Revista H#56 - Farmácias Holon

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PUBLICAÇÃO BIMESTRAL Nº 56 ANO 2022

- DISTRIBUIÇÃO GRATUITA -

ENTREVISTA ESPECIAL COM

DIOGO MARTINS EM FOCO

PORTUGUESES E A SEXUALIDADE: AINDA MUITOS MITOS A QUEBRAR PREVENÇÃO SAÚDE

VÍRUS MONKEYPOX: INFORMAR PARA PROTEGER


ENSINE A ESCOVAR OS DENTES COM UM PROGRAMA EDUCATIVO

TIMER

REVELADOR DE PLACA

MUDA DE COR PASSADO 2 MINUTOS

DÁ COR À PLACA BACTERIANA

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A ROTINA DE ESCOVAGEM COM A NOSSA GAMA EDUCATIVA

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EDITORIAL Já se deu conta que já passámos o meio do ano? A boa noticia é que, para a maioria, começam agora as férias! Uns dias para descontrair, reforçar energias, pôr o sono em dia e deixar-se levar pelo vento. Longe das rotinas, este é o momento ideal para cuidar mais de si. Por exemplo, sabia que dormir com qualidade afeta positivamente o dia a dia e traz-lhe maior qualidade de vida? Pode não parecer fácil, mas a farmacêutica Andreia Palma deixa-lhe algumas dicas do que poderá fazer, já a partir de hoje. Deixo-lhe já uma: antes de ir dormir, leia, por exemplo, a sua Revista H! A sexualidade dos portugueses é o nosso tema de capa. Um tema quente, mas que ainda arrefece quando sabemos que continuamos a falar pouco e a esclarecer com demasiados panos quentes. A Covid-19 não trouxe apenas mazelas causadas pelo vírus, mas teve impacto em outras esferas da nossa vida. Para alguns, a vida sexual esmoreceu enquanto para outros, em pleno auge, tentou não resfriar. Pelo menos é o que nos conta o diretor técnico da Farmácia Pedroso, na Covilhã. No artigo sobre a “Os portugueses e a sexualidade” contanos que, durante a pandemia, houve um aumento da procura de contracetivos, em especial entre os jovens. Uma maior consciência em relação à importância do sexo seguro, mas ainda muitas dúvidas sobre os métodos contracetivos disponíveis. O que abre portas para, nas Farmácias Holon, continuarmos a oferecer propostas de valor e a trabalhar no terreno projetos deste âmbito. Com a incidência dos casos de Covid-19 (finalmente) a dar tréguas, surge um novo vírus a dar dores de cabeça. Até ao início do mês de julho, a Direção-Geral de Saúde (DGS) já tinha contabilizado 415 casos de infeção pelo vírus. Sem criar alarmismos, importa estarmos informados sobre a infeção humana por vírus Monkeypox. Como em tudo o que envolve saúde e doença, na prevenção está a chave para o equilíbrio. Fique atento e, perante o aparecimento de sintomas, procure o aconselhamento e avaliação médica. Proteja-se a si e aos outros! E regressando ao tema das férias, já planeou o que vai levar na sua mala de viagens? Independentemente do destino, deixo as minhas dicas: Aproveite o sol (sempre bem protegido pelo Solero, a linha de cuidados solares dos Produtos Holon) e Cuide mais de si (o nosso Kit de Viagem tem todos os Essenciais necessários para a rotina de higiene e hidratação diárias da sua família). Nas Farmácias Holon continuaremos por cá para algum imprevisto e para lhe dar saúde!

HERMÍNIO TAVARES Diretor-Geral

FICHA TÉCNICA

• Diretor: Hermínio Tavares • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E–mail: apoio.cliente@holon.pt

• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Natacha Pereira (Farmácias Holon), Inês Marujo (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Carolina Canelas, Andreia Palma, Isabel Conceição e Luís Antunes. • Fotografia: Cláudia Teixeira e Arquivo. • Publicação bimestral • E–mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 16.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: Finepaper • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E–mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13

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>ÍNDICE

23 NUTRIÇÃO HOLON

HOLON CUIDA

SONO SAUDÁVEL: MAIS IMPORTANTE DO QUE PENSAMOS

ALIMENTAÇÃO NA DOENÇA HEMORROIDÁRIA

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DERMOFARMÁCIA HOLON A ORIGEM DA QUEDA DE CABELO

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ATUALIDADE

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PONTO DE VISTA

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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

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SER MAIS HOLON

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NA PRIMEIRA PESSOA

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FARMÁCIA ATUA

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EM FOCO

23

HOLON CUIDA

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OPINIÃO SAÚDE

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BEBÉ E MAMÃ

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ESPAÇO HOLON

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PREVENÇÃO SAÚDE

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NUTRIÇÃO HOLON

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RECEITA SAUDÁVEL

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DERMOFARMÁCIA HOLON

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ENTREVISTA ESPECIAL

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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

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SAÚDE INFANTIL

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HOLON ATIVA

ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.

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> ATUALIDADE

NÃO DESVALORIZE A ASMA No âmbito do Dia Mundial da Asma (3 de maio), a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) lançou uma campanha, nas escolas, com a mensagem: «Não desvalorizes sintomas ligeiros. Controla a doença, aprende a vencer as tuas limitações». De acordo com Lígia Fernandes da SPP, «é com frequência que vemos jovens sintomáticos e limitados nas suas atividades por causa da asma. Nunca é de mais reforçar a importância de controlar a patologia» alerta. Em Portugal estima-se uma prevalência de 6,8% desta doença, o que equivale a cerca de 700 mil portugueses, e de 8,4% nas crianças e adolescentes, cerca de 175 mil. Quase metade dos asmáticos não tem a sua asma controlada (43% da população geral asmática e 51% das crianças).

ALERTA: HIPERTENSÃO E A DOENÇA RENAL Mais de 60% das pessoas com doença renal são hipertensas e, uma parte significativa das que têm hipertensão não controlada, podem vir a ter lesão renal. O alerta surge de um estudo Escola Nacional de Saúde Pública que vai mais além e acrescenta que mais de metade dos inquiridos (54,2%) dizem não saber ou não identificam que a medição da pressão arterial é uma forma de avaliar a saúde renal e 38,9% desconhece ou não identifica a pressão arterial alta como um fator de risco que pode levar à doença renal crónica. Edgar Almeida, presidente da SPN, entrevistado pela Lusa, explica que a hipertensão tem duas fases, uma

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no jovem e adulto e outra nas pessoas a partir dos 50 e 60 anos. E é na fase em que a hipertensão aparece nas pessoas mais jovens que o especialista sublinhou a importância de identificar precocemente qualquer relação: ver como funciona o rim; se o doente apresenta pressão arterial elevada e começar a ser vigiado sobre a evolução da doença. O estudo envolveu mais de 1.600 respostas obtidas por questionário online e entrevistas telefónicas. RASTREAR PARA PREVENIR «É preciso sensibiliza para a importância do diagnóstico precoce», alerta António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP). O enfoque na prevenção, através do diagnóstico precoce é, na sua opinião, o maior desafio na luta contra o cancro do pulmão que, não sendo o mais prevalente em Portugal, acaba por ser o mais mortífero. Para o presidente da SPP é preciso mais trabalho articulado com os cuidados primários e «alertar para os fatores de risco associados à doença, especialmente o consumo de tabaco, e perceber os sinais de alerta», recomenda. Também na União Europeia este cenário repete-se. De acordo com dados do Eurostat, esta patologia representa cerca de 25% das mortes por doença oncológica na população masculina. A nível global morre uma pessoa com cancro do pulmão a cada 18 segundos.


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NOVO

REFORCE O SEU SISTEMA IMUNITÁRIO

TOSSE SECA OU COM EXPETORAÇÃO

GRIPE E CONSTIPAÇÃO

LIMPEZA NASAL NATURAL

CONGESTÃO NASAL

Panadol Gripus. Medicamento que contém paracetamol, cloridrato de fenilefrina e guaifenesina, indicado no alívio de curta duração dos sintomas de constipações, calafrios e gripe. Estes sintomas incluem dores ligeiras a moderadas, febre, nariz entupido e tosse produtiva. Panadol Gripus é apenas indicado em adultos, idosos e adolescentes a partir dos 16 anos que pesem mais de 50 kg. Panadol Gripus deve ser tomado apenas se todos os seguintes sintomas estiverem presentes: dor e/ou febre, nariz entupido e tosse produtiva. A duração do tratamento não deve exceder 3 dias. Não tomar com quaisquer outros medicamentos contendo paracetamol ou com qualquer outro medicamento para a tosse, constipação ou descongestionante. Leia atentamente o folheto informativo e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Vibrocil Actilong - Medicamento com xilometazolina indicado na congestão nasal. Utilizar a partir de 1 ano nas gotas infantil e a partir dos 12 anos nas gotas e spray. Não utilizar em doentes com glaucoma de ângulo fechado, submetidos recentemente a cirurgia trans-nasal e com rinite seca ou atrófica. Precaução em doentes com hipertensão, doenças cardiovasculares, hipertiroidismo, diabetes, próstata aumentada, feocromocitoma e em tratamento com IMAOs ou antidepressivos triciclicos e tetraciclicos. Não utilizar mais de 10 dias sem indicação médica. Leia atentamente os folhetos informativos e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Rhinomer – 100% água do mar isotónica e estéril. Indicado na higiene e limpeza diária das fossas nasais, ajuda natural em caso de congestão nasal e hidratação em casos de secura nasal. Dispositivos médicos. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização e em caso de dúvidas fale com o seu farmacêutico. Panatosse Natura Xarope. Dispositivo Médico. Leia a rotulagem e instruções de utilização. Não tomar em caso de hipersensibilidade individual ou alergia a um ou mais ingredientes. Manter fora do alcance das crianças. Centrum. Sistema Imunitário: Com Vitamina C, Selénio e Zinco, que contribuem para o normal funcionamento do sistema imunitário. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado e equilibrado, bem como de um modo de vida saudável. Consulte a rotulatem de cada produto para saber mais acerca dos benefícios associados a cada fórmula. PM-PT-VOLT-21-00148 – 08/21


