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Artigo

VISÕES DO JORNAL O PAIZ SOBRE A GREVE GERAL E A INSURREIÇÃO ANARQUISTA DE 1918 Por Bruno de Lino Mendes Resumo: Este artigo trata de uma insurreição anarquista e uma greve geral na cidade do Rio de Janeiro, que ocorreram no mesmo dia, 18 de novembro de 1918. Abordaremos aspectos destes dois movimentos e investigaremos as conexões entre os insurretos e grevistas. Demonstraremos as causas do fracasso desta insurreição anarquista, que é originada do pouco apoio que os anarquistas obtiveram da sociedade. Além disso, mostraremos as visões do jornal O Paiz sobre a insurreição e a greve geral: ao passar apenas a visão das autoridades, o periódico acabou por legitimar uma repressão aos dois movimentos.

A greve geral de 1918

1º) oito horas diárias de trabalho;

N

2º) fixação de salário mínimo para os adultos;

o dia 18 de novembro de 1918, entre 15 e 16 horas, trabalhadores têxteis, metalúrgicos e da construção civil

entraram em greve. Segundo Nébias,1 cinco associações estavam envolvidas nesta greve: a União dos Operários em Fábrica de Tecidos (UOFT), a União Geral dos Metalúrgicos (UGM), a União Geral da Construção Civil (UGCC), o Centro dos Operários em Pedreiras (COP) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT). As reivindicações eram por melhores condições de vida e trabalho. Algumas destas demandas, constavam em uma declaração da UOFT:

1

3º) nenhum tecelão trabalhará com mais de dois teares comuns; 4º) não deverão ser admitidos menores de 14 anos; 5º) licença com vencimentos de dois meses às mulheres, um antes, outro depois do parto; 6º) abolição das lançadeiras que requeiram o esforço da aspiração para funcionar; 7º) aumento para os contramestres proporcional ao aumento para os tecelões; 8º) abolição de todos os descontos nos salários dos operários (ADDOR, 2002, p.112)

O motivo da greve não deixa dúvidas: estes trabalhadores estavam exigindo melhorias. Não havia nenhuma aspiração revolucionária aparente em suas demandas, pretendiam apenas medidas

NÉBIAS, 2009

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Operários e anarquistas marcham portando bandeiras negras pela cidade de São Paulo na greve de 1917.

trabalhistas que os atendessem satisfatoriamente,

Addor,3 ao aumento da exportação de gêneros

tais como as oito horas de trabalho e um salário

alimentícios aos países do bloco aliado na Primeira

mínimo.

Guerra. Em relação à carestia, Lima Barreto afirmou

Para compreender o porquê da greve, devemos

para o jornal O Debate, em setembro de 1917: “As várias partes do nosso complicadíssimo governo se tem movido para estudar e debelar as causas da crescente carestia dos gêneros de primeira necessidade à nossa vida. As greves que têm estalado em vários pontos do país muito têm concorrido para esses passos do Estado. Entretanto, a vida continua a encarecer e as providências não aparecem (...) O açúcar por exemplo que descera de preço nesses últimos anos, é um caso típico de ladroeira capitalista, da mais nojenta. Os usineiros e seus comparsas, comissários, etc. (...) no intuito de esfolarem a população nacional ou residente no Brasil, descobriram que o melhor meio de o fazerem era vender grandes partidas para o estrangeiro, pela metade do preço por que as vendem aqui (...)” 4

analisar o contexto da época. Havia uma forte recessão causada pela Primeira Guerra Mundial e que mobilizou a classe operária a uma rotina de greves em cidades como Niterói, Rio de Janeiro e São Paulo. Durante os anos de 1917 e 1920, houve uma intensa atividade operária por melhores condições, ligadas ao custo de vida. Segundo Leandro Konder,2 neste período ocorreram mais de 200 greves no Rio de Janeiro e São Paulo. O período da Primeira Guerra Mundial (1914-18) foi de grande dificuldade para os trabalhadores no Brasil. O país passou por uma recessão econômica e

