Expo Magazine #5 - Maio 2019

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MAIO|2019 #05 Guiabolso Thiago Alvarez, CEO do Guiabolso, conta como foi a idealização do aplicativo financeiro Tecnologia Startups e grandes empresas usam a tecnologia como oportunidade para alavancar negócios Eventos Empresas do agronegócio mostram potencial no mercado de eventos

Conheça a magia da Cidade Vermelha




Sumรกrio

Empreendedorismo Marketing Entrevista Turismo Gastronomia Negรณcios Tecnologia Eventos Agenda Acontece no Expo


6 Jovens, empreendedores e vencedores

12 As novas profissões do marketing digital

18 “O dinheiro (e as decisões do que fazer com ele) está na rotina das pessoas”

24 Marrakech: a magia da Cidade Vermelha

34 Um pedaço da França em Campinas

36 Setores público e privado se unem para alavancar o turismo da região

38 Empreendendo em bytes

44 Eventos como estratégia para alavancar o agronegócio

48 Saiba quais são os próximos eventos do Expo D. Pedro

54 Fique por dentro dos eventos que acontecem no Expo D. Pedro


Editorial Caro leitor, É com grande prazer que apresentamos a 5ª edição da Expo Magazine. A cada nova edição consolidamos o projeto de entregar ao público que frequenta o Expo D. Pedro e aos nossos clientes algo que vá além da experiência de eventos, com um conteúdo interessante, de qualidade e que permita que o leitor possa viajar para lugares distintos e conhecer novas e diferentes possibilidades, sejam elas no mundo dos negócios, da gastronomia, do empreendedorismo, do turismo ou de eventos. A nova Expo Magazine conta com a participação do CEO do inovador app Guiabolso, Thiago Alvarez, te convida a um passeio pela Medina de Marrakech, fala sobre jovens empreendedores e o apetite com que têm buscado espaço no mercado e como os e-commerces mudaram o modelo de negócio no varejo.

Expediente: PUBLICAÇÃO SEMESTRAL Av. Guilherme Campos, 500, Bloco II (Anexo ao Parque D. Pedro Shopping) Campinas – SP CEP: 13087-901 | Tel: 19 3112 4700 REDAÇÃO Edição Beatriz Steck

beatriz.steck@expodpedro.com.br

Reportagem Gabriella Ramos gabriella.ramos@expodpedro.com.br

Projeto gráfico e diagramação Rodrigo Andrade – Grafo Estúdio Direção rICARDO Monteiro Anúncios Angelica Paula angelica.paula@expodpedro.com.br

Impressão GRUPO SANTA EDWIGES Tiragem: 5.000 exemplares

Somos um Centro de Convenções e Exposições, por isso, eventos não poderiam deixar de ser o ar que respiramos. Nessa edição tratamos da importância dos setores público e privado caminharem lado a lado quando se trata da atração e desburocratização dos eventos na região de Campinas e destrinchamos o universo das feiras e congressos do agronegócio. Na sessão “Acontece” você fica por dentro das novidades dos eventos que aconteceram nos últimos meses no Expo D. Pedro, e pode conferir o que vem por aí na nossa agenda de eventos. Além disso, gostaríamos de ressaltar a importância do ano de 2019 para o Expo D. Pedro. Completamos cinco anos de operação, passamos, nessa trajetória, por mudanças e reestruturações com resiliência e continuamos a engajar nossa equipe na busca incessante por transformar as ideias de nossos clientes em experiências incríveis para todos que recebemos aqui. Agradecemos a confiança e esperamos que tenham uma ótima leitura, Equipe Expo D. Pedro

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Empreendedorismo

JOVENS, EMPREENDEDORES E VENCEDORES Conheça a história de jovens que transformam boas ideias em empresas inovadoras Por Gabriella Ramos

“Empreender é acreditar em um sonho e fazer com que mais pessoas acreditem nele, transformar uma ideia em uma prática e insistir sempre”. Essa é a crença de André Campelo, 33 anos, CEO e cofundador da Dentro da História. Analista de sistemas por formação, André também é apaixonado por tecnologia e internet – paixão que ajudou a trilhar seu caminho de sucesso. Junto com o Flávio Aguiar, cofundador do Dentro da História, Campelo também fundou o Widbook, uma rede social de escrita colaborativa. “Conquistamos 200 mil usuários e 60 mil livros escritos. Apesar desse sucesso de demanda, não conseguimos provar o modelo de negócio da empresa, e decidimos usar a experiência que acumulamos na Widbook em uma nova empreitada”. André conta que o momento de virada aconteceu quando uniram tecnologia, educação e crianças. “Sou pai da Letícia, que hoje tem seis anos, e também foi fonte de inspiração para essa nova jornada. Eu e Flávio já tínhamos imaginado criar uma extensão do Widbook Kids com quadrinhos e

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desenhos para que as crianças fossem estimuladas a interagir com as histórias. Então, surgiu a ideia: e se colocássemos as crianças como protagonistas da história ao lado dos seus personagens favoritos?”. E assim nasceu a Dentro da História, uma plataforma digital que permite à criança criar o seu próprio avatar, versão desenhada de si mesma. Ela se torna personagem principal das histórias junto de personalidades conhecidas do universo infantil, como Galinha Pintadinha, Patrulha Canina e Turma da Mônica. Maurício de Sousa acreditou no projeto e teve um papel fundamental no lançamento da Dentro da História, realizado na Bienal do Livro de São Paulo, para um público de mais de 800 mil pessoas. O lançamento aconteceu no estande “A Fantástica Fábrica de Sonhos”, com a Maurício de Sousa Produções. “Foram mais de 15 mil personalizações feitas na hora pelo público, que usava nossos totens para criar seus personagens e se colocar nas histórias. Chamamos a atenção da imprensa, e o tráfego em nossa plataforma online disparou”, conta. “Nosso faturamento atingiu 12 milhões de reais em 2018, o dobro de 2017. No mesmo ano, vendemos 150 mil livros”, relata André. A meta dos empreendedores é chegar a um milhão de crianças impactadas pela empresa. Além disso, começaram também a primeira expansão internacional da Dentro da História, para a Espanha.

Aposta na mobilidade Enquanto André Campelo encontrou a oportunidade de empreender no mercado editorial, Renato Freitas, fundador da 99 e da Yellow, apostou na mobilidade. “Em 2012, eu e Ariel Lambrecht fundamos a 99, junto com o Paulo Veras. A ideia veio de uma inspiração que o Ariel teve ao visitar a Alemanha”, relembra. “Depois de vendermos a 99 para a Didi fundamos a Yellow, porque queríamos resolver os problemas de mobilidade que os carros não resolvem”.

André Campelo, Diego Aguiar e Felipe Paniago, idealizadores da Dentro da História (Foto Divulgação)

Com a venda do aplicativo de transporte 99 para a Didi Chuxing, ele se transformou no primeiro unicórnio brasileiro, avaliado em US$ 1 bilhão. Para Freitas, essa conquista trouxe a sensação de missão cumprida. “A gente não imaginava isso quando começou. Acho que o termo unicórnio nem existia quando começamos. Nosso empenho sempre foi para melhorar a vida do maior número de pessoas possível, e conseguimos isso, com milhões de pessoas se transportando pelo nosso app, e centenas de milhares de motoristas ganhando dinheiro dirigindo”.

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Empreendedorismo A vontade de crescer, no entanto, era incessante. Prontos para encarar novos desafios, Freitas, Lambrecht e Veras embarcaram na Yellow, sua nova empreitada. A startup tem como proposta o aluguel de bicicletas e patinetes elétricos por aplicativo, usando um modelo dockless, ou seja, sem estação fixa. É possível encontrar as bicicletas e os patinetes parados em parques e calçadas. Para Freitas, a 99 e a Yellow só prosperam graças à existência de motivação e propósito dentro das equipes. “Na 99 e na Yellow, o foco em contratar as melhores pessoas era muito grande, além de fazer as pessoas ganharem mais responsabiRenato Freitas, fundador da 99 e da Yellow (Foto Divulgação)

lidade com base no mérito”, conta. “Quando decidi começar a Yellow, um número grande de pessoas da 99 veio me procurar pra trabalhar comigo. O fato de as pessoas gostarem de trabalhar ao meu lado e quererem construir comigo meus próximos sonhos fez com que eu me sentisse muito orgulhoso”. Renato defende o empreendedorismo como a melhor forma de mudar o mundo, por meio da criação de empregos ou resolvendo os grandes problemas da população. “A economia se beneficia quando tem mais gente ganhando dinheiro, quando tem opções mais baratas, quando as pessoas ganham tempo, e até quando têm mais opções de lazer”, pontua. “Eu passei por muitos desafios em quase todas as áreas: financeira, gestão, planejamento, marketing, tecnologia… A lista é grande. Mas fui atrás das soluções e não sosseguei enquanto não via o problema resolvido. Ter uma missão pela qual você seja apaixonado ajuda muito nisso também”.

Novos empreendedores O impacto da atuação de jovens empreendedores como André Campelo e Renato Freitas na economia deve crescer nos próximos anos. A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2018 mostrou um crescimento do público jovem (18 a 24 anos) entre os novos empreendedores. “Apesar de ser a faixa com menor taxa de empreendedorismo estabelecido, os jovens de 18 aos 24 anos (5,7%) representam cerca de 1,5 milhões de pessoas que empreendem e que conseguiram manter seu negócio 8

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em funcionamento por mais de três anos e meio”, comenta Cíntia Maretto, consultora do SEBRAE-SP. O comportamento da juventude está mudando, ocasionando um aumento constante dessa taxa e o crescimento do empreendedorismo por oportunidade. “Muitos não sonham mais com o carro próprio como ocorria no passado. A internet é vitrine para iniciativas que acabam virando negócios e o ambiente de economia colaborativa, que incentiva o empreendedorismo”, explica Cíntia. Essa mudança de mindset pode ser explicada, entre outros fatores, pela dificuldade do jovem de se inserir no mercado de trabalho, o que muitas vezes acontece devido à falta de postos disponíveis e também à pouca experiência. “Em sua maioria, os jovens empreendedores do país são inovadores, possuem um propósito e buscam a auto realização, além de independência financeira e horário flexível”, revela Maretto. A pesquisa GEM revela ainda que os empreendedores com diploma superior tiveram um aumento, passando de 6% para 9,7%. “A participação dos empreendedores iniciais que ganharam três ou mais salários mínimos subiu de 24% (2017) para 29,5% em 2018. Cerca de 37% dos estudantes de faculdades de ponta miram carreiras em startups, sendo que 21,3% querem ter a sua própria (pesquisa realizada pela startup Spry em encomenda realizada pelo fundo de investimentos Canary, que tem entre seus apoiadores Mike Krieger, do Instagram, e David Vélez, do Nubank)”, completa Cíntia Maretto.

