da Liga dos Campeões (em 1984 a Roma perdeu com o Liverpool em casa). Em termos de assitências médias ESTÁDIO ANFIELD ROAD (LIVERPOOL) os números são divididos desta forma: a Roma conta com cerca de 40.000 adeptos todos os jogos, e a A mítica “casa” do Liverpool é um dos mais antigos Lázio com cerca de 32.000. Ambos os adeptos são estádios da Europa, inaugurado em 1884! Tem considerados dos mais fanáticos em Itália: os da capacidade para 45.276 espectadores e tem uma média Roma têm desde sempre uma grande rivalidade com


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VISÃO EUROPEIA os adeptos ingleses, tendo já arranjado confusão com adeptos do Liverpool e do Manchester United, entre muitos outros. Em 2001 foram injectados 250 mil euros para arranjar o Olimpico, o que se deveu em grande parte a estragos efectuados pelos adeptos “giallorossi”; já os “tiffosi laziale” são conotados com a extrema direita e com ideais nazis. A Lazio é o 6º clube italiano em número de adeptos. A rivalidade entre os dois clubes é enorme, somente proporcional ao apoio que cada uma das claques dá à respectiva equipa.

claque existe uma facção chamada “Bastión”, que é conotada com grupos neonazis espanhóis. O Atlético é conhecido como o clube “rebelde” de Madrid, por oposição aos rivais do Real, que sempre foram protegidos pelos governos de Espanha. O “sentimento de rebeldia”, máxima adoptada pelo clube, é levada ao extremo pelos seus adeptos mais fanáticos. Em 2015 está previsto o Vicente Caldéron ser substituido pelo novo Estádio La Peineta, com capacidade para 73.000 pessoas.

ESTÁDIO TURK TELEKOM ARENA (GALATASARAY) ESTÁDIO CELTIC PARK (CELTIC F.C) Conhecido por “Parkhead” e chamado de “Paradise” pelos seus adeptos, o estádio do Celtic foi construído em 1888, e leva 60.832 espectadores. Noutros tempos, mais propriamente em 1938, chegou a meter 92.000 pessoas para assistir a um dos derbies mais famosos na Europa, o “Old Firm”, que opõe o Celtic ao Glasgow Rangers. Estes adeptos escoceses são sem dúvida dos mais leais que pode haver: em 2003 ganharam prémios da UEFA e da FIFA por terem deslocado 80.000 fervorosos adeptos a Sevilha, onde a sua equipa defrontava o Porto na final da Taça UEFA. Em 2010 o clube registou a maior média de sempre no campeonato escocês (48.968 espectadores), e em 2012 foi estimado que houvesse cerca de 9 milhões de adeptos do clube só na Escócia. As grandes equipas europeias passam sempre um mau bocado no Celtic Park, nomeadamente quando ouvem um estádio inteiro a entoar uma versão da música “Just can´t get enough”, dos Depeche Mode, como podem comprovar no link abaixo. (http://www.youtube.com/ watch?v=TspYx7EaF5A)

É literalmente considerado o estádio mais ruidoso do mundo. Em 2011 os adeptos turcos quebraram o recorde de decibéis ouvidos num recinto desportivo. O estádio foi inaugurado nesse mesmo ano, substituindo o mítico Ali Sami Yen, denominado “Inferno” pelos adeptos do clube, e ficando desde logo como o maior da Turquia. O fanatismo dos seguidores dos “Conquistadores da Europa”, alcunha que vem da época 1999/00, em que a equipa ganhou a Taça UEFA e a Supertaça Europeia, é vísivel através das tochas, do fumo, dos tambores, das bandeiras ou dos cartazes gigantes, usados para fazer pressão psicológica sobre a equipa visitante. Os 52.652 adeptos turcos “sufocam” qualquer equipa que visite o seu recinto. Ryan Giggs, lenda viva do Manchester United comprova-o: “Nunca tinha visto nada assim. Duas horas antes do jogo, fomos ao relvado e o estádio estava apinhado. Os cânticos eram fenomenais: uma das bancadas começa a cantar, depois começa outra, depois calam-se, depois cantam todos juntos! Os nossos jogadores adoraram aquilo antes do jogo começar, depois não...”. ESTÁDIO VÉLODROME (MARSELHA)

ESTÁDIO VICENTE CALDÉRON (ATLÉTICO MADRID) O estádio do Marselha tem capacidade para 60.013 Construído em 1966, e com capacidade para 54.851 espectadores e é detentor da maior média da história espectadores (já teve 70.000 lugares), este estádio do futebol francês numa época (50.044 em 2009/10). É espanhol foi o primeiro do seu país a ser classificado um recinto imponente que de vez em quando também com as 5 estrelas da UEFA. Os adeptos do Atlético, recebe jogos da selecção francesa de Rugby. Foi mais concretamente a claque “Frente Atlético”, reconstruído em 1998, por ocasião do Mundial de são dos mais perigosos de Espanha. Dentro desta futebol, e albergou a meia final daquela competição,


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entre a Holanda e o Brasil. A ligação entre o clube e os seus fanáticos apoiantes é tão estreita que, na época 2011/12, o 3º equipamento da equipa principal de futebol, em tons laranja, foi uma homenagem a uma das principais claques do clube, a “South Winners”. O Estádio Vélodrome será aumentado para 67.000 lugares, por ocasião do Euro 2016, que será disputado em França.

