Dissertação de mestrado - Fabiano Dias

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Os frontões retos das igrejas jesuíticas são, segundo o autor, os mais representativos destas igrejas brasileiras e que se mantiveram ainda com seu perfil mais clássico; e que mesmo no Barroco, continuam com linhas simples e somente remetem a este novo estilo pela sobreposição de volutas ao seu desenho mais retilíneo (COSTA, 1941, p. 36). Isto não exclui, como exemplifica Costa, a existência de igrejas com desenhos de frontões mais elaborados a partir da metade do séc. XVIII (COSTA, 1941, p. 36-37). As portadas apresentam-se em composições de porta única, nas igrejas mais singelas e com cinco portas naquelas construídas a partir do séc. XVIII, a exemplo do que Costa diz das igrejas de Salvador, Belém, Recife e “em numerosas igrejas de menor interesse” (COSTA, 1941, p. 441), prevalecendo “a linha elegante e o pormenor apurado e que são muitas vezes delicadamente ornamentadas”, em seus frontispícios retos ou em uma de suas variações, com o frontispício partido (COSTA, 1941, p. 41).

Figura 20 – Variações tipológicas dos frontões das igrejas, indo dos desenhos mais simplificados ainda, de influência renascentista, aos mais rebuscados, do período do Barroco brasileiro Fonte: COSTA, 1941

Os prédios que fecham o restante da quadra, a partir do prédio da igreja, são, em sua grande maioria, de desenhos mais austeros, onde o maior requinte decorativo e estético era relegado ao prédio da própria igreja, dando assim a medida característica de cada parte e sua devida importância. Suas obras de pedra e cal e o seu fechamento em torno de um pátio central, mesmo com a delicadeza do desenho de suas igrejas, dão ao 126


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