Cíntia Maretto, consultora do SEBRAE-SP (Foto Divulgação)

Tecnologia: caminho para o sucesso Muitos jovens têm tirado seus sonhos do papel e transformado ideias em empresas de sucesso, grande parte com o auxílio da tecnologia. Sérgio Costa, Guilherme Rogieri e Thiago Rodines são os empreendedores por trás da Wide Software, e também do primeiro produto lançado pela empresa, o WSpot. “O WSpot foi o primeiro produto da Wide e foi uma oportunidade de mercado que enxergamos em 2013, quando eu tinha contato com fabricantes de equipamentos Wi-Fi e todos eles demonstravam uma dor que o mercado tinha e eles não conseguiam 9


Empreendedorismo atender: oferecer Wi-Fi através de um auto cadastro”, conta Thiago. O grupo foi pioneiro no Brasil, além de ter passado por uma coincidência positiva em 2014, quando foi sancionado o Marco Civil da Internet, obrigando estabelecimentos que oferecessem Wi-Fi a registrar os dados de quem estava acessando e armazená-los por 12 meses.

Coragem para sonhar

Camila Florentino, ao centro, Patricia Cella, à esquerda, e Monna Santos, à direita, fundadoras da Celebrar (Foto Divulgação)

Camila Florentino, atualmente com 29 anos, fez em 2013 estudos acadêmicos na USP sobre como a tecnologia poderia aumentar a eficiência do mercado de serviços para eventos na cidade de São Paulo, reduzindo assimetria de mercado. “A complexidade na compra e venda de serviços para eventos me provocou tanto que em 2015, fundei a Celebrar com duas mulheres incríveis: A Monna, mestre em Ciências da

Thiago Rodines, Guilherme Rogieri e Sérgio Costa, criadores do WSpot (Foto Divulgação)

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Computação pelo IME USP e desenvolvedora fullstack, e a Patrícia, produtora de eventos com experiência em Costumer Success nos Parques da Disney e no SP Convention Bureau”, conta. O objetivo da plataforma é conectar uma comunidade de profissionais de serviços para eventos com variadas demandas, de diferentes organizadores - aumentando a eficiência de mercado. Camila confessa que, apesar de sentir orgulho do seu trabalho todos os dias, sentiu-se muito feliz por suas realizações em uma ocasião especial. “Um dia notamos que, dos mais de R$ 2 milhões de reais transacionados pela plataforma Celebrar, 75% foi vendido por profissionais de eventos residentes das periferias de São Paulo. Nesse momento eu percebi que mudar o mundo não era apenas um sonho meu, é algo real e que pode ser escalável”. A vontade de mudar o mundo também foi força motriz de Luiz Renato Mattos, de 26 anos. Depois de entrar na faculdade, Luiz começou a sentir na pele os problemas de mobilidade urbana que cercavam o transporte público em São Paulo. Foi então que nasceu a OnBoard Mobility, que possibilita a recarga de crédito de passagens de transporte pelo aplicativo, disponível para celulares Android e iOS. Além disso, a startup criou um chatbot de recargas, recurso totalmente inédito mundialmente.


Não faltam conquistas para a OnBoard Mobility celebrar, já que a startup recebeu diversos prêmios no país, a maioria relacionada à inovação e cidades inteligentes. “Fico feliz por ter criado, junto com o meu time, uma solução pioneira para o maior sistema de transporte público sob pneus do mundo e que já impactou a vida de milhares de pessoas”, diz Mattos. Já Otávio Dutra, 29 anos e CEO da Partyou, encontrou sua oportunidade de empreender no universo das fintechs. “Nosso objetivo é facilitar todas as transações no ambiente da universidade, aproveitando a rede entre alunos, negócios e entidades”, conta. “A plataforma funciona como um sistema de gestão financeira. Fornecemos máquinas de cartão e venda online para as entidades estudantis e integramos as informações de venda no sistema, para visualização fácil de quem cuida do financeiro, independente de experiência prévia com finanças”. A startup recentemente abriu a possibilidade de universitários investirem na empresa. A partir de uma campanha de equity crowdfunding, a Partyou captou 139 sócios das universidades em tempo recorde de cinco horas. Para o futuro, os planos são ainda mais ambiciosos. “Em 2019 lançaremos a conta digital, com o objetivo de crescermos e, em 2020,

criarmos um banco que é sinônimo de ser jovem, universitário e dono das próprias ações, que é o que acreditamos que todos são”.

Equipe Partyou (Foto Divulgação)

A disposição para assumir riscos está presente em todas as histórias de jovens empreendedores de sucesso, como reforça Guilherme Rogieri, da Wspot. “É preciso ter resiliência e aprender com os erros, além de saber lidar com os riscos e incertezas”. Luiz Renato Mattos, da OnBoard Mobility, concorda. “Minha dica para alguém que está disposto a assumir os riscos de empreender é: Seja ingênuo e curioso. A ingenuidade te faz acreditar que você é capaz, te levando mais longe e a curiosidade vai te guiar em algumas situações”.

Luiz Renato Mattos, da OnBoard Mobility (Foto Divulgação)

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Marketing

As novas profissões do

MARKETING DIGITAL Na era da transformação digital, novas oportunidades de carreira aquecem o mercado de trabalho Por Gabriella Ramos

Assim como muitas profissões antigas acabaram adquirindo novas funções e até mesmo mudando de nomenclatura, novos cargos e competências repaginaram o mercado de trabalho para o profissional de Marketing. “Hoje em dia existe alguém para cuidar de uma comunidade digital, e isso não existia há 10 anos. É algo totalmente novo. Digital influencer, por exemplo, também é uma profissão”, comenta André Kadow, professor universitário, pesquisador, palestrante e consultor em inovação. “Muitas dessas profissões vieram com startups e acho que alguns cargos ainda devem surgir, como os que misturam marketing e tecnologia. Isso só é possível porque o setor requer uma especialização”. 12

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Mas, ao mesmo tempo em que a especialização é um fator importante para se destacar no marketing digital, competências como a curiosidade continuam sendo requisitadas. “O grande diferencial do profissional é ser curioso e pesquisar, porque chega uma hora em que tudo vira commodity. Muitas pessoas fazem ações no Facebook, mas poucas fazem direito. Facebook, Google e Twitter colocam coisas novas na rua todo mês. Se você não ficar atento, não vai conseguir oferecer para o seu cliente a melhor solução”.

Empreendendo na era digital A curiosidade é instintiva para as novas gerações, que cresceram rodeadas pela internet e pelas mídias digitais em geral. Foi assim que Laíze Damasceno, jornalista, empreendedora, criadora do Marketing de Gentileza e autora do livro homônimo, começou a trabalhar com marketing digital. “Eu sempre investi em desenvolvimento pessoal não só para acompanhar as transformações do

mercado, mas principalmente porque sempre fui curiosa e interessada. Gosto de aprender a me virar sozinha, estudar e aplicar na prática”, conta. Para ela, as bases do marketing são as mesmas, mas o que mudou - e vai continuar mudando - são os canais, os meios, as ferramentas e o comportamento de consumo das pessoas. Em 2016 ela desenvolveu um método de trabalho com cinco passos a serem implementados em negócios que querem ter marcas humanizadas, para assim conquistarem a confiança das pessoas no mundo digital. “Em síntese, o Marketing de Gentileza nasceu da minha insatisfação com as relações de mercado. Acredito que marketing não é apenas sobre marcas, serviços, produtos ou eventos. É sobre relações humanas”, relata. “Reputação de marca não se constrói com criatividade falsa, mas sim com autenticidade e integridade e com ações honestas de marketing e comunicação”.

André Kadow é professor da FACAMP e consultor em inovação

Por se tratar de um universo muito amplo, o marketing digital traz uma

Laíze Damasceno, autora do livro Marketing de Gentileza

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Marketing variedade de opções de atuação. “Existe o marketing de conteúdo, as métricas e análises de dados, Inbound Marketing, etc. Dentro desses campos existem as ferramentas digitais”, diz Laíze Damasceno. “Mesmo que você domine muitos assuntos e saiba fazer muitas coisas, posicione-se como especialista em uma área. Se você estiver precisando de um profissional para escrever artigos para o seu blog, quem vai chamar mais a sua atenção e te passar mais confiança num primeiro momento? O redator ou um consultor genérico de marketing digital? O redator, com certeza”.

