Plano Curricular 2009-2013

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Por Projecto Curricular entende-se “a forma particular como, em contexto, se constrói e se apropria um currículo face a uma situação real, definindo opções, intencionalidades, e construindo modos específicos de organização e gestão curricular, adequados à consecução das aprendizagens que integram o currículo para os alunos concretos daquele contexto” (M.ª do Céu Roldão, 1999).


________________________________________________________Índice  Introdução  Contexto Sócio-Educativo  Fundamentação Teórica  Problemática, Objectivos e Competências  Plano de Intervenção  Acções a desenvolver  3 Anos  4 Anos  5 Anos  1º Ano  2º Ano  3º Ano  4º Ano  Avaliação das aprendizagens dos alunos  Avaliação do Projecto  Bibliografia


____________________________________________________Introdução O Externato Nossa Senhora da Apresentação enquanto escola desenvolve o seu Projecto Curricular de Escola (PCE) tendo por base e como foco iluminador o Projecto Educativo da Congregação das Irmãs Servas da Sagrada Família, que tem como tema “Educar é um acto de Amor”. Na sua elaboração conta com a participação de toda a Comunidade Educativa, desenvolvendo-se a partir do conhecimento da escola e dos alunos que a frequentam, tendo sempre em consideração a comunidade em que está inserida. Deste modo, tendo como base o Projecto Educativo de Escola e partindo da análise feita ao contexto em que a nossa escola se insere, escolhemos para tema do Projecto Curricular de Escola, “Amar a Vida, Servir a Terra: o Ambiente nas nossas mãos”. Verificámos que é urgente a escola contribuir para a consciencialização da necessidade de construir um futuro pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento e progresso, baseado no equilíbrio entre o Homem e a Natureza, de maneira a salvaguardar a dignidade, a qualidade e o desenvolvimento da vida do Homem e da sustentabilidade do Planeta. Esta questão constitui um desafio à escola e aos professores na medida em que, apesar da preocupação com este tipo de problemas ter evoluído bastante nas últimas décadas, persiste ainda alguma falta de consciencialização por parte da população em geral. No entanto, as crianças demonstram, normalmente, alguma sensibilidade aos problemas ambientais, têm esperança, acreditam na mudança e na construção de um mundo melhor. Assim, as crianças mobilizarão, decerto, as outras camadas da população para a luta por uma vida em harmonia com a Natureza. O PCE, delineado por um horizonte de quatro anos, tem como principal finalidade a formação integral dos alunos, promovendo o desenvolvimento pessoal e social numa perspectiva cristã e eclesial para que possam desempenhar um papel activo e responsável na sociedade. Isto, no entanto, por si só não basta, porque o essencial é a criança crescer em harmonia e equilíbrio, tendo como suporte primordial a sua família e o meio envolvente.


Tendo em conta que o Projecto Curricular tem como objectivo o recurso a outras formas de aprendizagem e que as crianças as vivenciem, é necessário elaborar um plano concreto assente em objectivos pedagógicos bem definidos. Deste modo, o presente projecto começa por fazer uma análise da escola que somos, das suas características e do meio envolvente em que está inserida. Posteriormente, fundamentaremos o tema escolhido para este projecto, antes de enunciar os problemas sentidos na escola relativamente ao tema escolhido e com base na análise feita anteriormente. Para além disso, definiremos os objectivos que pretendemos atingir e as competências que pretendemos desenvolver nos nossos alunos. De seguida, apresentamos um Plano de Intervenção, em que delinearemos as actividades que pretendemos desenvolver com os alunos em cada área curricular e, devido à crescente importância das áreas disciplinares não curriculares, abordaremos cada uma delas de forma a integrá-las com as restantes áreas curriculares e, assim, ajudar a colmatar as dificuldades sentidas enquanto escola. A seguir, dedicaremos um capítulo à avaliação das aprendizagens dos alunos, no qual perspectivamos práticas de avaliação no sentido de co-responsabilizá-los e de auto-regular a sua aprendizagem. Por fim, e sentindo a necessidade de saber se as finalidades deste projecto foram ou não atingidas, definiremos a periodicidade e o modo com que este projecto será avaliado.


