jornal de esposende nº620

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Quinzenário informativo e regionalista Director: Paulo Gonçalves / Sai às sextas-feiras Gratuito / 25 de Setembro 2009 / N.º 620

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A comunicação social representa o quarto poder em nações democráticas, sendo os outros três o executivo, o legislativo e o judicial. O poder da comunicação social deriva do desempenho da sua função primária que é sobretudo a informação, ou melhor, se forma ou não uma opinião pública crítica. Todos sabemos que esta tem a grande responsabilidade de viabilizar uma participação política activa, informada e contínua dos cidadãos, quer ao nível da construção dos processos da política e da tomada de decisões, quer no que respeita à avaliação do desempenho dos governantes, influenciando assim o princípio da alternância no exercício do poder político. A liberdade de imprensa e a liberdade de expressão reduzem as hipóteses de que sejam cometidos abusos, no entanto, e, por outro lado, aumenta a probabilidade de que as necessidades sociais dos cidadãos venham a ser satisfeitas. Uma das características mais importantes do jornalismo é a de que se deve ser credível. Essa credibilidade obtém-se através de um exercício independente e responsável de quem faz as notícias. O seu sentido de independência significa a não obediência a outros factores de interesse que não sejam o seu juízo próprio: a compreensão dos factos, a compreensão do interesse público ou não e a capacidade de saber que um jornalista é também um actor nos processo sociais. Assim, coloca-se uma questão: Quem tem, ou deverá ter medo da comunicação social? A propósito, o novo canal via Internet “Esposende TV” (www.esposende.tv) já foi inaugurado e já se encontra “on line”. No dia 17 deste mês foram muitos os convidados que assistiram “in loco” à sua abertura e foram milhares que estiveram “on line” fazendo com que se bloqueasse a emissão. Pessoas no Brasil, na França, no Luxemburgo, em Inglaterra, entre outros países estiveram connosco através da emissão em directo. Curiosamente até um possível admirador assistiu ao debate na Coreia. A Esposende TV tem recebido inúmeras mensagens de conforto e de parabéns. Para contrapor, aqui bem perto, houve pessoas que faltaram, talvez com medo, ao convite da estação para estarem presentes na abertura. Pessoas essas, que ocupam cargos importantes na vida sóciocultural e política do nosso concelho. Provavelmente, porque pensam que um canal que divulga a nossa terra, o nosso concelho, a nossa cultura, o nosso desporto, a nossa política, o nosso turismo e o nosso comércio não seja assim tão importante. Num futuro muito próximo, muitos desses poderão vir a dar o devido valor a esta iniciativa. Lá diz o ditado: “ Quem muito dorme pouco aprende.”

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Paulo Campos

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COMUNICAÇÃO SOCIAL VS POLÍTICA

João Paulo Silva é o nome escolhido para liderar a lista do Partido Popular Monárquico ao município de Esposende nas eleições autárquicas “Esposende não tem que ir nem para a esquerda nem para a direita. Tem que andar para a frente!” (PÁGINA 2 )

No ano que assinala o 10º aniversário, o Hóquei Clube de Fão volta a competir no nacional da 3ªdivisão Rui Abreu o presidente da

colectividade fangueira em entrevista ao Jornal de Esposende, traça os objectivos deste seu mandato

(PÁGINA 10 )

Esposende aqui tão perto, em qualquer lugar do mundo em www.esposende.tv


JORNAL DE ESPOSENDE

Entrevista João Paulo Silva

NOME : João Paulo Graça da Silva IDADE: 43 Anos PROFISSÃO: Desenhador NATURAL: Fão

Como surgiu a hipótese de ser o candidato do PPM em Esposende, nas eleições autárquicas? João Paulo Silva: Esta hipótese surgiu pelo trabalho desenvolvido em colaboração com Alfredo Côrte-Real, e com bons resultados. Fruto deste trabalho, com objectivos e metas, que se tem vindo a cumprir, Alfredo CôrteReal, convidou-me para encabeçar a lista. Sou monárquico por convicção, e sem dúvida, este é o regime mais justo e com maior viabilidade, oferecendo maior segurança e estabilidade. Quais são os objectivos traçados do PPM para o concelho? Os objectivos que traçamos para o concelho estão pensados a longo prazo, para se poderem alcançar com toda a segurança, promovendo uma maior estabilidade para os cidadãos e melhoria significativa de vida. Assim, procuraremos que haja uma maior assistência à terceira idade, uma preocupação constante com a educação e promoção do bem estar e das condições sociais. Preocupam-nos o problema da agricultura que está de rastos e sem apoios por parte do governo. Preocupam-nos o problema das pescas, Esposende está voltado para o mar, e é a única frente marítima do concelho de Braga. Este aspecto é muito importante, pois tem um potencial único para o turismo se for bem articulado e explorado. Preocupam-nos os serviços e pequeno comércio, fonte de riqueza e sustento da

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maioria das famílias. Preocupam-nos os problemas ambientais. Lutamos pela defesa do Ambiente e da Natureza. Que acções de campanha estão previstas nas diversas freguesias? Como acções previstas temos as arruadas, que temos feito com o apoio do partido, tivemos aqui, bem recentemente Alfredo Côrte-Real, Gonçalo da Câmara Pereira, António Matos entre outras individualidades. Foi curioso quando a nossa caravana percorria a marginal, termos ouvido, à nossa passagem algumas vozes a exclamarem : “VIVA O REI!”. Também temos publicado alguns artigos, quer escritos, quer publicados via Internet. Privilegiamos o contacto directo com os cidadãos. Deixamos e publicamos os nossos próprios telemóveis ao serviço da comunidade (936100061), para o que os cidadãos nos possam contactar se quiserem. Deixamos também o nosso e-mail (ppm-norte@hotmail.com) assim como os nossos blogues (http://ppm-partidopopularmonarquico.blogspot.com). Sabe que, nós não temos qualquer tipo de apoio financeiro. Fazemos isto por convicção e com o nosso dinheiro, dai não termos grandes meios. De qualquer forma, se tivéssemos dinheiro, seria sempre aplicado para o bem público e não em acções de campanha voláteis e pouco duradouras. O dinheiro deve ser aplicado na consciencialização do eleitor e não na “festa política”.

“Esposende não tem que ir nem para a esquerda nem para a direita. Tem que andar para a frente!” João Paulo Silva é o nome escolhido para liderar a lista do Partido Popular Monárquico ao município de Esposende nas eleições autárquicas. Este desenhador de profissão, já pintou o quadro das apostas dos monárquicos nesta luta pelo poder local. Como explica o facto do PPM, só apresentar candidatura à câmara municipal? Bem, sabe que, um trabalho para ser bem feito, tem que ser com consciência e realismo. O PPM nunca havia concorrido a Esposende. Estamos cientes que este projecto começa aqui, ainda não temos uma estrutura a 100%, facto que nos levou a concorrer só à câmara, embora pudéssemos ter concorrido também as juntas. Uma coisa de cada vez. Concorremos pelo facto de muitas pessoas nos terem desafiado a tal. Todos nós estamos insatisfeitos e alguns revoltados mesmo, com o actual sistema. O PPM é o único partido que propõe efectivamente uma mudança. Uma mudança de sistema e regime, aproximandonos dos países mais desenvolvidos e na linha da frente, na sua esmagadora maioria são Monarquias, de uma Europa evoluída. Quem são os restantes elementos que vão acompanhar João Paulo Silva, na lista para a autarquia? Bem, é uma lista muito interessante pois tem membros de todas as facções políticas, sabe, o PPM é o único partido que tem simpatizantes desde a direita à esquerda. É o único partido que dá verdadeiramente lugar a todos. A número dois da nossa lista é a Cláudia Pinto, vendedora, seguida da Sónia Conceição, cabeleireira, de José Sousa, Maria Deolinda Campos, operária têxtil, Liliana Gil, engª. técnica,

Diana Dias, secretária, Susana Isabel Ribeiro, técnica de radiognóstico, Amândio Faria de Freitas, empresário e Valdemar Pinto Guedes.

