Portfolio Fernanda Malerba

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PORTFÓLIO FERNANDA LOPES MALERBA ARQUITETURA & DESIGN

fernanda.l.malerba@gmail.com (19) 98800-9115 https://linktr.ee/malerbastudio


PROJETOS DE ARQUITETURA


CONCURSO CURA - MUSEU DA DEMOCRACIA Proposta do Concurso: Levantar a discussão sobre como tratamos a memória e nossa história, traduzindo através do projeto a importância de olhar para o passado que não deve ser esquecido, de modo a contribuir para que ele não se repita. Equipe: Fernanda Lopes Malerba Lucas Duarte Oliveira Wilian Rodrigues


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01 02

01 Igreja Rosário 02 Chafariz

03 02

03 Monumento 04 Marquise 05 Palácio Justiça 1817: Construção Igreja Nossa Senhora do Rosário 1854: Largo do Rosário com vegetação alta, iluminação a gás e charafiz de

bronze (higienização da cidade).

1933: Alargamento de vias no entorno, implantação de piso com art noveau,

criação de canteiros com vegetação baixa, implantação do monumento a Campos Sales e reposicionamento chafariz.

O local escolhido para acolher o Museu da Democracia foi baseado na história da cidade de Campinas, considerando regiões de pracialidade, ou seja, onde acontecem apropriações eventuais ou cotidianas que transcendiam a funcionalidade do local, transformando-o em um espaço de encontro e convívio público, de manifestações populares, da constituição cultural dos lugares e da razão comunicativa. O Largo do Rosário é considerado a principal praça de Campinas pois reúne pessoas desde a construção da Igreja do Rosário em 1817 e, ao decorrer do tempo, passou por diversas reformas que traziam a identidade social e atendia as demandas de cada época. Além disso, comporta parte das memórias políticas de resistência durante o regime militar e, por conta da importância das lutas sociais ali desencadeadas, foi reconhecida como lugar simbólico e de identidade da cidade, sendo tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC) em 1996. A área escolhida para o projeto é formada por duas praças que se conectam visualmente: a praça Visconde de Indaiatuba, antigo Largo do Rosário, e a praça Guilherme de Almeida, onde localizava-se a Igreja do Rosário e abriga o Palácio da Justiça atualmente. O local em questão possui fácil acesso por estar localizado no centro da cidade, ser próximo ao Terminal de Ônibus Central, à Igreja Metropolitana e estar localizada no cruzamento de importantes vias que comportam fluxos intensos de pessoas e veículos diariamente.


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1942: Construção Palácio da Justiça. 1950: Demolição Igreja Nossa Senhora do Rosário. 1968: Separação praças: Visconde de Indaiatuba (antigo largo do

rosário) e Guilherme de Almeida (palácio da justiça).

Projeto de Renato Righetto: Implantação de marquises, bancos e paisagismo. Remoção do monumento a Campos Sales.

1934:

Remoção total da vegetação, instalação de piso português e iluminação urbana, permanência monumento a Campos Sales.

1971: Tentativa de reformulação da praça durante a Ditadura Mili-

tar por conta da apropriação da praça para manifestação social

05

1988-2020 (atual) Demolição das marquises e remodelação da praça a partir da configuração de 1934. * Local de manifestação política, concentração cultural e festiva,feiras e campanhas diversas.

Proposta: Trazer elementos que remetam às antigas implantações da praça, trazendo a memória e seu papel coletivo e social durante a história. - Chafariz e Monumento centrais (1854, 1933 e 1934); - Piso em faixas e marquises (1968); - Volumetria remetente à Igreja Nossa Senhora do Rosário (Restauro); - Espaços livres que permita uso para manifestação política, cultural e festiva.


TERRENO E CONTEXTO URBANO

PROCESSO CRIATIVO DA FORMA

VOLUMETRIA INICIAL

FLUXOS PEDESTRAIS


PROCESSO CRIATIVO DA FORMA

PROPOSTA


O partido dos edifícios surge a partir de uma arquitetura sensitiva como reflexão da história, lutas e avanços da democracia, de forma que o sistema construtivo modular de vigas e pilares de concreto simboliza o período moderno, mas ao mesmo tempo, tradicional e rígidas. Já a vedação dos edifícios se dá de forma mais leve, contemporânea e experimental, através de faces translúcidas e modulações assimétricas de chapas metálicas onduladas e brises rotacionados conforme a orientação do sol, trazendo uma diversidade e movimentação entre as fachadas.