_ Contexto Sócio-Educativo O Externato Nossa Senhora da Apresentação fica situado na Rua José Relvas n.º1 em Agualva. Os alunos são na sua maioria provenientes das freguesias de MiraSintra, Belas, Queluz, Massamá, Agualva e Cacém. Este Externato identifica-se com a escola católica, apresentando um Projecto Educativo que proporciona uma opção cristã, tendo como entidade proprietária a Congregação das Irmãs Servas da Sagrada Família. Em relação à comunidade escolar, a população docente é composta por onze docentes titulares (cinco educadoras e sete professoras) e três docentes que apoiam as áreas de Expressão e Educação Físico-Motora e Expressão Musical. O Externato dispõe ainda de um professor de actividades de enriquecimento curricular (Inglês) e de actividades extra-curriculares (Dança). A população não docente é composta por 6 auxiliares de Acção Educativa (3 do Pré-Escolar e 3 do 1º Ciclo), 7 empregadas de limpeza, 2 funcionárias da cozinha e um jardineiro e motorista. No total existem cerca de 250 alunos, distribuídos por dois níveis de ensino: Pré-escolar e 1º Ciclo. Apesar deste Externato estar situado na freguesia de Agualva, cuja população é muito heterogénea do ponto de vista social, cultural e económico, os alunos que o frequentam apresentam características homogéneas a estes níveis. As principais actividades económicas desta região prendem-se com o comércio e serviços, pelo que determinam também a nossa população escolar. Deste modo, uma parte significativa dos nossos alunos provém de localidades limítrofes, devido a estas actividades económicas, mas também por algum prestígio que o nosso Externato tem vindo a adquirir ao longo da sua existência. No entanto, nos últimos anos verificou-se que algumas famílias entraram em ruptura económica devido ao aumento do desemprego verificado em todo o país, pelo que, consequentemente, tem vindo a constatar-se um progressivo decréscimo da nossa população escolar, acrescido da redução do índice da taxa de natalidade.


__________________________________________Fundamentação Teórica O desperdício e a extracção desmesurada de recursos naturais têm vindo a aumentar nas últimas décadas, fruto de um estilo de vida, de um desenvolvimento económico e de um consumismo desenfreado. Os progressos na ciência e tecnologia, se por um lado alimentam esperanças relativamente aos progressos na medicina, por exemplo,

por

outro,

estão

a

ser

utilizados

pelo

Homem,

de

uma

forma

contraproducente, se considerarmos os efeitos nefastos que causam no Planeta. A poluição das águas, a degradação e escassez de recursos naturais, a extinção de espécies animais e vegetais, e tantos outros problemas ambientais têm vindo a surgir e desenvolver-se, a uma velocidade crescente. Perante o contexto sumariamente descrito, é essencial agir, começando por consciencializar a humanidade para o perigo de ver esgotar recursos aparentemente banais como a água e o ar. A educação desempenha, com efeito, um papel primordial no desenvolvimento de novos padrões de comportamento de indivíduos, grupos e sociedades, na promoção de um desenvolvimento sustentável, e contribui para o desenvolvimento

da

capacidade

das

pessoas

equacionarem

ambiente

e

desenvolvimento. Deste modo, sensibilizar os alunos e professores para uma compreensão e participação

mais

consciente

e

esclarecida

na

sociedade,

questionando

comportamentos, atitudes e valores é fundamental. Torna-se urgente desencadear nas escolas uma política de informação e de sensibilização para despertar e mobilizar as responsabilidades individuais na melhoria da qualidade e preservação do ambiente. A Educação Ambiental deve então, ser abordada como área transversal, presente em todas as dimensões do currículo, a fim de se “construir uma consciencialização e um entendimento vivencial do ambiente, uma construção permanente do ser, sentir e agir, que apela não só à compreensão e correcta interpretação dos problemas ambientais, mas envolve também o desenvolvimento de valores e a elaboração de propostas alternativas orientadas para a tomada de decisões”. (Morgado, 2003) É evidente a urgência na mudança de comportamento para que os problemas relacionados com o meio ambiente possam ser, na medida do possível, superados ou pelo menos, não agravados. Para que estes comportamentos não se limitem ao espaço