Quem são eles? Apesar de a nomenclatura “growth hacker” ser uma novidade para Jana Ramos, atual Head of Growth Hacking da Growth Lovers, a profissão entrou em sua vida naturalmente. “Percebi que estava fazendo alguns experimentos de maneira intuitiva, alguns testes para aumentar as taxas de abertura e clique de e-mails ou as taxas de conversão de

Jana Ramos, Head of Growth Hacking na Growth Lovers

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uma página, por exemplo. Segui estudando e praticando para me tornar uma referência também”. Ramos define o growth hacker como a pessoa responsável por encontrar oportunidades de crescimento numa empresa, olhando desde a aquisição até a retenção de clientes. “De maneira data driven, enxergamos quais são os gargalos em marketing, vendas, produto, customer success, criamos hipóteses para resolver esses problemas, fazemos testes e replicamos os ganhos em escala. Ajudamos os times a priorizar o que será testado, a entender quais ações irão trazer maiores ganhos, quais métricas acompanhar e como implementar soluções criativas e enxutas para otimizar todo funil de growth da empresa”, conta. “É um universo muito inovador, instigante e apaixonante. Colocar as ideias e processos em prática, construir cases de sucesso, resolver problemas e proporcionar crescimento exponencial para as empresas é motivo de muitas realizações”, diz Jana. Ela, que realiza um trabalho de mentoria e tração em startups e empresas, tem como meta ajudar a formar apaixonados por growth hacking, deixar um legado, contribuir com as empresas e também com seus alunos. “É maravilhoso trabalhar com o que ama e acredita e ser bem remunerado por isso. Assim como é muito bom proporcionar crescimento para as empresas e pessoas, principalmente em capacitação e gestão de soft e hard skills”. Daniel Cobianchi, formado em Relações Públicas e Community Manager na weme, também mergulhou nesse novo universo e nele encontrou sua vocação. “Eu nunca imaginei que gostaria tanto de trabalhar com


isso. Durante a faculdade já se falava muito sobre o tema, mas confesso que eu não me interessava... Até eu descobrir o impacto do Marketing Digital na transformação do universo da Comunicação”. “Para mim, Community Manager é mais do que um cargo, é uma atitude de liderança. Mas, por definição, é um papel que cria e desenvolve comunidades online e off-line. Essas comunidades, na maioria das vezes, estão em torno de uma marca ou de uma causa” conta Cobianchi. Ele defende que, atualmente, é crucial que empresas invistam em suas próprias comunidades. “Cada dia mais, o que torna uma marca influente não é o seu tamanho, mas a sua comunidade. Por isso um bom trabalho na gestão dela é tão importante para os negócios, que podem ter seus clientes e parceiros como aliados e promotores de sua marca”. Assim como Cobianchi, Carolina Castro não imaginava que atuaria no marketing digital, mais especificamente como redatora UX. Formada em jornalismo, Carolina começou como community manager em uma agência de publicidade, e, em seguida, como redatora na Dafiti, onde teve seus primeiros contatos com a profissão. “Depois disso, entrei para a área de e-commerce do Grupo Boticário, onde era a redatora/UX Writer da equipe de criação e UX. Foi nessa experiência que tive mais contato com interface e estratégia de conteúdo para canais digitais”, diz Castro. Em sua percepção, apesar do nome UX Writer ser algo recente, já existem redatores especializados em plataformas digitais há muito tempo. “O que acontece é que, recentemente,

a área de tecnologia descobriu estes profissionais, trazendo mais reconhecimento para a função”. Por definição, o UX Writer é a pessoa responsável por criar uma comunicação clara, concisa e humanizada para produtos digitais. “Nós entendemos o problema que o usuário precisa resolver naquele momento específico da experiência e criamos textos que sejam simples de entender, ajudem o usuário a executar a ação que ele precisa, e tenha a personalidade da marca em questão” explica Carolina. “Conseguimos simplificar a experiência dos usuários nesses produtos digitais, excluindo passos extras com textos claros e bem escritos, que sanem qualquer dúvida do usuário e deixem a experiência mais fluida e satisfatória”. Tanto Carolina Castro quanto André Kadow defendem que, para sobreviver no mercado de marketing digital, é necessário ter entendimento sobre métricas e análise de dados. “É algo que o mercado pede cada vez mais e que profissionais de comunicação não costumam entender tanto”, conta Carolina. “Saber fazer análises é cada vez mais imprescindível. Apresentar resultados dos seus trabalhos traduzidos em números é algo muito valorizado nas empresas, e te ajuda a mostrar a relevância do seu trabalho. Profissionais que sabem fazer isso com certeza terão vantagens no dia a dia”.

Daniel Cobianchi é Community Manager e co-organizador do TEDxCampinas

Carolina Castro, jornalista e UX Writer

Para Kadow, dominar a análise de dados traz a possibilidade de apresentar resultados assertivos. “Ao fazer um anúncio na TV ou em uma revista, o número de pessoas atingidas é uma estimativa. Quando fazemos um anúncio no Google ou no Facebook, esse número se trata de uma afirmativa”. Carolina reforça ainda a necessidade 15


SAIBA QUEM VOCÊ ESTÁ AJUDANDO E COMO SUA DOAÇÃO É UTILIZADA.

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Fazer filantropia pode ser tão fácil e seguro como investir.

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Marketing

BA QUEM VOCÊ Á AJUDANDO OMO SUA DOAÇÃO TILIZADA.

filantropia pode ser tão fácil uro como investir.

de ser um profissional multifacetado nesse mercado. “Acho que nenhum curso de comunicação vai te formar para ser esse profissional do futuro, o segredo é ir se especializando e diversificando suas experiências, caso você ainda não tenha convicção de em que área deseja atuar. Assim, está pronto para as oportunidades que forem surgindo no caminho”. Jana Ramos também acredita na importância de ser um profissional full stack, que domine áreas diferentes e complementares. “É muito importante desenvolver habilidades de escrita e comunicação, independente de ser jornalista; a criatividade é importante independente da publicidade; não precisa ser engenheiro para dominar processos, dados e interpretações analíticas e estatísticas; é preciso ter conhecimento em design, CRO, UX, neuromarketing, vendas, sucesso do cliente, pois mesmo que não seja um especialista, é preciso ser capaz de coordenar e direcionar um time de especialistas. O profissional que estudar esses conceitos e se capacitar será muito demandado nos próximos anos”.

O Expo D. Pedro realiza sua responsabilidade social apoiando a nossa causa, sabendo que assim podemos multiplicar o impacto social. Nós e mais de 20.000 beneficiados agradecemos. Saiba mais em phomenta.com.br

P H O M E N TA

Auditoria Social | Gestão Filantrópica | Pro Bono

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Entrevista

“O DINHEIRO (E AS DECISÕES DO QUE FAZER COM ELE) ESTÁ NA ROTINA DAS PESSOAS” Por Beatriz Steck

Em menos de uma década Thiago Alvarez deixou uma carreira corporativa consolidada, se juntou ao colega Benjamin Gleason para seguirem o desejo de empreender e, juntos, fundaram o Guiabolso, já considerado uma das 100 fintechs mais inovadoras do mundo. O objetivo era resolver um relacionamento que já observavam há tempos que estava em crise: dos brasileiros com suas vidas financeiras. A ideia é oferecer ferramentas para que o usuário consiga entender, planejar e estabelecer metas para suas finanças. Além disso, o Guiabolso permite que as pessoas identifiquem pequenos gastos diários que fazem toda diferença na saúde financeira. Com transparência e informação é possível empoderar o consumidor e ajuda-lo a fazer decisões mais conscientes. Confira a entrevista com Thiago Alvarez, fundador e CEO do Guiabolso: 18

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Thiago Alvarez, fundador e CEO do Guiabolso

Como surgiu o projeto de criar o Guia Bolso? Você sempre teve vontade de ser um empreendedor? Por quê? O Guiabolso surgiu da vontade dos dois fundadores (eu e o Benjamin Gleason) de criar uma solução tecnológica que resolvesse um problema real das pessoas quando lidam com dinheiro: a falta de clareza de informações. Ao mesmo tempo, queríamos um negócio que tivesse um impacto social. Eu já havia trabalhado numa consultoria em projetos do setor financeiro e durante estes anos percebi que, além do problema de informação, os brasileiros não possuem acesso a produtos adequados e convenientes

para o bolso. Já o Benjamin trabalhou na mesma consultoria, onde eu o conheci, e foi diretor de um site de compras coletivas, tendo assim uma experiência forte no mundo digital. Nós dois já tínhamos atuado em ONGs e projetos sociais. O Guiabolso uniu esses 3 mundos uma vez que, com muita tecnologia, deu às pessoas um acesso a informações claras sobre as contas e produtos certos para o bolso delas e tem trazido melhorias para milhões de brasileiros.

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Entrevista

Thiago Alvarez e Benjamin Gleason, fundadores do Guiabolso

Uma das motivações apareceu enquanto você trabalhava em uma consultoria de observava que a população brasileira se endividava. Vocês tinham o propósito de incentivar a mudança desse cenário? Como achava que poderia seguir esse caminho? Os juros no Brasil são muito agressivos para parte da população. São várias as razões, mas acredito que uma delas passa pela falta de visibilidade das instituições sobre a vida financeira da pessoa. Ao unificar as informações num só lugar, o Guiabolso trouxe um

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novo modelo de análise de crédito. Fizemos uma pesquisa com pessoas que já tem um empréstimo contratado nos bancos tradicionais. Em 82% dos casos, conseguiríamos taxas menores na nossa plataforma devido a esta análise mais inteligente e personalizada. Em média, o juro fica três pontos porcentuais abaixo da taxa mensal cobrada no mercado. Trazendo mais inteligência e tecnologia pra essa análise de crédito acredito que impactamos e continuamos a impactar este mercado.

Quais foram os maiores desafios enfrentados no início da criação do app? Um dos desafios foi a formação do time, que até hoje acreditamos ser um diferencial na empresa. Ao criar


uma empresa tão disruptiva você precisa trazer pessoas que acreditem e não se afastem da missão original de melhorar a vida dos brasileiros e transformar o sistema financeiro. Outro desafio, quando partimos pro nosso primeiro produto de parceiros (o crédito pessoal), foi provar ao mercado que era possível fazer uma análise diferente de perfil de risco das pessoas e assim oferecer taxas mais baratas. A experiência do mercado também era muito offline, focada em agências físicas. O Guiabolso tem a experiência toda digital. Pontuaria como outro desafio ter feito essa transformação de processos e tecnologia dos parceiros de crédito.

Quantas pessoas hoje são impactadas pela inciativa?

Onde você se vê e vê a expansão do aplicativo nos próximos anos?

