Revista espirita 121

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EDITORIAL

Espiritismo e política Antecipando-se aos fatos, Bezerra de Menezes, pela mediunidade de Chico Xavier, em abril de 1963, na cidade mineira de Uberaba, advertia: “É indispensável manter o Espiritismo qual foi entregue por Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes em pruridos de conquista de poderes terrestres transitórios”. Em que pese a sabedoria da advertência, parcela considerável de lideranças espíritas deixa-se envolver pelo canto enganoso da política mundana. Sem base doutrinária, os pretextos são muitos: obtenção de verbas, combate à corrupção, solução para os problemas sociais... Por não estudarem mais profundamente os postulados da Terceira Revelação, desconhecem os verdadeiros ideais do governo espiritual da Terra, trazidos por Allan Kardec, sob o comando direto de Jesus. Aí surgem os “personalismos deprimentes” como canal psíquico para a ação nefasta de nossos perseguidores. Temos observado que, quando eleitos, dão asa à vaidade, participam de conchavos, submetem-se à orientação de grupos, acabando por abandonar seus sagrados compromissos com o Cristo, como o fazem membros de outras religiões quase que sem exceção. Costumam alegar que espíritos elevados como o próprio Bezerra de Menezes e Bittencourt Sampaio foram políticos. Esquecem-se que esses missionários, ao conhecerem nossos princípios, abandonaram imediatamente suas convicções partidárias para servirem à causa do esclarecimento superior, libertando consciências, direcionando-as para o bem eterno. A verdadeira política espírita, que se sustenta nos Bittencourt e Bezerra ensinamentos evangélicos sob a ótica do Consolador, está em não envolver os interesses do Senhor com a ambição humana, sempre comprometedora. O “daí a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus” possui uma significação extraordinária para os que têm “olhos de ver”. jan/jun - 2006

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Retrato mediúnico Maria Mãe de Jesus No Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, MG, na noite de 1.º de dezembro de 1984, Chico Xavier esclareceu que o retrato mediúnico de Maria de Nazaré, a doce mãe de Jesus, se deu por orientação de Emmanuel ao fotógrafo e pintor Vicente Avela, de São Paulo, com vistas à comemoração do dia das mães, atendendo à ansiedade de senhoras espíritas, mães amorosas, que vêem em Maria a inspiradora da Fotografia da capa maternidade sublimada. O trabalho foi elaborado lentamente a partir dos meados de 1983, sendo constantemente corrigido por Emmanuel por meio da mediunidade de Chico Xavier. Foram mais de vinte contatos. Emmanuel afirmou que é com essa fisionomia que ela visita a crosta terrestre, em particular a Legião dos Servos de Maria, instituição consagrada ao tratamento de suicidas, como detalha a estupenda obra “Memórias de um Suicida”, fruto da mediunidade de Yvonne do Amaral Pereira. Yvonne A. Pereira 2

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FILANTROPIA E CARIDADE Rogério Coelho - MG

Há que se distinguir a filantropia Segundo informes de Joanna de da caridade. Quem se diz discípulo do Ângelis1: “...a caridade é algo mais que Cristo não age tão somente ao nível o simples ato de dar. Certamente a raso da filantropia, mas, aprofunda-se doação de qualquer natureza sempre no mister do bem até atingir a região beneficia aquele que lhe sofre a falta. da vera caridade. Não que a filantropia Todavia, para que a caridade seja seja inócua, mas, do cristão exige-se alcançada, é necessário que o amor se mais. Assim, pode-se: faça presente, qual combustível que - repartir moedas, a mãos-cheia; permite o brilho da fé, na ação - distribuir tecidos e agasalhos; beneficente”. - atender aos enfermos com Destarte, há que se impregnar a medicação; beneficência com o odor da - ofertar pão aos esfaimados; indulgência, da compaixão, da - doar haveres e tolerância, da hucoisas aos desamildade, da piedade, fortunados, e, no “ E, quando houvesse da oração interentanto, tudo isso distribuído os meus bens cessória, da paciência pode apenas ser para alimentar os pobres enobrecida, da edufilantropia superficial e cação, sem o que nada e houvesse entregado meu nada aproveitar àquele disso redundaria em corpo para ser queimado, proveito para nós. que oferece. Porém, se, ao se não tivesse caridade, Lembremo-nos repartir, distribuir, tudo isso de nada me de Jesus que, no difícil atender, ofertar e doar, serviria.” (S. Paulo, I Cor.,13:3) convívio com os adicionarmos à esses homens, foi o exemplo gestos: vivo de todas as - o sentimento de amizade em modalidades de caridade, não relação ao carente; permanecendo tão somente na - vazá-los em nobres vibrações superficial região da filantropia, mas, de compreensão; atingindo o fulcro da virtude superior em - adicionarmos a afabilidade e a todos os seus gestos filtrados nas mais gentileza fraternal; alcandoradas expressões de nobreza, - erguermos o caído com carinho e compreensão. palavras de bondade; - abrasarmos o óbolo com envolvimento emocional; somente 1Joanna de Ângelis/Franco, Divaldo P., assim, elevaremos a mera filantropia “Vigilância” - Capítulo 13. a foros de vera caridade... jan/jun - 2006

