Jornal do Comércio do Ceará - Julho 2018

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Ano X - nº 107 Julho de 2018 - Fortaleza - Ceará

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Cultura e memória precisando do olhar do poder público

Emails: j.comercio@hotmail.com - jornaldocomerciodoceará@gmail.com

Concurso Garota Litoral é realizado em Aquiraz com presença de candidatos masculinos pela primeira vez

Foto: Fernando Farias

O reconhecimento público de uma personalidade civil, quer dizer, a personalidade, ou seja, o Ser Humano, na atualidade brasileira, é de suma importância para a nossa sociedade nesse momento em que mais se ressaltam na mídia a incompetência, a falta de ética e a corrupção. (Página 3)

BNB 66 ANOS

Cada vez mais ativo Há 66 anos, a vida nordestina, para a grande maioria de sua população, era somente de subsistência, e quando haviam boas chuvas. Quem imaginava as belas e poderosas – economicamente - capitais da região, entre elas Fortaleza, situada exclusivamente no semiárido, onde está a sede do Banco do Nordeste do Brasil – BNB. Qual o profeta sertanejo, entre centenas, há quem viu o “Sertão virar mar e o mar virar sertão”. (Páginas 6 e 7)

Foi realizado no último sábado do mês de Julho (28) o concurso de beleza Garota Litoral, que já faz parte do calendário turístico da cidade de Aquiraz. O local escolhido para o evento foi a Praça das Flores, que ficou pequena para a multidão que queria conferir cada detalhe do desfile. (Página 12)

Agronegócio: mais evidências da importância do agro na economia (Veja matéria na página 8)

Jaguaretama comemora 153 anos de emancipação

VI Congresso de Escritores, Confiança do Consumidor recua 6,1% em Poetas e Leitores do Ceará junho e atinge menor patamar em 18 meses A recuperação econômica mais lenta que o esperado e a paralisação no setor de transportes impactaram de forma negativa o humor do consumidor brasileiro. Dados apurados pelo Serviço de Proteção ao

Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que houve uma queda de 6,1% no Indicador de Confiança do Consumidor no último mês de junho em comparação com maio. (Página 5)

Jaguaretama completa 153 anos de emancipação política. Nesse mês de agosto as comemorações começam e vão até o dia 29. (Página 3)

Auriberto Cavalcante entrega comenda ao empresário Igor Queiroz Barroso e ao jornalista Luis Sérgio Santos homenageados pelo Grupo Chocaho. (Página 9)

Fortaleza sediará o 27º Congresso Nacional de Corretores de Imóveis ( Veja página 12)

HÁ MAIS DE 150 ANOS FAZENDO HISTÓRIA

Envie sua poesia para o nosso endereço eletrônico: jornaldo comerciodoceara@gmail.com


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Editorial/Opinião

Fortaleza-CE - Julho de 2018

Correio/JCC Prezado senhor Jornalista Antonio Matos

Trump X China: A guerra de araque Essa onda de notícias internacionais que surgem a partir da Casa Branca e contagia o mundo não vai passar tão cedo, devendo durar até o fim do atual Governo Trump, mas também temos a certeza que países como o Brasil pode tirar vantagem dessa divergência, se souber aplicar as relações diplomáticas nessa área, tão em falta há muitos. anos. A chamada “guerra comercial” ou econômica, entre o dirigente americano e a China, vale ressaltar que esse notório conflito, ou seja, a bola da vez da mídia internacional, não é entre o povo americano e os chineses. É entre o Presidente dos Estados Unidos e a China, tema que vem abalando os mercados ocidentais, inclusive o povo americano no seu dia-a-dia, mas com certeza está muito longe de atingir a sociedade chinesa. Uma guerra de mentiras. Essa ideia ou decisão dos USA, digo Governo Donald Trump, de taxar, ou seja, elevar o imposto de importação primeiramente sobre o aço, atingindo diretamente várias nações, inclusive o Brasil, não passa das atrapalhações de um estadista já considerado populista e fajuto, para manter a sua falsa popularidade junto a um País que vem acumulando problemas econômicos. Trump sabe que é preciso vender e também comprar da China, do Brasil, daArgentina e do resto do mundo. Hoje, como todo analista de mercado internacional sabe, se já é difícil realizar os acordos comerciais em bloco ou bilaterais, imagine gerenciar crise ou brigas criadas artificialmente. Mas não podemos dizer que isso é “briguinha” e que tudo será resolvido. Visto que trata-se de mais um capítulo das crises econômicas que o capitalismo mundial vem revelando nos últimos 30 anos, principalmente, após o auge do regime neoliberal, onde muitos acreditavam que os Estados nacionais chegariam ao fim e que as nações seriam regidas por uma economia liberal onde as demais características da nacionalidade ficariam em segundo plano. Ou seja, o mercado mandando em tudo e em todos os Governos. E esse modelo de negócio que beneficiou o capitalismo após a Segunda Guerra mundial sob o comando do G7, o seu maior beneficiário, sempre foi considerado uma política perfeitamente correta, inclusive levando países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil, a aceitarem essas regras, perdendo a oportunidade de criarem seu próprio modelo de negociação com o resto do mundo, seja através dos blocos regionais e nos tratados entre as nações. Até enquanto as desvantagens não atingissem os países ricos, tudo ia bem, mas chegou a todos, indistintamente, como os Tigres Asiáticos, Europa e depois Estados Unidos. Quando a crise da década passada atingiu os EUA, os Democratas de lá – Obama – não se levantaram a favor dessas mesmas bandeiras que o seu inimigo político destaca hoje, porque sabem eles que o liberalismo ainda é a maior saída do capitalismo. No fundo eles sabem, e querem sair da crise, no entanto, sem mudar a regra maior, quer dizer, os mercados livres, passando por cima da autonomia regional. O Brasil perdeu e continua perdendo pela falta de uma política de relações internacionais de negócios entre os países. Na onda do liberalismo recente o Brasil desprezou o MERCOSUL, entrou em uma série de questões bilaterais com a Argentina e outros países do continente, não avançou como deveria com o BRICS, e vem perdendo uma série de vantagens por conta da sua baixa expertise no mercado internacional. Essa onda de notícias internacionais que surgem a partir da Casa Branca e contagia o mundo não vai passar tão cedo, devendo durar até o fim do atual Governo Trump, mas também a certeza de que países como o Brasil podem tirar vantagem dessa divergência, se souberem aplicar as relações diplomáticas nessa área, tão em falta há muitos anos.

Jornal do Comércio do Ceará Ltda/ME DIRETOR PARA PROJETOS ESPECIAIS CNPJ: 27.957.805/0001-84 Gildson Massilon Jornal do Comércio do Ceará DIRETOR DE CULTURA E OUTROS CNPJ: 34.956.268/0001-13 PROJETOS Rua Barão do Rio Branco, 1071, Edifício Lobras Auriberto Vidal Cavalcante sala 520 5º andar - Centro Fortaleza - CE Mtb-CE: 1552 Telefones: 9.8846.0975 - 9.9674.5186 REPÓRTER FOTOGRÁFICO: DIRETOR ADMINSTRATIVO Fernando Farias Antonio José Matos de Oliveira Reg: CE 688 JP DIRETOR COMERCIAL REPRESENTAÇÃO EM BRASÍLIA José Nagibe Pontes EDITOR GERAL Renato Freitas - Reg. DF 9641 JP. Carol Cabral - Reg. CE 0003312 JP JURÍDICO REDATORA Dra. Maria do Carmo Pimentel Márcia Catunda Dr. Azenclévio Saboia DIRETOR DE MARKETING TIRAGEM: 5.000 exemplares Marcus Vinícius Araújo TIRAGEM ON-LINE: 100 mil

Uma abertura comercial inteligente João Carlos Marchesan* A maior abertura do Brasil ao comércio internacional com redução linear de alíquotas do imposto de importação como tem sido defendida publicamente por representantes do governo, não se caracteriza como uma solução absolutamente razoável para a inserção do Brasil no livre comércio. Há décadas temos estudado a questão do desenvolvimento do País e do crescimento da indústria e em todos os debates a conclusão é que a questão central não está na simples redução da alíquota em si, mas essencialmente chegar-se a condições de competição isonômicas. Para reduzir os custos dos investimentos e aumentar a competitividade da indústria brasileira, além de ampliar o comércio internacional, representantes do governo e alguns economistas defendem sumariamente a maior abertura comercial da economia. As alternativas seriam a ampliação de acordos bilaterais e multilaterais, a participação mais efetiva junto à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e ao ICSID (Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas sobre Investimentos). Afora isso, como é patente, advogam a simples redução das tarifas alfandegárias. A ideia, com essas medidas, seria reduzir os custos dos investimentos e aumentar a produtividade da indústria brasileira, além de ampliar o comércio internacional. São soluções simples para problemas complexos. Nós, da ABIMAQ que representamos 12% do total das exportações de manufaturados do Brasil somos a favor da abertura comercial do país. No entanto, não podemos promover uma abertura comercial unilateral de forma ingênua, não adianta promover uma abertura sem antes cuidarmos para que as condições de competição sejam iguais. Ter como prioridade a abertura comercial sem antes eliminar as assimetrias será um grande equívoco. A chance de não funcionar é enorme. Por essa razão, defendemos que antes, o Brasil priorize uma agenda de competitividade, começando pelas reformas da Previdência, Tributária e que desonere os investi-

mentos e as exportações. São necessárias também taxas de juros civilizadas para o capital de giro das empresas e para os investimentos, além de câmbio competitivo e previsível. Aliás, o Brasil é o único país do mundo que tributa investimentos e que exporta tributos, através dos impostos não recuperáveis na cadeia produtiva. Nunca defendemos políticas protecionistas, mas sim, a isonomia na competição com nossos concorrentes internacionais. Fica evidente que cada um destes itens impacta a competitividade da produção brasileira muito mais do que o imposto de importação o que, por consequência, torna a proposta do governo sem grande eficiência para o problema em questão. O objetivo de aumentar a competitividade da indústria brasileira é louvável e tem que ser perseguido, intervindo, primeiramente, nos itens que mais impactam o custo do produto brasileiro, eliminadas então as assimetrias, a redução do imposto de importação, obedecendo a escalada tarifária, trará a resposta almejada pelo governo. Na verdade, precisamos de um projeto de país, com representantes políticos que pensem nas próximas gerações, deixando um legado onde tenhamos a valorização dos nossos potenciais e com isso um crescimento compatível com nossas necessidades, tamanho e importância. Precisamos, portanto, como já mencionado, persistir na implementação das reformas estruturais: da previdência, tributária e política, pois serão elas, efetivamente, que irão fazer a diferença e dar à indústria isonomia e condições de voltar a investir e contratar, contribuindo para diminuir o desemprego no país, dando dignidade para um universo ainda superior a 13,7 milhões de trabalhadores que precisam voltar a trabalhar e contribuir com a construção de um futuro melhor a todos os brasileiros. *João Carlos Marchesan é administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas

Nos últimos anos tenho acompanhado as edições do Jornal do Comércio do Ceará, excelentes reportagens, textos primorosos, abordando assuntos de interesse público. Contudo, há exatamente 15 anos, desde a primeira gestão da ex-prefeita Luizianne Lins, temos testemunhado o desaparecimento da beleza que foi a nossa querida Praça do Ferreira, não sei se a questão aí foi política, mas posso afirmar que tudo que restou hoje da magnífica Praça do Ferreira foi um acampamento de delinquentes que fazem da mesma um alberguer, onde ali mesmo fazem as suas necessidades, sexo, usam drogas aos olhos inertes das autoridades em pleno dia. O abandono pelo poder público até mesmo das entidades classistas que se acomodaram também em relação ao assunto é uma realidade. Que tal você escrever uma reportagem abordando esse tema falando da praça de ontem e a de hoje, afinal de contas esse assunto requer um olhar mais acentuado da mídia como também das autoridades locais. A Praça do Ferreira é um ícone da nossa cidade. É dever do Prefeito Roberto Cláudio, com a ajuda do governador Camilo Santana, que já demonstram ser bons gestores, salvála e preservá-la para os moradores de Fortaleza, os turistas e, principalmente, para os nossos filhos e para as futuras gerações Atenciosamente Francisco Frederico Antunes Professor/Fortaleza/CE Caro Editor Quero parabenizar toda a equipe de jornalistas pela publicação do Jornal do Comércio do Ceará. Sou leitor contumaz desse importante jornal desde a sua fundação. Interessante a ideia de dar visibilidade ao Seminário de Pecuária Nordestina Pecnordeste. Esse setor que tem uma história à custa de sacrifício e que já enfrentou tanta estiagem com muita garra e coragem merece o destaque que foi dado na primeira página do jornal edição junho de 2018, nº 106. O tema do seminário ‘‘Gestão e Mercado’’ é um foco muito importante para o crescimento do setor que vem tendo resultados positivos em diversos segmentos como enfatiza a matéria. Outro destaque relevante abordado nesse seminário ficou para as oficinas de treinamento de pessoal e o investimento na área tecnológica. Na oportunidade parabenizo os organizadores do evento, em especial a figura do ilustre Dr. Flávio Viriato de Sabóia, presidente da FAEC, que muito tem feito à frente dessa importante entidade. O meu cordial abraço a todos que fazem o Jornal do Comércio do Ceará. Flávio de Almeida Prado Fortaleza/Ceará

Espiritualidade e medicina aliadas no tratamento de transtornos mentais Paiva Netto Diagnósticos de depressão e ansiedade graves, assim como quadros psicóticos de humor e personalidade, têm crescido, trazendo grande preocupação. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 23 de fevereiro de 2017, cerca de 322 milhões de pessoas no mundo são afetadas pela depressão, o que corresponde a 4,4% da população mundial. O número aumentou 18,4% entre 2005 e 2015. O Brasil ocupa o quinto lugar entre os países com maior índice de depressão, totalizando 11,5 milhões de indivíduos que sofrem dessa doença, o equivalente a 5,8% da população. O país ainda é recordista mundial em casos de transtorno de ansiedade, com 18,6 milhões de pessoas (9,3% da população), passando por esse desafio. AOMS estima que, em 2020, essas enfermidades venham a ser a principal causa de afastamento do trabalho. Ainda que parte dessas ocorrências

possa estar catalogada de forma imprecisa como distúrbio — pois entendemos que há também o conjunto de naturais manifestações de uma sensitividade espiritual necessitada de equilíbrio e de orientação específica —, observa-se que o tema é verdadeiramente digno de um olhar da sociedade mais atento, cuidadoso e livre de qualquer preconceito. Afinal, ainda há muito a se compreender, espiritual e materialmente falando. Portanto, não se deve ter vergonha ou medo de diagnósticos dessa natureza. Pelo contrário. É preciso encará-los com serenidade e Fé Realizante, a fim de enfrentar e superar qualquer aspecto clínico adverso, contando sempre com o indispensável amparo de Deus, do Cristo e do Espírito Santo. Costumo afirmar que o organismo humano é a mais extraordinária máquina do mundo. Mesmo assim, falha. Contudo, com Amor Fraterno até os remédios passam a ter melhor resultado. (...)

Pari passu com as políticas públicas e com os cuidados médicos, psiquiátricos e psicológicos dispensados aos pacientes, não se pode deixar de lado, nos diálogos em família e em comunidade, o devido suporte social e a imprescindível presença da Espiritualidade Ecumênica. É indispensável o esclarecimento dos que os cercam sobre a importância de seguir com seriedade o tratamento medicamentoso e psicoterapêutico prescrito, porquanto é Jesus, o Taumaturgo Celeste, quem nos afiança: “Na vossa perseverança, salvareis as vossas Almas” (Evangelho, segundo Lucas, 21:19). O Mundo Espiritual não é uma abstração. Ele é (ainda) invisível, mas existe. Não abdiquemos de sua valiosa contribuição à nossa melhora física, que tem início na saúde espiritual. José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.


Agronegócio/Evento

Fortaleza-CE Julho de 2018

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Cultura e memória precisando do olhar do poder público Falta de material de serviço, atendimento ao público improvisado, funcionários limitados na sua competência profissional, estresse do público que procura o serviço, improvisações, danos materiais de peças não conservadas. Enfim, serviço público sem o menor controle de qualidade e total desrespeito à cultura, à memória e ao patrimônio editorial e documental da sociedade cearense. Da redação

Há mais de dois anos atendendo em um galpão da Antiga Rede Ferroviária Federal no Ceará – RFFESA– na Praça Castro Carreira – Estação – o Arquivo Público do Estado do Ceará chegou ao “fundo do poço”, conforme afirmou uma senhora que buscava informações de um parente militar, ao perceber que as suas necessidades não seriam atendidas tão rápidas como informou a ela um dos Cartórios instalados no centro de Fortaleza. Apesar da paciência, esforço e até dedicação dos funcionários, é impossível atender bem no atual ambiente. As demandas dos cartórios, para surpresa de muitos, são elevadas, para corrigir erros e busca de cópia de documento pedido. Os funcionários são obrigados a sair do ambiente de trabalho para tirar cópia de documento arquivado em um shopping na praça. Em algumas vezes

Especialistas sugerem a padronização nos Cartórios de Registro de Imóveis

esse serviço é feito na estrutura da Biblioteca Pública, mas também sempre está com defeito ou sem toner, conforme reclamações. Três em um Nesse desconfortável galpão da antiga Rede Ferroviária atualmente funcionam três importantes setores para a memória do Estado do Ceará: A Biblioteca Pública Estadual Menezes Pimentel; Arquivo Público do Estado e o Museu (também improvisado) da história da ferrovia cearense. Em todos esses setores pode-se colher dados sobre os danos irreparáveis da conservação da nossa história. Primeiro, o sumiço de peças – fotos e até equipamentos relevantes – da história da ferrovia, conforme também fonte que prefere não se identificar. Segundo, o manuseio improvisado do material que está no lugar improvisado e o que ficou no prédio sede do arquivo, também no Centro, rua Senador Alencar. Terceiro, a situação da Biblioteca Estadual. Desde o início desse ano, a hemeroteca (coleções de jornais, revistas,

etc.) já se encontra no prédio sede totalmente reformada na Avenida Leste Oeste, vizinho ao Cento Cultual Dragão do Mar. O prédio foi totalmente reformado, no entanto, conforme fonte da repartição, os móveis “foram totalmente destruídos pela construtora”, portanto, a impossibilidade de transferir os serviços definitivamente para o prédio sede. Desilusão O grande problema é a desilusão dos funcionários dedicados ao serviço de alta qualificação técnica que tinham inúmeros projetos de catalogação, restauração, conservação, etc., de peças quase que totalmente destruídas. Muitos jornais que já estavam em péssimas condições de uso em pesquisa, depois desse vai e vem, tiveram que ir para o “porão”, quer dizer indisponível à pesquisa. Afora os funcionários e pesquisadores que se queixam das dificuldades de obter os serviços nesses órgãos, nenhuma fonte da Secretaria de Cultura soube informar sobre o atendimento normal dos serviços em data certa.

Jaguaretama comemora 153 anos de emancipação Jaguaretama completa 153 anos de emancipação política. Nesse mês de agosto as comemorações começam e vão até o dia 29. Na programação, eventos esportivos, inaugurações, show pirotécnico e exposição permanente de produtos e equipamentos. abertura, contará com a presença do prefeito Glairton Cunha, que aponta resultado empreendedor à frente da sua gestão. Aualmente o município tem mais de 20 milhões de reais investidos em obras em andamento e outras para serem executadas em menos da metade do mandato da sua atual Gestão. Um verdadeiro impacto na história do município, sem dúvida. As portas do município estão abertas a todos que desejarem conhecer sua história. Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição

Câmara Municipal de Jaguaretama - Foto:Karl Max Fernandes Freire

Prefeitura de Jaguaretama

Proposta visa à criação de um colégio registral que será responsável por harmonizar práticas e serviços dos cartórios. Atualmente, as regras são definidas pelas Corregedorias Gerais de Justiça de cada Estado. O estabelecimento de padrões ajudará a agilizar as regularizações.

Os temas foram debatidos no IV Seminário Internacional de Governança de Terras e Desenvolvimento Econômico: Regularização Simplificada - Cultiva Filmes.

Há um ano, a Lei nº 13.465/17 estabeleceu um novo marco na regularização de imóveis rurais e urbanos no Brasil. Uma das novidades foi a definição da criação do Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (ONR) para a integração das informações entre os cartórios de registros. Pesquisadores do Grupo de Governança de Terras (GGT) do Instituto de Economia (IE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e especialistas no setor, como José de Arimatéia Barbosa, vice-presidente do Sindicato dos Notários e Registradores de Mato Grosso (Sinoreg/MT), querem não apenas agilidade na criação do órgão, como também a formação de uma equipe para harmonizar as práticas de registros nos cartórios. A implantação do ONR e os principais entraves para tornar mais rápida a regularização de terras no país foram discutidos durante o IV Seminário Internacional de Governança de Terras e Desenvolvimento Econômico: Regularização Simplificada, realizado em junho, na Unicamp, em Campinas. “A criação do Operador é um passo decisivo para que as ações previstas na Lei nº 13.465 sejam, de fato, executadas. Mas ainda não está definido onde o órgão ficará e como funcionará”, diz o coordenador do GGT da Unicamp, Bastiaan Philip Reydon. Cada cartório é regido pelas Corregedorias Estaduais de Justiça e não há uma uniformização de procedimentos e regras. O professor Bas-

tiaan lembra que a proposta de José de Arimatéia Barbosa é, não apenas, criar o ONR, mas, também, um colégio registral que harmonizaria as práticas. “O grupo deverá estabelecer padrões de serviços, operações e processos dos cartórios”, comenta. Na opinião dele, a implantação do ONR, o acesso aos sistemas de informações que estão sendo criados, como o Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (SREI) e o Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (Sinter), o barateamento do georreferenciamento e normas de medição mais condizentes com a realidade da governança de terras no país são os caminhos para garantir a aplicação da Lei nº 13.465/17 e para facilitar o processo de regularização dos imóveis no Brasil.