A falha é não ter visibilidade sobre o dinheiro. Poucas pessoas sabem quanto ganham de fato (geralmente lembram do salário sem os descontos obrigatórios). Menos ainda sabem quanto e onde gastam. Geralmente é uma surpresa para o usuário quando ele entra no app e vê a quantia gasta em restaurantes e Uber. Quando se pensa em finanças, a gente costuma lembrar de grandes projetos como a compra de uma casa, um casamento, uma viagem e tudo isso faz parte. Mas a grande diferença ocorre quando a pessoa passa a olhar mais as decisões diárias porque o dinheiro (e as decisões do que fazer com ele) está na rotina das pessoas.

Queremos aprofundar nossa inteligência artificial e assim entregar dados mais personalizados para as pessoas tomarem decisões. Além disso, vamos melhorar a parte de curadoria de produtos para trazer cada vez mais opções, para diferentes perfis. O plano é que a pessoa que já é investidora tenha acesso a bons produtos de investimento. Quem não é, mas já economiza, deveria ter na plataforma alguns produtos de entrada no mercado de investimento. Quem é endividado, ofertas baratas de crédito. Se a pessoa gasta muito com celular, poderia ver opções de plano melhores. E por aí vai. Cada usuário terá uma experiência e um Guiabolso na palma da mão.

Hoje, o app tem 5,3 milhões de pessoas.

Vocês conseguem observar uma melhora no endividamento desses usuários? Constantemente vemos melhoria das finanças das pessoas como um todo. Após um ano usando o app, aumenta em 62% o valor economizado nas contas (saldo) e as pessoas passam a investir 49% mais. No crédito, conseguimos taxas mais baratas em 82% dos casos.

Qual é no seu ponto de vista a principal falha dos brasileiros na hora de administrar o próprio dinheiro?

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Entrevista

Você acha que já conseguiu alcançar seu objetivo inicial com a criação do GuiaBolso ou está próximo disso? O Guiabolso tem duas frentes. A primeira é agregar informações de diferentes bancos e cartões e devolvê -las aos usuários de uma maneira clara. Nisso, eu diria que estamos em 80%. A segunda frente é usar cada vez mais a inteligência artificial para personalizar os insights que aparecem na aba Guia

e trazer mais bons produtos para a plataforma. Nessa frente estamos em 5%, ainda temos muito o que crescer.

Você sempre participou de projetos de impacto social. O que te motiva a isso? Fui diretor da ONG Alfabetização Solidária, de Ruth Cardoso, a maior iniciativa nacional na área educacional. Minha vontade sempre foi ajudar pessoas comuns a resolverem problemas reais. Parte da minha vida acabei atuando nesses projetos, mas depois veio a vontade de empreender e trazer um produto útil para a vida das pessoas.

Como é para você ver seu projeto entre as ΙΟΟ principais fintechs mais inovadoras do mundo? Você imaginava que isso aconteceria? Sempre foi um desejo ser reconhecido pela solução inovadora que trouxemos para o mercado, mas ainda hoje é uma surpresa quando olhamos lá pra trás de como tudo começou, bem menor do que é hoje. Sabíamos que a tecnologia do app é disruptiva, mas o crescimento da base de usuários veio rapidamente. Acima de tudo é muito bom ter acompanhado esses anos de evolução da empresa sempre alinhados com a missão inicial de melhorar a vida dos brasileiros.

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Turismo

a magia da Cidade Vermelha Por Beatriz Steck

Entre o frenético agito das ruas e a aura de paz e tranquilidade de dentro das casas e Riads, conhecer a cidade é como encontrar um mundo onde todas as regras são diferentes das que estamos habituados Quem escolhe se aventurar por Marrakech deve estar preparado para explorar o exótico, conhecer uma cultura diferente, relaxar e se surpreender com cada detalhe que a cidade tem a oferecer. A Cidade Vermelha, como é conhecida, mostra aos seus visitantes uma série de contrastes, encantos e até estranhamento, em alguns momentos.

Jemaa el-Fna, principal e mais célebre praça da cidade marroquina de Marrakech.

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Escolher bem o local onde se hospedar é o mais importante. A cidade é dividida entre a Medina (cidade antiga) e a Cidade Nova, mais conhecida como Guéliz. Para conhecer a cultura e entrar realmente no clima local, sem dúvidas ficar na Medina, cercada por 19km de muralhas vermelhas com nove portões principais de acesso, é a melhor opção. Na Medina todas as tradições se mantêm: carros não entram, as mulheres ainda andam cobertas – é claro que os marroquinos estão acostumados com turistas ocidentais vestidas de maneiras diferentes, mas se a sua viagem for no verão, procure evitar regatas e saias ou shorts mais curtos – e os homens usam kaftans. Além disso é lá que ficam os tradicionais Riads, antigos palacetes transformados em pequenos hotéis, e as principais atrações turísticas.

Uma caminhada pelas ruas indica o porquê de a cidade ser apelidada de Cidade Vermelha, são vielas que formam quase um labirinto, muros baixos e tons terrosos predominantes em todos os cantos. Pode parecer um pouco assustador, principalmente para quem chega à noite, mas não se preocupe porque é justamente esse o principal encanto da Medina: a oposição entre o exterior e interior. Ultrapassar as charmosas portas dos Riads dá a impressão de entrar por um portal que leva a ambientes ricos em cada detalhe, pátios ornamentados, piscinas relaxantes e decoração pensada minuciosamente. Se hospedar em um desses hotéis é como entrar em um mundo sereno e tranquilo, longe de toda a confusão da cidade.

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Turismo

O que fazer em Marrakech Jemaa el-Fna

Souks

O principal agito fica por conta da praça Jemaa el-Fna, lá é possível encontrar de tudo: centenas de pessoas aglomeradas, tatuagem de henna, leitura de mãos por ciganas, barracas de comidas e bebidas, homens cuspindo fogo, domadores de serpentes e macacos. Fique atento quando oferecerem para tirar fotos, nada é de graça por lá – algumas vezes chegam a pedir até 10€. O horário de pico é à noite, mas vale assistir ao pôr do sol em algum dos bares que oferecem vista para a praça, assim é possível observar sem estar tão próximo à bagunça curiosa e, ao mesmo tempo, um pouco assustadora do ambiente.

Quando se fala em Marrocos, automaticamente vem à imaginação mercados cheios de pessoas, nos quais vende-se e negocia-se de tudo, e a realidade é exatamente essa nos grandes mercados de Marrakech, chamados de Souks. Prepare-se para se perder em meio a tantas opções e produtos disponíveis, desde especiarias, lenços, roupas até itens de decoração. São tantas as opções que é normal se sentir desnorteado no meio do labirinto. Além disso, a cada passo dado na caminhada pelos Souks são várias abordagens de comerciantes ávidos por fazer negócio.

Loja de especiarias nos Souks

Para se localizar é importante saber que os Souks são organizados em diferentes seções de acordo com os produtos e níveis de produção de lixo e poluição. Roupas, acessórios e especiarias ficam mais ao centro da Medina e tintureiras, por exemplo, ficam fora da cidade. Negociar é fundamental em todas as lojas. Os comerciantes decidem os preços dos produtos de acordo com o pré-julgamento que fazem dos clientes, ou seja, nada tem preço fixo. O ideal é oferecer o preço bem mais baixo do que ele falou e fixar um limite. Caso o vendedor não aceite, vire as costas e saia andando, geralmente esse truque funciona e eles vêm atrás para não perder a venda.

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Deserto do Saara

Souks, mercado tradicional em Marrakech.

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Dicas importantes:

Os marroquinos levam bem a sério a questão da negociação, inclusive para se locomover. Não entre em um táxi sem antes negociar o preço. Diga onde vai e pergunte quanto fica. Deixar para saber o preço na hora de desembarcar pode ser uma surpresa terrível. Tome cuidado também com “guias” que oferecem ajuda para indicar onde fica um local na rua, chegando lá eles vão cobrar um valor que costuma ser bem alto, por isso recuse a ajuda ou negocie sempre! 27


Turismo Mesquita Kutubiya, maior mesquita e um dos monumentos mais representativos da cidade de Marrakech.

Construído no século XIX o Palais Bahia é uma construção de 8 mil metros quadrados. Ao todo são 150 cômodos e 40 deles estão abertos para visitação. Parte dele é usada para receber autoridades governamentais e também é moradia temporária da realeza.

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Mesquita Koutoubia Localizada na praça Jemaa el-Fna, a Mesquita Koutubia é o principal templo de Marrakech, mas apenas os praticantes da região islâmica podem entrar para orações. O minarete possui cerca de 70 metros de altura e ajuda os turistas a se localizarem na Medina. É de lá que saem os chamados para as rezas, que acontecem cinco vezes ao dia, todos os dias: no nascer do sol, ao meio dia, à tarde, no crepúsculo e à noite.

Os templos de Marrakech A antítese entre externo e interno fica explícita ao visitar a escola islâmica Medersa Ben Youssef, o Museu Dar Si Said e o Palais Bahia. Uma mistura impecável de cores e materiais trabalhados nos mínimos detalhes. Pisos em mármore italiano, paredes esculpidas em gesso e cedro que mais parecem um bordado e azulejos pintados à mão com cores vivas e harmoniosas. As pinturas no teto são um encanto a parte e valem alguns minutos de contemplação. Cada canto das construções é fotogênico, por isso prepare o celular.

A Medersa Ben Youssef era uma escola islâmica onde as crianças estudavam e memorizavam o Alcorão. Hoje é possível visitar os quartos e cômodos que abrigavam cerca de 800 estudantes. O ponto alto da visita é o pátio principal.

O Museu Dar Si Said é o mais antigo de Marrakech e conta com a maior coleção da cidade. Entre os objetos expostos estão roupas, mobiliários, objetos e instrumentos musicais.

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Dica importante:

para quem deseja aproveitar a praia e o clima, o ideal é visitar a Tailândia entre novembro e fevereiro, quando as temperaturas estão agradáveis e não chove tanto. 29


Turismo

O que fazer na cidade moderna? Como tudo em Marrakech o interno e o externo se diferem até quando se trata da divisão da cidade. Completamente diferente da cultura tradicional encontrada nas ruas da Medina, a Cidade Nova (Ville Nouvelle, em francês) apresenta traços mais europeus e ocidentais, principalmente no bairro de Guéliz, onde são encontradas as grandes redes de lojas como Zara e Mango, além de restaurantes badalados.