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Bezerra de Menezes

Pensamentos doutrinários IV Da série publicada no jornal O PAÍS, no Rio de Janeiro, a partir de 1886. O que é feito do homem desde o momento em que o véu da morte, como o pano da boca de um teatro, oculta-o às vistas dos espectadores? Diante desta simples pergunta desmancha-se a falange dos sábios, toda de escopeta em punho para fuzilar, com sua eterna gargalhada, as teses do Espiritismo. Unidos contra nós, eles não têm, entretanto, uma idéia em cujo nome possam bater-se contra nós! Eis a organização do exército que nos combate, agora em que terreno tem ele assentadas suas baterias? Uma das alas diz: temos uma alma, esta alma não acaba com o corpo, é imortal. A outra ala diz: não temos alma, acabamos como o burro, quando cerramos olhos ao cenário em que representamos o nosso papel. Os primeiros firmam suas crenças na fé, fé racional ou passiva, pouco importa. Os segundos firmam as suas na negação da fé e da razão, e não admitem senão o que vêem, apalpam e ouvem. São inimigos irreconciliáveis e, unem-se para nos baterem! Podíamos, com o melhor direito, exigir que primeiro se 4

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pusessem de acordo, para então reconhecer-lhes o título de beligerantes, podíamos exigir que desfraldassem a sua bandeira; isto, porém, seria o mesmo que dizer-lhes, jamais podereis fazer-nos frente, e,

Retrato pintado de Bezerra de Menezes

se temos esse direito, temos, por outro lado, o dever de ensinar os ignorantes. Não vai ofensa nesta expressão, que tomamos no campo de um dos aliados. Aceitemos, pois, a luta nas condições em que nos é oferecida e restabeleçamos a tese, que levantamos nas primeiras linhas deste trabalho:


“O que é feito do homem desde o momento em que o véu da morte oculta-o às vistas do mundo?” Já sabemos como respondem os nossos adversários, e porque respondem de modos opostos, compreende-se que somos obrigados a batê-los em detalhe. Não vai nisto, nem fraqueza, que felizmente não sentimos, cônscios de ter mos por nós a verdade, nem tática, que revela grande engenho, predicado que muito de consciência confessamos não possuir; mas simplesmente obediência à lei que nos é posta pelos nossos próprios adversários. Aos que proclamam a existência da alma e sua imortalidade,

como nós mesmos proclamamos, mas que discordam de nós no único ponto: de definirem o destino eterno das almas logo depois de morto, quando o Espiritismo define a vida como um pouso na longa e terna vida que leva-nos ao destino de todos: a perfeição pelo saber e pelas virtudes. Aos que cortam asas ao vôo altivo dos espíritos, criados perfectíveis, todos, e acabando todos nesta vida, imperfeitos em escala variadíssima; quando o Espiritismo dá a todos a eternidade para desenvolverem sua perfectibilidade e conseguintemente chegarem todos ao fim comum.

Jesus e os mercadores do templo 1

Mateus, cap. XXI, v. 13 / Marcos, cap. XI, v. 17 / Lucas, cap. XIX, v. 46

Registra a Bíblia que Jesus, ao chegar no templo de Jerusalém, verifica desprezível comércio, e usando de cordas expulsa os vendilhões, dizendo que “a casa do Pai é casa de oração e não covil de ladrões”1. Ancorados na razão, será possível admitirmos que o Mestre, nosso guia e modelo, exemplo maior de amor, de piedade, de mansuetude, a personificação da pureza e das virtudes plenas, promoveria castigo físico, como alguns acreditam, aos seus irmãos ignorantes? A única resposta plausível é não! Qual, então, a leitura correta? O extraordinário e elucidativo livro JESUS PERANTE A CRISTANDADE, de Bittencourt Sampaio pelo médium Frederico Júnior, afirma que Jesus, na passagem descrita, se deixa mostrar em grandeza fulgurante e que de suas mãos jorra um látego de luz. Neste instante indescritível, a turba atônita, ao vislumbre do inesperado espetáculo luminoso e impactante choque magnético, vai ao solo, derrubando as próprias mesas e objetos. Assim, temos o real “açoite” motivado por Jesus o “Senhor da vida”. Látego: Açoite de correia ou de corda. Turba: Muitas pessoas reunidas, povo, multidão. jan/jun - 2006

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ESPIRITISMO PRÁTICO Narcizo B. Rocha - DF

Encontramos no Espiritismo uma série de oportunidades de serviços aos semelhantes e, dentre elas, a tarefa de doutrinar, isto é, esclarecer e orientar os espíritos desencarnados, que se comunicam nas sessões mediúnicas, nas condições de sofredores e desorientados. Embora esse serviço se realize na intimidade das casas espíritas, se reveste de inestimável valor, tanto na educação de espíritos desencarnados como na dos encarnados, quando praticado com base nos princípios cristãos, de amor e caridade, à luz da Doutrina Espírita. Ao doutrinador, portanto, está reservada uma tarefa delicadíssima a lhe exigir dedicação, estudo, renúncia e conduta exemplar, tanto que André Luiz, no livro “Os Mensageiros”, nos informa que “a missão do doutrinador é muitíssimo grave para qualquer homem”. Assim pois, no trato com os espíritos sofredores é imprescindível, conhecimento doutrinário, vigilância, discernimento, testemunho e amor. Para que possamos refletir em torno do assunto, extraímos da obra supracitada, capítulos 11 e 12, alguns depoimentos de espíritos que faliram na missão de doutrinar: Belarmino “Minha tragédia angustiosa, porém, é a de todos os que conhecem o bem, esquecendo-lhe a prática.” “...primeiramente doutrinar com o exemplo, e, em seguida, com a palavra.” “...a escravidão ao dinheiro me transformara os sentimentos.” 6

