JORNAL FOLHA SERTANEJA Ano XVII • Número 200

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Paulo Afonso - BA • Edição Fevereiro/Março • 21 de Março de 2021 • Ano XVII • Número 200

A Academia de Letras de Paulo Afonso realiza, de forma virtual, a Abertura do Ano Acadêmico 2021

Sob a presidência do Professor Antônio Galdino da Silva, a Academia de Letras de Paulo Afonso – ALPA - realizou, no sábado, 20 de março, a cerimônia de Abertura do Ano Acadêmico 2021, evento aberto ao público. No evento, o presidente informou a todos das conquistas do ano de 2020, quando, “apesar da pandemia a ALPA conseguiu publicar três livros, com o apoio da Prefeitura de Paulo Afonso e também viu o sonho de muitos anos ganhar vida quando os vereadores da Câmara Municipal de Paulo Afonso aprovaram por unanimidade a criação do Memorial Abel Barbosa a ser organizado pela ALPA no prédio do Espaço Cultural Raso da Catarina, que sediou durante mais de 20 anos a Prefeitura Municipal de Paulo Afonso. O Memorial Abel Barbosa foi criado pela Lei Municipal 1.455/2020, sancionada pelo Prefeito Luiz Barbosa de Deus em 27 de outubro de 2020 e,

nesse prédio também funcionará a Academia de Letras, responsável pela manutenção do Memorial Abel Barbosa, conforme esta Lei 1.455” O evento também foi uma oportunidade de homenagear as Mulheres da ALPA e todas as mulheres e, para isso contou com a participação do violonista Willame Silva, da cantora Nilza Melo e a participação especial do membro da ALPA Oscar Silva. Outro acadêmico

da ALPA, Marcos Antônio Lima, diretamente de Santa Brígida, declamou um poema em homenagem às mulheres que foram saudadas com belo texto do acadêmico Edson Mendes, direto do Recife. Também o Professor Roberto Ricardo, membro fundador da ALPA deixou com a presidência da ALPA um poema de sua autoria, que reproduzimos no final desse texto, dedicado às mulheres pela passagem, em março, do Dia Internacional da Mulher. Nessa LIVE da ALPA foram apresentados pelos seus autores, pais de gêmeos literários, os novos livros lançados pelos acadêmicos Socorro Araújo, um livro duplo, de poesias e dois livros, cada um com quase 500 páginas, ambos resultados de intensa pesquisa do acadêmico Luiz Ruben sobre a temática do cangaço, sobre a qual já escreveu 14 outros livros, além de 7 outros de outros temas.

O encontro virtual da ALPA foi encerrado com a posse formal do acadêmico Oscar Silva que, por mais de dois anos esteve ausente do convívio com a ALPA em face de problemas de saúde da esposa, que faleceu em 2020, em Maceió. Oscar Silva foi saudado pelo presidente da ALPA, Professor Antônio Galdino, que o indicou para esta Academia. Ele é o autor do Hino de Paulo Afonso, composta em parceria com

a sua esposa (falecida) Vilma Rodrigues e centenas de outras composições gravadas por ele em vários CDs e por outros cantores de música gospel. Oscar Silva recebeu o Diploma, a carteira de membro da ALPA, a estola e 4 livros publicados pela ALPA e agradeceu emocionado pelo carinho de todos. Também foi saudado por outros participantes e atendeu ao pedido de Alcivandes Santana, cantando um dos seus

A Sabiá

primeiros sucessos, a canção Vôo Livre, gravada ainda em LP, no início de sua carreira musical. Esse 1ª encontro virtual da ALPA, que acontecerá todos os meses, foi prestigiado pela presença do Superintendente Municipal de Cultura de Paulo Afonso, o também poeta, Rogério Xavier. Esta Live da ALPA foi aberta com o canto do Hino Nacional Brasileiro pela cantora Nilza Melo, acompanhada ao violão pelo professor Willame Silva e encerrada com o Hino de Paulo Afonso, cantado pelo seu autor, Oscar Silva, membro da ALPA, Cadeira Nº 31 que tem como patrono o poeta pernambucano Manuel Bandeira. A Live da ALPA foi realizada das 17 às 18 horas pelo Google Meet e teve a coordenação técnica de Nilton Alcântara (Negrito) diretor do site e rádio net – www. seliganamúsica.com.br

Roberto Ricardo

Um dia a sabiá já no seu ninho Protegia e esquentava os seus filhotes E, depois, os viu crescerem, belos e fortes, Amando-os com muito zelo e carinho. E ao passo que se venciam os dias, Já crescidos e senhores dos seus passos, Sem necessitar do seu apoio e seu regaço, Muito pouco a sabiá os via.