La Ville Nouvelle, Marrakech

A atração principal da parte de fora da Medina é o Jardin Majorelle, mais conhecido por ter sido a casa do estilista Yves Saint Laurent no Marrocos. O jardim foi idealizado pelo pintor francês Jacques Majorelle, em 1924, e possui um acervo enorme de vegetais que representam os cinco continentes, entre eles coqueiros, bananeiras, buganvílias e uma grande variedade de cactos. Encantado pela coleção de plantas, Yves Saint Laurent comprou a propriedade em 1980 e era dali que tirava suas inspirações. Hoje, ao lado do Jardim existe o museu YSL, com as criações de toda a carreira do estilista. Além disso é lá que fica o Museu Berbere, com acervo do povo mais antigo do norte da África.

Museu dedicado a Yves Saint Laurent em Marrakech

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O Jardim Majorelle Ê um jardim botânico inspirado nos jardins islâmicos situado no centro de Marrakech

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Turismo

Onde ficar

Royal Mansour

Sobre a recepção, os marroquinos dão aula a qualquer grande rede hoteleira. Nos Riads os hóspedes são acolhidos com o tradicional chá marroquino, cafés da manhã preparados e servidos à mesa posta com panos, talheres e louças finas e os mágicos tratamentos hammams e massagens relaxantes.

Royal Mansour Construído a pedido do atual Rei do Marrocos, o Royal Mansour é sinônimo de luxo. Tudo é delicadamente pensado para que os hóspedes se sentirem como integrantes da família real. O hotel imita a Medina, por isso os quartos não são convencionais, cada um imita um Riad de tipos e tamanhos diferentes.

Be Marrakech

Be Marrakech

La Mamounia

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O Riad Be Marrakech fica a 800 metros da praça Jemaa el-Fna e oferece a experiência de se hospedar em um verdadeiro Riad. Lá é possível utilizar o solário, piscina e livraria, além de alugar bicicletas para se locomover.

La Mamounia O hotel mais famoso e um dos cartões postais da cidade, o La Mamounia foi construído com arquitetura estilo art déco e azulejos marroquinos. Os jardins são belíssimos e possui um spa premiado. Vale reservar um dia para almoçar e conhecer as dependências do hotel.


O deserto do Marrocos Três ou quatro dias são suficientes para conhecer bem Marrakech. Aproveite a viagem e passe uma noite no deserto do Saara. O acampamento mais famoso é o Scarabeo Camp com tendas brancas, tapetes e móveis que relembram a década de 30. Aproveite o jantar servido a luz de velas e contrate passeios de camelo ou quadriciclos.

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Risotto Aux Tomates Concassées, Mozzarella de Bufflonne à Estrela Blanco

Fotos Thatiana Bione

Gastronomia

Um pedaço da França em Campinas

O Grand Bistrô Paris 6 oferece pratos típicos dos bistrôs e brasseries parisienses, além de releituras e criações do restaurateur Por Gabriella Ramos

A proposta do restaurante Paris 6, inaugurado em São Paulo em setembro de 2006, é trazer a atmosfera da cidade de Paris dos anos 1920 para seus clientes através de sua arquitetura no estilo bistrô vintage, além do menu com a variedade de pratos que homenageiam as mais variadas personalidades brasileiras. Atualmente a rede conta com unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Goiânia e São José dos Campos, totalizando 14 casas no Brasil.

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Bavette & Aligot à Marcelo Adnet

O nome “Paris 6” vem do 6º distrito de Paris, bairro boêmio de Saint-Germain-des-Prés, onde foi fundado o primeiro café do país, em 1686. Fettuccine Pistou à Pedro Scooby

Em Campinas, a primeira unidade da rede do interior do Estado de São Paulo foi inaugurada em 2016, na alameda gastronômica do Parque Dom Pedro Shopping, e batizada como Grand Bistrô Paris 6. A casa possui salão amplo, com uma charmosa varanda externa e capacidade para atender 160 pessoas. De acordo com Isaac Azar, sócio fundador do Paris 6, a proposta da nova unidade é atender clientes de toda a região de Campinas, que representam boa parcela dos frequentadores das casas da capital. Azar também é o responsável pelo menu dos restaurantes, no qual todos os pratos levam o nome de uma personalidade da TV, do teatro, da música ou dos esportes. Entre os pratos mais pedidos, estão os medalhões acompanhados de risotto de brie à “Chorão”, gnocchi de brie ao molho de camarões à “Bruno Gissoni” e filé de salmão grelhado ao molho de camarões, com purê de batatas e legumes à “Boca Rosa”, por R$89 cada. Para finalizar as refeições, a sugestão é o famoso Grand Gateau, sobremesa criada pelo próprio Isaac. O resultado foi um suflê de chocolate, explorando variados recheios, coberturas e sempre acompanhado do picolé Paris 6. O restaurante Paris 6 traz um cardápio que agrada a diversos paladares, todos os dias do ano. Com um ambiente charmoso, sempre personalizado com obras de arte que variam entre espetáculos teatrais apoiados pelo bistrô e caricaturas de grandes personalidades da cena cultural, as casas tornaram-se ponto de encontro de intelectuais e famosos.

Gnocchi de Brie à La Napolitaine à “Jorge Wagner”

Grand Gâteau Paris 6


Negócios

Setores público e privado se unem para alavancar o turismo da região A criação do Conselho Municipal de Turismo, do Plano de Desenvolvimento Turístico com colaboração de todos os atores do segmento são algumas das estratégias para alcançar o objetivo A cidade de Campinas ocupa a 5ª posição no ranking da International Congress and Convention Association (ICCA) de cidades brasileiras que mais recebem eventos e congressos internacionais, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Foz do Iguaçu, que ocupam juntas a 3ª colocação, e Brasília. Mesmo com a proximidade da capital do estado de São Paulo, a cidade reforça, a cada ano, a forte vocação para a recepção de eventos de relevância e faz parte do Quadrilátero Paulista, formado por Campinas, Santos, São José dos Campos e Sorocaba, que representa uma população de 30 milhões de habitantes, 80% do PIB paulista e 27% do nacional. A concentração de população, ambiente corporativo favorável e infraestrutura adequada com parque hoteleiro qualificado, espaços multiuso para eventos, logística de rodovias 36 Expo Magazine | Maio 2019

e o aeroporto de Viracopos atraem grandes empresas que, por consequência, desenvolvem o Turismo de Negócios. Para que a cidade se consolide, de fato, como um importante destino de eventos de relevância é de extrema importância o trabalho colaborativo entre os setores público e privado. “Essa sinergia é muito importante porque o poder público tem um papel de regulamentação, mas muitas vezes é um dificultador. Hoje a gente sente que a maior dificuldade que os organizadores enfrentam são as taxas e os custos para a realização de eventos em Campinas, que são extremamente altos e, algumas vezes, fazem com que desistam e procurem outra cidade para sediar seus eventos” afirma Ricardo Monteiro, presidente do Expo D. Pedro. Outro aspecto a ser levado em consideração, é o papel do poder público


Vista panorâmica da cidade de Campinas

em dar uma segurança jurídica para que os investimentos da iniciativa privada sejam feitos de forma adequada e segura, trazendo mais investidores e empresários com o interesse em atuar nessa área. Com o objetivo de criar estratégias para o desenvolvimento do turismo em suas diferentes segmentações e conduzir da melhor forma para ambos os lados as decisões políticas relacionadas ao setor, a Prefeitura de Campinas iniciou, em março, a elaboração coletiva do Plano de Desenvolvimento Turístico com representantes do poder público, de empresas privadas e da sociedade. A previsão é que o novo Plano tenha uma validade de 10 anos, com atualizações feitas entre um período de 2 a 3 anos para entender quais ações funcionaram e quais ajustes precisam ser feitos.

Recuperação A iniciativa chega para minimizar os desgastes causados pela recessão enfrentada pelo País nos últimos anos. De acordo com Rodrigo Porto, Diretor de Suprimentos da Rede Vitória Hotéis, com a crise, o número de eventos diminuiu e, por consequência, o turismo de negócios também. “Agora, a maior dificuldade para a rede hoteleira de Campinas é atrair novamente esses eventos com a concorrência de outras cidades cada vez mais forte. Além disso, nesses últimos anos as diárias médias

dos hotéis caíram muito devido às negociações mais duras por conta da crise. Então temos dois desafios para o futuro: voltar as diárias médias a patamares que sejam saudáveis ao negócio e atrair cada vez mais eventos para encher os hotéis”, aponta Rodrigo. Alcançar esse objetivo não será uma tarefa fácil, mas os envolvidos seguem otimistas. “Com a criação do COMTUR, Conselho Municipal de Turismo, de Campinas, com representantes do setor privado e público, estamos tendo um meio de diálogo entre esses setores, fato que acontecia muito pouco anteriormente. E por meio do Conselho está sendo criado o Plano de Desenvolvimento do Turismo, ou seja, ele será um trabalho realizado com a contribuição de todos” ressalta Rodrigo. O presidente do COMTUR, Vanderlei Costa explica que um dos principais aspectos do Plano é ter mais espaço para todas as categorias envolvidas e adequar a cidade aos requisitos para a classificação de um município de interesse turístico. “Dessa forma teremos um crescimento promissor e fundamental para a economia. Além disso, queremos impulsionar o turismo rural, histórico e ter um observatório de turismo para mapear nossos turistas. Campinas é conhecida como Polo de Ciência e Tecnologia, mas temos muito potencial e estrutura para negócios, eventos e turismo de lazer” complementa. 37


Tecnologia

Empreendendo

em bytes O comércio eletrônico elimina fronteiras e cria novas oportunidades de empreendedorismo no Brasil Por Gabriella Ramos

Há cerca de 20 anos ninguém poderia imaginar que o e-commerce tomaria as proporções que tem hoje no Brasil – e os números continuam aumentando. Segundo a Ebit/Nielsen, a previsão para 2019 é que o faturamento do setor cresça 15%, com vendas totais de R$ 61,2 bilhões. Os pedidos devem apresentar um aumento de 12%, chegando a 137 milhões, enquanto o valor médio das compras deve ser de R$447, com alta de 3%.