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“E assim foi, até que acabei meus dias com uma bela situação financeira no mundo e (...) um corpo crivado de enfermidades; com um palácio confortável de pedra e um deserto no coração.” “...e o resto o meu amigo poderá avaliar: tormentos, remorsos, expiações...” Monteiro “...a multiplicidade de fenômenos e as singularidades mediúnicas reservam surpresas de vulto a qualquer doutrinador que possua mais raciocínios na cabeça que sentimentos no coração.” “...e tamanho era o fascínio que o comércio com o invisível exercia sobre mim, que me distraí completamente quanto à essência moral da Doutrina.” “Não conseguia perceber que a existência terrestre, por si só, é uma sessão permanente.” “Talhava o Espiritismo a meu modo.” “Como ensinar sem exemplo, dirigir sem amor?” “Minha cabeça dirigiase ao céu, em súplica, mas o coração colava-se à Terra.” Causa da derrota, segundo consideração da Ministra Veneranda: “Entregou-se, você, excessivamente ao Espiritismo prático, junto dos homens, nossos irmãos, mas nunca se interessou pela verdadeira prática do Espiritismo junto de Jesus, Nosso Mestre”. Diante de tão abençoada oportunidade, muitas vezes transferimos para os benfeitores espirituais o serviço que nos compete realizar, quando eles, também esperam que nos preparemos e cumpramos com a nossa parte, para que as sessões mediúnicas sejam verdadeiros oásis de amor.


Allan Kardec 3/outubro/1804 a 31/março/1869

“Deveremos incluir também entre os desertores do Espiritismo os que se retiram porque a nossa maneira de ver não lhes satisfaz; os que, por acharem muito lento ou muito rápido o nosso método, pretendem alcançar mais depressa e em melhores condições a meta a que visamos? Certamente que não, se têm por guia a sinceridade e o desejo de propagar a verdade. - Sim, se seus esforços tendem unicamente a se porem eles em evidência e a chamar sobre si a atenção pública, para satisfação do amor-próprio e de interesses pessoais!...”

Do livro “Obras Póstumas” Trecho extraído da primeira parte “Os desertores”.

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A portentosa grandeza do Universo exalta a presença O telescópio espacial de Hubble completou 15 anos

DEUS

de atividades constantes, fotografando imagens longíquas do Universo. Recentemente, revelou a existência da galáxia M51, cuja luz gasta mais de 12 bilhões de anos para chegar à Terra. A ciência confusa e perplexa começa a ajoelhar-se diante da magnificência cósmica e a perguntar: Quem criou tudo isso, com tanta beleza, com essa exponencial grandeza e perfeição? Falam em Universo planejado, em conspiração cósmica, em criação inteligente, em poder mantenedor... que resumimos numa única palavra: Deus. Fotos da galáxia M51 com as cores, a beleza e a impressionante dimensão do seu diâmetro com 90.000 anos-luz.

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Vianna de Carvalho responde ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITA Médiun: Divaldo Pereira Franco

Pergunta 1: Grandes catástrofes poderão destruir povos ou regiões da Terra? Ou pela tecnologia será possível evitá-las? O conhecimento tecnológico tem proporcionado à Humanidade grandes conquistas que vêm diminuindo o sofrimento dos povos. Com o desenvolvimento moral das criaturas diluem-se as cargas cármicas que lhes pesam sobre os ombros e, como efeito, vão desaparecendo os fatores que geram os sofrimentos coletivos de caráter reparador. Já podemos acompanhar grandes progressos nessas áreas, detectando-se erupções vulcânicas, terremotos, ciclones e tufões com antecedência que permite a evacuação das áreas onde ocorrerão as calamidades sísmicas, dessa maneira contribuindo para menor soma de dores nas criaturas. No entanto, o planeta Terra, em si mesmo, prosseguirá o seu processo de adaptação, de transformação molecular, alterando o clima e a constituição, mediante o que passará de mundo de provas e expiação para o mundo de regeneração, não sendo possível por enquanto evitá-las.

Pergunta 2:

Qual a responsabilidade daqueles que, em nome do lucro, expõem seus semelhantes para seu sustento material? Toda forma de exploração humana é atentatória aos códigos da divina justiça. O homem deve trabalhar com o próprio esforço, a fim de conseguir o sustento material, e a natureza jamais lhe negará aquilo de que necessita. O supérfluo é condenável, quando muitos têm carência ou vivem do pouco que conseguem. Utilizar-se do seu semelhante, expondo-o a humilhações sob qualquer pretexto, particularmente em razão das suas fraquezas, e disso tirando proveito, malsinando suas horas, cultivando-lhe ou estimulando-lhe as paixões inferiores, constitui crime que não passará incólume ao despertar da consciência. jan/jun - 2006

