Caminho a Seguir - julho 2022

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Cami nho as egui r

Revi st adaRegi ãodeBr aga daFr at er ni dadeNunoAl v ar es N11 JULHO 2022 |SEMESTRAL

OVACAREG O V ACAREG daFNA f oiunani mement e consi der ado umaext r aor di nár i aat i vi dade

Convi dado

Ent r evi st ado

João Lancast r e e Távor a,al i enado com pol í t i ca e com os medi a,é monár qui co, cat ól i co econser vador .

Padr e Joaqui m da Nazar é Domi ngos é o nosso Assi st ent e Naci onalhá j á mai s de 10 anos



Edi t or i al “ per t enceràFNAi mpl i cacompr omi ssocom o i dealescut i st aedeser vi ço”

JoséLui sSi l v a Aol ongodedécadasaRegi ãodeBr agahabi t uousea cont arcom uma gr andeSenhor a.A D.Concei ção er a figur a pr esent e e per manent e,f osse na assunção de r esponsabi l i dadesa f av orda Regi ão eda Associ ação, f osse“ apenas”comopar t i ci pant eassí duanamai orpar t e das at i v i dades,por v ent ur aal uz mai s br i l hant e do “ di amant e” que er a o casal Concei ção e Ol i v ei r a. Dedi cação,si mpat i a,gener osi dade,al egr i a,v ozami ga,e t ant asout r aspal av r asqueapoder i am descr ev er . Osmai s nov oshabi t uar amseaencont r arnel aum car i nho,um consel ho,uma pal av r a desabedor i a eex per i ênci a.Os mai sv el hos, umacompanhei r adecami nho, f el i zpel asua v i da dedi cada aos out r os e ao escut i smo.Ex poent e máx i modo“ f az erbem sem ol haraquem” , edeque“ não sai baat uamãoesquer daoquef az( dá)adi r ei t a” , mui t as pessoasbenefici ar am dasuagener osi dadeef oi assi m da f or mamai snat ur al possí v el queaRegi ãoahomenageou, l i gandoapar asempr eaoFundodaBoaAçãoRegi onal , quepassouaost ent aroseunome.A D.Concei çãoé nossa,mas é j ust o di z erque é t ambém de t oda a Associ ação,que gost av at ant o del a como nós. A Concei çãoédaFNA.ÉanossaQuer i daConcei ção.Asua bi ogr afia, escr i t adef or masent i dapel asuaf amí l i a, ocupa anossapági nadosv et er anos,Pal av r adeEscut ei r o.O t í t ul of oi escol hanossa. Oconv i dadodest enúmer oéum homem cuj asi dei asme habi t ueia l ercom agr ado,no bl ogue onde escr ev e r egul ar ment e, Cor t aFi t as. JoãoTáv or aédescendent ede f amí l i asnobr esquet i v er am papel der el ev onaHi st ór i ade Por t ugal , nor mal ment edol adodosv enci dos, sendopar a os l embr ar e homenagear que escr ev eu e publ i cou r ecent ement eum l i v r o,“ CasadeAbr ant es,cr óni casde r esi st ênci a” .Pedi l he aut or i z ação,a que acedeu com gost o,par ar epubl i carnanossar ev i st aum t ex t oseude quegost eimui t o,em quedemonst r aasuapr eocupação pel o cr escent e desi nt er esse da soci edade,at é dos cr i st ãos,pel apr át i car el i gi osa.Cur i osament e,i st ov aide encont r oàr ef l ex ãoqueonossoAssi st ent eRegi onalnos t r az , sobr eai mpor t ânci adar el i gi ãonanossav i da.

OPr esi dent eRegi onal , def or macl ar ael úci da, desafianos aassumi r ,deumav ezport odas,queper t enceràFNA i mpl i cacompr omi ssocom oi dealescut i st aedeser v i ço, queéanossar az ãodeex i st i r . Esper amosqueoseut ex t o aj udemui t osdenósai nt er i or i z arest ai dei af undament al . Cl ar oqueasgr andesat i v i dadesdaRegi ãot êm odi r ei t o nat ur aldeficar em r egi st adasnest ar ev i st a,pel o queo R’ Gr aba, descr i t opel oAnt óni oCamposdeSousadaf or ma i nt el ect ual ment esuper i oraquenoshabi t ouaol ongodos mui t os anos de ser v i ço de enor me qual i dade à Associ ação,e o nosso ex t r aor di nár i o Acampament o Regi onal ,naqui l o que a mi m mai s me mar cou,e que dest aco numa per spet i v a assumi dament e pessoal , pr eenchem asr ubr i casNot í ci aem Dest aqueeTemade Capa, r espet i v ament e. Dei x o par a o fim,pr oposi t adament e,a Ent r ev i st a,que nest aedi çãof oiaonossoAssi st ent eNaci onal ,oPadr e Joaqui m da Naz ar é Domi ngos. Todos os que na Associ açãooconhecemos,eser emosmui t os,sabemos dassuasenor mesqual i dadesedar i quez aqueépar anós asuaaçãoei nf l uênci acomoAssi st ent e.Épori ssoque ser áabsol ut ament eobr i gat ór i o, pr i mei r opar aaquel esque ai ndaonãoconhecem, masdepoi spar at odososout r os, l erest a ent r ev i st a,em que de f or ma est r ut ur ada nos r el embr aamudançaquefiz emosdeumaassoci açãode ant i gosescut ei r ospar a uma associ ação deescut ei r os adul t os, quei mpl i caum compr omi ssocl ar ocom oser v i ço ( l erout r av ezoar t i godonossoPr esi dent eRegi onal ) , nos ex pl i caoqueéquei ssot em av ercom anossaMí st i ca, l embr aot empodaI gr ej aSi nodalqueest amosav i v er ,e depoi s, sem subt er f úgi osnem descul pas, abor dat ambém os“ pecados”daI gr ej a,nomeadament eopr ocessoque est á a decor r er sobr e os abusos sex uai s na I gr ej a por t uguesa, par aoqualj ádeuoseucont r i but o, r ef l et i ndo t ambém sobr eocel i bat oeasex ual i dade.I mper dí v el !E aconsel hot odosav er em aent r ev i st acompl et a,queest á publ i cadanapági nadoFacebook .Aobr i gaçãoder esumi r aconv er sanasuav er sãoescr i t ar et i r aal gumadaenor me r i quez aqueficounav er sãoaov i v o.Vej am ev er ãoque t enhor az ão.

