Jornal do Comércio - Agosto 2016

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Ano VIII - nº 84 - Agosto de 2016 - Fortaleza - Ceará

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Os ingleses implantaram o comércio em Fortaleza Antigo prédio da “Casa Parente'', que se iniciou no comércio, em 1914, com a firma I.G. Parente.

A atividade comercial na economia se manifesta no início do século XIX. Em 1811, instala-se a primeira representação de comércio estrangeiro, de procedência inglesa, que vai impulsionar o intercâmbio comercial com a Europa e o seu diretor “é o irlandês William Wara, este é quem inicia uma fase de manifesta influência inglesa no desenvolvimento socioeconômico da cidade'', conforme destaca o historiador cearense Raimundo Girão, no livro” Geografia Estética de Fortaleza''. (Veja matéria completa nas páginas 6 e 7)

Fissura na barragem do Castanhão tem solução! O problema surgido na parede do açude Castanhão, mais precisamente no MURO DE ABRAÇO do paramento de montante no bloco 13, próximo ao vertedouro, vizinho à última comporta de n° 12 é uma manifestação patológica em forma de fissuramento verticalizado. É um problema que precisa ser devidamente analisado de imediato, de modo a se prevenir contra um colapso que venha a ocasionar danos materiais e humanos. As barragens, principalmente, as de terra estão sujeitas a esse tipo de acontecimento e até mesmo rupturas seguidas de destruição da obra e, geralmente, são resultantes de deficiência no projeto, construção, operação, manutenção e reparos ou combinações destes. (veja matéria completa na página 3)

Banco do Brasil faz aporte de 166,3 milhões para o Plano Safra 2016/2017

Depois do Banco do Nordeste anunciar recursos da ordem de R$ 3 bilhões para a Região Nordeste e R$106 milhões a serem aplicados no Estado do Ceará, no Plano Safra 20126/2017, foi a vez do Banco do Brasil, anunciar um aporte de R$166,3 milhões para o mesmo programa no Estado, durante a palestra do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense - Agropacto, realizada na sede do Sistema FAEC/SENAR/SINRURAL. (Veja matéria completa na 12)

Sesc comemora 70 anos com ação colaborativa

Percentual de cheques devolvidos até julho é o maior desde 2009, segundo Boa Vista SCPC O percentual de cheques devolvidos sobre movimentados, no acumulado do ano (janeiro a julho de 2016), atingiu 2,34% ante 2,16% registrado no mesmo período do ano anterior, segundo indicador da Boa Vista SCPC. Nessa mesma base de comparação, o percentual do mês de julho foi o maior da série histórica iniciada em 2009. (Página 5)

AGROPACTO

Boas histórias inspiram e transformam pessoas. Acreditando nisso, e em comemoração aos 70 anos de atuação, o Sesc convida a todos para que compartilhem suas histórias com a Instituição em todo o País. (Página 4)

Ivens Dias Branco, o Mecenas (Página 9)

Corria o ano de 2007 quando tive a oportunidade de me encontrar com o empresário Ivens Dias Branco durante um ágape na Federação das Indústrias do Estado do Ceará. (veja matéria na página 9)

Precisamos falar sobre artistas mulheres: Natalia Goncharova (veja página 9) Pesquisa demonstra destruição de valor das companhias brasileiras (Página 5) Fonte: Boa Vista SCPC

Passeio Público O local recebeu a primitiva denominação de Largo de Fortaleza ou Campo da Pólvora (Página 8)


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Opinião/Editorial

Fortaleza-CE - Agosto de 2016

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ISSO NÃO! ELE É A VELHA!