Através do trecho acima, vemos a preocupação do

por uma enorme elevação do custo de vida. A alta

governo com o aumento do custo de vida e como a

dos preços relaciona-se, segundo Carlos Augusto

2 3

KONDER, 2003 ADDOR, 2002

4

ADDOR, 2002, p.56

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G N A R U S | 143 “No dia 30 de outubro, a UOFT encaminhou um ofício ao Centro Industrial. Neste, ela reivindicava um abono de 30% no salário dos operários parados por causa da epidemia, a dispensa dos aluguéis das casas de propriedade das indústrias e o retorno do funcionamento das fabricas por 56 horas semanais. No dia 9 de novembro, os industriais, que haviam se reunido no Centro Industrial, informaram que não poderiam atender às reivindicações da UOFT, devido à conjuntura recessiva e a existência de grande quantidade de produtos estocados.”.8

venda de produtos agrícolas para os países aliados afetou diretamente os preços no Brasil. É importante também frisar que os operários tinham pouca margem de negociação. Apesar do crescimento industrial brasileiro na fase da Primeira Guerra Mundial, a classe operária não obteve vantagens trabalhistas. Segundo Paulo Sérgio Pinheiro, tal fator tem a ver com a pouca especialização do operariado. Para o

Segundo Addor,9 a greve redundou num extremo

autor, apesar do crescimento industrial, o país

fracasso. A polícia, associando muitos destes

praticamente não tinha uma indústria de base,

operários aos insurretos que no mesmo dia

sendo que

tentaram tomar o Palácio do Catete e instaurar um

“a metalurgia era muito limitada, e a mecânica reduzida a montagem, a fabricação de material agrícola ou de uma pequena variedade de aparelhos”.5

sistema anarquista no Brasil, atuou de forma

A pouca necessidade de especialização na

fechou a UOFT, a UGM e UGCC, por conter

indústria de base facilitou a pouca receptividade

elementos anarquistas. No dia 30, a UOFT pediu

dos industriais a demanda dos operários e o

aos operários que retornassem ao trabalho, sem

emprego de “fura-greves”. Quando analisamos a

que eles tivessem as suas reivindicações atendidas.

excessivamente repressiva. Em 20 de novembro de ano de 1918, por exemplo, o chefe de polícia

greve geral de 1918, vemos como tal afirmação é correta. Das associações grevistas, apenas o COP parecia ter um relacionamento mais democrático com os patrões. Prova disso, foi a Comissão Central de Melhoramentos, que colocava em contato direto os trabalhadores do COP e os representantes dos patrões.6 Outro ponto que ensejou a greve foi a epidemia

Nébias,10 ao investigar as associações grevistas, defende que não houve um fracasso geral. O COP, diferentemente dos outros sindicatos, conseguiu resultados satisfatórios, como a jornada de trabalho de oito horas e o aumento dos seus vencimentos. Segundo o autor, os operários do COP foram beneficiados

condições de vida da população, com vários adoentados e mortos na cidade. Nébias descreve como a influenza contribuiu para o contexto da greve:

mais

Ao analisarmos, portanto, a greve geral de 1918, vemos que ela obteve alguns ganhos. Alguns trabalhadores, como os do COP, utilizaram estratégias mais integradas ao sistema vigente11 e viram parte de suas reivindicações serem atendidas,

5

10

6

11

PINHEIRO, 1975 NÉBIAS, 2009 7 ADDOR, 2002 8 NÉBIAS, 2009, P.184 9 ADDOR, 2002

relacionamento

democrático com seus patrões.

de influenza no Rio de Janeiro em 1918. Segundo Addor,7 esta gripe prejudicou enormemente as

pelo

NÉBIAS, 2009 Conforme já explicitado anteriormente, o COP buscava um diálogo mais direto com os empregadores, através da Comissão Central de Melhoramentos, composta de trabalhadores da referida associação e de patrões. In NÉBIAS, 2009.