A proposta de José de Arimatéia Barbosa é não apenas criar o ONR, mas, também, um colégio registral que harmonizaria as práticas. Foto: João Batista


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Evento/Ação Social

Fortaleza-CE - Julho de 2018

TROFÉU CLÓVIS ROLIM PARA “ZENIR”: JOSÉ ALVES DE OLIVEIRA

Desempenho pessoal e empresarial LBV arrecada alimentos para ajudar famílias da Zona Rural do estado do Ceara

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Assis Cavalcante ainda destacou a simplicidade empregada por José Alves de Oliveira no trato, não apenas com os clientes, mas também com todos os cerca de dois mil colaboradores das 5o lojas Zenir Móveis e Eletros, que têm se expandido pelo Estado desde a fundação, há mais de 25 anos.

de ética e a corrupção. E quando esse reconhecimento parte de uma importante entidade, homenageando, através da sua maior condecoração - Troféu Clóvis Rolim - o desempenho pessoal, e no caso um empresário do setor lojista, o fato tem dois destaques distintos: Um para a Pessoa Física e o outro para a Pessoa Jurídica, a empresa. E foi o que aconteceu nesse mês de julho de 2018, em Fortaleza. O empresário José Alves de Oliveira, o "Zenir", recebeu, no dia 19, o Troféu Clóvis Rolim, da FCDL – Federação do Clube de Diretores Lojistas -, no Teatro José de Alencar.

O reconhecimento público de uma personalidade civil, quer dizer, a personalidade, ou seja, o Ser Humano, na atualidade brasileira, é de suma importância para a nossa sociedade nesse momento em que mais se ressaltam na mídia a incompetência, a falta

Saber e conhecimento "Essa comenda é dada pela FCDL, mas é para aquele empresário que consegue se destacar em momento difícil, de crise, gerando emprego e bons resultados... E essa é a cara da ZENIR, sempre abrindo lojas, conseguindo se desenvolver e de forma muito singular". Destacou o empresário Assis Cavalcante, presidente da

Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza. O esforço e o bom desempenho durante o momento de crise econômica no País colaboraram para que o empresário José Alves de Oliveira, o "Zenir" conquistasse o Troféu Clóvis Rolim, destacou o presidente. Saber, inovação, conhecimento do mercado, é assim que o empresário Zenir mostra a sua performance no comércio lojista regional. "Merecidamente, esse troféu está sendo entregue para uma pessoa muito competente e muito consciente do papel dele no mercado. É uma homenagem justa ao trabalho de um empresário dedicado. Ele faz por onde", completou o presidente da CDL de Fortaleza. Assis Cavalcante ainda destacou a simplicidade empregada por José Alves de Oliveira no trato não apenas com os clientes, mas também com todos os cerca de dois mil colaboradores das 50 lojas Zenir Móveis e Eletros, que têm se expandido pelo Estado desde a fundação, há mais de 25 anos.

Prefeito Roberto Cláudio assina ordem de serviço das obras de requalificação da Av. Beira Mar O Prefeito Roberto Cláudio assinou, dia (27/07), às 8h30, a Ordem de Serviço para o início das obras da nova Avenida Beira-Mar. O conjunto de intervenções prevê uma série de melhorias urbanísticas e de mobilidade ao longo da via, bem como a construção de um novo calçadão em toda a extensão da orla, compreendida no trecho entre a Praia do Meireles e a Enseada do Mucuripe. O pacote de obras de requalificação da Avenida Beira Mar será executado pela Secretaria Municipal da Infraestrutura, por meio da empresa Edcon Comércio e Construções LTDA, vencedora da licitação. As intervenções incluem a urbanização completa do trecho entre a Av. Rui Barbosa e a Rua Tereza Hinko, dando continuidade às obras de requalificação já realizadas desde o novo Mercado dos Peixes, no Mucuripe, até o calçadão na Estátua de Iracema, às margens do Riacho Maceió. Com um total de 66.704,38 m² de área totalmente acessível, o projeto compreende a requalificação da avenida, a construção de um novo calçadão com três pavilhões multiusos, dotados

de quiosques de alimentação e bebidas, todos padronizados, e a urbanização dos espigões das Avenidas Desembargador Moreira e Rui Barbosa. A região passará a contar ainda com nova iluminação, com fiação embutida, espaços para convivência com caramanchões, academias, banheiros, parque infantil, quadras de vôlei de praia, pista de skate, anfiteatro, pista de hockey, ciclovia, pista de cooper com 2,6 km de extensão, além de um posto da Casa do Turista e prédio administrativo. As obras estão orçadas em aproximadamente R$ 40 milhões e vão contar com recursos provenientes do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e devem durar cerca de 24 meses. Feira de artesanato A área onde acontece a feirinha de artesanato também passará por melhorias urbanísticas, como novo piso, nova iluminação e zoneamento com padronização dos boxes comerciais, garantindo uma maior organização e disposição dos produtos vendidos, naquele que é considerado hoje o maior mercado de artesa-

nato a céu aberto da Capital. Avenida Beira Mar As intervenções na avenida incluem a construção de calçadas acessíveis com rampas, piso tátil e travessias elevadas para pedestres. A via contará também com um novo sistema de drenagem, com a construção de galerias, bocas de lobo e a substituição do pavimento asfáltico.

A Legião da Boa Vontade (LBV) promove ações permanentes em apoio às populações em situação de vulnerabilidade social. Uma das iniciativas é a campanha Diga Sim!/Fiz um gol pela infância brasileira, por meio da qual a LBV mobiliza a sociedade a fazer doações e, mediante os recursos, entrega, neste período do ano, cestas de alimentos para famílias que sofrem com a desigualdade social no estado do Ceará e em várias regiões do País. A campanha é de caráter emergencial, por isso, nestes meses de julho e agosto a LBV entrega mais de 12 mil cestas no Brasil, sendo mil e cem cestas destinadas a famílias em situação de pobreza no Ceará. Os beneficiados residem na Zona Rural dos municípios de Irauçuba, Canindé e Juazeiro do Norte, além da capital, Fortaleza. A mobilização social visa contribuir para assistência básica e auxílio de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

Ação solidária Em todo o país, a campanha beneficiará com a doação de cestas de alimentos não perecíveis famílias do Acre, de Alagoas, da Bahia, do Ceará, do Espírito Santo, de Goiás, do Maranhão, do Mato Grosso, de Minas Gerais, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte, de Rondônia, de Sergipe e do Tocantins. Ainda dá tempo de ajudar! Quem quiser colaborar para a campanha pode fazê-lo entrando em contato pelo tel.: 0800 055 50 99 ou pelo site www.lbv.or, ou presencialmente no Centro Comunitário de Assistência Social da LBV, localizado na rua Alziro Zarur, 275 – Vila Manoel Sátiro, em Fortaleza. Telefone (85) 3484-3533. Para saber como está ocorrendo a entrega das doações, basta acessar as redes sociais Facebook (LBVBrasil), Yo u T u b e ( L B V B r a s i l ) e Instagram (@LBVBrasil).

Impacto na economia local Como forma de garantir o planejamento e o ordenamento territorial do calçadão, a Secretaria Regional II entregou, em junho deste ano, 1.342 autorizações aos ambulantes que atuam na feirinha da Beira-Mar. A reunião, que aconteceu no Náutico Atlético Cearense, teve como objetivo, assegurar a permanência de todos aqueles que já trabalham no local, mesmo no período da obra que não impactará no funcionamento do comércio ambulante. Durante o encontro, a Prefeitura de Fortaleza anunciou ainda que irá oferecer cursos de capacitações de empreendedorismo aos permissionários da região.

ESPAÇO

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PERCA PESO SINTA-SE BEM!

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Eleitor: nas eleições dê o troco nas urnas a quem votou contra você nesses 4 anos de mandato.


Economia/Política

Fortaleza/CE - Julho de 2018

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Confiança do Consumidor recua 6,1% em junho e atinge menor patamar em 18 meses, aponta indicador do SPC Brasil e CNDL 79% dos brasileiros acham que a economia do país está mal e 53% acreditam que a situação continuará ruim pelos próximos seis meses. Reflexo da paralisação dos caminhoneiros, 95% notaram aumento de combustíveis.

A recuperação econômica mais lenta que o esperado e a paralisação no setor de transportes impactaram de forma negativa o humor do consumidor brasileiro. Dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que houve uma queda de 6,1% no Indicador de Confiança do Consumidor no último mês de junho na comparação com maio. Com esse recuo, o indicador retrocedeu para 38,8 pontos, o que representa o mais baixo patamar desde janeiro de 2017, início da série histórica. Pela metodologia, o indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos demonstram o predomínio de otimismo, ao passo que abaixo de 50, o que prevalece é a visão pessimista. Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, mesmo com o fim da recessão, a confiança do consumidor encontra dificuldades para atingir resultados consistentes, tendo em vista o tímido crescimento da economia, que ainda não se recuperou das perdas acumuladas ao longo da crise e nem se reflete em melhora efetiva nos dados de emprego e renda. Em junho, o quadro foi agravado pela paralisação dos caminhoneiros ocorrida ao final de maio. “Ao chamar a atenção para a questão dos preços dos combustíveis, para a alta carga tributária e para a deficiência da matriz de transportes, o protesto reforçou a percepção negativa sobre a situação econômica, trazendo de volta a memória da crise. Esses são fatores relevantes que impactaram a queda da confiança”, explica o presidente. O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Cenário Atual, que caiu de 30,8 pontos para 28,9 pontos em um mês e pelo Indicador de Expectativas, que retrocedeu ao passar de 51,8 pontos em maio para 48,6 pontos em junho. 79% classificam como ruim atual momento econômico; 95% notaram alta no preço

nos combustíveis De acordo com o levantamento, em cada dez brasileiros, oito (79%) avaliam negativamente as condições atuais da economia brasileira. Para 18%, o desempenho é regular e para apenas 1% o cenário é positivo. Entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, a principal explicação é o desemprego elevado, citado por 67% dos entrevistados. Mesmo com a inflação sob controle, os preços considerados altos foram citados por 62% dos consumidores, assim como os juros, mencionados por 48%. Há ainda 30% de entrevistados que atribuem o momento ruim a desvalorização do Real frente ao Dólar. Já quando se trata de responder sobre a própria vida financeira, o número de consumidores insatisfeitos é menor do que quando se avalia a economia do Brasil como um todo,

mas ainda assim é elevado. De acordo com a sondagem,45% dos brasileiros consideram a atual situação financeira como ruim ou péssimo. Outros 45% consideram regular e um percentual menor, de 8%, consideram o momento bom. Dentre os entrevistados que trabalham, 29% consideram média ou alta a probabilidade de serem demitidos. Para 25%, o risco é baixo e 46% não temem ser dispensados pelos seus patrões. A pesquisa ainda mostra que o alto custo de vida supera o endividamento como o fator que mais pesa no orçamento das famílias: 45% e 21%, respectivamente. Questionados sobre o comportamento dos preços, 95% notaram aumento nos postos de combustíveis em relação a maio, ante 82% da sondagem anterior. Na avaliação da economista-chefe do

