FBA LATAM Magazine - 2023 Edition (Portuguese)

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ÍNDICE Introdução FBA | Missão e Valores Panorama LATAM FTTH Panorama e Projeção 5G Casos de Sucesso | Redes Neutras HFC/FTTH | A Era Gigabit Sustentabilidade | ESG Programa de Certificação FBA Regulamentações LATAM FTTH Council Global Alliance Pesquisa de Sustentabilidade Mulheres de Fibra Palavras do Presidente 05 06 08 12 16 24 30 34 36 38 39 40 41 4

Nesta nova edição da revista da Fiber Broadband Association Capítulo LATAM, trazemos uma perspectiva de como a região está avançando rapidamente na adoção da tecnologia FTTH. Estudos técnicos, histórias de sucesso, mulheres de fibra, perspectivas e projeções 5G revelam o crescimento econômico e social na América Latina.

A demanda por dados impulsionou a migração para redes de fibra total e seu crescimento teve um grande impacto. De acordo com dados do estudo realizado pela FBA Capítulo LATAM com a SMC+, a região tem 103 milhões de domicílios com FTTH/B, um aumento de 29% em relação ao ano anterior, e 46 milhões de assinantes de FTTH/B, o que representa um crescimento de 47%. O Brasil e o México lideram a lista dos 18 países incluídos na pesquisa, e espera-se que o mercado regional atinja 158 milhões de domicílios até o final de 2026.

Somado a este panorama positivo, as iniciativas públicas aumentaram as implantações de fibra e as pequenas operadoras estão se tornando mais protagonistas.

Em outras análises, os white papers desta versão falam de uma economia colaborativa, redes multisserviços e multioperadoras, para as quais é fundamental que as organizações expandam suas operações de forma eficaz, evitando a sobreposição de investimentos.

Entre as oportunidades e os desafios, o acesso digital continuará sendo um objetivo para a região, dada a alta demanda por conexão à Internet em áreas urbanas e rurais. A vantagem é o crescimento exponencial da cobertura de FTTH e seu benefício para todos os setores do continente.

Boa leitura!

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A Fiber Broadband Association é a voz da fibra. Como associação focada exclusivamente em fibra óptica nas Américas, somos incansáveis em nosso trabalho para conectar seus cidadãos através da fibra. Somente a fibra pode acabar com a divisão digital e desencadear o desenvolvimento econômico que aumentará a qualidade de vida de cada um de nós – promovendo educação e oportunidades de trabalho, eliminação da pobreza, criando sustentabilidade e possibilitando inovações que ainda nem imaginamos alcançar. A fibra óptica garante que ninguém fique para trás.

A missão do Capítulo LATAM da Fiber Broadband Association é promover o desenvolvimento da infraestrutura de rede de fibra óptica como uma plataforma universal para o acesso à banda ultralarga. Como uma organização que defende a implantação da tecnologia de fibra na América Latina, o Capítulo LATAM continua trabalhando diligentemente e apelando para agências reguladoras e governamentais, provedores de serviços, provedores de tecnologia, empresas de investimento e financiamento, e players do setor para se juntarem às iniciativas de nossa organização para apoiar o desenvolvimento das economias regionais.

Desde a sua criação, em 2011, quando os serviços de fibra óptica estavam em estágio ainda embrionário na região, a organização vem fornecendo conhecimento, recursos e capacitando muitas operadoras a entrar no mercado de fibra óptica ou fazer a migração de suas redes.

Os eventos recentes gerados pela pandemia intensificaram o reconhecimento da importância do acesso à conectividade de alta qualidade para sustentar economias, produtividade do trabalho, educação, saúde e relações interpessoais. Tendo em mente esses desafios e alinhando-os com a realidade dos déficits de uma região crescente, mas economicamente flutuante e diversificada, a FBA Capítulo LATAM implementou uma série de novas ações para obter maior alcance na região e gerar maior engajamento entre seus membros e aliados da indústria de fibra óptica na América Latina.

A Fiber Broadband Association Capítulo LATAM, é uma associação liderada por seus membros, que atuam em diferentes frentes e participam das decisões estratégicas da entidade colaborando para impulsionar a implantação de fibra óptica. Buscando acelerar a implantação de redes de acesso de fibra, demonstram como as aplicações e soluções de fibra agregam valor aos provedores de serviços e seus clientes, e promovem o desenvolvimento econômico melhorando a qualidade de vida.

Os membros da Fiber Broadband Association LATAM representam todo o ecossistema de banda larga: operadores de redes, distribuidores, consultores, órgãos de regulamentações, fabricantes de equipamentos e outros. Todos dedicados em prol da implementação de redes de fibra óptica e comprometidos com o desenvolvimento da região através do crescimento das redes de alta qualidade e das indústrias relacionadas à tecnologia de fibra. Nossas categorias de membros são baseadas na combinação dos serviços oferecidos no mercado, na área de atuação, e o nível de comprometimento que as empresas desejam ter com a organização.

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Por Edna Preuss, Diretora de Assuntos da Indústria, FBA LATAM

MISSÃO

A missão da Fiber Broadband Association é acelerar a implementação de redes de banda larga de fibra óptica para garantir a equidade digital e permitir que todas as comunidades tenham acesso aos benefícios econômicos e sociais que somente a fibra pode oferecer.

VISÃO

Um mundo onde as comunicações são ilimitadas, promovendo a qualidade de vida e a equidade digital em todo e qualquer lugar.

Site fiberbroadband.org/about-latam/

E-mail

LatamChapter@fiberbroadband.org

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O “MOMENTO” DA FTTH EM 2022 PARA A AMÉRICA LATINA

COM BASE EM NÚMEROS PRELIMINARES, ENTRE O PANORAMA 2022 E 2023, OS ASSINANTES DE FTTH CRESCERAM 25%. SERÁ POSSÍVEL MANTER ESSA PROPORÇÃO ATÉ 2023?

A coleta de dados para o Panorama FTTH LATAM 2023, que monitora as conquistas regionais de FTTH até dezembro de 2022 em dezoito países da América Latina (LATAM-18), foi iniciada recentemente. Esse estudo foi novamente encomendado pela Fiber Broadband Association (FBA) Capítulo LATAM à equipe da SmC+. Os números obtidos de forma preliminar são baseados em informações públicas e anúncios de operadoras e reguladores em cada país, levando em conta tendências de crescimento anteriores e circunstâncias específicas de cada país.

Os números preliminares mostram que a região alcançará 57,7 milhões de assinantes de FTTH até o final de 2022, representando um crescimento de 25% em comparação com os 46,3 milhões de assinantes registrados em dezembro de 2021. Da mesma forma, estimase que 116,8 milhões de domicílios tenham sido ultrapassados até o final de 2022, representando um crescimento anual de 13%, em comparação com os 103,6 milhões de domicílios registrados no final de 2021.

Assinantes e domicílios atendidos com FTTH na América Latina (2012-2022)

A cobertura de redes FTTH teria atingido 67,7% até o final de 2022, em comparação com os 60,0% registrados em dezembro de 2021. Por sua vez, a penetração média de FTTH na região alcançou 33,4% até o final de 2022 (+6,6 p.p. ano a ano), enquanto a aceitação de fibra, ou taxa de aceitação, aumentou 4,7 p.p. no último ano, alcançando 49,4%.

Isso mostra um “momento” incrível para o setor, que está crescendo em escala, escopo e atraindo investimentos significativos. Espera-se que, se a região seguir o caminho dos países líderes na Europa ou dos Estados Unidos, o crescimento possa atingir o pico nos próximos dois anos.

Fonte: números preliminares da SmC+ com base em informações públicas de autoridades e operadoras e pesquisa primária. Observação: de 2013 a 2018, os dados foram coletados a partir do terceiro trimestre, enquanto nos demais anos foi considerado o quarto trimestre.

Cobertura, penetração e take-up de FTTH 2018 - 2022

Fonte: números preliminares da SmC+ com base em informações públicas de autoridades e operadoras e pesquisa primária. Observação: de 2013 a 2018, os dados foram coletados a partir do terceiro trimestre, enquanto nos demais anos foi considerado o quarto trimestre.

Em comparação com a estimativa feita no último Panorama 2022, observa-se uma variação de +3,9% no número de domicílios na região até o final de 2022, principalmente devido a desenvolvimentos em países como México e Chile, onde as operadoras de cabo decidiram migrar mais rápido do que o projetado para redes FTTH. No Brasil, esperava-se uma desaceleração nas implantações de FTTH devido à crise na cadeia de suprimentos de fibra em decorrência do aumento dos custos globais de transporte devido à guerra na Ucrânia; no entanto, até o final de 2022, o país conseguiu superar esse cenário, retornando à sua tendência de crescimento e atingindo um número maior de domicílios.

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FTTH/B Panorama 2021 vs. 2022 (em milhões)

Várias grandes operadoras regionais, como a Telefónica, a Millicom e a Claro (entre outras), anunciaram sua decisão de avançar para a implantação maciça de fibra para migrar suas redes existentes baseadas em cobre ou cabo. Essas operadoras entenderam a importância de trabalhar em um ecossistema em que a infraestrutura de fibra possa ser compartilhada entre outras, como uma estratégia para reduzir os investimentos de capital e ajudar a diminuir a exclusão digital. Nesse sentido, novas iniciativas, como a neutralidade da rede e os acordos de compartilhamento de rede, foram implementadas em países como Colômbia, México e Argentina, não apenas para a melhoria das redes fixas, mas também como um meio de apoiar a evolução do 5G.

Dentro dos mercados mais dinâmicos de FTTH, durante 2022, observou-se o Brasil, que registrou 31,6 milhões de assinantes de FTTH (+20,0% a.a.,

+5,3 milhões adicionais) e 55,9 milhões de domicílios (+34,0% a.a., +3,6 milhões de novos domicílios). Em segundo lugar, o México, que alcançou 22,5 milhões de domicílios FTTH (+26,0% em relação ao ano anterior, +3,0 milhões de domicílios adicionais) e 12,1 milhões de assinantes FTTH (+30,0% em relação ao ano anterior, +2,7 milhões adicionais). Além disso, a Argentina e a Colômbia adicionaram quase 800.000 assinantes de FTTH em 2022 cada (+37,0% e +54,0%, respectivamente).

Da mesma forma, outros mercados experimentaram uma rápida evolução na adoção de FTTH durante 2022, como o Peru, que atingiu mais de 8,5 milhões de domicílios (+56,0% a.a.) e 1,2 milhão de assinantes de FTTH (+85,0% a.a.). Da mesma forma, Porto Rico ultrapassou 800 mil domicílios com FTTH (+41,0% em relação ao ano anterior) e 215 mil assinantes de FTTH (+81,0% em relação ao ano anterior) até o final de 2022.

Estratégias adotadas pelos cinco principais países com FTTH LATAM em 2022

O PAPEL DAS OPERADORAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE

A região da América Latina começou a implantar redes de fibra com um forte foco em áreas urbanas, pois elas apresentam um modelo de negócios atraente em termos de lucratividade. Nesse sentido, as grandes operadoras concentraram suas redes nas principais cidades, resultando em maior concorrência nas redes de fibra, onde um domicílio urbano é frequentemente alcançado por diferentes operadoras. Essa sobreposição de redes levou a uma concorrência que pressionou as operadoras a diferenciar seus serviços por meio de maior largura de banda, melhor qualidade de serviço e preços mais baixos.

Entretanto, essa concentração de redes de fibra e o

Fonte: análise da SmC+

consequente nível de concorrência comercial em áreas densas criaram uma nova exclusão digital em áreas não densas que não tinham acesso a essa tecnologia. Isso abriu uma janela de oportunidade para que as iniciativas locais de telecomunicações implantassem e fornecessem serviços de fibra em áreas não cobertas, onde as grandes operadoras não conseguiam chegar porque não era economicamente viável, devido aos altos investimentos de capital necessários e à baixa lucratividade.