ESTÁDIO KARAISKAKIS (OLYMPIAKOS) Mais um estádio 5 estrelas, segundo a UEFA, que foi construído em 2004. Os fanáticos adeptos gregos costumam preencher os 32.115 lugares, criando uma atmosfera intimidante a quem os visita. O Olympiakos é o maior clube grego, detentor da maior média de espectadores no país, e com mais adeptos pagantes (em 2006 ficou no top 10 das equipas europeias com mais sócios pagantes, cerca de 83.000, ficando à frente do Real Madrid!). Para homenagear os 21 adeptos do clube que morreram em 1981, numa tragédia que ficou conhecida como “Gate 7”, num jogo frente ao AEK, 21 lugares do estádio têm cadeiras pretas em vez da cor vermelha, como todos os outros. Zlatan Ibrahimovic, jogador do PSG, disse isto, já este ano, sobre os adeptos do Olympiakos, após folgada vitória dos parisienses por 4-1: “Eles jogaram diante do seu fantástico público. Os adeptos do Olympiakos são fenomenais. O meu amigo Mellberg jogou aqui e já me tinha falado dos adeptos. Eu nunca tinha visto ao vivo mas agora compreendo. É fantástico. É realmente uma grande vantagem para o Olympiakos.” Também o presidente do PSG elogiou aqueles adeptos gregos: “Tenho um grande respeito por estes adeptos. Nunca vi adeptos como estes”.


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ESTATÍSTICAS FRANCISCO BAIÃO

Vag

MELHOR ATAQUE

(Esto

1 – Sporting – 19 2 – FC Porto – 15 3 – Estoril – 13 4 – Nacional - 12 5 – Benfica– 11

MELHOR DEFESA 1 – FC Porto – 4 2 – Sporting – 4 3 – Rio Ave – 6 4 – Nacional – 7 5 – Benfica - 7

Piris

(Sporting)

Abdoulaye (Guimarães)

INDISCIPLINA 1 – Olhanense – 22 A 3 V 2 – Belenenses – 23 A 2 V 3 – Arouca – 24 A 1 V 4 – Gil Vicente – 22 A 2 V 5 – Académica – 21 A 1 V

GOLOS NA 1ª PARTE

Adrien

(Sporting)

Miguel Ro

(Belenense

1 – Sporting – 8 2 – Estoril – 7 3 – Nacional – 7 4 – FC Porto – 6 5 – Sp. Braga – 5

GOLOS NA 2ª PARTE 1 – Sporting – 11 2 – FC Porto – 9 3 – Marítimo – 8 4 – Nacional – 7 5 – Benfica – 7

Montero (Sporting)

Jackso

(Por


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MAIS AMARELOS 1 – Mladen (Olhanense)- 5 2- Maxi Pereira (Benfica) - 5 3- Marcelo Goiano (Académica) - 4 4- Kay (Belenenses) – 4 5- Marco Matias (V. Guimarães) – 4

gner

oril)

osa

MAIS GOLOS SOFRIDOS

F. Ferreira (Belenenses)

MELHOR MARCADOR

Maurício (Sporting)

1- Fredy Montero (Sporting)- 9 2- Jackson Martínez (Porto)- 7 3- Derley (Marítimo) - 5 4- Evandro (Estoril) - 5 5- Cardozo (Benfica)- 3

João Vilela (Gil Vicente)

es)

on M.

rto)

1- José Sá (Marítimo)- 12 2- Vágner (Estoril)- 11 3- Ricardo (Académica)- 10 4- Ricardo (Olhanense)- 10 5- Eduardo (S. Braga)- 9

Cardozo (Benfica)


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JUVENTUS ATRÁS DA HISTÓRIA DANIEL TEIXEIRA FOTO: DPI.PT

bicampeã italiana vem para esta época de 2013/2014 para tentar entrar na história do clube. Desde a época de 1930/31 até à época de 1934/1935 (tetracampeões) que a Juventus não vence mais do que dois campeonatos consecutivos na Serie A. No seu palmarés de 29 títulos, “bisou” por 7 ocasiões mas nunca atingiu o tri. Este ano aparece com a mesma garra, mais reforçada e com vontade de escrever mais um capítulo a nível interno, aquela que é a equipa mais titulada em Itália (AC Milan e Inter contam com 18 títulos cada). Mas se a nível interno o objectivo está bem definido, é na Europa (Champions League) que reina o sonho. A equipa reforçou-se e tem boas opções ... mas terá estofo para ir longe como outrora foi em 84/85 e 95/96? Longe vai o tempo onde Carlo Carcano levou jogadores como Raimundo Orsi, Luigi Bertolini, Giovanni Ferrari e Luis Monti ao tetra campeonato da Juventus. Desde ai nenhum outro treinador fez com que a “vechia signora” vencesse mais do que duas vezes consecutivas, fosse por uma boa época de um dos concorrentes directos, ou devido à justiça italiana (o CalcioCaos que relegou a Juventus para a Serie B).