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Para Sandra Turchi, especialista em marketing digital e e-commerce, palestrante, professora e sóciadiretora da Digitalents, dois grandes elementos explicam o crescimento do e-commerce brasileiro: o aumento do número de usuários de internet no país e a evolução de tecnologias que proporcionaram maior escalabilidade para os negócios digitais. “O marketing digital, que evolui em paralelo ao próprio comércio eletrônico, também vem oferecendo ferramentas e recursos cada vez mais sofisticados, que estão potencializando a divulgação e auxiliando as lojas online a atingirem públicos cada vez mais específicos”.

Líderes de mercado Alguns empresários perceberam o potencial do comércio online antes da maioria. O Mercado Livre, maior marketplace da América Latina, iniciou operações no Brasil em 1999, quando o uso da internet para fins comerciais (liberado no país somente em 1995) ainda estava em seus estágios iniciais. Atualmente, a plataforma conta com mais de 267 milhões de usuários registrados na América Latina e mais de 182 milhões de ofertas em tempo real, sendo 90% de produtos novos. “Já são vendidos cerca de um milhão de itens por dia e nosso objetivo é fazer crescer

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Tecnologia

‘MeliCidade’, a sede do Mercado Livre

esses números, em linha com nossa meta de democratizar o comércio”, conta Bruno Guarnieri, gerente de marketplace do Mercado Livre no Brasil. A empresa, que anunciou recentemente um investimento bilionário nas operações brasileiras e iniciou operações no novo Centro de Distribuição em Cajamar, revela estar preparada para as projeções de crescimento do setor. “O investimento anunciado para o Brasil em 2019 é 50% maior do que o realizado pela companhia ao longo de 2018 (R$ 2 bilhões), que já tinha sido duas vezes supeSandra Turchi, especialista em marketing digital e e-commerce

Novos investimentos do Mercado Livre visa melhorar o desempenho logístico e a oferta de serviços financeiros

rior ao do ano de 2017 (R$ 1 bilhão)”, pontua Guarnieri. Sandra Turchi avalia que o caminho percorrido pelo Mercado Livre é a aposta que todos os comércios eletrônicos devem fazer para o futuro. “Daqui para frente, será imprescindível apresentar uma rápida integração de lojistas, implementar uma gestão de qualidade de atendimento e otimizar os processos operacionais para gestão de estoques, frete e entregas”. Esse é um dos objetivos do Centro de Distribuições em Cajamar, de acordo com Bruno Guarnieri. “Queremos acelerar a velocidade de entrega das mercadorias vendidas no marketplace, melhorando ainda mais a experiência do consumidor em nossa plataforma”, explica. “O Mercado Livre fica responsável por toda a operação, desde a entrada da mercadoria do vendedor no armazém, a gestão do estoque, separação dos produtos, embalagem, emissão de nota fiscal, despacho da mercadoria para a transportadora e rastreamento do envio”. O Mercado Livre conta hoje com mais de 12 milhões de vendedores únicos na

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Monique e Mayara Forner, proprietárias da Forner Store

Em Campinas, as irmãs Monique e Mayara Forner viram no e-commerce a oportunidade de transformar o sonho de empreender em realidade. Fundadoras da Forner Store, as irmãs contam que, para manter a loja online, é preciso ter curiosidade e vontade de aprender. “O mercado e as plataformas mudam muito rápido, é essencial estar sempre estudando”, explicam. Para o futuro, o plano de Monique e Mayara é produzir suas próprias linhas de roupas e aumentar o alcance e faturamento da loja online. “A rotina das nossas consumidoras é muito corrida e fazemos de tudo para que a compra seja algo fácil e prático”, relatam. “Muitas vezes as clientes preferem perguntar qual roupa sugerimos para elas do que procurar em outras lojas”. América Latina, e cerca de 37 milhões de compradores únicos. “É muita gente que encontrou no comércio eletrônico uma solução e que aprova e confia na experiência que esse tipo de serviço proporciona”, analisa Bruno.

Difícil, mas não impossível Com o crescimento contínuo das oportunidades no comércio eletrônico, mais empresas levaram seus negócios para as plataformas online. Em 2011, Victor Noda, Marcelo Marques e Mário Fernandes lançaram a Mobly, o primeiro e-commerce especializado em móveis do Brasil. Para

muitos, essa foi uma aposta arriscada, já que transmitir ao cliente a qualidade e o conforto dos produtos que ele vê no site não é uma tarefa simples. Oito anos depois, a realidade é outra: a empresa vivenciou um crescimento de 50% em 2018, e espera crescer mais 50% em 2019. “Nós driblamos diversos desafios logísticos e de conversão de vendas até que nos encontramos neste mercado”, relembra Victor Noda. “A mensagem que fica é que, por mais difícil que pareça o modelo de negócios, sempre existe um caminho para fazê-lo funcionar. Nessa hora, é importante o uso de tecnologia, criatividade e capacidade de execução”. 41


Tecnologia

Victor Noda, um dos fundadores da Mobly

Em busca de atualização constante, a Mobly decidiu investir em uma das tendências previstas para o futuro do comércio online, a omnicanalidade, ou seja, a integração de todos os canais on e off da empresa. Para conquistar os clientes que ainda resistem em comprar móveis pela internet, a empresa investiu na abertura da sua primeira loja física no modelo omnichannel, que deve acontecer ainda em 2019. “Um estudo realizado pela Deloitte mostrou que os clientes que transitam entre os canais gastam 82% a mais do que aqueles que utilizam tradicionalmente apenas um ponto de contato”, relata Sandra Turchi, reforçando a ideia de que a integração entre os ambientes físicos e virtuais deverá se popularizar nos próximos anos. 42 Expo Magazine | Maio 2019

De olho no futuro Além do conceito omnichannel, Sandra Turchi acredita que outras tendências estão se fortalecendo para os próximos anos, entre elas as entregas feitas no mesmo dia, as novas modalidades de entrega (como o uso de drones, por exemplo), o uso de criptomoedas, a automatização do atendimento, o m-commerce (utilizando dispositivos móveis) e o crescimento dos marketplaces. A especialista prevê que, em 2019, o setor será aprimorado, visto que grande parte das empresas está investindo em melhorias nos processos de venda e de logística. “A experiência do consumidor nos dispositivos móveis também deve continuar na mira das lojas nesse ano. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), é esperado que 33% das vendas efetuadas pelos consumidores ocorram a partir de smartphones e tablets”, pontua.


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Eventos

Eventos como estratégia

para alavancar

o agronegócio

Expansão do setor afeta positivamente o mercado de eventos, realizados como estratégia para lançamentos de produtos, networking e conhecimento técnico Por Beatriz Steck

O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial em produção e exportação de açúcar, café e suco de laranja. O primeiro colocado em exportação de carne bovina, carne de frango e grão de soja, segundo dados da USDA. 19,82% da População Ocupada brasileira é registrada em atividades relacionadas ao agronegócio. Um estudo publicado por pesquisadores da Universidade Texas A&M aponta o Brasil como um potencial competidor e consumidor de produtos agrícolas dos EUA até 2040. A expressividade do agronegócio na economia brasileira se expande para setores ligados indiretamente à categoria, inclusive no mercado de eventos. A participação em feiras, congressos e seminários relacionados ao agronegócio é muito utilizada como estratégia para várias empresas que precisam escolher, entre a diversificada gama de eventos, qual corresponde às suas principais expectativas, sejam elas obter novas informações, conhecer novas tecnologias, fazer networking, lançamento de produtos, promoções ou fechamento de negócios. Para Marcelo Carvalho, CEO e fundador da Agripoint, organizadora do Dairy Vision, evento voltado para o setor lácteo que 44 Expo Magazine | Maio 2019

acontece no Expo D. Pedro, a participação em eventos do mercado de agronegócio é importantíssima para que o profissional entre em contato com o que está acontecendo no mundo. “É um momento em que ele vai encontrar novas tecnologias que podem ser incorporadas nos produtos e serviços e encontrar pessoas. Por mais que exista, hoje, todo um mundo digital, e que é importantíssimo, você tem momentos em que o encontro pessoal é importante e precisa ser feito. É um pouco de estratégia, é um pouco olhar outros negócios, olhar um pouco a empresa fora dela, afinal, o cliente está fora da empresa, o mundo acontece fora da empresa” declara. No caso do Dairy Vision o principal diferencial é o conteúdo e geração de leads para serem trabalhados posteriormente. O foco da organização é trazer para o evento apenas um nicho específico: decisores do setor lácteo, que movimenta 70 bilhões de reais por ano no Brasil. O evento foi inspirado no europeu Global Dairy Congress e traz discussões sobre estratégia, marketing, consumo, tendências e inovação. Hoje, segundo Carvalho, o Dairy Vision já superou o modelo inicial e tem mais sucesso aqui no Brasil do que na Europa.


Outro segmento que tem força na realização de eventos e captação de público e conteúdo são as associações. A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal realizou, em abril, o VIII Fórum Internacional Abisolo, no qual são reunidos dois formatos de eventos: um congresso com tópicos da área, cases e estudos e uma feira com stands e expositores. O presidente da associação, Clorialdo Roberto Levrero, destaca que o conteúdo do fórum tem a mesma qualidade de informação de um simpósio internacional, rica em fundamentação, embasamento científico e com testemunhos de players com cases de aplicação desses estudos na prática. “Tanto para o profissional de agricultura, quanto para o aluno que está se formando, a participação no evento é uma fonte de informação que muitas vezes ele não tem acesso nem mesmo dentro da universidade. Em um só local o participante tem acesso à empresa responsável pela produção, às fontes e pesquisadores que trazem estudos de fora, temos empresas de outros países que trazem tecnologia e a prática da explicação de como é feito o uso e como isso atua” afirma.