Rev i st adaRegi ãodeBr agadaFr at er ni dadeNunoAl v ar es| N11 JULHO

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“ Oser vi çoéanossar azãodeexi st i r ”

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Car l osAl ber t oCunha Pr esi dent edaDi r eçãoRegi onaldeBr aga

Convi dado

“ Pr eci samosdeum mi l agr e”

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Í ndi ce

Sent i dodeSer vi ço

JoãoLancast r eeTáv or a

Empr esár i o na ár ea da Comuni cação edo Mar ket i ng

Ent r evi st ado

“ OPapaFr anci scoqui sdesafiaraI gr ej aaf azer al godeum mododi f er ent e”

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Pe. Joaqui m daNaz ar éDomi ngos

Fi cha Técni ca Publ i caçãoSemest r al 11| JULHO2022 Di r et or JOSÉLUÍ SSI L VA

Assi st ent eNaci onal

Desi gnGr áficoePagi nação EDUARDOCUNHA

Assi st ent e

“ Ai mpor t ânci adar el i gi ãonanossavi da”

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Pe. Eduar doDuque Assi st ent edaRegi ãodeBr aga

TemadeCapa OVACAREG

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JoséLuí sSi l v a

ExecuçãoGr áficaeI mpr essão PAPELARI APONTO www. papel ar i apont o. com Col abor açãoeRedação CARLOSALBERTOCUNHA Pe. EDUARDODUQUE JOÃOLANCASTREETÁVORA Pe. JOAQUI M DOMI NGOS ANTÓNI OCAMPOSDESOUSA Revi sãodeText o JOSÉLUÍ SSI L VA Fot ogr afia DI REÇÃOREGI ONALDEBRAGA

Pal avr adeEscut ei r o AQuer i daConcei ção

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Rev i st adaRegi ãodeBr agadaFr at er ni dadeNunoAl v ar es| N11 JULHO

#Acompanheanossa pagi naemant enhasea pardasnovi dades


Sent i dodeSer vi ço “ Oser vi çoéanossar azãodeexi st i r ”

Car l osAl ber t oCunha Pr esi dent edaDi r eçãoRegi onaldeBr aga

Car as( os)Escut ei r as( os) , Ami gas( os) , Gr andepar t edenóscer t ament ej ál euououv i uaf r ase quedát í t ul oaest emeuar t i godeopi ni ão. Ef et i v ament eo ser v i çoémesmoanossar az ãodeex i st i r , v i st oquej ánão t emosanobr eer esponsáv el mi ssãodosadul t osdoCNE, deeducarcr i ançasej ov enspar aav i daadul t a, segundoo mét odoescut i st a,aqui l oqueseesper adeum escut ei r o daFNAédi sponi bi l i dadet ot al par aser v i r . Obv i ament eque ami ssãodeser v i rébast ant eabr angent e,noent ant o, dev er emosor i ent aranossadi sponi bi l i dadepar aoser v i ço naI gr ej a, nomov i ment oescut i st aenacomuni dade.

“ A nossa Di r eção Naci onal l ançoupar aoano2022,como t ema anual ,a “ Mí st i ca do Ser vi ço” , sendo est a uma ex cel ent e opor t uni dade par a r ef l et i r mossobr eai mpor t ânci a do ser vi ço na nossa l i nha de condut a. “ TodososNúcl eosnoger al ecadaum denósem par t i cul ar sãochamadosaf az erumaav al i açãodasuaaçãono ser v i çoaosout r oseaopr óx i mo.Nest al i nha,aDi r eção Regi onaldeBr agadesafioudur ant eoano2022t odosos Núcl eosda Regi ão a desenv ol v eraçõesconcr et asde ser v i ço ao pr óx i mo,nomeadament e com a popul ação i dosa, e mat er i al i z ar esse ser v i ço at r av és da consci enci al i z açãoquet em v i ndoaserpr ov ocadapel as v ár i asi ni ci at i v asquet êm si dopr omov i daspel aDi r eção Regi onal nest at emát i ca. Ser eieu um ex empl o de ser v i ço? Em que medi da cont r i buo par a que o meu Núcl eo sej a uma f or ça de ser v i çoàI gr ej a, aomov i ment oescut i st aeàcomuni dade? Ter ei f ei t oosufici ent e, ouser áquepossof az ermai s?Que escut ei r ot enhosi do?

Não nos podemos acomodarnem dei x arque a nossa consci ênci aseacomodecom f al sosi deai soucom f or mas deest arnaFNAencomendadasàmedi dadecadaum. Não éaFNAquet em queseadapt aranós, nóséquet emosque nosadapt aràFNA dehoj e.Senãof or moscapaz esde ent enderdeumav ezport odasaqui l oqueaAssoci ação esper adenós, nãoest ar emosàal t ur adenosafir mar mos comoum pr oj et ov ál i doecr edí v el ,ecor r emosor i scode nãopassar mosdeum gr upi nhodeami gosquef az em do saudosi smoosuapr i nci pal or i ent ação. Ter mi nocom umaci t açãodeBadenPowel l :

“ . . . di ant e da cada homem, abr emsedoi scami nhos:odo egoí smoouodoser vi ço.Cada um t er á que escol herporsi pr ópr i o qualser áo ver dadei r o l ema. O egoí smo é mai s cómodo; o ser vi ço env ol ve sacr i f í ci o. Seum i ndi ví duonãoé capazdesesacr i ficar ,nãot em di r ei t o de se chamarhomem. Massesesacr i ficapar aser vi r , expr i mi ndodamel hormanei r a possí veloseuamor ,podeest ar cer t odequeavi daser ápar ael e um bem mui t or eal ,chei a de f el i ci dade. ” Umacanhot aAmi ga.

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Convi dado “ Pr eci samosdeum mi l agr e”

JoãoLancast r eeTáv or a empr esár i o na ár ea da

Comuni cação edo Mar ket i ng

J

oão Lancast r e e Táv or a nasceu em Li sboa,que ador a.Ex i l adonoEst or i l ,al i enadocom pol í t i caecom os medi a,émonár qui co,cat ól i coeconser v ador .Nor est oé um v encedor :casado,paide fil hos e ent eados,é empr esár i o na ár ea da Comuni cação e do Mar k et i ng. Par t i ci pandoem di v er sospr oj ect osdei nt er v ençãocí v i ca, édi r i gent eassoci at i v oecol abor aem v ár i osbl oguese pr oj ect osdecomuni caçãopol í t i caecul t ur al . Duz ent osanospassadossobr easr ev ol uçõesl i ber ai s,a descr i st i ani z ação de Por t ugalt or nouse um pr ocesso acel er ado– comonor est odaEur opa,oi ndi v i dual i smo espal housecomoum v í r usquenãool haaf r ont ei r as. Al i ás,a epi demi a do “ di st anci ament o soci al ”só v ei o sal i ent araquest ãoeagor aent r amnoscom v i ol ênci a pel osol hosadent r oasi gr ej asencer r adaseasmi ssas cadav ezmenospar t i ci padasporessepaí saf or a.

Como não desej o a sal v ação só par a mi m, i sso angust i ame,t ant o mai s que par al á do pr obl ema ex i st enci al aquest ãoét ambém dei dent i dade. De di a par a di a,os por t ugueses,ent r et i dos nos seus pequenos pr az er es e i dol at r i as,v ãose desl i gando das suasr aí z escul t ur ai s( et er r i t or i ai s) . Aofinaldodi asuspei t oqueest enãosej aum pr obl ema ex cl usi v odoscat ól i cos.Equepr eci samost odosdeum mi l agr equenossal v edest amassi ficaçãohedoni st aede que, um di adest es, anossaPát r i anãosedi l uanum mer o al gor i t mo.

