Livro de criticas ácidas(revisão final)

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Ela tinha que conversar com ele, ver o que ele achava de tudo aquilo... -Olha Dna Clarisse...(interrompido por ela...). -Só Clarisse, por favor! -Quando você usa alguém, na verdade esta usando Deus.Quando se faz alguém de objeto na verdade esta usando Deus como objeto... -Mas a pessoa não vai pagar por isto depois? -Olha, na maioria das vezes não, e sabe porquê?Porquê na maioria das vezes a pessoa não sabe o que esta fazendo... Satisfaz a um impulso cego, a um anseio de domínio, de propriedade e tudo nesta vida é emprestado, nada a é duradouro, pra sempre. Pras coisas existe um tempo! O que esta “desperto” vive este tempo de forma prazerosa apesar da dor ser mais forte porque se é “real”; o que esta dormindo por sua vez, vai aos trancos e barrancos e é preciso de um anestesiante para abrandar as pancadas que a vida dá! -E qual é este anestésico? -Se enlevar de que na verdade as coisas são assim, cria-se uma utopia para não se ver o que há na realidade, muitas vezes quando a pessoa vem a tomar conta deste preceito, ela se mata de desgosto, porque chega à conclusão de que não é um rei a mandar no jogo, mas apenas um Peão, que é o primeiro a ser sacrificado no tabuleiro. -E sobre a religião, o que você diria? -Que lá pros tempos antigos poderia funcionar, mas hoje ela já não serve, não acompanhou as mudanças necessárias que precisava, embora eles pensem que a mesma chave abre as 374


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