LOS NOVIOS (dois rapazes vestidos a rigor, representando o papel de noiva e noivo). Ela de saia preta plissada, camisa branca e lenço colorido a cobrir-lhe os ombros; vai muito bem penteada (cabeleira postiça) e maquilhada, faces rosadas, olhos e lábios pintados; na mão direita leva um ramo de flores de variada espécie. Ele veste fato escuro, camisa branca e gravata; uma flor vermelha no bolso superior esquerdo. Dançam ao som da música da gaita-de-foles, simulam beijos furtivos quando os assistentes mais jovens gritam “que se besen los novios!”, fazendo-lhes a vontade; ao longo do percurso, encenam uma série de jogos amorosos, de sua livre e espontânea imaginação… Como é próprio dos casamentos, o noivo vai oferecendo cigarros às pessoas, sobretudo aos homens fumadores.
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Foto: António P. Tiza Os novios
FILANDORRA, um jovem travestido de mulher velha e vestido em conformidade; roupas muito usadas, lenço preto na cabeça e um grande avental; traz ao ombro um saco cheio de cinza que vai lançando às pessoas, a quem persegue em desenfreadas correrias, quando se torna necessário. Leva também uma roca e um fuso, simulando que vai fiando; aliás, é justamente este trabalho de fiar a lã que dá o nome à personagem; o termo filandorra é de origem portuguesa, já que em espanhol se diria hilandera. É uma personagem que aparece em quase todas as mascaradas de Aliste e em algumas de Bragança. OS POBRES, em número variável, podendo atingir a meia dúzia (cinco na mascarada de 2011); vestem as roupas adequadas à sua condição social; cada um traz sua cesta de vime, construída ao jeito tradicional, para recolher as esmolas; um deles conduz um carrinho de mão enfeitado de folhas e flores, também utilizado para transportar (simbolicamente) os produtos do peditório; é a eles que compete fazer o peditório, tarefa que se enquadra cabalmente no seu estatuto. OS MÚSICOS – gaiteiro e tocador do tamboril; executam música tradicional e acompanham os noivos (e todo o cortejo festivo) em todo o percurso pelas ruas da terra. A gaita-
El Filandar / O Fiadeiro. Publicación Ibérica de Antropología y Culturas Populares