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G N A R U S | 144 como a jornada de trabalho de oito horas diárias e uma tabela de

salários12.

aumentou a crença de que a revolta seria um sucesso. Segundo Addor,15 o fracasso da revolta se deve, principalmente, a um espião, o tenente Ajus, que se

A Insurreição Anarquista de 1918 No mesmo dia da greve geral de 1918, ocorreu um levante anarquista. Centenas de pessoas, às 17 horas, se reuniram no Campo de São Cristóvão. A polícia já tinha informação do que ocorreria no

infiltrou no movimento e relatou aos policiais os planos dos insurretos. As autoridades já sabiam dos planos libertários e de todos os detalhes relativos a consecução. Não descartamos que a entrada de Ajus como

Campos de São Cristóvão, e por isso mandou a população

se

dispersar. Os

operários

não

atenderam aos pedidos dos policiais e começaram a gritar “Não pode!”. Começou então a confusão: tiros entre policiais e os trabalhadores, e bombas de dinamite foram lançadas em alguns lugares. O tumulto só terminaria com reforços da 10º Brigada Policial e o exército. Os insurretos tinham pretensão de tomar o poder e instalar um sistema anarquista no país. Estes homens acreditavam que os soldados encarregados da repressão ao movimento passariam para o lado dos insurretos, e em seguida os ajudariam a atacar vários estabelecimentos do governo. O plano final, segundo Addor,13 era tomar o Palácio do Catete, depor o presidente e instalar o Conselho de Operários e Soldados.

espião auxiliou a polícia a desbaratar o movimento anarquista. Pensamos, porém, que este não foi o fator principal para o malogro da insurreição anarquista. O motivo principal foi o pouquíssimo apoio de setores da sociedade ao movimento anarquista. Neste sentido, vemos com ceticismo a afirmação de Sheldon Maram,16 que argumenta que o fato do movimento não ter buscado apoio de outros setores da sociedade redundou no fracasso da insurreição. Era muito remota a possibilidade de os insurretos obterem auxílio de outras camadas sociais, pois havia uma forte campanha na mídia contra os anarquistas. Estes libertários eram taxados de “terroristas” e elementos agitadores. Para estes meios de comunicação, a polícia deveria reprimir os anarquistas, pois eram elementos que influenciavam

perigosamente

a

ordem

do

Sem dúvida, o sucesso da Revolução Russa de

operariado nacional. Esta propaganda negativa

1917 incitou os insurretos. Para estes homens, esta

contra os anarquistas parece ter surtido um efeito

revolução demonstrou que era possível derrubar

muito considerável sobre a opinião pública.

poderes conservadores e estabelecer regimes de

Selecionamos alguns trechos de O Paiz que

cunho socialista em outras partes do mundo.

denotam tal visão dos anarquistas:

Alexandre Samis14 também demonstra que a

“Aos operários forneça, quanto antes, os meios legaes de se defenderem contra os maos patrões. Aos anarchistas applique o governo os methodos severos a que todas as sociedades civilizadas recorrem para reprimir os attentados dos que procuraram modificar, pelo emprego da

instabilidade política com a doença do presidente Rodrigues Alves, além da conjuntura recessiva,

12 13

NÉBIAS, 2009 ADDOR, 2002

14

SAMIS, 2004 ADDOR, 2002 16 MARAM, 2009 15

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G N A R U S | 145 violência, a ordem das coisas estabelecidas.” (O Paiz, 21 de novembro de 1918, p.3).

Sheldon afirma

Maram sobre

legitimação repressão

a da

após

a

insurreição anarquista: Devemos, também, levar

em

conta

“O governo utilizou a revolta como pretexto para tomar posição contra todo o movimento operário. Invadiu escritórios de sindicatos, fechando alguns. A União Geral dos Trabalhadores, que substituiu a FORJ, foi dissolvida, e muito lideres operários foram presos ou forçados a fugir. A revolta trouxe outra consequência: apoiou mais tarde acusações de conspirações que se usaram para reprimir o anarquismo e o movimento operário”. 19

o

caráter extremamente conservador sociedade

da brasileira.

Mesmo com toda a propaganda que os anarquistas procuravam fazer, o Brasil república

era

uma

elitista

e

recém-saída de um regime escravocrata. A opinião pública, de acordo

com

Maria

Lená

Efigênia Resende17, em sua maioria, era dominada pelo pensamento das classes dominantes.