> PONTO DE VISTA

NUNO LOPES PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE HEMOFILIA E DE OUTRAS COAGULOPATIAS CONGÉNITAS

SIMBIOSE ENTRE INFORMAR E SENSIBILIZAR «Visitas a escolas e infantários, campanhas de sensibilização e o lançamento do livro infantil “Pedro – O primeiro dia de escola” são algumas iniciativas viradas para a comunidade em geral.» A Associação Portuguesa de Hemofilia e de Outras Coagulopatias Congénitas (APH) é uma Instituição de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, que tem como principal missão contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com hemofilia, informar e sensibilizar a comunidade para a existência desta doença rara. A hemofilia é uma doença rara, congénita e na maioria dos casos hereditária. Deve-se à falta de um dos fatores de coagulação e manifesta-se através de hemorragias articulares e musculares, podendo os primeiros sintomas surgirem sob a forma de hemorragias nasais prolongadas e de hematomas frequentes. Quando falamos de famílias com casos de hemofilia já é comum saber-se como agir perante um episódio hemorrágico, quer se trate de um adulto ou uma criança. Esse conhecimento tem vindo a crescer, quer pelo trabalho dos profissionais de saúde, quer pelo papel pedagógico e informativo que a APH, enquanto associação de doentes, tem dado ao longo dos últimos anos. Este contributo materializa-se em várias iniciativas, desde conferências dirigidas a pais, campos de férias para crianças e jovens com hemofilia, e um congresso nacional anual. Porém, por ser uma doença rara, a hemofilia tende a ser desconhecida junto de quem não tem nenhum caso de hemofilia no seu círculo familiar ou de amigos e pouco falada, persistindo ainda alguns mitos associados à condição e relacionados, por exemplo, com a prática desportiva ou com o nível de

sangramento durante uma hemorragia. Esse desconhecimento motiva a APH a implementar iniciativas que pretendem ajudar a uma maior e melhor tomada de conhecimento sobre esta patologia rara, bem como uma melhor compreensão sobre como é viver com hemofilia, dando assim um sentido mais descontraído à condição que, estando vigiada, permite que se tenha uma vida com qualidade e vivida sem restrições. Visitas a escolas e infantários, campanhas de sensibilização e o lançamento do livro infantil “Pedro - O primeiro dia de escola” são exemplos de iniciativas viradas para a comunidade em geral realizadas pela APH. Iniciativas possíveis de realizar através do apoio de voluntários, profissionais de saúde, sem esquecer a indústria, cujo apoio se enquadra nas suas políticas de responsabilidade social corporativa. Na obra infantil, os autores (Nuno Lopes e José Caetano, ambos membros da APH, e as pediatras Filipa Furtado e Paula Kjollerstrom) quiseram transmitir que apesar de o Pedro – o protagonista da história - ter hemofilia, pode e deve ter uma vida igual à dos meninos da sua idade. Mensagem espelhada também na música, da autoria do cantor e compositor João Só, que acompanha o livro. Parafraseando João Só “a hemofilia não é um bicho de sete cabeças”, por isso, mesmo com hemofilia há que viver a vida em plenitude!

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> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

MIGUEL MEIRA E CRUZ

Diretor clínico do Centro Europeu do Sono

«UMA DOENÇA DO SONO RARAMENTE VEM SÓ» Uma noite mal dormida pode ter consequências a vários níveis. O alerta é dado por Miguel Meira e Cruz que reforça a importância de não deixar evoluir as doenças do sono. Revista H (H) – Quais os malefícios de uma noite mal dormida? Miguel Meira e Cruz (MMC) – Um sono inadequado, quer em tempo quer em qualidade, interfere negativamente tanto na qualidade de vida, como na saúde e na interação social. O cansaço e a sonolência, associados ao défice de sono, agudo e crónico, predizem, de forma independente, acidentes de viação, acidentes laborais, aumento da morbilidade e mortalidade precoce. Um sono diminuído altera, em diferentes níveis, a secreção hormonal e de neurotransmissores que regulam

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funções e comportamentos. Em idade pediátrica, por exemplo, a hormona de crescimento é prejudicada por um sono inadequado, com claras implicações ao nível do crescimento. Por outro lado, assume implicação nos processos metabólicos de regulação energética, com impacto ao nível das doenças cardiovasculares, em que se incluí a hipertensão, e ao nível da predisposição para o aparecimento de doenças como a Diabetes ou a obesidade. O sono incompleto ou “ineficaz” impacta ainda a interação social, incluindo a familiar. Quem dorme pouco ou mal tem mais dificuldade em aceitar limites, tem maior tendência para consumir


bruxismo do sono); as perturbações dos ritmos circadianos sono-vigília (desfasamentos entre os horários sociais com os horários de sono). De forma menos frequente, mas com impacto muito relevante, podem surgir as hipersónias - doenças como a narcolepsia, em que os doentes podem adormecer “do nada” e, com isso, gerar acidentes e arriscar a saúde individual ou coletiva. Na idade pediátrica são frequentes as parassónias (terrores noturnos e sonambulismo) e, menos frequentemente, nos adultos podem surgir aspetos importantes relacionados com comportamentos anormais e com implicações inscritas na doença comportamental do REM.

substâncias estimulantes e até ilícitas e menor capacidade para fazer uso do pensamento crítico (julgando de acordo com as normas). Por outro lado, quem dorme pouco ou mal, não se concentra tão bem, tem dificuldades em reter e compromete a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo e intelectual. H – Quais são as principais perturbações do sono e as causas? MMC – As principais entidades nosológicas em Medicina do Sono, se relevarmos a frequência com que ocorrem e o impacto que têm, são as Insónias e as Perturbações Respiratórias do Sono (como a apneia obstrutiva do sono). Ambas atingem mais de 50% da população e ambas ocorrem, muitas vezes, em conjunto, ou seja, em comorbidade. A associação da apneia do sono às doenças cardiovasculares é dramática. Quem tem apneia do sono tem maior probabilidade de ter hipertensão e Diabetes e de vir a morrer por isso. Mas, também, tem uma maior probabilidade de ser obeso, viver com o peso do stress, de incluir comportamentos de risco, por via do consumo de tabaco ou álcool, e de praticar menos exercício físico. Sempre que estivermos perante um quadro clínico de apneia do sono e insónia, os riscos aumentam, não apenas pela soma dos fatores, mas porque acumulam vias que potenciam esse risco com outras determinantes. H – É então comum uma pessoa sofrer de mais do que uma patologia do sono? MMC – Extremamente comum. Aliás, como eu costumo dizer aos doentes e alunos, uma doença do sono raramente vem só. Em medicina do sono, para além das mencionadas anteriormente, são frequentes as comorbilidades como as perturbações dos movimentos (pernas inquietas, movimentos periódicos,

H – Quais os sinais de alerta? MMC – Os sinais de alerta são: A dificuldade em iniciar o sono ao fim de 30 minutos, apesar de se sentir cansado, ou a interrupção frequente do sono, o ressonar alto, frequente e associado a pausas respiratórias ou a sintomas de cansaço e sonolência; Acontecimentos estranhos ou não habituais durante o sono, como movimentar-se em demasia, padrões motores rítmicos ou deambulações noturnas; Excesso de sonolência por razões aparentemente injustificadas ou sem razão aparente; Dificuldades em manter horários ajustados à dimensão familiar e profissional. Nestes casos, deve ser procurado um especialista do sono.

DICAS PARA UMA BOA HIGIENE DO SONO - Evitar o consumo de estimulantes ou de fármacos que interajam com o sono; - Evitar o consumo de tabaco e álcool, sobretudo perto da hora de dormir, assim como de refeições “pesadas”; - Evitar o uso de dispositivos eletrónicos; - Ter atenção à medicação auto prescrita ou no contexto de outra patologia; - Adquirir rituais de acalmia coincidentes com a hora de aproximação do sono. O local para o sono deve ser confortável, escuro e silencioso; - Respeitar o relógio biológico. O nosso sono mais produtivo é durante a noite e não devemos pensar que o que não dormimos hoje podemos compensar amanhã, porque não é verdade!

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SER MAIS HOLON

ANDRÉ SANTOS VILA NOVA Diretor Técnico da Farmácia Albufeira

O MELHOR PARA A COMUNIDADE «Integramos o grupo Holon desde o seu nascimento há quase 7 anos e, desde o início, “trocar uma receita por mais qualidade de vida” e assegurar mais saúde e bem-estar à nossa população foram as nossas linhas orientadoras.» Estamos na cidade de Albufeira conhecida pelo seu turismo, praias e diversão noturna. É, por isso, um grande desafio para nós moldarmos a farmácia a esta realidade. Se por um lado recebemos o turista que está de passagem, por outro cuidamos dos nossos utentes, residentes da cidade de Albufeira e que merecem o nosso melhor serviço e acompanhamento ao longo de todo o ano. Um contexto desafiante e que nos faz melhorar a cada dia de forma a trazer a todos o serviço de excelência que também caracteriza o grupo Holon. Trouxemos à cidade de Albufeira um novo conceito de farmácia, mais próxima de todos e que através dos Serviços Holon de Nutrição, Enfermagem e Dermofarmácia nos permite chegar a mais utentes valorizando o seu dia a dia. A nossa equipa multidisciplinar dá-nos também valências muito importantes ao nível dos serviços complementares. São eles o acompanhamento Farmacoterapêutico, a Preparação

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Individualizada da Medicação, Administração de Medicamentos Injetáveis, Medição de Parâmetros Bioquímicos e o Serviço de Primeira Dispensa. O nosso empenho diário na melhoria da saúde dos que nos visitam é, para nós, objetivo central e a nossa principal missão na comunidade em que estamos inseridos. São exemplo do nosso compromisso com a comunidade a integração no Programa Nacional de Vacinação Contra a Gripe e Testagem à Covid-19 durante o período de crise pandémica. Para no futuro continuarmos a Ser Mais Holon é fulcral a nossa evolução tecnológica e das nossas plataformas digitais. Consideramos prioritária a criação de uma plataforma e-commerce que nos permita acompanhar a transformação progressiva do mundo computacional que nos rodeia. Ser mais Holon é saber responder às necessidades da comunidade e crescer como profissionais de excelência.



