Revista 21

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REVISTA

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[ editorial ]

Revista XXI … empreendedorismo e cooperação! As palavras que dão o ơtulo a este editorial pretendem fazer antever não só o que nos oferece este número 21, da Revista da EPRM, mas também, e sobretudo, reforçar os vetores de ação para os quais tenho procurado direcionar a escola, no prosseguimento da sua missão e do cumprimento do seu Projeto EducaƟvo. Para além disso, em jeito de coincidência temporal, o número 21, remete-nos para uma maioridade [da EPRM] que se consolida e para uma realidade que já ultrapassou uma década, o século XXI, com todas as expetaƟvas que o seu advento trazia, mais a dura confrontação de que nem tudo acontece só porque os tempos são de modernidade. É neste parágrafo que vos pretendo reter, caros leitores, alunos, formadores, técnicos, funcionários, pais e encarregados de educação, parceiros, gerentes, autarcas, e todos os demais a quem esta nossa modesta [mas muito fixe!] publicação chegar. De facto, a mudança de século só por si não garanƟu, em nenhuma nação [desenvolvida], o desenvolvimento económico e social desejado, tão pouco permiƟu aƟngir os objeƟvos apelidados “do Milénio” e que se deĮniram [as nações desenvolvidas] para um terceiro mundo que não consegue [?] largar a posição no pódio. Trazendo esta reŇexão para dentro da visão que tenho para a escola, parƟlho da opinião daqueles que acreditam que é preciso fazer mais! E a começar por cada um de nós, talvez seja tempo de despertar as consciências adormecidas, de procurar a excelência na escola e no trabalho, de perceber que se pode sempre tentar novamente, de empreender, de cooperar, não obstante as desigualdades no ponto de parƟda e as que perduram e limitam as escolhas de cada um neste percurso que é a vida. Dotar os alunos desta escola, de uma formação técnica adequada ao desenvolvimento das funções para as quais são preparados, conƟnua a ser o nosso principal objeƟvo. Mas, isso só já não chega! Ter proĮssionais competentes, mas também produƟvos, proaƟvos e socialmente cooperantes só é possível se a sua formação também proporcionar o desenvolvimento de tais competências ou o seu reforço quando estas já são trabalhadas em contexto familiar. Ora, tais competências não são visadas nos programas curriculares ou não o são de forma consistente e objeƟva. A EPRM tem vindo, ao longo dos últimos anos, a assumir uma dinâmica crescente na prossecução destes objetivos, advindo desde logo, a necessidade de criar condições para o desenvolvimento das competências referidas. Nesta linha de ação, visando a melhoria da qualidade da formação ministrada em ambiente de sala de aula ou oĮcinal, a EPRM tem realizado investimentos significativos, quer ao nível da ampliação e melhoria da infraestrutura İsica, quer ao nível do reequipamento e apetrechamento com recursos tecnologicamente mais evoluídos. São encorajados os projetos nacionais e internacionais, de carácter interdisciplinar a várias áreas cienơĮcas e técnicas, incluindo visitas de estudo ao estrangeiro e a mobilidade no âmbito da formação em contexto de trabalho. É incenƟvada a parƟcipação dos alunos em ações de solidariedade, voluntariado e cidadania e valorizada a iniciativa, a criatividade e o espírito empreendedor, competências também reconhecidas

formalmente, no âmbito do enriquecimento curricular, para efeitos de cerƟĮcação. Pela dinâmica que criam, além de se consƟtuírem autênƟcas ex p e r i ê n c i a s “o p e n mind”, estes projetos f u n c i o n a m ta m b é m como promotores da taxa de sucesso escolar e contribuem para a redução das taxas de absenƟsmo e de abandono. Acresce o facto de que a procura de cursos oferecidos pela EPRM, por parte de alunos vindos dos concelhos limítrofes ao de Rio Maior, em muito se Įcará a dever à visibilidade e notoriedade conferida por todos estes projetos. Este ano leƟvo, cifra-se em 48% a taxa de alunos vindos de concelhos como Santarém, Porto de Mós, Alcanena, Salvaterra de Magos, Bombarral, Peniche, Caldas da Rainha e Alcobaça. Apresentando-se como uma escola viva, uma escola dinâmica, a EPRM tem vindo a trilhar passos seguros, no senƟdo de se aĮrmar como uma insƟtuição de ensino proĮssional de referência. A avaliação externa a que se sujeita tem mostrado que a Escola é reconhecida, não só no âmbito da organização pedagógica e Įnanceira, mas sobretudo pela qualidade da formação que ministra aos jovens que a procuram. Ainda recentemente os cinco alunos que estagiaram em Leipzig, na Alemanha, ao abrigo do Programa Leonardo da Vinci, foram alvo de rasgados elogios pela qualidade dos seus desempenhos, tendo sido, todos eles, convidados a regressar à Alemanha, após a conclusão do curso. E são muito mais os exemplos, que vos convido a descobrir ao longo desta Revista, esperando que sejam simultaneamente um contributo e um esơmulo para mais e melhor formação proĮssional. E porque as ações são possíveis, mas não bastam os atores [os alunos], não poderia deixar de agradecer a todos os colaboradores da Escola, formadores, técnicos, funcionários auxiliares e administraƟvos e aos parceiros que nos emprestam a sua credibilidade e presƟgiam a nossa ação no âmbito da formação. É a eles que se deve todo este sucesso, graças ao empenho e à dedicação que têm pelo projeto EPRM. Fica a sensação de que muitos são aqueles que dão mais do que se lhes pede. Muitos são os que “vestem a camisola” desta casa. Bem hajam! Aos alunos da EPRM, jovens do século XXI, deixo o desaĮo da excelência, da mudança e do empreendedorismo e apelo aos valores de cidadania e cooperação e ao seu contributo na construção de uma sociedade melhor, aquela em que terão de viver … ao longo deste século XXI!

Luciano Vitorino Diretor Pedagógico

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[ Conteúdos ]

[ sumário ]

Editorial

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Entrevista

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Ensino ProÀssional

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A nossa Escola

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Formação ProÀssional

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Em formação

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[ entrevista]

[ ensino proÀssional ] [ Àcha técnica ] PROPRIEDADE: EPRM- Escola Profissional de Rio Maior, Lda., EM| DIRETOR: Luciano Vitorino | COORDENAÇÃO DA EDIÇÃO: Helena Coelho | PAGINAÇÃO: Inês Sequeira |

[ a nossa escola ]

CAPA: Inês Sequeira | COLABORADORES: Ana Rita Loureiro, Catarina Furtado, Cláudia Solange Gomes, Cristovão Oliveira, Isaura Morais, João Inez Almeida, João Paulo Colaço, Jorge Silva, José Oliveira, Luciano Vitorino, Luís Gonçalves, Luís Santos, Maria João Maia, Mário Sousa, Patrícia Vaqueiro, Paulo Renato, Pedro Guedes, Sandra Costa, Sónia Duarte, Vera Vieira | *os artigos publicados nesta revista são da responsabilidade dos seus autores.

GRÁFICA: rioGráÀca- Tip. Santos & Marques Lda.| TIRAGEM: 1500 Exemplares | ISSN: 1646-9801 | DEPÓSITO LEGAL: 275902/8 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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[ formação proÀssional ]


[ entrevista ]

[ PERFIL ] Isaura Maria Elias Crisóstomo Bernardino Morais, 46 anos de idade, licenciada em Gestão de Recursos Humanos e pós graduada em Gestão de Marketing é Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior desde o ano de 2009, e estreou-se no Conselho de Gerência da EPRM em 2011.

[EPRM] Enquanto Presidente da Câmara de Rio Maior, que importância atribui à existência da EPRM no concelho?

sprojectos e actividades] e actividades]

[IM] A EPRM é de facto uma escola importante para o concelho de Rio Maior. Desde a sua fundação daqui saíram jovens bem preparados para enfrentar o mercado de trabalho e capazes de criarem o seu próprio emprego ou empresa. Com o Ɵpo de formação que oferece, direcionada para a inserção imediata no mercado de trabalho, a EPRM e os seus alunos ajudam as empresas da região a dispor de técnicos com um nível de formação e cerƟĮcação ajustado às suas necessidades. Prova disto são os elevados níveis de empregabilidade dos alunos que aqui terminam os seus cursos. Enquanto Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, que detém a maioria do capital da escola, a EPRM será sempre uma forte aposta do município na preparação dos seus jovens para o mercado de trabalho.

serviço à comunidade riomaiorense e não só. A sua existência agora como empresa municipal deve-se apenas ao cumprimento do disposto na atual lei, por ser a Câmara Municipal a detentora de 80% do capital social. Claro que, por força da lei, se veriĮcaram mudanças nos órgãos sociais da escola, mas essas mudanças não vão afetar a área de ensino e poderão até ter impactos posiƟvos no dia-a-dia da gestão da EPRM.

[EPRM] ParƟcularmente em relação à participação maioritária que a Câmara mantém na EPRM e à sua titularidade enquanto empresa municipal, como caracteriza a situação atual face à aplicação da Lei nº 50/2012 e que importância estratégica atribui à manutenção da EPRM na atual forma jurídica? [IM] Independentemente da forma jurídica, agora de empresa municipal, o que é importante é que esta escola conƟnue a exisƟr e a prestar o seu

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[ entrevista]

[EPRM] Perante a tendência crescente da taxa de desemprego em Portugal, concorda que um dos caminhos seja o aumento das ofertas proĮssionalizantes e que, em parƟcular o ensino profissional, deva continuar a ser reforçado enquanto estratégia nacional de qualiĮcação e de facilitador de uma cultura mais empreendedora no país? [IM] É de certeza um dos caminhos a seguir. O aumento das qualiĮcações dos nossos trabalhadores é necessário e urgente, quer para aumentar a empregabilidade dos mesmos, quer para aumentar a produƟvidade e qualidade dos serviços e produtos das nossas empresas. O papel do ensino proĮssional neste trabalho pode ser preponderante pois a sua formação é virada diretamente para as empresas, com uma componente de formação em posto de trabalho que possibilita aos alunos compreenderem quais os requisitos e exigências dos empregadores, possibilita que o ensino seja o mais adequado às exigências do mercado de trabalho. Esta via proĮssionalizante é bastante interessante para empresas e para os alunos que, não deixando de poder ascender a um grau superior de ensino, estão preparados para entrar imediatamente no mercado de trabalho, muitos deles capazes de criar o seu próprio emprego. [EPRM] Que balanço faz do desempenho e da dinâmica da EPRM nos úlƟmos anos? [IM] O balanço é extremamente posiƟvo. A EPRM tem um corpo docente excelente, prova disso é a qualidade dos alunos aqui formados e o nível de conhecimentos que adquirem. Para além desse corpo docente existe toda uma equipa de funcionários na gestão da escola que asseguram serviços de qualidade aos 6 | Revista EPRM # 21

alunos e, Įnalmente, os próprios alunos que tomam como seu o espírito desta escola e procuram sempre mais conhecimentos e melhor formação. Com base nestes pontos, a EPRM tem demonstrado ser capaz de acompanhar as necessidades do mercado, em termos de formação, e tem obƟdo sucesso com a mesma, sucesso que pode ser medido pelos resultados da empregabilidade dos alunos desta escola, bem como pelos resultados dos alunos que prosseguem os seus estudos a nível superior, dando à EPRM uma marca forte de reconhecimento na região. [EPRM] Na qualidade de autarca, que mensagem de esperança pode deixar aos jovens do concelho e parƟcularmente aos jovens da EPRM? [IM] Queria dizer-lhes, enquanto autarca do concelho de Rio Maior, que estamos a fazer o nosso melhor para combater o desemprego jovem, para atrair empresas para o concelho e para possibilitar aos nossos empreendedores a ajuda na criação das suas empresas e postos de trabalho. Estamos a apostar na instalação de mais empresas na nossa zona industrial e parque de negócios e ao mesmo tempo vamos ter em Rio Maior, no Pavilhão MulƟusos, um Centro de Negócios/ Incubadora de Empresas que vem dar apoio aos empresários já instalados e também a todos aqueles que, tendo ideias inovadoras de negócio, precisem de ajuda na implantação das suas empresas e no Įnanciamento das mesmas. Queremos um concelho com força económica, pois só assim poderemos testemunhar o seu crescimento e consolidação, bem como melhorar as nossas condições de vida.


[ entrevista ]

[ PERFIL ] Catarina Furtado formada em dança pelo Conservatório Nacional de Lisboa, abandonou a carreira de bailarina devido a uma lesão lombar. Inspirada pelo entusiasmo que o seu pai, Joaquim Furtado, tinha pelo jornalismo, seguiu-lhe as pisadas. Começou a trabalhar em televisão em 1992. Fez formação na London School of Acting e tem participado em filmes, telefilmes, peças de teatro e séries. Quando, em 1999, Catarina Furtado assumiu o papel de Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), a sua vida mudou para sempre. A partir de então, deixou de ser apenas uma cara conhecida da televisão para, aproveitando o mediatismo da profissão, lutar contra as desigualdades do mundo em desenvolvimento. O ano de 2012 foi um ano muito importante na sua vida uma vez que comemorou 20 anos de carreira, a par da EPRM que comemorou 20 anos de existência. Partilha o projeto que lançou com o coração e fala sobre as suas motivações altruístas, que a levaram a criar a associação Corações Com Coroa há cerca de um ano.» [EPRM] Que balanço faz do seu papel enquanto Embaixadora da Boa Vontade do UNFPA? [CF] O balanço que posso fazer é do trabalho até agora realizado uma vez que recebi uma carta o ano passado do Secretário-geral das Nações Unidas, Sr. Ban Ki-Moon, no senƟdo de renovar a minha colaboração com o Fundo das Nações Unidas para a população, através da qual fui convidada para conƟnuar como voluntária deste organismo das Nações Unidas. Os cerca de 12 anos em que esƟve envolvida no projeto foram muito posiƟvos na medida em que me Įzeram despertar para o mundo tal como ele é e não apenas para uma parte do mundo. Tenho Ɵdo o privilégio e de uma forma voluntária,

porque os embaixadores da boa vontade, são eles próprios que, por iniciaƟva própria, vão aos locais de “intervenção”, conseguir conjugar o facto de ser embaixadora das Nações Unidas com o trabalho enquanto comunicadora em televisão com os “Príncipes do Nada” e, dessa forma, faço um balanço posiƟvo na medida em que realmente hoje em dia conheço o mundo em desenvolvimento. Sei que as desigualdades são gritantes e que há muita coisa que não está a funcionar, que há muitos objeƟvos de desenvolvimento do milénio que foram concreƟzados e outros que não foram e que embora no início pudesse pensar, ingenuamente, que podia mudar o mundo, agora tenho a certeza absoluta que apenas posso mudar o mundo de alguém, o que já é uma grande vitória. Além disso, valorizei a minha vida e também valorizei a vida das pessoas que me rodeiam e que têm o privilégio de poder ter acesso a serviços de saúde, de educação, que a maioria das pessoas nestes países que eu já visitei, e já foram muitos, não tem. E portanto, a parƟr do momento em que assisƟ a crianças a pedirem, não para comer, mas para poder estudar, isso muda radicalmente a vida de alguém. Dá-se valor à vida de outra forma. As desigualdades são tão evidentes que transformam aquilo que é a minha indignação e revolta em ação, tentar juntar cada vez mais cúmplices e fazer alguma coisa por quem realmente necessita. Revista EPRM # 21 | 7


[ entrevista]

[EPRM] No trabalho que desenvolve sente, de alguma forma, alguma idenƟĮcação com o seu pai? [CF] Essa é uma boa pergunta. Necessariamente tenho que senƟr alguma relação com a proĮssão do meu pai e com a educação que o meu pai me deu. Além disso, tenho que acrescentar a educação que a minha mãe me deu porque a minha mãe foi, durante muitos anos, professora do ensino especial e por isso eu lidei sempre com a questão da diferença, de olhar para a diferença como uma igualdade de direitos, e essa sempre foi uma das marcas da minha formação e educação. Em relação ao meu pai, destaco a curiosidade, um jornalista tem de ser necessariamente curioso, tem que querer saber da vida, da forma de viver das pessoas, das diferenças das pessoas e isso eu herdei niƟdamente. Desde pequena Ɵve essa avidez por saber, por conhecer, por invesƟgar, por escrever, por ler e depois, é evidente que, sendo ele um jornalista que também viajou muito, que trouxe muitos relatos do mundo em

[EPRM] Como surgiu a ideia de criar a associação Corações com Coroa (CCC), a que preside e qual a sua principal preocupação? [CF] A associação “Corações com Coroa” nasce do trabalho voluntário que tenho feito com o Fundo das Nações Unidas para a população. Na realidade, os “embaixadores da boa vontade das Nações Unidas” através de vários organismos das Nações Unidas, como é o caso da UNFPA que é o Fundo das Nações Unidas para a População, que funciona para a questão da Maternidade, da Saúde Materna das Mulheres, da Adolescência, a questão do HIV, o Envolvimento Masculino, da UNICEF, que abrange as crianças, entre outras, trabalham estas áreas e outras em países em desenvolvimento. Nós fomos “inventados” precisamente para sermos uma espécie de porta-voz daquilo que está muito mal nos países que estão mais atrasados. No entanto, agora com esta crise, acentuou-se a necessidade de agir mais no nosso país e eu também tenho essa vontade. Não deixando o trabalho voluntário com as

desenvolvimento, aproveitava essas viagens de trabalho para depois quando chegasse, fazer uma espécie de aula aberta com os Įlhos, ou com quem esƟvesse presente. Posteriormente, quando eu fui para o Centro de Formação de Jornalistas, niƟdamente já estava com essa vontade de contar a vida dos outros, o que acabou por se concreƟzar em “Príncipes do Nada”, da minha autoria, com o realizador Ricardo Freitas, e com os documentários na Guiné Bissau, que no fundo não é um trabalho jornalísƟco, na medida em que um jornalista não deve mostrar aquilo que sente, nem parƟlhar as suas opiniões. No entanto, e não sendo original, criei uma espécie de jornalismo humanitário, uma vez que é muito diİcil estar numa realidade tão genuína e não mostrar nada do que se vê ou sente.