21/04/2012

Este ano Conte continua no comando e espera fazer história, ele que já foi jogador desta equipa noutros tempos e agora como treinador já proporcionou aos adeptos grandes alegrias. A Juventus não mudou muito do seu figurino no que toca à época transata e ainda aproveitou para trazer opções atacantes para melhorar o sector mais ofensivo (Tevez e Llorente), recrutou juventude para o sector defensivo (Ogbonna) e comprou em definitivo Peluso ao Atalanta. Os adeptos Bianconeros esperam que o ano de 2013/2014 seja de consagração nacional para a Juventus, escrevendo um capítulo histórico no seu palmarés de 115 anos de existência.

e mesmo com a idade de 34 anos Andrea Pirlo não dá sinais de abrandamento. No ano passado participou em 45 jogos pela Juventus, fazendo 5 golos e 11 assistências. O “Arquitecto” é quem orquestra um meio campo que com a ajuda de jogadores como Vidal, Pogba ou Marchisio (aliado com a sua visão de jogo) pode ter toda a liberdade para criar, estando salvaguardado no centro do terreno. “Pirlo é um líder silencioso. Fala com os pés”, disse Marcelo Lippi. E que bem que Andrea Pirlo comunica em campo ...

Tevez, o “Apache” que faltava

Uma equipa com alma, com jogadores que sentem a camisola e darão tudo pelo clube ... Conte tem tudo isso só olhando para o 11 base. Juntando às mãos de “aço” de Gigi Buffon, tem três centrais a sua frente a quem o nome do meio de cada um bem podia ser aço ... Bonucci, Chiellini e Barzagli representam o trio defensivo da Juventus e garra não lhes falta ao disputar cada lance. Todos eles são internacionais italianos, selo de qualidade que comprova e dissipa dúvidas. No meio campo Pirlo comanda, Asamoah e Lichtsteiner são os alas que completam as tarefas defensivas e ofensivas com picos de uma ponta a outra do campo, Vidal é o guerreiro de “ferro” que disputa qualquer lance sem receio e Pogba é um médio promissor que apesar da tenra idade, mostra tudo o que tem jogo após jogo e já decide “como gente grande”. O poder de “fogo” está entregue a Tevez e Vucinic que têm como missão dar aos adeptos as maiores alegrias marcando golos. Jogadores com características diferentes, mas uma dupla que pode decidir partidas. No entanto desengane-se quem pensa que a Juventus são só 11 jogadores. O treinador ainda conta com jogadores como Ogbonna, Peluso, Isla, Marchisio, Giovinco, Llorente e Quagliarella para serem opções viaveis quando os principais não estiverem disponíveis.

Foi a contratação mais sonante da equipa, mas mesmo assim não se livrou da controvérsia. Não só foi acusado de vir com peso a mais como ainda ficou com o número “10” do mítico Del Piero, dorsal intócavel e pouco meretório para Carlos Tevez, segundo os adeptos. Ainda assim o argentino assegurou que vinha em boa forma e Del Piero até veio em seu auxílio, pedindo apenas que honrasse a camisola que vestia ... e Tevez levou isso à letra. Ele é o motor que está sempre ligado e pronto a visar as balizas adversárias. Como se de uma segunda chance de vida se tratasse, o “Apache” já é decisivo pela Juventus com golos e passes importantes para as vitórias da equipa. É sem dúvida energico e um elemento que faltava à campeã italiana no ano passado que agora com o novo “10” volta a ter um elo de ligação entre o meio campo e o ataque. Carlos Tevez assinou por 3 anos, numa operação que custou aproximadamente 10 milhões aos cofres da “Juve”. O avançado de 29 anos sai assim do Manchester City, onde já não era feliz e tinha artritos com Roberto Mancini. Os outros reforços da Juventus foram Ogbonna, defesa central de 25 anos que assinou até 2018 (14 milhões) e Fernando Llorente, avançado internacional espanhol de 27 anos, que assinou a custo zero proveniente do Athelic de Bilbau e tem um contrato válido por 4 anos. Peluso convenceu depois de estar na Juventus por empréstimo e tranfere-se do Atalanta até 2017. Todos eles são opções válidas e com toda a capacidade para lutar por um lugar nos escolhidos de Conte semana após semana, em qualquer compromisso da equipa. Nos pés de Pirlo Porque falar de Juventus e não falar de Pirlo é quase um crime. Quando assinou em 2011 Buffon considerou-o como a “contratação do século” e não é para menos. Todo o futebol da Juventus passa pelo maestro italiano. O “21” é incontornável no meio campo. Com toda a classe, como se estivesse a passear pelo campo, ele distribui o jogo, abre alas com passes longos (como se fossem teleguiados) e sempre com aquela expressão de tranquilidade, como se de algo rotineiro e sem importância se tratasse, mesmo que seja um derbi ou um clássico. Cada bola parada é um desafio para a defesa contrária