Al i gaçãoàcomuni dadedaspar óqui asécadav ezmai s t énue,em mui t osl ocai ssubsi st egr açasao seu car i z assi st enci al i st a–ébom queoscr i st ãossedi st i ngam por cui dardosmai sf r ágei s. Ospadr esecr i st ãosconsagr adossão“ ar esi st ênci a”dos nossos t empos.Em abono da v er dade nem a mi nha f amí l i a( queémui t omai orqueami nhacasa) , det r adi ção pr of undament e cat ól i ca r omana,escapa a est a sanha pagã; of act oéqueamai or i adosmeussobr i nhosdei x ou dei ràmi ssaenãosev i sl umbr aqueal gunsdosmeus sobr i nhosnet osv enham aserbapt i z ados.

“ Si m,háum pr obl emager aci onal ,amensagem deJesusCr i st o,o dr ama humano,é pouco compagi návelcom o I nst agr am ou mensagensdeWhat sApp, enãoest áapassarpar aosmai snov os. ”

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Not í ci aem Dest aque

R´ GRABA2022SERI GREJASI NODAL=CAMI NHARJUNTOS

Nodi a28demai ode2022, cer cade120escut ei r osadul t osda Regi ão de Br aga j unt ar amse em Rev el he,Faf e,par a uma j or nadader ef l ex ãoque, nodi z erdoPr esi dent eRegi onal , Car l os Al ber t o, éumaaçãode“ nóspar anós” .Est af el i zi ni ci at i v a, com est ef el i zsent i dodenosr ef l et i r most ev e,est eano,comot ema cent r al , est af el i zi dei a: “ SerI gr ej aSi nodal =Cami nharJunt os” . UmaI gr ej asi nodalé, segundoMi guelOl i v ei r aPanão, pr of essor uni v er si t ár i o,a que pr ocur a um “ cami nharj unt os” ,par a ser t est emunhodacomunhãoquev i v e,eanunci arar az ãodeser assi m aosout r os. Di zai ndaqueosei x osf undament ai sdaI gr ej a si nodalsãoacomunhão, apar t i ci paçãoeami ssão, most r ando oex empl odeTer t ul i ano,aut ordoséc.I I ,queafir mousobr eos cr i st ãosdospr i mei r ost empos: “ Vedecomoel esseamam! ” Foicom est aspr emi ssasquea Di r eção Regi onaldeBr aga, acei t andoodesafiodoPapaFr anci sco, conv i douosescut ei r os adul t osdar egi ãoar ef l et i r em eadar em oseucont r i but opar a est edesafiodeserI gr ej asi nodal , ousej a, r ef l et i rsobr eomodo comooev angel hopodeseranunci ado.Di t odeout r omodo, comopossov i v erecami nharcom oout r o,mant endov i v ae compr omet i dacom omundoat ualapal av r adeCr i st o?Par a r esponder ,t er emosdeest ari nf or mados.Or a,est aj or nadade r ef l ex ão f oium ex cel ent e moment o de i nf or mação.Saí mos t odosdel áasabermai semai scompr omet i dos.Saí mosa pensarmel horsobr e qualo nosso papelnuma I gr ej av i v a. Ter emosdedei x ardesermer osassi st ent esedev er emospassar aseragent es.Eamel hormanei r adeseragent eécomeçarpor amar .Amar monoseamar moso out r o.Seassi m fiz er mos, t er emosacer t ez adequeJesusest ar áconnoscoeser emos t est emunho da comunhão que anunci a aosout r osa nossa r az ãoeanossami ssão. Foit udoi st oqueapr endicom oi l ust r í ssi mopai neldeor ador es quenosaj udar am ar ef l et i r :odeput adoDr .PompeuMar t i ns, nat ur aldo concel ho anfit r i ão,Faf e,e o nosso Assi st ent e Regi onal ,Cónego Eduar do Duque,sob a moder ação cul t ae per t i nent edonossoSecr et ár i oNaci onal , JoséLuí sSi l v a. O Dr .Pompeu Mar t i ns,numa l i nguagem si mpl es,como é apanági o dos v er dadei r ament e cul t os, i l ust r ou a sua i nt er v enção,cent r adaem t r êsei x os,Edi f í ci o,Eucom Deus,Eu com Deusecom o( s)out r o( s) . Com basenum bel í ssi moepedagógi coPower Poi nt ,começou porf az erum enquadr ament odamensagem doPapaFr anci sco, aoafir marque“ éi mpor t ant equeocami nhosi nodalsej aum pr ocessoem desenv ol v i ment o; env ol v a, em di f er ent esf asesea par t i rdabase,asI gr ej asl ocai s,num t r abal ho apai x onado e encar nado, quei mpr i maum est i l odecomunhãoepar t i ci pação or i ent adopar aami ssão” .

