Revista Científica da Escola Superior de Advocacia: Planos de Saúde - Ed. 16

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Esse monitoramento é feito através de plataforma de telemedicina, por meio de aparelhos de captura de sinais vitais, como: pressão sanguínea, oximetria, temperatura, peso ou nível de glicemia à distancia. Esses aparelhos transmitem os dados via Bluetooth, e os profissionais autorizados podem acessar essas informações, em tempo real, de qualquer computador com acesso à internet, tablet ou smartphone. Quando é verificada uma situação fora da normalidade, a central pode enviar avisos de alerta através de SMS, e-mails ou alarmes no próprio perfil dos pacientes, para que todos os envolvidos com os cuidados – familiares, médicos, enfermeiros e cuidadores – sejam informados e procedam da forma mais adequada.

Obviamente esse tipo de tecnologia não é barata, afinal envolve equipamentos remotos, conexões de banda larga, pessoal qualificado e equipes de apoio. No entanto, é a opção em que há mais investimento, pois o conceito de Home Care, por si só, é bastante invasivo para os pacientes e outros moradores da residência, entretanto, acreditam os especialistas que, com a telemedicina essa sensação de invasão é diminuída, por não necessitar da constante presença de uma pessoa, seja esta profissional ou familiar, verificando os sinais vitais do paciente.

Outra questão pertinente ao emprego de tecnologia em Home Care, foi a aprovação do Testamento Vital pelo Conselho Federal de Medicina (resolução 1.995/12). De acordo com essa resolução, os pacientes podem definir, junto ao médico, os limites terapêuticos em sua fase terminal. Dentro desses limites, escolher morrer

em casa, no conforto de seu lar, junto aos seus entes querido, é uma situação que não causa estranheza à natureza humana. Porém, a desospitalização de um paciente terminal não é tarefa fácil para aqueles que devem cuidar dele. Daí a necessidade de receber todo o suporte e supervisão médica necessária. Nesse caso, é imprescindível que o serviço de Home Care disponha de alta tecnologia, pouco invasiva, como: sistemas de redes wireless para monitoração, modalidades de Telemedicina, técnicas de processamento de imagem para diagnóstico, uso de sensores não invasivos, subcutâneos, etc. Tecnologias estas, que forneçam a supervisão das condições clínicas, ao mesmo tempo em que mantêm o ambiente doméstico do paciente livre de estímulos prejudiciais, repeitando o direito à privacidade da família. 4) Conclusões Por se tratar de alternativa viável aos custos elevados e crescentes das internações hospitalares, aliada à perspectiva da alta hospitalar e da voltar ao lar, acredito que a Tecnologia associada ao sistema Home Care, seja a melhor solução para minimizar os riscos de falhas e maximizar os resultados. A oferta de um serviço em área essencial é sempre submetida ao crivo da sociedade. Embora o sistema de Home Care exista para dar continuidade ao tratamento hospitalar no ambiente doméstico, nem sempre o serviço da operadora responsável pela sua execução é o mais eficiente. Uma das soluções para diminuir as falhas e carências do serviço, baixar os custos, e ampliar a oferta de produtos no segmento, é o investimento em Tecnologia.


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