Isso acontece entre os pais e os seus filhos, Quando o tempo doloroso os separam...os distanciam Deixando saudades e um vazio profundo. É que o amor de pai e mãe tem mais que brilho, Tem afago e carinho todo dia E todo o tempo disponível desse mundo!

A vacina como medida de prevenção de doenças: um marco na história da humanidade Vitor Batista dos Santos e Juliana Ribeiro dos Santos Costa A vacinação representa um marco na história da humanidade, no enfrentamento, prevenção, controle de doenças e promoção da saúde pública. Desde seu surgimento, por volta do século XVIII, a vacina é responsável pela erradicação de várias doenças infectocontagiosas no mundo, por meio da imunização da população, através de campanhas de vacinação. A história da vacina teve início há mais de um milênio no continente asiático, mais especificamente, na China. Todavia, foi o médico e cientista inglês Edward Jenner o responsável pela descoberta da primeira vacina a qual se tem registro. Esta trajetória iniciou com o surgimento da varíola no

continente europeu, uma doença altamente infectocontagiosa causada pelo vírus da varíola “orthopoxvirus variolae” (nome científico) que causa sintomas como febre alta, dores de cabeça e no corpo, mal-estar, lesões na pele e morte. A vacina contra a varíola no início sofreu resistências, todavia, sua importância e eficácia foram comprovadas e reconhecidas através de respostas imunológicas positivas, sendo adotada a nível mundial, tornando a varíola à primeira doença viral erradicada globalmente, por meio da vacinação em massa. No Brasil a vacina remonta a 1804, e teve sua trajetória marcada por conflitos. Em 1904, o Rio de

Janeiro, capital do país na época, sofria com a falta de saneamento básico, fato que desencadeou uma série de epidemias, incluindo a peste bubônica, a febre amarela e a varíola. Com o intuito de reduzir essas enfermidades, o médico e sanitarista Oswaldo Cruz, iniciou a efetivação de estratégias como a remoção de lixo, entre outras medidas mais extremas como a Lei da Vacina Obrigatória, a qual instituía a população a obrigatoriedade da vacinação profilática contra varíola, resultando na insatisfação da população, devido ao desconhecimento e insegurança em relação à vacina. O descontentamento da população decorrente da obrigatoriedade da vacina gerou protestos e consequen-

temente confrontos entre a população, as forças policiais e profissionais da saúde, conflito que ficou conhecido historicamente, como a Revolta da Vacina. A Lei da Vacina Obrigatória foi revogada em 16 de novembro 1904, todavia, a Revolta da Vacina vitimou inúmeras pessoas (mortos, feridos e presos). A vacina representa um longo percurso histórico, constituindo uma das maiores conquistas da humanidade que proporciona a profilaxia e enfrentamento de doenças graves. Para tal, tem sido empreendidos além de investimentos financeiros e tecnológicos, grandes esforços de cientistas e pesquisadores no desenvolvimento, produção e aplicação de vacina em

massa, para controle e/ou erradicação de diversas doenças, ao longo da história da humanidade. Sem dúvida a imunização através das vacinas tem possibilitado a prevenção e evitado a disseminação de doenças infectocontagiosas causadas por vírus e bactérias. No Brasil, por exemplo, existe um Programa Nacional de Imunização (PNI), desenvolvido pelo Ministério da Saúde, que tem como objetivo atuar na prevenção e combate de doenças, e para isto, disponibiliza gratuitamente uma diversidade de vacinas a população em todas as faixas de idade. As Campanhas Nacionais de Imunização erradicaram a varíola (1973), a poliomielite (1989), e atualmente, o Pro-

grama de Vacinação atua no controle de doenças como o tétano, febre amarela, formas graves de tuberculose, coqueluche, caxumba, sarampo, rubéola, gripe, influenza H1N1... E, mais recentemente, as tão sonhadas e esperadas vacinas contra a COVID-19, trazendo-nos a esperança de dias melhores. Os benefícios da imunização através das vacinas são evidentes, e quanto maior o número de pessoas vacinadas e protegidas, maiores são as chances de controle e erradicação de doenças imunopreveníveis, evitando assim, perdas humanas para as doenças infectocontagiosas. A IMUNIZAÇÃO POR MEIO DA VACINA, EVITA DOENÇAS E SALVA VIDAS!


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