Nesse sentido, as operadoras locais de FTTH de pequeno e médio porte em países como o Brasil e a Argentina começaram a implantar fibra em áreas não densas como resposta a essa demanda por capacidade local. Atualmente, o Brasil tem mais de 3.000 operadoras de pequeno e médio porte estabelecidas que fornecem soluções de FTTH em vilarejos e povoados remotos. Em 2022, de acordo com o órgão regulador nacional do Brasil, quase 60% dos assinantes de FTTH pertencem a essas iniciativas de pequeno e médio porte, que estão agrupadas em associações e câmaras, como a ABRINT ou a ABRANET, como forma de ter uma representação mais forte em relação às grandes operadoras.

Na Argentina, por sua vez, as operadoras de pequeno e médio porte evoluíram sob dois modelos de negócios: o primeiro diz respeito às cooperativas que estão presentes em áreas menos populosas do país e implantaram redes FTTH, como no Brasil. O segundo modelo referese aos provedores de pequeno e médio porte, como a Telecentro ou a Metrotel, que evoluíram com redes privadas e compartilham sua infraestrutura com outras grandes operadoras. Esses dois modelos de negócios juntos responderam por mais de 14% do total de assinantes de FTTH no país até o final de 2022.

Fonte: números preliminares da SmC+ com base em informações públicas de autoridades e operadoras e pesquisa primária. Observação: de 2013 a 2018, os dados foram coletados no terceiro trimestre, enquanto os demais anos foram coletados no quarto trimestre. CAGR: taxa de crescimento anual composta.
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Participação de mercado dos provedores de FTTH de pequeno e médio porte (em assinantes) no Brasil e na Argentina. 2018-2022

Como pode ser visto em ambos os casos, a implantação de fibra em áreas não cobertas ou brancas pode representar um ponto-chave para reduzir a exclusão digital. Esse modelo também foi observado em países europeus, como França e Alemanha, que foram apoiados pela Comissão Europeia.

Fonte: números preliminares da SmC+ com base em informações públicas de autoridades e operadoras e pesquisa primária. Observação: de 2013 a 2018, os dados foram coletados no terceiro trimestre, enquanto os demais anos foram coletados no quarto trimestre

A MIGRAÇÃO DAS OPERADORAS DE CABO PARA REDES FTTH

Devido à alta demanda contínua por serviços de Internet de alta largura de banda fixa na América Latina e no Caribe, muitas operadoras de cabo decidiram migrar suas redes para soluções FTTH. Alguns provedores de serviços estão optando por uma estratégia de “switch-off” de suas redes de cobre, enquanto outros estão migrando seus clientes para a tecnologia FTTH de forma mais orgânica.

EXEMPLO DE CASOS DE MIGRAÇÃO PARA FIBRA ANUNCIADOS POR OPERADORAS NA AMÉRICA LATINA (NÃO EXAUSTIVO)

PAÍS EMPRESA ANÚNCIOS PÚBLICOS DE ADOÇÃO DE FIBRA

Abril de 2023: anunciou seu plano de desligar suas plantas de cobre como parte de um desligamento que começou em 2014.

Fevereiro de 2023: espera concluir a migração de seus clientes para a fibra até 2023.

Outubro de 2022: anunciam projetos de modernização de rede em toda a América Latina, incluindo a migração de suas plantas para fibra.

Janeiro de 2023: migração concluída de 100% de sua rede baseada em cabos HFC para fibra. Fevereiro de 2023: 50% da rede HFC migrada para fibra (espera-se atingir 80% até 2024 e 100% até 2026).

Fonte: SmC+ com base em informações públicas

FTTH COMO A TECNOLOGIA DO FUTURO, FORNECENDO

MAIOR LARGURA DE BANDA DE FORMA MAIS ECONÔMICA

A fibra é mais adequada para o fornecimento de banda larga de alta velocidade para domicílios, pois pode evoluir continuamente para oferecer novos casos de uso e demanda. Além disso, a fibra tem economias de escala atraentes, em termos de menor custo incremental de futuras atualizações, bem como menor consumo de energia.

As redes de cobre, por outro lado, são caras para manter e mais difíceis de operar. Estima-se que, em comparação com uma rede de fibra, os custos de manutenção de uma rede de cobre são de 2 a 7 vezes maiores; os custos de energia são de 3 a 6 vezes maiores; e a incidência de falhas na rede é de 5 a 10 vezes maior. De acordo com a Fiber Broadband Association, as redes de fibra são mais baratas de operar do que as de cabo ou cobre. O estudo constatou que os custos operacionais de uma rede FTTH são de US$ 53 por ano, por domicílio gasto, em comparação com um custo operacional de US$ 107 por domicílio por ano para redes de cabo HFC, ou US$ 144 por ano por domicílio gasto para a tecnologia de cobre xDSL.

A migração de rede tem sido uma condição necessária para permitir o ritmo de mudança na economia digital.

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COMO A FIBRA PODE AJUDAR A

EXPANDIR O 5G PARA ÁREAS MENOS DENSAS E PERMITIR QUE OS NÃO CONECTADOS SE CONECTEM?

O PAPEL DA FIBRA EM SOLUÇÕES 5G FWA EM ÁREAS RURAIS E SEM SERVIÇO

O FWA (Fixed Wireless Access, acesso fixo sem fio) é uma das soluções promissoras que serão aprimoradas pelo 5G e é apontado como uma possível resposta para preencher a lacuna de conectividade da região. Não há dúvida de que o desafio de preencher essas lacunas de conectividade na América Latina exige a coordenação entre diferentes atores que buscam inovar com diferentes tecnologias e soluções, especialmente em áreas remotas.

Além de fornecer conectividade fixa aos domicílios, a fibra também é um componente essencial para o transporte de conectividade móvel, levando-a diretamente às antenas de macrocélulas (e microcélulas nas próximas implementações de 5G em áreas mais densamente povoadas).

Como vimos no relatório do Panorama da América Latina 2022 da FBA, as áreas suburbanas com maior poder aquisitivo têm cada vez mais cobertura FTTH. As áreas rurais e remotas ainda não têm cobertura de fibra, e muitas delas serão um grande desafio, dependendo da escalabilidade das implantações existentes para criar um modelo atraente, tanto do ponto de vista do cliente quanto das operadoras privadas. Essas são áreas semi-rurais e rurais em que o serviço de Internet de banda larga de alta velocidade ainda é um problema pendente e em que a tecnologia 5G FWA pode ser uma solução adequada. Para que essa solução funcione e para garantir escalabilidade, menor latência, estabilidade dos serviços e maior capacidade de transmissão, um backbone de fibra adequado para transporte até a antena (FTTA) seria essencial para o sucesso.

ARQUITETURA GERAL DE UMA SOLUÇÃO

5G FWA

O ACESSO FIXO SEM FIO (FWA) PODE CONTRIBUIR PARA ACABAR COM A EXCLUSÃO DIGITAL TRABALHANDO JUNTO COM A FIBRA.

A implantação de redes 5G na região, que começou no final de 2021 após o primeiro leilão no Chile, alimentou o interesse no potencial das redes 5G para servir como um complemento às redes de fibra fixa. Até o final de 2022, a região tinha mais de 7 milhões de conexões 5G e espera-se que atinja cerca de 66 milhões de conexões até 2025.

As soluções de conectividade por meio do FWA permitem que as operadoras ofereçam soluções para estender a cobertura além dos limites da FTTH. A viabilidade econômica dessa solução deve ser analisada caso a caso e, principalmente em áreas muito remotas, pode exigir incentivos governamentais na forma de isenções fiscais, facilitação da infraestrutura existente ou dutos públicos e até mesmo subsídios. Cobrir a última milha com fibra é caro e apresenta diversos desafios, principalmente em decorrência das distâncias das estradas e das características geográficas encontradas em muitas partes da América Latina.

A capacidade do 5G FWA permite o fornecimento de conectividade de alta velocidade, a um custo menor do que o FTTP (fibra até as instalações), especialmente quando há “grupos” de demanda em áreas rurais.

CUSTOS DE CONEXÃO EM ÁREAS RURAIS DE 5G FWA E TECNOLOGIAS DE FIBRA.

Fonte: SmC+
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Fonte: SmC+ com base em informações da “FTTH Council Europe (2017)” e Coleago.

Banda larga para todos

Chegou a hora das operadoras de rede levarem banda larga a todas as comunidades e a todas as pessoas, independentemente de onde morem.

A CommScope ajuda os provedores de serviços a construir redes FTTH e FTTX de ponta a ponta que permitem banda larga para todos.

© 2023 CommScope, Inc. All rights reserved. AD-117802-EN.GB
Saiba

O custo de levar a fibra até o domicílio depende muito da densidade habitacional por unidade de área. Um estudo de custos do FTTH Council of Europe fornece referências sobre os custos que podem ser enfrentados para levar a fibra até os domicílios rurais, destacando a elasticidade dos custos em relação à densidade habitacional. O estudo estima que, em áreas com uma densidade de 100 a 200 domicílios por quilômetro quadrado, o custo por domicílio (HP) é de US$ 1.090 a US$ 1.640. O custo adicional para ativar a conexão por domicílio (HA) está em cerca de US$ 870, de modo que o custo total médio para conectar um domicílio rural ao FTTH está em cerca de US$ 2.180.

CUSTO DA FIBRA POR DOMICÍLIO E CUSTO DE ATIVAÇÃO DA FIBRA POR DOMICÍLIO

Fonte: “The Cost of Meeting Europe’s Future Network Needs”, FTTH Council Europe (2017)

Embora a situação (custos e distâncias) na América Latina e no Caribe possa ser muito diferente da Europa, essas estimativas oferecem uma visão do desafio de fornecer conectividade em áreas menos populosas e fornecem uma base para os provedores de serviços de Internet que planejam expandir seus serviços aproveitando a pegada de fibra existente, bem como aprofundar a aquisição de espectro para serviços 5G.

CHRISTIAN STEUBE CHAIRMAN DE FINANÇAS FBA LATAM CHAPTER
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“A partir do FBA Capítulo LATAM, acompanhamos e impulsionamos o crescimento contínuo das redes FTTx de próxima geração, garantindo os mais altos padrões de qualidade do setor.”

REDES NEUTRAS: TENDÊNCIA OU REALIDADE?

Economia colaborativa, Redes Multisserviço, Multi-tenant e 5G.

As redes de infraestrutura de comunicação são fundamentais no apoio à evolução da sociedade. No entanto, expandi-las torna-se um grande desafio e nos últimos tempos temos escutado em diversos fóruns sobre opticalização, redes Multioperadoras e, mais recentemente, Multisserviços. Para quem está no meio já sabe que estamos falando de redes 100% em fibra óptica, que atendem várias operadoras na mesma infraestrutura e agora também serviços variados. Este assunto segue a cada dia vindo mais à tona, em especial agora nesse período pós-pandemia de COVID-19, onde todos buscam ampliar a operação de forma mais efetiva.

O QUE LEVA À OPÇÃO DE USO DE UMA REDE NEUTRA/MULTIOPERADORA?

No momento de ampliar uma operação de FTTH é básica e necessária a ampliação da infraestrutura de telecomunicações, na busca de ter redes preparadas para as novas demandas, onde pode-se optar entre dois caminhos. O primeiro deles é investir em uma estrutura própria que envolve estudos de viabilidade, elaboração de projeto, mobilização de equipes e consideráveis investimentos financeiros. O segundo é aproveitar uma infraestrutura já existente e fazer uma parceria com a detentora de uma rede já ativa, o operador de rede neutra. Esse conceito de rede neutra possibilita que um provedor de internet, por exemplo, possa dar início às suas operações rapidamente sem construir uma rede completa. Bastaria, neste caso, “alugar” uma estrutura já existente e passar a oferecer o serviço nessa nova região.

Desta forma a arquitetura de rede neutra, conhecida também como Multioperador ou “multi-tenant” de fibra óptica, pode ter vários provedores de internet em um mesmo cabo, de maneira geral reduzindo o CAPEX e evitando a sobreposição de investimentos e cabos, mitigando os riscos de acidentes, além de contribuir para a diminuição da poluição visual nas cidades.