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EXPULSAR JESUS DO ESPIRITISMO? Por inacreditável possa parecer, ainda encontramos irmãos “espíritas” que questionam o aspecto religioso da Terceira Revelação. Negam a excelsitude de Jesus com febril descontrole emocional, referindose ao Mestre como se Ele fosse um homem vulgar. Para esses confrades atoleimados em suas fanfarras imaginárias, alertamos o seguinte: Espiritismo religioso, sim! Acompanhemos o raciocínio de Emmanuel: “Somente o Cristianismo restaurado pode salvar o mundo que se perde. Nossa missão é essencialmente religiosa, na restauração da fé viva e na revivência das tradições simples dos tempos apostólicos. Não temos a presunção de pedir o atestado de óbito das escolas religiosas, nem desejamos estabelecer a luta dogmática e o sectarismo. Desejamos tão-só reavivar a crença pura, a fim de que o homem, na qualidade de herdeiro divino, possa entrar na glória espiritual da compreensão de Jesus Cristo”.1 Se aceitamos os preceitos da Doutrina Espírita, não podemos negar-lhes fidelidade absoluta. Prevendo esses estranhíssimos movimentos em nossas hostes, Chico Xavier há 21 anos advertia “as falanges das trevas são muito poderosas, organizadas. O que elas desejam é expulsar Jesus do Espiritismo e se tirarem Jesus do Espiritismo este desaparecerá. Têm surgido, ultimamente, muitas práticas estranhas no movimento kardeciano. Estou alertando vocês porque eu tenho pouco tempo de vida e vocês devem defender esse tesouro”.2 Posteriormente, numa entrevista cedida a confrades de Uberaba, Chico reafirma: “Se tirarmos Jesus do Espiritismo, vira comédia. Se tirarmos religião do Espiritismo, vira um negócio. A Doutrina Espírita é ciência, filosofia e religião. Se tirarmos a religião, o que é que fica? Jesus está na nossa vivência diária, porquanto em nossas dificuldades e provações, o primeiro nome de que nos lembramos, capaz de nos proporcionar alívio e reconforto, é JESUS”.3 10

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Jorge Hessen - DF

Alguns “espíritas”, distantes de quaisquer argumentos inteligíveis persistem em disseminar a desgastada cantilena de que é preciso fugir do Cristo, do religiosismo, do igrejismo no Espiritismo e transformá-lo numa academia de notáveis. Sob o viés dessa esdrúxula fábula conceitual, escrevem livros, artigos, fazem palestras, escravizados aos impulsos telepáticos dos “gênios das trevas”. Desta forma, pela tendência desses estranhos irmãos “espíritas”, percebe-se que o Evangelho ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas, da má-fé, da ignorância, apesar de representar a grande síntese de todas as propostas filosóficas que visam aprimorar o homem. Esses desarrazoados pregoeiros de idéias vãs esquecem-se de que o Cristo é o modelo de virtudes sobre-humanas. É incomparável a dedicação e a santidade que Ele dispensa à Humanidade. Nós, que ainda estamos mergulhados no vício da corrupção, não temos parâmetros para avaliarmos a Sua magna importância para o Espiritismo, porque a Sua perfeição se perde na noite indevassável dos séculos. O Espiritismo sem Jesus pode alcançar as melhores expressões acadêmicas, mas não passará de atividade destinada a modificar-se ou desaparecer, como todas as conquistas transitórias do mundo. E o espírita, que não cogitou da sua iluminação com o Evangelho Dele, pode ser um intelectual, um doutor e um filósofo, com as mais elevadas aquisições culturais, mas estará sem bússola e sem roteiro no instante da tempestade inevitável da provação. 1

Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, Emmanuel, RJ: Ed FEB, 2000, questão 42. 2 Revista Internacional do Espiritismo, Matão 1985. 3 Entrevistas com Chico Xavier disponíveis em http:// www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/religião/ espiritismo-sem-jesus.html


Se procuras paz Presença de Emmanuel/Chico Xavier

Olvida as desilusões e as mágoas que porventura te assaltem a mente, para que te fixes na certeza de que a vida encerra os germes da renovação incessante, em si própria, facultando-nos a conquista da verdadeira felicidade. Olvida o lado menos feliz dos companheiros de trabalho e de ideal, a fim de que lhes enxergues tão somente as qualidades enobrecidas e as possibilidades de elevação. Olvida as injúrias recebidas, entesourando as bênçãos que te rodeiam. Olvida o azedume e a incompreensão dos adversários e esmera-te a conservar os amigos e irmãos que te apóiam as tarefas do dia-a-dia. Olvida os assuntos que provoquem a mentalização dos erros e tragédias da Humanidade e rende culto permanente aos feitos edificantes e heróicos em que os homens hajam exaltado a sua natureza divina. Olvida os fracassos que já te assediaram a existência e escora-te nas esperanças e realizações com que te diriges para o futuro. Olvida as reminiscências amargas e mantém na memória os acontecimentos felizes que se te erigiram na estrada, alguma vez, por motivos de euforia e plenitude espiritual. Chico Xavier Olvida as dificuldades que te entravem a marcha e consagra-te ao serviço que já possas criar ou fazer na seara do amor ao próximo. Se procuras a paz, olvida todo o mal e dedica-te ao bem, porquanto somente o bem te descerrará caminho para as bênçãos da luz. jan/jun - 2006

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Conselho Editorial Verificação de conhecimentos doutrinários

Baseada na literatura espírita consagrada por Kardec, Léon Denis, Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Joanna de Ângelis, Yvonne A. Pereira, Cairbar Schutel, Vianna de Carvalho entre outros.

