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REDES MULTI-X: MULTISSERVIÇOS E/OU MULTIOPERADORAS

REDES MULTI-X: MULTISSERVIÇOS E/OU MULTIOPERADORAS

Por: Eduardo Jedruch - Commscope / Xavier Chiron - Furukawa

Densificação das redes estimula adoção de um modelo que suporte múltiplos serviços, viabilizando investimentos em infraestrutura e instalação

Alavancada pela demanda atual de serviço FTTH, a opticalização das redes precisa evoluir a um outro patamar. Novos serviços, como os de telemedicina, demandam mais banda, menos latência e maior disponibilidade de fibras. O impacto previsto é a rápida saturação das redes existentes das operadoras.

Se tomarmos como referência a evolução do FTTH, veremos que no final de 2019 a região contava com cerca de 19,4 milhões de assinantes FTTH, o que representa um crescimento no ano de mais de 56%; e quase 55 milhões de Home Passed, com crescimento de aproximadamente 36%. Com os efeitos da pandemia de COVID-19, esse ritmo de construção de Home Passed e Home Connected continua elevado.

Essa densificação óptica massiva tem um custo elevado de CAPEX e, como os espaços também são limitados, as redes devem ser mais flexíveis, podendo atender aplicações de ponto a ponto ou ponto multiponto.

Isso significa que a infraestrutura óptica deverá suportar múltiplos serviços, de IoT a 5G, contemplando pontos de flexibilização para cada serviço a partir da densificação do backbone, seguindo um modelo de arquitetura como este:

REDE MULTI-OPERADORA

• Compartilhamento • Microtecnologia • Densificação • A prova de futuro • Flexibilidade • Rapidez de construção e manutenção

Multioperadoras REDE MULTI-SERVIÇOS

Móvel

Residencial

Corporativo Principal Secundária / Alternativa

Principal REDE MULTI-ARQUITETURA

PmP (Point-to-Multipoint)

P2P (Point-to-Point) Opções de topologia

Neste sentido, os provedores de serviços estão considerando novos modelos de negócios nos quais a alavancagem financeira e operacional das redes é provida em parte, por sócios estratégicos. Na nossa região, esse entendimento está se consolidando em operadoras neutras que estão se posicionado como uma alternativa para que os provedores de serviço possam otimizar o time to market e melhorar as eficiências operacionais de partes da rede e do perfil de clientes. É assim que a definição das arquiteturas, a normatização e a qualidade dos componentes da rede, assim como as práticas construtivas e de operação, serão fundamentais para garantir a sustentabilidade deste modelo em médio e longo prazo.

A convergência de múltiplos serviços numa mesma rede física viabilizará os investimentos iniciais em infraestrutura e instalação, além de aumentar sua vida útil tecnológica. Estudos mostram que o CAPEX de

redes convergentes (preparadas para FTTH e 5G) será impactado em até 15% a mais em comparação a uma

rede exclusiva para atendimento FTTH. A construção de redes segregadas por serviço será mais cara e mais demorada que a de redes convergentes. Assim, a densificação óptica das partes troncais de distribuição é essencial para reduzir os investimentos.

Frente a essas novas necessidades, o papel das operadoras e de suas infraestruturas será centralizado na oferta e suporte de aplicações muito mais sensíveis aos níveis requeridos de confiabilidade, latência, simetria e banda larga. Conteúdos de ultra alta definição, realidade

imersiva, Cloud Gaming, Indústria 4.0, Smart Grid, cirurgia remota e veículos autônomos são somente alguns exemplos de uso que serão suportados por plataformas

de conectividade URLL. Nossa visão é que o processo de transformação das redes irá acontecer por fases alinhadas com a demanda de mercado.

Com o desenvolvimento de cabos ópticos de alta contagem de fibra, as infraestruturas subterrâneas serão otimizadas com o uso potencial de tubulações sub microdutadas. Isso permitirá soprar sob demanda cabos com dimensional extremamente compacto, otimizando o tempo de instalação e deixando a rede física mais flexível por suportar diferentes arquiteturas.

A construção de redes ópticas para múltiplos serviços já é uma realidade em algumas operadoras do mercado latino-americano através de redes pré-conectorizadas com pontos de conexão em caixas de distribuição e

terminação segmentados por serviço. Os objetivos de utilizar soluções pré-montadas de fábrica são permitir maior velocidade de instalação em campo e otimizar os ganhos logísticos com produtos menores e mais leves.

CADA VEZ MAIS A INFRAESTRUTURA ÓPTICA DEVERÁ SUPORTAR MÚLTIPLOS SERVIÇOS DE IOT A 5G

COMPLEXIDADE E CUSTO – EQUILIBRANDO A EQUAÇÃO

Ponderando as complexidades e custos, modelos alternativos que não envolvem investimento próprio das operadoras surgem visando reduzir o risco de investimento e acelerar a oferta aos mercados. Neste caso, uma operadora dita neutra investe, constrói a rede e disponibiliza fibras para seus clientes para um determinado serviço negociado.

Como ela precisa gerenciar vários potenciais clientes numa mesma infraestrutura, isso pode requerer tecnologias de compartilhamento físico ou lógico. No primeiro caso, considera-se fibras segregadas por cliente e, no segundo, o compartilhamento a partir de uma mesma fibra com comprimento de onda reservados. Um dos

desafios adicionais acaba sendo justamente o desenho de uma rede flexível que permita suportar múltiplas arquiteturas, considerando pontos de atendimento estrategicamente localizados.