O tenant ou “inquilino” da rede, “aluga/paga” por uma fibra óptica ou portas da caixa de acesso, onde realiza apenas a ativação direta do seu cliente final, não precisando fazer a instalação completa nas ruas até chegar à caixa de acesso. Assim o provedor de internet pode focar seus recursos em sua atividade fim, que é prestar o melhor serviço para o seu cliente, criando um ambiente de economia colaborativa, cada vez mais importante.

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““O Capítulo LATAM da FBA é um elo vital no setor de telecomunicações na região latinoamericana, que permite uma troca rápida e eficiente na indústria de dados para conectar comunidades, recursos e ideias para um futuro promissor.”

LIZA POE

DIRETORA DE MARKETING,

UMA REDE MULTISSERVIÇOS

Tomado como base o conceito de rede neutra, chegamos a outra questão importante neste uso compartilhado, que é ser uma rede multisserviços, para melhor potencializar sua aplicação a múltiplos “Tenants”. Isto significa que a rede neutra é uma infraestrutura óptica que deverá suportar não somente o tradicional triple play para FTTH, mas sim múltiplos serviços desde IoT, acesso corporativo, aplicação de Smartcity a 5G, contemplando também pontos de flexibilização para cada serviço, tendo uma maior densificação do backbone e diversificação nas caixas de acesso para conexões P2P e PmP.

Com estas novas considerações precisamos estar atentos a que uma rede neutra pode não ser uma rede multisserviços, mas uma rede multisserviços pode ser uma rede neutra, pois é necessário um backbone mais denso e caixas de acesso mais flexíveis, para envolver a possibilidade de serviços P2P e PmP.

Em resumo temos 2 tipos de redes neutras:

MULTI-OPERADORAS

Onde o foco é o serviço de FTTH, o triple play, que tem por base o compartilhamento, reduzindo o impacto visual de rede, usando microtecnologia, densificando rede de acesso, com uma tecnologia à prova de futuro a fibra óptica e, claro, a rapidez de atendimento ao cliente final. Neste ponto vale destacar o uso de tecnologia pre-con (plug&play) nas caixas de acesso como uma necessidade.

MULTI-OPERADORAS E MULTISSERVIÇOS

Neste ponto o foco são serviços: residencial triple play, rede móvel, acesso corporativo, IoT, smartcity, 5G e outros, onde temos necessidade de conexões PmP e P2P, sendo que a densificação de fibras óptica inicia no Backbone até a flexibilização das caixas de acesso. Neste ponto a tecnologia pre-con é mandatória e, além disso, contar com um bom sistema de monitoramento da rede, para reduzir o SLA.

FBA LATAM CHAPTER
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“A implantação da banda larga de fibra tornou-se um imperativo para as comunidades em toda a região da América Latina, à medida que trabalhamos para construir a infraestrutura crítica de banda larga para hoje e para o futuro. Além dos benefícios de conectividade de banda larga, capacidade e desenvolvimento econômico que somente a fibra pode oferecer, a sustentabilidade tornouse um fator essencial para a implantação da fibra.”

O MODELO DE NEGÓCIO

Todos os provedores de serviços estão buscando novos modelos de negócios nos quais a alavancagem financeira e operacional das redes é feita em etapas quando necessário (pay-as-you-grow), usando sócios estratégicos. Em nossa região, este modelo está se consolidando em operadoras neutras de redes multisserviço, que estão se posicionando como uma alternativa viável para os provedores de internet e otimizando a eficiência operacional ao cumprir com o “time to market” para ampliar a base de clientes. Fator importante nesta relação é a certeza de que o operador da rede neutra tenha uma arquitetura multisserviço, siga as normas aplicáveis, padronize os componentes da rede para ter a melhor performance e a qualidade, tendo como base as boas práticas construtivas e de operação para garantir a longo prazo a sustentabilidade de todo o modelo de negócio.

A convergência de múltiplos serviços numa mesma rede física ajuda a viabilização dos investimentos da operadora neutra, assim como aumenta a vida útil da rede. Estudos mostram que o CAPEX de redes convergentes e multisserviços preparadas, por exemplo, para FTTH e 5G tem um impacto de 15% a mais que uma rede exclusiva para atendimento único de FTTH.

REDE COMPLEXA, COM QUALIDADE

Frente à complexidade da arquitetura de rede das operadoras neutras, cada vez mais densas, com serviço P2P, PmP, sensível confiabilidade, latência e simetria, vem a necessidade de monitoramento da rede para garantir disponibilidade elevada e um serviço de qualidade. Isso nos remete à adição de elementos de inteligência na rede para ajudar a operação e manutenção aumentando a velocidade de intervenção em casos de incidentes. Estes sistemas inteligentes de monitoramento da rede são compostos por Software de gestão, sensores e conectividade. Por exemplo: sensor colocado na caixa de terminação que mede variáveis como temperatura, aceleração e luminosidade, indicando o status do ativo instalado.

REDE NEUTRA É REALIDADE

As redes neutras ópticas para múltiplos serviços já são uma realidade no mercado latino-americano, trazendo um novo modelo de negócio B2B, importante para a massificação do acesso à banda larga, através de uma rede de “economia colaborativa”, trazendo vários benefícios ao Tenant (inquilino), tais como:

Minimização do investimento de infraestrutura (CAPEX) para iniciar ou expandir o atendimento em uma determinada região (em média 75% dos investimentos em um projeto típico de FTTH são na rede passiva)

– Cobertura ampliada;

Possibilidade de atendimento P2P e PmP;

– Redução no custo com manutenção, como aquisição de materiais, contratação e treinamento de equipes, homologação (o operador da rede neutra se encarrega disso);

– Aceleração da implantação do 5G, em razão da capilaridade da rede de fibra óptica.

O futuro aponta para a popularização de redes neutras ou multi-X que sejam redes multisserviços e multioperadoras, onde a densificação da fibra óptica, a flexibilização e qualidade da rede serão alguns elementos-chave na definição das soluções tecnológicas a serem adotadas.

PRESIDENTE E DIRETOR EXECUTIVO (CEO) FIBER BROADBAND ASSOCIATION
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A fibra óptica desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de redes neutras na região

Juntamente com a migração do cobre para a fibra e do HFC para o FTTx, a implantação de redes neutras é um dos principais impulsionadores do investimento em fibra óptica na América Latina. A ON*NETFIBRA, no Chile, e a Fibrasil, no Brasil, surgem, nesse contexto, como dois casos de implementação de redes neutras que se destacam por serem empresas jovens - nascidas há apenas dois anos - e que avançaram de forma constante em suas metas de capilaridade.

Em entrevista à Revista LATAM da Fiber Broadband Association (FBA), André Kriger, CEO da Fibrasil, afirmou que “o papel da fibra óptica é fundamental no negócio das redes neutras”. O executivo explicou que, “no Brasil, todas as redes neutras são baseadas em fibra óptica, e entendemos que ela é a tecnologia ‘future proof’ para o desenvolvimento da banda larga fixa residencial e também para as pequenas e médias empresas, algo que seria impossível sem a fibra óptica”.

José Miguel Torres, CEO da ON*NETFIBRA Chile, disse à Revista LATAM da FBA: “A fibra óptica desempenha um papel fundamental, pois nosso modelo de atacado aberto e neutro tem como objetivo o desenvolvimento da fibra óptica no Chile a curto e longo prazo”. “Para isso, acrescentou, fornecemos às empresas de telecomunicações uma rede de fibra óptica ampla e operacional com altos padrões de qualidade, buscando ser parceiros estratégicos para atender às necessidades e aos requisitos das redes de banda ultralarga do setor, levando conectividade a residências e empresas no Chile. Isso permite que eles reduzam seus custos de infraestrutura e tenham acesso imediato a uma rede de alta velocidade e qualidade”.

GÊNESE, DESENVOLVIMENTO E FOCO

A Fibrasil surgiu em 2021 a partir de um carve-out de 34 cidades pela Vivo e opera apenas no Brasil. Tinha cerca de 1,5 milhão de domicílios atendidos (HP) e começou a expandir a rede. “Nosso objetivo era chegar a cerca de 5 milhões de domicílios atendidos construídos”, disse Kriger. A compra da empresa Phoenix Fibras, do Blackstone Group, acrescentou 11 cidades e eles construíram outras 106 cidades, chegando - em maio de 2023 - a 151 cidades com operações em cerca de 4,6 milhões de HP no Brasil.

Seus parceiros são o fundo de pensão canadense CDPQ, o banco geral da província de Quebec, com 50%, a Telefônica Brasil Vivo, com 25%, e a empresa de infraestrutura Telefônica Infra, com os 25% restantes.

A ON*NETFIBRA iniciou suas operações no Chile em julho de 2021, implantando e operando a primeira rede de infraestrutura de fibra óptica por atacado aberta e neutra do Chile. Desde sua criação, a empresa consolidou e criou um mercado atacadista de fibra óptica que permitiu que as pessoas tivessem mais opções de acesso.

A rede da ON*NETFIBRA abrange 15 regiões do Chile, de Arica a Porvenir, com mais de 37.000 quilômetros de fibra óptica e 3,9 milhões de HP “que estão disponíveis para uso por todas as operadoras de telecomunicações atuais e futuras do país, com a missão de fornecer maior acesso à conexão de banda larga no Chile, expandindo-a por todo o território nacional para digitalizar e beneficiar consumidores, empresas e famílias”, disse Torres.

A ON*NETFIBRA é controlada em 60% pela empresa de investimentos KKR e em 40% pela Telefónica Chile.

FATORES DETERMINANTES, BARREIRAS E A EXCLUSÃO DIGITAL

Para o CEO da ON*NETFIBRA, o principal impulsionador para o desenvolvimento de redes neutras na região é “qualquer operação que contribua para melhorar a conectividade, chegando a mais áreas e lugares, porque representa uma excelente notícia que colabora para a digitalização, para alcançar a divisão digital zero e para democratizar o acesso a uma conexão de alta velocidade”.

“Do nosso ponto de vista, o modelo de atacado de infraestrutura de fibra óptica aberta e neutra representa uma evolução natural do setor de telecomunicações, que nos permite otimizar recursos e responder de forma eficiente às novas necessidades de conectividade digital que os países e as pessoas exigem”, disse Torres.

Entre as tecnologias que o CEO da ON*NETFIBRA destaca como impulsionadoras das redes neutras na região está o 5G, porque em sua implementação “a fibra óptica desempenha um papel fundamental, pois é o principal facilitador pelo qual circula o tráfego produzido pelas redes móveis 5G”.

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Por Ana J. Amaya - Comitê de Marketing FBA LATAM, Edna Preuss - Diretora de Assuntos da Indústria FBA LATAM e María Fernanda Amaral - Comitê de Relações Públicas FBA LATAM.

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Na visão de Torres, “os provedores de serviços móveis que operam no Chile já deram passos importantes na implantação do 5G e isso, sem dúvida, implica um grande desafio técnico e financeiro, que requer uma conexão estável, robusta e altamente disponível”. “É por isso que acreditamos que o modelo de atacado que propomos da ON*NETFIBRA desempenha um papel relevante no desenvolvimento do 5G, uma vez que nossa rede aberta e neutra com ampla cobertura no país é uma plataforma que nos permite resolver o tráfego gerado de 5G”, disse ele.

De acordo com Kriger, da Fibrasil, “o principal motivador das redes neutras é a percepção do mercado de que a infraestrutura construída está subutilizada”. Por meio de carve-outs e da implantação de redes de fibra óptica, a mesma infraestrutura compartilhada é usada por vários participantes, tornando o custo de manutenção e operação da rede mais econômico.

O CEO da Fibrasil observa que o 5G é um catalisador e acelerador para projetos de redes neutras porque a quinta geração de celulares exige maior densidade de células e as redes neutras têm muita fibra para entregar às cidades. “Mais fibra para conectar mais células 5G, são dois sistemas que se retroalimentam”, disse ele.

Ele também enfatizou que as redes neutras são um modelo que pode reduzir a exclusão digital na América Latina. “As redes neutras chegam mais longe com a fibra óptica, a mais clientes, com maior qualidade, e também oferecem a possibilidade de várias ofertas para os clientes”, explicou Kriger. Em outras palavras, a mesma rede de fibra óptica pode ter vários provedores de serviços de Internet (ISPs), operando com diferentes propostas de valor e diferentes ofertas.