O uso poético desses elementos arquitetônicos se dá na conformação de fachadas mais robustas e fechadas nos pavimentos onde as exposições retraram a opressão e ausência dos direitos humanos ocorridos na escravidão e ditadura e, conforme o percurso das exposições pelo caminho da liberdade e conquistas sociais, as fachadas recebem mais leveza e transparência. A forma do edifício se dá através dos cheios e vazios, na descontrução de um volume regular e na adição de elementos livres com estrutura independente (containers), de forma a trazer fisicamente, na arquitetura, a metáfora da transformação da história brasileira e comportamento social, um passado mais denso e conservador, caminhando para a leveza e diversidade que, acaba por transformar seu passado em uma forma mais livre e para todos.






8m

1/2 METAL

METAL

BRISE METAL

8m

BRISE METAL & VIDRO

VIDRO FIXO

CONCRETO









ARQUITETURA DE INTERIORES


SUÍTE HOME OFFICE O projeto foi desenvolvido a partir da demanda de uso para o ambiente: dormitório (descanso e atividades de lazer) e escritório (estudo, atividades manuais e escritório). A partir disso, foi projetada uma bancada em toda a extensão de uma parede, de um lado, compondo a estação de estudos, um armário fechado para armazenamento livre (pessoal ou profissional) uma sapateira e prateleiras funcionais e decorativas; já do outro lado, a cama para descanso e visão para a televisão. A disposição paralela do mobiliário valoriza o espaço central do ambiente, de forma que aparente ser maior e trazer qualidade espacial para os dois usos. Projeto individual


LUMION


LUMION


V-RAY


V-RAY


ARQUITETURA DE INTERIORES


COZINHA O projeto foi constituído do auxílio na escolha de eletrodomésticos novos, considerando os espaços existentes disponíveis, e no desenvolvimento do projeto de marcenaria, visando a otimização dos espaços internos dos armários, disposição, cores e texturas contemporâneas, que harmoniza com a paleta de cores existente no ambiente (revestimentos). Consideração da estrutura e componentes pré-existentes, buscando minimizar a intervenção e intensificação da reforma. Projeto individual




V-RAY


V-RAY




ARQUITETURA DE INTERIORES


BANHEIROS GÊMEOS Reforma dos banheiros de dois irmãos. Com a estrutura já existente e definida, onde os banheiros dos quartos dos filhos é espelhado, tendo a mesma configuração espacial e fluxos internos. A reforma foi realizada a fim de trazer a identidade dos jovens. Projeto individual


B A N H E I R O D A M E N I N A


B A N H E I R O D A M E N I N A


B A N H E I R O D A M E N I N A


B A N H E I R O D O M E N I N O


B A N H E I R O D O M E N I N O


B A N H E I R O D O M E N I N O


DESENHO DO OBJETO


A HORTA Horta urbana: Acessibilidade às diversas faixas etárias e condições físicas, adaptável ao ambiente, flexível ao uso e resistente a umidade e pragas - produto participante do concurso 33° prêmio design MCB Equipe: Fernanda Lopes Malerba Lukas Honorato






ARQUITETURA DE INTERIORES


BANHEIRO COMPLETO Consultoria de interiores para a escolha dos revestimentos e criação da atmosfera do ambiente. Ambiente já existente com pré definição do ponto da bacia sanitária Equipe Malerba Studio






