Livro de criticas ácidas(revisão final)

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O sol me fazia ter miragens a todo momento,via uma ilhota ao longe e depois sumia...Vi uma barbatana que pensava ser de uma baleia,de cor dourado do mar,pensei ser uma sereia,mas depois pensei na bobagem de dar importância a algo mitológico.Bolas de fogo cruzavam o céu a noite,seria algum barco afundando e pedindo socorro?mas era tão perto de mim e eu nunca via o tal barco...Não sabia até quando ia aturar tamanha aflição mental...até que na noite subseqüente o mar estava raivoso e aquele barquinho se arremessava pelas ondas...Achei que não esquivaria da morte de forma alguma.Era o remate!Primeiro a sede,depois a fome,em seguida alucinações e por ultimo aquela tormenta selvagem que parecia perpetrar cada minuto e durar uma eternidade,me segurava como se agarrasse o espírito dentro do corpo,nunca me senti tão alerta,a morte me saudava a cada marouço que despedaçava na beirada do barco...Então aconteceu o que eu mais temia,ele virou devido a uma onda colossal,mas me agarrei com energia na borda e outra onda seguinte tornou-o a virar,aliviado comecei a extrair a água de dentro com uma caneca,eu tirava uma e vinha outra ruma de água pra dentro... O esfalfamento começava a me subjugar,tinha feito um esforço tremendo para tomar minha vida,entretanto vi que era infalível o fim e comecei a implorar para Deus que não me importava de expirar,mas que poupasse minha alma,que me perdoasse e me redimisse por ser tão materialista,por colocar o ser,o fazer e o ter acima de todas as coisas e acima das outras pessoas...

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