Revista Poética - Céu Estrelado e Vivência do Reflexo

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Céu Estrelado e a Vivência do Reflexo

Céu Estrelado e a Vivência do Reflexo

Conto estrelas como anos. Vinte delas, rápidas, mas eternas no instante. Já aprendi que, mesmo breve, o brilho não se apaga com o tempo. Ele carrega, em seu instante fugaz, o peso de todas as minhas vivências.

Tenho uma irmã, meu reflexo, iguais aos olhos do mundo, diferentes dentro de mim.

Me importo com o que é invisível para outros, os detalhes que ninguém nota, os guardo como pequenos tesouros que alimentam minha alma.

Quando o riso faltar, são essas lembranças que me sustentarão de pé.

E assim, ofereço, dou, sem esperar retorno. O que importa é o sorriso que floresce no outro. Silenciosa, observo e cuido de cada pessoa, apoiando, protegendo, como quem cuida de um jardim secreto.

Às vezes, me sinto só, não pela ausência, mas pelo peso das minhas próprias expectativas. Exijo mais de mim do que o mundo jamais ousaria.

Escondo-me atrás de muros, tão altos que nem o sol é capaz de me alcançar, e muitas vezes, nem eu.

E é na arte, com seu caos e incertezas, que encontro alívio e respiro. Mesmo eu, sendo tão racional, descubro nela uma liberdade que desconhecia.

Aluna: Eduarda Daniel da Silva

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