Depoi s,aj udounos,ensi nounosaol harpar aaI gr ej aedi f í ci o,o espaço f í si co onde nos r euni mos e,quase sempr e,não ent endemos o si gni ficado de t udo o que nos env ol v e.Nest e sent i do,most r ounosi gr ej asdev ár i osmodel osar qui t et óni cos, com escul t ur asedecor açõesi nt er i or esv ar i adasesi gni ficat i v as, t omandocomoex empl o, nãosóasmai st r adi ci onai s, doconcel ho de Faf e,mas t ambém al gumas com pr oj et os moder nos e ar r oj ados, comoaI gr ej adeSant aMar i a, doMar codeCanav eses, doconsagr adoÁl v ar oSi z aVi ei r a,mai ssóbr i aef ocadanasua mi ssão,sem ost ent ação,or nament o ou monument al i dade. Tr at ase do model oI gr ej acasa f ocada no essenci alda sua f unção– espaçodeacol hi ment oedef est adeum pov oquese r eúneàv ol t adoal t ar . AI gr ej a,noseuespaço,v i v edesi gni ficados.Tudoési mból i coe pont epar aacederaoet ér eo.Apal av r a, amúsi caeapi nt ur asão sí mbol os que o cr i st ão v aipr ocur ando descodi ficarpar a se r el aci onarmel horcom Deus.Apal av r aeoseuv al orpoét i co;a músi caeahar moni adosseusacor desmel ódi cos;api nt ur aea ex uber ânci adosseusapel oscr omát i cos.Et udof al a.Et udodi z . Nóssót emosdeest arat ent ospar aent enderoseusi gni ficadoea suamensagem. Depoi s,oor adorabor douasquest õesdaFé,dosVal or es,da Comuni dade,daEducação( decr i anças,dej ov ensedeadul t os) , sem descur aropapel eol ugardosi dososnasoci edadeat ual . Foipenaqueot emponãoper mi t i sseal ongarai ndamai sasua bel aeel uci dat i v ai nt er v enção. Segui use a i nt er v enção do Cónego Eduar do Duque,nosso Assi st ent e.Oseuconheci ment o, asuai nt el i gênci aeal uci dezdo seudi scur so,aquet odosj ánoshabi t uamosedequenãonos cansamos, l ev ounosat omarconsci ênci adequeest amosav i v er um moment oúni co, um moment oem queoPapaFr anci sconos conv ocaeesper adenósquepar t i ci pemosem comunhão,par a mi ssãodev i v ênci adi nâmi ca. Sobat emát i ca“ Ocami nhoqueDeusesper adaI gr ej adot er cei r o mi l éni o” ,est a é a pr i mei r a de t r ês f ases,ou sej a,a f ase pr epar at ór i a,em queseconsul t aaI gr ej anoseut odoar espei t o dest et ema.Tr at asedeumapar t i ci paçãodequenós, escut ei r os adul t os cat ól i cos,não nos dev emos pôr à mar gem,mas dev er emosest aromai si nf or madospossí v el , par anossent i r mos v er dadei r ament eI gr ej a. AI gr ej aéacasadoPai .Nacasadopai ,ofil hoent r asem pedi r l i cença. Par ael eapor t aest ar ásempr eaber t a. AI gr ej aedi f í ci oéa r epr esent açãohumanadodi v i no. Comodi zSofiadeMel oBr ey ner Ander son, “ AcasadeDeusest ánat er r aondeoshomensest ão” . Éum espaçopar apensar , par aser mos( sem máscar a, i l usãoou di sf ar ce) .É nest e espaço I gr ej aedi f í ci o que os homens se r eúnem em nomedoet er no. Tomandoconsci ênci adequesomos“ chão” , somosonadaaque ocor poaspi r a, v i v amoscom osaberdequeDeusnoscr i oupar a aal egr i a.Edev er ásernest aal egr i apar t i l hadaquenosdev emos sent i rI gr ej a.UmaI gr ej aat ent aanóseao out r o.UmaI gr ej a moder na,compr omet i da,de di ál ogo e de par t i l ha,onde nos possamossent i rl i v r esei guai s. E, v ol t andoaoex empl odeTer t ul i ano, queosout r osdi gam denós: “ Vej am comoel esseamam! ” .Di r eimel hor :sej amosescut ei r os adul t osv er dadei r os. Escut ei r osdi sponí v ei spar aoser v i ço! Ant óni oCamposdeSousa

Rev i st adaRegi ãodeBr agadaFr at er ni dadeNunoAl v ar es| N11 JULHO

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Ent r evi st ado “ OPapaFr anci scoqui sdesafiaraI gr ej aaf azer al godeum mododi f er ent e”

PeJoaqui m daNaz ar éDomi ngos Assi st ent eNaci onal

C

ami nho a Segui r :O Padr e Joaqui m da Nazar é Domi ngoséonossoAssi st ent eNaci onalháj ámai sde 10anos, pel oqueamai or i adosassoci adosoconhecer á. No ent ant o,há sempr e quem nunca t enha est ado consi go,al ém de que os úl t i mos doi s anos nos mant i ver am ar r edadosdoconví vi of í si co,j unt andoseo f act o de que,f el i zment e,a FNA t em r ecebi do nov os associ ados,quenãooconhecem.Assi m,gost ar i ade começarporl hepedi rqueseapr esent asse. Nazar éDomi ngos: Sounat ur al doconcel hodasCal dasda Rai nha, naár eadadi ocesedeLi sboa, embor adodi st r i t o de Lei r i a. Fuipar a o semi nár i o em Coi mbr a,nos Mi ssi onár i osComboni anos, t endodepoi st r ansi t adopar a oSemi nár i oDi ocesano,ondecompl et eiosest udosea f or mação,t endosi door denadosacer dot e,f ezagor ano di a29deJunho,di adeSãoPedr o,36anos,pel oSenhor Car dealPat r i ar caDom Ant óni oRi bei r oquet ambém me f ezapr i mei r anomeação, depoi sdeum anocomopár oco, par acapel ãomi l i t ar ,t endoficadonocar go34anos.Nos úl t i mos8anosf uicapel ãodoHospi t alMi l i t ardasFor ças Ar madasnopol odeLi sboa,eent r et ant or ef or mei me, apesarde t erficado ai nda mai s um ano em ser v i ço v ol unt ár i o. Ent r et ant o o at ual Car deal Pat r i ar ca chamoume,eem v i r t udedet erf al eci doosacer dot ede umapar óqui aaquidasCal das,sou agor apár oco.Em si mul t âneo, sempr edesempenheif unçõesnoescut i smo. Comeceihácer cade38anos,ai ndacomosemi nar i st a, em quef uioAssi st ent edoAgr upament o317deAl v er ca. Depoi s, aov i rpar acapel ãomi l i t ar , f ui nomeadoAssi st ent e doNúcl eodoOest edaRegi ãodeLi sboa,quenaquel a al t ur av i v i aacr i sedeserounãoumaRegi ão, ondeest i v e 15anos,edepoi sf uiconv i dadopar aseroAssi st ent e Naci onaldoCNE,car goqueex er cidur ant e5anos,mas que depoi s se t or nou i ncompat í v elcom as mi nhas f unções de capel ão mi l i t ar ,poi s ent r et ant o mudeide uni dadesedesí t i o.ComoAssi st ent eNaci onaldoCNE, a mi nhaúl t i maat i v i dadef oioAcampament oNaci onaldo Cent enár i o, em 2007. Passadosdoi sout r êsanos, assumi asf unçõesdeAssi st ent eNaci onaldaFr at er ni dadede NunoÁl v ar es.Ai ndacomoAssi st ent eNaci onaldoCNE t i v ev ár i oscont act oscom aFNA,poi sf uiv ár i asv ez es gar ant i rasCel ebr açõesem ev ent oseacont eci ment osda Fr at er ni dade, quenaal t ur anãot i nhaAssi st ent e.