Na mesma linha, Torres, da ON*NETFIBRA, disse: “Estamos convencidos de que a neutralidade oferecida pelo nosso modelo de infraestrutura de fibra óptica no atacado nos permite contribuir para a eliminação da exclusão digital em nosso país”. E observou que “um exemplo concreto disso e de nosso compromisso foi evidenciado no marco que alcançamos em 2022 com a chegada da conectividade digital a Porvenir, de mãos dadas com nosso cliente Telefónica, transformando essa cidade na mais austral do Chile a ter fibra óptica, conectando milhares de pessoas com um serviço de primeira classe”.

Em termos regulatórios, o CEO da Fibrasil não vê obstáculos para o desenvolvimento de redes neutras, pelo menos no Brasil. O maior obstáculo que ele encontra no país em que atua é o licenciamento de postes para posterior implantação, “como e com que velocidade conseguimos as licenças para construir a rede distribuída nos postes”, comentou.

O CEO da ON*NETFIBRA também não as encontra. Torres afirma que “o setor de telecomunicações no Chile se destacou por muitos anos por ser altamente competitivo e demonstrou grande capacidade de adaptação às mudanças tecnológicas, legais e regulatórias em um ambiente cada vez mais dinâmico e exigente, o que lhe permitiu gerar uma concorrência de qualidade e condições iguais para os diferentes participantes”. Kriger, por sua vez, reflete que, assim como o negócio de telecomunicações é um negócio de escala, o de redes neutras também o é. Nesse sentido, o CEO da Fibrasil acredita que “é muito importante desenvolver redes neutras em todos os países da América Latina”.

ECOSSISTEMA, ESCALAS E TENDÊNCIAS.

No ecossistema de oferta e demanda de fibra óptica na região, Torres, da ON*NETFIBRA, considera que moderam a necessidade de insumos; e hoje a possibilidade de planejar capacidades para o desenvolvimento de redes permite o uso eficiente de recursos escassos”.

Na mesma linha, Kriger, da Fibrasil, observa que o desenvolvimento de redes neutras contribui para o crescimento da comercialização de fibras, componentes e equipamentos. Ele também argumenta que, à medida que os ISPs entrarem nas cidades sem a necessidade de construção de redes, a demanda por materiais diminuirá. Em outras palavras, as redes neutras serão mais concentradas e terão mais fibra disponível, mas terão menos concorrentes com suas próprias redes em diferentes cidades.

Hoje, no Brasil, há três redes neutras com focos diferentes. Embora Kriger não veja um limite para o número de participantes na região, ele acredita que há um limite para o número de participantes nas cidades: “Se a mesma cidade tivesse duas, três ou quatro operadoras de rede neutra, seria um investimento não rentável ou não lucrativo para qualquer uma das operadoras” que “é importante que as redes neutras tenham um foco local e poucos concorrentes locais de redes neutras, embora isso esteja mais relacionado à estratégia de cada empresa”.

Na opinião de Torres, “cada país tem cenários particulares e, no caso do Chile, alcançar a exclusão digital zero e responder à crescente demanda por alta velocidade é um desafio importante que exige esforços de diferentes atores públicos e privados. Nesse certeza de que o papel pioneiro da ON*NETFIBRA no mercado tem desempenhado um papel dinâmico que promove maior eficiência e oportunidades para que novos participantes entrem no mercado de forma sustentável ao longo do tempo”.

O compartilhamento da infraestrutura de rede neutra pode ocorrer de duas maneiras: física e virtual. Neste último caso, por meio da tecnologia SDN (Software Definition Network) e é, segundo Kriger, “o próximo passo a ser seguido”. as duas capacidades, ou seja, compartilhar física ou logicamente a mídia que está instalada no cliente. meio de SDN, mas de certa forma já estamos olhando para essa etapa”, disse ele. “Acreditamos que o compartilhamento de rede física não deixará de ser uma opção”, mercados estão exigindo cada vez mais largura de banda e estão procurando um recurso dedicado de uma forma ou de outra; no as redes compartilhadas provaram sua eficiência e sustentabilidade em mercados altamente desenvolvidos, com sistemas gerenciam as informações de forma neutra e objetiva”.

“Nesse contexto, a evolução para redes gerenciadas por software pode trazer, entre outras coisas, maior simplicidade. No entanto, ela também abre desafios relevantes, por exemplo, em termos de segurança cibernética, onde ainda há trabalho a ser feito”, ON*NETFIBRA.

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DA CORDILHEIRA, NO CHILE
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HFC E FTTH NA

ERA DO “GIGABIT”

Nos últimos anos, a implantação maciça de redes HFC e PON tornou-se popular em todo o mundo, para oferecer serviços triple play convergentes. A sociedade moderna exige novos desafios em uma nova era de conectividade associada a: velocidade ultra-alta, segurança, latência, qualidade de serviço e qualidade de experiência. Para as operadoras, esses fatores são cruciais para reduzir a rotatividade e otimizar o TCO de suas redes (especialmente o custo por megabit).

No entanto, novas tendências em serviços e aplicativos, tais como: vídeo broadcast, vídeo IP-OTT streaming (HD, 4K, 8K), computação em nuvem, IoT, ITS, cidades inteligentes, realidade aumentada, inteligência artificial, videoconferência, telemedicina, jogos on-line, entre outros, estão gerando um novo paradigma nas redes de acesso fixo, o que está forçando as MSOs e TELCOs a repensar o caminho e a evolução tecnológica para suportar novas demandas e velocidades.

Aqui apresentamos uma visão geral das tecnologias HFC-DOCSIS e FTTH-PON e seus diferentes caminhos de evolução para atender às expectativas dos usuários.

1. VISÃO GERAL PON (PASSIVE OPTICAL NETWORK)

É uma rede de acesso ponto a multiponto baseada em IP sobre links de fibra óptica de alta velocidade de transmissão. Como é passiva, não requer fornecimento de energia a nenhum elemento da planta externa. Caracteriza-se principalmente por:

– Infraestrutura simplificada e requisitos reduzidos de espaço e energia nas salas técnicas.

– Os elementos da rede têm uma longa vida útil (20 anos ou mais).

– Rede preparada para o futuro. Possibilidade de upgrades de velocidade, sem necessidade de investimento adicional

2. EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE FTTH-PON

por parte da ODN.

– Possibilidade de serviços convergentes (IPTV, RF Overlay TV, internet, telefonia, entre outros).

– Economia em CAPEX e OPEX.

– Suporte a longas distâncias (20 km ou mais).

– Imunidade a ruídos eletromagnéticos.

2.1. Evolução do protocolo PON Desde 2004, diferentes padrões foram desenvolvidos para obter taxas de transmissão mais altas a fim de atender à crescente demanda por dados. As principais recomendações estão detalhadas abaixo:

Uma grande vantagem é que a maioria desses padrões pode coexistir sobre o mesmo fio de fibra óptica por meio de técnicas WDM (introduzindo CEx ou com portas combinadas multiprotocolo na OLT), pois os comprimentos de onda são diferentes, o que permite reutilizar o mesmo ODN sem novos investimentos, otimizando assim o TCO. Opcionalmente, os serviços de TV RF (TV analógica ou TV digital MPEG/ QAM) podem ser transportados, para reutilizar o mesmo headend de RF sem a necessidade de fazer novos investimentos em sistemas de IPTV, o que é especialmente útil para operadoras de cabo (MSO).

ITU-T G.984 (2004) DS 2.5G @1490nm UP 1.25G @1310nm Foco: residencial e pequenas empresas IEEE 802.3ah (2004) DS 1.25G @1490nm UP 1.25G @1310nm Foco: Residencial e pequenas empresas ITU-T G.9802 (2015) PtP WDM 10/20/40x10G/25G DS/UP simétrico Foco: Transporte 5G/Fronthaul (eCPRI) ITU-T G.987 (2010) DS 10G @1577nm UP 2.5G @1270nm Foco: residencial e empresarial IEEE 802.3av (2009) DS 10G @1577nm UP 1G/10G @1270nm Foco: Residencial, empresarial e transporte 5G (backhaul e midhaul) *Para uso futuro IEEE 802.3ca (2016) DS 2x25G @XXX UP 2x10G/25G @XXX Foco: Empresarial e transporte 5G (backhaul e midhaul) IEEE 802.3cs (2022) DS 16x10G (Banda L) UP 16x2.5G/10G (Banda C) Alcance 50km e split 1x1024 Foco: Residencial e transporte 5G ITU-T G.9807 (2016) DS 10G @1577nm UP 10G @1270nm Foco: residencial, empresarial e transporte 5G (backhaul e midhaul) ITU-T G.9807 (2016) DS 25G @1358nm UP 10G @1286nm Foco: empresarial e transporte 5G (backhaul e midhaul) ITU-T G.9804 (2019) DS 50G @1342nm UP 12.5G/25G/50* @1270nm ou 1300nm Foco: empresarial e transporte 5G (backhaul e midhaul) ITU-T G.989 (2015) DS 4 a 8x10G/2.5G @1596nm~1603nm UP 4 a 8x2.5G/10G* @1524nm~1544nm Foco: empresarial e transporte 5G (backhaul e midhaul) GPON EPON WDM-PON* XG-PON1 10G-EPON 25G/50G-EPON SUPER-PON XGS-PON 15G-PON | MSA 50G-PON | G.hps.50G NG-PON2 TWDM | PON ITU-T IEEE
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Atualmente, o GPON é o padrão mais popular em todo o mundo nos últimos anos, mas já existe um número considerável de implementações comerciais do XGS-PON. Por outro lado, a perspectiva comercial para futuras implementações de 25G-PON MSA ou 50G-PON ainda não está clara. Além disso, novas especificações, como 100G/200-PON (G.hsp.TWDM), que prometem velocidades ainda mais altas para o futuro das redes de acesso, já estão sendo estudadas.

2.2. Redução do grupo de serviços Outra forma de aumentar a taxa de transmissão é reduzir o grupo de serviços de atendimento ou de assinantes por porta da OLT de uma proporção de divisão 1x64 para 1x32 (ou menos), mas isso implica maiores investimentos em fibra óptica e portas da OLT.

3. VISÃO GERAL HFC

A HFC é uma rede de acesso ponto a multiponto, por meio de uma combinação de fibra óptica (analógica em AM) e links coaxiais. Os elementos da planta externa são ativos e, portanto, requerem alimentação elétrica (nós ópticos e amplificadores). Além disso, ele se caracteriza pelo seguinte:

– A HFC é uma evolução das redes CATV unidirecionais mais antigas (somente TV broadcast). Portanto, é possível reutilizar parte delas.

– É possível incluir serviços convergentes (TV, Internet, telefonia, entre outros).

– Possui avanços e evoluções para maiores taxas de transmissão de dados.

Para obter uma rede convergente, o espectro para os diferentes serviços é dividido usando o método FDD, de modo que todos os serviços possam coexistir no mesmo cabo coaxial. Para o transporte de dados, é usada a especificação DOCSIS, que foi estabelecida pela CableLabs. Por outro lado, os serviços de TV podem ser implementados em formato analógico (SD TV) ou digital (MPEG/QAM TV para canais HD).

Como o espectro de 5-20 MHz é muito ruidoso, ele não é comumente usado para DOCSIS US. No entanto, os novos desenvolvimentos no DOCSIS 3.1 possibilitam o uso dessa banda com modulações de até 128QAM, graças ao algoritmo LPDC, que suporta a transmissão de dados mesmo com SNR baixo.

“É muito encorajador ver o sucesso da Capítulo LATAM. A entidade está fazendo um ótimo trabalho promovendo soluções para atender a América Latina com banda larga de fibra. Desejo à FBA Capítulo LATAM sucesso em seus esforços na inclusão de um grupo diversificado de provedores de telecomunicaçoes, fabricantes e outras empresas do segmento de fibra”.