António Conte tem aço, ferro e fogo

A concorrência de peso na Serie A Este ano a bicampeã italiana não terá vida fácil para vencer a Serie A. Nesta época Nápoles (segundo classificado no ano passado) e Roma prometem batalhar, já para não falar dos crónicos AC Milan de Balotelli e companhia e o Inter de Milão desejoso por passar uma borracha por cima do ano catastrófico que teve. O Nápoles aparece com novas caras e mesmo sem Cavani apresenta-se com muita força com nomes como Higuain, Mertens, Hamsik e Callejon; A Roma começou a Serie A em bom plano e cedo se colou no topo. Rudi Garcia comanda a equipa do lendário Totti que ainda tem De Rossi, Strootman, Pjanic e Gervinho; O Milan tem experiência do seu lado e com o retornado Kaká (de momento lesionado), o irreverente Balottelli e a classe de Montolivo tem uma palavra a dizer no campeonato; O Inter quer um ano de revolta depois do 9º lugar em 2012/2013. Como figuras tem Handanovic, Rannochia, Guarin, Ricky Alvarez e Palacio para mostrarem outra


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face bem diferente do ano passado. Isto tudo aliado ao querer da Juventus para entrar na sua história com o tricampeonato são os ingredientes que vão dar o sabor ao campeonato da Serie A, época 2013/2014.

Se o Real Madrid aparece como mais do que favorito a ficar com uma das duas vagas, o Galatasaray não vai dar de mão beijada o outro lugar à Juventus. O Copenhaga também promete dar o seu melhor para baralhar as contas. Até ao momento a Juventus soma dois jogos, dois empates. Apesar de muita tentativa saiu da Dinamarca O “sonho” europeu com um empate a um golo, e em casa esteve perto da vitória frente ao Galatasaray mas Bulut empatou a partida No dia 22 de Maio de 1996, no Olimpico de Roma, perto do fim. Gianluca Vialli levantava o troféu da Champions League Segue-se uma dupla jornada europeia frente ao Real após vencer nos penalties o Ajax (4-2, após empate a um Madrid que soma 6 pontos e 10 golos marcados na prova. golo no tempo regulamentar). Depois disso a Juventus A equipa de Conte não tem a tarefa facilitada, mas só no nunca mais venceu a liga milionária. fim das 6 jornadas se irá perceber se o sonho ainda tem Apesar de não ter o mesmo poder monetário que outros pernas para andar neste ano ... tubarões europeus (Bayern Munique, Chelsea, Barcelona, City, Real Madrid ...) a Juventus mantém a esperança de poder de novo erguer o tão aspirado título. A “vechia signora” está no Grupo B, juntamente com Real Madrid, Galatasaray e Copenhaga.


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VENHAM OS GLADIADORES NUNO TEIXEIRA FOTO: DPI.PT

Mudança de chip Domingo, tarde solarenga, barulho, confusão e festa! Os ingredientes estavam prontos, só faltava a arte do Barman para o cocktail sair perfeito, este não desiludiu e fez um trabalho ímpar. A vitima foi o Livorno, 4-0 não deixam margem para dúvidas, este Napoli está óptimo e recomenda-se. A jornada europeia não tinha corrido bem, a derrota no Emirates (primeira em toda a época) mostrou que a turma napolitana tem uma duríssima batalha para travar se quer estar nos oitavos da Champions. Mas uma coisa é a Liga Milionária outra é a Série A, e aí a equipa é o principe candidato a rei. Quando a qualidade se divide por todos O San Paolo vive um estado de graça que faz lembrar os tempos de “El Pibe”, quando todos os clubes olhavam para os sulistas de cabeça baixa, e temiam entrar naquele inferno. Hoje em dia a estrela deixou de estar centralizada, e espalhou-se por vários jogadores: há um argentino que domina o ataque, um espanhol que faz furor na ala, e o um eslovaco que monitoriza toda a máquina atacante, e podia estar aqui a falar de muitas outras peças importantissimas. Híguain continua lesionado e não jogou, porém um macedónio de nome Pandev brilha e mostra que Benitez não tem uma grande equipa, mas sim um grande plantel, com as lesões, castigos e prova europeia a causar pouca mossa na caminhada rumo ao “Scudetto”. É esta a nova realidade dos Napolitanos, de Cavanidependência passou-se para uma variedade de qualidade muito grande.