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CaS:Comosur gi uessasual i gaçãoàvi dami l i t ar ?Foi acaso? ND:Ossacer dot esest av am suj ei t ost ambém aoser v i ço mi l i t arobr i gat ór i o, enquant oest eex i st i u, pel oqueosnov os sacer dot es t i nham que i rf az ero cur so de capel ães à Academi aMi l i t ar . Ent r eessesi am sendor ecr ut adosal guns par aficar em nasfil ei r ascomocapel ães. Qual er aocr i t ér i o? Hav i aumaor gani z açãoporquot asem queosBi sposeos Super i or esdascongr egaçõesr el i gi osast i nham que“ dar ”X sacer dot es par aav i da mi l i t ar .Naquel a al t ur a,o Dom Ant óni oRi bei r oest av aa“ dev er ”um padr eà“ t r opa” ,pel o quemeescol heu, porseromai snov oeomai s“ moder no” naor denação.Euacei t eieoDom Ant óni oav i soumel ogo que t i nha mai s uma condi ção:que eu acei t asse ser t ambém o Assi st ent edo Núcl eo do Oest edo CNE.Foi assi m quesur gi uest acur i osal i gaçãonami nhav i daent r e a“ t r opa”eosescut ei r os. CaS:FoiAssi st ent e Naci onaldo CNE e é Assi st ent e Naci onaldaFNA.Hánat ur al ment eumal i gaçãoumbi l i cal ent r e as duas Associ ações, mas exi st em t ambém di f er enças.Nasuaopi ni ão, quai ssãoaspr i nci pai s? ND:O t r abal hoqueest ouadesenv ol v ernoâmbi t odos pr epar at i v ospar aoCol óqui odaFNAqueser eal i z ar áno mês de Nov embr o,sobr eai dent i dade dos escut ei r os adul t os,aquechamamosMí st i ca,l ev ameadi z erquehá di f er ençasmast ambém hásemel hanças.O escut i smo, enquant o mov i ment o que se apl i ca aos j ov ens, é essenci al ment e uma ação pedagógi ca de educação. “ Pedagogo” , na sua or i gem, si gni fica “ condut or de cr i anças” . Educação e f or mação dos j ov ens, como BadenPowel lassi m o ent endeu.O gr ande obj et i v o do escut i smo é f or marci dadãos v ál i dos,ut ei s e capaz es, ci dadãosv er dadei r ament eadul t oser esponsáv ei sebem f or madoscomo pessoaseser eshumanos.A FNA eo escut ei r o adul t o não col ocam o acent o pr i már i o na educaçãoouf or mação,embor ahoj eex i st aumacor r ent e cadav ezmai sex pl í ci t a, denomi nadaandr agogi a, ousej a, a educaçãodoadul t o, quemui t asv ez eschegaài dadeadul t a com car ênci a de f or mação e at é mat ur i dade.Ent ão,o escut i smocom adul t ost ambém t em quemant erodesafio deeducaref or mar . Est amosnumasoci edadequeconcebe af or maçãoper manent eeat éapr ópr i aI gr ej at em i nst i t uí do acat equesedeadul t os. Porout r ol ado, oescut i smoj uv eni l t ambém i ncl uiadul t os,que t ambém são escut ei r os adul t os,poi snami nhaconceção,um di r i gent e,senãof or um adul t oescut ei r onãoéum bom educador , por queseno escut i smoseeducapel aaçãoepel oex empl o,oadul t o ent ão t em f or çosament e que serescut ei r o.Al i ás,se o v i r mosapenaspel oex t er i or , por queéqueoDi r i gent eanda

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uni f or mi z adocom omesmor i gorqueosj ov ens?Nãoser á sóumar az ãode“ casca” . Assi m, aFNA, nãoesquecendoa f or mação,em t er mosdequal i dadeescut i st aehumana, t em comopr i nci palobj et i v opôrem pr át i caafinal i dade úl t i madoescut i smo: ser v i reest araoser v i ço.Pensoque amel hormanei r adeal guém quequerserescut ei r oj á comoadul t o, éaopor t uni dadedepôrem pr át i caamí st i ca doescut i smo,est ar“ Al er t apar aSer v i r ” .Est aéagr ande di f er ença.NoCNEagr andet óni caé,at r av ésdoMét odo, f or mareeducarosj ov ens;naFNAat óni caéaaçãode ser v i reest araoser v i çodacomuni dadehumanaecr i st ã, det odosaquel esquepr eci sam donossoaux í l i o. CaS:OPadr eNazar éest eveconnosco,def or maat i v ae deci si v a,nopr ocessodet r ansf or maçãodaFNAdeuma associ açãodeant i gosescut ei r os,nout r adeescut ei r os adul t os.Podemos j á afir marque est af oiuma boa deci são? ND:Si m,per f ei t ament e.Def act o,or gul homedet ert i do um papel bast ant eat i v onest epr ocesso, eémeuobj et i v o dei x aro mai s possí v elt r abal ho f ei t o e defini do,par a aj udara compr eendera i dent i dade do escut ei r o da Fr at er ni dade de Nuno Ál v ar es.Ai nda ex i st em al guns r esquí ci os de uma i dei a desat ual i z ada,que eu t enho aj udadoacombat er ,nomeadament ej unt odeBi spos,de queaFNAéumaassoci açãodeant i gosescut ei r os. Est aé umadefini çãonegat i v aepassi v a, poi si mpl i caai dei ade encont r osapenaspar acel ebr ar ,f az eraf est a.Émui t o bom r ecor darosv el host empos, masaFNAémui t omai s eest ámui t oaci madet udoi sso. Éest arat i v o, em ação, e épôrem pr át i caaqui l oquef azpar t edanossaMí st i ca, queé“ umav ezescut ei r o, par asempr eescut ei r o” .Ent ão, v amosex er cer .EsenoCNEapr endemosumasér i ede l emas,na FNA f azmui t o mai s sent i do o “ Al er t a par a Ser v i r ” .Nãosomosant i gosescut ei r os, somosescut ei r os dopr esent e, daaçãopr esent e, eat édof ut ur o. Por t ant o, é mui t omai scor r et ochamar nosescut ei r osadul t os, como al i ás acont ece em associ ações nossas congéner es nout r os paí ses,que t ambém congr egam pessoas que fiz er am par t edeassoci açõesescut i st asj uv eni s,eque hoj eseassumem comoescut ei r osadul t os. Um ex cel ent e ex empl o é o do Mov i ment o de Escut ei r os Adul t os Cat ól i cosI t al i anos,que at éf or am consagr ados,como escut ei r osadul t os,pel oPapaFr anci sco.Év er dadeque t i v emos que cor r i gi ra defini ção,poi s num pr i mei r o moment of al amos em “ escut i smo adul t o” ,o que não est av a cer t o,poi s o escut i smo é um só.Temos é escut ei r osem di f er ent esf asesdav i daei dades. Opr ópr i o escut i smonasceuecr esceuampl i andose.Oescut i smo nasceu apenas com r apaz es, o que chamamos Ex pl or ador es.Todasasout r assecçõessur gi r am mai s t ar de.Seopr ópr i oBadenPowel lf oicont empor âneode associ ações que congr egam escut ei r os adul t os,os acei t ou, osv i si t ou, et em coi sasescr i t asqueenquadr am per f ei t ament eoadul t oenquant oescut ei r o, ent ãonãohá r az ão par ar epr ov ar ou r ej ei t ar que haj a escut ei r os adul t os, quesãomui t omai s, nasuaessênci a, queant i gos escut ei r os.