Exemplo de rede HFC de espectro de RF com serviços de TV e DOCSIS 3.0/3.1.
DOCSIS 3.0 US DOCSIS 3.1 US TV Analógica TV Digital MPEG/QAM DOCSIS 3.0 DS DOCSIS 3.1 DS SC-QAM 5 42 54 87 108 550 1002 1218 MHz OFDM FM X NTSC, PAL, o SECAM ATSC, DVB-C o ISDB-C SC-QAM OFDM
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4. EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE HFC-DOCSIS

4.1. Evolução do protocolo DOCSIS Desde 1996, a CableLabs gerou diferentes especificações DOCSIS (1.0, 1.1, 2.0, 3.0, 3.1 e 4.0) para obter taxas de dados mais altas. Os padrões mais atualizados estão listados abaixo:

Diferentemente dos sistemas PON, as especificações DOCSIS permitem a interoperabilidade ou a coexistência entre suas versões anteriores, reutilizando a mesma rede HFC.

No entanto, a principal desvantagem do HFC é que existem diversas variáveis que limitam a capacidade de gerar altas taxas de dados, como: largura de banda da rede e disponibilidade de espectro de RF, qualidade/ruído da rede (suporte para ordens de modulação altas), capacidade dos CMs de implementar o channel bounding.

Outro ponto é que o DOCSIS 4.0 tem duas alternativas. No FDX, o espectro DS e US é compartilhado, enquanto no ESD ele ainda é dividido e suportado até 1.8 GHz. No entanto, o ecossistema (fabricantes de chips, CM, etc.) que o setor de cabos adotará nos próximos anos ainda não está totalmente definido e maduro.

4.2. Redução do grupo de serviços

Outra maneira de permitir taxas de transmissão mais altas é reduzir o grupo de serviços de atendimento ou de assinantes por nó ou reduzir o número de CMs competindo pelo mesmo recurso de dados, por meio de diferentes estratégias: Segmentação de nós, Fiber Deep ou DDA. Na maioria dos casos, isso exige mais: consumo de energia e espaço de headend, portas/licenças de CMTS, transmissores/receptores ópticos, fios de fibra óptica (opcionalmente, pode-se implementar WDM).

4.3. Expansão do espectro da rede

É imperativo que o espectro esteja disponível no DS ou nos EUA para adicionar portadoras de RF DOCSIS, respectivamente. Em geral, há duas alternativas: expansão da largura de banda da rede (envolve redesenhos e mudança de elementos ativos/passivos) ou alocação de espectro de TV a ser dedicado ao DOCSIS (envolve migração da TV analógica para a digital ou implementação de IPTV).

IEEE 802.3ah (2004) DS 1.25G @1490nm UP 1.25G @1310nm Foco: Residencial e pequenas empresas IEEE 802.3av (2009) DS 10G @1577nm UP 1G/10G @1270nm Foco: Residencial, empresarial e transporte 5G (backhaul e midhaul) *Para uso futuro IEEE 802.3ca (2016) DS 2x25G @XXX UP 2x10G/25G @XXX Foco: Empresarial e transporte 5G (backhaul e midhaul) IEEE 802.3cs (2022) DS 16x10G (Banda L) UP 16x2.5G/10G (Banda C) Alcance 50km e split 1x1024 Foco: Residencial e transporte 5G EPON 10G-EPON 25G/50G-EPON SUPER-PON IEEE
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5. CONCLUSÕES

A FTTH e a HFC oferecem diferentes rotas evolutivas para atender às crescentes necessidades de dados, otimizando os gastos da infraestrutura das operadoras.

Embora a HFC tenha avanços tecnológicos para estender sua vida útil e suportar altas velocidades de transmissão (em alguns casos, semelhante à PON), há uma forte dependência da qualidade da rede para poder realizar modulações de ordem superior e, portanto, atingir a velocidade ultra-alta esperada. Outros fatores determinantes são a largura de banda da rede, a disponibilidade do espectro e o tipo de protocolo de comunicação, que influenciam diretamente a capacidade total do sistema. Todas as variáveis acima são fatores limitantes para atingir efetivamente 10 Gbps, portanto, é obrigatório desenvolver uma ou mais das opções de atualização indicadas acima, mas levando em conta o grande desafio logístico, operacional e financeiro que isso exige.

Em um cenário de novas coberturas (greenfield), ambas as tecnologias têm custos de investimento (CAPEX) muito semelhantes por residências passadas, com a diferença de que a rede FTTH está preparada desde o início para suportar velocidades multigigabit e com um custo por megabit muito mais estável e constante. Além disso, a rede FTTH tem custos de operação (OPEX) mais baixos porque não há elementos ativos na planta externa, o que facilita a operação e a manutenção, tornando a FTTH a escolha recomendada.

De outra perspectiva, para cenários brownfield, a evolução da HFC pode ser uma alternativa válida no curto prazo, pois otimiza o CAPEX inicial e melhora o TTM (Time To Market) da operadora de cabo, mas acrescenta complexidade e alto OPEX das rotinas de manutenção associadas às detecções de vazamento de sinal e vazamento de ruído, rebalanceamento dos níveis ópticos e de RF, substituição de equipamentos ativos devido a descargas elétricas ou vandalismo (roubo de nós ópticos, amplificadores ou baterias de alimentação) e pagamentos mensais pelo uso de energia no OSP. Outro aspecto importante a ser destacado é que o custo por megabit varia exponencialmente ao longo do tempo (mais Mbps equivale a mais investimentos em portas/licenças de CMTS, mais espaço, mais energia, novos nós ópticos, mais fibras ópticas ou atualização da largura de banda da rede para suportar mais espectro).

A estratégia dos MSO e operadoras TELCO deve ser orientada para uma revolução a fim de ganhar competitividade no mercado a médio e longo prazo, em que um caso de negócios e uma análise de TCO são feitos por pelo menos 10 anos para garantir a permanência no mercado.

Está claro que a FTTH é o caminho definitivo para todos os provedores de serviços, pois é uma rede de acesso preparada para o futuro para suportar as demandas e os requisitos das próximas décadas, onde essa infraestrutura também será usada como ponto de convergência para conectar antenas 4G/5G, onde se vislumbram novas oportunidades de negócios.

“Nesta era de conectividade, é fundamental unir esforços para acelerar as implantações de FTTH de alta qualidade em todo o continente. A partir da FBA Capítulo LATAM, promovemos esse objetivo para contribuir com o crescimento econômico e social da América Latina”.

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Capturando e documentando a realidade da expansão da rede de fibra em qualidade “as-built” com digitalização georreferenciada em 3D

A plataforma de serviço de documentação e monitoramento 3D georreferenciado da DeepUp, em conexão com o próprio scanner 3D portátil da empresa, está oferecendo aos operadores de rede e empresas de construção de rede a oportunidade de monitoramento e documentação de expansão de rede em qualidade „as built“ quase em tempo real. Os operadores de rede e as empresas de construção estão enfrentando o desafio de ter documentações pós-construção e pós-instalação abrangentes, mas muitas vezes faltam a confirmação real e visual da construção em relação à qualidade real da instalação. Como solução digital para isso, a DeepUp oferece, com base em seus algoritmos de software, um monitoramento de construção de rede de fibra baseado na realidade 1:1 para ser acessado a qualquer momento, de qualquer lugar e em qualquer dispositivo.

Os dispositivos de digitalização 3D da DeepUp são totalmente robustos e muito fáceis de serem usados pelas equipes de engenharia civil no local sem a implantação adicional de topógrafos treinados.

Todas as varreduras gravadas são disponibilizadas de forma transparente para os clientes da DeepUp por meio de um sistema de monitoramento baseado na web, para que o progresso da construção da rede possa ser acompanhado de qualquer lugar na web. Além disso, todas as larguras e profundidades de construções subterrâneas podem ser medidas virtualmente e comparadas com os planos de rede pelos próprios clientes. Se necessário, a DeepUp também fornece a seus clientes uma extensa documentação de rede de acordo com as diretrizes de documentação de rede padronizadas e formatos de dados, por exemplo, GIS e CAD, que podem ser recuperados do geo-servidor da DeepUp ou fornecidos a seus clientes por meio de interfaces de programação de aplicativos (APIs ). .

PLATAFORMA DE SERVIÇOS

A DeepUp já comprovou sua plataforma de serviços para empresas de telecomunicações, operadoras de rede e empresas de engenharia civil na Europa, documentando perfeitamente mais de 6.000 milhas em 3D e, portanto, ajudando a elevar as construções de redes de fibra dos principais players do mercado para o próximo nível de digitalização. O modelo comercial para os clientes da DeepUp é baseado em um aluguel, desvinculado de prazo, dos dispositivos de escaneamento fornecidos em combinação com um modelo de pagamento por uso sem licença baseado em medidores de rota escaneados. Além disso, como uma per-

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spectiva visionária, a DeepUp está desenvolvendo uma solução de realidade aumentada (AR) com a qual a rede de fibra subterrânea documentada digitaliza para virtualmente recuperada e virtualmente vista simplesmente segurando o scanner portátil sobre a superfície fechada de um canteiro de obras subterrâneo concluído,

permitindo uma georreferenciação exata visão virtual de uma rede subterrânea oculta para auxiliar o planejamento da rede digital a qualquer momento no futuro.

FOR 3D VIEW

FIBER CONNECT 2023

Na Fiber Connect 2023, a DeepUp demonstrará o monitoramento e a documentação de construção de rede georreferenciada 3D existente, bem como a perspectiva visionária da DeepUp de uma recuperação de rede subterrânea virtual.

„É um grande prazer e privilégio para mim que a DeepUp participe da Fiber Connect LATAM pela primeira vez em 2023. Somos uma empresa alemã, jovem e inovadora, onde georreferenciamos e documentamos digitalmente e em 3D mais de 8.000 quilômetros de linhas de fibra óptica recémconstruídas para nossos clientes. Estamos muito animados com o nosso primeiro contato com a América do Sul.“

LEARN MORE
„ S C A N M E
Walter Denk - CEO DeepUp
deepup.ai

PESQUISA DE SUSTENTABILIDADE

UMA VISÃO REGIONAL DA FIBER BROADBAND ASSOCIATION (FBA) CAPÍTULO LATAM

A Fiber Broadband Association (FBA) realizou a pesquisa de Sustentabilidade do nosso setor para entender o compromisso dos provedores e operadores de serviços (e vendedores) do mercado de fibra com a sustentabilidade e a estratégia Ambiental, Social e de Governança (ESG) ou de Responsabilidade Social Corporativa (CSR), bem como a situação em que se encontram em termos de cumprimento de suas metas e marcos gerais. Como parte de um esforço de pesquisa global, a pesquisa realizada pela FBA na América Latina foi adicionada a outras pesquisas regionais para compor o estudo realizado pela Fiber-to-the-Home Council Global Alliance (FCGA).

As percepções geradas pela pesquisa global da FCGA apresentaram alguns temas comuns que repercutiram em todas as regiões com relação a medidas para melhorar os programas de sustentabilidade, como o apoio aos programas de redução de Gases de Efeito Estufa (GEE) dos clientes por meio da metodologia de avaliação do ciclo de vida e a conversão de Hybrid Fiber Coax (HFC) a Fiber-to-the-Home (FTTH). Por outro lado, o resultado da pesquisa realizada pela FBA Capítulo LATAM ilustrou algumas diferenças importantes em relação ao estudo global e esclareceu as características da América Latina em comparação com as outras regiões pesquisadas.

A IMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE E DA AGENDA ESG PARA O SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES

A sustentabilidade tem sido um tópico de interesse há vários anos. Muitas empresas desenvolveram ou, pelo menos, estão pensando em implantar uma estratégia de ESG ou CSR.

O ESG está relacionado a critérios que se referem a fatores ambientais, sociais e de governança corporativa. Aqui estão alguns exemplos do que esses critérios significam:

EEnvironmental (ambiental): Abrange o efeito que a atividade, direta ou indiretamente, é executada por empresas com foco no meio ambiente, como práticas de economia circular, práticas de eficiência energética, gestão de recursos hídricos e preocupação em reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

SSocial: Refere-se ao impacto que uma empresa tem em seu ambiente social, como a comunidade em que está localizada, bem como saúde e segurança ocupacional, gestão de pessoas e inclusão e diversidade cultural, étnica e racial na força de trabalho.