Compra de voto, um crime tolerável? O que parece é que não adianta as lições de moral dos Tribunais, órgãos e governos contra a compra de votos destinada ao eleitor. O Jornal do Comércio do Ceará, nessa campanha eleitoral de 2016, aborda um assunto de suma importância para a conscientização do eleitor no momento de sufragar seu voto nas urnas. Nos tempos passados, o povo votava em quem os coronéis mandavam e praticamente era obrigado a seguir a cartilha dos poderosos, pois o braço da justiça não conseguia alcançá-los. Nos dias modernos, mais do que seguro dos seus direitos e sabedores das limitações dos poderosos, mesmo que o braço do Estado ainda esteja longe da sua convivência, ele vota como pensa e quer, sem dúvida obedecendo às suas necessidades mais urgentes: é o dinheiro do gás, do cimento da calçada, da passagem do ônibus, da conta da luz já cortada, do leite em pó, da cachaça, enfim, sabido como é, o povo hoje tira proveito do voto, mesmo que seja por 10, 30, 40 ou 50 reais, uma insignificância, como a sua vida, conforme tantos e muitos relatos que recebemos ou ouvimos durante e após vários períodos eleitorais. O que parece é que não adianta as lições de moral dos tribunais, órgãos e governos contra a compra de votos destinada ao eleitor. Também conselho de vigário e pregação de pastor em nada parece mais acabar com essa cultura. Nessas eleições são grandes os esforços das autoridades para coibir essas práticas danosas ao exercício cívico do voto. O que se percebe é a necessidade de investir em politicas voltadas ao campo educacional e social, no sentido de fazer avançar o pensamento e a compreensão do eleitor brasileiro. Em Fortaleza, uma mega capital, por exemplo, todo período eleitoral é comum a movimentação de agentes ligados a políticos disputarem o voto das pessoas, sempre com alguma proposta financeira. Não existe na periferia da cidade e nem mesmo hoje no sertão ''currais eleitorais'' ao estilo do passado. Presidente de associação de qualquer natureza, e que afirma ter votos, não consagra esse objetivo no dia da eleição, se não for com o poder econômico. Qual dos políticos eleitos em pleitos passados em Fortaleza, não usou da força disponível a que estamos nos referindo? Políticos ligados à base da administração municipal ou estadual, autarquias, dirigentes de associações comunitárias contempladas com projetos públicos nas periferias, lideranças da mídia, entre outros, de patrimônio inconfesso, reservado, para tal fim?! Nesse momento de mudança política em que o Brasil altera o seu referencial democrático, depois de se tornar um exemplo contemporâneo de democracia, na base da mobilização popular, sindical e partidária, o retrocesso e a instabilidade social amendrontam a população, justamente porque os políticos brasileiros continuam insensíveis aos reclamos da sociedade, moldados numa espécie de opção pelo confronto que aponta a divisão entre o povo e seus representantes políticos numa verdadeira disputa pelo poder.

Editora J. Comércio do Ceará REDATOR CNPJ: 34.956.268/0001-13 Paulo Verlaine Rua Joaquim Magalhães 28A- Benfica Fortaleza -CE DIRETOR DE PROJETOS ESPECIAIS Telefones: 988460975 - 99674.5186 Gildson Macilom DIRETOR ADMINISTRATIVO REPRESENTÇÃO EM BRASÍLIA: Antonio José Matos de Oliveira Renato Freits - Reg. DF 9641 JP QE 38 Conjunto U Casa 29 Telefones: DIRETOR COMERCIAL 61 – 3021-2354 – 8178-5730 João Pereira da Cunha Neto Guará II Cep 71070-210 Brasília-DF JURÍDICO DIRETOR DE MARKETING Dra. Maria do Carmo Pimental Marcus Vinícius Araújo Dr. Azenclévio Saboia EDITOR GERAL TIRAGEM: 5.000 exemplares. Carol Cabral - Reg. CE 0003312 JP

O Brasil tem outra crise para resolver Emerson Oliveira* Em um cenário de adversidade política e econômica, aliado ao aumento da intensidade das chuvas do último verão no Centro-Sul do país, a questão da crise hídrica brasileira vem sendo considerada como resolvida por parte da sociedade. Apesar de compreensível diante de outras graves questões presentes nos noticiários nestes dias, é preciso retomar essa discussão para que de fato consigamos reverter a tendência de exaustão de nossos aquíferos, especialmente aqueles que abastecem as maiores regiões metropolitanas brasileiras. É preciso alertar a população e os gestores públicos para as consequências desta situação, que não é nova mais tem sido agravada nos últimos anos. Precisamos ter consciência das décadas que são necessárias para que uma floresta seja recuperada a ponto de ser útil para a efetiva proteção de nascentes e mananciais de abastecimento público. Por isso, as regiões com déficits de florestas naturais precisam urgentemente de programas de replantios, enriquecimentos e proteção dos remanescentes ainda existentes, pois quando novos momentos críticos se apresentarem, não serão obras pontuais e às pressas que resolverão a situação. Degradar as fontes hídricas é colocar em risco a própria atividade econômica do país. Apesar da água estar envolvida em todas as atividades necessárias para a sobrevivência humana, não temos cuidado desse recurso indispensável. A recente crise hídrica no Brasil nos deu uma ideia de como a situação pode se agravar rapidamente, trazendo transtornos significativos à população e, portanto, sabemos que a questão da água está longe de ser resolvida, especialmente