“O PPM olha para Esposende, com carinho, atenção, e quer ver um Esposende desenvolvido” Pode esclarecer os leitores do Jornal de Esposende, desta aposta do PPM no concelho de Esposende? O PPM, tem vindo a crescer, fruto da instabilidade vivida e desta insatisfação com o sistema. Também há um maior esclarecimento da população, que se tem apercebido e olhado em redor, e vê que lá fora, os países mais desenvolvidos são monarquias. Basta olhar para Espanha, bem ao nosso lado, Inglaterra, Bélgica, Suécia, Holanda, Japão, Noruega, etc. A própria Igreja é uma instituição Monárquica. Fruto disto, o Partido Popular Monárquico, tem crescido e expandido, enraizando-se nos cidadãos e promovendo esta candidatura. O PPM olha para Esposende, com carinho, atenção, e quer ver um Esposende desenvolvido, sem problemas sociais, ambientais, para que possamos envelhecer em qualidade e tranquilidade, e

(Durante a apresentação da candidatura)

que seja um local onde os nossos filhos tenham futuro e não desejem abandonar. Esposende tem que se tornar um lugar aprazível para se viver. O que será um bom resultado para os”monárquicos de Esposende “ nas eleições autárquicas? Um bom resultado será, com toda a certeza, uma contribuição para a melhoria da vida no concelho de Esposende. Um bom resultado será termos contribuído para a o melhoramento do bem estar das famílias, o melhoramento do apoio aos idosos, o apoio a uma maior eficiência na escola e no ensino em geral, no apoio ao desenvolvimento nas actividades agrícolas, nas actividades piscatórias, pequeno comércio, serviços e turismo, promovendo uma maior distribuição da riqueza para todos os cidadãos. Claro que, estes objectivos, serão mais facilmente alcançados com um lugar de vereação, ou com a Câmara mesmo. Esposende não tem que ir nem para a esquerda nem para a direita. Tem que andar para a frente! Paulo Gonçalves paulofernandogoncal@sapo.pt


JORNAL DE ESPOSENDE

Política Francisco Louça esteve em Esposende, antes das Eleições Legislativas

O líder do Bloco de Esquerda deslocou-se esta semana a Esposende, acompanhado por Pedro Soares cabeça de lista por Braga, e de elementos das concelhias de Esposende e de Barcelos. Esta iniciativa teve como principal objectivo reunir com os pescadores, perceber as dificuldades que enfrentam e quais são as suas ambições, bem como anseios para o futuro. No roteiro decorreu ainda um passeio de barco, de forma a perceber “in loco” os problemas de entrada das embarcações dos pescadores e a necessidade de uma rápida intervenção na Barra de Esposende.

Telmo Correia visitou concelho

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O cabeça de lista do CDS-PP pelo distrito de Braga, visitou pela quarta vez durante a campanha eleitoral, o concelho de Esposende. A comitiva dos populares esteve na Feira de Esposende tendo de seguida visitado a empresa Lacticínios das Marinhas e as instalações da Forbody. Em ambas as empresas o candidato inteirou-se das dificuldades que atravessa o sector empresarial do concelho de Esposende.

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JORNAL DE ESPOSENDE

Actualidade Esposende aqui tão perto, em qualquer lugar do mundo em www.esposende.tv

Um Fórum – Debate com candidatos às eleições legislativas assinalou a estreia da Esposende TV via internet no passado dia 17. A emissão decorreu em directo desde o auditório municipal de Esposende, e na qual participaram Agostinho Lopes (CDU), Ricardo Gonçalves (PS), Pedro Soares (BE), Miguel Macedo (PSD), Altino Bessa (CDS) e Manuel Monteiro (PND-Missão Minho). A Barra de Esposende, erosão na orla costeira, o apoio aos pequenos comerciantes e o desemprego foram temas em destaque ao longo das duas horas que durou o Fórum-Debate. Entre o público, foram presenças notadas, quatro dos candidatos à autarquia de Esposende, Hersilia Brás Marques (CDS), Sónia Mendes (Bloco de Esquerda), João Nunes (PS) e Pedro Meira (CDU). No início de Outubro, dia 3, a Esposende TV e o Jornal de Esposende vão promover novo debate desta vez dedicado às eleições Autárquicas 2009 no concelho de Esposende. Paulo Gonçalves paulofernandogoncal@sapo.pt

Carla Viana (Directora)

Paulo Campos (Administração)

Marta Costa

Marlene Morais

Raquel Belo

António Ferreira

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Paulo Gonçalves


JORNAL DE ESPOSENDE

Das minhas memórias O CAPITÃO – DE – MAR – E – GUERRA JOÃO HUMBERTO DE BOUGARTH LOUREIRO BARBOSA

O comandante João Barbosa como é entre nós conhecido nasceu em Esposende. Pelos seus distintos serviços prestados na defesa e dignidade da Pátria é bem digno da nossa maior consideração e estima, sendo da mais indiscutível justiça que este concelho onde nascemos lhe preste uma homenagem que bem a merece. O comandante João Barbosa fez os seus primeiros estudos no Colégio Franco - Lusitano que tão relevantes serviços prestou na formação de muitos esposendenses. Fez os seus preparatórios Militares na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto a que se seguiu o curso da Escola Naval. Com notável distinção ascendeu às varias hierarquias milita-

res navais até atingir o posto de Capitão – de – Mar – e – Guerra. Além do Curso de Marinha na Escola Naval enriqueceu o seu curriculum com os Cursos Longo de Detecção Anti- Submarina, Geral Naval de Guerra, e Superior Naval de Guerra. Em serviços de chefia, por 36 vezes exerceu funções directivas com invulgar competência que lhe mereceram as mais brilhantes distinções. Em missão de soberania esteve embarcado diversas vezes em navios de guerra com o Afonso de Albuquerque, João de Lisboa, Dão, Tejo, Douro, Pedro Nunes, Roberto Ivens e outros mais em serviço em todas as províncias ultramarinas da Madeira a Macau ou no estrangeiro. Bem me recordo do postal que me enviou da ilha de Ceilão quando, passando pela índia se dirigia a Macau. Recordava-me então da imensidade de nomes de povoações ou pessoas com nomes portugueses, fruto da passagem por esta ilha do indico dos Navegadores Portugueses nos séculos XV E XVI. Pela elevada competência, inteligência e cultura postas ao serviço de tão dignas missões de soberania ao serviço da Pátria recebeu 16 louvores, quer de Oficiais Superiores da Armada com quem prestou serviço quer do Chefe do Estado Maior da Armada a título individual. E são em numero 12 as Condecorações, qual delas a mais distintas mas não deixo de indi-