Assinale a opção correta e confira o resultado na página 22: 1. A obra, de extraordinário conteúdo filosófico, “Os Problemas do Ser, do Destino e da Dor” foi escrita pelo apóstolo do espiritismo: Léon Denis

Allan Kardec

Gabriel Dellane

Willian Crookes

2. Os 7 (sete) centros vitais são: Esplênico, abdominal, coronário, laríngeo, sexual, cardíaco e cerebral. Coronário, cardíaco, laríngeo, esplênico, gástrico, cerebral e genésico. Cardíaco, laríngeo, coronário, gástrico, visual, abdominal e cerebral. Gástrico, cardíaco, laríngeo, sexual, abdominal, esplênico e coronário. 3. O título “cristão” foi sugerido pelo evangelista: Marcos

João

Lucas

Mateus

4. O nome Allan Kardec foi escolhido pelo codificador do Espiritismo em homenagem a uma existência sua passada nas antigas Gálias (atualmente França) entre os: Cristãos

Alexandrinos

Gregos

Druidas

5. A Palestina, no tempo de Jesus, era uma tetrarquia assim dividida: Galiléia, Judéia, Peréia e Samaria. Galiléia, Judéia, Jerusalém e Samaria. Galiléia, Judéia, Jerusalém e Cafarnaum. Galiléia, Judéia, Jerusalém e Belém. 6. Aparelho citado por André Luiz em “Nos Domínios da Mediunidade” que serve para avaliar o potencial de realização de indivíduos e grupos: Psicômetro 12

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Psicoscópio

Psicodinamômetro

Espiritômetro


7. Autor de “Jesus Perante a Cristandade”, desencarnado no Rio de Janeiro, em 1895, foi, ao lado de Bezerra de Menezes, o maior apóstolo da unificação em terras brasileiras: Guillon Ribeiro

Casimiro Cunha

Bittencourt Sampaio

Leopoldo Cirne

8. Viveu na cidade de Sacramento, Minas Gerais, e é conhecido como o “apóstolo da caridade”: Peixotinho

Eurípedes Barsanulfo

Batuíra

Cairbar Schutel

9. O segundo livro de Moisés, chamado “Êxodo”, relata: A formação do planeta Terra. A libertação dos judeus e sua retirada do Egito. Os códigos religiosos dos judeus no Egito. As leis dos antigos hebreus. 10. O homem encarnado é um trinômio composto de: Corpo físico, espírito e mente. Corpo físico, espírito e perispírito. Corpo físico, espírito e matéria. Corpo físico, espírito e subconsciente.

Retratação de Moíses

11. Há 400 (quatrocentos) anos antes de Cristo, pregava a reencarnação: Virgílio

Moisés

Sócrates

João Batista

12. A proibição de evocar os mortos foi estabelecida, há quase 3.200 anos, por: Davi, nos Salmos. Salomão, no I Reis. Moisés, no Deuteronômio. Isaías, nas profecias. 13. O “vampirismo”, na conceituação dos espíritos, por meio de André Luiz, é: Alimentação à base de sangue. Fascinação. Alimentação mental. Permuta magnética de grau inferior. jan/jun - 2006

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FABIANO DE CRISTO

Lívia Lemos - DF

Apontamentos de uma vida O livro “Fabiano de Cristo – O peregrino da caridade”, de autoria de Roque Jacinto, inspirado por Bittencourt Sampaio e Bezerra de Menezes, escrito em linguagem simples e gostosa, relata de maneira sucinta os principais registros da vida generosa e firme no bem, deste que foi um dos maiores exemplos de humildade e caridade moral, virtudes destacadas e inerentes aos grandes espíritos. Em encarnação anterior foi José de Anchieta, o “apóstolo do novo mundo”, que peregrinou pela Terra de Santa Cruz em favor dos silvícolas e na disseminação do cristianismo. De volta à experiência corpórea, nasce no século XVII em Portugal, com o nome de João Barbosa. Vem para o Brasil e, trabalhando como comerciante, forma riqueza. Mas tinha um vazio no coração. Desdobrado em noite de sono, ouve o convite luminoso do “pobre de Deus”, Francisco de Assis, para voltar a entesourar os bens da vida eterna. Desperta e procura o Convento de Santo Antônio no RJ, onde firma voto de pobreza, passando a se chamar Fabiano de Cristo, abrindo mão das riquezas materiais em dedicação ao próximo. Entre outras passagens, o livro narra que, Fabiano, no dia por ele anunciado, deu seu último suspiro e, nos instantes seguintes ao desenlace do corpo físico, transportado ao alto, foi recebido em solo recamado de rosas e homenageado por uma multidão que, entre acenos e palmas, entoava hinos de exaltação ao Pai Divino. Ante o reconhecimento, chorou com a serenidade do obreiro em paz com a consciência. Amparado por uma comissão engalanada de almas eleitas e virtuosas, destacando-se Francisco de Assis, que o abraçou com intraduzível amor, foi encaminhando ao encontro do Mestre Jesus. Roque Jacinto descreve, em poucas palavras, um quadro de emoção e beleza que segue ao espetacular encontro. Ajoelhado diante da fulgurante luz que não ousava contemplar, mediante convite para ingressar num mundo feliz, respondeu em arroubo de humildade: “Deixai-me, Senhor, como um Editora Luz no Lar porteiro de tua Mansão!”. Desde então, Fabiano de Cristo, amparado pela misericórdia de Jesus, ergue casas de transição na espiritualidade infeliz. No reconhecimento que somos ainda fracos e vacilantes, busquemos, nos exemplos de abnegação e amor o necessário fortalecimento. 14

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Frases que merecem MEDITAÇÃO

(Extraídas da obra “No Mundo Maior”, de autoria de André Luiz e psicografia de Chico Xavier.)

“ A morte a ninguém propiciará

“ Longe vai o tempo em que a razão

passaporte gratuito para a ventura celeste. Nunca promoverá compulsoriamente homens a anjos.”

admitia o paraíso ou o purgatório como simples regiões exteriores; e, se alguém agiu contra a Lei, ver-se-á dentro de si mesmo em processo retificador, tanto tempo quanto seja necessário; céu e inferno, em essência são estados conscienciais.”

“Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio.”

“Todas as lutas terrenas chegam e passam; ainda que perdurem, não se eternizam.”