GGovernance (Governança): Refere-se à governança corporativa da empresa, por exemplo, a composição e a diversidade de seu Conselho de Administração, cursos, palestras e campanhas de conscientização sobre práticas anticorrupção, políticas de transparência em suas informações públicas ou seus códigos de conduta.

O ESG se tornou extremamente relevante, inclusive para o setor de telecomunicações, pois é uma agenda que traz benefícios para as empresas, como a melhoria de sua imagem pública e reputação. Um dos recentes marcos sobre o tema, que envolve até mesmo a questão do aquecimento global, foi a postura pública de Larry Fink, presidente executivo e cofundador da maior empresa de investimentos do mundo, a BlackRock, que afirmou em sua carta anual aos CEOs que sua empresa sairá de investimentos com alto risco de sustentabilidade, incluindo produtores de carbono, à medida que se engaja no que ele descreveu como uma “revisão fundamental das finanças”.

Hoje, é possível perceber que as organizações estão mais atentas com quem fazem negócios, pois não é difícil encontrar programas que incentivam e visam melhorar a cadeia produtiva dessas empresas por meio da incorporação de requisitos especiais no processo de seleção, qualificação, desenvolvimento e avaliação de fornecedores, considerados críticos para o meio ambiente. Como exemplo da importância das questões de ESG atualmente, de acordo com um relatório da PwC, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram critérios de ESG, representando US$ 8,9 trilhões, contra 15,1% no final do ano passado. Além disso, 77% dos investidores institucionais pesquisados pela PwC disseram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos.

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De acordo com dados de um relatório do BCG de 2021, “Putting Sustainability at the Top of the Telco Agenda”, o setor de telecomunicações gera 1,6% de todas as emissões de carbono (quase 90% das quais são provenientes de emissões de Escopo 3). Ele afirma que o setor das tecnologias da informação e comunicação (TIC), que inclui as telecomunicações, é responsável por 3 a 4% de todas as emissões globais, o dobro dos níveis do setor de aviação. Os provedores de serviços, vendedores e contratados têm a responsabilidade de gerenciar e reduzir esses fatores que afetam o meio ambiente global, principalmente porque a demanda por 5G e serviços confiáveis de banda larga de alta velocidade continua a crescer.

Quando se trata de infraestrutura de telecomunicações, o uso de fibra óptica tem um lugar importante na estratégia de sustentabilidade. Assim como os equipamentos antigos, as redes de cobre antigas estão sendo substituídas por fibra óptica. A fibra é preparada para o futuro, consome menos energia, e o tráfego por KwH e os materiais da fibra são inerentemente sustentáveis. Portanto, à medida que observarmos um aumento nas implantações de fibra nos próximos 5 anos, isso provará que o uso da fibra para fornecer serviços confiáveis de Internet de alta velocidade é a única tecnologia que promove metas de sustentabilidade e apoia a energia verde, com menos desperdício e ajudando o bem maior da sociedade.

Com o foco regional, entre as diferentes empresas do setor de telecomunicações na América Latina, incluindo fornecedores, operadoras e até mesmo fabricantes, há um consenso sobre a redução do consumo de eletricidade, seja pelo uso de energia renovável em parte ou 100% de suas operações, seja pelo investimento em plantas adequadas para a autogeração de energia por meio de painéis fotovoltaicos. Esse aspecto também inclui medidas para substituir equipamentos antigos, que são responsáveis pelo alto consumo de energia. A redução da pegada de carbono para as operadoras está intimamente relacionada à substituição do combustível usado em suas frotas de veículos, utilizado para a manutenção da rede. Por exemplo, no Brasil, as empresas têm adotado o uso de etanol em vez de gasolina.

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A PESQUISA FBA CAPÍTULO LATAM

À medida que os fornecedores e prestadores de serviços do setor desenvolvem suas estratégias de ESG, eles medem várias áreas e questões com atributos específicos que precisam ser avaliados. Embora não tenhamos pesquisado todos os aspectos das práticas e estratégias de sustentabilidade, concentramos nossos esforços em tópicos e áreas importantes da estratégia de ESG a serem abordados e analisados, que incluem:

– Governança: Missão e Compromisso; Ética e Transparência

– Trabalhadores: Segurança Financeira; Saúde, Bem-estar e Segurança; Desenvolvimento de Carreira; e Compromisso e Satisfação

– Comunidade: Diversidade, Equidade e Inclusão; Impacto

– Econômico: Compromisso Cívico e Doações; e Gestão da Cadeia de Suprimentos

– Ambiental: Gestão Ambiental (ar e clima); e Água (terra e vida)

– Clientes: Gestão de clientes

Para os fins deste estudo, nos concentramos em áreas relacionadas à força de trabalho, relatórios e metas e iniciativas da empresa para entender melhor a conscientização organizacional, a política da empresa e as metas de sustentabilidade. Parte de qualquer estratégia de ESG inclui iniciativas de promoção dos funcionários que incorporam saúde, bem-estar e segurança, desenvolvimento profissional, engajamento, satisfação e retenção dos funcionários, além de ética e integridade. Perguntamos sobre práticas específicas de relatórios e quais padrões, se houver, os Conselhos aos quais os entrevistados se reportam, como a Comissão de Normas globais de Sustentabilidade (GSSB), o Comitê de Normas de Sustentabilidade (SASB), o Comitê de Normas Internacionais de Sustentabilidade (ISSB) etc., foram desenvolvidos para estabelecer uma linha de base de padrões de sustentabilidade locais e globais à medida que as empresas começaram a desenvolver seus marcos de ESG. Esses comitês servem como um meio de responsabilidade para que as organizações criem referências, meçam o progresso e forneçam orientação sobre como atingir suas metas e criar novas.

O SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES VS. COMPROMISSO DE ESG NA AMÉRICA LATINA

Do total, 78% eram organizações com 5.000 funcionários ou menos, 14% tinham entre 5.000 e 10.000 funcionários e 4% tinham mais de 100.000 funcionários.

Dos pesquisados, 47% indicaram ter uma estratégia de ESG ou CSR, 38% indicaram ter uma política de economia circular, 28% tinham metas de GEE e 23% tinham requisitos de sustentabilidade para sua cadeia de suprimentos.

“À medida que o mercado de FTTH da América Latina amadurece e a tecnologia de fibra óptica se consolida como a infraestrutura preferida das operadoras para a implantação de redes de acesso fixo, abordagens comerciais, tecnológicas e regulatórias inovadoras oferecem alternativas econômicas para disponibilizar esses serviços e eliminar a exclusão digital. Mais do que nunca, a FBA Capítulo LATAM está posicionada como o fórum onde os líderes do setor discutem a evolução das redes que darão suporte aos aplicativos do futuro”.

EDUARDO JEDRUCH DIRETOR DE REGULAMENTAÇÕES FBA

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ENTREVISTADOS:

Operador de rede/prestador de serviços regional ou local Operador de rede/prestador de serviços nacional ou de grande porte

Vendedor/Provedor de equipamentos e/ou soluções Contratante

Ao explorarmos as práticas de ESG entre os entrevistados, observamos que quase 40% das empresas ainda não implementaram estratégias de ESG ou CSR e, entre as que implementaram, algumas ainda estão definindo seus programas, como mostra a Figura 2.

Em termos de progresso dos funcionários, a principal iniciativa entre os entrevistados da América Latina foi Ética e Integridade (80%), seguida por Saúde, Bem-estar e Segurança e Engajamento, Satisfação e Retenção de Funcionários (57% e 52%), respectivamente. 47% e 38% dos entrevistados estão implementando iniciativas de desenvolvimento profissional e segurança financeira relacionadas ao avanço dos funcionários.

A partir das pesquisas realizadas na América Latina pela FBA e de sua avaliação, é possível inferir três eixos nos quais as organizações de telecomunicações da região estão trabalhando a sustentabilidade.

O primeiro deles tem o maior consenso, o segundo é o mais alto em termos de iniciativas dos funcionários e o terceiro é o mais baixo em termos de impulso da equipe.

1) Compromisso com a satisfação dos funcionários e retenção/ organização e cultura, bem como desenvolvimento de carreira e segurança financeira;

2) Ética e Integridade, seguida por Saúde, Bem-estar e Segurança;

3) Diversidade e Inclusão.

SOBRE A FBA CAPÍTULO LATAM

O Capítulo LATAM é a representação da Fiber Broadband Association na região da América Latina.

O Capítulo da América Latina é composto por um grupo diversificado de provedores de serviços de telecomunicações, fabricantes de alta tecnologia e outras empresas de toda a América Latina. O objetivo é promover o desenvolvimento de serviços residenciais de Internet, voz e vídeo de próxima geração e de ultra banda larga em toda a região.

Nossa missão é promover em toda a América Latina a adoção de redes de acesso de fibra óptica de alta qualidade como uma plataforma universal de banda larga bidirecional, para aprimorar o desenvolvimento econômico e melhorar a qualidade de vida resultante dessa adoção nas áreas de educação, saúde, defesa e segurança da população.

Figura 2 – A empresa tem estratégia de ESG e/ou CSR
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FBA CAPÍTULO LATAM

No contexto atual, em que a fibra óptica é fundamental para o progresso digital na América Latina, enfrentamos desafios geográficos, econômicos e regulatórios para sua expansão. Como a rodovia digital do presente e do futuro, é vital superar essas barreiras e garantir um desenvolvimento robusto e sustentável.

Depois de ouvir os especialistas do setor nos painéis anteriores, ficou claro que a tecnologia de fibra óptica é o presente e o futuro das telecomunicações. Com o aumento da demanda de dados, a chegada das redes 5G, o mercado praticamente virgem na LATAM e a exclusão digital na região, a necessidade de investir em infraestrutura de fibra óptica é mais urgente do que nunca.

Diante desse cenário, a Fiber Broadband Association Capítulo LATAM se posiciona como um pilar de esperança, impulsionando o desenvolvimento da infraestrutura de fibra e unindo empresas globais ativas na região. Como membro da FTTH Councils Global Alliance (FCGA), a FBA Capítulo LATAM colabora com seis conselhos regionais para promover as tecnologias de fibra óptica.

Para atender à crescente demanda por banda larga e superar os desafios técnicos, a FBA Capítulo LATAM criou um programa de treinamento e certificação projetado para abordar de forma abrangente os desafios específicos das redes de acesso óptico na América Latina. Esse programa enfatiza a relevância da experiência e da confiança geradas por meio de certificações profissionais no setor.

O programa é composto por três certificações globais e oito cursos individuais, adaptados às diferentes áreas de especialização no campo da fibra óptica. Cada certificação global se concentra em uma área específica, treinando e certificando profissionais de acordo com suas funções e responsabilidades. A primeira certificação concentra-se na instalação e na manutenção, enquanto a segunda concentra-se no planejamento e no projeto de redes.

Ao combinar as duas certificações, a terceira certificação é concedida: a Certificação de FBA Expert. Isso credencia os participantes como especialistas validados em tecnologias Fiber To The “X” pela Fiber Broadband Association. Dessa forma, o programa oferece um treinamento completo e coerente que permite que os profissionais adquiram conhecimentos e habilidades especializados, fortalecendo sua posição no mercado de trabalho e contribuindo para o crescimento de um setor de fibra óptica mais forte e eficiente na América Latina.

Saiba mais sobre o programa:

QUEM É A FIBER BROADBAND ASSOCIATION CAPÍTULO LATAM?

A Fiber Broadband Association Capítulo LATAM é uma organização que promove o desenvolvimento da infraestrutura de fibra óptica na América Latina, beneficiando residências, empresas e diversas aplicações.

A FBA LATAM reúne empresas globais ativas na América Latina, impulsionando o avanço das tecnologias de fibra óptica na região.

A FBA LATAM também faz parte da FTTH Councils Global Alliance (FCGA), colaborando com os seis conselhos regionais de FTTH na América do Norte, Oriente Médio, Norte da África, África, Europa e Ásia-Pacífico.

Obtenha reconhecimento global com o Programa FBA LATAM da Fiber Broadband Association Capítulo LATAM.

A FBA LATAM desenvolveu o Programa FBA LATAM para atender às necessidades da região, oferecendo treinamento de alta qualidade e a um custo acessível.