NOME: MARIA TERESA FERREIRA IDADE: 62 ANOS LOCALIDADE: MOITA OBJETIVO: AVALIAÇÃO DA CIRCULAÇÃO VENOSA

> NA PRIMEIRA PESSOA

«SENTI QUE VALORIZARAM AS MINHAS QUEIXAS E ADAPTARAM O ACONSELHAMENTO ÀS MINHAS NECESSIDADES.» Maria Teresa Ferreira, de 62 anos, é uma mulher ativa que tem vindo a desenvolver algumas queixas ao nível dos membros inferiores - sensação de formigueiro e prurido, dor localizada e cãibras - que afetam a sua qualidade de vida. Refere também a presença de derrames e varizes, que esteticamente a incomodam. Dados os sinais e sintomas, recorreu ao seu médico de família, mas não iniciou terapêutica farmacológica. Com o desconforto a manter-se, e alertada por um mupi informativo que estava na Farmácia da Moita, Maria Teresa decidiu marcar uma consulta de rastreio da Avaliação da Circulação Venosa. Antes da consulta, o farmacêutico, Dr. João Gonçalves aconselhou-a a evitar, no dia da avaliação, a aplicação de creme nas pernas e a utilização de collants ou roupa demasiado apertada. Já na consulta, a enfermeira Rita Santos alertou para alguns fatores de risco – elevada estatura, toma de contraceção hormonal e sedentarismo (devido à pandemia, interrompeu as suas caminhadas diárias) – o que propiciam o aparecimento e agravamento da patologia. A sessão iniciou-se com a avaliação física, recorrendo à classificação CEAP – método internacionalmente aceite para classificar a Doença Venosa Crónica (DVC) consoante a sua gravidade e compreende 7 estadios (C0 a C6) – e classificou a situação como C1 e C2

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devido à presença de sintomas, telangiectasias e varizes reticulares, sem edema e sem alterações tróficas. Também foi realizada a avaliação de tempo de refluxo com auxílio do Pletismógrafo, em que se concluiu uma possível alteração moderada da circulação venosa. Maria Teresa foi aconselhada, tanto pela enfermeira como pelo farmacêutico, a iniciar a toma de um fármaco venotrópico, a fim de minimizar os sintomas que a incomodam e melhorar a sua condição. Decidiu seguir o conselho: «senti melhorias significativas dos sintomas ao fim de dois meses de toma», conta Maria Teresa. Em simultâneo, começou a adotar medidas não farmacológicas que lhe foram igualmente aconselhadas: «comecei a aplicar creme nas pernas, elevá-las ao final do dia e a utilizar meias de compressão adaptadas à avaliação realizada pela enfermeira». E acrescenta: «como trabalho maioritariamente de pé, já tinha adquirido o hábito de aplicar água fria nas pernas e a retomar as caminhadas». Questionada quanto ao impacto que esta ação teve na sua vida, Maria Teresa refere que «a realização deste rastreio foi muito importante porque senti que os profissionais de saúde valorizaram as minhas queixas e adaptaram o aconselhamento às minhas necessidades. A realização deste rastreio na farmácia é uma mais-valia para a população», finaliza.


Comprimidos, 1000 mg

7 EM CADA 10 MULHERES, COM MAIS DE 30 ANOS, SOFREM DE PROBLEMAS DE CIRCULAÇÃO VENOSA. SENSAÇÃO DE PERNAS PESADAS, INCHADAS E CANSADAS?

MP.S.0038IF

ESTES SÃO ALGUNS DOS SINTOMAS DESTA DOENÇA. FAÇA A SUA AVALIAÇÃO CONNOSCO!

NOME DO MEDICAMENTO: FLABIEN 1000 MG COMPRIMIDOS. CADA COMPRIMIDO CONTÉM 1000 MG DE DIOSMINA MICRONIZADA. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: FLABIEN É INDICADO EM ADULTOS PARA: TRATAMENTO DOS SINAIS E SINTOMAS DE INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÓNICA, TAIS COMO DOR, SENSAÇÃO DE PESO, PERNAS CANSADAS, PERNAS INQUIETAS, CÃIBRAS NOTURNAS, EDEMA E ALTERAÇÕES TRÓFICAS E TAMBÉM PARA O TRATAMENTO DOS SINTOMAS RELACIONADOS COM A CRISE HEMORROIDÁRIA AGUDA. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO: NÃO TOME FLABIEN SE TEM ALERGIA À DIOSMINA OU A QUALQUER OUTRO COMPONENTE DESTE MEDICAMENTO. FALE COM O SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO ANTES DE TOMAR FLABIEN. INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÓNICA: SE A SUA CONDIÇÃO PIORAR DURANTE O TRATAMENTO, O QUE PODE MANIFESTAR-SE ATRAVÉS DE INFLAMAÇÃO DA PELE OU VEIAS, ENDURECIMENTO DOS TECIDOS DEBAIXO DA PELE, DOR INTENSA, ÚLCERAS CUTÂNEAS OU SINTOMAS ATÍPICOS TAIS COMO INCHAÇO REPENTINO DE UMA OU AMBAS AS PERNAS, DEVE CONSULTAR O SEU MÉDICO IMEDIATAMENTE. O TRATAMENTO COM FLABIEN É MAIS BENÉFICO QUANDO ACOMPANHADO DE UM ESTILO DE VIDA EQUILIBRADO: DEVE EVITAR A EXPOSIÇÃO SOLAR E EVITAR PERMANECER EM PÉ DURANTE MUITO TEMPO; DEVE MANTER UM PESO ADEQUADO; EM ALGUNS DOENTES, A UTILIZAÇÃO DE MEIAS ESPECIAIS PODE MELHORAR A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA. FLABIEN NÃO IRÁ AJUDAR A REDUZIR O INCHAÇO DOS SEUS MEMBROS INFERIORES SE ESTE FOR PROVOCADO POR DOENÇAS CARDÍACAS, RENAIS OU HEPÁTICAS. CRISE HEMORROIDÁRIA AGUDA: SE TIVER UMA CRISE HEMORROIDÁRIA AGUDA, APENAS PODE TOMAR FLABIEN DURANTE UM PERÍODO LIMITADO DE 15 DIAS. SE OS SINTOMAS NÃO DESAPARECEREM DURANTE ESTE PERÍODO, CONSULTE O SEU MÉDICO. SE OS SINTOMAS PERSISTIREM, DEVE SER REALIZADO UM EXAME PROCTOLÓGICO E O TRATAMENTO DEVE SER REVISTO, CONSULTE O SEU MÉDICO. O TRATAMENTO COM FLABIEN NÃO É UM SUBSTITUTO PARA O TRATAMENTO ESPECÍFICO DE OUTRAS PERTURBAÇÕES ANAIS. A UTILIZAÇÃO DE FLABIEN EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NÃO É RECOMENDADA. DEVE TOMAR FLABIEN DURANTE AS REFEIÇÕES. NÃO É RECOMENDADA UTILIZAÇÃO DE FLABIEN DURANTE A GRAVIDEZ OU AMAMENTAÇÃO. SÓDIO: ESTE MEDICAMENTO CONTÉM MENOS DO QUE 1 MMOL (23 MG) DE SÓDIO POR DOSE DIÁRIA, OU SEJA, É PRATICAMENTE “ISENTO DE SÓDIO”. LER CUIDADOSAMENTE AS INFORMAÇÕES CONSTANTES DO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E DO FOLHETO INFORMATIVO E, EM CASO DE DÚVIDA OU PERSISTÊNCIA DOS SINTOMAS, CONSULTE O SEU MÉDICO OU O FARMACÊUTICO. PARA MAIS INFORMAÇÕES CONSULTAR O TITULAR DA AIM: KRKA D.D., NOVO MESTO OU O DISTRIBUIDOR: KRKA FARMACÊUTICA, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA. NIF:507981227; AV. PORTUGAL 154 PISO 1, 2765-272 ESTORIL. TEL.: +351 214 643 650, FAX: +351 214 643 659, E-MAIL: INFO.PT@KRKA.BIZ. WWW. KRKA.PT. MEDICAMENTO NÃO SUJEITO A RECEITA MÉDICA. MEDICAMENTO NÃO COMPARTICIPADO. DATA DE REVISÃO DO TEXTO: SMPCPIL162950_1


> FARMÁCIA ATUA

FARMÁCIA ALMANCIL A CUIDAR DO SEU CORAÇÃO

DAR CORDA AOS SAPATOS EM OEIRAS

No Dia Mundial da Hipertensão, 17 de maio, a Farmácia Almancil convidou todos a juntarem-se no Jardim das Comunidades e ficarem a saber mais como andam de saúde. Durante todo o dia, mais mais de 50 pessoas fizeram rastreios gratuitos de Hipertensão e Glicemia e puderam conversar com a equipa para esclarecer algumas dúvidas. No fim os participantes ainda levaram alguns “mimos” para casa.

A Farmácia Oeiras Figueirinha desafiou mais de 100 utentes para uma manhã diferente. Integradas nas celebrações do Dia da Família, a equipa da farmácia preparou inúmeras atividades com o objetivo de inspirar a comunidade oeirense para a adoção de um estilo de vida saudável em família. Pelo 3.º ano consecutivo foi organizada a caminhada “Vamos dar corda aos sapatos” e não faltaram as avaliações de saúde e o aconselhamento para os hábitos mais equilibrados. No fim, ainda houve tempo para uma aula de dança inesperada. Se não pode estar presente, visite o Facebook da Farmácia e apanhe os passos da aula de dança.