escolar, é necessário que as pessoas compreendam o porquê dessa mudança. Com efeito, torna-se necessária “a adopção de valores baseados na compreensão da relação directa entre um comportamento e os seus resultados, entre os direitos e os deveres do cidadão em relação ao meio”.(Gomes, 1998) Deste modo, é fundamental que a Educação Ambiental cumpra, na escola, os seus objectivos e que, não se constitua como algo que ocorre durante um período escolar, mas que nela se enraíze porque ao falar de Educação Ambiental “estamos a falar de um exercício de cidadania e da resolução de problemas graves”. (Gomes, 1998) Os alunos deverão ter a oportunidade de contactar com situações próximas, da sua realidade e que envolvam a sua participação directa. Assim, as aprendizagens serão mais significativas, a clarificação de valores e a mudança de comportamentos, mais eficientes. Há que contribuir para a consciencialização da necessidade de construir um futuro pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento e progresso, baseado no equilíbrio entre o Homem e a Natureza, de forma a salvaguardar a dignidade, a qualidade e o desenvolvimento da vida do Homem e da sustentabilidade do Planeta. Efectivamente, muitas foram as modificações que ocorreram na sociedade e, consequentemente, na educação escolar. A Educação ambiental é uma área explicitamente presente nos currículos actuais. No Currículo Nacional do Ensino Básico-Competências Essenciais (2001) vem expresso, entre outros, como princípio e valor orientador do currículo “a construção de uma consciência ecológica conducente à valorização e preservação do património natural e cultural”. Ainda no mesmo documento é referida, no âmbito do Estudo do Meio, a seguinte competência: “analisa criticamente algumas manifestações de intervenção humana no meio e adopta um comportamento de defesa e conservação do património cultural próximo e de recuperação do equilíbrio ecológico” (Ministério da Educação, 2001) como uma das competências que os alunos devem ter desenvolvido no final do 1º Ciclo. Também na Lei de Bases do Sistema Educativo constam como objectivos gerais do Ensino Básico, entre outros, “proporcionar aos alunos experiências que favoreçam a maturidade cívica e sócio-afectiva, criando neles atitudes e hábitos positivos de relação e cooperação, quer no plano dos seus vínculos de família, quer no da intervenção consciente e responsável na realidade circundante” e “proporcionar a aquisição de


atitudes autónomas visando a formação de cidadãos civicamente responsáveis e democraticamente intervenientes na vida comunitária” (Ministério da Educação, 2004). A escola, cuja função primordial é preparar os seus alunos para a vida, necessita de estar inteiramente a par da realidade que a envolve. Se assim acontecer, teremos uma instituição vinculada à vida, que se questiona sobre o que está a acontecer e sobre o que se passa com cada um de nós e que reflecte ainda sobre os problemas que preocupam a comunidade, sobretudo os que se referem às dificuldades de convivência e de relação.


____________________________Problemática, Objectivos e Competências Como modelo educativo de escola, este Externato tem como finalidade o desenvolvimento da personalidade, isto é, a educação integral, numa visão cristã do mundo e da vida. Este modelo de educação baseia-se no princípio educativo da Madre Purificação, fundadora desta Congregação. Deste modo, o Externato orienta toda a actividade educativa com o propósito de despertar e estimular o desenvolvimento harmonioso da pessoa na sua tríplice dimensão: individual, social e religiosa. Para além deste aspecto é nosso desejo desenvolver um clima de cooperação e autonomia entre as crianças, proporcionando situações de aprendizagens significativas que despertem nas crianças o desejo de saber mais. No processo de ensino-aprendizagem é necessário que o professor promova um clima de aprendizagem, com situações que façam sentido às crianças de forma a envolvê-las e a mobilizar a sua zona de desenvolvimento próxima. Para que as crianças saibam cuidar do ambiente, temos, primeiro que tudo, que as ensinar a gostar dele. Não chega só manter a sala arrumada e cuidada, temos que transpor esses cuidados e valores também para o exterior. Pretendemos, através de várias actividades, que as crianças sejam um veículo transmissor dos valores para a família. Envolver pais e comunidade através das crianças e fomentar uma crescente mudança de atitudes perante o ambiente é necessário para que a sua qualidade de vida seja melhorada. Como cada um de nós é único, é preciso ter em conta que as crianças não têm os mesmos interesses, mas sim diferentes conhecimentos, onde estabelecem diferentes relações com o saber e com os modos de aprender. Assim, pretendemos promover a diferenciação pedagógica de uma forma inclusiva dando resposta às diferentes necessidades das crianças. Deste modo, e decorrente da análise realizada ao contexto sócio-educativo em que a escola se insere, pudemos constatar que os principais problemas que se nos levantam são:

- Falta da tomada de consciência e de sensibilização dos alunos e dos outros membros da comunidade escolar, relativamente aos problemas existentes no meio ambiente;