(MENEZES, 1996) frisa que apesar das repressões, algumas leis trabalhistas foram votadas nos anos 20, e, mais tarde, o estado

A insurreição obteve consequências negativas e

cuidaria para cooptar os sindicatos.

positivas para a classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que aumentou a repressão ao movimento operário depois da greve, colocou em pauta a questão de leis trabalhistas ao operariado. Segundo Lená Medeiros de

Menezes,18

uma

destas consequências foi a deportação de muitos

A associação entre os grevistas e os insurretos foi pouco discutida, com exceção do trabalho de Wellington Nébias, intitulado A greve geral e a

insurreição anarquista de 1918 no Rio de Janeiro: um resgate da atuação das associações de trabalhadores.20

estrangeiros sem o devido cuidado com os procedimentos legais. Muitos nacionais foram enviados para as colônias penais no interior do Brasil.

17 18

RESENDE, 2013 MENEZES, 1996

Menezes

Ao tratar desta associação entre grevistas e insurretos, Carlos Augusto Addor,21 baseia-se nos relatórios policiais para decretar uma suposta ligação dos operários grevistas com a revolta

19

MARAM, 1979, p.95-96 NÈBIAS, 2009 21 ADDOR, 2002 20

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G N A R U S | 146 anarquista. Não há, porém, nas pesquisas de Addor,

movimentos, somente de órgãos do estado ou das

uma investigação mais aprofundada sobre esta

classes dominantes.

conexão.

O Paiz redigiu no dia 21 de novembro uma

A ótica de Nébias22 sobre a ligação entre os dois

declaração do chefe de polícia, Aureliano Leal.

movimentos nos parece a mais acertada. O autor

Neste documento, ele justifica o fechamento de

atesta que os anarquistas participavam dos

associações grevistas:

sindicatos expondo suas ideias e ganhando adeptos

“O acto da autoridade policial fechando hontem a séde de três associações operárias, inspirou-se em motivos de segurança pública. Os operários de tecidos, numa minoria despótica que domina, por meio de ameaças, a grande maioria da classe, foram os principaes auxiliares dos dynamiteiros que pretenderam assaltar a Intendência da Guerra para estabelecer na capital da República o truculento regimen dos ‘soviets’.” (O Paiz, 21 de novembro de 1918, p.6).

para seus ideais. Havia dentro dos sindicatos espaços para palestras e estudos de variados temas. Alguns operários das associações participantes da greve também aderiram a insurreição de forma espontânea. A conexão entre os grevistas e os revoltosos, porém, é menor do que a polícia pensava. Prova disto é o número reduzido de

O trecho acima é esclarecedor, pois demonstra a

operários que participou da insurreição anarquista,

legitimação do jornal à repressão aos grevistas e aos

apenas algumas centenas entre os militantes

insurretos. O periódico não se preocupa em

anarquistas.

entrevistar nenhum insurreto, nem mesmo algum membro “pacífico” do operariado. A visão repressiva imposta pelo chefe de polícia é a única

Visão do jornal O Paiz sobre a insurreição anarquista e a greve geral de 1918

exposta pelo jornal.

Nosso interesse no jornal O Paiz surgiu por sua

O Paiz publica na edição de 23 de novembro, uma

ótica conservadora. Marialva Barbosa,23 por

declaração do ministro de justiça. Mais uma vez,

exemplo, frisa este conservadorismo e narra as

nenhum operário é entrevistado pelo jornal:

conexões que o jornal estabeleceu com as

“Numa greve promovida pela referida Federação Operária, greve que tomou largas proporções e trouxe a cidade em grande pânico, resolvi fechal-a. Mais tarde surgiu uma outra associação com o nome de União Geral de Trabalhadores do Rio de Janeiro, e, segundo a polícia apurou, em inquérito, ella reproduz a Federação: fóco de anarchistas, dentro de propaganda das chamadas idéas libertarias, e, conseguintemente, de subversão da ordem jurídica e legal.(...) Agora mesmo, a União dos Operários em Fábricas de Tecidos, a União dos Metallurgicos e a União Geral dos Operários em Construção Civil, atiraram-se ás aventuras de uma greve violenta, devido á propaganda da associação anarchista, a que me refiro.” (O Paiz, 23 de novembro de 1918, p.6).

autoridades. O público do periódico, segundo a autora, era composto de estudantes, profissionais liberais e políticos. Em todas estas matérias, o jornal procura descrever os insurretos como elementos perigosos, que devem ser controlados pela polícia de uma forma

enérgica.