em São Paulo. Julho é, historicamente, um mês de pouca quantidade de chuvas, na região Sudeste. Dessa forma, os reservatórios paulistas contam com os níveis alcançados nos meses anteriores, na estação chuvosa. O volume registrado nos últimos dias no Sistema Cantareira é de aproximadamente 47%, considerando o índice 3 informado pela SABESP, o que deve servir para abastecer o Estado até que volte a chover. Nesse número não está contabilizado o volume morto, que, como o próprio nome já indica, não deve ser usado. Levar em conta o volume morto como garantia de água nos reservatórios seria como confiar no valor do cheque especial para cobrir suas despesas. É arriscado demais contar com um possível recurso externo futuro para cobrir um gasto excessivo no presente. É importante frisar também que o que ocorreu recentemente em São Paulo é apenas um exemplo do que acontece com frequência em outras regiões do país, como o Semi-Árido Nordestino e, até mesmo algumas áreas do Sul do país, como o Alto Uruguai entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Dessa forma, não é possível prever a reversão do quadro da crise da água, porque diversos fatores que interferem nesse processo ainda não foram resolvidos, como o desmatamento do entorno dos reservatórios, o mau uso dos solos, a expansão urbana e a falta de tratamento dos efluentes urbanos e industriais, para citar apenas alguns exemplos. Para garantir a continuidade do fornecimento de água é indissociável a necessidade de conservação das matas ciliares, que protegem rios e nascentes. Elas possuem papel relevante na conservação dos recursos hídricos, funcionando da mesma forma que os

cílios para a proteção dos olhos. Infelizmente a situação atual é desanimadora: nossas matas estão abertas, mas nossos olhos parecem estar fechados. Prova dessa “cegueira” é o fato do retrocesso permitido pelo Código Florestal aprovado em 2012 pelo Congresso Nacional, que reduziu a proteção do entorno dos rios, nascentes e reservatórios, chamadas áreas de preservação permanente (APPs), que em alguns casos foram reduzidos para apenas cinco metros, ainda com a possibilidade de serem recuperados com a utilização de espécies arbóreas não nativas da flora brasileira. A maioria dos brasileiros tem hoje consciência de que a água é fundamental para a vida humana e precisa ser conservada. Todavia, sair da certeza passiva para a ação é o desafio para mudar de vez esse cenário e a relação que se tem com o recurso natural mais importante para a sobrevivência em nosso planeta. Como de costume o poder de mudança está em nossas mãos, precisamos decidir em que vamos apostar as nossas fichas: nas florestas que nos oferecem água, alimentos, oxigênio, e muito mais ou na destruição da natureza e no consumo desenfreado que causam desiquilíbrios em toda cadeia biológica e que se refletem em prejuízos diversos à qualidade de vida na Terra, sendo o de impacto mais imediato, a escassez de água. Portanto, não podemos deixar que esse tema caia no esquecimento, sob o risco da situação se agravar ainda mais nos próximos anos. A decisão agora é nossa! Nossos filhos e netos contam conosco! Emerson Oliveira é Engenheiro Agrônomo, Doutor em Engenharia Florestal e Coordenador de Ciência e Informação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

A barragem do Castanhão – Pequena história Evandro Bezerra Quando a barragem do Castanhão surgiu no Estado do Ceará, em agosto de 1985, sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Obras e saneamento DNOS, ela tinha no escopo do seu projeto várias incompatibilidades técnicas com as condições de semiaridez, reinantes no Estado do Ceará engolfado na semiaridez do Nordeste Equatorial Brasileiro. Surgiu como uma obra polêmica e, por isso mesmo, foi motivo de grandes debates e discussões, por parte das sociedades técnica e política do Estado. Uma das incompatibilidades era que ela ia ser construída em uma zona sismogênica e que, segundo o instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo S.A. – IPT: ''naquela área de Palhano, desde outubro de 1988 até 1992, foram registrados cerca de 30.000 tremores de terra, pela estação sismográfica instalada pela UFRN''. Esta afirmação está contida no relatório nº 30, de 13 de julho de 1992, daquele Instituto. Os tremores eram de pequenas intensidade. Extinto o DNOS, pelo então presidente Fernando Collor, a responsabilidade de barragem passou para o DNOCS que tocou a execução do projeto, com reformulação do mesmo, retirando alguns elementos da sua ficha técnica, persistindo apenas o da