PROJETOS DE ARQUITETURA


MUSEU DAS NAÇÕES INDÍGENAS Trabalho Final de Graduação Ensaio da Topografia, valorização da cultura material e imaterial indígena e preservação do meio ambiente - distrito Jaraguá, município de São Paulo. Projeto individual Orientador: Prof. Dr. Claudio Manetti


relação com o plano urbano do jaraguá O Plano Urbanístico do Jaraguá é constituído por três eixos de abordagem: Meio Ambiente, Mobilidade e Ocupação, e tem como objetivo a preservação e conexão dos elementos naturais através de áreas de reserva, vencer as barreiras físicas constituídas pelo sistema viário de grande fluxo e topografia da região e, ocupar o território de forma mais consciente, evitando a segregação espacial e ocupação em áreas de risco e de preservação ambiental. Além das questões físicas, o Plano Urbanístico também aborda as questões culturais e imateriais, visando a valorização das diversas culturas presentes na região, de forma a trazer conhecimento sobre os povos nativos e demais povos que viveram e/ou vivem na região até os dias de hoje. Durante o processo de levantamento e diagnósticos para a elaboração do Plano Urbanístico, foi realizada uma pesquisa com os moradores do distrito do Jaraguá, com cerca de 90 participantes, na intenção de ampliar as fontes de análise do território e buscar a compreensão das necessidades da população sobre a infraestrutura, equipamentos culturais, de lazer e sobre o nível de conhecimento a respeito das resistências culturais presentes na região. A partir da pesquisa foi possível compreender necessidade de mais locais públicos e de uso coletivo, no âmbito cultural e esportivo, que permitam áreas de permanência e tragam movimento noturno à região. Além dessa demanda, foi possível notar que cerca de 38% dos participantes da pesquisa desconhecem a existência da causa indígena e, dentro da parcela dos que responderam estar cientes sobre a causa, muitos não sabem dizer do que se trata, defendem a causa ou possuem preconceito com o povo indígena. Dessa forma, a proposta de um Museu das Nações Indígenas é definida como um projeto estruturador do Plano Urbanístico, uma vez que aborda questões sobre a valorização cultural e dos recursos naturais a partir de espaços públicos e coletivos, visando a interação entre o usuário e a natureza, através de experiências sensitivas, áreas de permanência e percursos, e entre a cultura do homem urbano e a dos indígenas , através de exposições, apresentações culturais e atividades educativas.

escolha da área de implantação e o setor c O Setor C é caracterizado pelo uso predominantemente habitacional de baixa e média renda, ocupações irregulares e pela transição entre a área consolidada do distrito e uma grande área verde. Como proposta, a implantação da Av. Guarani e do Parque e Reserva Guarani visam conectar o território transversalmente vencendo as barreiras físicas, conter a expansão urbana sobre áreas de proteção ambiental e áreas de risco e fortalecer os sistema de áreas livres do distrito. A partir desse contexto, o Setor C revela um potencial para projetos de valorização e conservação do meio ambiente, juntamente com o resgate da cultura indígena, uma vez que relaciona-se diretamente com a preservação da natureza e seu ecossistema. Dessa forma, a escolha do local de implantação do Museu das Nações Indígenas se dá dentro do Parque Guarani, fortalecendo as questões de proteção aos recursos naturais e a contenção da expansão urbana, comportando-se como transição entre os momentos urbano e de paisagem natural. Devido ao fácil acesso pela Av. Guarani e a partir das novas linhas de ônibus que por ali passam, o museu tornase um importante equipamento do distrito, uma vez que associa atividades de âmbito cultural, espaço coletivo e público, áreas livres e de permanência.


premissas do projeto • Re(conhecimento) da história e cultura do povo nativo da região do Jaraguá; • Troca cultural e educacional mútua entre os indígenas e a comunidade urbanizada; • Conexão autêntica da fauna e flora dentro da área urbana, onde os usuários possam vivenciar experiências sensoriais, trazendo a natureza ao cotidiano, de forma a apreciar a paisagem natural e trazer experiências sensoriais junto com a natureza; • Centro de Pesquisa Técnico Científico de etnografia, antropologia e arqueologia, visando a realocação dos artefatos arqueológicos pré-coloniais de volta ao seu local de origem; • Valorização das diversas etnias indígenas e demais culturas presentes no território;