Nações Unidas, considerei que era importante trabalhar as mesmas temáƟcas, ainda que com uma visão diferente. Assim, pensei que era importante e mais uma forma de me tornar úƟl para a sociedade, fazer nascer “Corações com Coroa”, para vir colmatar, em parceria com associações atuais, algumas necessidades que ainda existem nesta área, na área da igualdade de oportunidades, na igualdade de género, da discriminação, da violência, entre outras. A Associação agora é da Sociedade, sou Presidente, sou Voluntária e quero que esta venha a ter um percurso, quero que a Associação dê emprego, que sirva para apoiar as pessoas nas áreas que mencionei.

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[entrevista]

[EPRM] Sendo um dos rostos mais ilustres conhecido por promover a solidariedade, como olha para a atual situação do País? [CF] Com enorme preocupação, evidentemente. Esta situação não é só do nosso país, é uma situação que abrange todos os países da Europa e até mais que a Europa, nós estamos a atravessar uma situação que é cíclica e vamos cruzar-nos com um período que está longe de ter uma luz ao fundo do túnel, infelizmente, para as pessoas mais novas. Penso que nós enquanto seres humanos estamos a falhar muito na gestão do mundo das Įnanças e além disso, esquecemo-nos também de valores muito importantes que darão origem a uma crise não só Įnanceira, como uma crise quase psicológica, porque as pessoas vão sentir-se perdidas. O que mais me preocupa, para além de efeƟvamente as pessoas não terem dinheiro para a sua sobrevivência, é a clara e evidente noção de que os jovens estão a ter poucos sonhos, porque no meu tempo, felizmente, pude sonhar, trabalhei muito para poder concreƟzar aquilo que é hoje a minha carreira, que comecei aos 19 anos. Penso que, para que não tenhamos os sonhos amputados, teremos que nos unir mais, temos que ser verdadeiramente solidários uns com os outros e arranjar entre nós uma corrente positiva e reclamar. Penso que devemos reclamar mais com os governos, com quem manda, devemos ser mais reivindicaƟvos. [EPRM] Como podemos ser solidários em tempos de crise? [CF] Eu julgo que a Solidariedade é uma palavra muito bonita, que muita gente gosta de dizer, mas esta tem de parƟr mesmo do nosso coração, ou seja, não devemos ser solidários para Įcar bem na fotograĮa ou para ganhar um “lugar no céu”, para quem acredita em Deus. A solidariedade é um facto que se devia ensinar na escola, considero que devia ser mesmo uma disciplina. Penso que a questão do voluntariado também devia ser ensinada em que todos deveríamos ser voluntários e divididos por áreas. A

pergunta seria: eu sei que és voluntário, em que área? e não: “Eu sou voluntário. Que, grande pinta!” Quando se é solidário tem de se ser do coração, querer mesmo que aquela pessoa esteja melhor, e não querer que eu esteja bem comigo própria porque estou a ajudar outra pessoa. Em suma, penso que é conseguirmos reƟrar o nosso umbigo do síƟo onde ele está, que é o nosso centro, pô-lo noutro síƟo qualquer e assim já conseguimos olhar para os outros de outra forma. [EPRM] O que é que os jovens que olham para a Catarina como um modelo a seguir, devem fazer para aƟngir o mesmo sucesso em diversas áreas? [CF] Eu considero que as carreiras nunca são iguais para ninguém e sobretudo quando os tempos mudam. Quando eu era mais jovem e comecei a trabalhar havia outras oportunidades, umas melhores outras piores. No entanto, existem determinadas ca ra c te r í st i ca s q u e s e mantêm e se devem manter ao longo dos tempos para se conseguir ter sucesso na área que escolhemos. Sem sombra de dúvida devemos ser muito perseverantes e trabalhadores, nenhuma carreira se faz, seja ela em que área for, sem trabalho, dedicação, teimosia, muita teimosia, muita persistência, muita garra e nos momentos mais frágeis, que todos temos, arranjar forma de nos rodearmos das pessoas certas para que elas nos ajudem também a acreditar em nós próprios. [EPRM] Que mensagem gostaria de deixar aos jovens estudantes da Escola ProĮssional de Rio Maior? [CF] Quero deixar-vos o meu incenƟvo, dizer que Įquei muito agradavelmente surpreendida convosco. Que vos desejo o melhor, que um dia vos irei visitar. E que estarei sempre disponível. Que tenham muito sucesso nas áreas que vocês escolheram e que sorriam, porque o sorriso também ajuda. As pessoas andam todas muito zangadas com a vida, por muitas razões, mas, se nós olharmos uns para os outros, gastando o mesmo tempo e energia com um “Bom dia”, se nós sorrirmos durante o nosso dia-a-dia, as pessoas vão sorrir também para nós e a vida corre melhor assim! Revista EPRM # 21 | 9


[ ensino proÀssional]

PREMIAR O MÉRITO DisƟnguir os alunos pelo desempenho escolar de sucesso: Meritocracia, um ato simbólico ou um constructo social? Uma sociedade que valoriza e premeia todos aqueles que se esforçam e que trabalham tenderá a ser uma sociedade mais justa e mais eĮciente e, por conseguinte, uma sociedade mais rica, com mais oportunidades e menos desigualdades? Acreditando que é possível atingir tal estado e que q u e re m o s re a l m e nte «uma sociedade onde o poder é exercido pelos melhores, por aqueles que têm mais talento e que o obtêm pela competição e pela seleção, não pela herança ou pela pertença a uma determinada classe, mas antes como consequência do princípio da igualdade de oportunidades» , temos também que admiƟr que, em Portugal essa ainda não é uma realidade percebida, tão pouco uma práƟca pretendida! Pelo contrário, a falta de reconhecimento do mérito é ainda uma questão enraizada na cultura portuguesa. E, mais grave, quando não se reconhece o mérito, também não se penaliza o demérito, o que, do ponto de vista competitivo, significa uma perda social relaƟva, na medida em que se perpetua a mediocridade e anula o desenvolvimento do país. As organizações perdem. As pessoas perdem. A sociedade fica num patamar mais baixo. Sem pretensões de qualquer natureza, a não ser talvez a de contribuir para o exercício de uma cidadania responsável e ativa, a Direção da EPRM tem procurado promover o desenvolvimento da cultura de mérito, valorizando o esforço e o desempenho individual e criando esơmulos e referências para os alunos, através da atribuição, em cada ano leƟvo, de um Diploma de Mérito e um Prémio Monetário aos alunos Įnalistas que Ɵveram um percurso académico exemplar e se destacaram pelo seu esforço e competência. Conscientes, no entanto, de que poucos alcançam tal “estatuto”, não deixamos de enaltecer também os que se esforçam, investem e trabalham, mesmo que fiquem aquém dos resultados obtidos pelos primeiros. Aliás, a atribuição do Diploma e Prémio de Mérito 10 | Revista EPRM # 21

da EPRM não visa apenas premiar os bons resultados ou os comportamentos exemplares, mas, acima de tudo, reconhecer o esforço e o empenho, valorizar o espírito de cooperação e esƟmular o gosto por aprender e pela busca da excelência. É assim que, todos os anos, por altura das Jornadas Profissionais, se aproveita a relevância do evento, integrando no programa a cerimónia de entrega dos Diplomas de Mérito e Prémios Monetários a cinco alunos de cada curso finalista, de 200€ para o Melhor Aluno, 100€ para o segundo e 50€ para os restantes três alunos selecionados. Sinal de que o reconhecimento do mérito é também valorizado no meio empresarial, é o exemplo da Rodoviária do Tejo, empresa parceira, que pela segunda vez se associou à EPRM, atribuindo aos dois melhores alunos Įnalistas dos cursos de Técnico de Transportes, o “Prémio Fernado Rosa”. Mais do que uma ato simbólico, estaremos a contribuir para a construção de um modelo social em que também já algumas empresas portuguesas se empenham, deixando para trás estratégias de recrutamento e de promoção baseadas no “favorecimento das relações pessoais e familiares” e cada vez mais seguindo uma orientação para a meritocracia e uma maior sensibilidade para a gestão estratégica de talentos? Ao incentivar o desempenho escolar em todos os seus níveis e premiar o mérito estaremos com certeza, pelo menos a cumprir parte da nossa responsabilidade social, numa assumida cultura de valorização da excelência enquanto instrumento preponderante para o desenvolvimento económico, cultural e social dos jovens e, consequentemente, da sociedade em geral. Sandra Costa

Adelino Maltez, docente de Ciência PolíƟca, no InsƟtuto Superior de Ciências Sociais e PolíƟcas (ISCSP), a propósito da controversa obra do cienƟsta social britânico, Michael Young, «A Ascensão da Meritocracia», publicada em 1958, em hƩp://aeiou.expressoemprego.pt/noƟcias/premiar-o-merito/1531, acedido em 18/04/2013


[ensino proÀssional]

Destino... o Mundo

PNL e NISSAN

Unidos na promoção da leitura e da escrita

Foi durante o passado mês de janeiro que alguns dos alunos da nossa escola se deslocaram até Itália, Espanha, Alemanha e Malta, a fim de realizar o seu estágio num contexto completamente diferente do que temos para oferecer em Portugal. Para isso, os alunos Ɵveram que frequentar, durante o úlƟmo trimestre do ano de 2012, aulas de apoio de língua Inglesa e Espanhola, para que o processo de acolhimento e comunicação no país que os iria acolher se tornasse mais simples. O apoio teve como objetivo desenvolver a capacidade de comunicação dos alunos nas línguas inglesa e espanhola, visto que o vocabulário base era já domínio de praƟcamente todos. Para além disso, foi também trabalhado vocabulário técnico relacionado com as áreas tecnológicas de cada grupo, tendo cada um dos grupos produzido o seu próprio glossário em inglês, inglês e alemão e inglês e italiano. Toda a preparação a que esƟveram sujeitos não foi um processo fácil e os alunos senƟram-no muitas vezes, pois a desmoƟvação e o desejo de ir para casa à quarta-feira à tarde foi muitas vezes mais forte. No entanto, é de valorizar o esforço de alguns deles, principalmente do Márcio Pereira do Curso Técnico de Instalações Elétricas, que apesar de não ter o mesmo nível de Inglês dos colegas, se esforçou por ultrapassar as suas diĮculdades.

Espera-se que a oportunidade que lhes foi dada lhes mostre que mais que cidadãos de Portugal, são cidadãos do mundo e que o têm completamente disponível para explorar. Com este projeto, abre-se uma porta que lhes permiƟrá guardar uma experiência enriquecedora na bagagem e que os ajudará a crescer a vários níveis, apesar do muito trabalho que terão para conseguir comunicar nos diversos contextos que vão encontrar e para se tornarem bons proĮssionais. Vera Veira

A leitura é, atualmente, uma aƟvidade cada vez menos posta em práƟca pelos jovens, que se deixam seduzir por tudo o mais que os rodeia, em parƟcular pelas novas tecnologias. Importa, no entanto, não esquecer que a leitura é enriquecedora, na medida em que permite o desenvolvimento da capacidade de raciocínio e da criaƟvidade e favorece o enriquecimento ao nível do léxico, da semânƟca e da sintaxe de uma língua. Como tal, o Plano Nacional de Leitura e a conceituada marca automóvel Nissan promoveram, pela primeira vez em Portugal, um concurso literário designado “Jovens Autores de Histórias Ilustradas”, subordinado ao tema “Mobilidade Sustentável” e integrado no conceito “Cidadania Azul” da Nissan, desƟnado a jovens do Ensino Secundário. A EPRM contou com a parƟcipação de 5 equipas, dos cursos técnicos de Transportes e de Manutenção Industrial, e a seleção do conto que representará a Escola a nível nacional integrou como membro do júri o Eng. Paulo Sismeiro, representante da delegação de Leiria do grupo Auto Júlio. A escolha recaiu sobre o conto “Dexter e o planeta”, redigido pelos alunos João Silva e Rodrigo Feitor, do C.T. de Manutenção Industrial, que narra a história de um cienƟsta que inventou um biocombusơvel a parƟr da seiva do bonsai.

Assim se veriĮca que o gosto pela leitura e a própria leitura literária não têm apenas um valor a curto prazo, mas antes um valor perene, que deve ser culƟvado de forma a persisƟr. E foi essa persistência que revelaram as cinco equipas que se dedicaram à criação e ilustração dos contos, demonstrando o seu gosto pela leitura e igualmente pela escrita. Ana Rita Loureiro

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[ensino proÀssional]

Testemunhos: Ex-alunos/Familiares No ano de 2009, após terminar o 9º ano de escolaridade, decidi enveredar pelo ensino profissional e escolhi a Escola ProĮssional de Rio Maior por conter na sua oferta formaƟva o curso que pretendia. Assim, iniciei o meu percurso formaƟvo como aluno do Curso ProĮssional de Técnico de Energias Renováveis - Sistemas Solares. Com algum esforço no que diz respeito à vertente sociocultural, e com a ajuda dos respetivos professores, pois considero que a minha apƟdão é mais vocacionada para a área técnica, consegui concluir com sucesso o 12º ano e consequentemente o cerƟĮcado de nível IV que me atestou como Técnico de Energias Renováveis. A EPRM teve, sem dúvida, um papel determinante em todo o meu percurso pois, através das vivências que me proporcionou, tornei-me um aluno, uma pessoa melhor, mais responsável e com uma visão de futuro mais consciente e oƟmista. Encontro-me neste momento a realizar um Estágio ProĮssional na EPRM, na área oĮcinal, onde dou apoio aos formadores da área técnica e tenho a meu cargo a organização e manutenção das oĮcinas da Escola. Tem-se revelado uma experiência muito graƟĮcante, pois agora consigo perceber ainda melhor toda a dinâmica da minha Escola e o esforço que faz para formar bem os seus alunos. Após algumas indecisões, dispus-me a continuar os meus estudos e encontro-me a frequentar um Curso de Especialização Tecnológica (CET), de nível V em Energias Renováveis, no InsƟtuto Politécnico de Leiria, em regime pós-laboral, pois esta é uma área que se encontra em grande expansão no mercado e poder-me-á ser bastante úƟl para um futuro emprego! O meu Muito Obrigado à EPRM! João Gomes

Mais que uma escola, uma família! Foi nesta Escola que vivi até agora as duas melhores experiências da minha vida, primeiro enquanto aluna do C u r s o Té c n i c o d e Gestão e depois, como funcionária. Enquanto aluna, posso

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referir que a EPRM sempre concedeu todo o apoio aos alunos, com o intuito de conseguirem, no final dos três anos que compõem o percurso formaƟvo, acabar diplomados e terem o maior sucesso possível na sua vida futura. Alguns dos momentos mais marcantes, como aluna, foram sem dúvida, o primeiro dia, o dia das praxes, onde começamos logo a senƟr todo o apoio daqueles que já faziam parte da escola, em seguida, as primeiras Jornadas ProĮssionais, mais tarde a visita de estudo a Madrid em que Ɵvemos a oportunidade de visitar a Feira Internacional de Turismo e também a apresentação da Prova de ApƟdão ProĮssional, sem esquecer o que foi para mim o úlƟmo dia como aluna da EPRM, o dia do Diploma, em que Ɵve a oportunidade de receber o meu diploma de nível IV e um diploma de mérito escolar. Enquanto funcionária, foi-me concedida a oportunidade de realizar o meu estágio proĮssional, foram nove meses de total crescimento pessoal e proĮssional, uma experiência para a vida. Desde o momento que fomos a Vila Velha de Ródão realizar uma aƟvidade, ao jantar de Natal, a todos as reuniões, todos esses momentos foram de grande aprendizagem. Não posso deixar de mencionar que tudo correu pelo melhor, devido a todo o apoio e carinho que Ɵve por parte das minhas colegas da secretaria e de todos os funcionários e diretores. Assim, agradeço a oportunidade e todo o auxílio demonstrado. Acima de tudo, a EPRM é uma escola que sabe RECEBER! Diana Coelho