Clorialdo Roberto Levrero Presidente da Abisolo

Para Levrero o crescimento do agronegócio nos próximos anos é iminente. Atualmente a Abisolo representa um faturamento de 7,8 bilhões de reais e investe 5% desse valor em Pesquisa & Desenvolvimento. O setor de nutrição vegetal é responsável por 49 mil empregos diretos e que há mais de cinco anos apresenta um crescimento robusto. “É um segmento que vai continuar crescendo com certeza, mesmo Stand da empresa Merial, organizado pela Formato IB

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Eventos com todas as dificuldades que temos em questões de logística e falta de uma política mais definida. Nossa perspectiva é que o crescimento continue porque a demanda vai existir. Tudo vem do agro. Se a gente avaliar a economia como um todo, eu estimo que mais de 70% está ligado ao agro direta ou indiretamente”. Do impacto positivo do agronegócio na economia surgem novos modelos de negócios especializados em nichos específicos. É o caso da empresa de Fernanda Ibañez, sócia da Formato IB, especializada em oferecer soluções personalizadas para empresas da área. “A realização de eventos norteia o sucesso do segmento. No último ano, por exemplo, realizamos 54 eventos para o mercado nacional e internacional”, ressalta. Para ela o grande atrativo e o que justifica a maciça participação dessas empresas

Daniel Geraldes Fenagra

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em eventos é a união de toda a classe do segmento um um único local onde podem trocar informações e fazerem fechamentos.

Unindo forças A organização da Fenagra, Feira Internacional da Agroindústria, optou por uma estratégia diferente: unir partes do mercado de nutrição animal. Inicialmente o evento era voltado somente para o setor de graxaria, aos poucos viram a oportunidade de agrupar o evento ao segmento de petfood, óleos e gorduras, a sociedade brasileira de óleos e gorduras (SBOG), aquafeed, e avicultura. O público participante é de mais de 5 mil pessoas em dois dias de evento e para Daniel Geraldes, diretor-presidente da Editora Stilo, organizadora da Fenagra a previsão é de que cresça mais e mais a cada ano. “Colocando todos esses segmentos juntos a feira foi se consolidando. Para o expositor é muito interessante poder vender para três, quatro clientes diferentes na mesma feira. Ou seja, com um único investimento, um único stand, numa única feira, vende para segmentos diferentes. Ainda temos a possibilidade de colocar a área de saúde animal e suínos. Isso vai tornando a feira cada vez mais completa” afirma. Outro fator que também foi crucial para o crescimento da feira, do ponto de vista do produtor, foi a aliança com as associações. “Para nós a parceria com essas entidades de cada segmento foi essencial. Para eles também foi muito importante porque o espaço voltado para o congresso cresceu muito ao longo desses 14 anos” aponta Daniel.


Localização

Expectativas

Uma preocupação em comum entre os organizadores é a cidade escolhida para sediar o evento e, ao contrário do que se imagina, a capital São Paulo não é o local mais interessante. “Em São Paulo tudo é caro para o expositor: alimentação, transporte, montagem de stand e hospedagem. Quando trouxemos a Fenagra para o interior foi quando a feira começou a crescer. Antes uma empresa que levava um funcionário, agora leva 5 ou 6”, afirma Geraldes.

Para o ano de 2019 em diante a previsão é de retomada. “Esses dois últimos anos foi um período de recessão, no qual todo mundo que estava com investimento alto teve que se readequar para a nova realidade de faturamento e desacelerou para ajustar o fluxo de caixa e a conta corrente. Agora o Brasil começa uma retomada que aconteceria independentemente da mudança de governo” afirma o presidente da Abisolo.

Já a organização do Dairy Vision promoveu uma votação entre os participantes, que elegeram a cidade de Campinas. “Além de ser uma cidade grande e com boa estrutura, Campinas é próxima de São Paulo, que é um ponto importante. Muitas empresas do segmento agro estão nesse trecho Campinas-São Paulo. Viracopos é um Hub importante e de fácil acesso. Sem dúvida a região teve um impacto positivo importante para o crescimento do evento” declara Marcelo Carvalho.

A Fenagra já sentiu a retomada para a próxima edição, e a expectativa é de que o público participante e o número de expositores aumentem ainda mais para 2020. “Ano passado foi difícil porque era um ano de eleição, ninguém sabia o que ia acontecer. Então o público e as empresas estavam segurando o investimento em grandes feiras porque não sabiam o que iria acontecer. Esse ano já não, já tem um novo presidente, existe um sentimento de melhora. Espero que isso se reflita na feira”, aponta Daniel.

Fenagra

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Agenda

Maio VII Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Fibrose Cística Data: 1 a 4 de maio Organização: Grupo Brasileiro de Estudos de Fibrose Cística

FENAGRA – Feira Internacional da Agro Indústria Data: 15 e 16 de maio Organização: Editora Stilo

Workshop do Desafio Unicamp Data: 18 de maio Organização: FUNCAMP

XIV Congresso Brasileiro de Gestão, Projetos e Liderança Data: 20 a 22 de maio Organização: PMI

XII Jornada de Obstetrícia e Ginecologia de Campinas e Região Data: 23 e 24 de maio Organização: SOGESP

10º Congresso Brasileiro de Vendas Data: 25 de maio Organização: Corpo RH

EXPONAF – Exposição Nacional de Artigos Funerários Data: 29 a 31 de maio Organização: AFFAF

VIII Congresso Internacional de Osteopatia Data: 30 de maio a 2 de junho Organização: CIOST

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Junho Mega Encontro de Aniversário Tupperware Data: 6 de junho Organização: Campware

Showroom YES Campinas Data: 11 a 13 de junho Organização: YES Feiras

Como Planejar e Administrar uma Empresa Data: 15 de junho Organização: Corpo RH

Meeting de Nutrição Eficiente Data: 21 e 22 de junho Organização: BF Eventos

Fórum Brasil de Gestão Ambiental Data: 27 a 29 de junho Organização: FBGA

Julho Feira de Orquídeas Data: 13 e 14 de julho Organização: Orquidário & Cia.

Congresso Brasileiro Ortopédico de Osteometabolismo Data: 18 a 20 de julho Organização: ABOOM

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Agenda

Agosto DevCamp 2019 Data: 16 de agosto Organização: Dextra

Fórum de Profissões Data: 17 de agosto Organização: Grupo Primavera

Conferência CTPI 2019 Data: 20 a 22 de agosto Organização: CTPI

6º Congresso Brasileiro de Liderança e Inovação Data: 24 de agosto Organização: Corpo RH

9º Congresso Uniodonto Campinas Data: 29 a 31 de agosto Organização: Uniodonto Campinas

Setembro 36ª Reunião da SBPqO Data: 4 a 7 de setembro Organização: SBPqO

CITENEL – Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica Data: 25 a 27 de setembro Organização: CPFL

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Outubro Inside Imob 2019 Data: 23 e 24 de outubro Organização: Inside Imob

Expressão Verbal e Comunicação – Como Falar Bem em Público Data: 25 e 26 de outubro Organização: Corpo RH

3º Congresso Brasileiro de Gestão e Finanças Data: 26 de outubro Organização: Corpo RH

Novembro 3º Grupo de Palestras SBTI - Opinion Makers Data: 8 e 9 de novembro Organização: GSenne

Facamp: Encontro de Pais 2019 Data: 9 de novembro Organização: Facamp

CBNA - Congresso Brasileiro de Nutrição Animal Data: 12 a 14 de novembro Organização: CBNA

Dairy Vision 2019 Data: 26 e 27 de novembro Organização: AgriPoint

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Acontece no Expo

ACONTECE NO EXPO D. PEDRO Confira os destaques do maior e melhor espaço multiuso para eventos da região!

Zé Neto e Cristiano A dupla Zé Neto e Cristiano animou o Expo D. Pedro no dia 19 de outubro de 2018. Com abertura de Otávio e Raphael, o show teve alguns dos maiores sucessos de Zé Neto e Cristiano, entre eles “Notificação Preferida”, “Largado Às Traças” e “Status Que Eu Não Queria”.

InovaCampinas 2018 O InovaCampinas, um dos maiores eventos de inovação e empreendedorismo do interior de São Paulo, aconteceu no Expo D. Pedro no em outubro de 2018. Foram 6.700 participantes, 30 conferências, 90 expositores e 350 reuniões de negócios. 54 Expo Magazine | Maio 2019


Campetro Energy 2018 O Campetro Energy, promovido pelo CIESP, reuniu os principais players dos setores de energia, petróleo e gás. O encontro de negócios direcionado à cadeia de P&G e energias renováveis promoveu em torno de 600 reuniões, com expectativa de geração de negócios futuros prevista entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão.

Comfel - Congresso Medvep Internacional de Medicina Felina O Comfel, organizado pela Medvep, teve como propósito trazer conhecimento, atualização e aprimoramento no cuidado de felinos para os profissionais da área. Grandes nomes da medicina felina nacional e internacional compartilharam seus conhecimentos e experiências no encontro, que aconteceu em novembro de 2018. 55


Acontece no Expo

Mídia Festival Novembro também foi o mês do Mídia Festival, evento promovido pela APP Campinas que premiou a criatividade e a qualidade dos trabalhos produzidos para rádio, internet, plataformas digitais, agências de propaganda, agências digitais e designers.

Carna Poderosas com Anitta A cantora Anitta marcou presença no palco do Expo D. Pedro com o seu pré-carnaval, o Carna Poderosas. A dona de hits como “Vai Malandra”, “Bola Rebola” e “Onda Diferente” reuniu mais de 3.000 pessoas em uma festa incrível. 56 Expo Magazine | Maio 2019


God Save The Queen A banda God Save The Queen, eleita como a melhor banda tributo do mundo pela revista Rolling Stone em 2011, voltou ao Brasil para uma apresentação no Expo D. Pedro no dia 22 de março de 2019. O grupo já realizou turnês na Europa, Ásia, Oceania, América do Norte e na América Latina, e é conhecido pela semelhança do vocalista Pablo Padín com o cantor Freddie Mercury, além dos shows extremamente fiéis às apresentações do Queen.