Opinião Dr. Bernardino Amândio

car as que são de mais eloquente distinção como a do Grau de Comendador da Ordem Militar de Avis, Medalha Militar de ouro da Classe de Comportamento Exemplar, Medalha de Cruz Naval, Medalha Militar de Prata de Serviços Distintos, esta com repetição. O comandante João Barbosa é sem sombra de dúvida um Militar notabilíssimo que ascendeu aos mais distintos cargos da vida militar naval, por mérito próprio honrado, dignificando a Pátria e esta nossa terra que o viu nascer. Cabe a todos nós esposendenses o indeclinável dever de lhe prestar o nosso agradecimento, a nossa gratidão e porque não? a nossa muito sentida Homenagem. Este concelho, useiro e vezeiro a derreter-se em honrarias, distinções, medalhas, nomes escarrapachados em ruas e praças, sem méritos que o justifiquem, esquece “ Quem por obras valorosas se vão da lei de morte libertando” como bem ensina o Poeta Maior da Pátria. São estes improvisados patrões concelhios a dominar instituições sem dar concludentes provas de entenderem bem o que ouvem lêem que esquecem os valores fundamentais que mais honrem, dignifiquem os nomes daqueles que tão relevantes serviços prestaram ao país e pelo seu mérito e exemplo, à terra que os viu nascer. Desempenhou o comandante

João Barbosa no Comando de navios como o da Fragata “ Comandante Roberto Ivens” actuações vitais em Angola com a defesa e segurança das últimas forças militares terrestres portuguesas, ante a independência tão trágica daquela nossa província. Ainda pôde, o navio que comandava, dar apoio ao ultimo transporte de tropas “Uíge” dado que a independência se processava neste dia 11/11/75. Pôde ainda a fragata que regressava sob o seu comando, apoiar um grupo de traineiras de pesca, um arrastão e outras embarcações que abandonavam com os seus pescadores e famílias os portos pesqueiros de Angola. Após uma folha de serviços tão relevante, o Capitão – de – Mar – e – Guerra João Humberto de Bougarth Loureiro Barbosa que nasceu na Rua Delfim Ferreira em Esposende em 28 de Novembro de 1926 passou à situação de Reforma em 28 de Novembro de 1993, residindo actualmente em Bicesse – Alcabideche. O patronato que por bem ou por mal se apossou de Esposende e seu concelho, das suas instituições em geral, necessita de cursos intensivos de historiografia local e jamais, o que será muito lamentavelmente a acontecer, que não pressentem o volume de árvores seculares para engrandecerem e honrarem os imperceptíveis vimes. A forma como se responde aos níveis de valores positivos, séri-

os de curriculum bem definido, por comprovada desonestidade ou viciosa corrupção, transforma esta história concelhia naquilo que o politico e Governador do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda referia em relação ao Governo de Getúlio Vargas: “ o Brasil é um mar, levar-nos a concluir que nos situamos afogados para todo o sempre neste mar de lama de incultura, negação histórica e ignorância? Esposende tem uma longa como bem documentada histórica que se agiganta com o contributo ricamente documentado a partir da 2ª Dinastia. Quem o estuda, quem o investiga, quem o lê? Por alguma razão, a Espanha no passado, abriu um vice-consulado em Esposende e sobre a sua funcionalidade em conexão muito íntima com os serviços alfandegários demonstram a elevada taxa de comércio e navegações marítimas que se podem investigar ao longo de centenas e centenas de documentos originais existentes e atempadamente salvos da destruição que os ameaçavam. Continuará a fazer-se história de Esposende, distante dos costumados aventureiros, plagiadores e tartufos.

vota, jovem ou não, tem o direito de se pronunciar sobre o Governo eleito ou o rumo do país? Na hora de se pronunciarem, não o fizeram e deixaram que outros decidissem por eles.

Com a implantação da República, em 1910, o direito a voto foi estendido aos cidadãos, independentemente, dos seus rendimentos e escolaridade, mas excluía as mulheres.

naram o voto obrigatório. E, nós por cá, o que temos feito com a liberdade dada pelo 25 de Abril?

Votar é um acto de boa cidadania. É um direito consagrado na Constituição Portuguesa como um “dever cívico”, lembrando, de certa forma, o esforço que muitos fizeram para que hoje, em termos igualitários, todos possam votar e expressar a sua opinião, pois, nem sempre tal sucedeu.

O governo fascista, em 1931, abriu a possibilidade para as mulheres votarem, mas apenas para as que possuíam estudos secundários, o que correspondia a um número restrito.

Votar: um direito e uma responsabilidade Dra. Carla Gomes – Economista As eleições legislativas e autárquicas estão aí e com elas somos chamados, enquanto cidadãos portugueses, a votar no partido ou no candidato da nossa preferência. Muitos portugueses votam num partido porque se identificam com a sua ideologia ou até porque têm um familiar ou amigo filiado e votam para o apoiar. Mas, parece que, nos tempos que correm, os portugueses não são adeptos de ideologias partidárias, nem tão pouco da leitura dos programas eleitorais dos partidos, acabando por votar no candidato que lhes inspira mais confiança e empatia. Outros, nem votam, como é o caso das classes mais jovens dos cidadãos portugueses. Os jovens, na sua maioria, não se sentem atraídos pela política, uns porque não se identificam com o

perfil dos políticos actuais e, outros, com a forma como a política é feita. Os portugueses estão cada vez mais instruídos e, por isso mesmo, tendem a ver a política como uma concertação entre partidos, onde as melhores ideias e propostas de cada partido deviam ser aproveitadas, para em conjunto com as do partido no Governo, promoverem um país melhor e sustentadamente desenvolvido. No nosso panorama político, onde está a concertação política? Alguém a vê? Talvez sim, talvez não. O resultado: abstenção. Os níveis de abstenção revelam o desinteresse dos portugueses pela política, o que nos mais jovens requer atenção, pois é nas mãos deles que está o futuro do país. Mas, será que quem não

O direito a voto foi instituído, em Portugal, com as revoluções liberais de oitocentos, mas só podiam votar cidadãos que possuíssem escolaridade e rendimentos superiores a 100 mil reis, pelo que poucos votavam.

O direito a voto, universal para todos os cidadãos, maiores de 18 anos, foi alcançado com a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974.

Votar em branco, num partido grande ou pequeno, seja em quem for, o que importa é votar. Para além de um direito, é uma responsabilidade que temos para com o país, para ajudar a decidir o que é melhor para ele e, sobretudo, para nós, honrando aqueles que lutaram para que hoje tivéssemos tal liberdade. Por isso, para preservar a democracia e como bons cidadãos, vamos com responsabilidade e em liberdade votar.

O direito a voto, derivando de muitas lutas e conquistas é, hoje, sinónimo de liberdade. E, para que essa liberdade não se perca, há países, como o Brasil, que tor25 de Setembro de 2009 |

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JORNAL DE ESPOSENDE

Opinião

“O VERDADEIRO PODER”

Dr.Carlos Ferreira

Se alguém tiver a necessidade de saber o significado da palavra “poder” facilmente satisfará tal pretensão recorrendo a um qualquer dicionário de língua portuguesa. Com efeito, em qualquer dicionário de língua portuguesa se pode ler e obter o significado da palavra “poder” como sendo o ter influência, força, autoridade, vigor, energia, robustez, o ter o mando, governo, mandato, o conseguir, o ter a faculdade ou a possibilidade de, etc… Uma pessoa poderosa é, por conseguinte, uma pessoa que tem ou detém o poder, estando o poder sempre interligado com alguém. Correntemente, não pode falar-se em poder ou poderes sem se pensar nas três grandes divisões dos poderes, sem se pensar na Teoria dos Três Poderes consagrada pelo por Montesquieu, que se baseou na obra denominada “Política”, do filósofo Aristóteles. Como é do conhecimento de toda a gente, constituindo por isso o que juridicamente se chama de “facto notório”, surgiu, entretanto, um novo poder, o poder dos “media”, o poder da comunicação social, seja ela escrita (como acontece com as publicações diárias, de que são exemplo, os jornais, e com as publicações semanais, quinzenais, mensais e anuais, designadamente jornais e revistas), falada (como acontece com comunicação social transmitida via televisão ou rádio), ou mista (de que é exemplo a comunicação social veiculada via internet). A comunicação social, apesar de constituir um poder novo, cha-