Pandev a decidir O encontro não podia ter começado da melhor forma, Pandev logo aos 3 minutos deixou o San Paolo num estado de transe total, assistido por Mertens, o belga que chegou do PSV por cerca de 9.5 milhões de euros, o ex Inter de Milão desferiu um golpe fatal na baliza da equipa toscana. Apoiado por este início fulminante os homens de Benitez jogavam descontraidos sempre com o controlo do jogo, e foi com bastante naturalidade que aos 26 minutos Inler num remate fora da área proporcionou o “frango” da tarde ao guarda redes Bardi. O intervalo chegou e reinava a felicidade entre os milhares de “Tifosi”, Reina passou o primeiro tempo inteiro sem fazer uma única defesa e por este ponto podemos resumir o que foram os primeiros 45 minutos. Bailando ao mesmo ritmo Callejon amplia a vantagem para 3-0 aos 54 minutos, com Goran Pandev a fazer uma assistência cheia de classe para o ex madrileno. Benitez pôde refrescar todo o ataque, contudo, o insusbstituível Hamsik fechou as contas da partida aos 83 minutos, e desta forma simples o Napoli atropelou o Livrono. Primeiro lugar á vista Agora é tempo da “Squadra Nazionale” e dia 18 o “calcio” retoma, quem defrontará a equipa sulista? Nada mais nada menos que os homens da capital, a equipa romana que comanda o campeonato e vem de Milão com um saco de 3 golos sem resposta em pleno estádio do Inter. Obviamente que nada se decidirá nesse encontro, mas o Olímpico de Roma assistirá a um duelo electrizante. Veremos se são os gladiadores, ou os mafiosos a sair por cima.


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MANCHESTER UNITED SALVO POR UM MIÚDO BELGA

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Manchester United regressou, este fim-de-semana, aos triunfos para a Premier League depois de duas derrotas consecutivas, mas voltou a não encantar e foi mesmo um miúdo, o belga Adnan Januzaj de 18 anos, que, com dois golos, acabou por garantir o triunfo para os diabos vermelhos no terreno do Sunderland que esteve em vantagem com um golo de Craig Gardner logo aos 5 minutos de jogo. O Manchester United sobe assim, ao 9º lugar do campeonato, e, apesar do mau início de campeonato, está a apenas 6 pontos da liderança, aproveitando um fim-de-semana onde duas das equipas londrinas que estavam nas primeiras posições (Arsenal e Tottenham) perderam pontos.

CURTAS FRANCISCO BAIÃO

1º 2º 3º 4º 5º

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Arsenal – 16 pontos Liverpool – 16 pontos Chelsea – 14 pontos Southampton – 14 pontos M. City – 13 pontos

LIVERPOOL REGRESSA AO TOPO

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Liverpool regressou ao comando do campeonato (em parceria com o Arsenal), após receber e vencer o Crystal Palace por 3-1, somando a quinta vitória em sete partidas, registo notável para uma equipa que há um ano atrás, por esta altura tinha apenas 6 pontos e já estava a 13 da liderança. Em destaque esteve, mais uma vez, Daniel Sturridge (leva 6 golos em 7 jogos e é o melhor marcador da Premier League) e com o regressado Luis Suárez que já tem 3 golos em 2 jogos. O outro foi da autoria do eterno capitão Gerrard, de penalti, todos na primeira parte do encontro.

VILLAS BOAS GOLEADO COM CONTRIBUTO PORTUGUÊS O Tottenham perdeu oportunidade de ouro para partilhar a liderança com Arsenal e Liverpool ao fim de 7 jogos, depois de perder, surpreendentemente, perante o seu público, com o West Ham por claros 0-3. Esta foi apenas a segunda derrota da época (depois de perder perante o Arsenal) e a primeira perante o seu público) e apenas o terceiro jogo em que não venceu, pelo que a expressividade dos números são ainda mais surpreendentes. Depois de um 0-0 ao intervalo, foram precisos apenas 15 minutos para que o West Ham marcasse por 3 vezes, cabendo o segundo golo ao português Ricardo Vaz Tê, naquela que foi, apenas, o segundo triunfo da sua equipa na Premier League desta época.


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À SÉTIMA FOI DE VEZ RICARDO BATISTA FOTO: DPI.PT

stou preocupado porque perdi e não gosto de perder, mas às vezes as coisas são assim. Para mim não há crise, são apenas maus resultados”, afirmou José Mourinho, na antevisão do jogo com o Fulham, da quinta jornada da liga inglesa. A verdade é que à sexta jornada, frente ao Tottenham de Villasboas os “blues” deixaram pálida imagem e na ronda deste fim-de-semana, no terreno do Norwich, o 1-3 final está longe de espelhar as dificuldades sentidas pelo Chelsea em impor o seu jogo, em controlar as suas partidas. E isso não deixa de ser algo desconfortável para os adeptos dos londrinos. “Maus hábitos”, se é que é possível classificar de mau hábito uma cultura ganhadora e verdadeiramente avassaladora, sobretudo nas competições. A verdade é que ao fim de sete jornadas, o Chelsea ocupa um lugar que José Mourinho nunca experimentou enquanto treinador do clube de Abramovich. Em 2004/05 estava em segundo lugar, ao passo que nas duas épocas seguintes com sete rondas disputadas já ocupava a liderança isolada. Pior mesmo, na última década, só mesmo em 2007/08, em que ocupava o sétimo lugar ou há