Além de formar alunos, forma p e s s o a s m e l h o re s . V i ve m - s e momentos fantásticos e cresce uma relação de amizade que fica para a vida. Obrigado por três anos intensos, cheios de vitórias! Gonçalo Santos

Foi com um enorme sorriso na cara que passados uns meses, Ɵve coragem para abrir a página do Facebook da enƟdade que me fez crescer.. É tão bom ver que a EPRM conƟnua com a mesma energia de quando a deixei há uns meses... Foram os melhores momentos que passei enquanto estudante, momentos que talvez não possa mais vir a passar… A palavra com que descrevo a Escola é UNICA! Deram-me oportunidade de parƟcipar no projeto Soul d'Aire que me ajudou a crescer, mas principalmente a “pensar fora da caixa”.. É com lágrimas de saudade e de promessa de um dia voltar, que me despeço… Salomé BaƟsta


[ensino proÀssional]

Testemunhos Ex-alunos/Familiares "Há muitos, muitos anos, era eu uma criança..." e fui convidada a parƟcipar num projeto escolar diferente. Fui aluna do 1º curso de Técnico de Comércio (terá havido mais??), em conjunto com alguns colegas que abraçaram o projeto. A nossa pequena escola não era uma escola, mas uma família grande. A cumplicidade era evidente entre colegas de turma, colegas da outra turma existente, funcionários, professores e até o "nosso querido" diretor: Professor Humberto Novais. A experiência fez-nos crescer, sem dúvida! Onde está o pessoal de Comércio? Temos que agendar um jantar de comemoração! Um beijo e abraço para todos. Elsa Tomé

Mais que uma escola de presơgio, que forma alunos, em grandes alunos, mais que isso tudo, uma Família. Uma família que me fez uma pessoa melhor, não só como formando, mas também como pessoa. Obrigado por estes três anos, nunca irei esquecer a minha passagem por esta pequena, mas grande escola! Bernardo Gomes

Como aluna que fui do 1º Curso de Animador Sócio Cultural/ Desporto,ainda nas instalações da Avenida Paulo VI, só tenho a dizer que me ajudou muito na minha formação para o meu emprego de há 12 anos. Nunca vou esquecer os momentos de alegria que Ɵvemos com todos os alunos e professores. Maria Goreƫ Cunha

Fui aluna da EPRM do 1.º curso de Técnico de Construção Civil/ Medições e Orçamentos. Foram três anos fantásƟcos que deixam grandes saudades...da escola e dos colegas! Sónia Narciso

É uma escola que dificilmente, consigo olhá-la como tal. É muito mais que uma família, é uma aproximação aluno funcionário - professor brutal e, por vezes, assustadora. É um ambiente cheio de condições, boa disposição, formadores mais que competentes. Eu orgulho-me de ter entrado na EPRM, tenho saudades. PARABÉNS ESCOLINHA! Tiago MarƟnho

Desde que começamos a ouvir falar no ensino proĮssional acreditamos que fosse uma boa saída para muitos jovens que na práƟca, juntamente com a teórica os iria ajudar a escolher melhor o futuro, uma vez que o ensino proĮssional também permite o acesso ao ensino superior. Por isso, foi logo uma das opções que Ɵvemos em conta para o Pedro e dois anos depois para o Diogo. Após o decorrer dos primeiros anos na escola ProĮssional de Rio Maior Įcamos ainda mais saƟsfeitos pela organização em termos disciplinares e também o convívio entre professores, funcionários e alunos. Também destacamos as ajudas da escola em facilitar o ensino a nível monetário, porque sem essa ajuda não seria possível, com um agregado familiar de seis pessoas, encontrando-se quatro delas a estudar. Salientamos ainda a recente oportunidade que foi concedida ao Diogo Pires, efetuar um estágio transnacional, pois consideramos que essa vivência foi muito importante para o seu crescimento e desenvolvimento de importantes competências pessoais, culturais, linguísticas e profissionais. Pensamos que estas iniciaƟvas que a EPRM proporciona aos seus alunos são muito importantes, pois permitem-lhes contactar com realidades que, de outra forma, provavelmente não seria possível. Os resultados Įnais têm sido posiƟvos uma vez que o Pedro seguiu para o curso superior que desejava e o Diogo, já na etapa final, esperamos que também tenha o maior sucesso. Família Pires

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[a nossa escola – projetos e atividades]

Os Desportos de Natureza: Continuámos a Tradição!

“Pela promoção de uma Escola de valor e hábitos/alunos saudáveis” Pela terceira vez consecuƟva o Grupo Disciplinar de Educação Física da Escola ProĮssional de Rio Maior, Lda., EM. organizou um grande dia dedicado às AƟvidades de Exploração da Natureza. Tal como nos anos leƟvos anteriores, esta visita de estudo serviu de momento avaliaƟvo do Módulo de AƟvidades de Exploração da Natureza I e II; também uma forma de proporcionar aos alunos novas vivências num ambiente diferente, pleno de espírito de companheirismo e camaradagem com os colegas e professores; e ainda aquisição do conhecimento das vantagens e beneİcios İsicos da aƟvidade İsica ao ar livre, que por excelência é um meio muito relaxante, alivia o stress, melhora o humor e proporciona maior qualidade de vida em todos os aspetos da saúde e do bem-estar. Se o caminho a seguir é a excelência do ensino e o sucesso dos nossos alunos, faz senƟdo que esse ensino/sucesso seja global e atenda a todas as valências de um ser humano: social, cogniƟvo, emocional e psicomotor. Foi no dia 03 de abril de 2013. Todos se encontravam uma vez mais empolgados e expetantes com a participação na visita de estudo ao “grande mundo” das atividades de exploração da natureza e seus beneĮcíos, dos quais: a) Prevenir e/ou retardar a perda do racicíonio cognitivo, natural com o envelhecimento; b) Melhorar a memória, aumentar a oxigenação cerebral; c) Prevenir o aparecimento da diabetes; d)Prevenir o aparecimento da hipertensão; e) Prevenir combate a obesidade; f) Fortalecer o sistema imunitário; g) Diminuir os riscos de doenças cardíacas; h) Melhorar a coordenação dos movimentos e do equilíbrio; i) Diminuir o stress, o risco de ansiedade e a depressão; j) Promover uma maior interação social… O encontro dos alunos e professores foi feito na EPRM para que se pudessem preparar os úlƟmos pormenores. De seguida, seguimos viagem até Peniche (Praia da Gamboa), local onde decorreram as várias aƟvidades de exploração da natureza. Aquando da chegada, o sol começou a dar sinal de que também Ɵnha chegado, felizmente. Logo, explicámos aos alunos como iria decorrer a aƟvidade. Da parte da manhã, os alunos Įzeram o surf, com condições excelentes para a aprendizagem; a modalidade mais esperada pela sua especiĮcidade, diĮculdade, magia e contacto com a natureza. Os alunos Ɵveram uma aula de surf, onde obƟveram conhecimentos teóricos básicos (segurança

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e técnicos), para logo de seguida colocar em práƟca, da melhor forma possível a “surfar nas ondas”. Da parte da tarde, os alunos realizaram uma corrida de orientação na zona da “Papôa” onde palmilharam um percurso por trilhos e carreiros, com vários pontos marcados num mapa, em pares ou trios, numa corrida contra o tempo, testando a sua orientação e atenção nas chaves e cifras, aproveitando também para apreciar a beleza natural que a Papôa oferece. Do balanço efetuado pelos alunos e professores, podemos afirmar que a atividade correu da melhor forma possível, atingindo-se os objetivos pedagógicos e sócioafetivos, previamente estabelecidos. A visita de estudo contou com a parƟcipação de 70 alunos (parabéns pelo empenho, dedicação e cumprimento de normas) e 5 colaboradores (professores que ajudaram na realização da aƟvidade a quem desde já agradecemos mais uma vez a vossa colaboração: Obrigado!, para além dos 2 professores organizadores.

Mais uma vez, o Grupo Disciplinar de Educação Física quer agradecer à Direção da Escola ProĮssional de Rio Maior, pela forma vanguardista e empreendedora com que voltou a aceitar esta proposta de visita de estudo e tudo fez para que fosse um sucesso. Também à Escola de Surf de Peniche por terem colaborado mais um ano nesta iniciaƟva pioneira. Podemos aĮrmar, com toda a certeza, que demos mais um grande passo para a construção de uma escola de valor e um ensino de excelência. Para o ano, queremos conƟnuar a deixar “pegada” de forma proİcua e efeƟva, no trilho do crescimento e formação de cada um dos nossos alunos. A todos, o nosso sincero OBRIGADO. Eurico Cavaco Jorge Cação


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EPRM premiada em evento de Robótica

Nos passados dias 14, 15 e 16 de março, a EPRM fez-se representar, pela primeira vez, na RoboParty em Guimarães. Trata-se de um evento organizado pela Universidade do Minho em conjunto com a SAR (Sistemas de Automação e RobóƟca) onde os parƟcipantes constroem e programam o seu próprio robô que no úlƟmo dia de aƟvidades é "posto à prova" em compeƟção direta com os outros robôs construídos. A EPRM levou três equipas a parƟcipação, duas delas compostas por alunos do curso proĮssional Técnico de Instalações Elétricas (1º ano) e a outra por alunos do curso proĮssional Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação. A base dos robôs era semelhante para todas as equipas, sendo permiƟdo pequenas alterações para melhorar o seu desempenho. Assim, para além de alguns "truques" na programação para melhorar velocidades de reação e aceleração, a EPRM ainda pensou em aumentar o diâmetro das rodas motrizes para, dessa forma, aumentar o perímetro e por sua vez a velocidade de deslocação. Com algumas melhorias implementadas, a EPRM (equipa Knight Rider) conseguiu alcançar o honroso 2.º lugar na Prova de Obstáculos, que consistia em percorrer um circuito, partindo de um ponto, até alcançar uma meta, através de um labirinto. Atendendo a que se tratou do primeiro ano de participação, pode considerar-se que os objetivos a que nos propusemos foram amplamente superados. O 2.º lugar foi alcançado num universo de 111 equipas presentes na competição, sendo que a grande maioria delas parƟcipam todos os anos.

Para o próximo ano, a vontade em parƟcipar é muita e o desejo de trazer para Rio Maior o 1.º Lugar ainda é maior. Parabéns à equipa Knight Rider (Eusébio Almeida e Ricardo Belo, acompanhados pelo professor Cristóvão Oliveira). Na EPRM, vemos neste Ɵpo de iniciaƟvas uma oportunidade para imprimir uma dinâmica especial na Escola. A parƟcipação neste Ɵpo de eventos permite-nos moƟvar os alunos, servindo, por vezes, como estratégia de promoção do sucesso escolar e de combate ao absenƟsmo e ao abandono escolar precoce. Acreditamos, portanto, que a participação em eventos desta natureza permite trabalhar nos alunos outro Ɵpo de competências, que não é possível trabalhar em ambiente de sala de aula. Cristovão Oliveira

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EPRM em Madrid Visita à Feira ClimaƟzación

A aprendizagem não se concreƟza apenas em contexto de sala de aula e, por vezes, é necessário adotar estratégias de moƟvação inovadoras. Foi imbuídos desse espírito que nos passados dias 27, 28 de fevereiro e 1 de março a Escola ProĮssional de Rio Maior proporcionou aos alunos dos Cursos ProĮssionais de Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação, de Técnico de Frio e ClimaƟzação e de Técnico de Energias Renováveis/Sistemas Eólicos uma vista de estudo a Madrid, mais concretamente à “Feira ClimaƟzación”, não só com o intuito de moƟvar os alunos para o contexto escolar e para a sua futura realidade proĮssional, mas também com o objeƟvo de alargar os seus horizontes,

permiƟndo-lhes o contacto direto com novidades na área da climaƟzação, do ar condicionado, da venƟlação, da calafetação, da refrigeração e das energias renováveis, o que é, de facto, uma mais-valia quando se pensa nos conhecimentos essenciais às saídas proĮssionais dos diversos cursos em questão.

Como objeƟvos para a realização desta visita de estudo, destacam-se o contacto com novas tecnologias e métodos de climaƟzação, a consciencialização dos alunos para a importância das novas tecnologias e da autonomia na I&D, o desenvolvimento do espírito de grupo/equipa e o contacto com novas realidades sociais/ culturais. A EPRM procura, incessantemente, ser uma escola viva e dinâmica. Existe a perceção clara de que a formação integral dos nossos jovens também resulta de muitas outras competências trabalhadas fora da sala de aula. A parƟcipação em todos estes projetos tem o condão de permiƟr alargar horizontes, conferir novas perspeƟvas… em duas palavras: “open mind”. Além disso, promovendo iniciaƟvas como esta, está-se a esƟmular importantes valores nos jovens, tais como a responsabilidade, a parƟlha, a autonomia e as relações interpessoais, valores que muito prezamos na EPRM. No dia 27 de fevereiro, 50 alunos da EPRM, acompanhados por 8 professores, partiram

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pelas 8h da manhã, rumo a Madrid, com paragem para almoço em Mérida, a capital romana da Península Ibérica e breve visita a Talavera de La Reina, a capital espanhola da cerâmica. A viagem foi longa e até mesmo cansaƟva, mas o convívio entre todos tornou o percurso muito mais agradável e, à chegada à cidade, por volta das 19h, todos estavam ainda bastante animados. A visita à Feira foi, na verdade, o ponto alto da visita, mas houve igualmente oportunidade de conhecer alguns dos pontos turísƟcos mais atraƟvos de Madrid: o Palácio Real, a Plaza Major, a Gran Via, o Mercado de San Miguel, a Plaza de Cibeles, as Puertas del Sol, a Porta de Alcalá e até o Estádio SanƟago Bernabéu.

Foram, efetivamente, três dias diferentes, que transpuseram todos para uma realidade distinta e onde houve a oportunidade de aprofundar os conhecimentos na área técnica, aspeto sem dúvida considerável quando se pondera sobre um bom desempenho proĮssional. Estes foram, sem dúvida, momentos de aprendizagem, mas também momentos de convívio e de parƟlha que fortaleceram os laços entre as turmas envolvidas e os professores acompanhantes. No dia 1 de março, depois do pequeno-almoço iniciouse o regresso a Rio Maior, não sem antes realizar uma visita guiada à cidade monumental de Toledo, inundada de história em cada recanto, onde passámos a manhã a visitar o centro histórico (Catedral, Sinagoga e a Igreja de São Tomé). Em suma, mais que uma proposta concreta, esta parece ter sido uma oportunidade, por excelência, de combinar na práƟca o ato educaƟvo com os efeitos da parƟcipação, naquilo que a escola tem de melhor: o prazer de aprender pela experiência. As visitas de estudo estão incluídas no conjunto de propostas educaƟvas colocadas ao serviço da escola e dos alunos, que permitem abordagens amplas e integradoras. Fica a perceção de que uma visita de estudo é muito mais do que percorrer quilómetros e pode conter momentos únicos se se souber aproveitar tudo o que ela pode oferecer. Por um lado, os conhecimentos são maiores; por outro, crescem novos senƟmentos, simpaƟas e empaƟas. No Įm da visita há muitas histórias para contar, e há sempre algo que mudou… Luís Gonçalves, Luís Santos e Mário Sousa

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EPRM – Estágios Transnacionais Leonardo da Vinci Uma experiência pessoal e proĮssional

A Escola Profissional de Rio Maior orgulha-se de ser uma insƟtuição que se preocupa com o futuro dos seus alunos e, atenta aos estudos que indicam que os jovens que efetuaram um estágio transnacional têm maior facilidade e probabilidade de conseguir um emprego qualiĮcado, facultou-lhes a oportunidade de, numa outra realidade, alargarem os seus horizontes. Através de candidaturas ao programa Leonardo Da Vinci, 20 alunos voaram rumo a Leipzig (Alemanha), Consenza (Itália), Barcelona (Espanha) e Valletta (Malta), para desenvolverem as suas competências no âmbito da práƟca em contexto de trabalho, parte integrante do plano curricular dos Cursos ProĮssionais de nível IV.