memos-lhe assim, nasceu, desenvolveu-se e cresceu mais do que qualquer outro poder. Cresceu de tal modo, quer em quantidade quer em qualidade que, podemos até dizer, a comunicação social, os media passaram a condicionar e até, em muitas (cada vez mais) situações, passaram a controlar qualquer um daqueles outros três poderes. E são muitas as situações em que a comunicação social condiciona e até controla os outros três poderes, incluindo, infelizmente, o poder judicial. Lembro-me, a título de mero exemplo, de uma senhora juíza, amiga minha, em pleno exercício das suas nobres funções de magistrada judicial num determinado tribunal e que, há alguns anos, de manhã, saiu da habitação onde residia para ir trabalhar. Já no exterior do edifício foi prendada com um pedaço do revestimento do edifico que caiu verticalmente junto dos seus pés. De imediato a senhora juíza chama a TVI, aparece no jornal das 13h00 desse canal televisivo e indica o perigo que aquele edifício constitui para qualquer transeunte, para além de problemas de humidade e de salubridade que o edifício apresentava, deixando a identificação do construtor do edifício no ar. Decorridos alguns dias, no tribunal, a senhora juíza vangloriavase daquele seu feito, referindo que o empresário foi de imediato reparar o edifício. Perguntei-lhe então, em virtude dela ser magistrada judicial, da razão de não ter recorrido ao tribunal para resolver a situação, tendo a resposta sido dada de imediato: - “Oh senhor doutor, se tivesse recorrido a tribunal ainda hoje não se tinha resolvido, ia arra-

star-se por muito tempo, enquanto que, assim, a resolução foi imediata”. Ora, por falar em comunicação social não podia deixar aqui de falar no link “Esposende.tv” e no site da internet “www.esposende. tv”, onde se pode aceder a noticias, imagens, entrevistas e outros programas sobre Esposende. A “inauguração”, digamos assim, da ESPOSENDE.TV”, ocorreu no passado dia 17 de Setembro do mês em curso, “inauguração” que contou, na sua programação, com o debate em directo entre candidatos políticos ás eleições do próximo dia 27 de Setembro. A “ESPOSENDE.TV” constitui um instrumento local de comunicação social de enorme, inegável e inesgotável potencialidade, interesse, relevância e importância para o concelho de Esposende. Realmente, Esposende passou agora, definitivamente, a estar na aldeia global que é o planeta Terra e no mundo da internet. Os emigrantes portugueses, bem como qualquer outra pessoa, onde quer que estejam, poderão agora aceder a tal site e estar em directo com Esposende, matando saudades do seu concelho. A iniciativa deve-se a Paulo Sérgio Campos, empresário de reconhecido sucesso, a quem quero daqui endereçar os meus cumprimentos e parabéns por saber acompanhar o presente, pela visão de modernidade e de futuro e pelo sentido de investimento nesta época de crise. Esposende tem necessidade de empresários desta índole e é pena que pessoas como o Paulo Campos e projectos e investimentos deste género não tenham apoios financeiros por parte da autarquia

esposendense. Com projectos, investimentos e pessoas com tal natureza e postura Esposende já deu e dará passos largos de modernidade. Apesar da comunicação social constituir um forte poder não é ela, no triste mundo em que vivemos e para a generalidade das pessoas, a mais forte dos poderes. Numa perspectiva material, o mais poderoso dos poderes é o poder do dinheiro, o poder do ouro, o poder do chamado vil metal. William Shakespeare, in “Timão de Atenas”, caracterizou o dinheiro, o ouro, de um modo bastante esclarecedor, dizendo “ o ouro amarelo, fulgurante, ouro precioso! (...) Basta uma porção dele para fazer do preto, branco; do feio, belo; do errado, certo; do baixo, nobre; do velho, jovem; do cobarde, valente. Ó deuses!, por que isso? O que é isso, ó deuses? (...) [O ouro] arrasta os sacerdotes e os servos para longe do seu altar, arranca o travesseiro onde repousa a cabeça dos íntegros. Esse escravo dourado ata e desata vínculos sagrados; abençoa o amaldiçoado; torna adorável a lepra repugnante; nomeia ladrões e confere-lhes títulos, genuflexões e a aprovação na bancada dos senadores. É isso que faz a viúva anciã casarse de novo (...). Venha, mineral execrável, prostituta vil da humanidade (...) eu o farei executar o que é próprio da sua natureza”. Infelizmente, o dinheiro, o ouro consegue, muitas vezes, mas não sempre, comprar aqueles outros quatro poderes. O dinheiro tornou a maioria dos homens, seu escravo, tendo-lhe extraído as suas qualidades. O dinheiro e a busca da riqueza fizeram e fazem

dos homens os maiores miseráveis e execráveis seres vivos. Felizmente há homens, poucos, cada vez em menor número que, independentemente do dinheiro que tiverem, continuam a ser iguais a si mesmos, preservando as suas qualidades, não se esquecendo do seu berço e dos princípios de educação que receberam dos seus progenitores e antepassados, pessoas que sabem preservar os valores da amizade, da solidariedade, do respeito, da honestidade, da fidelidade, enfim, da dignidade. Felizmente, ainda há homens que apresentam essas qualidades de um bom pai de família. E são esses homens e não os desonestos, são essas pessoas e não os infiéis, são esses seres humanos e não os sem carácter, são esses homens e não os sem vergonha, que merecem e devem ocupar cargos de importância vital para o desenvolvimento das comunidades. Para mim, o maior, o mais importante dos poderes do homem é o poder de saber preservar as suas qualidades, o seu carácter, a sua dignidade, a fidelidade ao seu amigo, a sua honestidade, o seu bom nome. Aproximam-se eleições. Procurem essas qualidades e disparem, através do voto, chumbo nos sem carácter, nos sem vergonha, nos indignos, nos desonestos, nos falsos. . Até breve.

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JORNAL DE ESPOSENDE

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JORNAL DE ESPOSENDE

Actualidade

COMEMORAÇÃO DO CINQUENTENÁRIO DA ESCOLA PRIMÁRIA DE GEMESES

A Associação de Pais, a Escola e a Junta de Freguesia de Gemeses vão promover, no próximo dia 4 de Outubro, um conjunto de iniciativas com o objectivo de assinalar o cinquentenário da Escola e para o qual estão convidados os antigos professores, alunos e população em geral. As comemorações terão início às 14 horas, com a recepção aos convidados, o descerrar de uma placa alusiva à efeméride e entrega de uma medalha comemorativa aos alunos e professores do 1º ano de funcionamento da Escola (1959/60). De seguida será inaugurada uma exposição intitulada “EB1 de Gemeses: 50 anos de história(s), organizada em colaboração com o Museu Municipal de Esposende e a Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, em que se procura recordar a História da Escola e as muitas vivências individuais e colectivas de meio século de vida. No encerramento do evento realizar-se-á um lanche convívio que proporcionará momentos de partilha e experiências de vida de ontem e de hoje.

CDS-Apúlia Já foi inaugurada a sede de campanha, da candidatura de Cândido Escrivães à Junta de Freguesia de Apúlia nas eleições autárquicas de 11 de Outubro. O candidato dos populares, contou com a presença de muitos apoiantes e de Hersilia Brás Marques candidata à autarquia e de Berta Viana a cabeça de lista à Assembleia Municipal de Esposende. Cândido Escrivães mostrou-se entusiasmado com o apoio recebido, e promete algumas “surpresas” durante a campanha eleitoral na freguesia apuliense.