CaS:Acha que ai nda nos f al t a cumpr i r al go desse obj et i v o? ND:Si m, pensoqueai ndaháum t r abal hoaapr of undar , de defini ção,dei dent i dade,par aquet odosnós,escut ei r os adul t os, sai bamosoquesomosequal éonossopapel . El e est áex pl í ci t o,bast apr ocur ál onosescr i t osdoCNE,mas sobr et udo nos de BadenPowel l ,e t ambém na pr ópr i a dout r i nadaI gr ej a,dequenósf az emospar t e,quehoj e acent ua e r ef or ça a i mpor t ânci a e a necessi dade da cat equesedeadul t os.I ssoaj udaaf undament areadar umai dent i dader enov adaeat ual i z adadoescut ei r oadul t o, enquant oescut ei r o, cr i st ãoeci dadão.

CaS:Porf al arni sso,t emosest adoavi verot empoda I gr ej aSi nodal .AnossaRegi ãot eveoR’ Gr abadedi cadoa est et ema.Quai s são os pr i nci pai s desafios que se col ocam nospr óxi most emposàI gr ej a, ( quesomost odos nós) ? ND:OPapaFr anci scoqui sdesafiaraI gr ej aaf az eral gode um modo di f er ent e. O Sí nodo sempr e ex i st i u,com mudançasdef or maedeex pr essãoaol ongodot empo,e hoj eest amosar edescobr i ropr ópr i osent i doi ni ci al , poi sa I gr ej aési nodaldesdeoi ní ci o.A I gr ej anasceucom os Apóst ol oseosdi scí pul oscongr egadosàsuav ol t a, enesse t empoaI gr ej aer asi nodal .Aex pr essão“ si nodal ”nãoquer di z er“ t udoaomol hoeFéem Deus” !Nadadi sso.Par a começar , ér ecent r araaçãodaI gr ej aeodi scer ni ment ona f ont eessenci al ,queéo Espí r i t o Sant o,queseal cança at r av ésdaor ação,eaít emosomoment oconst i t ut i v oda I gr ej a, oPent ecost es, adesci dadoEspí r i t oSant osobr eos Apóst ol os, queest ãor euni doscomoumacomuni dade. Éa par t i rdaí , com aaçãodoEspí r i t oSant oedaor ação, quea I gr ej anasceecr esce.Aol ongodaHi st ór i av ãosecr i ando di f er ent esf or masegr uposdeex pr essãosi nodal .Ai nda hoj e,nasdi oceses,t emosv ár i osní v ei s,oecl esi ást i co,os Consel hos Epi scopai s,os Consel hos Pr esbi t er ai s,os Consel hosPast or ai s,oConsel hodoPapaf or madopel os Car deai s,et udo i sso são f or masdedi scer ni ment o,de par t i ci pação e de ação com mai or compr omi sso, env ol v i ment oei dent i ficação.Par a si nt et i z ar ,f al ar de Si nodal i dade é o desafio da I gr ej a de hoj e,nas suas di f er ent esdi mensõeseações,sei dent i ficarcom aI gr ej a nascent eda er a apost ól i ca,par a anunci aro Ev angel ho, chegarat odosospov os,par asermi ssi onár i a,eex er cer v er dadei r ament eami ssãodeCr i st onomundodehoj e.

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CaS:EospecadosdaI gr ej a,quesãot ãodest acados,e devem serenf r ent ados, t êm em Por t ugalumadi mensão pr eocupant e?SabemosqueoPadr eNazar éf oi chamado adaroseucont r i but oàcomi ssãoqueest áaest udara pr obl emát i cadosabusossexuai snaI gr ej apor t uguesa. Podemosesper arum pr obl emagr ave? ND: Édef act oum assunt omui t osér i o. Sem dúv i daquena I gr ej a, est ápr ov ado, ex i st i r am pr obl emasdest anat ur ez a. Nãoquer odef or manenhumar el at i v i z aropr obl ema, mas osabusossãot r ansv er sai sàsoci edade, nãoex i st i r am só naI gr ej a. Ospr obl emasmai sgr av esdeabusosex ual com quel i deif or am nocont ex t of ami l i ar .Mast ambém l i dei com pr obl emas dest et i po em mov i ment os cr i st ãos, nomeadament eno escut i smo,poucasv ez es,masque ex i st i r am.Eal gumasdent r odoescut i smoenv ol v er am o Assi st ent e. Est i v e de f act o a col abor ar com est a comi ssão, ej ár eunicom el es.Por queéqueeusi nt oque dapar t edocl er oest epr obl emaémai sgr av e?Ami nha av ódi z i aqueseodi aboent r assenai gr ej a, er amel horque f ossepel apor t agr andedoquepel adasacr i st i a.Eunão ent endi a e um di a per gunt ei l he por quê,ao que el a r espondeu:“ Fi l ho,seodi aboent r arpel asacr i st i av aino padr eesef ornapor t apr i nci paldai gr ej a,i r ánum dos out r oscr i st ãos, quesempr eémai sanóni moenãocausa t ant oest r ago” .Def act o, quandoest eescândal oat i ngeo cl er o, oest r agoémai or . Masest epr obl emanãoat i ngesó o cl er o.Eu l i deicom si t uações que at i ngi r am out r as pessoas, noâmbi t odaI gr ej a, quenãoer am padr es.Mas aspessoast êm odi r ei t odeesper arqueobom ex empl oe amat ur i dadeex i st am em pr i mei r ol ugarnocl er o. Eusei de si t uaçõesem queai ni ci at i v apar t i u do j ov em,não do adul t o, masobv i ament equeoadul t o, sobr et udoopadr e, t em aobr i gaçãodesesaberpôrnoseul ugar ,ant esde t odososout r os.

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CaS:Ofim docel i bat odospadr eséapont adocomouma sol uçãoóbvi apar aest epr obl ema. Massepensar mosque apedofil i aémui t asvez espr at i cadaporpessoascasadas, at énosei odaf amí l i a, i st oser áassi mt ãoóbvi o? ND:Apedofil i aeocel i bat onãot êm nadaav erum com o out r o. Aqui l oquenapessoahumanapodeseroal i cer ceda pedofil i asãopr obl emasnãor esol v i dos,i mat ur i dade,não saberl i darcom det er mi nadassi t uações,eéum desv i o gr av e.Ocel i bat o,par aserv er dadei r o,sóépossí v elnuma pessoaadul t a,madur a,dev i dament ef or madaer eal i z ada nocampodasex ual i dade.O cel i bat oépossí v eleéuma r i quez a mui t o gr ande,embor at ambém possa serum desast r e.Masnãoéocel i bat oqueéacausadapedofil i a, senãonãoocor r i anasf amí l i as.Est aéumaquest ãomui t o v ast aepr of unda. Ocel i bat o, assi m comoocasament o, não ser esumeaoat osex ual .Nem ocel i bat odev eserv i st o sempr epel anegat i v a, comoumapr i v açãooupr oi bi ção.O cel i bat osóf azsent i dosef orv i st osobost r êsar gument os essenci ai squeo f undam:o cr i st ol ógi co – segundo os Ev angel hos,Cr i st of oicel i bat ár i o,ent ãoosacer dot e,pel o cel i bat oi dent i ficasecom Cr i st omi ssi onár i oecel i bat ár i o, noanúnci oer eal i z açãodor ei nodeDeus; oecl esi ol ógi coadi sponi bi l i dadet ot al par aoser v i çopast or al emi ssi onár i o daI gr ej a;eoescat ol ógi co-éumai dent i ficaçãocom o pl enodospl enosdof ut ur o, ousej a, noEv angel ho, quando osf ar i seusquest i onar am JesusCr i st osobr eamul herque ficou v i úv av ár i as v ez es sem dei x arfil hos,a qualdos mar i dosper t encer i anocasodehav erRessur r ei ção, Jesus r espondequenaPl eni t udeni nguém édadoem casament o a ni nguém,são t odos como anj os.A r az ão úl t i ma do cel i bat o ét ambém est a,uma i dent i ficação com a v i da pl enadeent r egaedapr esençadeDeus, queest ápar aal ém dest emundo.Di z endo deout r amanei r a,o mat r i móni o, com t odaadi gni dadequet em,poi séum sacr ament o,é umacoi sadest emundoepar aest emundo, enãopar aoda Pl eni t ude,enquant oav i r gi ndadeconsagr adaeocel i bat o, sãoum si naldaVi daPl enaf ut ur a,ondej ánãoháessas di mensões.