“ O espiritualismo, nos tempos modernos, não pode restringir Deus entre as paredes de um templo da Terra, porque a nossa missão essencial é a de converter toda a Terra no templo augusto de Deus.”

“ Ninguém, depois do sepulcro, gozará de um descanso a que não tenha feito jus, porque o Reino do Senhor não vem com aparências externas.”

“Aceita a humilhação como benção, a dor como preciosa oportunidade.” “ O amor espiritualizado, filho da

“ É mais nobre dar que receber, mais

renúncia cristã, é a chave capaz de abrir as portas do abismo para onde rolaram e rolam milhares de criaturas, todos os dias.”

belo amar que ser amado, mais divino sacrificar-se que extorquir alheios sacrifícios.”

“A construção da felicidade real não depende do instinto satisfeito.”

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CINEMA

“O Exorcismo de Emily Rose” - Baseado numa história real –

Emily Rose completamente subjugada

Aceito pela Igreja Católica como um caso de satanismo, a subjugação sofrida por Emily Rose, jovem alemã de apenas 19 anos, na década de 70, transformou-se também em drama judicial, que culmina no julgamento do padre exorcista. Excelentes artistas produzem cenas Cartazes do filme perfeitas de mediunismo cruel e ações dolorosas, que impressionam pelo realismo. Ignorância em torno do fenômeno, rituais incompreensíveis e a trama inteligente montada pelos obsessores mostram a importância do conhecimento espírita para a solução definitiva desses problemas. O filme educa e adverte. Vale a pena ser visto! 16

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Tribuna LIVRE Puberdade precoce Pergunta: Pais e médicos estão aturdidos com a precipitação da puberdade nos jovens, em todo o mundo, em média de três anos. Ocorre na faixa etária de oito a treze anos e não encontra resposta na ciência. A Doutrina Espírita se posiciona a respeito?

Resposta: A Doutrina Espírita tem uma visão muito clara sobre o assunto. O fenômeno tem origem no corpo precedente ou perispírito, onde se armazenam os reflexos de vidas passadas. Assim como as criançasprodígio (gênios precoces) trazem na alma o fruto de suas conquistas numa sucessão de vidas dedicadas à aprendizagem, as crianças que despertam para o sexo antes do tempo ideal são espíritos que se desequilibraram no uso de suas forças genésicas. A intensidade e o tempo gasto no atendimento indisciplinado desse instinto repercutem nos centros perispirituais, atingindo a regularidade do funcionamento dos centros coronário, cerebral e genésico que obrigarão o novo corpo físico a despertar,

O ESPÍRITA responde perigosamente, as glândulas produtoras do fenômeno antes do tempo próprio. Os hospitais do mundo estão repletos de meninas grávidas em busca de apoio e as clínicas de endocrinopediatria não sabem o que fazer com o número crescente de meninos angustiados por sexo. O quadro não só assusta os estudiosos, como vai piorar! Governos, empresas, meios televisivos, cinematografia, divulgam, por meio de novelas e apelos de consumo, imagens mentirosamente românticas entre adolescentes, estimulando a libido. Como diz André Luiz, na obra “No Mundo Maior” psicografia de Chico Xavier, no cap. XI: “A incompreensão humana dessa matéria equivale a silenciosa guerra de extermínio e de perturbação”. “O cativeiro nos tormentos do sexo não é problema que possa ser solucionado por literatos ou médicos a agir no campo exterior: É questão da alma que demanda processo individual de cura, e sobre esta só o espírito resolverá no tribunal da própria consciência.” Vale rememorar: “A cada um segundo suas obras”, frase em que o Cristo sintetizou a lei de causa e efeito como advertência para os nossos corações. jan/jun - 2006

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Nem tudo é obsessão Fidelis Nepomuceno - ES

É comum algumas pessoas acreditarem que todas as ocorrências negativas em suas vidas, são conseqüências de uma força sobrenatural que atrapalha a sua prosperidade. Senão conseguem a promoção cobiçada no emprego, foram enganadas por seu superior, nunca por falta de experiência ou até de competência. Se não acertaram na loteria creditam à ausência de sorte ou ao “olho grande” dos inimigos e, nunca por ser apenas um jogo. Mas, uma das maiores injustiças, é imputar as suas doenças aos obsessores ou “encostos”. Recorrem a vários credos religiosos para a solução de um problema promovido por “forças externas”, numa visão limitada e egoísta. Porém, o que não conseguem perceber é que, na maioria esmagadora das vezes, a culpa das nossas enfermidades, físicas ou psíquicas, é produto da condição inferior do campo mental que vivemos e insistimos em alimentar. A isso devemos somar todas as mazelas das vidas anteriores. A mente humana é uma usina de forças, e perturbada pelos remorsos da conduta incorreta, emana energias deletérias que atingem primeiro o próprio emissor e, posteriormente, outros organismos no seu campo de ação mental. Essa energia destrutiva pode causar danos irreversíveis ao organismo físico, levando-nos a desencarnação prematura. Portanto, antes de colocarmos a culpa em terceiros, mormente nos desencarnados, observemos a nossa conduta moral na procura das respostas numa análise interior. Fluxo de energias mentais Examinemos se as nossas práticas estão em consonância com as leis morais e divinas estabelecidas universalmente pelo Pai Celestial. Assim, talvez, a consciência nos absolva. Aproveitemos a sagrada oportunidade da reencarnação a fim de rapidamente nos vincularmos, de maneira saudável, às ações mentais nobres e edificantes rumo à necessária evolução espiritual. Então, podemos concluir que nem tudo é obsessão. 18