RANCHO DE FONTE BOA O Rancho Folclórico de Fonte Boa realizou no último fim de semana o seu tradicional passeio de fim de época folclórica. Este ano o local escolhido foi a zona de Lisboa, com passagem por Almada, tendo decorrido o almoço junto ao Cristo Rei. Os componentes do Rancho de Fonte Boa visitaram ainda o Mosteiro dos Jerónimos e a zona de Belém. No final da visita aproveitaram para dar um pezinho de dançar chamando a atenção de algum público. E assim se passou um dia agradável de convívio. Paulo Gonçalves paulofernandogoncal@sapo.pt

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- dores nos pés - pé cavo ou pé plano - dedos sobrepostos - esporão do calcâneo - dismetrias (pernas de diferentes tamanhos)

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Alterações dermatológicas

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- caminha de forma incorrecta - pés para dentro ou para fora - joelhos juntos ou afastados - desgaste anormal do calçado - cansaço frequente

Patologia das unhas

- encravada-micótica-grossa

Pé diabético

(se é diabetico, previna-se)

Estudo informatizado do pé

Esposende

lg. Rodrigues Sampaio (junto ao tribunal) Tel. 253 961 705 | Tlm. 969 069 418 4740-289

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JORNAL DE ESPOSENDE

Desporto

No ano que assinala o décimo aniversário, o Hóquei Clube de Fão volta a competir no nacional da 3ªdivisão de seniores masculinos, a que se junta na temporada de 2009-2010 a aposta na formação e a abertura da secção de patinagem artística. Rui Abreu o presidente da colectividade fangueira em entrevista ao Jornal de Esposende, traça os objectivos deste seu mandato. Quais são os objectivos traçados do clube para a época de 2009-2010? Rui Abreu: O principal objectivo das camadas jovens do Hóquei Clube de Fão é em primeiro lugar formar pessoas, depois bons alunos e se no final poderem conjugar com o hóquei, tanto melhor. Relativamente à equipa sénior masculina, o grande objectivo é o lançamento de alguns atletas provenientes da nossa formação, conjugados com jogadores mais velhos e mais experientes, que podem transmitir aos mais novos conhecimentos e saberes da modalidade. Desportivamente, não temos como meta a subida, contudo vamos para os jogos com a vontade de vencer e no final fazem-se as contas. O HC Fão é um clube que não paga qualquer salário aos jogadores, nem ajudas de custo, pois financeiramente o HC Fão não tem essa possibilidade. Contudo temos um óptimo grupo de trabalho que mesmo nos tempos difíceis de hoje, ainda trabalham por amor à camisola. Na equipa sénior feminina, vamos nesta primeira fase apoiar e promover os treinos e a participação em alguns torneios, para numa segunda fase, incluirmos a equipa no campeonato nacional de hóquei em patins, dando possibilidade às mulheres do concelho e arredores, terem mais uma modalidade para desfrutar. O HC Fão tem também como principal objectivo a captação de novos atletas, pois um clube deve ser preenchido pela base e não pelo topo, pois os mais novos são o futuro do clube. Entre as novidades da nova temporada, é o regresso da equipa sénior masculina? A equipa sénior nasceu de uma necessidade do clube, pois este contava com cinco jogadores, que já tinham concluído todos os escalões de formação e alguns encontravam-se parados. Seria um crime, o clube esquecer estes atletas e não apostar numa equipa sénior, dado que estes jovens, sempre estiveram ligados ao clube desde da sua fundação. A ideia foi amadurecendo ao longo da época transacta, onde fomos contactados por vários jogadores, que demonstraram uma enorme vontade em pertencer a

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este projecto. Um dos principais factores que nos levaram a aceitar todos estes jogadores, vindos de Vila de Conde, Póvoa e Porto, deve-se ao facto de alguns deles estarem na génese do HC Fão, como o João Portela (jogador/treinador) e Joni, (o capitão). A estes jogadores acrescentamos o José Pedro e o Ascánio, pessoas que estão ligadas ao Clube e à Vila Fangueira. Trata-se de um plantel muito equilibrado e que tem surpreendido nesta fase inicial da pré-temporada, pois tem efectuado belíssimas partidas, mostrando um elevado nível de Hóquei. Como não é imposto qualquer objectivo, a equipa vai jogar descontraída. Na minha opinião, esta equipa vai fazer uma época agradável na 3ª divisão nacional. Entre as apostas viradas para o sexo feminino, o HCF passa a contar com uma equipa de patinagem artística e uma formação de hóquei? O HC Fão, conta na sua formação com muitas meninas, que só podem jogar conjuntamente com os rapazes até ao escalão de iniciados. Como não tinham qualquer incentivo dentro da modalidade, por uma questão de respeito e de igualdade, a direcção decidiu avançar para a iniciação de patinagem artística e uma equipa de seniores femininos, contando nesta fase inicial com oito atletas, sendo uma delas a Fangueira Carla Sousa, grande obreira deste escalão e que deu os seus primeiros passos no HC Fão. O desporto feminino tem de ser uma aposta dos clubes, pois o desporto deve ser para todos e o mais abrangente possível. A patinagem artística é uma aposta que visa dar seguimento as muitas solicitações, que vão ocorrendo por parte das atletas, que estão na escola de patinagem do nosso clube. Inicialmente não vamos entrar em competição pois estamos a dar os primeiros passos na modalidade. A patinagem artística pode ser praticada dos “4 aos 94 anos”, onde podemos encenar as mais variadas coreografias, dando colorido e momentos mágicos ao clube. A curto prazo pretendemos iniciar a patinagem de velocidade,

Rui Filipe do Rego Azevedo Abreu IDADE: 31 anos NATURAL DE: Forjães PROFISSÃO: Engenheiro Civil com atletas do sexo feminino e masculino, tornando o HC Fão um clube eclético, abrangendo assim várias vertentes desportivas como o hóquei, a patinagem artística e a patinagem de velocidade.

As camadas jovens voltam a merecer destaque, com vários escalões em acção nos diversos campeonatos regionais? O Hóquei Clube de Fão vai contar com mais de 150 atletas a competir nos diversos escalões. As camadas jovens incluem atletas dos 4 anos aos 19 anos, onde temos os campeonatos regionais infantis, iniciados, juvenis e juniores, onde tivemos a melhor classificação de sempre, na época passada. O HC Fão, esteve muito perto de entrar nos nacionais, com as equipas Fangueiras a ficarem no 3º lugar, a escassos pontos da subida ao Nacional. Neste momento o clube encontra-se a dar um passo muito importante, pois começamos a deixar de ser uma equipa simpática de “bairro” e passamos a ser incomodativos, pois já discutimos a vitória em todos os jogos. Esta é uma demonstração séria do trabalho desenvolvido neste clube. Este projecto é uma aposta a médio/longo prazo, pois devemos crescer sustentadamente, sem entrar em loucuras. Nos escalões mais jovens (escolares, benjamis e bambis), não temos com-