partido arquitetônico Com base em uma arquitetura racional, que leva em consideração a geografia do local, o projeto se desenvolve através de um ensaio da topografia, de forma a completar a paisagem natural, encaixando-se no terreno. Juntamente a isso, o partido arquitetônico é baseado, também, nas formas de utilização do espaço segundo a cultura indígena, ou seja, os espaços livres e amplos das aldeias são voltados para o uso coletivo dos membros da aldeia. Dessa forma, o projeto visa um sistemas de espaços livres e de uso público e coletivo, realizando, assim, a demanda considerada pelos moradores do Jaraguá: mais espaços de uso coletivo, de permanência e cárater cultural. Levando em consideração a topografia existente, o projeto foi concebido de forma a respeitar a paisagem e suas propriedades, de forma que a volumetria arquitetônica não sobressaísse sobre os elementos naturais presentes no território, ao mesmo tempo que sua implantação valorize e potencialize a apreciação dessa paisagem, através de percursos e de um mirante na cota mais alta do terreno natural. A partir da continuidade visual nos eixos horizontais e verticais, o programa torna-se uma unidade, potencializando as relações entre edifício, percurso e terreno. A poética do projeto também consiste na utilização de elementos arquitetônicos que remetam a cultura indígena, a natureza e sua diversidade, através da plasticidade, design de superfície e percursos associados às experiências sensitivas do usuário junto à natureza.


processo criativo Com o partido arquitetônico fundamentado no ensaio da topografia, o estudo preliminar do projeto teve início com a análise das curvas de nível em relação ao acesso do terreno. Dessa forma, o projeto foi pensado ao longo de uma linha que conecta os dois acessos pela Av. Guarani. A partir da linha, o projeto arquitetônico atribui clareza espacial mediante a indução dos fluxos, tornando-se prático e convidativo devido o sistema criado pelo percurso e os usos definidos no programa de necessidades. A linha é então definida como o eixo estrutural do projeto, de forma que o programa se desenvolve em sua extensão, como uma fita, bifurcando horizontalmente, através de passarelas, e verticalmente, através dos pavimentos e hierarquia dos usos.

Acesso pela Av. Guarani

Acesso pela Av. Guarani


metodologia projetual O dimensionamento do programa e sua organização espacial foram auxiliados através do uso de uma retícula de 60°, permitindo a modulação e criação de formas compostas, utilizando o hexágono como a principal forma do projeto. A forma do hexágono foi definida a partir da referência de um grafismo indígena xinguano. O uso de retículas permite a criação de espaços contínuos e fluidos, a ordenação construtiva e a definição da organização espacial, uma vez que o uso de retículas possui uma matriz reguladora (Frank L. Wright). A partir do uso de uma retícula complexa e subdivisível, é possível a composição de formas compostas através das proporções entre as formas e ângulos presentes nas retículas. Segundo Louis Kahn, o uso das retículas complexas possibilita conexões e confere uma unidade espacial, permitindo um raciocínio de planta livre através da definição de estruturas independentes, conferindo mais liberdade à organização espacial e às possibilidades arquitetônicas.

Área triângulo: 14,4 m² Área hexágono: 85,5m²

programa Um museu é uma instituição de resgate da memória, de uma história passível de ser contata. A partir disso, as funções de um museu consistem em colecionar, reconhecer, ordenar, classificar, pesquisar e realizar a manutenção e restauração do acervo. No período contemporâneo, as concepções museológicas e museográficas consistem em que um museu deve mostrar a ligação histórica formada entre o passado arqueológico com a atualidade, onde o visitante interpreta o conteúdo exposto a partir da sua relação com o espaço, de forma que os museus possuam uma base ideológica expressa na seleção do acervo, sua estrutura institucional e organização. A partir disso, o programa é definido por um conjunto de usos, setorizado em: • Doca (250m²): Responsável pela carga e descarga geral do projeto; • Museu (2000m²): Formado pelo setor administrativo, centro de pesquisa, reserva técnica e áreas expositivas; • Interatividade e Educação (2000m²): Espaços multifuncionais, biblioteca, observatório natural e ateliês voltados à troca de conhecimento, técnica e cultura indígena e demais culturas presentes na região; • Parque Natural (5000m²): Consituídopor áreas coletivas, de permanência e experiências sensoriais junto com a natureza; • Apoio (175m²): Áreas voltadas para comércio e serviços (constituídas por espaços gastronômicos e de incentivo às culturas presentes e movimentos de resistência através de lojas que permitam a venda da produção independente desses grupos e movimentos como renda adicional.