- Falta de aquisição de conhecimentos relativamente aos problemas do ambiente, à importância da humanidade e ao papel que desempenham; - Falta de motivação para a participação activa na protecção e melhoria da qualidade do

Ambiente; - Falta do sentido de responsabilidade e sentimento de urgência, que garantam a

tomada de medidas adequadas à resolução dos problemas do ambiente. Tendo por base os problemas detectados, foram definidos neste PCE os seguintes objectivos gerais: Na óptica do educador/professor:

- Proporcionar a aquisição de atitudes autónomas, visando a formação de cidadãos civicamente responsáveis e democraticamente intervenientes na vida comunitária; - Proporcionar aos alunos experiências que favoreçam a sua maturidade cívica e sócioafectiva, criando neles atitudes e hábitos positivos de relação e cooperação, quer no plano dos seus vínculos de família, quer no da intervenção consciente e responsável na realidade circundante; - Proporcionar, em liberdade de consciência, a aquisição de noções de educação cívica e moral; - Promover o desenvolvimento de atitudes e hábitos de trabalho autónomo e em grupo que favoreçam: - a realização de iniciativas individuais ou colectivas de interesse cívico ou social; - a análise e participação na discussão de problemas de interesse geral; Na óptica do aluno:

- Reflectir sobre valores, argumentando conscientemente em defesa dos seus e respeitando os dos outros; - Tomar consciência e responsabilizar-se pelo exercício da cidadania através do diálogo e da acção na escola e na sociedade, no presente e no futuro;


- Identificar problemas com que se deparam no seu quotidiano e experimentar formas de resolução, no que se refere nomeadamente aos novos desafios que se lhes colocam nas sociedades contemporâneas; - Utilizar os conhecimentos para a produção de mudanças na acção construindo e reconstruindo novas soluções. Após a definição de objectivos, consideramos que a operacionalização do projecto contribuirá para o desenvolvimento das seguintes competências gerais, específicas e transversais definidas no Currículo Nacional do Ensino Básico: Pré-Escolar Competências gerais

- Ajudar o educando a organizar a sua cultura segundo a mensagem da Salvação; - Ajudar a adquirir o conhecimento da Vida, do Homem e de Deus de forma harmoniosa; - Promover Os seguintes valores formativos: a Verdade, a Liberdade, a Amizade, a Solidariedade e a Tolerância; - Facilitar a articulação horizontal dos conteúdos de ensino e a integração dos saberes; - Adequar as estratégias do ensino às características, motivações e interesses de cada criança; - Incentivar o envolvimento dos Encarregados de Educação no percurso escolar dos seus educandos; - Alargar o conhecimento sobre a Natureza e o Mundo que nos rodeia; - Sensibilizar para a descoberta, preservação e protecção do Meio Ambiente; - Fomentar o respeito pelo ambiente e pela vida; - Sensibilizar as crianças para o papel que o Ambiente ocupa na nossa vida e a sua preservação; - Sensibilizar as crianças para a importância dos Seres Vivos no Planeta Terra; - Contribuir para a construção de um Mundo melhor;


Competências específicas Área de formação pessoal e social

- Aquisição de hábitos relacionados com o meio ambiente; - Criar uma sensibilização que desperte a curiosidade e o desejo de aprender; - Respeitar o Ambiente e os Seres Vivos num espírito de solidariedade e compreensão; Área de Expressão e Comunicação

- Permitir um ambiente de comunicação em que a linguagem da Educadora constitua um modelo para a intervenção e a aprendizagem das crianças; - Escutar cada criança valorizando a sua contribuição oral; - Dar oportunidade às crianças de contactarem com diferentes tipos de texto de apoio ao tema; - Interpretar imagens como forma de comunicação; - Iniciar-se na linguagem escrita através de jogos e exercícios propostos e adequados à sua idade; - Estimular a observação de forma a promover a atenção e a concentração; Área do Conhecimento do Mundo

- Despertar o gosto pelo saber e a curiosidade pelo mundo que a rodeia; - Conhecer os perigos causados pela poluição do meio ambiente; - Descobrir formas de melhorar a vida na Terra; - Sensibilizar para os gastos excessivos da água; - Adquirir hábitos de vida saudáveis;

- Ser agente transformador e interventivo no mundo; - Adoptar comportamentos de prevenção do risco como forma de promover a segurança, a saúde e a vida no Planeta; Autonomia