petição, apenas fomentamos o divertimento e o convívio entre os miúdos. É claro que todos os jovens gostam de ganhar, contudo também têm de aprender a conviver com as derrotas. Nestes escalões, mais importante do que ganhar, é participar, conviver e divertirem-se. Que balanço faz desde que chegou à presidência do HCF? O balanço que faço é muito positivo. Quando cheguei ao HCFão, o clube estava crítico, pouco ou nada existia, as decisões eram tomadas de um modo pouco ortodoxo. Contudo, com esta nova direcção, tudo foi encaminhado positivamente, claro que não podemos agradar a todos, críticas houve, há e haverá sempre, principalmente de quem nada faz pelo HC Fão. Mas como as coisas aos poucos vão mudando, agradando ou não a todos, ainda temos um longo caminho a percorrer e muito deste trabalho, deve-se a muitos elementos da direcção, de familiares de atletas ou simplesmente simpatizantes, pois sem eles nada seria possível. Tenho elementos que são incansáveis no apoio ao clube, tornando o HC Fão um clube vivo, com alma, dinâmico e empreendedor. Os atletas que chegam ao clube ficam alucinados, com o modo que são recebidos e tratados, isto demonstra o bom ambiente que tentamos oferecer, para a prática da modalidade. O HC Fão saiu do anonimato e hoje é respeitado pelo trabalho sério que efectuou, em prol de uma sociedade melhor. Este clube não tem qualquer dívida e é cumpridor dos seus deveres, não podem apontar a esta direcção qualquer dívida, pois têm todas as suas contas em dia. Uma das metas desta direcção é tornar o clube auto-sustentado de modo a permitir uma melhor gestão dos

próximos dirigentes. Gostaria de salientar que esta direcção esteve presente na constituição e fundação da Associação Nacional de Clubes de Patinagem, instituição que pretende defender os clubes na Federação Portuguesa de Patinagem, estando o HC Fão no pelotão da frente. O clube assinalou recentemente 10 anos de vida, qual seria a melhor prenda para a instituição? Dez anos é uma marca histórica em qualquer clube e neste momento a melhor “prenda” que poderiam dar aos miúdos seria uma carrinha de 9 lugares, isto porque muitos pais trabalham ao fim de semana e não podem deslocar-se para os jogos fora de casa. Existem outras “prendas” mais simbólicas, como o lançamento de um livro, contudo o dinheiro não da para tudo. Neste momento o livro dos “10 Anos do Clube”, já está pronto em suporte digital, estamos somente à espera de conseguir patrocínios, para depois podermos proceder a edição do mesmo. Nós defendemos que o desporto não é só aquele que se joga dentro das tabelas, mas é também cultura. Uma prenda mais arrojada e ambiciosa, seria termos um pavilhão só nosso, contudo este presente é demasiado excêntrico e seria mais complicada alguém conseguir realizá-lo, dado que se trata de um elevado investimento e a conjuntura económica ser de difícil concretização. Paulo Gonçalves paulofernandogoncal@sapo.pt


JORNAL DE ESPOSENDE Canoagem Gemeses sagrou-se Campeão Nacional dos Torneios Abertos

Nas finais dos Torneios Abertos, o Recreativo de Gemeses sagrou-se Campeão Nacional por equipas, alcançando ainda vários títulos individuais, numa prova em que também participaram atletas do CN Fão e do Rio Neiva-ADA. Do Náutico de Fão, que vem diminuindo consideravelmente o número de atletas, chega a notícia de mais um título regional conquistado por Hugo Ferreira e Artur Pereira na prova de Esperanças e na especialidade de Cadetes K2.

José Belo

Futebol CF Fão eliminado em Sintra da Taça de Portugal nas penalidades FC Marinhas consente reviravolta do Limianos em jogo antecipado Na 2ª eliminatória da Taça de Portugal, o CF Fão viajou até Sintra, com muitos adeptos a acompanhar e cheios de esperança, mas a sorte ditou mais um jogo de 120 minutos e grandes penalidades. Desta vez a sorte virou as costas à turma de Jó Faria, que perdeu 4-5 após o 0-0 final. Já para o Campeonato no passado domingo o CF Fão voltou a perder desta vez em casa com o Maria da Fonte por 0-2. Antecipando o jogo da 2.ª jornada o FC Marinhas, foi até Ponte de Lima e depois de chegar ao intervalo a vencer por 2-1, consentiu que o Limianos desse a cambalhota ao marcador. Resultados: Taça de Portugal – 2ª Eliminatória: US Sintrense, 0 CF Fão, 0 (5-4 g.p) Campeonato Nacional da 3ª Divisão - 2ª Jornada: AD Limianos, 3 FC Marinhas, 2 CF Fão, 0 Maria da Fonte, 2 AD Esposende à 2.ª jornada já lidera na Divisão de Honra

Andebol Juventude de Mar entra a “matar” na 1.ª Divisão

Vencendo na 1ª jornada em Aveiro o São Bernardo por 39-29 e na 2ª jornada no passado sábado, no seu pavilhão o Almeida Garret por 33-22, a equipa de Seniores Femininos da Juv. Mar entra da melhor forma no Nacional da 1ª Divisão, repartindo já o comando com mais 3 equipas e abrindo boas perspectivas para a nova época.

Triatlo em Fonte Boa

Depois do grande “derby” Apúlia-AD Esposende da 1ª jornada terminar empatado, eis que a ADE, vencendo o Águias da Graça chegou ao topo, embora igualado com várias equipas, todas com 4 pontos. Por sua vez os apulienses, agora treinados por Didi não resistiram ao forte candidato Vilaverdense. Nota ainda para as entradas demolidoras de Forjães na 1.ª Divisão e do Gandra FC na 2.ª 80 participantes oriundos de diversas localidades do zona norte, participaram no 1º Triatlo da Associação Desportiva de Fonte Boa. A competição foi animada e os melhores classificados levaram para casa, dois magníficos”bacalhaus”, após uma manhã desportiva em que tiveram que pedalar, correr e pagaiar. Cândido Escrivães, o presidente do clube organizador, mostrou-se muito satisfeito com a iniciativa”somos pioneiros nesta iniciativa, e desde já agradeço ao Nelson Pontes e ao António Carreirinha que foram os grandes impulsionadores deste Triatlo de Fonte Boa” Após a competição decorreu um almoço convívio em que não faltaram as “fêveras” e as “sardinhas asPaulo Gonçalves | paulofernandogoncal@sapo.pt

BTT Paulo Cepa e João Araújo Campeões Regionais de Cross County Após as vitórias na 7ª prova do regional da AC Minho, Paulo Cepa da ADE/Propedal e João Araújo da JUM/Sanipóvoa, tem os títulos assegurados. No caso do ciclista de Belinho a correr na ADE, será o 2º consecutivo, enquanto João Araújo fará o seu “Tri”. Por outro lado Mário Barroso da JUM, que venceu a última prova em Creixomil, vai lutar nas 3 últimas provas com Diogo Escrivães da ADE, pelo título de Juvenis, já que apenas 2 pontos os separam. Entretanto o fangueiro João Araújo também já garantiu o título da Taça Regional do Porto, seguido por Joaquim Sá da ADE/Propedal e no campeonato desta Associação foi Vice. Paulo Cepa foi também ele Campeão da taça Regional do Porto, vencendo todas as 7 provas e o 2.º classificado na sua categoria de cadetes foi Diogo Figueiredeo da JUM. Na Taça de Portugal o Veterano B João Araújo, conseguiu garantir o 3º lugar do pódio. Destaque ainda para os 2.ºs lugares de Abel Machado em Veteranos A e de José Belo Mário Barroso em Juvenis, ambos ciclistas da JUMarinhas.