FARMÁCIA VITÓRIA NAS ESCOLAS No passado dia 8 de abril, a Farmácia Vitória visitou o Agrupamento de Escolas Daniel Faria – Baltar, em Paredes, para promover uma ação educativa sobre proteção solar. Os jovens tiveram oportunidade de ser elucidados sobre como usar corretamente os cremes solares e as vantagens do seu uso. O momento foi também aproveitado para realizar rastreios auditivos e visuais. «É sempre um trabalho gratificante, pela sempre calorosa receção e por contribuirmos para o bem-estar e saúde de quem nos procura», reforça Cristina Teixeira, Diretora técnica da Farmácia.

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>EM FOCO

PORTUGUESES E A SEXUALIDADE

AINDA MUITOS MITOS A QUEBRAR O período alargado do confinamento durante a pandemia terá afetado a vida sexual dos portugueses. Apesar disso, as farmácias assumiram um papel de educador para a saúde sexual, em especial junto dos mais jovens.

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> EM FOCO

A sexualidade dos portugueses terá ficado de quarentena com a pandemia? Os especialistas acreditam que o confinamento trouxe mudanças substanciais no comportamento afetivo e sexual dos portugueses. Para a maioria, os confinamentos impostos pela pandemia criaram uma atmosfera de incerteza e medo. Muitos vivenciaram uma ansiedade sem precedentes relacionada com a saúde, insegurança financeira e outras mudanças significativas na vida. O stress causado por esses fatores contribuiu para um declínio notável na vida sexual dos casais. A sexóloga Vânia Beliz e o médico Miguel Oliveira da Silva, autor do livro “Sexualidade e Reprodução em Portugal, Os Tempos da Pandemia”, referem, num debate organizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que ficar confinado em casa permitia aos casais desacelerar e dedicar mais tempo a momentos íntimos juntos, pelo menos no início. No entanto, à medida que a pandemia

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avançava, o confinamento começou a afetar os relacionamentos. É o que indicam estudos, de 2020, feitos na Turquia, Itália, Índia e Estados Unidos e que revelam um declínio na atividade sexual dos casais, assim como em atos individuais, em decorrência do confinamento. O QUE MUDOU? O farmacêutico João Vale, diretor adjunto da Farmácia Pedroso, na Covilhã, alinha por este diapasão, mas anota que a informação, «nos meios científicos de referência», sobre esta matéria é escassa e que não existem ainda «muitos dados» sobre o impacto do confinamento nos comportamentos sexuais da população. Ainda assim, o farmacêutico ressalva que é sabido que o aumento do stress gerado por toda a envolvente da pandemia trouxe consequências para a intimidade dos casais. «Obviamente que,


seja por terem estado confinadas, por terem ficado doentes ou tido receio de ficar infetadas com Covid-19, estes fatores tiveram impacto na sexualidade da população trazendo mudanças estruturais nos seus hábitos sexuais». João Vale acredita que a coabitação e o stress causado pelo facto de as famílias estarem confinadas (partilhando um espaço comum com múltiplas tarefas laborais, na educação dos filhos) trouxeram mudanças substanciais à forma como as pessoas passaram a olhar para o sexo no seu dia a dia. «Se olharmos para famílias mais numerosas, por exemplo, é fácil de constatar que a partilha de espaço com os filhos vai limitar a intimidade dos casais. Sabendose que a atividade sexual tem um impacto positivo na resposta imune, na função cognitiva, entre outros, conclui-se que a falta de contactos íntimos desencadeie o stress entre as famílias, para além da carga de ansiedade e incerteza geradas pela pandemia em si.» O número de divórcios disparou durante a pandemia. O farmacêutico acredita que uma maior coabitação «e a não diversificação de atividades entre os cônjuges ou companheiros» possam ter tido impacto no aumento das separações, uma vez que as famílias e os relacionamentos amorosos foram alvo de «um maior stress e uma maior ansiedade», o que poderá explicar este aumento dos rompimentos afetivos.

feita com os maiores cuidados porque sabemos que as gravidezes indesejadas continuam a acontecer. Uma das nossas funções é promover a contraceção de emergência e a diária, mas também chamar à atenção da prática do sexo seguro e dos cuidados a ter no uso dos preservativos, essenciais na proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis» AINDA MUITOS MITOS E DÚVIDAS João Vale revela que, entre a comunidade jovem, persistem «muitos mitos e equívocos». Ainda «somos confrontados com questões que já não deveriam ser colocadas». Os temas do uso da pílula do dia seguinte e a contraceção, no geral, estão nessa lista. «As raparigas têm muitas dúvidas sobre o uso da contraceção e, infelizmente, não procuram o médico de família para as esclarecer. É preciso lembrar que existem diferentes tipos de contraceção, com cargas de estrogénio e progesterona diferente, e que devem ser ajustados a cada pessoa», continua. Por isso, nunca é demais abordar o tema da sexualidade e falar sobre a sexualidade e a contraceção como algo normal. Só assim poderemos vivê-la de forma plena, consciente e em segurança.

“CORRIDA” AOS CONTRACETIVOS Para o diretor adjunto da Farmácia Pedroso, durante o confinamento, as farmácias tiveram uma procura mais acentuada de produtos ligados à sexualidade, nomeadamente por produtos contracetivos. «Efetivamente, registámos um aumento da procura de produtos como a pílula do dia seguinte e outros semelhantes». O farmacêutico atribui este aumento da procura de métodos contracetivos «a um défice na educação e promoção de uma atividade sexual ativa, mas segura e com comportamentos corretos», o que veio reforçar o papel das farmácias enquanto «verdadeiros promotores de uma vida saúde sexual segura e responsável», acrescenta. A Educação Sexual deve começar em casa, em família, na esfera privada e íntima de cada um. No entanto, e por motivos variados, as famílias têm-se demitido desta função. Neste âmbito, o responsável da Farmácia Pedroso, que integra as Farmácias Holon, afiança que as farmácias (e os farmacêuticos) podem ajudar na educação e na promoção de uma Educação Sexual mais saudável dos seus utentes. «As farmácias e os farmacêuticos, para além de promoverem o uso racional do medicamento, têm o dever de educar para uma vida sexual saudável. Estamos sempre de portas abertas para esclarecer todas as dúvidas e para promover uma educação sexual segura,

HOLON PROMOVE EDUCAÇÃO SEXUAL As Farmácias Holon têm vindo a desenvolver alguns projetos de promoção da Educação Sexual dos mais jovens. João Vale enaltece estas medidas e dá como exemplo o projeto “Jogue Pelo Seguro”, que visa promover o uso do preservativo e dos métodos contracetivos entre os mais jovens. Apesar de tudo, o farmacêutico ressalva que os jovens do concelho da Covilhã se têm alheado um pouco destas iniciativas, o que poderá ser explicado pela falta de divulgação nos meios digitais, mas acredita que, com o reforço da informação na internet e nas redes sociais, o figurino destas campanhas poderá mudar rapidamente.

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Alimenta o bom humor

NOVO + Regulação do humor + Bem-estar emocional

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Suplemento alimentar com nutrientes considerados essenciais para o normal funcionamento do cérebro, da memória e concentração. Este suplemento alimentar não substitui uma dieta equilibrada e um estilo de vida saudável. Não exceder a dose diária recomendada. Mantenha fora do alcance das crianças. Aramazenar em local fresco e seco. Não deve ser consumido por mulheres grávidas, crianças ou por longos períodos sem consultar um médico.


ANDREIA PALMA Farmacêutica

> HOLON CUIDA

SONO SAUDÁVEL: MAIS IMPORTANTE DO QUE PENSAMOS Um sono tranquilo e reparador é essencial para o nosso equilíbrio físico e mental. Infelizmente, 45% da população mundial tem a sua qualidade de vida diminuída devido a distúrbios relacionados com o sono. Apenas um terço dessas pessoas procura ajuda. O sono é um estado de repouso indispensável a todos os seres humanos. É essencial ao bom funcionamento do cérebro, para dar resposta a vários mecanismos básicos, como o raciocínio ou a memória. Sabia que, ao longo da vida, as horas de sono recomendadas variam consoante a idade? Um recém-nascido necessita de dormir praticamente o dobro de uma pessoa com 65 anos. Mas afinal, quantas horas tem um adulto que dormir?

Não é possível precisar concretamente a quantidade de horas de sono. As pessoas e as rotinas são diferentes e existem vários fatores que alteram o sono de cada um. Mas o recomendado são 7 horas de sono diárias, se bem que há muitas pessoas que não seguem as orientações. É pena, pois inúmeros estudos concluem que dormir com qualidade afeta positivamente o dia a dia e traz qualidade de vida. Por esses motivos, é urgente fazer do sono uma prioridade.

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AVALIE A QUALIDADE DO SEU SONO!

Nas Farmácias Holon classificamos a qualidade do seu sono, através do “Questionário de Pittsbugh”, com base em algumas perguntas acerca dos seus hábitos noturnos. Consulte o seu farmacêutico Holon!

SABIA QUE...

10 MEDIDAS PARA UMA BOA HIGIENE DO SONO O primeiro passo é avaliar a qualidade do sono com a ajuda de um profissional, como o seu farmacêutico. Depois, se necessário, adotar medidas que proporcionem qualidade ao sono, quer a nível do ambiente envolvente, do comportamento individual ou do historial clínico. A saber: 1. Defina um horário padrão de sono regular (de deitar e de acordar), mesmo ao fim de semana; 2. Torne o quarto um ambiente confortável para dormir, evitando temperaturas muito baixas ou muito altas, barulho e luz; 3. Realize atividades relaxantes antes de dormir e vá para a cama apenas quando tiver sono; 4. Quando se deitar, evite ecrãs e luzes: não assista televisão nem use o telemóvel; 5. Não consuma café nem álcool 4 a 6 horas antes de se deitar; 6. Evite comer em demasia nas 2 horas que antecedem o deitar; 7. Pratique exercício físico diariamente, mas evite-o 2 a 4 horas antes do deitar; 8. Evite dormir sestas; 9. Se não conseguir adormecer, levante-se e faça uma atividade relaxante até se sentir cansado (evitar luzes e equipamentos tecnológicos) 10. Não consulte o relógio durante a noite. O impacto negativo de não adotar uma rotina de sono regular, reflete-se através de situações como envelhecimento precoce, falhas na memória, sonolência diurna excessiva, descontrolo emocional, stress ou maior probabilidade de acidentes de viação.

