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A PHOENIX FIBER E SUA REDE NEUTRA
Por: Redação
Companhia aposta no modelo de aluguel de infraestrutura e chega a mais de 1,5 mil quilômetros de rede FTTH instalada com menos de um ano de operação
A Phoenix Fiber completa um ano de operação em agosto de 2021. Até lá, a companhia espera consolidar ainda mais um modelo de negócio idealizado em 2017 quando seu CEO, Maurício Giusti, teve a ideia de oferecer redes de fibra no mesmo modelo que outras empresas faziam com torres: alugando a infraestrutura.
O diretor executivo de operações da Phoenix Fiber, Marcos Faria, explica que a ideia era seguir o mesmo conceito. “Nós construímos a rede de fibra a partir da solicitação de um cliente e depois alugamos para ele”, explica. De acordo com Faria, o contrato não tem limite geográfico ou de tamanho de cidade, mas ele ressalta que, quanto menor a rede, menor a possibilidade de diluir os custos.
Com a estrutura pronta, o valor do aluguel é uma combinação entre o volume de HPs (Home Passed) cobertas e o volume de usuários efetivamente conquistados. “Nosso contrato prevê que, por um período de dez anos, tanto o aluguel dos postes como a manutenção da rede são responsabilidade da Phoenix. O nosso cliente fica com a instalação e o relacionamento com os usuários finais e tem um ano de exclusividade sobre aquela estrutura. Depois desse período, podemos alugá-la a outras empresas”, diz.
COM 1,5 MIL KM DE REDES FTTH INSTALADAS, PHOENIX PREVÊ LEVAR A TECNOLOGIA PARA MAIS 37 CIDADES
Com foco em redes FTTH, embora não descarte a construção de backbones, a Phoenix conta hoje com mais de 1,5 mil quilômetros de redes. O primeiro piloto foi realizado em Varginha (MG), onde a companhia construiu uma rede de 300 quilômetros que hoje atende cerca de 30 mil HPs.
RESULTADOS
O sucesso desse projeto levou a uma segunda fase com a cobertura de mais 11 cidades em diversas regiões do Brasil. “Estes 1,5 mil quilômetros de rede foram concluídos em 2020. Hoje estamos trabalhando em um projeto com mais 37 cidades, dividido em duas etapas: 18 cidades agora e outras 19 mais para o final do ano”, revela.
Faria explica que na maioria das cidades a Phoenix utilizou solução 100% Furukawa – cabos, caixas, acessórios e outros materiais de rede externa. “Em termos de controle logístico, ter um único fornecedor facilitou muito. Outra vantagem é que tudo chegou no prazo acertado, o que permitiu concluir o projeto em apenas 11 meses”, acrescenta.
O executivo ressalta que, mesmo atendendo hoje somente um cliente, a rede da Phoenix está pronta para atender um segundo cliente e ainda contar com fibras dedicadas para atendimento ponto-a-ponto. “O modelo é bastante novo e algumas operadoras e ISP ainda têm dificuldade para entendê-lo”, revela, ressaltando que a Phoenix não tem a intenção de fazer investimentos onde não houver interesse do cliente.
Ao contrário, ele acredita que o modelo deve atrair outras empresas, o que deve fazer surgir outras redes compartilhadas em pouco tempo. “Acho que há espaço para todo mundo, como ocorreu com o mercado de torres e aqui é fundamental o trabalho de entidades como a FBA LATAM Chapter, que tem a missão de mostrar para as operadoras daqui e as de fora que temos que nos preparar. Falar do modelo é essencial e a FBA é importante nesse sentido”, afirma.


Nos últimos 30 anos, a fibra óptica evoluiu para suportar nossa nova era de hiperconectividade, conectando continentes, países, cidades, antenas e residências, fornecendo o maior potencial para as redes de telecomunicações.”
Gustavo Candolo
Diretor de Operações da Fiber Broadband Association - LATAM Chapter