SPC Brasil, Marcela Kawauti, a expectativa é de que neste semestre a atividade econômica não reaja na intensidade necessária para melhorar os dados de emprego e de renda da população. “As projeções apontam para uma desaceleração no ritmo da retomada, que já era lento e ainda foi prejudicada pela paralisação dos caminhoneiros. Temas importantes como a agenda fiscal e as reformas estruturais foram perdendo força nos últimos meses e isso impacta as expectativas de forma negativa. Há ainda um componente imprevisível que são as eleições presidenciais”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. 53% dos consumidores estão pessimistas para os próximos seis meses da economia A sondagem também procurou saber o que os brasileiros esperam do futuro da economia do Brasil e descobriu que a maioria (53%) está declaradamente pessimista. Quando essa avaliação se restringe a vida financeira, no entanto, o volume de pessimistas cai para 19%. Os otimistas com a economia são apenas 11% da amostra, ao passo que para a vida financeira, o percentual sobe para 53% dos entrevistados. Para justificar a percepção predominantemente negativa com os próximos seis meses da economia, 65% citam problemas políticos e escândalos de corrupção, ao passo que 41% atribuem esse sentimento ao desemprego que segue alto no país. Já entre os pessimistas com a própria vida financeira, 69% demonstram incomodo com a elevação dos preços e 40% acham que a economia fraca impacta na sua vida particular. Em sentido contrário, tanto os otimistas com a economia quanto com a própria vida financeira não sabem explicar ao certo a razão desse sentimento positivo: 57% e 35%, respectivamente, não souberam apontar razões específicas e apenas acreditam que coisas boas devem acontecer nos próximos seis meses.

IBOVESPA rende 3 vezes mais que poupança, mesmo após queda O brasileiro sempre investe em produtos e momentos errados. Ele espera determinado ativo estar valorizado e compra no período de alta, quando deveria sempre comprar na baixa. Além disso aceita o que seu gerente da conta oferece, que quase sempre é apenas para bater a sua meta e vender algo que é bom apenas para a instituição financeira, como um CDB com baixa rentabilidade, por exemplo. Apesar de muita criticada pela sua remuneração, a poupança tem seu papel social, pois é o primeiro investimento feito pela maioria dos investidores. “É importante salientar que no começo da vida financeira o foco precisa estar em criar o hábito de acumular riquezas. O produto financeiro que será investido tem pouca importância para pequenas somas de dinheiro. Porém, depois, o investimento em renda variável precisa ser considerado, mas sempre com o foco no longo prazo, ou seja, aquele dinheiro que você não precisará resgatar numa emergência, pois poderá fazer esta retirada em um período de baixa e ter prejuízo”, explica André Bona, Educador Financeiro do Blog de Valor. Investir em ações ainda é um Tabu. No ano de 2000 após operações fraudulentas, a Bolsa do Rio de Janeiro fechou as portas e provocou pânico no mercado. Em 2009 com o derretimento da BMF&Bovespa, mais uma vez o brasileiro viu seus ativos caírem drasticamente. Para se ter uma ideia, uma ação da Petrobras que chegou a valer R$ 43,00, caiu para pouco mais de R$ 4,00 em 2016. Todos estes fatores fazem com que muitos investidores busquem ativos que tragam uma

segurança emocional, como a poupança. Entretanto, todos precisam entender que existe uma outra inflação, além da medida pelo governo. “Cada pessoa possui um custo de vida que em geral sobe bem mais do que a poupança medida pelo governo. Basta ver o plano de saúde, escola, combustível e alimentação. Portanto, se o dinheiro rende menos do que esta subida, ele estáperdendo valor, ou seja, ele comprará menos do que conseguiria comprar no passado. Isso significa que o investidor precisa correr um pouco de risco se quiser rentabilizar melhor a sua carteira e seu dinheiro não desvalorizar, isso inclui diversificar no mercado de ações”, ressalta

Fabrizio Gueratto, Educador Financeiro. O ano de 2018, mesmo com diversos acontecimentos contrários, como eleições, greve, não aprovação das reformas e instabilidade provocada por Donald Trump, o Ibovespa rendeu 22,16% nos últimos 12 meses contra 5,1% da poupança. “O Ibovespa teve seus momentos de desafio no ano, como na greve dos caminhoneiros e na inauguração do calendário eleitoral. Entretanto, a disseminação das incertezas não foi suficiente para fazer com que a rentabilidade deixasse de ser muito atrativa”, diz Pedro Paulo Silveira, Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos.

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SOLONÓPOLE: Prefeito Webston solicita instalação e perfuração de novos poços na zona rural

Dr. Ricardo Silveira e Prefeito Webston Pinheiro durante reunião na Funasa

O prefeito de Solonópole Webston Pinheiro esteve r e u n i d o c o m o superintendente da Funasa, Dr. Ricardo Silveira, no dia 17 de julho, solicitando a instalação e perfuração de poços na zona rural do município, que enfrenta o sétimo ano de estiagem. Na semana passada, uma equipe da Funasa chegou a trabalhar em três localidades: Sítio Barreto, onde a vazão do poço chegou a 1.500 litros/hora, Sítio Tigre, com estimativa de até 10.000 litros/hora e Marêtas, ainda em fase de conclusão. Também sob o comando da Funasa, no ano passado, foram perfurados poços no distrito de Pasta e na comunidade de Queimadas, com vazões de 800 litros/hora e 4.000 litros/hora, respectivamente. De acordo com o p r e f e i t o We b s t o n , a superintedência do órgão tem sido muito solícita às d e m a n d a s d o

município."Hoje não vim apenas apresentar pedidos, m a s a g r a d e c e r a o D r. Ricardo Silveira pela atenção que tem dedicado à nossa situação hídrica e o interesse em nos ajudar, repassando as nossas solicitações a Brasília. Também não posso esquecer do senador Eunício Oliveira, que está sempre em busca de soluções para a crise que enfrentamos". A solicitação de novos poços, incluindo perfuração e instalação de chafarizes, são para as comunidades de Genipapeiro, Forquilha, Paus de Leite, Iluminação, Nova Olinda, Cachoeirinha, Junco, Monte Real, Ramalhete, Algodões, Casa Nova, Bom Princípio, Vila Santo Antônio, Itaúna e São José da Boa Esperança. Já a instalação de chafarizes abrange poços das localidades de Alívio, Queimadas, Barreto, Paraná, Marêtas, Tigre e Córrego Fundo, na sede.

“Centrão” oficializa apoio a Alckmin

Na manhã da última quinta feira (26), o “Centrão” – bloco formado pelos partidos PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade – formalizaram apoio ao pré-candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB). O Centrão é composto, além do DEM, por aqueles pequenos partidos que nada têm de ideologia e sobrevivem barganhando cargos juntos ao Poder Executivo. São esses que apóiam o governo Temer e estão sempre com a mão estirada atrás de privilégios e nada agregam para melhorar a situação do pais. Foram eles que se uniram ao MDB e PSDB para derrubar o governo legítimo e popular da ex-presidenta Dilma Roussef. Taí o resultado. O governo mais impopular do mundo, que põe em prática a mais brutal política lesa pátria ao entregar as riquezas brasileiras ao capital internacional, ao desfazer as conquistas sociais que os governos implementaram com tantas dificuldades. Acobertados por um comprometido grupo de parlamentares que engavetaram a denúncia contra o presidente Temer e traíram a Nação. São eles que compõem a maioria do Centrão apoiando o candidato Alkmin - o governo da continuidade.


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Pesquisa/historia

Fortaleza-CE - julho de 2018

BNB 66 ANOS

Finanças da Câmara, ao projeto de iniciativa governamental que dá providências sobre a aplicação do saldo da execução orçamentária e destina um bilhão de cruzeiros do aludido saldo para pagamento de processos de exercícios findos, e um bilhão para o pagamento de créditos especiais abertos, autorizados ou a autorizar. O representante cearense valeu-se desse projeto do Governo para salvar mais de 180 milhões de cruzeiros para obras contra as secas”.

Cada vez mais ativo

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Tamanho, quando se avalia a estrutura de uma corporação, é documento, sim! E idade, ainda mais. Principalmente quando a sua história é de luta, esforço, competência e resultados. Bons resultados regionais e nacionais. 65 anos não são somente seis décadas e meia, é a vida de uma Instituição que nasceu e se desenvolveu, marcando uma trajetória que se confunde com a própria evolução do Semiárido brasileiro, e a vida de homens, famílias e comunidades que no passado, somente conheciam a tragédia.

Pesquisa de Rogério Morais Há 66 anos, a vida nordestina, para a grande maioria de sua população, era somente de subsistência, e quando haviam boas chuvas. Quem imaginava as belas e poderosas – economicamente - capitais da região, entre elas Fortaleza, situada exclusivamente no JequitinhonhaJequitinhonhaJequitinhonhaseminário, onde está a sede do Banco do Nordeste do Brasil – BNB. Qual o Profeta sertanejo, entre centenas, há quem viu o “Sertão virar mar e o mar virar sertão”, que poderia prever o prever o solo sertanejo se transformar em frutas, peixes, camarão, mel, castanha, rosas e flores, cocos, leite; açudes, casas, prédios e fábricas; ruas, avenidas e estradas; e uma população de milhões de pessoas que nele planta, colhe, transforma, produz e consome, superando as adversidades climáticas e econômicas. Depois de completar 66 anos de atividades, ainda mais ativo e jovem, a REVISTA “COCO É VIDA” foi procurar os motivos de tanto vigor dessa instituição brasileira. Fomos encontrar em jornais antigos, alguns quase impossíveis de manuseio, de tão antigos, o início da sua história,

lio Vargas. O Governo Vargas, através de relatórios de seus Ministros, já tinha plano de criar a instituição, como medida para combater os efeitos da seca de 1951. A nova empresa teria as atribuições de dar assistência às populações residentes no chamado Polígono das Secas, grande parte do território brasileiro (todo o Nordeste e norte de Minas Gerais), atingido periodicamente por anos sucessivos de chuvas abaixo da média. Atualmente a atuação do BNB atinge cerca de 2 mil municípios, abrangendo toda a área dos nove estados da Região Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia), além do Norte de Minas Gerais (incluindo os Vales do Mucuri e do Jequitinhonha) e o Norte do Espírito Santo. Ações redobradas Somente a vontade política do Governo não foi suficiente para a garantia de criação do banco ainda no ano de 1952. O País não passava por uma fase política e Antiga Sede do Banco BNB na Rua Major Facundo nos anos 50 (Foto arquivo Nirez)

