G N A R U S | 160
Coluna:
PARA LER O CINEMA Por Renato Lopes
D
esde as aberturas teóricas no seio da
outros campos do saber, como a sociologia e a
ciência histórica, que ocorreram na
antropologia.
segunda metade do século passado, o cinema, e a imagem como um todo,
deixaram de ser meras ilustrações para algum conhecimento histórico previamente expresso em palavras e esquemas. O cinema passou a constituir uma matriz teórica importante na edificação do conhecimento histórico e como tal ganhou sua devida importância, além de dialogar com vários
Com as severas críticas feitas às abordagens teóricas calcadas em um historicismo determinista e num positivismo acrítico,1 passam a ganhar espaço conhecimentos históricos realizados a partir de uma leitura cultural, onde a sociedade é uma representação coletiva, com suas estruturas socialmente construídas. O filme é tanto uma forma de representação da coletividade ou um veículo interpretante de realidades históricas específicas,
LE GOFF, J. História e Memória. Campinas;SP. Editora UNICAMP. 2013.p.24 1