Mais do que colocar em práƟca os conhecimentos escolares e lidar com novas realidades proĮssionais, o s e s t á g i o s t ra n s n a c i o n a i s permitem aos jovens que os realizam o desenvolvimento de importantes competências pessoais, culturais e linguísƟcas, sendo altamente valorizados pelos empregadores em toda a Europa. Desde que o projeto foi tornado público, a generalidade dos alunos recebeu a notícia com grande entusiasmo e moƟvação. Agora, já consumada a experiência e validados os objeƟvos aƟngidos, a saƟsfação é ainda maior devido ao facto de terem exisƟdo imensos momentos posiƟvos durante os 44 dias que consƟtuíram o período de estágio, que acreditamos, marcará, para sempre, a memória e a vida de cada um destes 20 jovens. 18 | Revista EPRM # 21

Leipzig – Instalações Elétricas Entre 12 de janeiro e 24 de fevereiro de 2013, cinco alunos Įnalistas do Curso ProĮssional de Técnico de Instalações Elétricas Ɵveram oportunidade de pôr em práƟca as aprendizagens e as competências adquiridas em contexto de sala de aula/oĮcina, através do trabalho efetuado na empresa que os acolheu. No que diz respeito às experiências pessoais, culturais e linguísƟcas de que beneĮciaram, reĮra-se que os alunos foram muito bem recebidos no seio da empresa, sendo que as pessoas envolvidas no processo evidenciaram uma postura muito hospitaleira e proĮssional, o que proporcionou a o s a l u n o s u m a m b i e nte muito agradável, facilitador da integração, num cenário e numa realidade totalmente nova e fora da zona de conforto. Foram-lhes concedidos bilhetes


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Instalações Elétricas, que estagiaram nesta cidade, capital da Catalunha, foram distribuídos por diferentes empresas das áreas da Eletricidade e da Manutenção. Realizaram várias tarefas relacionadas com a eletricidade, tais como, a colocação de calhas técnicas em escritórios, ligações de tomadas, realização de circuitos de iluminação, troca de luminárias, montagem e reparação de candeeiros de Led’s em apartamentos, passagem de cabo, reparação de plafonds, entre outras tarefas que surgiam durante a realização do estágio. A realização do estágio curricular em Barcelona deixou aos

coleƟvos para se poderem deslocar livremente nos transportes públicos da cidade, tais como, o comboio, o autocarro e o elétrico, o que lhes permiƟu explorar facilmente a cidade. Entre outros locais, visitaram o zoo da cidade, efetuaram paƟnagem no gelo e visitaram vários pontos turísƟcos da cidade de Leipzig como o centro comercial da estação de comboios, bares e ediİcios importantes como a Panorama Tower, entre outros. Com o intuito de conhecer um pouco mais a Alemanha, a empresa local propiciou um programa cultural, de que constou a visita à capital, Berlim, onde durante um Įm-de-semana, Ɵveram a oportunidade de visitar o histórico Muro de Berlim, Biztravels, o Reichstag e Porta de Brandenburgo, entre outros locais de interesse. Foi também possível visitar Dresden, cidade histórica da ex-RDA, marcada por ediİcios anƟgos, daniĮcados durante os ataques da segunda guerra e agora recuperados. Todos estes cinco alunos obƟveram nota máxima por parte da enƟdade recetora. Aliás, reconhecendo a qualidade do trabalho executado pelos alunos, a empresa convidou-os, a todos, a regressarem no Įnal do curso, para ingressarem no mercado de trabalho alemão. Trata-se de um sinal inquesƟonável da qualidade da formação ministrada na EPRM.

alunos algum tempo livre para conhecerem e explorarem os locais mais emblemáƟcos da cidade, tais como, a Sagrada Família, o Parque Guel, a Monumental, a Torre Agbar, a Cidade Olímpica, a Praça de Espanha, a Catedral de Barcelona, o Estádio Olímpico e Montjuic. Houve, ainda, a oportunidade de assisƟr a um jogo de futebol entre a equipa do Barcelona e o Osasuna em pleno Camp Nou e, como não poderia deixar de ser, conhecer os bares e discotecas mais frequentados pelos jovens espanhóis,

Barcelona – Instalações Elétricas Seis alunos do 12.º ano do Curso ProĮssional de Técnico de

como por exemplo, o bar L’ Ovella Negra e as discotecas Nick Havana e Shôko. Reconhecendo a qualidade do trabalho executado pelos alunos, uma das empresas convidou os dois que lá estagiaram Revista EPRM # 21 | 19


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EPRM – Estágios Transnacionais Leonardo da Vinci (Cont.) Uma experiência pessoal e proĮssional

a regressarem no Įnal do curso, para ingressarem no mercado de trabalho catalão. Trata-se de um sinal inquesƟonável da qualidade da formação ministrada na EPRM.

Consenza – Energias Renováveis Cinco alunos Įnalistas do Curso ProĮssional de Técnico de Energias Renováveis/Sistemas Eólicos da EPRM, realizaram o seu segundo período de estágio em Itália, mais propriamente na cidade de Consenza, no sul deste país do Mediterrâneo. Revelou-se uma experiência única, quer a nível proĮssional quer a nível pessoal, contribuindo para um enriquecimento e para um crescimento a todos os níveis. O período de estágio decorreu durante um período de seis

se revelou a nível pessoal, pela experiência única que facultou, sobretudo no senƟdo de saber viver e conviver longe de casa, num país diferente, com uma cultura igualmente diferente. Nem tudo foi fantásƟco, nem tudo correu “sobre rodas”, as diĮculdades também povoaram os dias destes alunos, mas

agora, fazendo um balanço Įnal, eles consideram que também essas diĮculdades foram importantes para a aprendizagem e para o crescimento, enquanto alunos e enquanto pessoas.

ValleƩa – Turismo Ambiental e Rural

semanas e, foi durante esse tempo que os cinco selecionados do Curso Técnico de Energias Renováveis-Sistemas Eólicos viveram momentos únicos, aliando a formação à diversão, cumprindo sempre as tarefas propostas ao nível do estágio, mas sem nunca esquecer o lazer e, sobretudo, conhecer e viver uma realidade diferente. E se o período de Formação em Contexto de Trabalho se revelou bastante proveitoso, propiciando a aquisição de novos conhecimentos e novas técnicas e permitindo o desenvolvimento a nível proĮssional, não menos proveitoso 20 | Revista EPRM # 21

Quatro alunos que frequentam o 12.º ano do Curso ProĮssional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural da EPRM realizaram o seu segundo estágio curricular na capital de Malta, ValeƩa. Este local de estágio revelou-se extremamente apropriado pois permiƟu perceber como funciona um país que depende quase exclusivamente do turismo, além de possibilitar o contacto com o seu povo, as suas tradições e costumes tendo, ao mesmo tempo, proporcionado o contacto com outra realidade formaƟva e proĮssional. Malta é uma ilha solarenga de águas calmas e límpidas com uma paisagem em tons dourados onde se destacam as suas igrejas imponentes e a sua história é rica em duras batalhas e guerras pelo controlo da ilha dada a sua


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que implicou o desenvolvimento de competências ao nível do domínio da língua inglesa, pois era a língua oĮcial de trabalho. O estágio destes alunos envolvia o contacto direto com o público, mais propriamente com os turistas. Na úlƟma semana de estágio, receberam a visita do Diretor Pedagógico da EPRM, tendo Ɵdo a oportunidade de assumir o papel de guia turísƟco, apresentando-lhe a ilha de uma forma proĮssional. Toda a experiência lhes abriu assim novos horizontes e para

posição estratégica no Mediterrâneo, o que faz com que este seja outro polo de atração para os muitos turistas que ali se deslocam durante todo o ano. Os quatro alunos distribuíram-se por duas empresas. Dois deles estagiaram na empresa “The Malta Experience” onde realizaram aƟvidades de markeƟng turísƟco através da promoção do país nas ruas da capital de Malta, ValleƩa. Os restantes dois alunos realizaram o seu estágio em “Ill–Majjistral”, um parque natural, onde trabalharam na área do turismo rural e ambiental, bem como na restauração de património cultural e arquitetónico. O programa de estágio permiƟu ainda que estes alunos tomassem contacto com um país que, apesar das suas limitações, faz um esforço considerável para o bom funcionamento dos seus serviços, em que a hospitalidade das suas gentes é a sua imagem de marca e todos os habitantes estão consciencializados para a Indústria do Turismo ou não fosse esta a sua principal fonte de riqueza. Malta não faz invesƟmentos consideráveis na sua promoção internacional, pois, tal como os próprios dizem, a melhor publicidade é aquela que os turistas fazem após os terem visitado. Globalmente a experiência foi bastante produtiva pois foi possível, para estes alunos, desenvolver a autonomia e a responsabilidade. Apesar das duas línguas oĮciais que Malta possui, nenhuma delas era a língua materna dos alunos, o

além de tomarem contacto com diferentes costumes e culturas puderam desenvolver a sua autonomia, melhorar as suas capacidades de adaptação a situações adversas fora da sua zona de conforto e estabelecer novos laços de amizade, o que em muito contribuiu para o seu crescimento proĮssional e pessoal.

Em suma, há que reconhecer, por parte de toda a comunidade, o papel que a Escola ProĮssional de Rio Maior teve na candidatura e preparação destes estágios curriculares, pelas experiências que colocou ao dispor de todos os alunos das três turmas envolvidas na possibilidade de concreƟzarem uma aƟvidade desta envergadura. A EPRM envolveu-se na criação de todas as condições para tornar possível esta aventura, proporcionando não só novas realidades proĮssionais, como também permiƟndo o desenvolvimento de importantes competências pessoais, culturais e linguísƟcas em países que, embora tão perto do nosso, possuem realidades tão diferentes. Este misto de estágios curriculares com visitas de estudo está incluído no conjunto de propostas educaƟvas colocadas ao serviço da escola e dos alunos, que permitem abordagens amplas e integradoras. Trata-se de uma oportunidade, por excelência, de combinar na práƟca o ato educaƟvo com os efeitos da parƟcipação, naquilo que a escola tem de melhor: o prazer de aprender pela experiência! Alunos parƟcipantes

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“Desporto Escolar: A EPRM com uma palavra a dizer” Desde sempre se considera importante que a formação dos jovens seja o mais ecléƟca e abrangente possível. Segundo MARQUES (1997), “o ensino deve ser bem mais do que sessões em que o professor fala e o aluno ouve. Os professores devem criar um programa recheado de múltiplas atividades de aprendizagem”. Considerando esta opinião, uma das múlƟplas aƟvidades a proporcionar aos nossos alunos é com toda a certeza: o desporto e a aƟvidade İsica. Segundo MARREIROS (2006), “o desporto é um meio primordial de renovar a educação, de lhe emprestar uma cara de festa e convivialidade, de quebrar a roƟna escolar com compeƟções internas e externas. Trata-se assim de aproximar a escola da vida, de integrar mais uma na outra e de consumar o desiderato de desporƟvizar a escola e escolarizar o desporto”. Desta forma. a EPRM tem proporcionado aos seus alunos várias atividades de índole desportiva, às quais os alunos têm correspondido inteiramente, quer ao nível social e do comportamento digno de um desporƟsta, quer ao nível dos resultados desporƟvos, levando o bom nome da nossa escola muito além da nossa “casa”.

As aƟvidades em que os alunos da nossa escola parƟciparam foram as seguintes: 1) Corta-mato escolar concelhio – 12/12/2012 - Rio Maior, em que classiĮcámos os 6 melhores alunos de cada escola/escalão, para representação no corta-mato regional; 2) Corta-mato escolar regional – 05/02/2013 – Almeirim, nesta prova os nossos alunos alcançaram o 1º e 3º lugares no escalão de Juvenis masculinos – Oswald Freitas e Miguel Rodrigues, respetivamente; a equipa de Juvenis masculinos da EPRM (Oswald Freitas, Miguel Rodrigues, Xavier Marques, Bruno BaƟsta, Hugo Luís e Pedro Patrício) alcançou um brilhante 1.º lugar no mesmo escalão (tendo sido apurada para o corta-mato escolar nacional); o aluno David Luís alcançou o 2.º lugar no escalão de Júniores masculinos; 3) Corta-mato escolar nacional – 01 e 02/03/2013 – Coimbra, 22 | Revista EPRM # 21

os alunos que representaram a EPRM nesta prova, no escalão de Juvenis masculinos foram: Oswald Freitas (5º lugar nacional), Miguel Rodrigues, Xavier Marques, Bruno BaƟsta, Hugo Luís. Esta representação obteve o 6.º lugar nacional por equipas no respeƟvo escalão; 4) Megas Concelhio – 30/01/2013 – Rio Maior, esta prova é composta por 3 disciplinas (Velocidade 40m / Salto em comprimento / Km), com apuramento para a prova regional. Os alunos que representaram a nossa escola foram: Oswald Freitas (1.º lugar na prova do km) e Hugo Luís (1.º Lugar na prova de salto em comprimento); 5) Megas Regional – 26/02/2013 – Abrantes, esta prova funcionava nos mesmos moldes que a anterior, no entanto, Ɵnha alunos de toda a área educaƟva da Lezíria do Tejo. Os alunos que representaram a nossa escola foram: Oswald Freitas (1ºlugar na prova do km) e Hugo Luís (5º lugar na prova de salto em comprimento). De referir que o aluno Oswald Freitas, conseguiu apuramento para a prova nacional que se realizou nos dias 05 e 06/04/2013 em Vila Nova de Gaia, no entanto, não pôde parƟcipar devido a lesão; 6) Compal Air Basquetebol 3x3 – 12/03/2013 – Santarém, para esta prova a EPRM fez-se representar com 2 equipas, uma no escalão de Juvenis masculinos (João Almeida, João Silva, Bruno Delgado e Pedro Patrício, do 10ºB) e outra no escalão de Júniores masculinos (Hugo Luís, Bruno Palma, Daniel Lopes e Miguel Campos, do 11ºD). que daí advêm, podemos aĮrmar veementemente que estamos a proporcionar e a contribuir, para uma formação global e de excelência aos alunos que fazem parte da família da EPRM. Queremos ainda destacar o empenho/dedicação e a forma responsável/autónoma com que os alunos parƟciparam nas várias atividades, sem esquecer (embora não seja o mais importante) os excelentes resultados desporƟvos alcançados. Queremos também deixar uma palavra de reconhecimento à direção da EPRM, pela disponibilidade, receƟvidade e incenƟvo dos alunos a parƟcipar nestas aƟvidades. A todos os alunos que parƟciparam e deram o seu melhor, professores que acompanharam e direção/assistentes operacionais que coadjuvaram no necessário: MUITOS PARABÉNS e Obrigado! Para o próximo ano queremos conƟnuar a aĮrmar a EPRM como uma escola de referência no Desporto Escolar. Boas aulas, bons treinos e ...”PraƟquem Desporto, pela vossa SAÚDE!” Eurico Cavaco


[a nossa escola – projetos e atividades]

Perspetivas em torno da relação homem natureza: contributos de uma visita à Serra da Estrela

globais na busca das (in)sustentabilidades na relação entre o Homem e a Natureza.

Para uma recomposição tardia de aprendizagens signiĮcaƟvas

Enquadramento geral Dizem-nos os manuais que, em matéria de desenvolvimento, não se devem separar os cuidados com a natureza do ambiente que nos rodeia, nem se devem menosprezar os insuportáveis níveis de exploração desenfreada de recursos. O planeta foi-nos entregue e cabe-nos devolvê-lo em bom estado aos nossos descendentes. A educação e a consciência ambiental são essenciais e prioritárias em qualquer sociedade. “Reconhecer os valores associados à interdependência entre o Homem, a cultura e o meio İsico, deve ser uma exigência éƟca e um princípio de cidadania elementar”. O respeito e a reposição dos equilíbrios naturais devem, por isso, levar-nos a reŇeƟr sobre qual o caminho que nos proporcionam os atuais modelos de desenvolvimento. No ensino proĮssional, cabe à área disciplinar de Integração reunir os elementos favoráveis à construção de múlƟplos e diferenciados contextos de formação e de aprendizagem, mediando da melhor forma possível as propostas de aprendizagem e as práƟcas de interação, a par da valorização das experiências indutoras de moƟvação e desenvolvimento pessoal e social, mobilizando e transferindo elementos sinalizados nas práƟcas de ensino em contexto de sala para locais de contacto e confronto direto com a sua materialização. Foi a parƟr destes elementos que se realizou, entre os dias 18 a 21 de abril, a Visita de Estudo à Freguesia da Verdelhos (Serra da Estrela), aproveitando da melhor forma as caracterísƟcas İsicas e humanas de uma zona protegida, de forte impacto natural, passível de permiƟr a observação de aspetos da fauna e Ňora em ecossistemas inalterados, com evidente integração harmoniosa entre a ação humana e os suportes materiais. A aƟvidade integrou o plano de trabalho do quarto módulo, construído a partir de temáticas ligadas à participação no desenvolvimento (do) local e à cooperação entre contextos

A visita foi preparada com a necessária expetaƟva de, por via da escola, se promover a complementaridade através do contacto com duas realidades disƟntas: de um lado a produção discursiva (teoria, em sala) deixada a cargo dos alunos impossibilitados de viajar nesta data e, de outro, a realidade concreta (práƟca, em situação), apenas disponível para o grupo de treze alunos que se dispôs a acolher um conjunto de práƟcas escolares não-formais. A ligação prévia dos alunos às temáƟcas do desenvolvimento sustentável colocou, apesar das evidentes fragilidades, a proposta numa dimensão muito interessante, ao que se juntou a experiência e o conhecimento dos responsáveis locais, alargando naturalmente uma estratégias que acabou por ser compensada, sobretudo, pelo impacto da paisagem.