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SERVIR A DEUS E NÃO A MAMON (Mateus, cap. VI, vv. 24 a 34)

Porque ou odiará a um E ao outro amará, Ou se submeterá a um E ao outro desprezará. Não podeis servir a Deus E a Mamon, igualmente; Eis por que vos digo Neste instante, claramente: Não vos inquieteis Pelo que comereis, Por aquilo que bebereis, Nem com o que vestireis. A vida não vale mais Do que o alimento, E o corpo, mais ainda Do que o indumento? Vede as aves do céu, Caros companheiros: Não semeiam, não colhem, Não enchem celeiros; Entretanto, vosso Pai Lhes dá alimentação. Não sois muito mais Do que elas, então? E qual de vós pode, Com seu talento, porventura, Acrescentar um côvado A mais na sua estatura? E com as vestimentas Por que vos inquieteis? Observai os lírios do campo, Que crescem, e vereis:

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E disse o Mestre Jesus Aos seus seguidores: Ninguém pode servir, Igualmente, a dois senhores;

Não trabalham, nem fiam. Mas nem o rei Salomão Se vestiu como um deles Em toda a sua glorificação. Se o feno dos campos Deus cuida de vestir Que hoje existe, porém Amanhã vai se extinguir, Sendo lançado no forno... Quanto mais a vós não dará, Homens de pouquíssima fé, O que vierdes a precisar? Não vos apoquenteis, dizendo: O que comeremos? Mas que beberemos? Ou como vestiremos? Como as gentes do mundo Que, assim, se esmeram Na conquista dessas coisas, Pelas quais se desesperam. Procurai primeiramente O reino de Nosso Senhor E, também, a Sua justiça Com todo o vosso ardor, E todas essas coisas Serão, afinal, dadas Por acréscimo de Deus Às pessoas confiadas. Assim, não vos perturbeis Pelo dia que virá, Pois o dia de amanhã De si mesmo cuidará... Basta para cada dia A sua própria aflição... Foi o que ensinou Jesus Com esta nobre lição. jan/jun - 2006

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Curiosidades

doutrinárias

Santa Teresa D´Avila A Bíblia Sagrada compõe-se dos Antigo e NovoTestamentos. O Antigo possui 39 livros, incluindo os 5 de Moisés, chamados de Torá ou Torah. O primeiro é o de Gênesis e o último é o do profeta Malaquias. O Novo tem 7 livros, sendo: Os 4 evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), o de Atos dos Apóstolos, escrito pelo evangelista e médico Lucas, o das Epístolas (Paulo, Tiago, Pedro, João e Judas, num total de 21 cartas) e o Apocalipse, composto pelas vidências do apóstolo João, quando estava desterrado na ilha de Patmos na Grécia (leste do Mar Mediterrâneo). O primeiro tradutor da Bíblia em português foi o pastor João Ferreira de Almeida, nascido em Lisboa em 1628, no século XVII. Santa Teresa D´Avila, que nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515, chegou a ser processada pela 20

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Inquisição por psicografar mensagens, como fazia Chico Xavier. Posteriormente, foi canonizada por insistência do povo espanhol. Muito conhecida como Teresa de Jesus, era uma médium excepcional. São muitos os registros de suas levitações, êxtases, visões e transportes. Fundou a Ordem das Carmelitas. Teresa deu sua contribuição ao Espiritismo, escrevendo pelas mãos de Chico Xavier, numa única mensagem intitulada “Lembrete”, que está no livro “Falando à Terra”, editado pela FEB – Federação Espírita Brasileira. Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier, desencarnou em 29 de setembro de 1915, deixando órfão o inesquecível médium aos 5 anos de idade. Aos 25 anos, Chico começou a receber suas mensagens que estão no único livro de sua autoria, intitulado “Cartas de uma Morta”, editado em 1935. André Luiz, em “Obreiros da Vida Eterna”, reafirma que os ouvidos do ser encarnado só captam sons de 16 a 40.000 vibrações por segundo. Aí se explica o fenômeno de certos animais, como o cachorro, que ouvem o que nós não ouvimos. Possuem mais acuidade auditiva que o cérebro humano permite. Há apitos usados por caçadores para chamar cães que, assoprados, nada ouvimos, mas os caninos obedecem imediatamente.


Notícia comentada Cientista questiona teoria da criação da vida de Darwin O chefe da equipe da Universidade da Califórnia, professor emérito de química David Deamer disse: “Já faz 140 anos desde que Darwin sugeriu que a vida pode ter começado em uma ‘poça morna’. Estamos testando a idéia dele, em pequenas poças em regiões vulcânicas em Kamchatka, na Rússia, e Mount Lassen, na Califórnia. Os resultados são surpreendentes e, de certa forma, desapontadores. Parece que as águas ácidas quentes da lama não fornecem as condições adequadas para que os componentes químicos se transformem em ‘organismos pioneiros’.” Deamer disse que os aminoácidos e DNA, dois componentes básicos na formação da vida, e fosfato, outro ingrediente essencial, se prendem à superfície das partículas do barro nas poças vulcânicas. “Isso é significativo porque havia a pressuposição de que barro promove interessantes Charles Darwin reações químicas ligadas à origem da vida. Entretanto, nos nossos experimentos, os componentes orgânicos ficaram tão grudados às partículas de barro que não poderiam fazer parte de qualquer reação química.” “BBC Brasil.com” – 13/2/2006