da sua criação e da sua estrutura administrativa, econômica e financeira. Larga envergadura No Jornal “Correio do Ceará”, de 11 de junho de 1952, edição nº 1260 (quarta-feira), em sua última página, o título destaca: “Um dos pontos básicos para o desenvolvimento da nossa região. Criação Imediata do Banco do Nordeste”. Em um texto do jornalista correspondente Temístocles de Castro e Silva, as chamadas anunciam: “Agitamse as Associações Comerciais. Quatorze recomendações de alta importância na “mesa redonda”. Campanha de Larga Envergadura”. E o jornalista escreve, direto do Rio de Janeiro, então capital do País: A mesa redonda das Associações Comerciais do Norte e Nordeste, pelas conclusões a que chegou, poderá proporcionar, sem dúvida, um sensível impulso à economia dos Estados dessas

regiões, caso o Governo se disponha a atender às suas reivindicações. Todos os problemas que afligem atualmente a economia do Norte e Nordeste foram objeto de prolongados debates por parte das delegações na mesa redonda, através dos quais uma conclusão ressalta à primeira vista: As duas regiões vivem à margem do amparo federal. Esta, pelo menos, é a conclusão que se pode tirar da série de recomendações que a mesa redonda decidiu formular ao Governo, às quais pode este repórter antecipar, posto que acompanhou todas as discussões. 1. Aumento dos limites de operações de crédito geral e de créditos agrícolas e industriais nas agências do Banco do Brasil; 2 Criação imediata do Banco do Nordeste, de conformidade com o projeto do Poder Executivo encaminhado ao Congresso. O jornal reproduz as 14 recomendações “de alta importância” para o Nordeste. 2. O Banco foi criado em 19 de julho de 1952, pela Lei Federal nº 1649, assinada pelo Presidente Getú-

Publicação de jornais antigos (Fonte arquivo Público)

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Há apenas uma diferença: Não temos organização bancária mista, atuando no setor. Mas acredito sinceramente que, no caso brasileiro, elas serão muito eficientes.... econômica que desse amplo respaldo ao Governo Federal nesse sentido, em prol de uma região pobre. Os Estados do Sul e Sudeste também tinham as suas solicitações encaminhados ao Presidente. E o banco, tecnicamente, só poderia ser criado com recursos garantidos para as suas operações de crédito. Ainda no mês de julho de 1952, no dia 18 desse mês, véspera da assinatura da Lei Federal de criação do banco, o Jornal Correio do Ceará, edição nº 12.606, destaca a seguinte manchete na “cabeça” da primeira página: “De uma emenda do Deputado Paulo Sarasate. SALVOS DE DEGOLA CERCA DE 180 MILHÕES DEVIDOS AO NORDESTE. Revelações: (Narra o jornalista Temístocles de Castro e Silva): Estava em grave perigo a criação do Banco do Nordeste. Nem ao menos em “restos a pagar” foram inscritos saldos orçamentários de 2 anos, para combates a seca. Rio (Agência Meridional) - Os deputados do Nordeste andavam preocupados, de há muito, com o montante exato das importâncias recolhidas ao chamado Fundo das Secas, por conta da dotação constitucional prevista no parágrafo único do art. 198 da Constituição Federal. As informações prestadas oficialmente pelo Ministério da Fazenda, indicavam que o aludido Fundo se esgotara totalmente em dezembro, em face das despesas... para combater a seca do ano passado.”. Ainda na mesma matéria, o repórter alerta que somente no ano seguinte seria possível o recurso, e acrescenta: “A SOLUÇÃO - A solução para o caso encontrou-a o Deputado cearense Paulo Sarasate, através de uma emenda que acaba de apresentar, na Comissão de

Instalação Ainda o Jornal Correio do Ceará, terça-feira, 7 de julho, de 1953, edição nº 12.895, anuncia, na sua página 8: “INSTALAÇÃO DO BANCO DO NORDESTE EM OUTUBRO EM FORTALEZA”. Informa, ainda, que o “deputado Sá Cavalcante, sobre o Banco do Nordeste, pronunciou o seguinte discurso: No programa de promoção do desenvolvimento do trato nordestino, figura, como um dos pontos altos, a instalação do Banco do Nordeste. Iniciativa feliz do Presidente Vargas, a instituição encontrou da parte do Congresso a melhor receptividade, tendo nesta Casa e no Senado as bancadas dos Estados do Polígono das Secas assumido a vanguarda dos debates em torno da matéria, a ponto de haver tido andamento rápido a proposição governamental hoje transformada em Lei. De um capital inicial de cem milhões de cruzeiros, dos quais 70% de obrigação do Tesouro Nacional, o banco teve retardada a sua instalação, realmente em face da difícil situação das finanças federais....” Jornal Unitário, 29 de janeiro de 1954. Escreve na última página: Entrevista coletiva do Presidente do BNB, Rômulo de Almeida. Prever funcionamento do BNB dentro de 60 dias. Anuncia Edital do Concurso, fala do prédio. Colaboração Técnica Correio do Ceará, sábado, 10 de julho de 1954, edição nº 13.194, anuncia na última página: Vem para o Ceará um técnico NorteAmericano. PARA O BANCO DO NORDESTE O ECONOMISTACHEFE DO T.V.A. JÁ SE ENCONTRA NO RIO, SR. ROBOC. Declarações aos D.A. (Diários Associados)

Logomarca do BNB criada pelo Nirez na década de 50 quando trabalhava como desenhista no jornal o Povo.

Como o povo nordestino, um banco de história e lutas, muita garra e conquistas. A Associação Comercial do Ceará se orgulha de fazer parte dessa história!

Publicação de jornais antigos (Fonte Arquivo Público)

Rio (Meridional) – Encontra-se no Rio o Sr. Stefan Robock, economista – Chefe do Tenessee Vallery, Authority, que veio ao Brasil trabalhar junto ao Banco do Nordeste e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, como enviado da Organização das Nações Unidas”. “Falando à nossa reportagem, o Sr. Robock declarou-nos que a T.V.A. tem hoje no mundo um projeto tão grande que são numerosos os países que lhe pedem emprestados os seus técnicos, para uma colaboração desinteressada e eficiente. “Isto se verificou na Comissão do Vale São Francisco e na Índia, onde estão sendo utilizado os planos e as experiências dos Estados Unidos, em vinte anos de atividades neste setor. ... ... Recebemos, lá no Tennesse, a visita de dezenas de pessoas interessadas na observação desses projetos. Ficam dias e às vezes meses observando os trabalhos do vale. O mesmo acontece com jornalistas, engenheiros, educadores e geógrafos brasileiros... ... O Sr. Stefan Robock falou-nos, em seguida, sobre a importância de um banco como o do Nordeste para o desenvolvimento de uma região que tanto necessita de créditos e investimentos no seu trabalho e produção; “É uma solução realmente inteligente esta de encarar o problema do ponto de vista regional. Em vários países, e também nos Estados Unidos (New England. Far West. Middle Est) esta solução tem sido adotada. ... ... Há apenas uma diferença: Não temos organização bancária mista, atuando no setor. Mas acredito sinceramente

Mais do que uma Instituição Bancária. A FACIC parabeniza o BNB que gera oportunidades e contribui para o desenvolvimento do Nordeste!

que, no caso brasileiro, elas serão muito eficientes.... A INICIATIVA DOS PLANOS ...Entendo que o Banco do Nordeste, pelas suas condições, finalidades e características de ter a iniciativa dos planos em todas as questões de investimentos, pode ele agir numa espécie de integração de atividades com outros organismos que atuam na região, como a Companhia Hidroelétrica do São Francisco – CHESF, o Departamento Nacional de Obras Contras as Seca – DNOCS, etc. Não deve ficar numa situação passiva, limitando-se a receber os projetos e aplicar o dinheiro. Felizmente, a tendência dominante no Banco, pelo que vejo, é a de atuar diretamente em todos os pontos da região nordestina, a fim de cumprir a sua missão. Esta é a impressão que tenho podido recolher nos meus contatos com os Srs. Rômulo de Almeida e Cleantho de Paiva Leite.

Um banco que nasceu, fez história e cresceu com o povo nordestino. Parabéns pelos 66 anos dedicados ao fortalecimento do crédito Amigo e o desenvolvimento do Ceará e de toda Região Nordeste!


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Agronegócio

Agronegócio: mais evidências da importância do agro na economia O Brasil é o hoje o maior exportador mundial de carne e ocupa posição destacada na produção de grãos.

Após dois anos de queda no valor total das exportações, o ano de 2017 se mostrou o ano da recuperação para o agronegócio brasileiro. O saldo positivo da balança comercial nos últimos anos mostra claramente a recuperação da economia brasileira. Em 2014, o montante exportado foi acima de 225 bilhões de dólares, caindo para 191 e 185 bilhões de dólares nos anos de 2015 e 2016, consecutivamente. Essa queda ocorreu em anos em que houve uma das maiores taxas de câmbio, com o dólar atingindo patamares de R$ 4. De acordo com José Fabiano da Silva, membro do Comitê Macroeconômico do ISAE – Escola de Negócios, no ano passado, o país exportou um total de 217,74 bilhões de dólares, com o empresariado retomando a produção visto a melhora nos níveis de confiança tanto industrial como do consumidor. “No que tange ao comportamento do agronegócio, observamos o aumento do percentual da participação brasileira nas exportações, mostrando a força do setor e a importância na integridade das contas nacionais”, explica. Nos anos de 2015 e 2016, houve quebras nas safras de milho e de soja, dois dos maiores contribuidores para o saldo positivo. Para silva, essa quebra de safra reduz a oferta total do produto e, consequentemente, seu saldo exportável. "No ano de 2017 tivemos recorde de produção tanto para a soja quanto para o milho, e marcamos também novos

Francisco Marcelo Rodrigues Bezerra, Presidente da Conab e Maurício Antônio Lopes, Presidente da Embrapa

recordes de exportação para os dois produtos, fato esse que também impulsionou a balança comercial, principalmente frente à China”, comenta. A estratificação das exportações do agronegócio pode ser dividida em dois segmentos: produtos de origem animal e de origem vegetal. “É possível observar que dois elos da cadeia do agronegócio que se relacionam diretamente e de forma dependente contemplam praticamente 50% de todas as exportações do agronegócio: a cadeia produtiva de grãos e de carnes. Não menos importantes, os demais setores do agronegócio contribuem significativamente para a balança comercial, porém foi por meio dos grãos e da produção de carne que

houve a maior expansão do agronegócio brasileiro nos últimos 10 anos”, expõe José. Hoje, o Brasil tornou-se o maior exportador mundial de carnes. E no quesito produção de grãos, o país ocupa posição destacada com milho e soja, 10% e 30% da produção global respectivamente, ocupando a segunda posição, abaixo dos EUA e a frente da Argentina. “Assim como os Estados Unidos, o Brasil tem o ciclo virtuoso do agronegócio com autossuficiência na produção da matéria prima para produção de carnes, ocupando orgulhosamente a posição de segundo maior exportador de grãos e maior exportador global de carne”, completa o especialista.