- Concretizar tarefas de uma forma responsável e criativa; - Conhecer e cumprir as regras da sala; - Saber expressar os seus sentimentos de uma forma harmoniosa;


1º Ciclo Competências gerais:

- Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano; - Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento mobilizável; - Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões; - Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa; - Cooperar com os outros em tarefas e projectos comuns. Competências específicas:

Língua Portuguesa Compreensão do oral Expressão oral

Leitura Expressão escrita Conhecimento explícito

“Capacidade de extrair e reter a informação essencial de discursos” “Capacidade de se exprimir de forma confiante, clara e audível, com adequação ao contexto e ao objectivo comunicativo” “Conhecimento de vocabulário diversificado e de estruturas sintácticas de complexidade crescente” “Capacidade para decifrar de forma automática cadeias grafemáticas para localizar informação em material escrito e para apreender o significado global de um texto curto” “Capacidade para produzir textos escritos com diferentes objectivos comunicativos” “Conhecimento de técnicas básicas de organização textual” “Capacidade de usar o conhecimento da Língua como instrumento na aprendizagem da leitura e da escrita”

Números e Cálculo

Matemática “Aptidão para dar sentido a problemas numéricos e para reconhecer as operações que são necessárias à sua resolução, assim como para explicar os métodos de raciocínio que foram usados” “Predisposição para procurar e explorar padrões numéricos em situações matemáticas e não matemáticas e o gosto por investigar relações numéricas” “Aptidão para efectuar cálculos mentalmente, com os algoritmos de papel e lápis ou usando a calculadora, bem como para decidir qual dos métodos é apropriado à situação” “Reconhecimento e utilização de diferentes formas de representação dos elementos dos conjuntos numéricos, assim como das propriedades nesses


Geometria

conjuntos” “Reconhecimento de formas geométricas simples, bem como a aptidão para descrever figuras geométricas e para completar e inventar padrões” “Aptidão para realizar construções geométricas simples, assim como para identificar propriedades de figuras geométricas”

“Reconhecimento de semelhanças e diferenças entre lugares, tendo em conta as diversas formas de ocupação e uso da superfície terrestre.” “Reconhecimento da existência de semelhanças e diferenças entre seres vivos, entre rochas e entre solos e da necessidade da sua classificação.” “Observação directa dos aspectos naturais e humanos do meio e realização de actividades práticas e trabalho de campo no meio envolvente à escola.” “Reconhecimento da importância da ciência e da tecnologia na observação de fenómenos.” “Reconhecimento da utilização dos recursos nas diversas actividades humanas e como os desequilíbrios podem levar ao seu esgotamento, à extinção das espécies e à destruição do ambiente.” “Participação na discussão sobre a importância de procurar soluções individuais e colectivas visando a qualidade de vida.” “Reconhecimento das actividades humanas – primárias, secundária e terciárias – como fontes de recursos para a satisfação das necessidades básicas do ser humano e para a melhoria da sua qualidade de vida, recorrendo à observação directa e indirecta de vários tipos de actividades económicas.” “Realização de actividades experimentais simples para a identificação de algumas propriedades dos materiais, relacionando-os com as suas aplicações.” “Reconhecimento de que a sobrevivência e o bem-estar humano dependem de hábitos individuais de alimentação equilibrada, de higiene, de actividade física e de regras de segurança e prevenção.” “Localização relativa dos elementos naturais e humanos da paisagem, utilizando a posição do observador como elemento de referencia, bem como os rumos da rosa-dos-ventos ”

“Reconhecimento da utilização dos recursos nas diversas actividades humanas.” da Terra

Sustentabilidade

Dinamismo das inter-relações entre o natural e o social

Conhecimento do ambiente natural e social

Estudo do Meio

“Reconhecimento do papel desempenhado pela indústria na obtenção e transformação dos recursos.” “Reconhecimento que os desequilíbrios podem levar ao esgotamento dos recursos, à extinção das espécies e à destruição do ambiente.”

melhor

Viver

“Identificação dos processos vitais comuns a seres vivos dependentes do funcionamento de sistemas orgânicos.” “Discussão sobre a importância de procurar soluções individuais e colectivas visando a qualidade


de vida.”