Redes neutras multioperadoras são mais críticas e necessitam de sistemas de monitoramento de qualidade mais sofisticados para atender as exigências dos clientes (SLA). Com isso, a adição de elementos de inteligência que facilitam a operação e manutenção das redes ópticas além da velocidade de intervenção em caso de incidente será essencial. O futuro aponta para a popularização de redes neutras ou multi-X que sejam redes multisserviços e/ou multioperadoras. Densificação óptica, flexibilização e qualidade da rede serão alguns elementos-chave na definição das soluções tecnológicas a serem adotadas.

Furukawa desenvolve sistema IOT para monitoramento de redes ópticas INFORME PUBLICITÁRIO

Nesse cenário, o monitoramen mento da rede é um fator fundamental para garantir disponibilidade elevada e um serviço de qualidade. Esse é, justamente, o foco do sistema desenvolvido pela Furukawa, que utiliza tecnologias de Internet das Coisas (IoT) para o monitoramento e melhor controle dos processos em redes de fibra óptica. “O objetivo é ajudar a restabelecer o serviço mais rapidamente em caso de falha, por meio da redução do tempo gasto nos processos de notificação e detecção do problema e de diagnose”, afirma Daniel Blanco, gerente de Engenharia de Inovação da Furukawa. “Isso se reflete em diminuição de custos operacionais e na melhoria do nível de serviço (SLA)”, acrescenta. Voltado a operadoras de telecomunicações e prestadores de serviços de internet (ISPs), o sistema IoT para monitoramento da fibra óptica da Furukawa inclui sensores, conectividade e software de gestão de rede. “Um dos

As redes de fibra óptica estão cada vez mais complexas, densas e convergentes, suportando uma série de serviços que demandam alta capacidade de transmissão de dados com alta disponibilidade.

sensores é colocado na caixa de emenda e mede a potência óptica, o que permite saber em tempo real se houve rompimento ou degradação do sinal da fibra”, explica. “Outro sensor mede variáveis como temperatura, aceleração e luminosidade, indicando o status do ativo instalado na rua; por exemplo, se o armário foi aberto.” As informações dos sensores passam por um gateway e chegam ao software de gestão de rede via conexão wireless padrão LoRaWAN - link de comunicação de longo alcance e baixo consumo de energia (LPWAN) utilizado em aplicações IoT. O software de gestão automatiza e melhora os

processos de manutenção e reparo, ao possibilitar a visualização dos ativos da rede e da região afetada pelo problema. “Com a automação, o próprio sistema localiza o técnico mais próximo da região onde a falha foi detectada e abre o chamado para ele, otimizando o SLA”, enfatiza Blanco. “Além disso, o sistema oferece dados estatísticos e N esse cenário, o monitoramen mento da rede é um fator analíticos da rede, dos técnicos, mapa de calor das regiões onde fundamental para garantir dispo- os problemas ocorrem com maior nibilidade elevada e um serviço frequência, o que facilita a de qualidade. tomada de decisões, por exemplo, sobre manutenções preventivas”, Esse é, justamente, o foco do sistema desenvolvido pela Furukawa, acrescenta. que utiliza tecnologias de Internet O novo sistema IoT para das Coisas (IoT) para o monitoramento e melhor controle dos monitoramento da fibra óptica processos em redes de fibra faz parte do portfólio da marca óptica. “O objetivo é ajudar a FI²S - Furukawa IoT for Industry restabelecer o serviço mais rapida- System, lançada neste ano pela mente em caso de falha, por meio empresa. Atualmente, a solução da redução do tempo gasto nos está sendo utilizada por uma processos de notificação e detecção do problema e de operadora de rede neutra. diagnose”, afirma Daniel Blanco, gerente de Engenharia de Inovação da Furukawa. “Isso se reflete em diminuição de custos operacionais e na melhoria do nível de serviço (SLA)”, acrescenta. Voltado a operadoras de telecomunicações e prestadores de serviços de internet (ISPs), o sistema IoT para monitoramento da fibra óptica da Furukawa inclui sensores, conectividade e software de gestão de rede. “Um dos

Furukawa desenvolve sistema IOT

As redes de fibra óptica estão cada vez mais complexas, densas e convergentes, suportando uma série de serviços que demandam alta capacidade de transmissão de dados com alta disponibilidade.

sensores é colocado na caixa de emenda e mede a potência óptica, o que permite saber em tempo real se houve rompimento ou degradação do sinal da fibra”, explica. “Outro sensor mede variáveis como temperatura, aceleração e luminosidade, indicando o status do ativo instalado na rua; por exemplo, se o armário foi aberto.” As informações dos sensores passam por um gateway e chegam ao software de gestão de rede via conexão wireless padrão LoRaWAN - link de comunicação de longo alcance e baixo consumo de energia (LPWAN) utilizado em aplicações IoT. O software de gestão automatiza e melhora os

para monitoramento de redes ópticas

processos de manutenção e reparo, ao possibilitar a visualização dos ativos da rede e da região afetada pelo problema. “Com a automação, o próprio sistema localiza o técnico mais próximo da região onde a falha foi detectada e abre o chamado para ele, otimizando o SLA”, enfatiza Blanco. “Além disso, o sistema oferece dados estatísticos e analíticos da rede, dos técnicos, mapa de calor das regiões onde os problemas ocorrem com maior frequência, o que facilita a tomada de decisões, por exemplo, sobre manutenções preventivas”, acrescenta. O novo sistema IoT para monitoramento da fibra óptica faz parte do portfólio da marca FI²S - Furukawa IoT for Industry System, lançada neste ano pela empresa. Atualmente, a solução está sendo utilizada por uma operadora de rede neutra.

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