Agricultores têm opção simples, barata e eficiente para cultivar pequenas áreas improdutivas Celebrando o Dia do Agricultor, um sistema simples e barato ajuda pequenos agricultores do semiárido a cultivar sem desperdício de água. Batizado de Mudas, o projeto criado pelo empreendedor e técnico em Agronomia Kevin Brasil, é um sistema de irrigação que combina duas tecnologias: uma de irrigação de baixo custo e alta eficiência aliada a um sensor de umidade do solo. A ideia que surgiu em Iguatu, no Ceará, já foi testada com quinze famílias de produtores que vivem no semiárido que agora plantam diferentes tipos de hortaliças em terrenos que antes eram improdutivos. O investimento para o agricultor é baixo: o custo médio é de apenas R$ 8,07. O sistema ajudou a aumentar a renda média mensal de cada família em aproximadamente R$800. Simples de ser replicado em pequenas comunidades, o projeto foi um dos escolhidos pela água mineral AMA para participar da “Aceleradora AMA – Inovação para Acesso à Água”, uma aceleradora de negócios sociais com soluções inovadoras de combate a falta de água no semiárido. Assim, Mudas poderá ajudar na geração de renda e de alimento para as famílias beneficiadas por AMA, a água da Cervejaria Ambev que usa todo seu lucro para construir sistemas levam água para as comunidades da região.

Agricultor, a mais nobre das profissões

Projeto Mudas (Foto: divulgação)

AMA - a água mineral que leva água para quem mais precisa (Foto: divulgação)

Kevin Brasil (Foto: divulgação)

Alysson Paulinelli, ministro da Agricultura entre 1974 e 1979, considerado o pai da moderna agricultura brasileira, costuma dizer que “o interior do Brasil já foi conhecido como terras-de-fazerlonge, ou terras que mais serviam para aumentar distâncias que para produzir progresso”. É seu jeito de lembrar o Brasil de pouco mais de quatro décadas atrás, marcado pela imensidão inóspita da savana tropical, de solos ácidos, pobres e degradados – “um vazio a se perder no horizonte”, conforme lembra. Sem saber de que forma domar grande parte das suas terras para a agricultura, o Brasil era obrigado a comprar lá fora um terço dos alimentos de que precisava, e colocar comida na mesa custava perto de 45% da renda das nossas famílias. Ciência e empreendedorismo mudaram radicalmente essa realidade. Tecnologias de manejo transformaram nossos solos pobres em terra fértil. A tropicalização dos cultivos, com ciclos diferenciados, nos permitiu aproveitar terras em todas as condições climáticas. Os manejos e as práticas sustentáveis que desenvolvemos se tornaram um arsenal de defesa ambiental. Com dinamismo empreendedor, os agricultores brasileiros souberam combinar esses conhecimentos e tornaram as safras do Brasil essenciais para a segurança alimentar do País e do mundo. A produção brasileira de grãos saltou cerca de 400% nos últimos 40 anos, enquanto a área efetivamente semeada aumentou apenas 40%. O resultado é que hoje a população brasileira não gasta mais do que 13% de sua renda em alimentação, e o país se tornou também um grande player de exportação mundial. A ciência e os agricultores brasileiros são reconhecidos e celebrados em todo o mundo também por isso. Para comemorar os 100 anos da criação do Ministério da Agricultura, o presidente Juscelino Kubitschek determinou, em 1960, que 28 de julho passasse a ser comemorado o Dia do Agricultor. Nada mais justo que eleger um dia para se reverenciar o trabalho árduo, a dedicação, a perseverança e o compromisso desses brasileiros que cumprem uma das funções mais nobres na sociedade – alimentar as pessoas. E o fazem tendo que enfrentar múltiplos fatores incontroláveis, como o clima, as pragas e as incertezas dos mercados. Se já era importante homenagear os nossos agricultores nos anos 1960, reconhecê-los e encorajá-los hoje é um imperativo, considerando a importância que a agricultura ganhou para a economia e a sociedade brasileira. Os agricultores estão entre os principais geradores de riquezas

para o Brasil. A agricultura no Brasil contribuiu com 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2017. No mesmo ano, nossos agricultores ajudaram o Brasil a exportar o equivalente a U$ 96 bilhões em produtos agropecuários para mais de 150 mercados ao redor do globo. As fazendas brasileiras produzem o suficiente para alimentar quatro vezes a nossa população, ou mais de 850 milhões de pessoas ao redor do globo. Entre 1997 e 2017, os agricultores contribuíram com a exportação de incríveis 1,23 trilhões de dólares, fazendo da agricultura o setor que mais impactou a balança comercial e a geração de riquezas no País. A partir do esforço dos nossos agricultores — sejam eles grandes, médios ou pequenos —, milhões de empregos são gerados diretamente no campo e, como numa reação em cadeia, em um sistema de negócios e indústrias que, por sua vez, envolve fornecedores de insumos e serviços, a indústria transformadora de alimentos e fibras, o sistema de armazenagem e transporte, máquinas e equipamentos, até as indústrias de laticínios, bebidas, frigoríficos, tecelagens, atacadistas, supermercados e distribuidores de frutas e hortaliças frescas, entre muitos outros. Por causa da grandeza e diversidade da nossa agricultura, o homem do campo exerce enorme impacto no emprego nas cidades e no comércio em todos os rincões do Brasil. Olhando adiante, em um horizonte até 2050, quando teremos que dobrar a produção de alimentos, muito mais será exigido dos agricultores, pequenos, médios e grandes, todos essenciais para a intensificação do uso das terras já destinadas à produção, além de expansão das fazendas, com rigoroso balizamento na sustentabilidade. O Brasil tem enorme potencial para ampliar sua produção de alimentos em virtude das favoráveis condições climáticas, da topografia relativamente plana e de uma grande disponibilidade de áreas aptas a múltiplos empreendimentos sustentáveis. Por isso, será essencial assegurar que os agricultores brasileiros disponham de meios para seguirem sendo ousados, empreendedores e bons administradores da terra, fornecendo alimentos saudáveis, seguros, culturalmente adequados e acessíveis para todos. Promover condições de vida dignas aos agricultores, aos trabalhadores do campo e suas famílias, além de proteção aos recursos naturais, é um imperativo em um país com clara vocação agrícola como o nosso Brasil. Com agricultores motivados e fortalecidos, o campo brasileiro seguirá contribuindo para a construção de um conceito de País contemporâneo, focado no uso inteligente dos recursos naturais, na regularidade do abastecimento, no progresso e no bem-estar das pessoas, e na segurança alimentar e nutricional, que contribuirão para a paz em âmbito global.


Cultura

Fortaleza-CE - Julho de 2018

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VI Congresso de Escritores, Poetas e Leitores do Ceará Com o tema "O Nordeste como Berço da Cultura Popular Brasileira", o Congresso de Escritores, Poetas e Leitores do Ceará tendo à frente o Grupo Chocalho, presidido por Auriberto Cavalcante, realizou sua sexta edição nos dias, 24 e 25 de julho. O evento aconteceu na Casa de José deAlencar. As comemorações são alusivas aos 34 anos de fundação do grupo cultural, bem como ao Dia do Escritor (25 de julho). Foram realizadas palestras, lançamentos de livros e exibição de filmes. "Os filmes exibidos foram dois filmes do Rosemberg Cariry, que são O Caldeirão de Santa Cruz do Deserto (1986) no dia 24; e, no dia 25, Patativa do Assaré - Ave ou Poesia (2007). Além disso, participou o neto do Parsifal Barroso (um dos homenageados da edição), Igor Queiroz Barroso, e também foi feita uma homenagem a Belchior". A Professora Izaíra Silvino fez a abertura solene entoando parte do Hino Nacional e declamando versos de Olavo Bilac e Patativa do Assaré, acompanhada pelo violão de Alexsandro de Oliveira, poeta. Logo em seguida, foi convidada a discursar a presidente da Editora Karuá, Reijane Nascimento; em seguida, os autores presentes: Eduardo Cruz, poeta popular, que declamou poema em alusão à mulher; Alexsandro confessou que escrever “Em tempo de Eros” foi um desafio, porque não costuma escrever de forma tão direta sobre o amor; Aldo Anísio, do projeto Cordel Vivo, que em agosto publicará seu primeiro opúsculo; Milton Aguiar, poeta e ator, com dois livros infantis no prelo. Destaque para a presença de Érica Amorim, Primeira Dama do município de Caucaia. Logo após, a mesa foi composta com a presen-

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O empresário Igor Queiroz Barroso e o jornalista Luís Sérgio Santos foram homenageados pelo Grupo Chocaho pelos relevantes serviços prestados para cultura noestado do Ceará.

ça dos professores e membros da Academia Cearense de Letras: Juarez Leitão e Batista de Lima. Coube ao segundo discorrer (e o fez de forma criativa) sobre “A formação da literatura cearense”. O professor relembrou a importância de José de Alencar para a nossa literatura; citou dois grandes elementos da literatura nordestina: a seca e o fanatismo religioso; teceu uma linha de pensamento usando os fios da sociologia presentes nas obras de Gilberto Freyre e Euclides da Cunha. Relembrou Canudos e traçou um paralelo com o Caldeirão; enfatizou a inteligência de Padre Cícero ao buscar se aliar aos coronéis de então para derrotar Franco Rabelo... O professor Juarez dava sua contribuição como historiador, ora relembrando detalhes, como quando falaram sobre as aventuras de Virgulino Ferreira, o Lampião, e as contribuições do cangaço para a literatura nordestina. Cheguei a visualizar a morte de Dra. Érica Amorim e Samya Abreu (sete anos u m a d a s mulheres declamou um cordel que emocionou a platéia. do bando d e L a mpião, Lídia, q ue foi HOMENAGEADOS m o r t a brutalmente acusada de trair o cangaceiro Zé Baiano. O professor Batista lamentou a falta de leitura hoje, mas logo trocou a queixa por uma partilha generosa de como se deve ler “Os Sertões”: primeiro leia 'A luta' e você vai querer saber quem era essa pessoa tão corajosa e coerente – então leia 'O homem', e então terá curiosidade por saber onde se passou tudo isso... lerá 'A terra'. O professor Batista de Lima indicou “A fome”, de Rodolfo Teófilo a quem deseja entender a literatura nordestina. A segunda apresentação foi do professor Junior Camilo Santana Pasifal Barroso Bonfim que, de forma eloquente, falou sobre a poesia de José Coriolano, nascido em Vila Príncipe Imperial, hoje Crateús, mas que naquele tempo (1829) pertencia ao Piauí. Destacou o amor do poeta pelos animais, em especial por um touro sobre o qual escreveu “O touro Fusco”, em 1856. Falou um pouco sobre a luta da Academia de Letras de Crateús em apresentar para o povo e, em especial, a juventude, esse poeta que morreu com menos de 40 anos, mas deixou sua marca contundente na literatura cearense. A manhã terminou Ana Nogueira Anízio Melo com o convite do anfitrião para o almoço.