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ao deitar, devemos ficar completamente no escuro? É a ausência de luz que “informa” o nosso cérebro que já é noite e desencadeia a libertação de melatonina, a hormona do sono. E é assim que surge a vontade de dormir.

PORQUE É QUE TEMOS MAIS SONO DE NOITE DO QUE DE DIA?

A exposição à luz e as atividades durante o dia, despoletam a libertação de cortisol, a hormona responsável pelo estado de alerta e do stress. À noite, esses níveis ficam mais reduzidos e a hormona do sono, a melatonina, começa a ser libertada natural e lentamente, trazendo a vontade de dormir. Consulte o seu farmacêutico Holon!

FALE COM SEU FARMACÊUTICO HOLON Muitas vezes, o farmacêutico é o profissional a quem primeiro se recorre quando há distúrbios no sono, especialmente insónias, pela procura de medicamentos ou recomendações. O farmacêutico fará um acompanhamento diferenciado da pessoa, aconselhamento farmacológico ou, se necessário, encaminhamento para consulta médica.


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> OPINIÃO SAÚDE

CÉLIA LOPES Nutricionista e gestora de produto nutrição entérica, Fresenius Babi

GESTÃO NUTRICIONAL EFETIVA DA SARCOPENIA E FRAGILIDADE NA COMUNIDADE A Sarcopenia, a Fragilidade e o comprometimento do Sistema Musculoesquelético, como a Osteoporose, associados à presença de Malnutrição no Idoso têm um impacto negativo na qualidade de vida, pelo comprometimento do estado funcional e pelo aumento do risco de complicações clínicas. A Malnutrição define-se pela ingestão alimentar insuficiente para satisfazer as necessidades nutricionais diárias e traduz-se na perda de massa muscular. Os suplementos nutricionais orais representam uma solução clínica eficaz e não invasiva no tratamento da malnutrição associada à sarcopenia, fragilidade ou comprometimento do sistema esquelético no idoso. A gestão nutricional passa por garantir um correto e suficiente aporte nutricional, em combinação com exercício físico de resistência e gestão farmacológica, se aplicável. Os idosos necessitam de obter diariamente um aporte proteico suficiente para construir massa muscular e manter o músculo saudável, através da ingestão de proteínas de alta qualidade. Para a manutenção de uma adequada massa muscular nos idosos recomenda-se a ingestão proteica de 1,0 a 1,5 g/kg/dia, com um aporte por refeição principal de cerca de 25 a 30 g de proteínas e de 2,5 a 3 g de leucina para estimular ao máximo a síntese de proteína muscular. A terapêutica nutricional com recurso à suplementação

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nutricional oral deverá assegurar a dose nutricional efetiva de pelo menos 400 kcal. Para melhorar os resultados clínicos e promover massa muscular a suplementação nutricional oral deverá, também, conter alto teor em Vitamina D e em Cálcio. O aconselhamento nutricional detalhado, ao utente, familiar e cuidador, é fundamental para assegurar e potencia uma correta adesão aos suplementos nutricionais orais. É necessário explicar as razões para a toma, os benefícios da suplementação nutricional, os sabores disponíveis e o modo de utilização (ex.: beber lentamente entre as refeições ou à ceia, introduzir a suplementação de forma progressiva, sabor melhorado quando tomado frio, agitar antes de abrir). Reverter a malnutrição no idoso é possível, com uma atempada intervenção nutricional personalizada, que inclua suplementação nutricional oral específica e com uma composição nutricionalmente inovadora que permita satisfazer em pleno as recomendações internacionais, garantindo um suporte nutricional diferenciado e efetivo.


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ANDREIA PALMA Farmacêutica

> BEBÉ & MAMÃ HOLON

GRAVIDEZ DE MÊS A MÊS DERMATITE DA FRALDA E CROSTA LÁCTEA A pele dos bebés, sobretudo dos recém-nascidos, é muito fina e delicada com menor capacidade de defesa. Garanta os cuidados certos para que a pele esteja sempre bem cuidada. A dermatite da fralda, mais conhecida por assadura, é uma das condições cutâneas mais comuns no primeiro ano de vida do bebé, logo desde o nascimento. Trata-se de uma inflamação que se apresenta com vermelhidão e que afeta exclusivamente a área coberta pela fralda, podendo estender-se à zona das pregas. Acontece quando essa zona da pele, oclusa, húmida e

pouco arejada, roça com a fralda. O contacto prolongado com uma fralda suja, com pH ácido, é também um fator predisponente deste tipo de dermatite. Apesar de ser uma situação sem gravidade pode trazer desconforto ao bebé, como dor na zona com assadura. Por isso, seguem-se algumas dicas para que possa prevenir e tratar esta situação.

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SABIA QUE…

Quando existe dermatite da fralda o uso de toalhitas é desaconselhado, bem como de produtos com perfume para higiene dessa zona, por poderem irritar ainda mais a zona afetada. Também não é recomendado usar fraldas de pano, por terem um poder absorvente muito reduzido.

6 RECOMENDAÇÕES CHAVE PARA PREVENIR E TRATAR A DERMATITE DA FRALDA: • Trocar a fralda após cada xixi ou cocó; • Sempre que possível, deixar o bebé sem fralda para arejar essa zona; • Secar bem a pele após a limpeza do rabinho ou do banho; • Dar preferência à limpeza com compressas humedecidas; • Preferir fraldas descartáveis e com elevado poder de absorção; • Aplicar pasta de água ou pomada com óxido de zinco na zona afetada – aconselhe-se com o seu farmacêutico. O BEBÉ TEM CROSTA LÁCTEA. E AGORA? A dermatite seborreica do couro cabeludo do bebé, comumente chamada de crosta láctea, é uma condição cutânea muito comum nos bebés logo a partir das primeiras semanas de vida e durante os primeiros 8 meses. Trata-se de uma descamação na parte de cima da cabeça do bebé, com a formação de pequenas placas amareladas que podem soltar-se, podendo coexistir com vermelhidão, caso a zona esteja inflamada. Acomete maioritariamente o couro cabeludo, mas pode estender-se à testa e sobrancelhas. Em situações menos frequentes, ao

DICA PRÁTICA PARA A CROSTA LÁCTEA Antes do banho, aplique óleo de amêndoas doces nas zonas afetadas e com placas, massajando-o suavemente. Depois, remova as placas soltas e amolecidas com um pente ou escova macia, sem causar irritação na pele do bebé.queixo encostado à mama.

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nariz, queixo ou até atrás das orelhas do bebé. A crosta láctea é uma condição sem qualquer tipo de gravidade e que se resolve por si própria. Porém, e porque pode demorar algum tempo a passar ou causar algum desconforto ao bebé, como comichão, é fundamental retirar as placas das zonas a descamar, para evitar qualquer incómodo. Existem alguns produtos apropriados para a crosta láctea, como champôs suaves ou emolientes e que controlam a produção de sebo. Normalmente, esses produtos ou outros com ação anti-inflamatória e anti prurido são suficientes para resolver o problema. Cada bebé é diferente, e a cura pode ser mais demorada. Mas com as medidas de tratamento adequadas será uma situação facilmente ultrapassada. CROSTA LÁCTEA, PORQUE APARECES? Ao contrário do que muitas vezes se diz, a crosta láctea não está associada à falta de higiene. Pensa-se que o seu aparecimento está relacionado com produção excessiva de sebo nos primeiros meses do bebé, mas ainda não há uma causa concreta.

TOME NOTA

Se o seu bebé tem crosta láctea, nunca retire as placas com as unhas, pois pode trilhar o couro cabeludo.Além de causar dor, pode progredir para uma inflamação mais grave. Use apenas escovas macias ou pentes com os dentes arredondados.


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> ESPAÇO HOLON

CATARINA OLIVEIRA Farmacêutica e Gestora Produtos Holon

VAMOS MEXER-NOS Setembro é um mês de recomeço e traz consigo a vontade de dar início a novas rotinas. O exercício físico é bom exemplo disso. Descubra porque deve viver uma vida cheia de movimento. A estreita relação entre o exercício físico e o bem-estar psicológico não é um tema recente. A evidência científica dos seus benefícios remete para a prevenção e atraso na progressão de doenças neurodegenerativas relacionadas com o aumento da idade (Doença de Alzheimer); a melhoria das funções cognitivas como, por exemplo, a memória e a concentração; e a prevenção e auxiliar no tratamento de outras patologias neurológicas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo (Depressão). Diversos estudos demonstram que a prática regular de exercício físico aumenta a produção de Endorfinas. Estas hormonas produzidas pelo nosso corpo, vulgarmente conhecidas como hormonas do prazer, estimulam a sensação de bem-estar, a motivação, a felicidade, reduzem o stress e aumentam a resposta imunitária. Baixos níveis de endorfinas no sangue podem aumentar o risco de patologias como a depressão, enxaqueca crónica, ansiedade e causar sentimentos como a irritação, tristeza e irritabilidade. As Endorfinas não são as únicas hormonas cuja produção é estimulada através do exercício físico. Também os níveis de Serotonina e de Dopamina, hormonas responsáveis pela felicidade e bem-estar, tendem a aumentar quando adotamos um estilo de vida ativo. O exercício físico estimula também a atividade do hipocampo,

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estrutura cerebral responsável pela memória e aprendizagem. Num estudo realizado com 120 adultos, sem qualquer tipo de demência, a prática de exercício físico regular aumentou o volume do hipocampo em 2%, revertendo a perda da capacidade de memória. É, da mesma forma, do conhecimento geral que más noites de sono, além de reduzirem a concentração e a produtividade, contribuem para uma maior instabilidade emocional, estados depressivos e irritabilidade. O exercício físico, quando realizado de forma continuada, além de diminuir o tempo necessário para adormecer, melhora a qualidade do sono, proporcionando um sono mais profundo e reparador o que, obviamente, vai ter efeitos muito positivos a nível da saúde mental, aumentando os níveis de energia ao longo do dia, a motivação e a capacidade concentração. E se estes não forem motivos suficientes para iniciar uma vida fisicamente ativa de forma consistente, lembrese que o exercício físico diminui, ainda, o risco de mortalidade por doença cardiovascular, hipertensão, Diabetes tipo 2 e existem especialistas que defendem que o exercício físico promove a longevidade. Não espere por um novo ano para mudar os seus hábitos. Escolha a modalidade que mais gosta e trace pequenos objetivos a curto prazo. Comece já!