questão sísmica. A execução do projeto prosseguiu fazendo história até hoje, como a transposição do Rio São Francisco é histórica. Criado à imagem e semelhança do Bureau of Reclamation, dos Estados Unidos, o DNOCS é reconhecido internacionalmente no setor de barragens. Com a continuação da obra, na escavação das fundações ma margem direita do rio, entre as estacas 113 e 117, apesentou uma camada de areia aluvionar, com espessura de 24 metros à jusante do eixo da barragem, por cima do topo rochoso, sem maiores detalhes de ocorrência que foi denominado de “Páleo Canal”. Com o aparecimento do Páleo Canal, o DNOCS contratou um grupo de três especialistas para uma análise detalhada da situação que concluiu que a barragem era estável com coeficiente de segurança acima de 1,20 e não corria risco de liquefação. Estas considerações contidas no livro: ''Castanhão do Sonho à Realidade'', de Francisco Pardaillam de Lima, dão um atestado da polêmica obra da Barragem do Castanhão. Após a sua inauguração em 2003 e questionada por raríssimas pessoas de que o Castanhão não encheria e passaria de 15 20 anos sem sangrar,

aquela barragem sangrou e encheu em apenas 60 dias e respondendo positivamente por 5 anos consecutivos de seca no Ceará. Com o recuo da água, apareceu o problema da fissura no bloco 13 no concreto que nada tem a ver com abalo sísmico e que segundo o laudo do CREACeará, abalos sísmicos e peso do concreto não configuram fissura vertical e não tendo sido identificado, também, nenhum indício externo da falha na rocha de fundação. Concluída a análise da comissão de engenheiros do CREA, esta apontou como solução o selamento da rachadura e a instalação de um plinto em concreto que é uma estrutura que funciona como um esforço para barragem, evitando instalação. O que é triste e lamentável neste episódio do açude Castanhão é a exploração em torno do assunto por raros técnicos de nível superior que insistem na condenação da barragem que vem cumprindo o seu papel, para a qual foi projetada, ressalvando, entretanto, com relação a fissura que a sua reparação deve ser realizada o mais rápido possível, pois podemos ser surpreendidos por uma quadra chuvosa atípica e a situação se complicar. Esta é uma pequena história da construção da barragem do Castanhão. Evandro Bezerra - Engenheiro Agrônomo


Evento

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Fissura na barragem do Castanhão tem solução! primeiro enchimento e no enrocamento lateral no momento construtivo. No terceiro caso, o fator térmico pode ter influência direta no aumento da fissura, tanto na espessura como na penetração do maciço. Este fato foi comprovado pelo tempo decorrido de agosto de 2015, para cá, e o seu diâmetro aumentou de 12mm para 3cm e a sua profundidade de 15 para 60cm. Houve também a ruptura da bucha de gesso. A título de observação, o laudo do CREA descarta que o peso próprio do concreto, abalos sísmicos e problemas geológicos tenham sido causadores da fissura, alegando que o formato vertical não corresponde ao que seria formado se tivesse sido causado por alguns destes fatores: 1°) se fosse o peso do concreto, a fissura seria em um plano que cortaria toda a dimensão do bloco, ela não seria vertical; 2°) abalos sísmicos, também, não configuram fissura vertical; 3°) geologicamente, não foi identificado nenhum indício externo de falha na rocha de fundação. Entretanto, neste item, se faz necessária a análise técnica no momento após a escavação de exposição da fundação e antes da execução do reparo.

Apesar do CREA e o DNOCS confirmarem que a barragem não corre risco, a fissura deve ser, imediatamente, reparada.

do bloco 14 e de parte do bloco 13, que compõem O MURO DE ABRAÇO de ligação com a barragem de terra, submetidos ao empuxo das águas do reservatório e à subpressão aí um desnível de, mais ou menos, 5m da rocha de fundação sobre a qual o maciço foi instalado e, para suprir esse desnível foi colocado o concreto que, após a instala-

ção das estruturas, a perda de água pode ter causado a fissura. Durante a concretagem, então, o desnivelamento de, aproximadamente 5m da base do bloco sobre a rocha de fundação, provocou uma retenção, ou travamento, do elemento estrutural, fazendo surgir uma fissura de retração hidráulica, nas primeiras horas após a concretagem. No segundo caso, em que a barragem é formada por dois tipos de concreto um menos resistente e outro mais resistente, mais reforçado, portanto, é possível que o tipo mais resistente, por diferença de pressão crie fissuras nos menos resistentes. Esse procedimento é comum, sendo um mais conveniente para um local e o outro para outro, numa transição que sempre existe. No vertedouro tem um concreto armado com 30MPa de resistência, portanto, com maior resistência, e no muro de abraço um concreto não armado com