HOMENAGEADOS

Foi no pino da meia noite ao te ver dormir despida de te me aproximei. Num toque sutil...

Belchior

Eunício Oliveira

O povo não se conforma mais com isso. E esse grito de hoje é um grito em favor da Família, Educação e Cultura FEC e de toda Nação Brasileira! Esse grito em favor da libertação de um povo que precisa se desenvolver, que precisa ser respeitado. Respeitem-nos, invistam na Família, Educação e Cultura!”(FEC) Precisamos lutar de mãos dadas para fazer com que nossos políticos tenham consciência de que estamos vivendo um caos em todos os setores da sociedade. Empresas falindo, pais de família desempregados, muitas pessoas sem ter o pão de cada dia, tudo causado por uma política socioeconômica, cultural e educacional fracassada por desinteresse de uma sociedade justa. Basta de enganação, de maldades, tortura, falta de ética, de consciência e responsabilidade para que a nação siga em frente conforme falou o nosso presidente da Academia Cearense de Letras –ACL, UbiratanAguiar.

Roubei-te beijos Roubei-te ardentes desejos Roubei-te afagos e carinhos Roubei-te sonhos eróticos Roubei-te o sexo. Por não ter conseguido roubar-te o amor....

Fabiano Piúba

Igor Barroso Queiroz

Peço-te perdão

Luiz Sérgio Santos

Lidaerson Pontes

Hoje pago a minha pena enclausurado numa prisão de recordação e melancolia. António Matos Poeta do dia e da noite

INFÂNCIA Rita de Cássia Marcelo Lavor

Roberto Moreira Instituto Antropológico do Ceará

Museu do cajú

Roberto Pessoa

Projeto: Família, Educação e Cultura (FEC) 2018 Projeto idealizado pelo Ex. secretário de Educação do Ceará, Ubiratan Aguiar. Conforme disse Ubiratan Aguiar: “Nós só podemos considerar como povo, aquele grupo de pessoas que sonha que tem projetos e ideias comuns”. Isso se chama cultura. A cultura é a unidade de todos. Os sonhos nascem de nossas raízes, se renovam de nossas ideias. Com esses sonhos, nós seremos uma nação. E uma nação se constrói com uma família ajustada, com educação que prepara para a vida e com a cultura que sedimentam todos os sonhos. Então isso é o que nós buscamos no Brasil? A cultura, para se ter uma ideia como ela é tratada, ela é a última colocada nos orçamentos da República, na maioria dos Estados e Municípios. Então, é para o povo não ter cidadania? O que foi que nós conseguimos com tudo isso? Corrupção!Ausência de ética, de moralidade! Nosso povo é isso?!

PRISIONEIRO DO AMOR

PROGRAÇÃO Local: Teatro José de Alencar, Data: 08 de Agosto de 2018 Horário: 19h. , teremos várias atrações. Apoio ao FEC: Colegiado de presidentes de Academias e Entidades Culturais e Científicas do Ceará Governo do Estado do Ceará Prefeitura Municipal de Fortaleza Cearense Academia Cearense de Letras – ACL Associação Cearense de Escritores – ACE Câmara Cearense do Livro – CCL Associação Brasileira do Livro -ABL Federação das indústrias do Ceará -FIEC Federação do Comércio – FECOMÉRCIO Banco do Nordeste do Brasil –BNB

A vida arriscada tantas cicatrizes, Cadeiras, calçadas moradas felizes, Quintais da memória rios invernadas, Muçambês passaradas pios alvoradas, Domingo é de festa de crença e igreja, Os sinos badalam chamando os fiéis, O tempo de menino não joga papeis, Soltando a linha pipa sacoleja. Brincadeira escola tudo tem alegria, Marcada a hora o dever se fazia, Liberdade já vinha na bola de meia, Os amigos chegavam cortavam a tela, Foi tudo bem rápido a mente perdoa, As brigas, intrigas infância tão boa; Coreto tocando, a praça animada; Saudades, lembranças sentia a estrada. Abdon Melo

DANÇAMOS Na verdade A vida é uma festa. Uns tocam Outros cantam. Mas a maioria dança E dança feio. José Mário Dias


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Fortaleza-CE - Julho de 2018 Fortaleza-CE Fortaleza-CE -- Março Março de de 2013 2013

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Esporte

Fortaleza-CE - Julho de 2018

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Barbalha conquista o titulo da Série B cearense 2018 Viva La França. Viva o Barbalha. No dia 24/06/2018 venceu o Guarany de Sobral por 3 x 1 e foi campeão cearense de 2018 da Série B, até chegar ao jogo decisivo, o clube da cidade de mesmo nome, no vale do Cariri, foi fundado em 2002 e já conquistou a Série C em 2007. Na primeira fase, num grupo de 10 equipes, a Raposa dos Verdes Canaviais ficou em terceiro lugar com 18 pontos, cinco vitorias três empates e uma derrota. Entre os principais êxitos dessa fase inicial, podemos colocar as vitórias de 1 x 0 sobre o Icasa, logo na estréia, 2 x 1 sobre o Itapipoca, e 3 x 0 sobre o Aliança. Já na segunda fase em um grupo de seis equipes, o Barbalha liderou com 10 pontos, com três vitorias, um empate e uma derrota, a principal vitória dessa fase foi de 3 x 0 no Pacajus fora de casa. Nas semi-finais o Barbalha enfrentou o verdão do Cariri, no Romeirão e empatou em 1 x 1, no jogo de volta, no InaldoLirio Callou venceu por 3 x 1 e garantiu a vaga na grande final. No primeiro jogo de ida da final no junco, no dia 20/06, a partida não passou de 0 x 0. Já na grande decisão que levou o Barbalha ao sonhado titulo do estadual cearense da segunda divisão de 2018,a

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Ceará venceu Sport e quebrou jejum de 100 dias sem vitórias, a última foi na final do Campeonato Cearense de 2018 quando venceu o Fortaleza por 2 x 1.

Raposa do treinador, Washington Luiz foi a campo com Rafael, Valclicio, Anderson, Sobral, Olavio, Elves, Dedê, Guidio, Otacílio Neto, Netinho, Romário, Cleber. Dava para notar ai que tinha alguns jogadores que disputaram o Campeonato Cearense da primeira divisão esse ano junto com treinador pelo Iguatu. Já o Guarasol veio para partida com, Alex, Eduardo, Cláudio Caça Rato,

Ricardo, Pedrinho, China, Zé Augusto, Darley, Batuta, Alan e Índio. Quem marcou primeiro foi o Barbalha com Cleber depois de falha da zaga e do goleiro Alex. Aos 35° do primeiro tempo. Aos 7 da etapa final de novo Cleber deixou sua marca, que repetiu ela terceira vez na partida aos 16° depois de um cruzamento dentro da área. Antes aos 10° Índio havia descontado.

Nessa edição, in memorian, uma revisita à história com a revista Super Leão 76, com o editor-chefe da época, Blanchard Girão, e pesquisa de Luciano Santos e diretor responsável Airton Farias Rebouças Logo no texto nas costas da capa: “A Estranha Moral do Futebol”, onde o autor reclama de que o Ceará em 77 na busca do tricampeonato estava mais politicamente posicionado para inclusive influenciar na comissão de arbitragem: “a torcida tricolor já fez o teste e notou que para maiores cuidados seus, os ventos estão bafejando os terrenos de Porangabussu... está com o controle da Federação de Árbitros e da maioria do Tribunal de Justiça Desportiva”. O texto também cita que no futebol, se difere da vida comum: “futebol é essencialmente uma paixão. Uma forma de amor alucinante. Se alguém se detiver na analise substancial do futebol verificará que ele está para o homem moderno, como a luta dos gladiadores para os da antiga Roma. Na luta entre duas camisas, abrasam-se os instintos, cegam-se os elementos racionais, extinguem-se o bom senso, a tranqüilidade, o equilíbrio”. No editorial, “Um clube sem complexo”, o texto fala sobre a maneira de Airton Rebouças comandar o clube, acusado por alguns com mão de ferro, mas que segundo a opinião, ele abre dialogo com Fluminense, Bahia, São Paulo, Internacional, com o objetivo não só de engrandecer o leão, mas o futebol cearense como um todo, em uma metrópole de 1 milhão e 200 mil habitantes. Fala também da impulsividade do presidente que age às vezes sem planejar nada, como chegar ao aeroporto e do nada comprar uma passagem e fazer uma viagem e contratar algum jogador. “Airton é assim. Porém trabalha. Não é torcedor de gabinete fechado. Vai para campo. Já está até processado porque perdeu o controle e foi em cima de um arbitro que conduziu mal na direção de uma partida contra o Ceará”. Já a primeira matéria de destaque na página sete da revista Super Leão 7, O Rei da Sorte, “Bibi – o porte, o estilo, o sangue do pai”. Fala do filho do jogador Didi, conhecido pela “folha seca”, no texto destaca a contratação do jogador vindo do Nacional de Manaus, Bibi com 27 anos e com passagens no Atlético (MG), no Fluminense e no futebol venezuelano. Ele no começo não tinha agradado. “Muito lento, comentavam alguns, não marca comentavam outros. Mas a contusão do ídolo Lucinho, fez Bibi titular, uma, duas, três partidas e o rapaz perdeu a inibição. Começou a fazer gols”. No quadro “Ídolos do passado”, destaque para “Jorge Sabia, o segredo de parar

um ponta esquerda”. Atuou no futebol cearense entre 1943 a 1950, primeiro pelo Maguari, depois pelo Fortaleza, quando veio fazer o tiro de guerra e Mozart Gomes o levou, para jogar em um time formado de atletas militares. Na página nove, “Doca, a última lembrança do Usina”, destaca um jogador folclórico que ficou marcado por acertar a placa de publicidade do PV, no cachorrinho do guaraná Wilson. Depois se tornou dono de bares no PV e Castelão. Paraibano, Doca jogou no Atlético de Cajazeiras, Campinense, Usina, Ceará e Fortaleza, marcando gol no Náutico Capibaribe. Na página 12, “No tempo das seleções cap. VI, o Rio Grande do Norte, a vitima, Pernambuco, sempre o algoz”. A seleção cearense entre 1939 a 1948, contava com Piolho, Jombrega, Stênio, Zésergio, Idalino, França: que fez cinco gols, na goleada de 10 x 0 sobre o Rio Grande do Norte e Juju. Na página 14: “juiz: palavra proibida no futebol”, o texto fala da mudança das leis nacionais que permitia apenas magistrados, o titulo de juiz e o homem de preto, seria chamado agora de apitador, mediador, arbitro ou soprador de apito, no texto ainda cita uma mulher Léa Campos que foi a pioneira em apitar jogos de futebol. Na página 16, uma matéria interessante para quem hoje coleciona figurinhas da Copa do Mundo Fifa. Em 1939, existia um álbum do Campeonato Cearense, “Álbum dos teans, gloriosos do Ceará, na disputa do Campeonato de 1939 – 2° grande concurso desportivo. Lançado pela tabacaria Cascatinha da Praça do Ferreira, 118”. 90 figurinhas de 77 titulares e 11 reservas. O Ceará foi o campeão em 1939. “Galeria dos Grandes Tricolores: Abdi-