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Assi st ent e “ Ai mpor t ânci adar el i gi ãonanossavi da”

Pe. Eduar doDuque Assi st ent edaRegi ãodeBr aga

Nocont ex t oqueest amosav i v erdaguer r anaUcr âni a, quer opar t i l harconv oscoumabr ev í ssi mar ef l ex ãosobr eo papel queav i v ênci ar el i gi osapodet ernasnossasv i das. São mui t os os aut or es que nos f al am da f é e da i mpor t ânci adav i v ênci adar el i gi ãocomof ont edesent i do dev i da. Ent r eest es, encont r amosBor i sCy r ul ni kque, num cont ex t odej ov ensv í t i masdeex per i ênci ast r aumát i cas, r ef er equear el i gi ãoper mi t i u,aal gunsdel es,segui rpor um cami nho sensat o.Talnão si gni ficou quet i v essem esqueci do a agr essão,mas a ex per i ênci ar el i gi osa per mi t i ul hes ent enderque a sua per sonal i dade não poder i aserr eduz i daaot r auma.Out r osaut or es,como Mar gar et hWang, i dent i ficar am ar el i gi ãoeaf écomoum f at ordepr ot eçãopar aal unosem si t uaçõesder i sco. Par a AnnMast enaI gr ej aéum f at ordepr ot eção, f at oresseque seest endeàcr i ançaeàf amí l i a. Out r osest udosmost r am apar t i ci pação nacomuni dadeecl esi alcomo umadas car act er í st i casmai si mpor t ant espar aasf amí l i asquese encont r am em r i sco.

Lembr amosav i dadeJobquepassoupel aper da,pel a pobr ez a e pel a doença, mas, mesmo v aci l ando, mant ev ese sempr e fir me no Senhor ,acei t ado a Sua v ont ade.Af éeaesper ançaper mi t em queJobr ecuper e das condi ções adv er sas.Al i ás,al ém de super ar as di ficul dades,Jobsent i uqueganhoucom aspr ov ações. Quando passamos por di ficul dades, não col hemos t ambém nós" odobr o"daapr endi z agem?Nãoéi ssoque nost or namai sr esi l i ent es? Vi k t orFr ank l , médi copsi qui at r a, f oi um gr andeex empl ode r esi l i ênci a,mesmot endoper di doaesposa,pai sei r mão em camposdeconcent r ação,ondef or am mor t os.Fr ank l conv er t eosseusdi asdepr i si onei r oem di asdeesper ança, nãosedei x andodesgast arport odaaput r ef açãoechei r o a mor t e.Os seus companhei r os encont r am nel e uma esper ança. Fr ank l , mesmosabendoquecami nhav apar aa mor t e, nãodesi st edel ut arpel av i da, ef ál oagar r andose aoamor , àr ecor daçãodaspessoasqueama.

“ São mui t as as pessoas que conseguem ul t r apassar as adver si dadescom quesedef r ont am, t or nandose, assi m, pessoas mai sr esi l i ent es. ” Mas,par av enceressesmoment os,éi mpor t ant edi ant e dacr i seedaadv er si dade, encont r arum sent i dodev i da. E par ai ssodev emos, segundot ant asex per i ênci asv i v i dase escr i t as,l i gar mol asànossaf é,assi m comoàsnossas esper ançasesonhos.

Nãoédi f í ci l deper ceberqueav i v ênci ar el i gi osaépar aos quev i v em em sof r i ment oal i ment odeesper ança,opão que f acul t a o sent i do da ex i st ênci a na condi ção desumana.

“ Enós,comot emost r at adoa nossa vi da i nt er i or ? Temos consi der ado a vi da espi r i t ual comoumacapaci dade,querde def esa, querder ecuper ação? ”

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TemadeCapa OVACAREG

Tex t o: JoséLui sSi l v a

“ O V ACAREG da FNA f oiunani mement e consi der ado uma ext r aor di nár i aat i vi dade”

P

er ant eomesmoacont eci ment o,mesmoquehaj a unani mi dadedeopi ni ão, hásempr easpet osquecadaum denóssent edef or madi f er ent e.OVACAREGdaFNAf oi unani mement econsi der adoumaex t r aor di nár i aat i v i dade, mast enhoacer t ez aquecadaum dosquenel apar t i ci pou t ev ei mpr essõesdi v er sas,sensaçõesdi f er ent es,aspet os quev al or i z ouem det r i ment odeout r oseat écoi sasque gost oueout r asdequenãogost ou.Deci di ,pori sso,em v ezde f az erum r el at o mai sobj et i v o do que f oiest a gr andeat i v i dade, at épor queosar t i gosnobl oguer egi onal j áofiz er am com compet ênci a,darumaper spet i v amai s pessoal do que sent i ao par t i ci par at i v ament e no Acampament oqueuni uaRegi ãodeBr agadaFNA,no fimdesemanade10a12deJunho.

Masv ol t emosum poucoat r ás,par adest acaraex cel ent e i dei adaor gani z ação,del ev aroACAREGàscomuni dades par oqui ai squeder am nomeaossubcampos,dosnossos Núcl eosdeBr aga,f az endoacomunhãoent r eaFNAea comuni dade,que é afinalum dos pr i mei r os pi l ar es da nossaação.Mai sumav ezt or namososnossosi dososo cent r odanossaat enção, ev i mosquãoi mpor t ant eépar a el essent i r emseut ei seacar i nhadospel osmai sj ov ens. Odi adoACAREGnacomuni dade, cel ebr adoai ndanomês deMai o,f oium sucessoedeuomot epar aoquev i r i aa segui r . I st of ez com que r esponsáv ei s aut ár qui cos,a ní v elde f r eguesi amast ambém deMuni cí pi o,pár ocospor v ent ur a menosat ent os, i nst i t ui çõesdesol i dar i edade, i nt el ect uai se especi al i st asem di v er sasár eas,conv i dadosacol abor ar com oACAREG,com sur pr esapar aal gunseconfir mação par aout r os,t i v essem anoçãodaqui l oquenóssabemos quesomos:umaassoci açãodeescut ei r osadul t os, v ál i da, cr edí v ele út i l ,par a as suas comuni dades e par aa soci edadeem ger al .Nósficamosmai sr i cosmaspenso queel est ambém.