sistema estrutural O sistema estrutural foi concebido a partir da lógica geométrica da retícula utilizada, tendo formas triangulares e hexagonais, composta por uma estrutura mista: pilares circulares de concreto e vigas metálicas, que recebem lajes de concreto em forma de triângulo equilátero. Em alguns pilares, conforme a posição da cobertura, há a transição entre a estrutura de concreto (entre os níveis 906-910) para a de estrutura metálica (a partir do nível 910). Apesar da modulação da cobertura, os pilares possuem variação de altura para simular a heterogeneidade da natureza, uma vez que a cobertura remete às copas das árvores. A escolha da estrutura metálica é justificada conforme cada situação do projeto: para as vigas, sua intenção é o destaque no espaço, uma vez que o pavimento 906 é conformado por laje e pilares de concreto, de forma a mostrar a modulação e a geometria triangular ao usuário; no caso das coberturas, a estrutura metálica foi escolhida por possuir um sistema semelhante ao da madeira, remetendo às técnicas construtivas da cultura indígena e à natureza, porém com um caráter mais contemporâneo ao das novas tecnologias construtivas, uma vez que permite a criação de peças de conexão industriais que possibilitam a concepção de estruturas em diversas formas geométricas, ao mesmo tempo que confere esbeltez dado as propriedades e resistência do material.

peça conexão viga-viga

peça conexão viga-pilar

As peças de conexão entre os elementos estruturais seguem o mesmo padrão do Fabricante NOVUM, a partir do modelo BK System (Block Knotem): sistema de estrutura espacial que utiliza nós sólidos usinados e vigas de seções ocas soldadas; de forma que as vigas do sistema estrutural encaixam nas vigas ocas da peça de conexão, sendo fixadas em seguida. As principais relações entre os elementos estruturais presentes no projeto são de PILAR-VIGA e VIGA-VIGA. Para cada caso foi desenhada uma peça de conexão de acordo com as particularidades em questão, porém seguindo a mesma lógica.


implantação nível

915

1- Mirante (80m²)


implantação nível

910

1- Ponto de ônibus 2- Palco multifuncional (100m²) 3- Área expositiva (900m²) 4- Sanitários (24m²) 5- Espaços comerciais e de serviço (40m²) 6- Carga e descarga + Kiss and Ride


implantação nível

906

1- Observatório (85m², aproximadamente 90 lugares) 2- Horta medicinal (950m²) 3- Laboratório de fitoterapia (115m²) 4- Laboratório técnico científico (75m²) 5- Laboratório de conservação e restauro (75m²) 6- Carga e descarga (50m²) 7- Identificação, higienização e distribuição (60m²) 8- Depósito geral (25m²) 9- Reserva técnica (130m²) 10- Central de controle (100m²) 11- Recepção (20m²) 12- Administração e armazenamento de documentos (40m²) 13- Sanitários (40m²) 14- Palco multifuncional (65m²) 15- Área expositiva (350m²) 16- Ateliê livre e de estudos (80m²) 17- Ateliês (interatividade e educação) - 160m² - Configuração de 4 ateliês (40m²/cada) - Configuração de 2 ateliês (80m²/cada) 18- Sanitários (30m²) 19- Biblioteca (250m²) 20- Espaços comerciais e de serviço (135m²) 21- Sanitários (24m²)


corte aa

corte bb



elementos arquitetônicos

-

cobogó

Ao observar o desenho do grafismo xinguano, definidor da modulação hexagonal e da angulação da retícula utilizada no projeto, foi possível notar as proporções e linhas geométricas contidas no desenho e, assim, desenvolver um cobogó que também seguisse o conceito de módulo a partir da divisão do padrão, de forma que a composição entre as peças formasse um desenho baseado no grafismo original. A partir da adaptação do grafismo indígena para os elementos construtivos, o mesmo desenho poderia ser adaptado para outros materiais a partir de outras técnicas construtivas, como por exemplo, em chapas de aço corten através do corte a plasma, podendo funcionar como brise, guarda corpo e separador de ambientes. O uso desses elementos no projeto fortalece a premissa de trazer elementos da cultura indígena na arquitetura, de forma que tenham um uso prático, além do design de superfície. O que antes definia o grafismo a partir das cores, no projeto arquitetônico, cria relações de cheio e vazio, controlando o acesso da luz natural e ventilação. O jogo da luz e sombra resultantes dos cheios e vazios dos elementos contruídos trazem movimento e interação ao projeto de arquitetura, formando desenhos de origem indígena no espaço construído.