20MPa de resistência, portanto, com menor resistência. Os dois tipos de concreto trabalham de forma diferenciada quanto às deformações, dilatações térmicas e higroscópicas e reações impostas pelo empuxo das águas e subpressões no

Medidas de reparo Em resumo, no início do aparecimento do problema aconteceram especulações em torno do assunto, inclusive que aqui não existem tecnologias para tal e que a mesma deveria ser importada (IPT de São Paulo ou do Bureau of Reclamations dos Estados Unidos). Entretanto, após a visita à área do problema, a Comissão do CREA apontou que a solução seria selar a rachadura e instalar um plinto em concreto que é uma estrutura que funciona como um reforço para a barragem e evitar a infiltração. Essa, também, é a recomendação da KL Engenharia. Apesar do CREA e o DNOCS confirmarem que a barragem não corre risco, a fissura deve ser, imediatamente, reparada, pois, podemos correr o risco de uma grande quadra chuvosa, em 2017, e a situação de reparo ficar mais complicada e onerada financeiramente.

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Causas e origens do fissuramento Baseado no relatório da KL Enge-

nharia e a vistoria realizada pela comissão do CREA, alguns fatores podem ter contribuído para o surgimento, desenvolvimento e evolução desse fissuramento com: 1°) tensões provocadas, durante a concretagem, pela variação do nível da rocha de fundação do bloco 13 de, aproximadamente, 5m no sentido longitudinal. O desnível da rocha de fundação sobre a qual a barragem foi assentada, após a instalação das estruturas, e aí, ocasionaram a perda de água que também pode ter causado a fissura; 2°) o fato de se ter usado um concreto mais resistente no vertedouro e menos resistente ao redor do vertedouro; 3°) pode ser decorrente do fator térmico e outras condições do clima. No primeiro caso, por deformações

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O problema surgido na parede do açude Castanhão, mais precisamente no MURO DE ABRAÇO do paramento de montante no bloco 13, próximo ao vertedouro, vizinho à última comporta de n° 12 é uma manifestação patológica em forma de fissuramento verticalizado. É um problema que precisa ser devidamente analisado de imediato, de modo a se prevenir contra um colapso que venha a ocasionar danos materiais e humanos. As barragens, principalmente, as de terra estão sujeitas a esse tipo de acontecimento e até mesmo rupturas seguidas de destruição da obra e, geralmente, são resultantes de deficiência no projeto, construção, operação, manutenção e reparos ou combinações destes. Em agosto de 2015, a ASSECAS recebeu uma denúncia de que havia uma fissura na parede do açude e, imediatamente, nos mobilizamos e fizemos uma viagem ao local e que, tal fissura, já vinha desde setembro de 2014, revelada com o secamento do açude motivada pelo consumo da água, evaporação e a seca. Batemos algumas fotografias e solicitamos do Sr. Diretor Geral, providências. Nove meses depois, em maio de 2016, voltamos ao local para verificação de estabilidade ou aumento da fenda. Em agosto de 2015 o diâmetro da fenda era de 12mm, 15cm de profundidade e em 08 de maio de 2016 já estava em 3cm de diâmetro e 30cm de profundidade e, hoje, 60cm de profundidade, segundo a Comissão do CREA, evidenciando que houve dilatação e aprofundamento. Até, então, a providência adotada foi a realização de trabalhos pela firma KL Engenharia, com a colocação de dois selos de gesso com parafusos em linha horizontal, no talude de montante, abraçando a fenda para efetuar medições para indicar se houve estabilização, ou não, da abertura da fenda, comprovando que houve dilatação, fato constatado pela ruptura do gesso colocado em dois pontos da fenda, bem como deslocamento para a montante à direita da fenda onde se localiza a pilastra de sustentação do munhão (lado esquerdo) da 12ª comporta do vertedouro e deslocamento para a direita dessa pilastra com movimentação desta parte do volume do bloco 13. O deslocamento de, mais ou menos, 12mm, é o ponto de concentração onde as estruturas estavam em desníveis.

ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS SECAS - ASSECAS REALIZAÇÃO COM PARTICIPAÇÃO E TRANSPARÊNCIA Av. do Imperador, 1313 - Centro - Fortaleza-CE - Fone: (85) 3252.2409 Fax: (85) 3231.3443 - E-mail: assecas@assecas.org.br - Home Page: www.assescas.org.br

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Após receber diversos e-mails de leitores de várias cidades do estado do Ceará, o Jornal do Comércio aborda um assunto de extrema importância para esclarecer a população sobre a fissura na barragem do Castanhão. O engenheiro diretor da Assecas Dr. Evandro Bezerra nos enviou matéria falando sobre o assunto.