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duas épocas, em que igualmente não estava melhor do que esta época. A frieza do raciocínio desde logo levanos à seguinte conclusão: foram necessários sete jogos para se conhecer a primeira vitória do Chelsea fora de Stamford Bridge. É ou não estranho? Ponto prévio: a liga está a ser de tal modo atípica que Liverpool e Arsenal são líderes destacados (dois pontos de vantagem) e só perderam ainda quatro pontos, algo invulgar nos dois conjuntos e na própria Liga Inglesa tal a competitividade do campeonato. No meio, pouca virtude Frente ao Norwich, voltou ao de cima a fragilidade de um conjunto que ainda não encontrou a melhor estratégia para encaixar os homens do meio campo, notando-se claramente a falta de um homem de área ao nível do que José Mourinho teve em Madrid em abundância, que teve em Milão com Zlatan Ibrahimovic e Eto’o em destaque (não, não vale sublinhar que Mourinho tem Eto’o no plantel, desde logo porque inevitavelmente o camaronês está longe de ser a “jóia de África” que o colocou no topo da lista dos melhores avançados do Mundo). O próprio admite que a tarefa está difícil. A culpa? Da cultura enraizada. O técnico português admitiu que o Chelsea não é uma equipa que “possa esperar três a cinco anos” para obter resultados, e insistiu na ideia de que o seu projecto pretende mudar o estilo de jogo da formação londrina nas duas últimas temporadas. “Não me agrada a forma como o Chelsea jogou nas últimas duas temporadas. Ao clube este estilo também não agrada e queremos mudá-lo. Queremos um estilo diferente”, referiu. “Temos ainda muito para melhorar, temos muito para trabalhar. Continuaremos a ter momentos muito bons e momentos menos bons, o que acaba por ser normal em equipas ainda bastante jovens, em que falta alguma maturidade própria da experiência”, sublinhou José Mourinho no final do encontro deste fimde-semana. “Teremos altos e baixos e eu estou pronto para o desafio”, acrescentou. Cumprindo uma série de quatro jogos fora de casa (juntando campeonato, Liga dos Campeões e Taça da Liga) Mourinho conseguiu finalmente uma vitória para a Liga Inglesa e em véspera de uma pausa para compromisso das selecções, pausa essa que poderá funcionar, no entender do técnico, para reflectir, para analisar, para preparar o melhor possível os próximos desafios. O segredo para esta vitória em Norwich? O jogo de Bucareste. “Se não conseguíssemos vencer esse jogo, estaríamos em grandes problemas. Essa vitória trouxe-nos confiança”, garantiu o “Special One”. Novidades pouco resultaram Aos poucos, o Chelsea de José Mourinho vai ganhando forças na Premier League. Embalado pela goleada por 4-0 sobre o Steaua Bucareste (Roménia), em partida da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa, o Chelsea entrou em campo para enfrentar o Norwich com várias novidades na equipa inicial. No sector ofensivo, o senegalês Demba Ba superou a concorrência de Eto’o e actuou de inicio no lugar habitualmente ocupado pelo

castigado Fernando Torres. Actuando no habitual 4-2-31, o conjunto londrino controlou as acções ofensivas no início do embate. Neste domingo, os londrinos bateram o Norwich por 3-1. O destaque da partida ficou por conta do golo do brasileiro Willian, o seu primeiro tento com a camisola do novo clube, marcado no segundo tempo e já a queimar o “minuto 90”. A vitória dos Blues começou a ser construída logo aos 4 minutos, quando Ba recebeu lançamento na entrada da área e ajeitou para Oscar chegar na corrida e bater com estilo, no canto inferior do guarda-redes Ruddy. A primeira etapa seguiu com chances para os dois lados, mas os guarda-redes brilharam e acabaram impedindo quaisquer mudanças no marcador. O Norwich voltou melhor no segundo tempo e passou a criar chances com maior frequência até chegar ao empate, aos 23 minutos. Olsson foi à linha de fundo e cruzou no segundo poste para o antigo avançado do Sporting, Van Wolfswinkel, ajeitar para Pilkington que ganhou a disputa com David Luiz e disparou para o fundo das redes. Insatisfeito com o resultado, Mourinho promoveu as entradas de Samuel Eto’o, Eden Hazard e Willian nas vagas de Demba Ba, Ashley Cole e Juan Mata, respectivamente. As alterações realizadas pelo treinador português deram resultado. Com os dois conjuntos a lutar pela vitória no último quarto de hora do jogo, deuse melhor quem teve mais qualidade à disposição. Em contragolpe a cinco minutos do fim, Tettey cortou mal e ofereceu a bola para Hazard, que invadiu a área, disparou forte e contou com a ajuda de Ruddy para recolocar o Chelsea na frente. Um minuto mais tarde, Willian recebeu a bola no canto direito da área e conseguiu um remate de belo efeito, ao ângulo, selando o resultado final. 4 - O número de jogos consecutivos do Chelsea fora do seu estádio, juntando a Liga Inglesa, Liga dos Campeões e Taça da Liga. Começou a 24 de Outubro, frente ao Swindon Town, que terminou com a vitória dos “blues” por 2-0. Seguiu-se o desafio contra o Tottenham, para a Liga Inglesa, que não foi além de um empate a um golo, antes do importante embate de Bucareste, contra o Steaua, por 4-0, a contar para a Champions. Para o campeonato, o Chelsea conseguiu a sua primeira vitória fora, depois de ter empatado frente ao Manchester United (0-0) e a derrota frente ao Everton (1-0). Quem é Willian, o Salvador? “O Chelsea FC pode confirmar que chegou a um acordo com Willian e seu clube, o Anzhi Makhachkala, para a transferência do jogador brasileiro”. Foi deste modo que em Agosto o Chelsea anunciou de forma oficial que chegara a acordo com o jogador. A frase, no entanto, esconde uma das reviravoltas mais surpreendentes do defeso. O Tottenham tinha praticamente tudo certo para contar com Willian, de 25 anos, mas o Chelsea entrou na luta pelo jogador e, à última hora, ganhou a disputa pelo jogador. De véspera, Mourinho chegou a manifestar-se a propósito deste acordo. “Willian já tomou a decisão dele. Não quero falar sobre isso porque o futebol pode ser traiçoeiro... Mas sei o que ele quer e não posso esconder a possibilidade de acertarmos um acordo com ele”, disse Mourinho.