> PREVENÇÃO SAÚDE

VÍRUS MONKEYPOX INFORMAR PARA PROTEGER Os casos de infeção humana por vírus Monkeypox estão a preocupar as autoridades de saúde. A DGS pede que se evitem os contactos íntimos sempre que existam suspeitas e recomenda cautelas redobradas, até porque o preservativo não previne a doença. A também conhecida como varíola-dos-macacos é uma infeção causada pelo vírus do mesmo tipo da varíola (monkeypox ou VMPX) e cuja forma de apresentação e disseminação sugere que a transmissão esteja a acontecer por contacto próximo, incluindo relações sexuais. Até ao início do mês de julho, a Direção-Geral de Saúde (DGS) já tinha contabilizado 415 casos de infeção pelo vírus. A maioria das infeções notificadas registaram-se em Lisboa e Vale

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do Tejo, mas já existem casos nas restantes regiões do continente (Norte, Centro, Alentejo e Algarve) e na Região Autónoma da Madeira. De acordo com a DGS, todos as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Porém, a transmissão também já foi documentada em mulheres e crianças. Mas não é apenas em Portugal que a situação exige atenção por



parte das autoridades de saúde. A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos também contribui para a avaliação do surto a nível internacional. COMO SE MANIFESTA? De acordo com as autoridades de saúde, nomeadamente a DGS e a Organização Mundial da Saúde (OMS), a manifestação clínica da infeção humana por vírus Monkeypox é geralmente ligeira, com a maioria das pessoas infetadas a recuperar da doença em poucas semanas. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, nódulos linfáticos inchados, calafrios, exaustão, evoluindo para erupção cutânea. O período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar aos 21. A pessoa deixa de ser infeciosa quando a crosta das erupções cutâneas cai. Estes sinais e sintomas geralmente duram entre duas e quatro semanas e desaparece, por si só, sem tratamento. Contudo, se tem sintomas que possam ser causados por vírus monkeypox, procure sempre os cuidados de saúde. Caso tenha tido contacto próximo com alguém com a infeção ou suspeita de infeção, informe os profissionais de saúde. APOSTAR NA PREVENÇÃO Estar informado é essencial para travar a propagação da doença. Por isso, a DGS reforça o quanto é importante saber reconhecer os sinais e sintomas: aparecimento de lesões na pele ou mucosas, que podem ser localizadas numa determinada região do corpo ou generalizadas, atingindo habitualmente a face e boca, membros superiores e inferiores ou região ano-genital. A DGS anota ainda que o aparecimento de sintomas deve motivar a procura de aconselhamento e avaliação médica e deve evitarse o contacto físico próximo, incluindo relações sexuais. «O contacto físico próximo é a principal forma de transmissão. Uma relação sexual pode envolver risco. Relações sexuais com múltiplos parceiros/as aumentam o risco», destaca a DGS. A utilização do preservativo é importante para prevenir a transmissão do VIH e outras infeções sexualmente transmissíveis (IST), mas não oferece proteção eficaz para o vírus alerta ainda a DGS na informação. Por isso, mantenha-se informado e evite comportamentos de risco. Assim, se tiver sintomas e sinais compatíveis com a doença e sobretudo se tiver tido contacto próximo com alguém que possa eventualmente estar infetado por vírus monkeypox, contacte os centros de rastreio de infeções sexualmente transmissíveis. Pode ainda recorrer aos serviços de urgência para aconselhamento e avaliação ou liguar para a Linha SNS 24 (tel. 808 24 24 24).

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PROTEJA-SE A SI E AOS OUTROS

A Direção-Geral de Saúde divulga um pequeno guia informativo sobre a infeção humana por vírus monkeypox: COMO SABER SE É UM CASO PROVÁVEL? Se tiver: - Erupções cutâneas no corpo e/ ou lesões nas mucosas; - Mais de 38ºC de febre; dores de cabeça; dores musculares; cansaço; gânglios linfáticos aumentados. Se nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas: - Teve contacto com um caso confirmado ou provável de infeção humana por vírus monkeypox. - Viajou para países da África Ocidental ou Central; - Teve relações sexuais com múltiplos(as) parceiros(as). SE SOU UM CASO PROVÁVEL, O QUE FAZER? - Procure avaliação médica; - Evite contacto com outras pessoas enquanto tiver lesões; - Alerte as pessoas com quem teve contacto próximo após o início dos sintomas; - Não partilhe objetos de uso pessoal: vestuário, roupas de cama; toalhas; - Lave roupas e têxteis na máquina de lavar a +60ºC; - Limpe superfícies com detergentes com lixivia ou cloro e deixe secar ao ar. SE CONTACTOU COM UM CASO E ESTÁ ASSINTOMÁTICO, O QUE FAZER? - Mantenha a vigilância de sinais ou sintomas; - Avalie a temperatura corporal 2 vezes por dia, durante 21 dias após o último contacto; - Higienize frequentemente as mãos; - Evite contacto físico próximo com outras pessoas durante 21 dias.



> NUTRIÇÃO HOLON

ANA CAROLINA CANELAS Nutricionista

ALIMENTAÇÃO NA DOENÇA HEMORROIDÁRIA Uma dieta rica em fibra alimentar e uma ingestão de líquidos adequada são essenciais para o ajudar no tratamento e alívio dos sintomas. Mas também é preciso ter em atenção que há alimentos a evitar. Existem várias causas para o desenvolvimento de hemorroidas, tais como a obesidade, a obstipação, diarreias crónicas e uma alimentação desequilibrada. De forma a promover o alívio e tratamento de sintomas, deve existir uma ingestão de alimentos ricos em fibras. Estes estimulam

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a atividade das bactérias benéficas do nosso intestino e têm um efeito benéfico em todo o sistema digestivo, nomeadamente, na regulação do trânsito intestinal, na fluidez e expulsão das fezes e na redução do risco de sangramento. Para prevenir o desenvolvimento de hemorroidas ou melhorar


sintomas, pratique uma alimentação saudável, variada e equilibrada. Inclua diariamente cinco ou mais porções de frutas frescas e produtos hortícolas, sementes, frutos secos e oleaginosos e não se esqueça de ingerir entre 1,5L a 2L de água, de infusões ou de águas aromatizadas em casa sem açúcares adicionados. Adote um estilo de vida ativo, praticando uma atividade física, que lhe dê prazer, com regularidade, evitando o esforço excessivo na região pélvica. Inicie sempre as refeições de almoço e jantar com um prato de sopa de hortícolas, inclua como acompanhamento uma salada variada ou hortícolas cozinhados e utilize mais vezes nos seus cozinhados as leguminosas (feijão, ervilhas, lentilhas, grão, favas), de custo reduzido e muito ricas nutricionalmente. Prefira fruta como sobremesa, de preferência fresca e com casca. Nas refeições intermédias, opte por flocos de aveia, frutos oleaginosos como nozes, amêndoas com pele ou avelãs sem adição de sal ou açúcar, pães elaborados com farinhas mais integrais (de mistura, de centeio) e sementes como linhaça ou girassol. OS BENEFÍCIOS DAS FIBRAS A fibra dietética classifica-se em duas categorias consoante a sua capacidade de se dissolver na água. As fibras solúveis, presentes em alimentos como a aveia, as leguminosas, a maçã e as verduras, e as fibras insolúveis encontradas em vegetais de folha verde,

farelo de trigo e cereais integrais e seus derivados (como pão escuro e massas integrais). A dose diária recomendada de fibras para um adulto é de 25 gramas, no mínimo. Para que possa fazer escolhas adequadas e adquirir alimentos que sejam fonte de fibra, leia atentamente os rótulos nutricionais. Adquira alimentos com valor igual ou superior a 3,5g de fibra por 100 gramas de alimento ou 1,5g por 100 quilocalorias, ou alimentos ricos em fibra, ou seja, com valores iguais ou superiores a 6g de fibra por 100 gramas de alimento ou 3g por 100 quilocalorias. ALIMENTOS A EVITAR Por outro lado, existem alimentos que podem agravar as hemorroidas. Falamos de alimentos excessivamente condimentados e picantes, de alimentos e bebidas ricas em cafeína e em álcool. Para além destes, ainda a ingestão de alimentos ricos em gorduras prejudiciais à saúde (saturadas e trans), alimentos ácidos, salgados, processados e fritos. Esta patologia há muito descrita e estudada, continua a levantar muitas questões em relação à melhor abordagem terapêutica. Ainda assim, o consenso médico indica como guideline para o tratamento e alívio de sintomas, a adoção de uma dieta rica em fibra alimentar e a adequada ingestão de líquidos. A nossa equipa de Nutricionistas das Farmácias Holon pode ajudá-lo a melhorar a saúde dos seus intestinos.