Boas histórias inspiram e transformam pessoas. Acreditando nisso, e em comemoração aos 70 anos de atuação, o Sesc convida a todos para que compartilhem suas histórias com a Instituição em todo o País. A campanha envolve duas ações colaborativas. Uma delas é voltada para o Instagram, aplicativo de compartilhamento de fotos e vídeos: nele, devem-se postar fotos relativas às missões da entidade durante a ação, usando determinadas hashtags (palavras-chave antecedidas pelo símbolo #). Para participar, as hashtags oficiais são #Sesc_Ativa, #Sesc_Inspira, #Sesc_Transforma. Para reforçar a união de quem contribui para o crescimento do Sesc, pede-se para que os colaboradores da instituição utilizem também #EquipeSesc. A segunda ação envolve a participação em um site colaborativo, onde todos têm a oportunidade de contar histórias que viveram, ouviram ou viram acontecer em uma unidade ou em um dos projetos realizados pela entidade. Para participar, basta acessar o hotsite www.sesc70anos.com.br e fazer login com sua conta no Facebook, ou preencher os dados do cadastro eletrônico. As histórias devem ter até 1.200 caracteres. Com a ação, o Sesc busca saber de forma mais aprofundada a vivência que as pessoas têm com a instituição em todo o Brasil durante estes 70 anos. O recebimento de histórias envolvendo o Sesc acontece até o dia 12 de dezembro. Ao final, são selecionadas 70 histórias e 70 fotos, que serão publicadas em um livro comemorativo.

Histórias do Ceará Vamos participar e contar boas histórias de transformação do Sesc no Ceará. O exemplo da Família Gemma (foto), já foi compartilhado. Giuliano Barbosa Oliveira (24 anos), primeiro judoca com Síndrome de Down faixa preta do Norte/Nordeste. Ele frequenta o Sesc Ceará desde criança, sempre estudou na Escola Educar Sesc Fortaleza - a única que o aceitou como uma criança especial, na época. Aos 6 anos de idade o menino sentiu vontade de fazer atividade física, e novamente o Sesc acolheu a família com a modalidade Judô. Giulliano já pratica há 17 anos, e com o esporte conquistou, além de medalhas, disciplina, coordenação motora e alegria de viver. Mas, a história da família com o Sesc se iniciou quando a senhora Gemma Galgani Barbosa de Araújo (mãe dele) ainda era criança. Segundo ela, foi com o Sesc que aprendeu a comer comida de panela, com almoços nos restaurantes. Além disso, sempre participou das atividades na Colônia Ecológica Sesc Iparana e atualmente faz parte do Trabalho Social com Idosos. Participe você também. Se conhece alguém ou tem bons momentos com o Sesc Ceará, conte tudo lá no site www.sesc70anos.com.br SERVIÇO Sesc 70 anos – Lançamento de hotsite colaborativo Período: 20/7 a 12/12 Inscrições e informações:wwww.sesc70anos.com.br

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Social/Política

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Mercado/Política

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Percentual de cheques devolvidos até julho é o maior desde 2009, segundo Boa Vista SCPC No mês, o percentual recuou para 2,21% O percentual de cheques devolvidos sobre movimentados, no acumulado do ano (janeiro a julho de 2016), atingiu 2,34% ante 2,16% registrado no mesmo período do ano anterior, segundo indicador da Boa Vista SCPC. Nessa mesma base de comparação, o percentual do mês de julho foi o maior da série histórica iniciada em 2009. Já o número de cheques devolvidos (segunda devolução por falta de fundos) como proporção do total de cheques movimentados recuou para 2,21% em julho de 2016. Com este resultado, o indicador ficou abaixo do registrado no mês passado (2,31%) e também inferior ao percentual de julho de 2015, de 2,24%. Na comparação mensal os cheques devolvidos diminuíram 8,8%, enquanto os cheques movimentados recuaram 4,9%, o que levou à queda do percentual no período. O gráfico 1 mostra a evolução recente dos dados citados. No acumulado do ano, os cheques devolvidos recuaram 7,4%, enquanto os cheques movimentados diminuíram 14,5%. Separando os cheques devolvidos de pessoas físicas e jurídicas, na mesma base de comparação, observamos que a devolução foi 8,7% menor para as pessoas físicas e 4,2% inferior para as pessoas jurídicas. A Tabela 1 resume os dados. Metodologia O Indicador de Cheques Devolvidos da Boa Vista SCPC é a proporção de cheques devolvidos (2ª devolução por insuficiência de fundos) sobre o total de cheques movimentados, que é o total de cheques compensados somados aos devolvidos. A série histórica deste indicador inicia em 2006 e está disponível em: http://www.boavistaservicos.com.br/ec onomia/cheques-devolvidos/ Desde maio de 2012 a Boa Vista passou a utilizar como base para o cálculo da proporção de cheques devolvidos o total de cheques movimentados e não mais o total de cheques compensados. Consideramos o total de cheques movimentados a soma do total dos cheques devolvidos (2ª devolução por insuficiência de fundos) com o total dos cheques compensados em um determinado período.