O programa consiste em 3 certificações globais e 8 cursos individuais de acordo com a área de especialização.

Grandes desafios, grandes oportunidades!

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CERTIFICAÇÃO GLOBAL FBA INSTALLER & MAINTENANCE

Concentra-se no conhecimento essencial para a seleção adequada de materiais para a rede ODN, bem como nas boas práticas de instalação e caracterização desses elementos. As informações abrangem desde a construção das redes principais e de distribuição até a ativação dos usuários. Além disso, estão incluídos conhecimentos sobre a operação e a manutenção dessas redes, bem como critérios para a escolha de equipamentos e instrumentos ópticos.

CERTIFICAÇÃO GLOBAL FBA ARCHITECT

Concentra-se nos aspectos fundamentais de dimensionamento, design e documentação necessários para realizar projetos de rede FTTx de alta qualidade. Abrange aspectos que vão desde o design do headend e do data center até a rede de acesso, incluindo redes POL (Passive Optical LAN).

CERTIFICAÇÃO GLOBAL FBA EXPERT

A mais importante certificação global oferecida pela Fiber Broadband Association LATAM Chapter, que engloba as certificações acima e acrescenta conhecimentos e habilidades comerciais e empresariais em redes FTTx por meio do FBA Certified Business Expert e, finalmente, tornando-se um especialista validado em tecnologias FTTx.

O PROGRAMA DA FBA CAPÍTULO LATAM RECONHECE E APROVEITA A EXPERIÊNCIA DE TRABALHO E O AUTOAPRENDIZADO, OFERECENDO UMA OPORTUNIDADE ATRAENTE DE SE DESTACAR NO CAMPO PROFISSIONAL.

A FBA Capítulo LATAM oferece cursos de preparação para o setor que facilitam a aproximação às certificações globais, embora não sejam obrigatórios.

Os cursos de treinamento, que apoiam a obtenção dessas certificações, são de responsabilidade da Academia FBA: FYCO Learning, e podem ser realizados em diferentes modalidades: presencial ou virtual. Os treinamentos presenciais ocorrem no contexto dos eventos Fiber Connect Latam organizados pela Associação em toda a América Latina.

Para obter informações adicionais sobre a aplicação de exames e custos de certificação, acesse: www.fiberbroadband.org/latam-training/

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OS DESAFIOS DA REGIÃO

NO CAMINHO PARA A IMPLANTAÇÃO

EM

MASSA DE INFRAESTRUTURAS DE PRÓXIMA GERAÇÃO

Diferentes abordagens tecnológicas e modelos de negócios coexistem no mercado latino-americano de FTTH, refletindo a diversidade demográfica e a maturidade das diferentes tecnologias implantadas na rede de acesso fixo.

As lacunas de penetração do FTTH associadas aos diferentes segmentos socioeconômicos geram, por um lado, uma sobreposição de infraestruturas em áreas urbanas densamente povoadas e com perfis de usuários com maior ARPU e, por outro lado, áreas suburbanas e rurais mal atendidas ou onde ainda há espaço para desenvolver redes de acesso que acelerem a digitalização das economias regionais. São essas lacunas que hoje exigem inovação e ruptura, desafiando as operadoras a desenvolver modelos de negócios sustentáveis para atender a esses mercados.

E é por meio do compromisso e do envolvimento das entidades públicas responsáveis pela infraestrutura, em coordenação com o setor privado, que essas lacunas serão reduzidas e as redes de fibra óptica se tornarão ainda mais difundidas nas comunidades.

Embora a região mostre um progresso constante na implementação de políticas públicas que promovem o investimento em infraestrutura FTTH, como programas de subsídio para implantação em áreas rurais, incentivos fiscais, financiamento para a construção de redes de acesso e orçamentos para a construção de redes de interconexão de backbone, ainda há grandes desafios pela frente em termos de regulamentação:

– Complexidade da estrutura regulatória: em vários países de nossa região, ainda há grande complexidade e fragmentação na regulamentação, o que dificulta, encarece e desestimula a implantação dessas redes pelas operadoras. O desenvolvimento de uma regulamentação que facilite e promova a implantação dessa tecnologia agilizará o processo de tomada de decisão dos investidores.

– Direitos de uso: Ainda há grandes desafios em termos de permissões de uso da infraestrutura de suporte existente. A promoção de políticas públicas claras e direcionadas que tornem o acesso a esses recursos prático e acessível acelerará a implantação da fibra em áreas que atualmente são complexas demais para serem atendidas por esses motivos.

– Incentivos ao investimento: como mencionado acima, a região tem exemplos claros de políticas públicas bem-sucedidas em termos de incentivos ao investimento (fiscais, subsídios, financiamento etc.). A chave para acelerar a massificação da fibra nos próximos cinco anos é intensificar esses programas público-privados que incentivam os investimentos em infraestrutura em todos os grupos demográficos.

A inovação tecnológica e as economias de escala são os principais impulsionadores da implementação de FTTH em nossa região atualmente. As redes definidas por software e as soluções para construir redes de distribuição óptica de forma rápida, simples e acessível estão criando enormes oportunidades na região para a implantação da infraestrutura de próxima geração. O envolvimento dos órgãos reguladores na promoção de políticas públicas que incentivem o investimento é a chave para uma América Latina sem lacunas de conectividade.

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Por Eduardo Jedruch, Diretor de Regulamentações FBA LATAM Chapter

FIBER CONNECT LATAM 2023

10-11 de outubro 2023 • Cidade do México - México

Construa novas conexões na América Latina

A Fiber Broadband Association LATAM Chapter convida você a participar da Conferência Anual Fiber Connect LATAM 2023.

A Fiber Connect LATAM 2023 oferecerá excelentes oportunidades de networking com os mais respeitados profissionais e empresas da área de Fibra Óptica na América Latina.

Junte-se a operadoras de rede, fabricantes de soluções, especialistas do setor e representantes governamentais na Cidade do México, para conhecer os mais novos produtos e participar de palestras de alto nível com os maiores líderes da indústria de toda a região.

Visite-nos www.fiberbroadband.org/fiber-connect-latam/

Coloque a sua empresa em posição de destaque diante das principais partes interessadas na implementação de Fibra em toda a América Latina, um mercado emergente e em expansão!

latamchapter@fiberbroadband.org

saleslatam@fiberbroadband.org

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FTTH COUNCIL GLOBAL ALLIANCE

A Aliança Global dos Conselhos FTTH (FTTH Council Global Alliance) (FCGA) é a plataforma de cooperação dos seis Conselhos internacionais de FTTH ativos na América do Norte, América Latina, Oriente Médio e Norte da África, África, Europa e Ásia-Pacífico. Todos os Conselhos de FTTH compartilham um objetivo comum: a aceleração da adoção da fibra até o domicílio. Todos eles atuam como organizações poderosas e independentes em suas respectivas regiões. Essa abordagem regional dá aos Conselhos de FTTH uma força especial para adaptar suas atividades à situação específica do mercado em sua área.

A Aliança Global do Conselho de FTTH garante que esses esforços regionais sejam combinados com o poder da cooperação global. Dentro da FCGA, os Conselhos de FTTH trocam estudos, informações e os últimos desenvolvimentos do mercado.

OS SEIS CONSELHOS GLOBAIS DE FTTH

DIGITAL COUNCIL AFRICA

Estabelecido em 2010 sob a bandeira do Conselho FTTx da África, o Conselho Digital da África é uma organização independente sem fins lucrativos que busca o diálogo com todas as partes interessadas para discutir como maximizar os benefícios sociais das tecnologias digitais e orientadas por dados para aumentar a igualdade e a inclusão, o bem-estar e a adoção digital.

FIBER BROADBAND ASSOCIATION

Fundada em 2001 e a única associação comercial de fibra nas Américas, a Associação de banda larga de fibra oferece suporte, educação e recursos para empresas, organizações e comunidades que desejam implantar as melhores redes da categoria por meio de fibra até o domicílio.

FIBER BROADBAND ASSOCIACION LATAM

A Divisão LATAM é a representação da Fiber Broadband Association na região da América Latina. A Divisão da América Latina é composta por um grupo diversificado de provedores de serviços de telecomunicações, fabricantes de alta tecnologia e outras empresas de toda a América Latina.

CLASSIFICAÇÃO MUNDIAL

Mercados de FTTH/B (fibra para o domicílio/empresas)

Setembro de 2022

Países com mais de 25% de penetração

FTTH COUNCIL APAC

O Conselho de FTTH Ásia-Pacífico é uma organização sem fins lucrativos criada em 2005. Ele se baseia no sucesso de suas entidades irmãs nos Estados Unidos e na Europa para educar a comunidade e ao público em geral sobre as oportunidades e os benefícios das soluções FTTH.

FIBERCONNECT COUNCIL MENA

O Conselho de FTTH do Oriente Médio e do Norte da África (MENA) é uma organização do setor com a missão de acelerar a adoção do FTTH por todas as partes interessadas em banda larga por meio de informações e defesa, a fim de acelerar a disponibilidade de redes de acesso baseadas em fibra de altíssima velocidade para consumidores e empresas.

FTTH COUNCIL EUROPE

Criado em 2004 por cinco membros fundadores: Alcatel-Lucent, Cisco, Corning, Emtelle e OFS, o Conselho de FTTH da Europa agora tem mais de 160 membros e uma equipe contratada que trabalha para promover os benefícios do acesso por fibra em todo o continente.

FT TH s ubs criber s FT TB s ub scri be rs 38 23,9% Mexico 26,1% 37,0% 42,7% 62,0% 67,3% 67,5% 67,5% 68,4% 71,1% 73,5% 73,8% 76,1% 76,8% 79,6% 82,1% 84,9% 85,3% 85,8% 89,4% 91,6% 96,5% 97,8% 98,1% Ecuado r Brazil Ch ile Bahr ain 20º 19º 18º 17º 16º 15º 14º 13º 12º 11º 10º 9º 8º 7º 6º 5º 4º 3º 2º 1º 31º 35º 45º 46º 68º Ro mania No rway Sw eden Japan Portugal Spain Vietnam Uruguay Ic eland Bela rus South Kore a Ando rra Barb ados Ch ina Ho ng K ong Singapore Qa tar UAE 13,6%

PESQUISA DE SUSTENTABILIDADE

Uma visão global da Fiber-to-the-Home Council Global Alliance (FCGA) [Aliança Global dos Conselhos de Fibra para Domicílio]

A Fiber Broadband Association (Associação de Banda Larga por Fibra Óptica) e a Fiber-to-the-Home Council Global Alliance (FCGA) [Aliança Global dos Conselhos de Fibra] realizaram nossa pesquisa de sustentabilidade do setor para entender os provedores de serviços e fornecedores sobre o compromisso do setor de fibra com a sustentabilidade e a estratégia ambiental, social e de governança (ESG) ou de responsabilidade social corporativa (CSR), bem como onde eles estão em termos de atingir suas metas e marcos gerais e como eles diferem regionalmente.

O resultado ilustrou diferenças regionais e culturais interessantes e lançou luz sobre as regiões que parecem estar mais atrasadas.

Conforme mostrado abaixo, as principais iniciativas que a maioria das empresas está implementando como parte de sua postura de sustentabilidade são:

REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA E PEGADA DE CARBONO

Como principal ingrediente de uma estratégia de ESG, os gases de efeito estufa (GEE) e a pegada de carbono são os principais impulsionadores da forma como as empresas operam e trabalham para atingir o objetivo comum de obter um ambiente mais limpo e com menos desperdício.

VALORIZAÇÃO DO FUNCIONÁRIO

A retenção de funcionários está diretamente relacionada às estratégias de ESG e o foco das empresas em melhorar o progresso dos funcionários inclui desenvolvimento profissional, segurança financeira, saúde e bem-estar, bem como ética e integridade e melhoria do envolvimento dos funcionários.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES

Embora a maioria dos entrevistados fosse formada por pequenas empresas com 5.000 funcionários ou menos, alguns temas comuns repercutiram em todas as regiões:

- Muitos entrevistados mencionaram o apoio aos programas de redução de GEE dos clientes por meio da metodologia de avaliação do ciclo de vida (ACV) para analisar o ciclo de vida do produto. Isso permite que as empresas identifiquem melhorias de sustentabilidade e desenvolvam estimativas de impacto de GEE para programas de inovação em estágio inicial.