grafismo indígena

relações modulares, matermáticas e de proporção


elementos arquitetônicos

-

cobertura

Devido ao programa de necessidades voltado à cultura indígena e à natureza, as coberturas são vistas como um elemento de valorização, destacando-se por sua forma e estrutura independente, de modo que os edifícios sejam volumes soltos abrigados por essa grande cobertura e, também, permitindo o uso livre e de permanência em áreas cobertas. Buscando em sua forma e estrutura uma linguagem que remeta à própria natureza, tendo como referência as árvores. A partir da análise das árvores, onde o tronco é a estrutura principal que se divide em galhos e que, por sua vez recebem a copa e as folhas, a estrutura da cobertura é constituída um pilar central que se abre em uma geometria triangulada. Assim como as árvores possuem variação entre formas e alturas, a estrutura busca, através das relações geométricas e matemáticas (Teorema de Triangulação de Delaunay), de parametrização e técnicas de origami, atingir essa variação e forma leve, esbelta e com movimento. Seguindo o partido arquitetônico do projeto que se baseia no uso de módulos, a estrutura da cobertura é definida a partir de duas variações geométricas definidas a partir da forma de um hexágono. Dessa forma, a implantação dos módulos da cobertura pode ser alternado tanto em sua geometria quanto em altura, remetendo à diversidade da vegetação natural.

A forma da cobertura foi desenhada a partir da parametrização, realizada no software “Rhinoceros”, através do plugin “Grasshopper”, que permite a criação e simulação de diversas relações de matemática e proporção entre os elementos que compõe os sistemas desenvolvidos. A principal relação matemática utilizada foi o “Teorema de Triangulação de Delaunay”, disponível no software e linkada com a modelagem conforme a distribuição de pontos em diferentes posições nos eixos X, Y e Z dentro de uma delimitação estabelecida (nesse caso, na forma de um hexágono, a partir da modulação utilizada no projeto de arquitetura. Após a conexão entre esses pontos, as relações de diâmetro dos elementos de conexão dos pontos é definida, formando uma estrutura única.


A geometrização da cobertura foi projetada de forma que a inclinação das águas fosse sempre convexa e positiva, ou seja, o caminho da água pluvial é direcionado à extremidade da estrutura, evitando empoçamento da água. A estrutura tubular do hexágono externo funciona como uma calha, recolhendo a água da chuva e evitando que esta caia diretamente na área de praça do projeto. A água pluvia percorre, então, um caminho entre outros elementos tubulares da estrutura, seguindo pelo pilar central até chegar em um reservatório de água abaixo do nível 906, fortalecendo as questões de valorização da natureza e sustentabilidade.





REPRESENTAÇÃO GRÁFICA


DIAGRAMAS E STORY TELLINGS Peças produzidas em cursos de Representação Gráfica para Aquitetura e Interiores.












ARQUITETURA PARAMÉTRICA


LAPAC - UNICAMP Utilização da parametria como ferramenta no auxílio do projeto arquitetônico, seja na concepção da forma, respeitar CA e TO da área de implantação do projeto, analisar a radiação solar entre outras questões de conforto ambiental. A apresentação a seguir refere-se ao estudo de uma área composta por dois terrenos, separados por uma rua, pensando em uma instalação e forma arquitetônica que integrasse os dois terrenos sem comprometer o fluxo do sistema viário, levando em consideração a luz e sombra gerada pelo entorno, de forma a aproveitar melhor a área em questão, pensando também nas questões térmicas do usuário, de forma a criar um ambiente confortável.

Equipe: Camila Cristina Fernanda Malerba Lucas Bernando










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