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PANORAMA DO MERCADO DE FTTH/B NA AMÉRICA LATINA
Mercado latino-americano mantém crescimento e chega a mais de 80 milhões de casas passadas por fibra óptica Pág. 07
Edição 2021
O AVANÇO DAS REDES 5G
A era das redes 5G já começou na América Latina, mas a operação comercial só começará em 2022 Pág. 16
DIVERSIFICAÇÃO DE USO
Aumento na demanda obriga infraestruturas ópticas a suportar múltiplos serviços
Pág. 17 CONECTORES TIPO IP68
Novos modelos permitem distribuição mais flexível da rede óptica, reduzindo custos Pág. 25


REDES 5G AVANÇAM NA AMÉRICA LATINA
Por: Redação
Estudo da Fiber Broadband Association LATAM Chapter, realizado pela IDATE Digiworld, mostra que maiores mercados da região terão suas redes comerciais em operação até 2022
Uma das principais constatações do estudo 5G Mini Panorama LATAM, encomendado pela FBA LATAM Chapter e realizado pela IDATE Digiworld em abril deste ano, é de que a era do 5G na região já começou. Mas isso não significa uma evolução homogênea. A pesquisa também indica que a região é muito diversa em termos de maturidade no mercado móvel, o que significa que as redes 4G e 5G ainda devem coexistir por algum tempo.
Sobre a evolução das redes 5G na região, a pesquisa aponta importantes highlights, tais como:
• A era 5G começou na América Latina em 2019, com o lançamento dos primeiros serviços no Uruguai, pela
Antel. Em seguida vieram os lançamentos registrados em 2020: Claro, Telefonica e TIM, no Brasil; DirecTV, na
Colômbia; e AT&T Mobile, em Porto Rico. Este ano, a
T.Personal começou a operar na Argentina e a Claro e a
Entel, no Peru. • Em março deste ano, a Subtel (Subsecretaria de
Telecomunicações) do Chile anunciou a conclusão do primeiro leilão para o espectro 5G na região.
As frequências 1800 MHz no 700 MHz, o AWS, o 3.5
GHz e 26 GHz foram adquiridas pela Claro, Entel,
Telefonica e WOM.
A ERA DO 5G NA AMÉRICA LATINA JÁ COMEÇOU E DEVE ACONTECER DE FORMA HETEROGÊNEA ENTRE OS MERCADOS NOS PRÓXIMOS ANOS
• Novos leilões são esperados nos próximos anos. No
Brasil, espera-se para o primeiro semestre deste ano o leilão das bandas 700 MHz, 2.3 GHz, 3.5 GHz e 26 GHz.
Na Argentina e na Colômbia os reguladores anunciaram a intenção de atribuir espectros 5G ainda este ano. No Peru, a Osiptel concedeu à Entel e à Claro a permissão para o início de suas participações no espectro 3.5 GHz para a oferta de serviços de internet fixa sem fio usando 5G, com a expectativa de que o leilão para os espectros 3.5 GHz e 26 GHz ocorra no primeiro trimestre do ano que vem.
Também para 2022 é aguardado o leilão 5G no Equador. • A América Latina é apontada como uma região diversificada em termos de maturidade do mercado móvel. A adoção de
4G na região era de 55% no final de 2020, o que indica que estas redes continuarão a ser construídas, fornecendo cobertura e capacidade de banda. • A crescente demanda por conectividade, estimulada pela pandemia de COVID-19, vai alavancar a implementação de redes 5G. A tendência é de que redes corporativas, principalmente nos setores de mineração, serviços públicos e manufatura devem impulsionar a construção das redes 5G nos países mais avançados no uso da tecnologia. Ao mesmo tempo, a oferta de serviços para os usuários finais deve continuar crescendo nos próximos anos, mas com cobertura limitada de população e território. De acordo com a GSM Association, até 2025 as redes 5G serão responsáveis por cerca de 1/10 das conexões na região. • Enquanto países como Bolívia, Chile, Colômbia, Costa
Rica, Equador e México devem ter suas redes 5G entrando em operação até 2022, outros não devem fazê-lo antes de 2023. É o caso de Bahamas, Barbados,
Guatemala, Jamaica e Panamá.
5G FWA
Outra tendência apontada pelo estudo é o uso da tecnologia 5G para o preenchimento da última milha na oferta de serviços de banda larga fixa. O uso das redes 5G FWA (Fixed Wireless Access) na região deve funcionar como ferramenta complementar às tecnologias FTTH e 5G Móvel e permitirá uma concorrência maior com o FTTx de acesso super-rápido com fio em termos de qualidade do serviço. A 5G FWA torna-se também uma alternativa à FTTH não apenas do ponto de vista do investimento, mas também de redução no prazo de comercialização.
Sobre seu uso, o estudo apontou ainda tendências como:
• Para as operadoras fixas, a 5G FWA oferecerá suporte para as implementações FTTx, com o mmWave acelerando as implementações na última milha. No entanto, os serviços 5G utilizando mmWave não devem chegar à região antes de 2025. Além disso, a banda média 5G fornecerá uma alternativa temporária à fibra em áreas pouco povoadas, acelerando a oferta de acesso super-rápido. • Para as operadoras de telefonia móvel, o uso de redes 5G FWA dará uma porta de entrada para o mercado de internet fixa. Com isso, será possível ampliar a fidelidade de clientes com a oferta de um portfólio maior de produtos. A tecnologia também permitirá a estas operadoras se tornarem uma alternativa para o xDSL, usando banda média 5G FWA; e ao FTTH, com o uso do mmWave 5G FWA. Também nesse caso os serviços 5G baseados em mmWave não devem estar disponíveis antes de 2025. • O desenvolvimento das redes 5G FWA deve começar pela América do Norte e Europa, mesmo que as operadoras estejam se concentrando em projetos FTTH em longo prazo. De todo modo, o desenvolvimento nesses países deve criar um mercado de massa para fabricantes de hardware a partir de 2025, reduzindo preços e tornando estes equipamentos mais acessíveis. • Esse movimento permitirá que outros mercados, como a América Latina, acelerem seus lançamentos 5G FWA, que em médio prazo seriam prejudicados pelo baixo
ARPU e alto custo dos equipamentos.


A pandemia da COVID-19 sacudiu o mundo. Estamos realmente vivendo tempos desafiadores, nos quais manter-se conectado fez toda a diferença. No entanto, ainda há muitos pendurados em tecnologias de redes herdadas que não conseguiram prover os meios de banda larga para a total inclusão digital e garantia da presença virtual. A FBA LATAM continua ampliando as fronteiras em fibra para aqueles que ainda estão de fora.”
Federico Lang
Diretor de Relações Públicas da Fiber Broadband Association - LATAM Chapter
REDES 5G AVANÇAM NA AMÉRICA LATINA