Emai: renatofreitasjornalista@gmail.coml Facebook – Renato Freitas Freitas - Blog do Renato Freitas

CONGRESSO NACIONAL COMEMORA OS 10 ANOS DA LEI MARIA DA PENHA. AS HOMENAGENS TAMBÉM DO JORNAL DO COMÉRIO DO CEARÁ

Maria da Penha, Senadora Vanessa Grazziottin e a senadora Ângela Portela Fonte: Boa Vista SCPC

Menos de 5% das empresas estão preparadas para o e-social A praticamente um mês de encerrar o prazo para adequação ao eSocial, sistema que muda a forma de preenchimento e entrega de formulários e declarações relativas aos trabalhadores, muitas empresas ainda não estão preparadas para as exigências o governo. De acordo com o cronograma, a mudança vale a partir de setembro desde ano para organizações que tiveram faturamento superior a R$ 78 milhões em 2014. No entanto, apenas 4% das empresas estão de fato prontas para atender às novas regras, segundo enquete feita pelo SESCON-SP com cerca de 500 empresários de contabilidade em todo o Estado. Para os empresários consultados na enquete, o grande obstáculo é conscientizar as empresas sobre a necessidade de mudança na forma de envio das informações (42%). Para outros 37% dos entrevistados, o problema maior é o prazo insuficiente e muitas dúvidas a respeito do sistema. Em 17% dos casos, o alto valor do investimento exigido para a mudança é o principal gargalo. O cronograma que fixa as datas de obrigatoriedade para utilização do siste-

ma foi definido no ano passado. “As empresas no Brasil vêm passando por momentos difíceis. A crise generalizada obrigou muitos empresários a cortar produção, demitir, reduzir despesas, economizar. Para se enquadrar às exigências do eSocial, é necessário investimento, em alguns casos, alto. Esperamos que o prazo seja estendido, pois do contrário, os prejuízos serão ainda maiores para todos”, alerta Márcio Massao Shimomoto, presidente do Sescon-SP. Segundo ele, há rumores evidentes que o prazo será prorrogado, mas não há motivos para tirar o pé do acelerador. “A enquete revela que a maioria das empresas não está priorizando o eSocial, o que é bastante preocupante", conclui. Sobre o eSocial O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – promete simplificar e substituir exigências como DIRF, GFIP e RAIS. Informações atualmente prestadas separadamente à Previdência Social, à Receita Federal e ao Ministério do Trabalho serão unificadas numa mesma plataforma.

O mês de agosto foi um mês cheio de atividades da maior relevância realizadas no Congresso Nacional para a sociedade brasileira. Entre elas, a reunião do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e os líderes parlamentares, onde foi marcada a sessão para o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff. Também foi realizada a sessão solene dos 10 anos da Lei Maria da Penha, no plenário do Senado. E no plenário Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, foi aberto o XIII Congresso LGBT. Promovido pala Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), em conjunto com as Comissões de Legislação Participativa, Cultura e Educação, que se realizou em dois dias, com palestras e seminários sobre o tema, “Uma sociedade mais igualitária só existe com diálogo”.

A sessão solene realizada no plenário do Congresso Nacional na quarta-feira, 17/08, em comemoração aos 10 anos da Lei Maria da Penha, (Lei 11.340/2006) foi um sucesso! Sessão de abertura presidida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), que logo em seguida passou à presidência da sessão à senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), que é a procuradora especial da Mulher no Senado, e à senadora Ângela Portela (PT-RR). Durante a sessão realizou-se o lançamento do Portal Observatório da Mulher contra a Violência, mantido pelo Senado, da mesma forma o folder com pesquisa inédita sobre violência e participação política feminina, além de um concurso de vídeos por celular, com o objetivo de incentivar as ações e o dinamismo da mulher e mobilizar a sociedade para discutir os casos de violência.