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ROMA IMPARÁVEL FAZ MAIS UMA VÍTMA

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Roma continua a sua caminhada triunfante na Serie A, vencendo, desta feita, e com toda a autoridade, o Inter de Milão, em pleno Giuseppe Meazza, por esclarecedores 0-3 com o eterno capitão Francesco Totti a apontar dois golos. Se até ao momento, a crítica poderia dizer que a equipa da capital italiana apenas tinha tido um teste exigente no derby frente à Lazio (vitória por 2-0), agora começa a ver na equipa treinada pelo francês Rudi Garcia um forte candidato ao scudetto. Foi na primeira parte que tudo se decidiu com dois golos de Totti e um de Florenzi que a equipa da capital somou a sétima vitória em sete jogos, continuando apenas com um golo sofrido e chegando aos 20 golos marcados.

CURTAS FRANCISCO BAIÃO

1º 2º 3º 4º 5º

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Roma – 21 pontos Nápoles – 19 pontos Juventus – 19 pontos Inter – 14 pontos Verona – 13 pontos

JUVENTUS BATE AC MILAN

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Juventus recebeu e venceu o AC Milan por 3-2, resultado que mantém a equipa de Turim na linha da frente da Serie A a apenas dois pontos da liderança e que afunda os milaneses para fora do top-10 da classificação geral. O AC Milan começou melhor, com um golo logo na abertura do jogo por intermédio de Muntari mas a vecchia signora chegaria ao empate ainda no primeiro quarto de hora de jogo por intermédio de Pirlo, fazendo o 1-1 com que se chegaria ao intervalo. Na segunda parte a equipa da casa marcaria por mais duas vezes com golos de Giovinco (acabado de entrar) e de Chiellini com o AC Milan a reduzir, novamente por Muntari, desta feita nos últimos instantes da partida.

ITURBE VOLTA A BRILHAR E VERONA É 5º

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Verona, equipa que esta temporada ascendeu à Serie A italiana, é uma das grandes sensações da prova depois de ter vencido, por 1-4, no terreno do Bolonha, naquele que foi o triunfo fora de portas mais expressivo da 7ª ronda da Serie A, ascendendo à 5ª posição, atrás dos “gigantes” Roma, Nápoles, Juventus e Inter. O triunfo desta jornada teve o contributo de um veterano nestas andanças (Luca Toni continua a marcar aos 36 anos) e teve mais uma vez o contributo do argentino Iturbe, emprestado pelo FC Porto que voltou a marcar e a assistir para golo. Assim, e apesar de ter uma das defesas mais batidas da primeira metade da classificação geral (já sofreu 10 golos em 7 jogos) o Verona já soma 13 pontos, a apenas 1 do 4º lugar do Inter de Milão.


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VISÃO DE SCOUT

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á aqui falámos da aposta do Vitória de Guimarães nos jovens da sua equipa B. Os vimaranenses são provavelmente a equipa que melhor tem tirado proveito dos jogadores formados na formação secundária.