O pr i mei r osent i ment o,queer aquasepal páv el ,f oiode enor meal egr i aqueat i ngi ut odosospar t i ci pant es. Al egr i a porfinal ment eest ar mosj unt os,sem r est r i ções,com os sor r i sosv i sí v ei s, asex pr essõesdor ost ocompl et as, sem máscar as a l i mi t ar . Os cumpr i ment os,os abr aços, sent ar monost odosj unt os, poder mosf al araoouv i douns dosout r os.Poderest arj unt osnumaat i v i dadedecampo, com t udo o que i sso i mpl i ca,no mai s pur o espí r i t o escut i st a, f oi apr i mei r agr andeemoçãoquesent i .

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“ E que di z erdo j ant art emát i co? !Br aga capi t aldo bar r oco? ! Est amosabr i ncar ? !Éum t emaext r emament edi f í ci l , comoéquea Regi ãov aiconsegui rcumpr i reencont r arsol uções? !Poi s…” Mui t opr ov av el ment ei nspi r adospel ocasalConcei çãoe Ol i v ei r a, quesempr eder am oex empl oeque, com osseus “ bonecos”per f ei t os e br i l hant es,nos of er ecer am dos moment osmai sboni t osdosACANAC’ seACAREG’ s,a Regi ãoesf or çouse,ef oiespet acul ar !Agr andemai or i a v est i useapr ecei t o eaar enaficou pej adadefigur as “ bar r ocas”quenãodei x ar i am ficarmal um fil medeépoca. Um espant o! Porúl t i modest acooenv ol v i ment odaf amí l i a,quepar a nósét ãopr eci oso.Fi l hos,cônj uges,eout r osf ami l i ar es, al guns escut ei r os do CNE out r os não,mai s uma v ez par t i ci par am em númer oconsi der áv el ,f az endodaFNA umagr andef amí l i a,queacol het odosesesent ebem assi m.Eosnossosf ami l i ar es,ni t i dament e,sesent i r am f el i z es por par t i l har connosco est es 3 di as.Mui t os gar ant i r am quev ãocont i nuaraf az êl o.Ser ãosempr e bemv i ndos. Apal av r afinal v ai par aogr upoor gani z ador , l i der adopel a Di r eção Regi onal .Que gr ande t r abal ho!Tant o esf or ço, suor ,ev ent ual ment e at é al gumas l ágr i mas,sacr i f í ci o, dedi cação, espí r i t odeser v i ço! Tenhoacer t ez aquet odos chegar am aofim daat i v i dadecompl et ament eesgot ados, f í si caeemoci onal ment e. Afinal , der am t udooquet i nham. Maspodem sent i r seor gul hosospoi sonossoVACAREG f oiuma at i v i dade de ex cel ênci a,que engr andeceu a Regi ãodeBr agaeaFNA, enosdei x ouat odossat i sf ei t os. Mui t oobr i gadopel ov ossot r abal hoeesf or ço.Val eua pena. VenhaoVIACAREG. Faf ej ácomeçouasonhar .

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Pal avr adeEscut ei r o AQuer i daConcei ção

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ar i a da Concei ção Ri bei r o da Si l v a e Sousa ( 19392021) nasceu na f r eguesi a Br i t o, concel ho Gui mar ães, nodi a24dej unhode1939. Def amí l i ahumi l de f oicom esf or çof ami l i arquef ezol i ceuem Gui mar ãese post er i or ment eocur sodomagi st ér i opr i már i oem Br aga. Casouem 1964com Ant óni oLei t edeOl i v ei r aef oi mãede t r êsfil has.

I ni ci ouaat i v i dadepr ofissi onal comopr of essor adoensi no bási coem 1960,naescol apr i már i adeBr i t o,t endomai s t ar del eci onadoem Lei t õeseem Ronf eondef oipi onei r a namoni t or i z açãodat el eescol a. Desde cedo se env ol v eu em causas soci ai s e em mov i ment os da soci edade ci v i lt endo si do a pr i mei r a mul herapr esi di raassembl ei adaj unt adef r eguesi al ogo apóso25deabr i l . Oel ev adoespi r i t osol i dár i oficoupat ent edesdecedoj unt o dosal unosmai scar enci ados, acol hendoosem suacasa, assegur ando r ef ei ções e mui t as v ez es al oj ament o, i nt egr andoosdef or manat ur alnoseuagr egadof ami l i ar , anoapósano.Pr opor ci onav af ér i asnapr ai aaosmui t os al unos que nunca t i nham v i st o o mar , ou que apr esent av am debi l i dadescl í ni cas, sendocomum ouv i l a di z er“ Est emeni nopr eci sadePóv oa”r ef er i ndoseàpr ai a daPóv oadeVar z i m.

Mai st ar de, j áaposent ada, i nt egr ouem 1989aFr at er ni dade Nuno Al v ar esNúcl eo deBr i t ot endo si do Pr esi dent eda Di r eçãodoNúcl eode2003a2011.Foiaquique,com a di sponi bi l i dadedecor r ent edaaposent açãodoensi no,se env ol v eu ex t r aor di nar i ament e em t odas as at i v i dades, desde asl údi casàsr el i gi osassobr essai ndo a especi al at enção aospr obl emassoci ai squegr av i t av am em seu r edor . Foi nest eâmbi t oque, sobasuaPr esi dênci a, aFNANúcl eo de Br i t of undou a pr i mei r al oj a soci alt endo aj udado di v er sasf amí l i asaul t r apassarmoment osdi f í cei s. Env ol v euse di r et ament e e com um ent usi asmo cont agi ant e,em i númer ascampanhasdeangar i açãode f undos par a as mai s di v er sas causas,nomeadament e aqui si çãodeaj udast écni caspar av ár i osdoent es,desde pr ót eses, cadei r asder odasecomput ador es.Em i dosose doent est er mi nai s, f oi apoi oeconsol oqueràsf amí l i asquer aospr ópr i os,mui t asv ez esat éaosúl t i mosmoment osde v i da. Fal eceudedoençasúbi t aem set embr o2021.Desdeessa dat at êm v i ndoaserconheci dasout r asaçõessol i dár i as nasquai sseenv ol v eudef or maanóni ma. AFamí l i a

Rev i st adaRegi ãodeBr agadaFr at er ni dadeNunoAl v ar es| N11 JULHO

Cami nho 15 as egui r


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