Medidas

repressivas

são

justificadas pelo jornal como forma de trazer a ordem. O caráter conservador do jornal é explicitado pelas versões sobre a greve: não há uma visão das camadas populares sobre os dois

22

NÉBIAS, 2009

23

BARBOSA, 2005

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G N A R U S | 147 Vimos, portanto, que o jornal O Paiz legitimou uma repressão tanto aos grevistas, quanto aos insurretos, expondo visões de membros do aparelho do estado e das classes dominantes. Não houve a devida atenção em expor a visão do operariado grevista e muito menos dos insurretos sobre os fatos ocorridos no dia 18 de novembro.

Conclusão Este artigo teve como objeto a visão do jornal O

Paiz sobre a greve geral e a insurreição anarquista de 1918. Primeiramente analisamos aspectos da greve geral de 1918, para em seguida, esmiuçar detalhes da insurreição anarquista. Após o estudo dos dois movimentos, procuramos conexões entre estes dois atos. Chegamos à conclusão de que não havia uma ligação tão profunda entre os dois movimentos, como a polícia supôs. Alguns grevistas participaram da insurreição anarquista. Nesta parte, também discutimos algumas causas do fracasso da insurreição anarquista. Houve várias causas, como as falhas de organização do movimento e a entrada do tenente Ajus, que atuou como espião da polícia, mas o principal fator para o malogro deste ato foi o pouco apoio que os anarquistas obtiveram da sociedade.

Bibliografia ADDOR, Carlos Augusto. A Insurreição Anarquista no Rio de Janeiro. 2ªed. São Paulo: Achiamé, 2002. BARBOSA, Marialva. História Cultural da Imprensa (1800-1900). MAUAD, 2005. CARONE, Edgar. Classes sociais e movimento operário. Ática, 1989. KONDER, Leandro. História das ideias socialistas no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2003. LUCA, Tania Regina de; MARTINS, Ana Luiza (org.). História da Imprensa no Brasil. Contexto, 2008. MARAM, Sheldon Leslie. Anarquistas, imigrantes e o movimento operário brasileiro (1890-1920). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. MENEZES, Lená Medeiros de. Os indesejáveis:

desclassificados da modernidade. Protesto, crime e expulsão na Capital Federal (18901930). Rio de Janeiro: EDUERJ, 1996 NÉBIAS, Wellington Barbosa. A greve geral e a insurreição anarquista de 1918 no Rio de Janeiro: um resgate da atuação das associações de trabalhadores. 2009. 220f. Dissertação

(Mestrado em História Social) – UFRJ, Rio de Janeiro. PINHEIRO, Sérgio. Política e Trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1975. RESENDE, Maria E.L. de. O processo político na Primeira República e o liberalismo oligárquico. In FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de A.N. O tempo do liberalismo excludente – da Proclamação da República à Revolução de 1930 (vl.1). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013, 6 ed. SAMIS, Alexandre. Pavilhão negro sobre pátria oliva: sindicalismo e anarquismo no Brasil. In COLOMBO, Eduardo, et al. História do

movimento

operário

revolucionário.

Imaginário/Expressão & Arte, 2004. SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. 4ªed. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.

O último ponto do trabalho dedicou-se a expor a visão do jornal O Paiz sobre a greve geral e a insurreição anarquista. Mostramos que o jornal

Periódico consultado Jornal O Paiz (novembro de 1918)

atuou com uma ideologia mais voltada aos ideais das classes dominantes e que, por isso, o periódico acabou por legitimar uma repressão aos grevistas e insurretos. Bruno de Lino Mendes É graduado em História pela UGF, pós-graduado Lato Sensu em Gestão Educacional na UCB e mestre em História pela UNIVERSO. É professor do estado e do município do Rio de Janeiro. Gnarus Revista de História - VOLUME IX - Nº 9 - SETEMBRO - 2018


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