Durante dois dias, os alunos Ɵveram oportunidade de contactar com uma parte do território da Serra da Estrela, envolvendo sobretudo a zona de Verdelhos, Poço do Inferno, Manteigas, Vale Glaciar, Açude Sul, Ribeira de Abitureira e Covilhã, aproveitando as possibilidades permiƟdas pelo uso da bicicleta e pelo percurso pedestre apoiado por um guia local. O papel desempenhado pelas visitas de estudo no contexto da área disciplinar de Integração é sobejamente conhecido, tal como, o (des)envolvimento dos alunos neste Ɵpo de práƟcas formativas. Os eventuais contributos para a sua formação integral pressupõem um esforço cogniƟvo que parƟlha de uma crença inevitável: as aprendizagens signiĮcaƟvas sobrevivem enquanto resultado de recomposições tardias. No imediato, restam apenas meras sensações do dever cumprido. João Paulo Colaço

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[a nossa escola – projetos e atividades]

Por uma boa causa! Ciente das diĮculdades que nos rodeiam e constantemente em busca de novos desaĮos, a EPRM decidiu contribuir para solucionar o problema da jovem Vânia, residente na Maia, Porto, através da participação dos Cursos Técnicos de Eletrónica, Automação e Instrumentação e de Manutenção Industrial. Tomámos conhecimento do problema da Vânia através do programa Querida Júlia da SIC, onde, segundo a entrevista dada por ela, nem a Câmara Municipal nem as empresas conseguiam ajudá-la e criar uma solução para as suas limitações İsicas. Pegando na expressão de quem viu a entrevista “Oh! diabos, como é possível? A EPRM vai conseguir!” (José Oliveira, Engenheiro e Formador na EPRM), logo a EPRM (conjuntamente com os seus parceiros sociais) se pronƟĮcou a encontrar uma solução.

Mas quais são aĮnal as diĮculdades/limitações da Vânia para “ninguém” a conseguir ajudar? A Vânia possui uma completa imobilidade nos membros superiores e estando sozinha em casa, não consegue simplesmente sair para ir apanhar ar nem tão pouco receber um(a) amigo(a) que a pretenda visitar, tudo porque ela não consegue abrir a porta sem auxílio. Assim, a EPRM desenvolveu um mecanismo em que, através do reconhecimento por RFID (Identificação à distância), basta à Vânia aproximar-se da porta de saída da casa, com o intuito de sair (ou entrar), para que o sistema destranque a fechadura e abra a porta automaƟcamente.

A EPRM tem recibido jornalistas da SIC para documentar a evolução do estado do projeto até à fase Įnal da instalação do sistema. Todo o projeto, construção mecânica, construção eletrónica (placas PCB), programação, materiais e componentes, foram inteiramente idealizados, selecionados e elaborados pelos alunos e professores das áreas referidas, fazendo também reaproveitamento de materiais, vulgarmente chamado de “lixo eletrónico”, tornando o projeto “bom, bonito e barato”. Cristóvão Oliveira José Oliveira

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[a nossa escola – projetos e atividades]

EPRM presente na FUTURÁLIA 2013

A Escola ProĮssional de Rio Maior (EPRM) foi convidada pelo Ministério da Educação e Ciência, para se fazer representar no evento “Futurália 2013” na Feira Internacional de Lisboa (FIL) através do Curso ProĮssional de Técnico de Frio e ClimaƟzação, nos dias 13 e 14 de março. A Futurália é a maior feira de educação, formação e orientação educativa existente em Portugal e a EPRM acedeu com muito agrado ao convite, tendo a comiƟva de representação sido consƟtuída pelo Diretor de Curso do supracitado curso proĮssional, acompanhado por alguns alunos que compõem a turma. O stand da EPRM consistiu na exposição de equipamento diverso relacionado com a área de formação de Frio e ClimaƟzação, nomeadamente um compressor completo, vários componentes de um sistema de refrigeração, componentes de automação e controlo, bem como, ferramentas especíĮcas desta área. Expôs-se, também, diverso material publicitário e promocional da Escola: blocos, canetas, pulseiras e o jornal da Escola, “Ponto e Vírgula”, que em 2012 foi considerado, pelo júri do Concurso DN Escolas, o melhor jornal escolar nacional. Uma das atrações do stand foi um medidor de ansiedade, gentilmente cedido pelo Curso de Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação, que foi também experimentado pelas enƟdades oĮciais aquando da sua visita ao espaço. De salientar o bom ambiente vivido durante os dois dias da

parƟcipação da Escola, com registo para a elevada aŇuência de visitantes procurando informação junto dos nossos alunos. No Įnal do dia 14 encerrou-se a parƟcipação da EPRM, certos de que a presença neste Ɵpo de certames faculta não só a parƟlha de experiências, bem como, o estabelecimento de novos contactos, contribuindo para uma maior abertura de horizontes aos jovens que temos como formandos. Nestes dois dias, o Curso ProĮssional de Técnico de Frio e ClimaƟzação desĮlou na passerelle da Futurália, defendendo a imagem da EPRM e contribuindo para a sua visibilidade e notoriedade. Luís Santos

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[a nossa escola – projetos e atividades]

EPRM tem projeto para melhorar o acompanhamento dos estágios

É reconhecida a necessidade acautelar algumas das questões ligadas à formação proĮssional inicial de jovens, antevendo o seu futuro papel na sociedade e no mundo do trabalho. De entre os aspetos que requerem a atenção dos decisores políƟcos e insƟtucionais, assumem parƟcular importância o desemprego, a diversidade e a dispersão na oferta formativa e o papel desempenhado pelas práƟcas de formação que alternam entre espaços teóricos (escola) e práƟcas (empresa). As diĮculdades que os operadores do mundo do trabalho têm relaƟvamente às vantagens da formação em alternância e a sua relutância na oferta de colocações, independentemente dos níveis de formação proĮssional dos formandos levaram à apresentação de um projeto que visa promover a melhoria das práƟcas de formação em contexto de trabalho, apoiado pelo programa de Parcerias de Aprendizagem Leonardo Da Vinci – PROALV. Designado TransVet, o projeto surgiu como resultado de uma visita de estudo realizada durante o mês de outubro de 2011, na cidade de Estocolmo (Suécia) e pretende dar visibilidade às práticas de formação baseadas em cursos de formação em alternância, em cada um dos países parceiros (Escócia, Espanha, Noruega, República Checa e Croácia). Visa-se, deste modo, promover uma avaliação dos processos, procedimentos e instrumentos uƟlizados ao nível da monitorização e avaliação de estágios, a Įm de idenƟĮcar as melhores práƟcas em termos

de apoio à formação, aos alunos e às empresas no espaço da União Europeia (guia de boas práƟcas). O projeto pretende, sobretudo, rec olher exemplos de boas práticas; identificar mecanismos de apoio aos estagiários, entidades formadoras, entidades de acolhimento e empregadores envolvidos na colocação de experiência de trabalho; idenƟĮcar boas práƟcas ao nível da documentação associada à monitorização, acompanhamento e avaliação da formação em contexto de trabalho; analisar as melhores práƟcas e as questões envolvidas na transferência de aprendizagens entre a escola (contexto teórico) e empresa (contexto práƟco) e vice-versa e idenƟĮcar as barreiras e exemplos de boas práƟcas para a igualdade de oportunidades. Estagiários, empresas, centros de formação e agências de emprego deverão fornecer informação privilegiada sobre as suas próprias experiências ao nível realização de estágios, bem como, dos processos transferência de competências entre o trabalho em sala de aula e as práƟcas em contexto de trabalho. O principal resultado deverá reforçar o papel das organizações, que poderão dar um contributo essencial para a concreƟzação do objeƟvos da educação e formação proĮssional o nível europeu. Os produtos e resultados serão disponibilizados através de um site do projeto, que deverá ainda incluir: i) apresentações feitas durante visitas de intercâmbio; ii) Relatórios sobre as práƟcas atuais, incluindo as questões levantadas na promoção da igualdade de oportunidades; iii) guia de boas práƟcas para alunos, organizações de formação e enƟdades empregadoras; iv) estratégias de implementação de boas práƟcas de experiência de trabalho; v) exemplos de documentação Ɵpo – padrão; vi) Estudos de caso e vii) e Relatório Įnal. Iniciado em agosto de 2012, o projeto conta atualmente com duas visitas já realizadas, em Espanha (Cartagena) e Escócia (Ayr), estando previstos novas parcerias até maio de 2014, altura em que será realizado o seminário Įnal de encerramento do projeto, que deverá envolver todos os elementos parƟcipantes e uma parte substancial da comunidade educaƟva local. Neste encontro, serão apresentados os resultados das várias visitas e uma síntese técnica em torno das boas práƟcas idenƟĮcadas. João Paulo Colaço

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[a nossa escola – projetos e atividades]

O caminho para hastear a Bandeira Verde sacos (papelão, vidrão e embalão) acompanhados por uma ação de sensibilização para a separação em que os(as) alunos(as) receberam um panŇeto/autocolante informaƟvo das regras de separação. Em parceria com o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros elaborou-se um jogo didáƟco do Ɵpo “Quem é Quem?” onde o jogador mais novo, após a seleção do tema, começa e faz uma pergunta que só possa ser respondida com SIM ou NÃO. Dependendo da resposta, fechará o(s) botão(ões) de qualquer espécie que verifique que NÃO é a espécie misteriosa do seu adversário. Depois os papéis invertem-se e é a vez do jogador ou jogadora mais velho/a fazer uma pergunta que só possa ser respondida com SIM ou NÃO. Ganha o jogo quem primeiro adivinhar a espécie misteriosa do adversário.

A água, a Ňoresta, a biodiversidade, os resíduos e o Subsolo foram temas que o Conselho Eco Escolas da Escola ProĮssional de Rio Maior (EPRM) selecionou para parƟcipar no programa Eco Escolas desenvolvido pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), em prol da defesa do ambiente.

Se o(a) jogador(a) achar que já sabe qual é a espécie mistério

A aƟvidade mais recente foi realizada no âmbito das energias

descoberta do meio irão contribuir para que a comunidade

e prendeu-se com uma visita de estudo à Estação ColeƟva de

escolar da EPRM, juntamente com os parceiros do projeto

Tratamento de EŇuentes Suinícolas, localizada em Alcobertas.

neste ano, conƟnuem a hastear a Bandeira Verde da ABAE como

Neste espaço, os participantes puderam observar uma

símbolo efeƟvo da alteração de comportamentos em beneİcio

infraestrutura de apoio à economia local, baseada na

de um ambiente mais próspero.

do(a) adversário(a), deve esperar pela sua vez e ao invés de fazer uma pergunta deve dizer o nome. Se acertar, ganha. Se errar na suposição, perderá este jogo! Juntamente com outras previstas, estas ações de sensibilização, transmissão de conhecimentos, envolvimento dos alunos e de

Pedro Guedes

degradação da matéria orgânica e consequente produção de biogás, composto sólido (compostagem) e líquidos (sistema de lagoas depuraƟvas). O biogás é armazenado com uma tela biodigestor, encaminhado para a sala de pressurização e após passar num Įltro de limalhas alimenta o motor para a produção de energia elétrica. Os restantes resíduos da degradação da matéria orgânica (parte sólida e líquida) são separados no

Sinta o grau de conforto da sua casa

tamisador, indo a parte sólida para o centro de compostagem e a parte líquida para as lagoas. A parte sólida poderá ser misturada com resíduos Ňorestais para melhorar a relação carbono/azoto (próximo de 30) e aplicar nos terrenos agrícolas para melhorar a percentagem de matéria orgânica dos solos. Já a parte líquida passará por um sistema de três lagoas e ao Įm da terceira os eŇuentes poderão ser uƟlizados para ferƟirrigação. Ao nível da iluminação pública foi realizado um passeio pela cidade de Rio Maior, elaborada e entregue uma proposta ao município no senƟdo de desligar algumas iluminarias que pela proximidade de outras ou pela não necessidade de estar em funcionamento, deveriam ser desligadas. DisƟnta ação realizada aconteceu com a distribuição de ecopontos pelas salas de aula. Foram reparƟdos catorze conjuntos de três

www.vulcano.pt

Revista EPRM # 21 | 27


[ formação proÀssional]

Diretor Pedagógico da EPRM participa em encontro europeu de Diretores de Escolas

FotograĮa de grupo em Hamelin

A União Europeia (UE) apoia um grande número de aƟvidades em matéria de educação, formação, cultura, invesƟgação e juventude.

A Comissão Europeia integrou as suas diversas iniciativas no domínio da educação e formação num programa único, o Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida (www.ec.europa.eu/llp). Este programa permite às pessoas acederem, em qualquer fase das suas vidas e em toda a Europa, a um processo de aprendizagem dinâmico. O programa é consƟtuído por quatro subprogramas: Comenius (para as escolas), Leonardo da Vinci (para o ensino e formação proĮssionais), Erasmus (para o ensino superior) e Grundtvig (para a educação de adultos). A visita de estudo é uma curta estadia de três a cinco dias, num país de acolhimento para um grupo de 10 a 15 especialistas europeus de educação e formação proĮssional e decisores. 28 | Revista EPRM # 21

Uma visita de estudo inclui apresentações e visitas in loco aos ministérios, insƟtuições de ensino e de formação, locais de formação, etc. As visitas proporcionam um fórum de discussão, intercâmbio e aprendizagem sobre temas de interesse comum e sobre as prioridades europeias e nacionais. O Programa de Visitas de Estudo faz parte do programa da UE Aprendizagem ao Longo da Vida. As Visitas de Estudo desƟnam-se a decisores e a especialistas em educação e formação proĮssional e permitem trocas de experiência ao nível das boas práƟcas em toda a Europa e estabelecer novos contactos para uma maior cooperação e intercâmbio.

O Diretor Pedagógico da Escola Profissional de Rio Maior parƟcipou numa Visita de Estudo em Hannover, Alemanha, conjuntamente com mais 14 diretores e inspetores de educação de diversos países europeus (Espanha, França, Itália, Inglaterra, Holanda, Hungria, Eslovénia, Roménia, Grécia, Turquia e Chipre).


[ formação proÀssional]

Diretor Pedagógico da EPRM durante a apresentação do Sistema Educativo Português

O tema da Visita foi “Liderança inovadora e Formação de Professores em Escolas Autónomas”. Foram cinco dias de intenso trabalho, que incluíram reuniões com responsáveis da educação (Ministro da Educação da Baixa Saxónia, o estado alemão de que Hannover é a capital e com o presidente da Câmara Municipal da mesma cidade), visitas a escolas de várias Ɵpologias, fóruns de debate, aƟvidades de caráter lúdico e cultural, etc.

2. O enfoque principal de todos os líderes das escolas deve ser o desenvolvimento de competências de ação como ‘líderes pedagógicos “. O papel de uma liderança escolar normalmente abrange tanto aspetos de liderança, como de gestão. A autonomia crescente, que muitas vezes leva ao aumento de tarefas de gestão administraƟva, mas se for possível garanƟr que isso não colida com a implementação de uma liderança educacional forte, a escola sai reforçada. 3. O grupo identificou um entrave comum a uma liderança efeƟva ao nível da gestão do pessoal, parƟcularmente com a competência para lidar com professores com mau desempenho ou desmoƟvação. Em muitos países, como é o caso de Portugal, o recrutamento de professores é uma responsabilidade direta do Estado. Como a liderança não pode ser bem-sucedida num ambiente autónomo, sem uma equipa consistente e compromeƟda com um bom desempenho, urge que os políƟcos e os decisores de cada estado reŇitam sobre esta matéria. Para terminar este primeiro ponto, concluir que a avaliação, tanto autoavaliação como avaliação externa, é fundamental para uma escola cada vez mais autónoma.

Aspetos relevantes observados na Visita de Estudo Os parƟcipantes na visita de estudo, a maioria dos quais são ou foram Diretores, saudaram a crescente autonomia e regulação decrescente que parece ser a tendência da políƟca educaƟva atual dos diversos países. O grupo idenƟĮcou três aspetos fundamentais para a promoção de uma escola compeƟƟva e de qualidade: 1. A liderança na boa escola nunca pode resultar do trabalho de um Diretor da escola isoladamente. Esta aĮrmação é verdadeira em dois aspetos: o líder de uma escola não pode trabalhar isoladamente dentro da sua escola. Ele ou ela deve desenvolver uma visão e senƟdo de liderança coleƟva e de responsabilidade entre os seus colaboradores. Depois, concluímos que a autonomia das escolas não vai ser bemsucedida se uma escola opera de forma isolada das outras escolas ou na comunidade. A melhor práƟca mais uma vez mostrou-nos que a liderança mais forte pode ser observada quando se estabelecerem sinergias fortes com a comunidade.