Desde o próprio Universo, como todas as formas de vida, incluindo a criação do espírito, provêm de Deus como causa primária de tudo o que existe (questões 27, 37, 45, 49, 50, 53 e 54 de O Livro dos Espíritos). Os gérmens dos quais a vida se originou na Terra, antes de sua formação “achavam-se, por assim dizer, em estado de fluido no espaço, no meio dos espíritos, ou em outros planetas, à espera da criação da Terra para começarem existência nova em novo globo”(resposta à questão 45 do LE). Tal afirmação vem encontrando cada vez mais eco nas declarações dos cientistas, como explicado na mesma reportagem pelo Dr. Max Bernstein, do Instituto Seti, nos Estados Unidos: “Acredita-se que a vida tenha surgido numa sopa rica em componentes carbônicos, mas de onde vieram essas moléculas? Ele acredita que a resposta possa estar na poeira interestelar e sobre a possibilidade de um cometa ou asteróide ter trazido à Terra os ingredientes necessários para o surgimento da vida. Portanto, a ciência vem aos poucos reafirmando em suas descobertas aquilo que os espíritos superiores já haviam revelado na codificação. A vida biológica para acontecer requer ingredientes especiais, inteligentemente dispostos, em composição e dosagens tais que, somente podem ser creditadas a uma vontade superior, dotada de suprema inteligência, ou seja, Deus, o único e verdadeiro Criador e Pai. jan/jun - 2006

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Eurípedes Barsanulfo

Síntese Biográfica

Homem sério, poderia incutir os valores amoroso e equilibrado, foi morais nas consciências e cognominado o anjo corações das crianças. sacramentano. Nasceu Assim, em 1907, inauem 1.º de maio de 1880, gurou o Colégio Allan na pequena cidade de Kardec, que se tornou Sacramento, Minas verdadeiro marco no Gerais, e desencarnou na campo do ensino. Com mesma cidade, aos 38 criação do Colégio, inseriu anos, vítima da pavorosa Eurípedes legou à posteridade novo modelo de educação, exemplos de amor e implantou metodologia epidemia de gripe belos honradez a serviço de Jesus. espanhola que assolou o sem notas, com educação Brasil, ceifando milhares de vidas. participativa, oferecendo instrução Participou da fundação do intelectual e moral. Liceu Sacramentano, do jornal Gazeta Eurípedes Barsanulfo foi de Sacramento e escreveu sobre exímio polemista e jornalista política e educação. Apesar de não renomado, toda a sua vida foi um hino possuir diploma de curso superior, de amor à verdade e ao dever. Seguiu dominava disciplinas como filosofia, com dedicação as máximas de Jesus direito e medicina. Cristo até o último instante de sua vida O primeiro contato com a terrena. Doutrina foi por meio do seu tio Mariano, espírita convicto, que lhe Respostas - Verificação entregou um livro de Léon Denis. Em de conhecimentos doutrinários 1905, fundou o “Grupo Espírita páginas 12 e 13 Esperança e Caridade”, passando a desenvolver trabalhos importantes, tanto no campo doutrinário, como nas atividades de assistência social. No Grupo exerceu grande potencial mediúnico, desenvolvendo mediunidade de audição, vidência, psicografia, efeitos físicos entre outras. A constante produção de fenômenos mediúnicos atraiu multidões para Sacramento. Promoveu diversas curas sem jamais cobrar, recuperando doentes desenganados pela medicina com o auxílio da equipe espiritual comandada por Dr. Bezerra. Sua grande vocação era a educação, sabia que, por meio dela, Q.1 - Léon Denis Q.2 - Coronário, cardíaco, laríngeo, esplênico, gástrico,cerebral e genésico. Q.3 - Lucas Q.4 - Druidas Q.5 - Galiléia, Judéia, Peréia e Samaria. Q.6 - Psicoscópio Q.7 - Bittencourt Sampaio Q.8 - Eurípedes Barsanulfo Q.9 - A libertação dos judeus e sua retirada do Egito. Q.10 - Corpo físico, espírito e perispírito. Q.11 - Sócrates Q.12 - Moisés, no Deuteronômio. Q.13 - Permuta magnética de grau inferior.

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Carta ao atual e futuro

ASSINANTE MANTENEDOR Querido(a) irmão(ã), A revista O ESPÍRITA, fundada em 3 de outubro de 1978, jamais deixou de circular em seus 27 anos de existência. Sempre com muito sacrifício, levou para todo o Brasil a mensagem consoladora do Espiritismo Cristão, com a pureza e a beleza propostas por nossos benfeitores sob a égide do Cristo. Cabe colocar, que grande número de casas espíritas carentes, mormente no interior, onde há enorme falta de material de divulgação, está recebendo gratuitamente O ESPÍRITA. Por esta razão, solicitamos à sua nobre consciência, que contribua anualmente com um valor sugerido de R$ 10,00 (dez reais), ou mediante colaboração espontânea acima deste valor, para que possamos custear as edições da revista, as postagens dos exemplares que serão remetidos em seu nome e a distribuição gratuita a instituições espíritas. Ao enviar sua parcela de contribuição, você estará viabilizando a continuação deste trabalho e apoiando os redatores, que lutam com denodo para manterem erguida a bandeira da Nova Fé, e que arcam com os custos desta produção, sem nada receber pelos serviços prestados. Que não nos falte a sensibilidade espiritualizada, entendendo que a luta pela vitória do bem é da responsabilidade de todos.

Contribua com a divulgação da Doutrina Espírita. Preencha o formulário no verso. Conselho Editorial jan/jun - 2006

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