as Veras” destaca a história do sobrinho de Carlos Rolim. Abdias era formado como engenheiro civil, no tricolor do Pici, foi de tudo um pouco, adjunto de tesoureiro, presidente do Conselho Deliberativo, foi vice-presidente do clube na gestão de Otoni Diniz, ajudou na conquista do bi-campeonato Cearense de (59/60), além de ser vicecampeão brasileiro e novamente bi (64/65), e de outros títulos como diretor de futebol,67, 69, 73 e 74. “Mais uma cria das escolinhas: Jair a torcida já aprendeu a confiar no pequenino...” essa matéria destaca esse jogador que nessa época tinha 20 anos e já se destacava como lateral direito, e vinha da fábrica do Pici, passou pelas mãos do treinador do juvenil Mozart, era de Fortaleza e morava na Rua: Princesa Isabel. Outra matéria que merece destaque: “Contratar ou formar jogadores: eis a questão”. “Se você fosse presidente do Fortaleza, reservaria maior verba para os setores básicos de formação ou investiria em grandes contratações? Este é um tema em voga. Há os que afirmam que o futebol cearense está morrendo, porque os clubes só pensam em trazer jogadores de fora, quase todos em declínio. Mas existem os que advogam as contratações, sob vários argumentos, principalmente a motivação das torcidas, que são imediatistas”. No texto a opinião de Raimundo Alexandre, Luciano Frota, Otoni Diniz, Francisco Alves, Raimundo Alexandre, Vilca Gondim e José Feliciano de Carvalho. Ainda tem uma página que mostra a premiação da revista, a gente da capital e do interior, com prêmios de tevê, carros como corcel, Chevette, viagens de férias a Salvador. E na crônica de Ronald Proença: o destaque para a busca da revista de contar a história do futebol cearense e não somente do Fortaleza. “nosso propósito é prestar uma colaboração aos futuros historiadores. Esta revista deixa de ser, portanto, um veículo de exclusiva promoção do Fortaleza – seus feitos e suas glorias- para se tornar um repositório dos fatos mais interessantes de todos os demais clubes que, no passado e no presente, tem procurado engrandecer o futebol de nossa terra”. Valeu gente, muita informação, mas esse é nosso podcast FutCearaCast e eu sou Carlos Emanuel até a próxima. Fonte: Super Leão 76, O Rei da Sorte

Jogando no estádio Presidente Vargas, a equipe treinada por Lisca aproveitou o caldeirão do pequeno e aconchegante praça esportiva no tradicional bairro do Benfica e venceu o Sport do Recife por 1 x 0, com gol de Artur, que entrou no segundo tempo e recebeu um bom passe de Felipe Azevedo e defindiu a vitórias quebrando a marca de 16 partidas sem

vitórias. A equipe do vozão de Porangabussu veio com Éverson, Arnaldo, Tiago Alves, Luiz Otávio, João Lucas, Richardson, depois Valdo, Fabinho, Juninho, depois Eduardo Brock, Eder Luis, depois Artur e Felipe Azevedo. Bem verdade que a vitória não tirou a equipe da laterna, mas deu animo para tentar sair da zona de rebaixamento em breve.

Ferroviário de volta à Série C O Ferroviário está de volta a Série C, 13 anos desde a última participação, depois de vencer o Campinense (PB) 3 x 2 e perder de 1 x 0 e vencer nos pênaltis Já nas semi-finais da Série D, o Ferrão venceu o São José (RS) por 3 x 1. Alguns dizem que foi a vinda de Marcelo Villar, outros a união do grupo e a estrela de jogadores como Juninho Quixadá (agora no Ceará), Edson Caríus, Janeudo, alguns a mística das camisas. Na primeira fase, o Tubarão da Barra liderou o Grupo A 4, mas apesar da classificação, os quatro empates custaram o cargo de treinador para Maurílio. Na segunda fase o clube coral eliminou o Gordino, na terceira fase a vitima foi o Altos. Parabéns Ferroviário, agora a torcida é de todo o futebol cearense. Mesmo perdendo por 2 x 1 para o São José, do Norte do Rio Grande do Sul, o Ferroviário chegou a final da Série D. Zeca abriu o placar para os gaúchos, Édson Cariús empatou, mas Karl definiu o placar para os donos da casa. Na final o time coral venceu o Treze (PB) pelo placar de 3 x 0 na primeira partida abrindo uma enorme vantagem para conquistar o campeonato da Final nordestina na 4 divisão do Brasileirão. A equipe paraibana tem que vencer com 4 gols para bater o tubarão da barra.


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Evento/Negócio

Fortaleza-CE - Julho de 2018

Concurso Garota Litoral é realizado em Aquiraz com presença de candidatos masculinos pela primeira vez Fortaleza sediará o 27º Congresso Nacional de Corretores de Imóveis “Brasil: hora de mudar é agora”. Em torno deste tema corretores de imóveis de todo o país vão se reunir em Fortaleza, Ceará, de 4 a 6 de setembro, para, em conferências, palestras, workshops e oficinas comandados por especialistas do mais alto nível, debater o mercado imobiliário em meio a um mundo que respira transformações e rupturas a cada segundo. Do alto dos seus 61 anos de história, o Congresso Nacional de Corretores de Imóveis (Conaci) pretende demonstrar em sua 27ª edição que mais do que nunca é o momento de sair do lugar comum.

Marília Silva: 1ª colocada no Concurso garota Litoral

Márcia Catunda Foi realizado no último sábado do mês de Julho (28) o concurso de beleza Garota Litoral, que já faz parte do calendário turístico da cidade de Aquiraz. O local escolhido para o evento foi a Praça das Flores, que ficou pequena para a multidão que queria conferir cada detalhe do desfile. Pela primeira vez, também aconteceu o concurso Garoto Litoral. No concurso masculino concorreram 6 rapazes, enquanto no feminino foram 15 moças na disputa.Além de belos candidatos, o evento contou com a presença da DJ e apresentadora Lara Schneider, da também apresentadora Sônia Paula e da cantora Eloiza

Morais. O Jornal do Comércio do Ceará enviou dois representantes para compor a mesa de jurados, os jornalistas Antônio Matos e Márcia Catunda. Os quesitos avaliados foram beleza, simpatia,desenvolturaeelegância. No concurso feminino a vencedora foi a candidata Marília Silva, o segundo lugar ficou com Luciana Oliveira e o terceiro com Thamires Bezerra. Já no concurso masculino o vencedor foi Dhemerson Santos, já a segunda posição foi ocupada porAlessandro Sousa e a terceira porAnderson Vidal.

INDUSTRIA4.0 “A história da humanidade tem deixado claro que os ven edores são sempre aqueles que saem dacmesmice. Não há espaço para quem estaciona no tempo, principalmente num período em que já estamos vivenciando o que vem sendo definido pelos economistas como o início da 4ª Revolução Industrial ou Indústria 4.0”, afirma o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci), Joaquim Ribeiro. “Se a máquina a vapor marcou a primeira Revolução Industrial, entre 1760 e 1830, agora saltamos para a era dos robôs integrados a sistemas ciberfísicos. Ou seja, segundo os especialistas, a 4ª Revolução Industrial tem como base a convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas. Um tempo de rupturas brutais, que já podemos constatar na nossa rotina diária na maneira como vemos televisão, encomendamos uma pizza, reservamos um voo ou hotel e até como fazemos a escolha de um imóvel para comprar ou alugar”, complementa Ribeiro. CORRETOR 4.0 No entender do presidente da Fenaci, as novas tecnologias já vêm modificando intensamente as maneiras de comprar, vender ou alugar imóveis, de forma a não se ter ideia de como os negócios

imobiliários serão feitos num futuro próximo. “Tal situação, porém, justifica o empenho em se fazer um congresso que discuta o momento presente com profundidade, identificando-se as tendências. Se a Fenaci não pode prever o futuro da atividade, pode buscar na experiência das personalidades que participarão do evento os caminhos para que tenhamos o 'corretor de imóveis 4.0', um profissional totalmente identificado com o que está à sua volta. Portanto, o XXVII Conaci é uma oportunidade imperdível de aprimoramento, que não deve ser desperdiçada. Afinal, o futuro não espera”, conclama o presidente da Fenaci. INSCRIÇÕES ON LINE Promovido pela Fenaci, o XXVII Conaci será realizado pelo Sindicato dos

Cristina Chaul, José Maria Cavalcante Lima e Joaquim Ribeiro

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Visite a Barra do Ceará. Fortaleza nasceu aqui!

Corretores de Imóveis do Estado do Ceará (Sindimóveis-CE), presidido por Maria Cristina Chaul Barbosa, que, de acordo com o regulamento passa a ser a presidente do evento. O Sindimóveis-CE tem entre os integrantes de sua diretoria o 1º vicepresidente da Fenaci, José Maria Cavalcante Lima, que, ao lado do presidente Joaquim Ribeiro, participa da organização do evento pela Federação. Para sediar o XXVII Conaci, um palco à altura da tradição do congresso, o Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, que possui uma área total superior a 176 mil m², dos quais 69 mil m² são disponíveis para locação. Com ambientes climatizados e isolados acusticamente, o Centro de Eventos do Ceará pode acomodar até 44 eventos simultaneamente. Informações sobre o evento e inscrições on line www.conaci.com.br

* Cavala C/ Frita * Tilápia C/ Frita * Camarão Alho e Óleo * Camarão ao Molho * Cavala ao Molho * Peixada Tilápia * Costela Cozida * Galinha Cabidela * Carneiro Guizado * Carne do Sol * Panelada * Sarrabulho * Costela de Porco Sexta e Fins de semana Feijoada, panelada e buchada

SOBREMESAS: • Pudim • Mouse • Salada de Frutas • Doce de Mamão • Doce de Leite

3452.1280 Organização: Inácio e família

Cerveja gelada e outras bebidas BAR ESPAÇO CULTURAL ABERTO DE SEGUNDA A SÁBADO

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Av, Santos Dumont, 126 A Centro esquina com 25 de março


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