Resultados dos Campeonatos Regionais Divisão de Honra: 1ª Jornada: GD Apúlia, 0 AD Esposende, 0 2ª Jornada: AD Esposende, 3 Águias Graça, 1 Vilaverdense, 3 GD Apúlia, 1 1ª Divisão – 1ª Jornada: Viatodos, 1 Vila Chã, 0 Forjães, 5 D. Gerês, 1 2ª Divisão – 1ª Jornada: AntasFC, 1 AD Carreira, 2 Celeiros, 8 Juv. Belinho, 0 Gandra FC, 8 AD Tebosa, 1 Taça da AF Braga – 1ª Eliminatória: Forjães SC, 2 Gandra FC, 0 MARCA, 3 Juv.Belinho, 1 Antas FC, 0 Vila Chã, 3

Director: Paulo Gonçalves Redacção: Carla Viana e Paulo Gonçalves Colaboradores: Dr. Bernardino Amândio, Prof. Rui Vasquinho, José Belo, Prof. Luís Campos, Dra. Diana Vale, Dra. Carla Gomes, Dr. Carlos Ferreira, Artur L. Costa Paginação/Design: Luís Costa Fotografia: Lúcio Viana Distribuição: Gratuita Proprietária Sabores de Verão SA - Rua Dr. Henrique Barros Lima, 5 - 4740-323 Esposende Telefone/Fax: 253 986 258 E-mail: jornaldeesposende@sapo.pt Editor: Sabores de Verão SA Sede: Sabores de Verão SA - Rua Dr. Henrique Barros Lima, 5 - 4740-323 Esposende Impressão: Oficina de S. José Apartado 4711-914 Braga

José Belo

Ano 29 - Nº 620 Tiragem 1500 No. Reg. I.C.S. - 106125 Depósito legal no. 204498/03

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Opinião ATÉ O MUNDO É Prof. Luís Campos

Hoje começo mesmo por falar de Futebol…para ser diferente! Sabem porque o Cristiano Ronaldo não marca golos na selecção? Vou dar a minha opinião. No Manchester United o miúdo, sim existe muita gente que se esquece que ele ainda é um miúdo (já sei que vão dizer que para ganhar tantos milhões já não é um miúdo, como se a sua idade se alterasse só porque ganha muito dinheiro!) quando marcou todos aqueles golos que o ajudaram imenso a conquistar o título de melhor do Mundo, jogava solto numa das quatro posições do campo mais adiantadas. Aparecia pela esquerda, pela direita e por uma das posições centrais mais avançadas de forma inconstante, imprevisível e … terrível para os defesas que muitas vezes nem se apercebiam de onde ele aparecia. Beneficiava então da forte mobilidade dos 4 avançados. Sim, falei bem, 4 avançados! A base era,

Rooney, Tevez, Giggs e Ronaldo. Todos avançados móveis. Na época seguinte, Sir Fergunson entendeu por bem colocar um avançado mais de área na frente como ponto de referencia, Berbatov e… Ronaldo, mesmo com o senão da lesão vinda do Europeu já não foi o mesmo! Agora no Real Madrid, novamente sem uma referência mais fixa na frente, pois Raul, Káká e Benzema são todos eles muito móveis, reapareceu o Ronaldo fazedor de golos! Se lhe colocarem lá de forma mais estática um avançado mais fixo, Ronaldo deixa de aparecer de forma imprevisível na área, e por consequência deixa de ser goleador. Um modelo de jogo não é só feito em função do ideal do Treinador, mas de muitas outras coisas também, entre as quais as características dos jogadores que se possui. Mas, questionam Vocês? Não saberá Queirós de isso mesmo?

UMA BOLA…

Nunca terá constatado esse dado? Claro que sim! O problema não é de forma alguma o próprio Ronaldo, o problema são as características dos outros jogadores (penso que a mobilidade de Liedson o vai favorecer imenso), mas acima de tudo, algo de que não falei até agora propositadamente! É que para Ronaldo se tornar um grande goleador com 4 avançados móveis, por trás de si, terá que ter uma super estrutura de grandes médios e defesas, que se sacrifiquem imenso em prol dos 4 Homens mais adiantados. E tal torna-se muito, mas mesmo muito difícil. Não temos em Portugal nenhum Diarrá, nem nenhum Fletcher, e nem mesmo as tentativas de Queirós com a colocação de Pepe no meio campo têm resultado como ele pretendia. Ronaldo só rende em estruturas super ofensivas, e com Homens na sua retaguarda que se sacrifiquem quase exclusivamente em

missões defensivas. Ou seja… Mesmo o Cristiano Ronaldo sem os outros, não é ninguém! Parece que se torna até um jogador vulgar, quando é de facto um dos melhores do Mundo. Daí muitos Portugueses não o apreciarem sequer como jogador! Serve este texto para lembrar uma velha máxima da História da Humanidade. “ Sozinhos não valemos nada!”. E infelizmente a nossa sociedade está a tornar-se cada vez mais egoísta. Por isso, se queremos todos que Portugal seja uma “grande equipa”, temos todos que ir a votos nestas eleições legislativas. Não podemos ser egoístas de deixar que sejam os outros a ir escolher o futuro por nós, para ficarmos comodamente á espera do que venha a acontecer, limpando as mãos como Pilatos. Temos também que fazer o nosso papel dentro desta “grande equipa”, que

somos todos nós, e neste caso, jogar em equipa significa, ir votar. Significa expressar a nossa opinião. Ninguém resolve nada sozinho! No meu caso entendo que sejam talvez as eleições mais importantes para o País, desde que exerço este direito. Espero que também seja o seu… Depois sim pensem nas Autárquicas, não se esqueçam das Legislativas de Domingo. Eu já decidi! Vou jogar a Trinco (médio centro), e fazer a cruz no quadrado certo com grande agressividade e espírito de equipa. Acho que vou fazer de Diarrá do Real Madrid e “varrer” isto tudo…Pode ser que a gente comece a fazer golos, e ainda se apure para o “ Mundial”. Feitios…

CRÓNICAS DE ANTIGAMENTE

“ESPOSENDE… DE RELANCE!” ESTREOU-SE HÁ 53 ANOS Alguns dos intervenientes na revista de teatro, “Esposende… de relance”, que estreou-se em 24 de Abril de 1955, não resistiram ao tempo e deixaram-nos, para sempre. Ficou pois, a memória desses esposendenses: Armindo Rocha Duarte, que foi oficial dos CTT; Plácido Joaquim Martins, , da Repartição de Finanças, quer em textos quer em letras e músicas populares. Outros falecidos, merecem a sua memória: Prof. Borges de Azevedo, a jovem Maria Jovita Enes, Maj. Albino Pedrosa Viana, Dr. António Carvalhal com o virtuosismo da sua guitarra coimbrã; Mário Caldas Amorim, com a viola, muito clássica; Dr. Alceu Maria Vinha dos Santos, Jacinto Costa, pelas pinturas e arranjos artísticos em cenários; Manuel Silva Pinto, Manuel Lopes Miranda. Do grupo que deu apoio à ideia, há, ainda: José Sousa, da Guarda fiscal, Jaime Tavares, António Duarte, António Gonçalves Lopes, o Retinto; mas dos vivos, será lícito recordar: Henrique Velasco, da Guarda-fiscal; João Ferreira e mulher, entretanto deslocados no Brasil, desconhecendo-se a situação actual; Dr. Orlando Capitão, Manuel Cerqueira Nunes da Silva, o ponto; Artur Lopes da Costa, na guitarra, com o Dr. An-

tónio Carvalhal e na orquestra de cordas; também, já falecidos: António José Ferreira, Prof. Elias Lopes Cardoso, Américo Magalhães, electricista. Uns tempos depois, os irmãos Vieira, de Braga, participaram com um moderno sistema de acordeões que foi um sucesso e dispensou a orquestra típica de cordas, bem à moda de Esposende, só nossa e que deixou história, também pela ousadia e pela ingratidão de muita gente pois, dificultaram as actuações, com atitudes impróprias da época. Já se passaram 53 anos sobre a estreia e os espectáculos que permitiram lotação esgotada, excepto em Fão, porque uma inesperada decisão impediu a orquestra privativa de se exibir em palco, com as músicas criadas para o efeito. De resto, nesta parte, o salão da catequese de Fão, excepto alguns amigos, houve o propósito de boicotar o espectáculo, que resultou. De salientar, nesta data, a simplicidade dos participantes de Esposende, quando se aplicaram para bem representar Esposende e a sua gente. Todavia, é de sa-