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> RECEITA SAUDÁVEL

INGREDIENTES

ANA CAROLINA CANELAS Nutricionista

(1 PORÇÃO)

300ML BEBIDA DE AMÊNDOA ALTO TEOR DE PROTEÍNA 0% AÇÚCAR JOYA FRESCA 2 COLHERES DE SOPA RASAS FLOCOS DE AVEIA INSTANTÂNEOS ORIGENS BIO 1 COLHER DE SOBREMESA DE SEMENTES DE LINHAÇA ORIGENS BIO 1 CHÁVENA DE CHÁ DE FRAMBOESAS (FRUTA DA ÉPOCA)

Informação Nutricional por porção: Calorias (kcal) 274, Lípidos (g) 13,5, Hidratos de Carbono (g) 18,7, Proteína (g) 13,8. Contém potássio, cálcio, magnésio e vitaminas do complexo B.

BATIDO FRESCO DE FRAMBOESA MODO DE PREPARAÇÃO: Num robot de cozinha, junte todos os ingredientes e triture até ficar uma mistura homogénea. Sirva fresco e de imediato.

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AVEIA EM TODOS OS MOMENTOS É um cereal tão versátil que pode ser usado em diferentes momentos como no pequeno-almoço, no lanche e em diversas receitas doces ou salgadas. Rica em fibra - é uma boa opção para substituir muitas farinhas - a aveia contribuí para a manutenção da saciedade, sendo uma grande aliada na perda de peso. Na sua composição, destaque para os famosos betaglucanos, associados à diminuição do colesterol total e LDL no sangue, para os hidratos de carbono de absorção lenta, aminoácidos essenciais, fósforo, ferro, zinco, magnésio e vitaminas do complexo B.


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ISABEL CONCEIÇÃO Farmacêutica

> DERMOFARMÁCIA HOLON

A ORIGEM DA QUEDA DE CABELO Quando se fala em queda de cabelo, não se deixe levar com “promessas milagrosas”. É fundamental perceber as causas para prevenir ou tratar da forma mais eficaz. A queda de cabelo pode ser considerada “normal”, se surgir pelo processo de envelhecimento natural de cada pessoa – o ciclo de regeneração do cabelo vai se deteriorando, traduzindo-se em perda e enfraquecimento do cabelo com o passar dos anos. Existem inúmeras outras causas que podem provocar a perda excessiva de cabelo, particularmente – stress e ansiedade; problemas de tiroide; alopécia areata (doença autoimune); infeções no couro cabeludo, medicamentos – medicação usada no cancro (quimioterapia), fármacos para a hipertensão (tensão arterial alta), choques físicos (perda de peso extrema ou febre alta), tricotilomania – distúrbio psicológico que leva uma pessoa a puxar e arrancar o próprio cabelo, má alimentação, como uma dieta sem proteínas, vitaminas, ferro ou outros nutrientes que afetam o crescimento de cabelo, entre outras. A queda de cabelo pode também ser ocasional, quando relacionada com algum fator, por exemplo o pós-parto, e durar até 6 meses, ou crónica quando a duração da queda é superior a 6 meses, A CHEGADA DO OUTONO: “VOU FICAR CARECA?” A queda de cabelo pode ocorrer de forma mais acentuada nos meses de outono e há mesmo quem julgue sofrer de alguma doença ou problema capilar e até se questione sobre a possibilidade de ficar careca. Afeta homens e mulheres de igual modo e é considerada normal. Para prevenir uma queda acentuada

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nesta fase do ano, o ideal é a prevenção! Utilizar água tépida para a lavagem, escovar com um pente de dentes largos ou uma escova macia e usar um champô fortificante são algumas das medidas que podemos adotar no nosso dia a dia para evitar uma queda intensa. No Serviço de Dermofarmácia Holon é feita a recolha de vários indicadores que permitam uma correta avaliação do tipo de queda e suas potenciais causas, e assim, indicar o melhor tipo de tratamento.

O SERVIÇO DE DERMOFARMÁCIA ESCLARECE:

Que cuidado diário é indispensável para o cabelo? Escolher um bom champô, adaptado à natureza do couro cabeludo e à frequência da lavagem. Um dos maiores mitos associados ao cabelo é… pensar que temos de cortar porque que vai crescer mais forte. Cortar o cabelo não tem impacto nenhum no crescimento!



> ENTREVISTA ESPECIAL

DIOGO MARTINS «SÓ TER TALENTO NÃO CHEGA» Desde tenra idade tem-se desdobrado em inúmeras personagens na televisão e no teatro. Apesar do sucesso e do reconhecimento público, Diogo Martins “lamenta” que ainda não tenha surgido um papel no cinema. H – É considerado como um dos atores “revelação” da Televisão Portuguesa. Lida bem com esta crítica? DM – Tento lidar sempre bem com a realidade. Ator “revelação” é um termo um bocado estranho porque já cá ando há algum tempo… Mas, de facto, tem sido um percurso bastante difícil – e demasiado cansativo – para mostrar o trabalho final do meu trabalho como ator. Faz agora 20 anos que comecei a minha carreira e tenho tido a sorte de mostrar o meu trabalho, o talento que tenho enquanto ator. E isso deve-se, de facto, ao trabalho e ao esforço, mas também à sorte. Isto para dizer que não sou nenhuma “revelação”, sou outra pessoa (risos). H – O êxito é fruto de muita “transpiração”? DM – Sim. Deve-se principalmente ao nosso esforço. Só ter

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talento não chega. Na minha área, há atores maravilhosos e com um talento enorme, mas que depois não singram porque não se dedicam tanto quanto deviam. É difícil nós termos o tempo adequado para fazermos todos os projetos que queremos. Se nos dedicarmos muito àquilo de que gostamos, o esforço acaba por ser recompensado. H – Começou a representar em televisão aos 10 anos. Como é que isto aconteceu? DM – Surgiu tudo por um acaso. Ninguém na minha família está ligado à representação. Fazia umas brincadeiras em casa com os meus primos. Fui fazer um casting à Feira Popular, onde estavam cerca de 20 mil candidatos, para entrar na telenovela “Amanhecer”. Acabei por ser selecionado para um grupo de dez e, depois de ter


feito mais provas, fui escolhido para representar a personagem. Obviamente que não tinha noção daquilo que era preciso para ser ator (aos 10 anos ninguém tem). H – Não fazia ideia de que este seria o seu caminho? DM – Não, de todo. Gostava muito de jogar futebol, e não tinha a pretensão de seguir esta carreira nas artes. Com o passar do tempo, fui ganhando amor à representação. Tenho noção que vim parar à profissão por sorte, mas, com o tempo, fui ganhando uma verdadeira paixão pela representação. Fruto da minha entrega e muito trabalho, acabei por chegar a este ponto, onde nunca pensei chegar. H – Perdeu-se um futebolista, mas ganhou-se um grande ator? DM – Sim. Costumo dizer isso mesmo. Joguei até aos 13/14 anos, mas não conseguia conciliar tudo. Por causa da carreira de ator, estava sempre a faltar aos treinos. DM – É tido como uma figura muito simpática e empática. Acha que está aí uma das razões do seu sucesso? DM – Tento sê-lo. Acho que sou uma pessoa que gera empatia, mas não acredito que esse facto seja a razão do meu sucesso. Há atores que são maravilhosos, mas, depois, não conseguem gerar essa onda de empatia do público. A empatia é um ponto favorável na interação fora do nosso trabalho, ou seja, mostrar empatia às pessoas que nos abordam na rua, mas não creio que a empatia seja um motivo para sermos melhores ou piores atores. H – Participou em várias versões d’ Os Malucos do Riso. Identifica-se com este estilo de representação? Tem outras preferências? DM – Identifico-me com qualquer tipo de representação. Acho que um ator não deve ficar limitado e ter de fazer só teatro ou televisão e vice-versa. O ator deve ser eclético e deve experimentar todos os estilos e áreas de representação, pois só assim se pode evoluir. Admito que haja atores que gostam de estar confortáveis (numa só área) e que não arrisquem a sair dessa “redoma de conforto”. A vida de ator é, por si só, instável e só assim se consegue ser melhor, desafiando-nos constantemente, saindo da “bolha” de conforto. O erro faz parte desta profissão e só assim conseguimos ser melhores. H – Televisão, teatro ou cinema? Qual a sua preferência? DM – Não tenho preferência. Não sei bem aquilo que mais gosto, até porque já fiz teatro e tenho feito muita televisão, mas ainda não fiz cinema. Como é lógico, sinto-me mais à vontade em televisão, que foi onde eu nasci como ator, e é onde estou mais

à vontade. No entanto, quero muito fazer cinema, que é uma área muito fechada, em que os atores dos filmes são sempre os mesmos e em que não há tantas oportunidades. Acredito que, com o tempo, surjam algumas oportunidades para trabalhar em cinema. Mas não estou muito preocupado e estou confiante que hão de surgir convites. H – O que gostava de fazer, profissionalmente, que ainda não fez? DM – Como já referi, gostava muito de ter uma experiência profissional no cinema. Todo o processo de realização é muito mais cuidado e o fator tempo (ou antes a falta dele) passa para outro plano, quase “metafisico” na construção dos personagens. Talvez, por isso, sinta a necessidade de experimentar a representação nas peliculas. Quando tiver de acontecer, acontecerá. Acho que já tenho bagagem suficiente para esse trabalho.

H – O que é que o faz feliz? DM – Com a morte da minha mãe (há 3 anos), percebi que aquilo que me faz feliz realmente é estar com as pessoas que mais amo e que me amam incondicionalmente. Sou feliz quando estou com aqueles que amo, com a família e amigos mais próximos. Tive a sorte de ter uma mãe exemplar e apercebi-me que a felicidade, a verdadeira, é estarmos junto daqueles que amamos muito. A partilha com essas pessoas é a felicidade maior. A vida material não é nada, é uma mera ilusão. H – O que é que o tira do sério? DM – Chateia-me muito a hipocrisia e a falsidade. Já aprendi que não é possível agradarmos a todos, mas a hipocrisia e a falsidade desagradam-me bastante.

DIOGO MIGUEL VERÍSSIMO MARTINS Idade: 30 anos Filme: Tenho tantos… Talvez o Shutter Island, com o Leonardo DiCaprio. Livro: “Os Retornados”, da Dulce Maria Cardoso. Viagem: Cuba Comida preferida: Alho francês à Brás. Faço regularmente para os meus amigos e ninguém diz que aquele “Bacalhau” é feito apenas com legumes.