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[formação proÀssional]

Intercâmbio de experiências e boas práƟcas Um dos objeƟvos do Programa Transversal/Visitas de Estudo é o intercâmbio de experiências e boas práƟcas. Aqui Įcam algumas das consideradas mais emblemáƟcas:

1. “School Rules” – São uma práƟca comum na Alemanha e na Eslovénia, envolvendo toda a comunidade educaƟva: alunos, pais, funcionários e professores. São princípios parƟlhados, de forma transparente, para gerir as expetaƟvas e deveres de cada parte interessada. As regras são declarações posiƟvas e, seguindo-as, todos são envolvidos como parceiros na construção de uma boa escola e, consequentemente, uma boa comunidade. 2. “GiŌed Pupil Programme” – O programa Escola de Talentos é uma práƟca corrente na Alemanha. É um óƟmo exemplo de promoção de talentos e aumento das chances dos alunos, e de invesƟmento no progresso. Foi criado um grupo de cooperação, consƟtuído por professores de diversas escolas e cujo papel é, basicamente, de idenƟĮcarem e encaminharem os alunos que revelem algum Ɵpo de talento, sendo promissores na música, na dança, no desporto, na matemáƟca, nas ciências, etc. Os professores que se envolvem e se apresentam como voluntários são treinados para este Ɵpo de trabalho, o da idenƟĮcação e, posteriormente, o de potenciarem o talento revelado pelos jovens. 3. “Teacher twinning to improve” – É um programa Holandês de “geminação” de professores, que suporta os líderes escolares 30 | Revista EPRM # 21

no desenvolvimento dos seus colaboradores. Contribui, simultaneamente, para a melhoria dos bons professores e dos menos bons, em paralelo, associando-os como "gémeos". Confere responsabilidade a ambos os tipos de professores, na medida em que responsabiliza u m p ro fe s s o r p e l o seu desenvolvimento, bem como pelo desenvolvimento do professor com que está “geminado”. 4. “PAC – Autonomy Plans for schools” – É um programa aplicado nas escolas espanholas com piores resultados escolares. As escolas que são identificados como não tendo um bom desempenho são convidadas a criar um plano de autonomia (PAC). A escola tem a responsabilidade de desenvolver estes planos e se alcançar os resultados propostos obtém uma recompensa Įnanceira.

As Visitas de Estudo são um tipo de troca de experiências e de boas práƟcas, que é fundamental para um desenvolvimento equilibrado e justo da EU, por propiciar aproximação de pessoas e de modelos. Podem caracterizar-se como experiências “open mind”, por permitirem conhecer novas perspeƟvas e novos modelos no setor da educação, de tal modo que todos os atores ligados a este setor deveriam ser “obrigados” a parƟcipar em iniciaƟvas desta natureza. Pela minha parte, enquanto Diretor Pedagógico da EPRM, já estou a procurar implementar, na escola que lidero, algumas das boas práƟcas a que assisƟ. Recomendo vivamente a parƟcipação em iniciaƟvas desta natureza! Luciano Vitorino


[ formação proÀssional]

Colaborador da EPRM na Turquia

Grupo de parƟcipantes

No passado mês de outubro, o Diretor do Curso de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas InformáƟcos, realizou um intercâmbio de experiências e boas práƟcas com diversos representantes de outros países da União Europeia, no âmbito do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida. Esta visita de estudo decorreu em Kayseri, cidade da Turquia (zona central do país) e o tema da visita foi o uso das TIC no ensino, por forma a criar um futuro melhor - ” Use of ICT in Learning; ICT for creaƟng a beƩer future”.

Esta aƟvidade dividiu-se em momentos de trabalho/ reuniões e momentos de lazer - com especial importância para a cultura turca. RelaƟvamente ao primeiro momento, o grupo parƟcipou em diversas reuniões e encontros com representantes: do Ministério da Educação Turco, da Direção Regional da Educação do distrito de Melikgazi – Kayseri, da Associação Empresarial de Kayseri, de Universidades, de escolas e de alunos dos diferentes níveis e Ɵpos de ensino turco.

No que concerne às experiências e boas práƟcas, o grupo considerou que era evidente que as diferenças neste tema, de país para país, eram pequenas. No país de acolhimento (Turquia) e nos países com representantes (Portugal, Espanha, Grécia, Itália, Reino Unido, República Checa, Polonia, Hungria, Suécia) nesta visita de estudo, idenƟĮcamos um desejo compartilhado pela maioria das autoridades nacionais para proporcionar ao sistema de ensino, os recursos básicos na área das TIC; nomeadamente, computadores, videoprojetores, quadros interaƟvos, Internet e a respeƟva rede de dados, sistemas de controlo e gestão das insƟtuições, etc. Como é natural, existem pequenas diferenças, por exemplo, na Suécia são disponibilizados Laptops da Macintosh para os alunos, mas estes não os podem levar para casa, como acontece, por exemplo, com os computadores Magalhães na realidade Portuguesa. Na Turquia, a ơtulo de exemplo, está em marcha um projeto que visa oferecer aos alunos Tablets para uso em casa e na escola, sempre com a mesma ligação à Internet (fornecida pelo sistema educaƟvo). Mas estas são pequenas diferenças na aplicação dos diversos planos tecnológicos em cada país no Revista EPRM # 21 | 31


[ formação proÀssional]

sistema de ensino, no entanto, de forma general, os sistemas tecnológicos colocados à disposição da educação não varia muito de país para país.

Os planos tecnológicos deram muita enfâse ao “hardware”, mas ainda não se centraram no essencial, que são as competências e conhecimentos de quem os vai uƟlizar nas salas de aula – os professores. Uma outra abordagem diferente foi descrita pela colega sueca. Descreveu-nos a forma de uƟlização das TIC neste país, sendo que nos primeiros ciclos de ensino, não possuem uma disciplina dedicada às TIC ou professores dedicados a ensinar exclusivamente estes conteúdos, sendo que as competências TIC são trabalhadas nas diversas disciplinas ao mesmo tempo que são trabalhadas as competências básicas da disciplina em questão. A uƟlização de blogs, web sites, plataformas de e-learning, e-book, computadores, quadros interativos e trabalhos baseados na Internet, são abordagens comuns parƟlhadas pelos parƟcipantes e pelo país anĮtrião, mas cada um tem as suas próprias especiĮcidades, sendo que, de forma geral, todos usam abordagens comuns.

Diploma de parƟcipação

Outra abordagem comum e idenƟĮcada pela generalidade dos participantes está relacionada com a formação dos docentes ou auxiliares na área das TIC. Parte dos docentes ainda não possuem as competências desejadas para uƟlizarem adequadamente os recursos TIC disponíveis, ou seja, os parques informáƟcos das escolas estão bem equipados, mas não existe em número suĮciente recursos humanos habilitados para os uƟlizarem.

No entanto, os elementos que parƟciparam nesta visita de estudo, e na sua maioria professores com diversos e diferentes cargos nas suas insƟtuições, saudaram a crescente e saudável parceria entre o setor empresarial (privados na sua grande maioria) e o sistema de ensino (público e privado). Esta foi mesmo a grande diferença que todos os parƟcipantes elegeram como a grande meta a importar para os nossos sistemas educaƟvos. Mas, esta visita também proporcionou contacto com a cultura turca e permiƟu conhecer costumes e lugares belos, tal como a Capadócia, que se situa na região histórica e turísƟca da Anatólia Central. EnĮm, uma perfeita aƟvidade “open mind”. Jorge Silva

Apresentação do caso português

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Visita a região histórica e turísƟca da Anatólia Central – Capadócia


[ formação proÀssional ]

EPRM alarga oferta de formação pro¿ssional de adultos

A Escola ProĮssional de Rio Maior alargou recentemente a sua oferta formaƟva a adultos através de um conjunto de unidades de formação modular cerƟĮcada de curta duração (UFCD), financiada no âmbito do Programa Operacional Potencial Humano, nas áreas de operador de armazenagem e operador comercial. As seis ações propostas para o período 2012-2013, num total de trezentas horas de formação, abrangem áreas que vão das novas tecnologias na gestão do armazém às competências linguísƟcas no apoio à comunicação empresarial, passando pelo trabalho social e gestão técnica de recursos humanos, entre outros temas de interesse. A oferta formaƟva proposta pela Escola ProĮssional de Rio Maior é resultado da estratégia de cooperação com o exƟnto Centro Novas Oportunidades (CNO) para a região de Rio Maior, atribuindo-se prioridade integral a formandos sinalizados por essa via. O plano de formação proposto pela EPRM centra-se sobretudo na esƟmulação de competências pessoais e proĮssionais que possam favorecer a integração no mercado de trabalho local, pautado essencialmente pelas perspeƟvas criadas em torno do

recém-criado parque de negócios, esperando-se que possam surgir novas oportunidades de integração social e proĮssional a parƟr do acesso a módulos de formação de curta duração. As ações de formação conferem a atribuição de um cerƟĮcado e integram o atual sistema de reconhecimento e validação de competências. João Paulo Colaço

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[formação proÀssional]

Uma Visão Especial

“Vocational education for children and youth with special needs: challenges of unfair competition”

ParƟcipar numa visita de estudo implica observar, trabalhar, apreender, ouvir, escutar e falar. No fundo é estar num lugar da Europa, com pessoas que não conhecemos, mas com quem temos algo em comum, e observar boas práƟcas, reƟrar bons exemplos, estabelecer parcerias e aprender. Todos estes momentos, por excelência enriquecedores, são sempre uma mais-valia proĮssional e pessoal. As Visitas de Estudo, de uma forma geral, são estruturadas de uma forma idênƟca. Existe um momento, inicial, em que os parƟcipantes se conhecem e dão a conhecer todo o seu trabalho, assim como, o da insƟtuição a que pertencem. A insƟtuição de acolhimento dá-se a conhecer, o que faz e o programa a trabalhar nos dias da visita. Os dias, que vão de três a cinco, oscilam entre observação de boas práƟcas, observação do trabalho de outras insƟtuições, conversas e troca de ideias com essas mesmas insƟtuições, trocas de contactos, visitas de âmbito cultural e os momentos informais do grupo (refeições, compras, saídas). Muito importante, são também os momentos de trabalho de grupo e de reŇexão, em que estruturamos o relatório Įnal de grupo. A língua usada é o Inglês. Na Letónia, capital Riga, onde foi a visita, existe uma magia congregada com a calma. É um país frio, mas as pessoas são e andam bonitas, há segurança no caminhar e chapéus magníĮcos. Nesta cidade recebeu-nos “Latvia Children’s Fund”, que é uma ONG de uƟlidade pública, que trabalha com crianças e jovens em risco. Risco, por terem necessidades educaƟvas especiais, risco por viverem em extrema pobreza e risco por não terem famílias que lhes deem algumas das condições básicas para viver. O período da visita foi de 15 a 17 de outubro de 2012. Sob o ponto de vista geral, a temáƟca da visita esteve relacionada com as necessidades educaƟvas especiais. No entanto, o foco

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incisivo foi sobre a formação no ensino proĮssional das crianças e jovens “especiais”. Os países que esƟveram representados na visita de estudo foram Portugal, França, Lituânia, República Checa, Turquia, Reino Unido, Irlanda e Hungria. Os três aspetos que mais se destacaram foram as semelhanças que existem entre os países participantes e o país de acolhimento, nos aspetos formais e documentais quando se trabalha com crianças e jovens com necessidades educaƟvas especiais; a diversidade de equipas multidisciplinares que existem nas escolas proĮssionais e que trabalham com os alunos com necessidades educaƟvas especiais; o facto de exisƟrem algumas escolas de formação proĮssional, que são internatos (excluindo os alunos do meio social regular) e em que os alunos não fazem aprendizagem em contexto real de trabalho. Em todos os países presentes nesta visita de estudo, existem abordagens, experiências, práticas e até mesmo projetos comuns, tais como, existência de escolas de educação especial em todos os países participantes; existência de um plano individual de trabalho dos alunos com necessidades educaƟvas especiais, também transversal ao país de acolhimento e aos países parƟcipantes. Também observamos que no ensino proĮssional os planos curriculares são divididos em disciplinas gerais e em disciplinas técnicas, o que é comum a todos os países parƟcipantes. Na perspeƟva do ensino especial a abordagem é feita e pensada para a individualidade do aluno, o que, para quem trabalha nesta área, é uma visão comum. Os maiores desafios e/ou obstáculos que poderiam ser considerados têm a ver com o facto de ainda existirem insƟtuições em que as crianças e jovens não estão com as


[formação proÀsional]

famílias, estão em internato, logo, estão excluídas socialmente. Esta torna-se realmente uma visão muito restrita do social, do potencial das crianças com necessidades especiais e da sua inserção na vida quoƟdiana. O facto de as escolas dotarem os alunos de ferramentas para a vida aƟva, com uma proĮssão ou com a aprendizagem de determinadas competências é bastante importante, no entanto, não existe a preocupação de os inserirem no mercado de trabalho. Estes são, sem dúvida, os maiores obstáculos observados nesta visita e que prometem ser um grande desaĮo, em especial para o país de acolhimento. Uma realidade também observada no país de acolhimento foi o facto de as escolas que trabalham com crianças e jovens com necessidades educaƟvas especiais terem equipas mulƟdisciplinares muito diversiĮcadas. Conseguem assim, dar aos alunos respostas integradas em grande grupo (turma) ou individualmente (apoio, aulas, terapias). O tratamento singular de cada aluno com necessidades educativas especiais é, sem dúvida, feito em Portugal, no entanto, as crianças quando vão para as escolas não têm as equipas que preencham os requisitos necessários à altura de todas as suas necessidades. Na Letónia, as escolas, os centros de formação, escolas especiais, têm as respostas adequadas

O que poderia ser adaptado na EPRM: Equipas mulƟdisciplinares, integração dos jovens com necessidades educaƟvas especiais. Existência de turmas com formação apenas em disciplinas técnicas para jovens que já possuam o ensino secundário regular. O crescimento e o enriquecimento proĮssional e pessoal passa, sem dúvida, pela parƟlha, conhecimento do outro e dos outros, e de estar fora, para poder olhar para dentro. Sónia Duarte

“Then it will sound like that: “It was great to hear opinion of parƟcipants about possible changes in study visit topic issues in Latvia, it helps to understand what exactly will be the result of these changes “- Veronika Lemesevska, Latvia “Nice and smart people with the same problems from their society, but all of them with diīerent point of view” – Èva Mazzag, Hungary “A super opportunity to hear about good pracƟce across Europe” Alun Flynn, United Kingdom “I learnt a lot about diīerent cultures and how this impact on the supports provided to people with disabiliƟes. We can all learn so much from each other that will lead to beƩer supports in the future” AusƟn O’Sullivan, Irland

(recursos humanos e físicos adequados, equipamentos e material). Outro aspeto a considerar é o facto de se dotarem os pais de competências para trabalhar e viver melhor com o seu Įlho, e tudo isto adquire-se na escola; os pais vão para a escola com os Įlhos, onde alguém lhes ensina as mais variadíssimas tarefas. Ensinam os pais a terem qualidade de vida e responsabilidade perante o seu Įlho.

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[formação proÀssional]

EPRM integra parceria multilateral com projeto sobre mobilidade sustentável A Escola ProĮssional de Rio Maior integra, pela primeira vez, uma parceria mulƟlateral entre escolas, no âmbito do programa Comenius, que aguarda uma decisão da Agência Nacional do Programa Aprendizagem ao Longo da Vida.

As preocupações face à crescente escassez de recursos reforçam as possibilidades do projeto, que poderá ser um excelente instrumento para repensar não só as possibilidades, mas também as limitações associadas aos diferentes Ɵpos de combusơvel, baterias e e-carros, entre outros elementos ligados à mobilidade de pessoas e bens. O projeto terá a duração de dois anos (2013-2015) e prevê a criação de doze unidades de formação que integram estas temáƟcas e reforçam as competências dos alunos na resolução de problemas, incenƟvando-os a fazer uso de seus conhecimentos técnicos. Em caso de aprovação, o primeiro encontro transnacional terá lugar em Portugal, sob coordenação da Escola ProĮssional de Rio Maior, e deverá envolver uma parte substancial da comunidade escolar e parceiros sociais ligados às áreas técnicas do projeto (mecânica, eletricidade, eletrónica, comércio, markeƟng, entre outras).

João Paulo Colaço

Wolfgang Hertmann, Diretor Pedagógico da Escola Eugen Reintges Schule hameln, Alemanha Construído a partir de contactos estabelecidos durante uma visita de estudo realizada na região de Hannover, pelo Diretor Pedagógico da EPRM, o projeto MOB-Y consolida uma parceria europeia a desenvolver por cinco países (Alemanha, Polónia, França, Suécia e Portugal), que pretende ampliar o conhecimento e a consciência da comunidade escolar em torno da mobilidade e dos modos de transporte em áreas rurais e urbanas, superando alguns dos atuais conŇitos socioeconómicos e ecológicos. A proposta visa incentivar alunos e professores a abordar a questão da mobilidade do ponto de vista técnico, social e económico e a angariar soluções que possam garantir a mobilidade sustentável dos cidadãos europeus (tendo em conta os modos de transporte, a sua frequência, infraestruturas existentes e custos, superando as limitações dos atuais sistemas de transporte (tendo em mente os seus custos sociais e os impactos sobre o meio ambiente). 36 | Revista EPRM # 21


[ formação proÀsional ]

Um Ambiente Real Virtualizado… Custo: A redução de custos de manutenção e subsƟtuição de hardware. Melhor eĮcácia energéƟca, menos intervenções técnicas.