- Entre a maioria dos provedores de serviços que responderam, a conversão de Híbrido de Fibra Coaxial (HFC) a Fibra Até o Domicílio (FTTH) foi citada para melhorar seu programa de sustentabilidade.

- A maioria das empresas está trabalhando em planos para obter uma redução de pelo menos 40% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030, com metas de longo prazo de emissões líquidas zero até 2040.

- A segurança financeira teve a classificação mais baixa em termos de iniciativas de desenvolvimento de funcionários em todas as regiões, em comparação com Saúde, Bem-estar e Segurança e Ética e Integridade, que tiveram a classificação mais alta.

PREFÁCIO

DESENVOLVIMENTO E APRIMORAMENTO DE PROGRAMAS DE SUSTENTABILIDADE

Seja fornecedor, prestador de serviços ou empreiteiro, a construção de fazendas solares, os esforços de conservação de água e a criação de requisitos para a cadeia de suprimentos são maneiras pelas quais as empresas estão buscando as melhores práticas.

De acordo com dados de um relatório do BCG de 2021 “Putting Sustainability at Top of the Telco Agenda” (Colocando a sustentabilidade no topo da agenda de telecomunicações), o setor de telecomunicações gera 1,6% de todas as emissões de carbono (quase 90% das quais são provenientes de emissões de Escopo 3). Ele afirma que o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), que inclui as telecomunicações, é responsável por 3 a 4% de todas as emissões globais, o dobro dos níveis do setor de aviação. Os provedores de serviços, vendedores e contratados têm a responsabilidade de gerenciar e reduzir esses fatores que afetam o meio ambiente global, principalmente porque a demanda por 5G e serviços confiáveis de banda larga de alta velocidade continua a crescer.

A fibra é preparada para o futuro, consome menos energia e o tráfego por KwH e os materiais da fibra são inerentemente sustentáveis. Portanto, à medida que observarmos um aumento nas implantações de fibra nos próximos 5 anos, isso provará que o uso da fibra de serviços confiáveis de Internet de alta velocidade é a única tecnologia que promove metas de sustentabilidade e apoia a energia verde, com menos desperdício e ajudando o bem maior da sociedade.

PARA MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE: https://fiberbroadband.org/wp-content/uploads/ 2023/04/FCGA-Sustainability-Survey_March2023-final.pdf

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MULHERES DE FIBRA

O Comitê Mulheres de Fibra foi criado com a missão de conectar mulheres da indústria de fibra óptica e telecomunicações em um espaço de colaboração, apoio e empoderamento, buscando fomentar e ampliar o time de mulheres em fibra para apoiar e fortalecer as profissionais que buscam fazer contribuições importantes neste setor.

O objetivo do grupo é ouvir o que as mulheres da indústria têm a dizer e o que elas buscam em termos de espaço para serem ouvidas e se mostrarem como representação para outras profissionais.

Nesse intuito, o grupo vem realizando uma série de webinars e painéis em eventos, para discutir, a partir de experiencias de quem já trilhou seu caminho na indústria, o espaço da mulher no mercado de trabalho, seus desafios, aspectos da construção cultural e social, e muito mais.

Ao longo dos últimos 25 anos, a incorporação de mulheres na indústria de telecomunicações cresceu exponencialmente e a cada ano, aumenta o número de mulheres no mercado de trabalho, mas os desafios enfrentados por muitas profissionais, continuam sendo um tema a ser revisto em busca de equidade e abertura a novas oportunidades no ambiente corporativo. Em discursão sobre a inclusão de mulheres e diferença salarial no ambiente de Telecom, foi realizada uma sessão com Ximena Mora, CEO da OnNet Fibra Colômbia e Martha Gómez Orea, Diretora de Pessoas e Administração, Telefonica México, onde se abordou como elas vivenciaram esta evolução, os desafios que foram ultrapassados e de como as mulheres conseguiram quebrar barreiras culturais, familiares e salariais para continuar a sua evolução profissional até chegarem a cargos de liderança dentro das organizações.

Buscando conhecer a realidade da indústria de telecomunicações da América Latina em relação às profissionais femininas, entre seus membros, o comitê de Mulheres de Fibra, da Fiber Broadband Association LATAM, lançou uma pesquisa discutir a representatividade nas empresas e a diferença salarial na indústria em relação à questão de gênero. Em resultados preliminares, quando perguntados sobre a porcentagem estimada de representação de mulheres em empresas, é possível ver o crescimento do número de mulheres no setor.

No entanto, quando perguntados se “há representação feminina no conselho de administração da empresa ou em outros cargos de liderança?” o resultado entre não e muito baixa soma mais de 72%.

Várias entidades de pesquisa, como o Instituto Nacional de Estatística (INE), Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a diferença salarial entre homens e mulheres oscila entre 15 % e 30 % na América Latina. Estas são algumas barreiras econômicas das mulheres na região.

Em apresentação em maio, um painel formado pela Dra. Carla PenhaVasconcelos, Ph.D., Estudiosa de assuntos de liderança feminina, Elizabeth Arroyave, VP da CAMTIC e Coordenadora do Capítulo IoT/5G, da Costa Rica e Paula Guerra Támara, Vice-presidente de Assuntos Corporativos e Estratégia, da ETB Colômbia discutiu o tema de mulheres em cargos de liderança, aspectos da construção cultural e social e como transcender os desafios que se enfrenta no espaço do trabalho, educação e vida familiar e como encontrar o equilíbrio que permite manter o foco e a motivação.

As ações do grupo ainda estão em fase inicial, mas vários projetos estão sendo desenvolvidos e buscando engajar profissionais e iniciativas empresariais, em busca de fortalecimento.

Site fiberbroadband.org/mujeres-de-fibra/

Grupo de Mulheres de Fibra LinkedIn linkedin.com/groups/14152265/

Formulário de adesão ao Comitê Mulheres de Fibra - Fiber Broadband Association Capítulo LATAM fiberbroadband.org/2122-2/

““O comitê Mulheres de Fibra da Fiber Broadband Association Capítulo LATAM foi criado para destacar o papel que muitas mulheres desempenharam e desempenharão no setor de telecomunicações. Esse capítulo reúne mulheres de toda a América Latina. Além de desmantelar os preconceitos que existem sobre as mulheres no setor de tecnologia e promover a igualdade de gênero, esse espaço será usado para promover todos os membros profissionalmente”.

SUZANA OROZCO

CO-CHAIR DO COMITÊ MULHERES DE FIBRA SUCCESS PARTNER DE EERO

UMA EMPRESA DA AMAZON

“Muitas empresas estão fazendo a mudança para melhorar cada vez mais as condições gerais de trabalho que permitem que as mulheres do setor continuem a crescer e a se desenvolver em posições de liderança no setor. Mas ainda há um longo caminho a percorrer”.

ARACELI RUIZ

CO-CHAIR DO COMITÊ MULHERES DE FIBRA, REGIONAL MARKETING MANAGER, VIAVI SOLUTIONS

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Por Edna Preuss, Diretora de Assuntos da Indústria, FBA LATAM

“PALAVRAS DO PRESIDENTE

“O mercado de telecomunicações na região do Latam tem um potencial enorme de crescimento em redes FTTH e também de inovação, com oportunidades para empresas que estão dispostas a investir em tecnologias de ponta e colaborar com os governos locais para melhorar a infraestrutura e ampliar o acesso à internet. Com uma população jovem e conectada, a região oferece um mercado promissor para empresas que estão dispostas a abraçar o futuro e explorar novos caminhos.”

A economia mundial enfrentou uma grande crise em 2020 devido à pandemia de COVID-19. A paralisação das atividades econômicas, o aumento do desemprego e a diminuição da demanda por bens e serviços foram alguns dos efeitos dessa crise. No entanto, a situação tem melhorado gradualmente desde então, com a vacinação em massa em muitos países e a retomada da atividade econômica.

As previsões indicam que a economia mundial terá um crescimento moderado nos próximos anos. Espera-se que as economias avançadas se recuperem mais rapidamente do que as economias emergentes, mas ainda assim, a previsão é de um crescimento global. As tendências de crescimento se concentram em setores como tecnologia, saúde, energia renovável e infraestrutura, com maior investimento em áreas como inteligência artificial, robótica e automação. A digitalização dos processos também está em alta, com empresas adotando cada vez mais a transformação digital em seus negócios.

Alguns desafios ainda existem, como a inflação em alguns países, o aumento das desigualdades sociais e econômicas, além das incertezas em relação à pandemia e a possibilidade de novas variantes do vírus. No entanto, as previsões são positivas para o futuro, com um cenário de crescimento moderado, mas consistente, nos próximos anos.

Segundo o Prof. Marquetti (PUCRS) destaca que os principais temas em 2023 serão a inflação e a provável recessão da economia mundial. As questões de longo prazo, como as ambientais e de distribuição de renda e riqueza também estarão em debate. De acordo com ele, o aumento das taxas de juros para combater a inflação, a continuidade da guerra da Ucrânia, a Covid-19 na China e as disputas entre os Estados Unidos e a China vão influenciar na desaceleração da economia mundial. Informações do Banco Mundial indicam que o crescimento do PIB global cairá de 2,9% em 2022 para 1,7% em 2023, já na América Latina cairá de 3,6% para 1,3%. Com isso, Marquetti destaca que o ano não será fácil na perspectiva econômica, estimativas apontam que a China apresentará um quadro positivo ao expandir o seu crescimento do PIB de 2,7% para 4,3%. (fonte Internet)

Novos desafios no mercado pelo amadurecimento e crescimento na base de assinantes de FTTH, começam aparecer problemas na qualidade de rede, qualidade do sinal, principalmente velocidade de descida e subida dos dados como também a latência, jitter e perdas de pacotes, quando conectados com redes WiFi, mesmo as mais recentes evolução de WiFi 6 e 6e. Novas soluções tem surgido para suprir e resolver estas novas demandas e estaremos abordando estas evoluções, como também tendências de mercado como Redes Neutras, 5G, IoT, etc.

Uma rede de fibra óptica para a casa (FTTH) pode ser sustentável do ponto de vista ESG (ambiental, social e governança) de várias maneiras:

A fibra óptica é uma tecnologia mais ecológica e eficiente em termos de energia do que as redes tradicionais de cobre. A FTTH também requer menos manutenção, o que significa menos viagens de manutenção e, portanto, menos emissões de CO2. Além disso, a FTTH pode ajudar a reduzir a necessidade de deslocamentos, permitindo o trabalho remoto, o que reduz o impacto ambiental do transporte.

A FTTH pode melhorar o acesso à internet de alta velocidade e de qualidade para áreas rurais e desfavorecidas, permitindo que as pessoas tenham acesso a serviços online, oportunidades de educação e trabalho, além de uma melhor comunicação. Isso pode melhorar a qualidade de vida e a inclusão social das pessoas.

As empresas de telecomunicações que implementam a FTTH precisam seguir as regulamentações ambientais e de saúde e segurança no trabalho, além de garantir a privacidade e segurança dos dados dos usuários. Empresas que seguem esses padrões éticos e legais tendem a ter melhores resultados financeiros e maior reputação no mercado. Em resumo, a FTTH pode ser uma opção sustentável do ponto de vista ESG, desde que a infraestrutura seja projetada e implementada de maneira ética, ambientalmente responsável e atenda às necessidades sociais da comunidade.

Estamos publicando uma matéria sobre Sustentabilidade de redes FTTH em nível global. Trabalho realizado em conjunto pelo Fiber Council Glogal Alliance (FCGA) - é a Plataforma para a cooperação das seis entidades de FTTH regionais: América do Norte, América Latina, Oriente Médio, Norte da África, África, Europa e Ásia-Pacífico. Todos os conselhos FTTH compartilham um objetivo comum: a aceleração da adoção da Fibra até a residência (FTTH).

NELSON SAITO, PRESIDENTE FBA LATAM CHAPTER
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fiberbroadband.org/about-latam

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