OS RESULTADOS DAS EQUIPAS B NUNO MELO E CASTRO FOTO: DPI.PT

Alguns desses jogadores começam já a chamar a atenção de vários clubes em Portugal e lá fora. É sabido que o FC Porto já garantiu Tiago Rodrigues e Ricardo, ainda que o médio tenha regressado a Guimarães por empréstimo, mas outros jovens como Paulo Oliveira, André André, Marco Matias, Josué Sá e João Amorim “ameaçam” tornarem-se casos sérios no futebol português. Paulo Oliveira, por exemplo, está no Vitória desde os primeiros escalões de formação. Hoje, com 21 anos, é um dos principais ativos do clube e é também uma das maiores promessas do em Portugal. Tanto assim que a evolução de Paulo Oliveira não tem passado despercebida aos olhos de Paulo Bento e do restante corpo técnico da Seleção Nacional. O central vimaranense entrou na pré-convocatória do selecionador para os duelos frente à Irlanda do Norte e ao Brasil. Paulo Oliveira


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é titular na Seleção de sub-21, e é essencialmente muito forte no jogo aéreo, demonstrando ainda um forte sentido posicional. A presença de Paulo Oliveira nesta lista representa o reconhecimento das qualidades do promissor defesa, que saltou da formação secundária a meio da temporada passada para nunca mais largar a titularidade na equipa principal, tendo mesmo sido titular na final da Taça de Portugal, que o Vitória venceu por 2-1 frente ao Benfica. Apesar de ter recebido propostas para sair, Paulo Oliveira tem resistido ao assédio para continuar a evoluir no Berço. As equipas B têm como objetivo potenciar jogadores jovens que possam no futuro servir a formação principal. Contudo, é na equipa B do FC Porto que joga um dos jogadores mais velhos da Liga Orangina. Falamos de Zé António, jogador que passou entre outros clubes pela Académica, Borussia M’gladbach (Alemanha), Manisaspor (Turquia), Racing Santander (Espanha) e União de Leiria, tendo também sido chamado à seleção portuguesa por Luiz Felipe Scolari durante a fase de apuramento para o Euro 2008. O objectivo dos responsáveis azuis e brancos era simples: juntar a experiência de Zé António a uma equipa composta por jogadores jovens e com pouca ou nenhuma experiência profissional. Mas a verdade é que a equipa B dos dragões não tem sido devidamente aproveitada pela equipa principal, apesar de ter formado bons jogadores que evoluem noutros clubes, como é o caso de Sebá, que está no Estoril. Também o Benfica parece ir pelo mesmo caminho, já que um dos melhores jogadores da equipa B dos encarnados na época passada, Miguel Rosa, nunca mereceu de Jorge Jesus uma pequena oportunidade, e acabou por ingressar no Belenenses. Aliás os dirigentes e técnicos do Benfica assumem que é um dado adquirido que durante o processo de formação de jogadores, das camadas jovens e da equipa B, muitos serão os jogadores que não irão chegar à equipa principal e muitos deles irão “alimentar” equipas mais pequenas dos campeonatos de futebol. André Gomes é a exceção à regra, ainda que seja aposta intermitente. Sendo assim é de questionar se as equipas B fazem sentido. Aparentemente sim, desde que se dê aos jovens formados nestas equipas oportunidades para se afirmarem nas respectivas equipas principais. Esta segunda vaga de equipas secundarias – já que o projeto das equipas B nasceu em 1999 e este ativo até 2006 – parece finalmente ter encontrado a fórmula para poder ser uma alternativa válida, quanto mais não seja porque a crise europeia potencia a descoberta de soluções internas, quando não há meios para pagar os passes de jogadores de outros países. Não obstante são muitas as opiniões e se calhar muitas as questões a colocar, nomeadamente se deverá a equipa B competir apenas com jogadores jovens, se faz sentido ter jogadores da equipa A a jogar pela equipa B, ou mesmo de que forma esses jogadores devem integrar a equipa A. Na minha opinião, as equipas B devem essencialmente preparar competitivamente os jovens jogadores que tenham valor, transmitindo-lhes uma base de rotinas que permitam a sua evolução competitiva e preparando

a passagem para as equipas A, num trabalho conjunto entre as ambas as equipas técnicas, e além disso devem servir para rodar os jogadores menos utilizados da equipa principal permitindo recuperar índices físicos, competitivos e proporcionando aos estrangeiros um ambiente com menos pressão quando estes precisam de tempo para se adaptarem a um novo futebol .Resumidamente devem garantir que, a qualquer altura, os jogadores estejam em condições de jogar pela equipa A e quem sabe serem no futuro uma fonte de mais valias para os clubes.

Sabia que a primeira equipa B do SL Benfica contou com jogadores como Michael Thomas, Erwin Sanchez e Mawete Júnior? E que nessa mesma época de 1999/2000 na equipa B do FC Porto estavam George Jardel e Hélder Postiga? Já no Sporting a equipa B só foi formada um ano mais tarde, com jogadores como o atual guarda-redes do Sevilha Beto, o extremo Ricardo Quaresma e o médio do Benfica Carlos Martins.


EDITORIAL

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A FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE NÃO SE FAZ RESPONSÁVEL DA OPINIÃO DOS SEUS COLABORADORES

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