Adaptação às diferentes cargas de trabalho: Variações na carga de trabalho podem ser tratadas facilmente. Ferramentas autónomas podem transferir recursos de uma máquina virtual para a outra. Balanceamento de carga: Toda a máquina virtual está encapsulada no VMM (Virtual Machine Monitor). Sendo assim, é fácil trocar a máquina virtual de plataforma, a Įm de aumentar o seu desempenho. Suporte a aplicações: Quando uma empresa decide migrar para um novo Sistema OperaƟvo, é possível manter o sistema operaƟvo anƟgo sendo executado em uma máquina virtual, o que reduz os custos com a migração. Virtualizar é a técnica de separar soŌware aplicaƟvo e sistema operacional dos componentes físicos (hardware). Existem diferentes Ɵpos de virtualização, a virtualização de hardware, a virtualização de apresentação e a virtualização de aplicaƟvos. Para entender o conceito, deve-se traçar um paralelo entre o que é real e o que é virtual. Algo real terá caracterísƟcas İsicas, concretas; já o virtual está associado àquilo que é simulado, abstrato. A virtualização cria um ambiente virtual que simula um ambiente real, propiciando a uƟlização de diversos sistemas e aplicaƟvos sem a necessidade de acesso İsico à máquina na qual estão a usar. Com a virtualização os uƟlizadores que usavam apenas uma parte do recurso das máquinas nos seus postos de trabalho (apenas um parte dos discos, das memórias, dos processadores, etc…), passam a ter os recursos distribuídos pelo servidor, o que se traduz num melhor aproveitamento dos recursos e na redução da intervenção de mão-de-obra técnica.

Vantagens da Virtualização Segurança: Usando máquinas virtuais, pode ser deĮnido qual é o melhor ambiente para executar cada serviço, com diferentes requerimentos de segurança, ferramentas diferentes e o sistema operacional mais adequado para cada serviço. Além disso, cada máquina virtual é isolada das outras. ConĮança e disponibilidade: A falha de um soŌware não prejudica os demais serviços e permite a redução de falhas de hardware.

Desvantagens da “Virtualização” As desvantagens da virtualização, não são propriamente desvantagens, uma vez que, na realidade o que existe é um upgrade tecnológico aos sistemas e às tecnologias de informação, assim sendo temos: Implementação: Necessidade de idenƟĮcar com os objeƟvos pretendidos; necessidade de conhecimentos técnicos de sistemas operaƟvos, sistemas de aplicação, hardware e redes. Servidor: Necessidade de upgrade ao servidor (processador, RAM, discos), necessidade de redundância (fontes, discos, processador). Data Center: É preferencial aos sistemas centrais (servidor), caso se encontrem em ambiente isolado, climaƟzado e com corrente elétrica estabilizada.

João Inez

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE

Técnicos Auxiliares de Saúde – Uma aposta na Saúde Nos últimos 30 anos Portugal perdeu cerca de um milhão de jovens, entre os zero e os catorze anos, e ganhou cerca de 900 mil idosos (pessoas com mais de 65 anos). Sendo o índice de envelhecimento da população, de 129%, o que significa que por cada por cada 100 jovens há hoje 129 idosos. Com o envelhecimento d a p o p u l a ç ã o, a s necessidades de recursos humanos são crescentes na área da saúde, mas não precisamos apenas de médicos e enfermeiros, precisamos de outros proĮssionais, com formação adequada, que façam a ponte entre estes e os utentes, para se poder aumentar a qualidade dos cuidados de saúde prestados. Tendo em conta estas necessidades, a Escola ProĮssional de Rio Maior, abriu no corrente ano leƟvo o Curso de Técnico Auxiliar de Saúde, desƟnado a jovens com interesse pela área de saúde. O Técnico Auxiliar de Saúde é o proĮssional que, sob a orientação de proĮssionais de saúde com formação superior, auxilia na prestação de cuidados de saúde aos utentes, na recolha e transporte de amostras biológicas, na limpeza, higienização e transporte de roupas, materiais e equipamentos, na limpeza e higienização dos espaços e no apoio logísƟco e administraƟvo das diferentes unidades e serviços de saúde. Assim sendo, resumidamente, o técnico auxiliar de saúde, tem como principais aƟvidades:

- Auxiliar na prestação de cuidados aos utentes, de acordo com orientações do enfermeiro; - Auxiliar nos cuidados post-mortem, de acordo com orientações do proĮssional de saúde; - Assegurar a limpeza, higienização e transporte de roupas, espaços, materiais e equipamentos, sob a

orientação de proĮssional de saúde; - Assegurar aƟvidades de apoio ao funcionamento das diferentes unidades e serviços de saúde; -Auxiliar o profissional de saúde na recolha de amostras biológicas e transporte para o serviço adequado, de acordo com normas e/ou procedimentos deĮnidos. Estes futuros técnicos auxiliares de saúde, Įcarão habilitados a desempenhar funções em diversos locais, nomeadamente: -Hospitais Públicos e Privados; -Centros de Saúde; -Consultórios Médicos; -Clínicas; -Lares de Terceira Idade; -IPS´s/Centros de Acolhimento e Residência de Crianças; -Domicílios… Sendo este um curso que faz todo o senƟdo nos dias de hoje, desejo, sinceramente que as alunas que iniciaram o curso, conƟnuem empenhadas em adquirir mais conhecimentos na área da saúde, para que, daqui a dois anos, tenhamos mais profissionais de saúde qualificados, a prestar cuidados de qualidade, uma vez que apostar na qualiĮcação e formação dos proĮssionais de saúde é apostar na qualidade dos cuidados de saúde prestados. Patrícia Vaqueiro

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A LUZ que nos ilumina

Decorrida já a primeira década do século XXI, e quase sem nos darmos conta da velocidade verƟginosa a que correram os ponteiros do relógio, conƟnuamos envoltos num mundo de progresso e tecnologia que evolui a cada minuto que passa, que se constrói de uma forma cada vez mais minuciosa, como uma escada que começou a ser construída desde os tempos mais remotos e cujos úlƟmos degraus ninguém ainda vislumbrou. No nosso quoƟdiano, as nossas ações mais banais implicam o uso da tecnologia, mas para isso, importa não esquecer que a Eletricidade tem um papel preponderante. Basta pensar na elaboração da presente Revista e no modo como foi aĮnal possível concebê-la até surgir esta versão escrita. Como é que artigos foram redigidos num computador? Como é que se imprimiram as páginas? Como é que se produziu este formato? Como é que se fabricou o papel e a Ɵnta? Uma imensidão de questões poderia surgir, mas a resposta para todas elas é apenas uma: a Energia Elétrica. No Curso Técnico de Instalações Elétricas, aprende-se / ensina-se a conhecer e a controlar essa “força da natureza” que tanto nos dá, que está à distância de um clique e sem a qual atualmente não concebemos as nossas vivências. Assim, com a uƟlização de recursos práticos e aquisições legais, fundamentam-se ideias e soluções com vista ao desenvolvimento crítico e criam-se projetos, perspeƟvando sempre despertar nos jovens um espírito de entreajuda e desaĮo para a concreƟzação de objeƟvos. Como dizia um grande mestre educador de jovens (Badden Powell), devemos “aprender fazendo” e é isso que

se procura incuƟr aos alunos, através de aulas técnicas com uma componente essencialmente práƟca onde, para além da execução, estes se preocupam com a conceção de projeto, seleção de materiais e opções que melhor se adequam à execução dos objeƟvos.

Mas a concreƟzação de projetos e a materialização de ideias não surge apenas ao nível da sala de aula / oĮcina, não se restringe ao espaço EPRM; para além dos projetos executados em oĮcina (equipada de acordo com as exigências do curso), tem sido solicitada a parƟcipação dos alunos do Curso de Instalações Elétricas para executar projetos no exterior, nomeadamente na cidade de Rio Maior (como foi, por exemplo, o caso da árvore de Natal junto à Câmara Municipal). Ao nível da Escola, o seu contributo tem sido igualmente precioso, no apoio à elaboração de projetos realizados pelos outros cursos da escola, onde é necessário executar uma parte elétrica ou até a adaptação mecânica elétrica, sob os mais variados temas. Como se costuma dizer “há sempre uma luz ao fundo do túnel” e resta-me esperar, e fazer por isso obviamente, que os alunos do Curso de Instalações Elétricas se sintam constantemente moƟvados e, decorridos os três anos, consigam descobrir a “sua luz” e serem bem-sucedidos. Cristóvão Oliveira

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[ em formação]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO ENERGIAS RENOVÁVEIS - SISTEMAS SOLARES

A natureza chama por nós!

A cada dia que passa somos cada vez mais os habitantes e uƟlizadores deste maravilhoso Planeta Azul, sem muitas vezes pararmos para pensar como é que ele aguenta com tantas solicitações! Poderíamos pedir a cada um de vós que imaginasse o seu espaço, que uƟliza e percorre sem grandes diĮculdades. Agora imaginem que a porta abre e vão entrando cada vez mais pessoas até que não consiga entrar mais ninguém! Apertados, cansados e sem recursos! Isto é o que estamos a fazer à Natureza…ao nosso Planeta Azul! Estamos a sobrecarregá-lo, com a agravante de consumirmos os seus recursos sem lhes dar tempo a que reponham o “stock”! Pouco a pouco as mentalidades têm vindo a ser alteradas e os cuidados ambientais uma realidade vivenciada dia a dia. Desde cedo se começa a sensibilizar os jovens e crianças para os cuidados e formas de respeitar a Natureza. As Energias Renováveis começaram a ocupar um lugar de

destaque nas vidas de cada um! UƟlizar as fontes energéƟcas inesgotáveis que temos, o Sol e o Vento por exemplo, dando descanso a todos as outras para que possam recuperar é uma das soluções. No entanto, para que estas energias possam ser corretamente uƟlizadas e aplicadas são necessários técnicos especializados nas suas áreas. Esta é a vossa oportunidade! Os tempos não são dos mais fáceis, mas temos que conƟnuar a acreditar que melhores dias virão e com eles as necessidades de técnicos formados e especializados, quer seja no nosso país ou mesmo em outros. Onde a necessidade e a aventura vos chamar! Alguns de vós questionar-se-ão acerca do futuro, de que resultados terão de todo este esforço. Pois posso dizer-vos que sem esforço é que não conseguirão aƟngir nenhum dos vossos objeƟvos! Acreditem em vós, tal como eu acredito! Lutem, esforcem-se e o futuro será melhor que o esperado! "Deixe o Mundo um pouco melhor do que o encontrou!” (Sir Baden Powell – Fundador do EscuƟsmo) Claúdia Solange Gomes

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO

A importância do ensino pro¿ssional no desenvolvimento económico do nosso país

Nas úlƟmas décadas veriĮcou-se uma diminuição do número de jovens cuja opção é o ensino profissional. Apesar de recentemente, começar a assistir-se a uma inversão desta tendência, é importante reforçar a relevância deste Ɵpo de ensino para o setor empresarial. As empresas portuguesas têm diĮculdade em encontrar recursos humanos especializados em áreas que vão desde a automação até à metalomecânica, sendo estas áreas de conhecimento altamente valorizadas e necessárias no sector industrial. O número de técnicos com cursos proĮssionais vs. o número de técnicos com cursos superiores é signiĮcaƟvamente mais elevado em países mais industrializados, nomeadamente a Alemanha, quando comparado com a realidade nacional e este dado reŇete-se depois na compeƟƟvidade da indústria nacional. Quando um aluno opta, no Įnal do 9º ano de escolaridade por enveredar no ensino proĮssional, está a abrir portas a uma potencial carreira de sucesso nesta área sem, no entanto, fechar as portas ao ensino superior, dado que no Įnal do curso obtém equivalência ao 12º ano (escolaridade obrigatória) podendo 42 | Revista EPRM # 21

ainda optar por essa via de ensino, caso assim o decida. No entanto, não basta só atrair mais jovens alunos para este Ɵpo de ensino. É também essencial apostar na melhoria conơnua da estrutura dos cursos proĮssionais.

Essa melhoria deverá passar pelo: • Aumento da carga horária da componente de estágios proĮssionais, que deveriam começar tão cedo quanto possível no plano de curso, para que, o aluno seja, desde logo, confrontado com as exigências e desaĮos do mercado de trabalho; • Maior rigor no que diz respeito à deĮnição de objeƟvos do estágio, prazos para apresentação de resultados, cumprimento dos horários conforme deĮnido com a empresa, etc. Na atual conjuntura económica, onde a versatilidade, flexibilidade e o conhecimento especializado são cada vez mais indispensáveis para fazer face aos desaĮos do mercado de trabalho, o ensino proĮssional é uma aposta crucial para o crescimento do tecido empresarial do nosso país.

Fizeram uma boa escolha! Luís Gonçalves


[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

Vontade de Vencer!

Metade do caminho está percorrido, outra metade vos espera! Quase sem darmos por isso, o curso vai a meio e em breve o mercado de trabalho aparecer-vos-á como uma realidade necessária e urgente. Neste início de ano leƟvo Ɵveram a oportunidade de visitar um país (Alemanha) em crescimento assim como empresas, onde a realidade proĮssional se apresenta de um forma mais abrangente e caƟvante para jovens acabados de formar e com vontade de crescer!

A incerteza do dia de amanhã obriga-nos a olhar para mais longe e fora dos nossos limites de forma a conseguirmos encontrar e garanƟr o nosso lugar! Não será fácil o caminho que terão que percorrer mas, de facilidades nunca resultou nada de bom, por isso, arregacem as mangas e esforcem-se de forma a garanƟr que serão os melhores Técnicos no desempenho das vossas funções. Tal como sempre vos digo, acredito em vós, mesmo naqueles casos mais “especiais”. Mas já deram imensas provas de que a minha conĮança tem razão

de ser e que quando realmente o desejam, vocês conseguem ir mais além. Não desistam, não desmoralizem, nem pensem em recorrer à lei do menor esforço no vosso dia-a-dia, pois o futuro só será daqueles que lutarem por ele e que realmente o queiram! Este ano realizarão o vosso primeiro estágio, o momento por que tanto anseiam. Será uma excelente altura para desenvolverem mais competências e encontrarem a área onde melhor se integram. A área da Manutenção é uma área vasta e cheia de especialidades. Escolham aquela com a qual mais têm empaƟa, desenvolvam os vossos conhecimentos e partam à aventura! Os momentos mais diİceis serão compensados pela alegria e prazer de ver um trabalho concluído e bem feito! “Se Ɵver o hábito de fazer as coisas com alegria, raramente encontrará situações diİceis.” (Sir Robert Baden-Powell) Cláudia Solange Gomes

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE TRANSPORTES

Transportes – Rumo a 2019 A área dos Transportes é muito importante para o desempenho da economia Nacional e um Grande potenciador de emprego e valor acrescentado (crescimento económico). Para além deste facto, este ramo assume um papel social, tendo grande inŇuência/impacto na vida das pessoas em geral. O Setor dos Transportes apresenta uma expressão de 4% do PIB Nacional, empregando cerca de 150 mil pessoas (3% da população aƟva em Portugal). Este setor está numa fase de transformação ou de adaptação: A parƟr de 2019, o enquadramento legal do serviço público irá alterar. Os operadores passarão a ter que lidar com a contratualização, o que signiĮca maximizar a sua qualidade de serviço assente em três pilares fundamentais.

dúvidas que o cliente avaliará estas medidas tomadas através da apreciação da qualidade de serviço e apresentará o seu veredito Įnal (só irão sobreviver as empresas que forem ao encontro do que o cliente quiser e como quiser) – desenganem-se todas as outras que conƟnuam a fazer “o que acham que o cliente quer”, porque sempre o Įzeram...

É neste enquadramento que a escola EPRM poderá ter uma importância relevante. As empresas necessitarão de quadros técnicos com conhecimento das matérias, mas também com capacidade de querer fazer diferente, pensar diferente, ou seja, irreverência de atuação (logicamente balizada por cada empresa em função da sua políƟca). Um aluno que termine a sua formação técnica em Transportes, na EPRM, está apto a colocar em práƟca os conteúdos técnicos das disciplinas frequentadas, dependendo depois da aƟtude cada um para lhe acrescentar valor através da humildade e querer, crescendo enquanto proĮssional – tudo o resto virá por acréscimo (serão eles a determinar o caminho que querem fazer, de que forma o querem fazer e em que condições o querem fazer).

Aos atuais alunos: No fundo, cada operador de transportes públicos terá de fazer melhor e mais, com menos, ou seja, abordar o mercado pelo caminho mais curto (não esquecendo a concorrência). O mercado deixou de aceitar o preço da forma convencional, ou seja, as empresas calculavam os seus custos Įxos, somavamlhe os custos variáveis e mediante uma MB constante, apresentavam o PVP Įnal. Esta modalidade acabou e cada vez mais o mercado determina o preço de venda do produto e, desta forma, as empresas terão que ir para “dentro de casa” trabalhar os seus custos de produção no senƟdo de ganhar determinado negócio, ou então, perdê-lo para quem seja mais compeƟƟvo. O cliente de hoje não é o cliente de ontem, e claramente não será o de amanhã. A exigência deste é cada vez maior e as expetaƟvas de cada serviço de transporte estão a aumentar. Cabe a cada uma das empresas tomar as medidas que achar necessárias para superar as mesmas expetaƟvas. Não tenhamos

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Os meus (permitam-me esta referência) alunos que atualmente frequentam o Curso Técnico de Transportes irão ter durante o mês de maio a primeira experiência em contexto de trabalho numa empresa / organização. Não poderia deixar de lhes desejar boa sorte, embora, como lhes tenho transmiƟdo nas aulas: “A sorte dá muito trabalho a alcançar…”: Nunca abandonem esta palavra – TRABALHO (associado a muita humildade durante a aprendizagem).