Família da Fé Conference O Expo D. Pedro recebeu em março de 2019 o Família da Fé Conference, que reuniu os fiéis para três dias de evento, com entrada gratuita. A conferência contou com a presença de personalidades da música gospel, como Tom Carfi e Felippe Valadão. 57


Acontece no Expo

Feira SuperPet A SuperPet 2019, feira promovida pela Editora TopCo. entre 3 e 5 de abril de 2019, é voltada para proprietários de petshop, veterinários e empresários do segmento pet, tendo como objetivo reunir todos os profissionais do setor em um evento focado na realização de negócios.

Retail Conference Realizado pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), o Retail Conference (antigo Fórum Regional do Varejo) teve como tema “O novo DNA do varejo - físico, digital e humano”. O evento, que aconteceu no dia 25 de abril de 2019, recebeu cerca de 2.500 pessoas. 58 Expo Magazine | Maio 2019


O O espaço espaço que que ooseu seu evento evento precisa precisa para para crescer. crescer.

Com 13.000m² de área construída, o Expo D. Pedro é um empreendimento pioneiro no interior Com 13.000m² área construída, o Expo é um empreendimento pioneiro no interior paulista para a de realização de diversos tiposD. dePedro eventos. paulista para a realização de diversos tipos de eventos. Localizado em Campinas, sede da segunda maior região metropolitana do estado de São Paulo, Localizado em Campinas, sede da segunda maiordisso, região metropolitana do estado de dos São maiores Paulo, é facilmente acessado de qualquer região. Além está anexo ao complexo de um éshopping facilmente acessado de qualquer Além disso, estáInternacional anexo ao complexo de umedos centers da América Latina,região. próximo ao Aeroporto de Viracopos dasmaiores principaiscenters rodoviasda que cruzamLatina, o estado de Sãoao Paulo. shopping América próximo Aeroporto Internacional de Viracopos e das principais rodovias que cruzam o estado de São Paulo. O espaço multiuso para eventos recebeu investimentos para infraestrutura e inovação em um Centro demultiuso Exposições, acessibilidade total e inteiramente horizontal, facilitando a montagem O espaço paracom eventos recebeu investimentos para infraestrutura e inovação em um em diferentes formatos. Centro de Exposições, com acessibilidade total e inteiramente horizontal, facilitando a montagem em diferentes formatos. O Centro de Convenções possui sete salas moduláveis que possibilitam receber eventos de pequeno, médio e grande porte. possui sete salas moduláveis que possibilitam receber eventos de pequeno, O Centro de Convenções

médio e grande porte.


Diferenciais que tornam o EXPO único Localização privilegiada às margens da Rodovia D. Pedro I, na cidade de Campinas/SP, polo de turismo de negócios.

Cozinha de apoio e cozinha industrial totalmente preparadas e equipadas para atender todo tipo de evento.

Empreendimento totalmente horizontal e plano, facilitando montagens e desmontagem para diversos formatos.

Ambiente climatizado com sistemas split independentes ou ar condicionado central.

8 mil vagas disponíveis para estacionamento, com baixo custo.

Internet customizada para atender sua real necessidade. Geradores de energia extra/backup, também customizado por demanda.

Infinitas possibilidades de montagens, cenografia e decoração para seu evento. Use sua criatividade e surpreenda seu público.

Segurança redobrada com monitoramento externo pelo shopping e interna via contratação de empresas pelo cliente.

Anexo ao Parque D. Pedro Shopping - um dos maiores da América Latina - oferecendo comodidade em compras, serviços e lazer.

Rampas de acesso, vãos livres, portas largas, banheiros adaptados, vagas de estacionamento sem degraus, acessibilidade para receber portadores de necessidades especiais.

Próximo ao Aeroporto Internacional de Viracopos, facilitando a participação do público de outras regiões.

Isolamento acústico para garantir eventos diferentes e simultâneos, com privacidade e independência.

Piso preparado para até 1 ton/m², oferecendo a oportunidade de exposições de produtos e equipamentos pesados.

Áreas de merchandising no local.

Com 3 docas de serviços e amplos depósitos, permite agilidade e facilidade na logística de cargas e descargas.

Heliponto pronto para receber personalidades e executivos de alto nível.


Centro de Exposições O Centro de Exposições oferece 7 mil m² de área totalmente climatizada, infraestrutura completa, equipe qualificada e uma ampla rede de parceiros que poderão oferecer todo o suporte necessário para que seu evento seja um sucesso. Ideal para feiras, exposições, shows, eventos gastronômicos, culturais, entre outros.

Características gerais 7.000 m² de área construída 6 metros de pé direito Ampla área de depósito Piso para até 1 ton/m² 3 docas para carga e descarga Cozinha de apoio Iluminação eletrônica


1

1

1 Acesso ao Centro de Convenções 2 Docas 3 Sala Modem

Área total: 7.000 m² Área livre para montagem de stands: 5.125 m² Área para credenciamento: 535 m² Área projeção do mezanino: 600 m²

4 Sanitários 5 Fraldário 6 Cozinha de apoio 7 Saída de Emergência 8 Acesso ao mezanino


Centrode deConvenções Convenções Centro O Centro de Convenções oferece 5 mil m² em três amplos

O Centro de Convenções oferece 5 mil m² em três amplos foyers e sete auditórios moduláveis com excelente acústica, foyers e sete auditórios moduláveis com excelente acústica, que permitem a realização de eventos simultâneos. Ideal que permitem a realização de eventos simultâneos. Ideal para congressos, convenções, reuniões, treinamentos para congressos, convenções, reuniões, treinamentos corporativos, palestras, workshops e shows. corporativos, palestras, workshops e shows.

Características gerais

Características gerais 5.000 m² de área

7 auditórios moduláveis 5.000 m² de área 7 salas demoduláveis apoio 7 auditórios 3 amplos foyers 7 salas de apoio 7.77 7.77 Cozinha industrial 3 amplos foyers 7.77 7.77 7.77 Camarins independentes 7.77 Cozinha industrial Espaço que acomoda de 30 até 2.000 pessoas 7.77 Camarins independentes 7.77 C Materiais de apoio de (cadeiras, pranchões e praticáveis) Espaço que acomoda 30 até púlpito, 2.000 pessoas C C Materiais de apoio (cadeiras, púlpito, pranchões e praticáveis) Cota mínima

5.65

Hall

5.65 5.65

Cota mínima

1 Lanchonete

5.65

Hall

Hall

Circul.

Hall

C

Circul.

2 Docas 3 Camarins

Circul.

Circul.

1 Lanchonete 2 Docas

Camarins 3 4 Sanitários

Hall

Hall

Hall

4

2

4

Hall

4

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3

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5

Cerejeira

Cerejeira

Seringueira

Acácia

3

6

Acácia

Manacá

Ipê

Seringueira

2

6 Manacá

Ipê

Auditório Jequitibá

Carvalho II

Distância entre Colunas: 22 colunas

8 Acesso a Administração 7 Saída de Emergência

Dutos ar condicionado: 09

9 Acesso Acesso a Sala Araucária 8 Administração

Pé direito até duto: 6m

10 Acesso ao Centro de Exposições

Pé direito até o mezanino: 3m

Carvalho I

Foyer Amoreira 576 m²

Amoreira II Amoreira I

Grande auditório Campinas

1 7 Hall de Acesso 7

10 8

X 16 m

Y 12 m

Dutos ar condicionado: 09 Pé direito até duto: 6m

Pé direito até o mezanino: 3m

1 7

S

Araucária

Amoreira I

4 9

S

4

918m² 7

S

S

918m²

8

Y 12 m

Distância entre colunas

S

Grande auditório Campinas Hall de Acesso

10

X 16 m

Foyer Amoreira 576 m²

Amoreira II

Auditório Jequitibá

Carvalho II

Carvalho I

7 Saída de Emergência 6 Cozinha Industrial

técnicas

Amoreira III

Carvalho III

Foyer Carvalho 576 m²

Colunas: 22 Informações

Amoreira III

Carvalho III

Foyer Carvalho 576 m² 679

5 FraldárioIndustrial 6 Cozinha

10 Acesso ao Centro de Exposições

Jacarandá

10

Informações técnicas

9 Acesso Sala Araucária

Jacarandá

10

4 Sanitários 5 Fraldário

S

9

Araucária


Eventos sociais O Expo D. Pedro também é o espaço ideal para seu evento social. Somando as áreas de exposições e convenções, o local pode receber até 15.000 pessoas simultaneamente e permite liberdade para cenografias, comodidade e segurança para os convidados em uma infraestrutura completa com duas cozinhas, áreas de serviço, ambientes climatizados, acessibilidade, salas para apoio e camarins. Uma estrutura diferenciada e única para que seu evento seja inesquecível.

Grande Auditório Campinas Auditório Jequitibá Carvalho I Carvalho II Carvalho III Amoreira I Amoreira II Amoreira III Seringueira Araucária Ipê Jacarandá Cerejeira Acácia Manacá

1.728 528 192 192 192 192 192 160 160 96 60 54 35 35 30

36 x 48 33 x 16 16 x 12 16 x 12 16 x 12 16 x 12 16 x 12 16 x 10 16 x 10 12 x 8 10 x 6 9x6 7x5 7x5 6x5

6 6 6 6 6 6 6 6 6 2,4 4 4 4 4 4

1.820 600 200 200 200 200 200 165 165 100 62 50 50 50 34

1.080 360 120 120 120 120 120 100 100 48 36 30 30 30 24

-145 50 50 50 50 50 40 40 25 20 15 15 15 10

1.320 440 150 150 150 150 150 120 120 80 45 35 35 35 30

1.080 360 120 120 120 120 120 100 100 -------

Av. Guilherme Campos, 500 - Bloco II CEP 13087-901 - Jd. Santa Genebra Campinas/SP - Tel.: (19) 3112 4700

www.expodpedro.com.br


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