Expressão Plástica Comunicação visual Elementos da forma

“Experimentar a leitura de formas visuais em diversos contextos – pintura, cartaz, banda desenhada” “Ilustrar visualmente temas e situações” “Reconhecer o seu corpo e explorar a representação da figura humana” “Perceber que a mistura das cores gera novas cores”

Expressão Dramática “Relacionar-se e comunicar com os outros” “Explorar, individual e colectivamente, diferentes níveis e direcções no espaço” “Orientar-se no espaço através de referências visuais, auditivas e tácteis”

Expressão Musical Cantar em conjunto com afinação progressiva Explorar ritmos corporais e em objectos sonoros Reagir a estímulos musicais variados

Expressão e Educação Físico-Motora “Elevar o nível funcional das capacidades funcionais condicionais e coordenativas da resistência geral, da velocidade de reacção simples e complexa, de execução das acções motoras básicas e de deslocamento, da flexibilidade, do controlo da postura, do equilíbrio dinâmico em situação de voo, de aceleração e de apoio instável e/ou limitado, de controlo, de orientação espacial, do ritmo e da agilidade” “Cooperar com os companheiros no jogos e exercícios, compreendendo e aplicando as regras cominadas na turma, bem como os princípios de cordialidade e respeito na relação com os colegas e professor”


Competências transversais Métodos de estudo e de trabalho - Participar nas actividades e aprendizagens individuais e colectivas, respeitando as normas estabelecidas; - Conhecer diversas formas de estudo e adaptá-las às suas necessidades e às do grupo; - Identificar dificuldades; - Estabelecer dificuldades; - Expressar a sua opinião ou a do grupo. Tratamento da informação - Pesquisar e organizar a informação em função de unidades temáticas e de tarefas orientadas; Comunicação - Usar diferentes formas de comunicação em função verbal de forma correcta, adequando o código linguístico às situações; - Ser capaz de enriquecer a comunicação expressa com formas de comunicação alternativas. Estratégias cognitivas - Identificar situações problemáticas; - Escolher as estratégias de resposta às situações problemáticas; - Aplicar as estratégias de resposta às situações problemáticas; - Explicar as estratégias de resposta e propor outras estratégias alternativas; Relacionamento interpessoal e de grupo - Conhecer regras, critérios e normas de conduta de boas praticas de intervenção social; - Actuar segundo regras, critérios e normas de conduta; - Respeitar o outro e a sua actividade; - Respeitar o regulamento do colégio;


- Respeitar o código de conduta da turma; - Participar na vida cívica de forma critica e responsável; - Cooperar na vida cívica; - Aumentar o bem-estar e a auto-confiança nos diversos níveis de desempenho. No que diz respeito aos objectivos específicos das áreas curriculares disciplinares e não disciplinares, optámos por enunciá-los no plano de intervenção (definido posteriormente) em conformidade com as actividades propostas para cada ano lectivo.


____________________________________________Plano de Intervenção A escolha de um projecto em torno da preservação do ambiente advém por um lado, da actual e generalizada preocupação com questões ambientais, e por outro, do facto de acreditar que as crianças, assumindo atitudes de preservação do ambiente, são elementos fundamentais na promoção de uma mudança de comportamentos e atitudes na população em geral. Com este projecto visamos sensibilizar os alunos para a gravidade dos problemas ambientais, consciencializá-los da sua responsabilidade e da importância da sua participação activa na resolução dos mesmos. Para que a sua aprendizagem seja funcional e significativa, pretendemos que reflictam, analisem sobre situações reais e concretas do meio próximo. E que esta reflexão permita, a posteriori uma tomada de posição/decisão autónoma, responsável e esclarecida (valores, atitudes, opiniões…) que conduza à adopção de comportamentos e medidas de intervenção no âmbito do respeito e preservação do ambiente. O projecto incide na área de Educação Ambiental e tem por base conteúdos e objectivos a desenvolver numa perspectiva transversal, integrando quer as diferentes áreas do currículo, quer os novos saberes, com saberes prévios e pessoais dos alunos. Assim, tencionamos que o resultado não seja um conjunto de experiências compartimentadas e desprovidas de sentido, mas um conjunto de saberes que permitam aos alunos uma visão global e uma mudança efectiva de comportamentos. Pensamos que, criando esta dinâmica, será mais fácil para os alunos desenvolver aprendizagens significativas e para o professor promover o cruzamento entre as várias áreas curriculares, fomentando-se o desenvolvimento de uma visão mais flexível do mundo. Também pensamos que se torna mais fácil definir subtemas, um para cada ano de escolaridade, como mostra o quadro seguinte.


