Triângulo 186

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8 | 16 NOVEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO

LOURES

S. JOÃO DA TALHA INICIATIVA DA “A BARQUINHA DA CRIANÇA”

Festival das Sopas ajuda a angariar fundos para projecto social Carlos Cardoso

Cerca de 300 pessoas res­ pon­d e­ram ao apelo da “A Barquinha da Criança” e participaram no Festival das Sopas que teve lugar, a 7 de Novembro, em São João da Talha, no Pavilhão José Gouveia. O objectivo, para além da divulgação das actividades desta IPSS, era o de arranjar fundos para a concretização do projecto que justificou a criação da “A Barquinha da Crianças”, a construção de um centro para acolher crianças carenciadas, desprotegidas, com idades entre os zero e os 12 anos, com possibilidade de adopção. “Contámos com diversos apoios, desde as autarquias aos restaurantes locais, permitindo disponibilizar 25 sopas diferentes. Para além disso, tivemos um ambiente animado, através da actuação voluntária dos coros do CURPIO de São João da Talha e de Vale Figueira, bem como do rancho de folclore do bairro da Fraternidade. Confesso que superou as minhas expectativas”, disse ao jornal Triângulo Maria Helena Freire, presidente da “A Barquinha da Crianças”. Fundada em 2002, a IPSS,

que conta com 350 sócios efectivos, tem percorrido um caminho lento, difícil, para alcançar os seus objectivos. A Câmara de Loures já disponibilizou o terreno para o Centro de Acolhimento e aprovou o respectivo projecto, cujo custo da obra está orçado em cerca de 600 mil euros. Também a Segurança Social deu aval ao projecto, faltando, agora, garantir o respectivo financiamento. “Vamos apresentar uma candidatura, esperando que seja aprovada e dessa forma obter o necessário finan­ciamento. Entretanto, continuamos a realizar diver­ sas iniciativas de angariação de fundos, como este Festival da Sopa, pois o financiamento não é a cem por cento”, avança Helena Freire. Entretanto, novas acções estão em movimento. No dia 6 de Dezembro, na Casa da Cultura de Sacavém, abre a “Loja Solidária”, um espaço onde será possível, através do valor simbólico de um euro, as famílias com dificuldades, e que são devidamente referenciadas, adquirir produtos de primeira necessidade. No dia anterior, a 5 de Dezembro, “A Barquinha,

que conta actualmente com 400 sócios, realiza o seu habitual almoço anual e na primeira semana de Janeiro um convívio para famílias carenciadas. Dez equipamentos Sónia Paixão, vereadora da CâmaradeLouresresponsável pela área social, associou-se à iniciativa da “A Barquinha da Crianças”, tal como, aliás, os presidentes das juntas de freguesia de São João da Talha e da Bobadela. Garantiu ao jornal Triân­

gulo que a autarquia está dispo­nível para que o pro­ jecto tenha sucesso, pese em­bora reconheça que a sua efectivação depende, ago­ra, da aprovação do finan­cia­ mento por parte da Segurança Social. “Em termos concelhios, e no âmbito do programa PARES, temos dez equipamentos em construção ou muito bem encaminhados. Equipa­ mentos vocacionados para dar resposta às necessidades dos idosos ou de pré-escolar. No conjunto correspondem a

mais 1.200 lugares e à criação de cerca de 200 postos de trabalho”, disse Sónia Paixão. Esses equipamentos distri­ buem-se pela freguesia da Bobadela, a cargo do Centro Social, em São João da Talha, pelo Núcleo Sol do Instituo Piaget, cuja construção está muito avançada, a que se deve associar o espaço da Cooperativa “Ami­g os de Sempre”, já em funcio­ namento. Na freguesia de Camarate vão surgir dois novos equipamentos, um da responsabilidade da Associa­

ção Nossa Senhora dos Anjos e outro da Associação de Apoio a Profissionais do Hospital de Santa Maria e na freguesia de Loures também dois novos espaços, um da Associação Luís Pereira da Mota e outro da Associação Dr. João dos Santos. Mais ao lado, em Santo António dos Cavaleiros, está em concretização o projecto da CSEPDC, bem como da IPSS “O Saltarico”, cuja construção começa em breve. “Este conjunto de equipa­ mentos, que devem estar prontos até final de 2011, garantem uma boa cober­ tura das necessidades do concelho de Loures. Em termos de carências, temos de responder, ainda, ao nível do apoio aos deficientes, esperando que a candidatura que a CREACIL apresente, eventualmente em conjunto com a Associação Luís Pereira da Mota, tenha sucesso, é também necessário reforçar o acompanhamento para crianças em risco, através de mais uma espaço específico e faz falta igualmente um Centro de Acolhimento para Vítimas de Violência Doméstica”, acrescentou Sónia Paixão.

ADAL CANCELA VISITA AO ARQUIVO MUNICIPAL

Três meses depois a Câmara de Loures ainda não teve tempo para responder... A ADAL, associação de defesa do ambiente e do património de Loures, foi obrigada a cancelar a visita, marcada para o passado dia 13 de Novembro, ao Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Loures. Tudo porque, apesar do pedido feito com mais de três meses de antecedência, para a “abertura excepcional do Arquivo Histórico num sábado, entre as 15H e as 17H, e no acompanhamento

técnico à visita”, a Câmara Municipal de Loures não deu qualquer resposta. A visita integrava-se numa iniciativa da ADAL designada por “Documentos com História – Visita ao Arquivo Histó­r ico da Câmara Municipal de Loures”, dando continuidade a uma sessão realizada a 9 de Outubro, com o tema “A República de volta a Loures”. Pretendia-se proporcionar “a todos

os interessados uma rara oportunidade de conhecerem aquele equipamento e o trabalho de salvaguarda do património histórico que ali se desenvolve, particularmente na sua vertente documental. Recordamos que este equipamento foi identificado pelos sócios e amigos da ADAL como o aspecto Positivo do Ano no domínio do Património (2009), tendo por isso recebido o

certificado correspondente”. O pedido dirigido à Câmara Municipal de Loures, a solicitar “o apoio para esta realização”, foi feito com mais de três meses de antecedência. Tiveram lugar, igualmente “vários contactos telefónicos entretanto efectuados, e nunca nos foi dada indicação de que o nosso pedido de apoio não seria satisfeito. Por esse motivo, e acreditando que não existiriam quais-

quer obstáculos, a ADAL fez uma primeira divulgação da iniciativa, embora não tivesse recebido uma resposta formal ao seu pedido. Contudo, a uma semana da iniciativa, e sem uma resposta definitiva, a ADAL entende que não estão reunidas as condições para manter a iniciativa em agenda. Ficou inviabilizada a adequada divulgação da mesma, e existe um real risco de ficarmos à

porta do Arquivo Histórico, no dia da visita. A ADAL lamenta esta situa­ ção, esperando poder vir a realizar a visita noutra opor­tunidade, assim esteja a Câmara Municipal de Loures disponível e interessada em franquear à comunidade as portas dum equipamento que é dos munícipes”, refere a associação. CC


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