lientar, mais uma vez, autores e artistas, colaboradores, firmes como sempre, deram um grande esforço e, assim, contribuíram para o desenvolvimento de Esposende, tal como todo o apoio dado para bem da cultura local. É que, toda a peça, andava à volta da vida e à situação da época; usos e costumes, os problemas, muitos dos quais, com actualidade no período pós revolução do 25 de Abril/74. Mas o maior perigo, nesta data longínqua, era a censura controlada pelo Estado. Foi dito, em público, com toda a carga psicológica, “no dia 25 de Abril de 1955, o povo desta vila sacudia-se numa alegria invulgar, com a representação duma revista de teatro que ficaria bem gravada na memória de muitos esposendenses”. Manifestação cultural de muito interesse etnográfico, abordou problemas ainda latentes, transformou Esposende numa grande família. De resto, dizendo-se que a receita era em benefício do Esposende Sport Clube, estava tudo dito, melhor: esclarecido, porque o futebol era a mola real que fazia mexer muita gente. “Dar um pouco de vida a Espo-

sende que então sofria de um marasmo impressionante…”, dissenos mais tarde Armindo Duarte, numa das entrevistas publicadas. Mas, de facto, os ensaios que se arrastaram por alguns meses, fez reunir toda gente válida, o bastante para o tal sacudir de que sempre falou o autor e coordenador desta peça. Contudo, acrescentaria:” A ideia surgiu num domingo gordo de Carnaval, repleto de gente nova, já se tinha feito o desfile ou corso. Cenas hilariantes a recordarem outros bons velhos tempos! Então, continuou Armindo Duarte: “Empurrado por alguns amigos, com destaque para Henrique Velasco, atirei-me com todo o entusiasmo a escrever a revista em questão, sendo os versos de Plácido Martins, versos adaptados a músicas já existentes”, disse-nos, então, Armindo Duarte. Portanto, o objectivo era, “dar um pouco de vida a Esposende…” e conseguiu…! O teatro de revista voltou ao palco do Teatro Clube, em fase de abandono, depois recuperado para Museu Municipal. E de salientar, com justiça, o sacrifício, a luta, a insistência ao longo dos tempos, o esforço dessa juven-

tude voluntariosa. Eis, em traços largos, um acontecimento que deu a volta ao meio ambiente de Esposende, muito se conseguiu, entre outros objectivos seriam satisfeitos, porque os anseios de Esposende, nessa época distante, sobretudo quanto a tempos de lazer e de cultura. A revista de teatro, cumpriu o objectivo, embora fossem mais longínquos, permitiu quanto era querida essa Esposende; senão, atentem: abre o pano, uma jovem representava Esposende e um coro de ninfas, cantava: “Bela Esposende, terra formosa qual linda rosa em que rescende o rir alegre das raparigas, cantando sempre lindas cantigas…” Quem ficaria indiferente a tanta alegria, esforço e apego às nossas coisas? Hoje, Santo Deus, ninguém sabe o que quer, excepção para os politiqueiros… e quejandos! Artur L. Costa

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Local A autarquia de Esposende vai promove, amanhã, na Casa da Juventude, a Festa de Recepção ao Aluno, com o concerto dos The Partisan Seed ao vivo.

Partisan Seed pretende revelar um profundo auto-retrato do compositor, através de um fluxo de canções despretensiosas, introspectivas e sinceras.

Através da promoção deste espectáculo, agendado para as 21h30 e com entrada livre, a Autarquia pretende dar as boas vindas aos alunos, no arranque de mais um ano lectivo.

Depois da apresentação, na Casa da Juventude, em 2008, do álbum “Visions Of Solitary Branches”, os The Partisan Seed preparam-se agora para apresentar o seu segundo álbum de longa-duração, “Indian Summer”. Neste concerto, Filipe Miranda será acompanhado por Nuno Fernandes (guitarra e bandolim) e por Pedro Oliveira (percussão).

Antigo vocalista dos já extintos Kafka, Filipe Miranda apresenta-se agora a solo, com The Partisan Seed, num estilo livre de composição e interpretação, pura escrita de canções de inspiração pessoal e descomprometida. Privilegiando as mensagens das letras, que vivem entre o amor e a melancolia, The

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25 de Setembro de 2009 |

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LOCAIS DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA : ESPOSENDE: BAZAR SERRA SERRA DA SORTE CONFEITARIA PRIMOROSA NÉLIA LOJA KELI PAPELARIA CÁVADO PÉNORIO BAR & RESTAURANTE FÃO: CAFÉ TODAVIA PÃ-PÃ PAPELARIA GALÁCTICA PADARIA-PASTELARIA 3º GERAÇÃO S.BARTOLOMEU DO MAR: CAFÉ MARANHÃO BELINHO: CAFÉ AVENIDA MARINHAS: QUIOSQUE SÃO MIGUEL APÚLIA: CAFÉ RAFAEL PIZZARIA URBANUS FONTE BOA: CAFÉ TÁ-SE BEM CAFÉ BOA FONTE RIO TINTO: CAFÉ PIMENTA GANDRA: CAFÉ NOVO SÉCULO CAFÉ DO PAÇO S.PAIO DE ANTAS: CAFÉ NOVA ERA FORJÃES: CAFÉ NOVO VILA-CHÃ: CAFÉ STO.ANTÓNIO PALMEIRA DE FARO: TROPICAL CAFFÉ GEMESES: CAFÉ STOP 5 CAFÉ CASEIRO CAFÉ CRUZ CURVOS: CAFÉ JUVENTUDE BARCELOS: CASA TEMTUDO

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BRAGA: COLINATRUM A BRASILEIRA ASTÓRIA QUIOSQUE DA ARCADA

Tradição “Quintino” na arte de trabalhar a pedra Nomes iguais, Fernando Neto, um é o pai actualmente com 62 anos, o outro é o filho, ambos artistas e seguidores do mestre “Quintino”. Estes dois esposendenses continuam a dedicar horas sem conta no contacto diário com os blocos de granito, calcário e mármores. Fernando (pai) desde muito jovem, começou a trabalhar, esculpiu uma figura religiosa quando tinha apenas 12 anos de idade, porque a inspiração é algo que aparece, entre as várias voltas pela cidade, e no horizonte o rio Cávado e todo o privilégio de um concelho. A natureza, ou mesmo em sonhos, as ideias aparecem num autêntico registo, as peças surgem depois, com o devido tempo, em que podem demorar dias ou semanas a executar. Cada peça é como um filho ao nascer “é uma paixão por tudo que se faz, apesar de em Portugal actualmente não ser fácil viver da arte, porque a cantaria acaba por ser um escape” De Portugal ao Brasil, Fernando Neto, apresenta os seus trabalhos, porque como diz “por vezes passo despercebido na terra onde nasci” De pai para filho, a tradição continua, e cabe agora ao filho Fernando, garantir a continuidade desta arte, e entre os sentimentos, surge o desabafo “temos peças originais e que realmente fazem a diferença pela qualidade, trabalhamos na pedra, mas não vivemos na era da pedra” A exposição “A arte é a objectivação do Sentimento” pode ser visitada no Posto de Turismo de Esposende, até ao mês de Novembro. Paulo Gonçalves | paulofernandogoncal@sapo.pt


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