Pré-Escolar

“Amar a Vida, Servir a Terra: O Ambiente nas nossas mãos” 3 anos 4 anos 5 anos O Ambiente O Ambiente O Ambiente nas nossas nas nossas nas nossas mãos: mãos: mãos: Somos A vida na O nosso amigos da Terra Planeta Natureza Azul

1º Ciclo “Amar a Vida, Servir a Terra: O Ambiente nas nossas mãos” 1º ano 2º ano 3º ano O Ambiente O Ambiente O Ambiente nas nossas nas nossas nas nossas mãos: mãos: mãos: Vou Os animais As plantas reciclar no Ambiente no Ambiente

4º ano O Ambiente nas nossas mãos: O Homem e o Ambiente



_____________________________Avaliação das Aprendizagens dos Alunos Sendo que avaliar é recolher informações de forma sistemática e segundo determinados critérios, sobre as quais se possa formular juízos de valor que facilitem a tomada de decisões, a avaliação das aprendizagens tem como função, segundo Zabala (1998), por um lado, classificar, hierarquizar e comparar e, por outro, fazer progredir cada aluno na aprendizagem (função reguladora, pois o professor regula todo o processo de aprendizagem de cada aluno, fazendo desenvolver as suas capacidades até ao máximo). Tendo por base a avaliação reguladora, pretendemos avaliar as aprendizagens realizadas pelos alunos no decorrer do projecto, visto que, tal como defende Zabala (1998), deveria ser esta a função da avaliação mais usual nas escolas do 1º Ciclo. Segundo o autor, este modo de avaliação não pretende seleccionar os mais aptos, uma vez que se parte do princípio de que todos os alunos são diferentes, sendo que é o ensino que deve ser adaptado às diferenças dos alunos. Pretendemos, deste modo, privilegiar a função reguladora da aprendizagem, já que a avaliação deve ser encarada como um processo e não como algo estático, de análise dos resultados através de momentos pontuais. A par desta avaliação visamos criar momentos de auto-avaliação de modo a que, progressivamente, cada criança tome consciência do que está a aprender e de modo a poder regular o seu próprio processo de aprendizagem. Para que a avaliação seja realizada com sucesso explicaremos, com clareza, e discutiremos com os alunos os critérios que terão de se ter em conta. Concluindo, o nosso papel será, por um lado, avaliar o processo de aprendizagem de cada aluno, e por outro ajudar os alunos a conhecerem e intervirem no seu próprio processo.


___

Avaliação do projecto

Através da avaliação do projecto procuraremos perceber se as propostas que apresentamos aos alunos se constituem como meios eficazes para o alcance dos objectivos a que nos propusemos que apontam para o desenvolvimento de atitudes, conhecimentos e capacidades. A avaliação do projecto e dos objectivos que definimos resultará, portanto, da nossa leitura interpretativa de todas as informações relativas à aprendizagem dos alunos. Assim, construiremos instrumentos que serão objecto de análise quantitativa e qualitativa relativa aos progressos feitos pelos alunos nos domínios por nós considerados nos objectivos do projecto. Esta avaliação decorrerá em dois momentos distintos, uma vez que pretendemos que acompanhe todo o processo de intervenção, no sentido de reorientá-lo caso se afigure necessário. Nesse sentido, os momentos previstos para essa avaliação serão no Carnaval e no final do ano lectivo. A avaliação decorrerá da análise dos registos efectuados, da qualidade dos produtos dos alunos, do balanço entre a primeira avaliação e a avaliação final e da nossa reflexão conjunta a propósito dos aspectos positivos e negativos relativamente às propostas apresentadas.


Referências Bibliográficas Abrantes, P. (coord.) (2001). Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências

Essenciais. Lisboa: Ministério da Educação Departamento do Ensino Básico (2001). Organização Curricular e Programas - 1º Ciclo

do Ensino Básico. Mem-Martins: Ministério da Educação Departamento da Educação Básica (2004). Organização Curricular e Programas – 1º

Ciclo do Ensino Básico. Lisboa: Ministério da Educação – DEB. Zabala, A. (1998). A Prática Educativa, Como Ensinar. Porto Alegre: Artimed Gomes, Valter (1998) A consciência ecológica dos portugueses - entrevista para Jornal

"a Página" Nº 71. Morgado, Fernando (2003). Concertar estratégias para um mundo mais verde Entrevista com Fernando Morgado (investigador da Universidade de Aveiro)- Jornal “a

Página” nº. 124, pp.58.


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