Aos futuros alunos: Por tudo o que está exposto no texto até aqui relatado, as empresas de transportes estão “a arrumar a casa”, para poderem ser mais compeƟƟvas:

1) DiagnósƟco das redes atuais; 2) Viabilidade das mesmas; 3) Análise do negócio por segmento de mercado/ produto; 4) Formação de Recursos Humanos para nova


[ em formação ]

abordagem; 5) Focalização de invesƟmento em áreas chave da empresa; 6) InvesƟmento em Saber Fazer BEM. Aqui surge a vossa oportunidade numa altura que todos conhecemos como diİcil. A EPRM tem experiência comprovada em cursos proĮssionais desta natureza e acima de tudo com resultados muito posiƟvos ao nível da taxa de empregabilidade dos seus Įnalistas. A área de transportes é uma área apaixonante. Quem entra nela, diĮcilmente consegue sair da mesma. Quem Ɵver uma aƟtude posiƟva, gostar de fazer coisas diferentes todos os dias, ter desaĮos constantes, gerir expetaƟvas, quem gostar de solucionar problemas e, acima de tudo, propor soluções pensadas por si, deve estar no ramo de transportes.

Queres um futuro no ramo de Transportes? Inscreve-te. Paulo Renato

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CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO FRIO E CLIMATIZAÇÃO

A caminho do sucesso…

Quando em 2011 aceitei o desaĮo de coordenar uma turma de Ensino ProĮssional, mais propriamente o Curso ProĮssional de Técnico de Frio e ClimaƟzação, Į-lo consciente de que o desaĮo que me propunham não era tarefa fácil, antes pelo contrário, Ɵnha pela frente um trabalho aliciante. Como “moldador de almas”, teria que coordenar a motivação e formação quer técnica, quer pessoal de vinte formandos, que se apresentavam para cumprir uma formação específica numa área técnica altamente especializada e bastante atraƟva, apresentando-se como uma das áreas a nível mundial com déĮce de proĮssionais com formação especíĮca.

O Técnico de Frio e ClimaƟzação é o proĮssional qualiĮcado apto a organizar e a coordenar, com base nos procedimentos e técnicas adequados, o plano de fabrico, a instalação e a montagem dos sistemas de frio e climaƟzação, bem como a conservação, reconversão e assistência técnica de sistemas, com vista à melhoria da sua condição funcional, de acordo com as normas, os regulamentos de segurança e as regras de boas práƟcas aplicáveis. Após a conclusão do ciclo de formação, estes técnicos de nível IV estarão aptos a coordenar os recursos envolvidos num trabalho; executar a montagem de equipamentos mecânicos de frio, ar

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condicionado e venƟlação; testar e ensaiar os equipamentos, corrigindo as deficiências; diagnosticar e reparar avarias dos sistemas de aquecimento, venƟlação, ar condicionado e refrigeração; parƟcipar em projetos e execução de novas soluções para linhas de produção e processos de fabrico, no campo do frio e refrigeração; executar planos de manutenção prevenƟva dos equipamentos de refrigeração ou aĮns; uƟlizar soŌware de apoio a esta área, para projeto e desenho, gestão de exploração e manutenção de instalações de frio e climaƟzação; modiĮcar os sistemas de refrigeração e climaƟzação a Įm de melhorar o seu rendimento e Įabilidade, de acordo com um projeto de alterações e ainda elaborar relatórios técnicos. Com a caminhada a meio, segue-se a primeira Formação em contexto de trabalho (estágio) para os formandos, que assim terão um contacto mais direto com a realidade do mundo laboral que os espera à saída do curso.

A caminhada até aqui tem sido recheada de escombros, mas com a coesão, empenho, vontade, bom senso e proĮssionalismo, demonstradas por todos os intervenientes no processo, vão aos poucos sendo removidos até à chegada, daqui a ano e meio, que se quer e vai ser, com certeza, vitoriosa. Luís Santos


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CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Oportunidades para uma formação de qualidade!

A QUALIDADE da formação de proĮssionais nas áreas técnicas (e não só) está sempre ligada às condições de ensino e à aproximação tão rigorosa quanto possível da formação às reais condições de trabalho. Isso obriga à existência de meios e materiais adequados e tecnicamente atualizados. O ensino da eletricidade é um dos casos onde mais se faz senƟr esta necessidade, pois as condições reais do trabalho são muito variadas, e só o esforço e a boa vontade de todos os elementos empenhados na formação não é suĮciente. A EPRM tem vindo a invesƟr largamente na criação destas condições, com a plena consciência de que se não forem aproveitadas as atuais oportunidades para dotar a escola dos meios e condições adequados, poderemos estar a atrasar-nos irremediavelmente e a criar uma situação de diİcil recuperação no futuro. Não podemos esquecer que, hoje em dia, a técnica evolui num mês, o que há quarenta anos demorava dez anos.

A QUALIDADE dos nossos formandos não é negociável e os recentes sucessos nos estágios efetuados no estrangeiro de alguns deles são disso

a prova inquesƟonável. Nesta ótica, foi recentemente aprovada a construção de uma CASA DE MADEIRA, onde os alunos das várias áreas possam no presente e no futuro reproduzir instalações elétricas de utilização doméstica e industrial, instalações de comunicações, climatização, aplicação de soluções de domóƟca e de energias renováveis, canalizações, etc. Esta casa, projetada na EPRM, está a ser totalmente construída pelos alunos dos diferentes cursos técnicos o que acrescenta à sua formação regular e especíĮca, outras valências como trabalhos de Construção Civil, Pintura, Técnicas de Nivelamento e Traçado em Superİcie, etc., etc… Formação nunca é de mais e já diz o ditado “O SABER NÃO OCUPA LUGAR.” Aos que este ano terminam o seu curso, os meus votos das maiores Felicidades. José Oliveira

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS

The ¿nal goal is already there

Olhamos em nosso redor e vemos uma azáfama saudável. Olhamos em frente e vemos a meta, o nosso objeƟvo. Olhamos para trás e vemos um longo percurso de barreiras superadas. Onde estamos? Bem, a resposta é simples. Estamos na reta Įnal deste ciclo de formação 2010-2013. Em redor, assisƟmos deslumbrados às apresentações e defesas de Relatórios de Estágio, ao desenvolvimento a todo vapor dos Projetos de ApƟdão ProĮssional e presenciamos a conclusão dos úlƟmos módulos, numa azáfama saudável, aƟva, diverƟda, onde cada um sabe perfeitamente o seu lugar. Esta é a nossa escola, uma escola dinâmica, com vida e personalidade própria. Mas, neste momento em que escrevo este arƟgo, também faço um balanço mental deste triénio que passou rapidamente, da evolução que Įzeram, dos conhecimentos que foram adquirindo, das barreiras ultrapassadas, ou seja, um balanço muito posiƟvo. Estou-vos grato por tudo.

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Vós, alunos do Curso ProĮssional Técnico de GPSI estais aptos a enfrentar e vencer no mercado laboral. Estão prontos a integrar equipas de planeamento, de desenvolvimento, de comercialização de soluções informáticas, de manutenção e de outros serviços da área IT. Vocês sabem: gerir parques informáticos, gerir redes de dados/comunicação, instalar, configurar e administrar hardware e software, planear, desenvolver e manter programas e aplicações informáƟcas, planear, desenvolver e gerir Web Sites e aplicações mulƟmédia e desenvolver jogos (Game Development), entre outras capacidades. Independentemente das vossas opções futuras lembrem-se que, conhecimentos básicos, médios ou avançados em IT, são um fator de diferenciação no mercado laboral e a esmagadora maioria do tecido empresarial, necessita de vós - Técnicos de IT.

A todos, desejo um promissor futuro quer proĮssional ou pessoal e relembro-vos que a Sorte também se procura… Jorge Silva


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CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO ENERGIAS RENOVÁVEIS - SISTEMAS EÓLICOS

Por um futuro melhor…

Assim como a energia hidráulica, a energia eólica é uƟlizada há milhares de anos, com a mesma Įnalidade: bombeamento de água, moagem de grãos e outras aplicações que envolvem energia mecânica. Para a geração de eletricidade, as primeiras tentaƟvas surgiram no final do século XIX, mas somente um século depois, com a crise internacional do petróleo (década de 70), é que houve interesse e invesƟmentos suĮcientes para viabilizar o desenvolvimento e a aplicação de equipamentos em escala comercial. O primeiro aerogerador comercial ligado à rede elétrica pública foi instalado em 1976, na Dinamarca. O custo dos equipamentos, que era um dos principais entraves ao aproveitamento comercial da energia eólica, caiu muito entre os anos 80 e 90, e atualmente ainda são mais baratos sendo que os custos de implantação, operação e manutenção variam de acordo com o país e a existência ou não de subsídios. Os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos (sistemas avançados de transmissão, melhor aerodinâmica, estratégias de controle, e manutenção dos aerogeradores, etc.) têm reduzido o custo e melhorado o desempenho e a conĮabilidade dos equipamentos. Espera-se, e apesar de já ser muito uƟlizada, que a energia eólica venha a ser muito mais compeƟƟva economicamente nos próximos anos, dando a possibilidade de mais pessoas adquirirem microgerações de energia eólica.

E é aqui que os nossos alunos vão entrar, pois irão ser peças chaves no mercado das Energias Renováveis com parƟcular destaque para a energia eólica. Os nossos alunos ao longo do seu processo de formação desenvolveram competências que os deixaram aptos a realizar tarefas, tais como: • Assegurar a manutenção dos sistemas eólicos de acordo com os planos de manutenção deĮnidos, e após a intervenção efetuarem ensaios a Įm de assegurar o seu bom funcionamento. • Coordenar, supervisionar e executar a reparação de anomalias nos sistemas, veriĮcando as avarias ocorridas e os equipamentos e acessórios daniĮcados e providenciando a sua reparação ou subsƟtuição. • Montagem, manutenção e reparações de painéis solares de aquecimento de águas. • Montagem, manutenção e reparação de sistemas fotovoltaicos. Os alunos do curso de Energias Renováveis - Sistemas Eólicos, estão ainda aptos a fazer a montagem, manutenção e reparação de sistemas de ar condicionado, aquecimento de moradias por piso radiante a água, manutenção de bombas de calor, etc.

A formação destes jovens na Escola ProĮssional de Rio Maior é moƟvo de orgulho e é uma mais-valia para eles, para a região e para o País. Mário Sousa

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CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

Turismo, um mundo de oportunidades por explorar

O Turismo é uma das mais importantes aƟvidades da nossa economia, as suas receitas representam uma percentagem muito signiĮcaƟva do PIB (Produto Interno Bruto). Apesar de atravessarmos uma época de recessão económica, o turismo há muito tempo (desde os Įnais da década de 50) que passou a ser visto como algo que faz parte do modo de vida das pessoas, passou a ser uma necessidade, uma aƟvidade de massa e não um luxo. Segundo dados da Organização Mundial de Turismo , Portugal ocupava em 2011 (úlƟmos dados disponíveis), o 10º lugar no Top 15 Europa ao nível das receitas internacionais do turismo, com valores na ordem dos 8,1 Mil Milhões de Euros. Segundo dados de 2010 do InsƟtuto Nacional de EstaơsƟca (INE), a Balança TurísƟca Portuguesa apresentou uma evolução posiƟva signiĮcaƟva com uma taxa de crescimento de 11,0% relaƟvamente ao ano anterior. Devido a diferentes fatores, Portugal é um país com caracterísƟcas únicas e estratégicas para o turismo, em termos climatéricos, geográĮcos, históricos e apesar de tudo é considerado um país seguro com uma riqueza natural, patrimonial, histórica e gastronómica fascinantes e que caƟvam desde logo quem nos visita. No entanto, e paradoxalmente é um país que tem apostado pouco, quando comparado com outros nesta área e principalmente na formação dos proĮssionais desta área.

50 | Revista EPRM # 21

Neste senƟdo, a Escola ProĮssional de Rio Maior, sempre atenta às variáveis que consƟtuem a sua envolvente, encontrou aqui uma oportunidade para contribuir na formação de competências técnicas dos operacionais desta área. Será com certeza essa a razão pela qual vai conƟnuar a apostar na formação e reforço de competências de proĮssionais na área do Turismo, abrindo novamente o curso no ano leƟvo de 2013/2014. Este ano, termina o Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural, ciclo de formação 2010/2013, altura de muito trabalho mas também de consolidação de conhecimentos a demonstrar na realização da Prova de ApƟdão ProĮssional (PAP). É de louvar o

empenho e proĮssionalismo que a generalidade dos jovens colocam na realização deste projeto, que se pretende seja integrador de todos os conhecimentos adquiridos ao longo do ciclo de formação. Antes de terminar, não posso deixar de referir a importância dos dois estágios realizados e que muito contribuíram para a formação destes jovens.

Para concluir, desejo a todos, muito sucesso e felicidades pessoais e proĮssionais. Maria João Maia (WTOnov.2012) INE-EstaơsƟcas do Turismo 2010-Edição 2011


Concentração e receção de convidados junto ao edifício do Cineteatro de Rio Maior

Início das atividades na EPRM

19:00

17:30

Encerramento das Atividades

Encontro com Pais e Encarregados de Educação

EPRM

* EBI Fernando Casimiro * EB Alcanede

ESCOLA ABERTA Visitas às Exposições Técnicas das turmas por parte dos alunos das seguintes Escolas:

Pintura Criativa * Música Criativa * Artes Circenses

14:30 > 17:00 ATIVIDADES DESPORTIVAS E RECREATIVAS

EPRM

11:45 > 13:00 ESCOLA ABERTA (Largada de balões, autocarro panorâmico da RodoTejo) Abertura oficial das exposições técnicas dos alunos integradas nas Jornadas Profissionais

Auditório Cineteatro Municipal

Abertura da Sessão Apresentação da Revista nº 21 Entrega dos Prémios de Mérito Escolar Apresentação Pública do Projeto Leonardo da Vinci Apresentação da nova imagem gráfica da escola Apresentação do Portefólio Encerramento da Sessão pela Srª Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Drª Isaura Morais

SESSÃO DE ABERTURA OFICIAL das XX Jornadas Profissionais Presença do Diretor Geral dos Estabelecimentos Escolares, Dr. José Alberto Duarte Representantes do DSRLVT

09:30 > 11:30

09:30

08:30

7 maio [Terça-Feira]

* EBI Manique do Intendente * EBI Fernando Casimiro * EBI Marinhas do Sal

ESCOLA ABERTA Visitas às Exposições Técnicas das turmas por parte dos alunos das seguintes Escolas:

Início das atividades na EPRM

19:00

17:30

Encerramento das Atividades

Encontro com Pais e Encarregados de Educação

* C.T. Energias Renováveis [Eólicos]- “Cálculo e Dimensionamento de Instalações de Climatização Invisível” * C.T. Instalações Elétricas (3º Ano) * C.T. Gestão e Programação Sistemas Informáticos “Android” * C.T. Turismo Ambiental e Rural “Golfe como atividade turística e a importância da manutenção do campo”

* C.T. Eletrónica, Automação e Instrumentação * C.T. Manutenção Industrial - “Auto-Cad e Solid Works” * C.T. Frio e Climatização - “Cálculo e Dimensionamento de Instalações de Climatização Invisível” * C.T. Transportes “Transportes rumo ao Futuro”

* C.T. Energias Renováveis [Solares] * C.T. Auxiliar de Saúde - “Suporte Básico de Vida” * C.T. Instalações Elétricas (1º Ano) “Cablagem e Canalização - Manutenção e Operabilidade”

ENCONTROS COM EMPRESÁRIOS E PROFISSIONAIS

14:30 > 17:00

09:30

08:30

8 maio [Quarta-Feira] Concentração e receção de convidados junto ao edificio do Cineteatro de Rio Maior

Início das atividades na EPRM

19:00

17:30

Encerramento das Atividades

LANCHE CONVÍVIO Toda a Comunidade Escolar

ESCOLA ABERTA Visitas às Exposições Técnicas das turmas por parte dos alunos das seguintes Escolas: * EBI Manique do Intendente * EBI Fernando Casimiro * EBI Marinhas do Sal * EB Alcanede * EBI Santa Catarina da Serra

14:30 > 17:00

Auditório Cineteatro Municipal

MODERADOR: Eng. João Lopes Candoso CONVIDADOS: Dr. Miguel Gonçalves (Empreendedor e Criativo) Dr. Filipe Montargil (Esc. Sup. Comunicação Social/IPLisboa) Dr. João Santos (Professor de empreendedorismo no IPL) Dr. Diogo Carmo (Professor na Escola Superior de Desporto de Rio Maior) DESTINATÁRIOS: Toda a Comunidade Escolar e Tecido Empresarial

SESSÃO “Think outside the box”

10:30 > 13:00

09:30

08:30

9 maio [Quinta-Feira]



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