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> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

CASAS ACREDITAR MINIMIZAR O IMPACTO DO CANCRO EM CRIANÇAS E FAMÍLIAS A notícia de um diagnóstico de cancro pediátrico é sempre um momento de angústia. A Acreditar nasceu para ajudar a «enfrentar da melhor maneira as dinâmicas que o cancro pediátrico impõe». Ana Monteiro, gestora da Zona Norte da Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro -, explica que esta associação nasceu em 1994 «para apoiar, da melhor maneira, as dinâmicas que o cancro pediátrico impõe», tentando proporcionar «a todos a certeza de apoio num momento de incertezas». Para algumas famílias que são confrontadas com a doença, a

necessidade de sair das suas casas para poderem acompanhar os filhos é uma preocupação acrescida. Os tratamentos são realizados nos hospitais de referência, que se localizam no Porto, Coimbra e Lisboa. Por essa razão, as famílias que vêm de fora destas localidades precisam de ter um lugar seguro onde viver durante estes períodos. «As Casas Acreditar estão localizadas junto aos hospitais e asseguram que as famílias acompanham

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os tratamentos dos seus filhos com mais segurança, sem necessidades de grandes deslocações, gratuitamente», refere a coordenadora. BRAÇOS ABERTOS E APOIO ESPECIALIZADO Encaminhadas pelos serviços sociais dos hospitais, aqui são recebidas de braços abertos. Para além dos colaboradores e voluntários, contam com um apoio extra, garantido pelas outras famílias que, num gesto de instintiva entreajuda, partilham vivências que outros não compreenderiam da mesma forma», refere Ana Monteiro. Todos os dias, as equipas de saúde das Casas Acreditar procuram proporcionar um «ambiente agradável e tranquilo onde a família está reunida, com a segurança de estar a poucos minutos do hospital», reforça a responsável. Dentro de um cenário de sobressalto, as equipas tudo fazem para que aqui se viva a maior normalidade possível. «Cada família tem o seu próprio espaço - quarto com casa de banho privativa – que cuida como se estivesse na sua casa. Existem ainda vários espaços comuns – cozinha e sala de refeições, lavandaria e diversas salas de estar – que permitem momentos de confraternização», realça Ana Monteiro. NÃO PERDER O CHÃO A associação dispõe de vários apoios que permitem às famílias um caminho mais amparado, com destaque para os apoios psicológico e de ação social. E tudo começa no hospital, com um contacto de proximidade entre as equipas de intervenção da Acreditar e as famílias. Num primeiro momento através da disponibilização de informação útil e personalizada a cada família e, posteriormente, através do apoio diário aquando das sessões dos tratamentos. O apoio psicológico já é uma realidade, «em 2021, demos um

passo de gigante no cuidado da saúde mental. Começámos a dar apoio psicológico a crianças e jovens com doença oncológica, pais, irmãos e sobreviventes». A ação social do projeto garante ainda apoio às famílias com maiores dificuldades económicas (são muitos os pais que têm de deixar os seus empregos), bem como apoio alimentar, assegurado pela oferta de um cartãosupermercado, num valor proporcional ao número de elementos do agregado familiar. Ana Monteiro adianta ainda que existe uma vertente de apoio material, para a aquisição de artigos de bebé, material escolar, próteses, cadeiras de rodas, entre outros. SEMPRE PRESENTES

NÚMEROS QUE FALAM Em 2021, a nível nacional, a Acreditar acolheu 402 famílias no momento do diagnóstico e 124 famílias viveram nas Casas Acreditar. Neste período, 542 crianças e jovens estiveram envolvidos em momentos de partilha, 52 usufruíram de apoio escolar e 24 beneficiaram de bolsas de estudo. Por último, foi atribuído um total de 300 mil euros de apoio social às famílias.

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Os utentes das Casas Acreditar contam também com apoio escolar, mediante o acompanhamento extraescolar, que respeita o ritmo e as características do aluno, capacitando-o e animando-o para, sem sobressaltos, regressar em pleno à escola. «Atribuímos ainda Bolsas de Estudo Acreditar a crianças e jovens com doença oncológica, ou que por ela tenham passado, e tenham dificuldade financeira para prosseguir a sua formação académica. Acreditamos que este incentivo à continuidade dos estudos é essencial para que disponham das mesmas oportunidades de aprendizagem, estímulo e integração.» A associação fornece ainda apoio jurídico, gratuito e individual, dirigido a doentes, sobreviventes e pais e cuidadores daqueles com diagnóstico de doença oncológica até aos 25 anos.


> MONTRA EM DESTAQUE

SPIDIFEN EF Sabe que há uma solução para aliviar as dores mais depressa? Spidifen EF contém ibuprofeno e arginina. A arginina, que é um aminoácido e como tal faz parte das nossas proteínas, acelera a absorção do ibuprofeno que é um analgésico anti-inflamatório (combate a dor). Com a arginina o Ibuprofeno é absorvido 3 vezes mais rápido! Por isso…Spidifen EF atua mais depressa! Spidifen EF está indicado em:  dor de cabeça  dor de dentes,  dor de costas  dores musculares  dores menstruais  gripes e constipações Spidifen EF, 1 comprimido até três vezes por dia. Spidifen EF é mais rápido no alívio da dor!! Informações essenciais compatíveis com o RCM disponíveis na imagem acima.

STREPHERBAL StrepHerbal é um suplemento alimentar, sem açúcar, formulado com ingredientes naturais. Atua na proteção da garganta com alívio dos sintomas da garganta seca e com reforço do sistema imunitário.

VITERRA MINI O novo Viterra Mini ProbiPlus D é um SUPLEMENTO ALIMENTAR em gotas, com uma associação única de vitamina D e probióticos para apoiar a saúde e bem-estar desde o nascimento.

Não substitui uma dieta variada, leite materno nem um estilo de vida saudável. O efeito benéfico é obtido com a toma diária de 5 gotas por dia diretamente na boca do bebé ou adicionadas a líquidos. Não deve ser excedida a toma recomendada. Não recomendado em caso de hipersensibilidade ou alergia a algum dos constituintes. Manter longe da exposição solar e fora do alcance e da vista das crianças.

SAFORELLE Especialista em cuidado íntimo há 30 anos, a gama Saforelle® é desenvolvida em parceria com ginecologistas e dermatologistas e todos os produtos têm eficácia comprovada com base em ensaios clínicos ou avaliações realizadas por profissionais de saúde e consumidores. A BARDANA é o principal ingrediente natural no coração de todos os produtos Saforelle®, e é conhecida pelos seus benefícios calmantes e suavizantes. Recomendar Saforelle® é escolher uma combinação de eficácia e tolerância.

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> SAÚDE INFANTIL

PAULA FERREIRA Medical Sales & Training

ALERTA PIOLHOS: PREVENÇÃO E TRATAMENTO Os Piolhos voam ou saltam de cabeça em cabeça? As infestações de piolhos são causadas pela falta de higiene pessoal ou doméstica? Os piolhos preferem as cabeças sujas? Isto são algumas questões que frequentemente aparecem, mas que na realidade são mitos e não correspondem à realidade. Com o regresso à normalidade, a abertura das escolas e o fim das restrições, as infestações voltaram. Em média, 15 a 18% das famílias sofrem uma infestação de piolhos a cada dois anos, sendo que o número de pessoas expostas a uma infestação é 10 vezes maior do que o número de pessoas infestadas. Os piolhos são pequenos insetos que aparecem no cabelo e couro cabeludo. Eles rastejam e alojam-se em zonas mais protegidas e quentes, como a nuca e atrás das orelhas. Eles alimentam-se de sangue do couro cabeludo e quando mordem deixam a sua saliva na pele, o que dá origem a comichão. O piolho vive durante 2 a 3 meses, sendo que durante este período, as fêmeas podem colocar até 10 ovos por dia. Em 7 dias, nascem os “piolhos bebés”, que se chamam ninfas, e passado 10 a 12 dias as ninfas tornam-se adultas, podendo já pôr ovos – chamados lêndeas. As lêndeas são ovais, esbranquiçadas e ficam agarradas ao cabelo. São confundidas facilmente com caspa ou descamação do couro cabeludo. Perante uma infestação e confirmação é preciso um tratamento eficaz com aplicação de antiparasitários sob a forma de champô, loção ou spray. Existem dois tipos de tratamento.

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• Tratamento mecânico – consiste em eliminar os piolhos sem utilização de constituintes químicos. Estes tipos de produtos têm na sua composição silicones e óleos minerais que cobrem o piolho com filme oclusivo, provocando a asfixia (ação sufocante) e consequentemente a morte dos piolhos. • Tratamento químico – consiste no tratamento com permetrina. Atua por alterações eletroquímicas na membrana celular, tornando o piolho mais fragilizado e lento, sendo mais fácil de o apanhar com o pente. No entanto, não há melhor tratamento que uma boa prevenção! Devem ser evitadas a partilha de roupas e objetos como por exemplo, chapéus, pentes, almofadas e toalhas. A utilização de um champô hipertónico de ação mecânica que desidrate e mate os piolhos ou o uso de um produto rico em extratos vegetais e óleos essenciais, que crie uma película protetora contra elementos estranhos e que dificulte a adesão dos piolhos ao cabelo, são essenciais para evitar as infestações e reinfestações. Aconselhe-se com o seu farmacêutico na melhor solução para tratar uma infestação e qual os opções que existem para prevenir o aparecimento de uma infestação.



> HOLON ATIVA “Mente sã em corpo são”. No verão, aproveite para fazer umas caminhadas mas também para estimular a mente. Desfrute dos passatempos que lhe propomos. 1. Sopa de letras Descubra as 8 palavras, na horizontal, vertical e diagonal, relacionadas com Saúde e Bem-estar. D B H U Ç O C E O D

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2. Sudoku Dificuldade Média

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