XXIII CONGRESSO LGBT DO CONGRESSO NACIONAL Foi realizado o XIII Congresso LGBT do Congresso Nacional, nos dias 16 e 17 no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, sob o tema “Uma sociedade mais igualitária só existe com

diálogo”. Promovido por três Comissões da Câmara dos Deputados, Comissão de Cultura, Direitos Humanos e Minorias, e a Comissão d e L e g i s l a ç ã o Participativa.

Pesquisa demonstra destruição de valor das companhias brasileiras O Instituto Assaf analisou os balanços de 227 companhias abertas (com ações em Bolsa) não financeiras de 36 setores da economia e constatou que as empresas tiveram prejuízo líquido consolidado de R$ 24,04 bilhões em 2015. O Prof. Dr. Alexandre Assaf Neto, pesquisador do Instituto Assaf, observa que “o desempenho operacional das empresas demonstra uma incapacidade das companhias em remunerarem o custo total de capital, produzindo resultado econômico negativo”. O levantamento envolveu mais de 50 indicadores econômico-financeiros e indicadores calculados de relatórios anuais

consolidados. Destruição de valor – O Prof. Alexandre Assaf Neto, pesquisador do Instituto Assaf, observa que o desempenho das companhias em 2015 foi pior que em 2008 (efeito de crise econômica mundial). A evolução real (descontada a inflação) das vendas foi negativa em 2,86%. O prejuízo líquido das companhias abertas produziu uma margem líquida negativa de 1,0%, sendo esse resultado negativo formado por 42,5% das companhias abertas. O ano de 2015 foi particularmente difícil para as companhias, produzindo resultados ruins para os acionistas. E o mercado mostrou-se rigoroso com as companhias brasileiras, avaliando seu preço igual a 24,6% do valor contábil. Direcionamento do valor adicionado – As despesas com pessoal consumiram 26,9% do valor adicionado das

companhias em 2015, a remuneração do capital de terceiros (35,7%), a maior fatia foi para o pagamento de impostos, taxas e contribuições (39,3%), ficando a remuneração do capital próprio das empresas negativa em 1,5%. Despesas financeiras crescem – O comprometimento das receitas de vendas para o pagamento de juros das dívidas cresceu em 2015. As despesas financeiras sobre vendas evoluíram de 5,0% em 2014 para 9,6% em 2015. “A relação despesas financeiras sobre vendas quase dobrou em 2015, indicando que as companhias pagaram mais juros”, diz o Prof. Alexandre Assaf Neto. Os indicadores demonstram também uma tendência de maior dependência das empresas de ter rentabilidade em aplicações financeiras do

que em seus resultados operacionais. Parte da ineficiência operacional é transferida para o preço de venda. “O baixo giro dos ativos devido ao processo recessivo da economia brasileira não permite que as empresas pratiquem preços mais competitivos”, diz o Prof. Alexandre Assaf Neto. Giro do investimento – Os indicadores operacionais demonstram baixo giro do capital investido. Em 2015, cada R$ 1,00 de investimento produziu somente R$ 0,73 em venda. O retorno foi inferior ao do ano anterior (2014), quando cada real investido resultou em R$ 0,75 em vendas. Evolução das vendas – As vendas em 2015 das companhias abertas analisadas cresceram 7,5% em relação ao ano anterior. A evolução foi, porém, abaixo da inflação oficial da economia no período (Índice Nacional de Preços

ao Consumidor Amplo – IPCA – 10,67%), indicando uma retração real (descontada a inflação) das receitas operacionais das empresas brasileiras. A evolução das vendas em 2014 em relação ao ano anterior foi de 7,6%. “Os resultados de vendas apurados em 2015 foram piores que os de 2014, reflexo direto da crise da economia brasileira”, afirma o Prof. Alexandre Assaf Neto. Vida útil – A pesquisa demonstra, também, elevada vida útil dos ativos das companhias brasileiras. Os ativos em média são depreciados em 17 anos. “Prazos longos de vida dos ativos mostram baixa agregação tecnológica e menor eficiência operacional dos investimentos”, declara o Prof. Alexandre Assaf Neto.


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Agronegócio/Cidade

Fortaleza-CE - Agosto de 2016

Soja, gado, madeira e palma respondem por um terço do desmatamento mundial No Brasil duas iniciativas na Amazônia já estabelecem controlespara impedir a venda de gado criado em áreas desmatadas, diz estudo baseado em dados do CDP e WWF.

O relatório “Supply Change: Tracking Corporate Commitments to Deforestation-free Supply Chains, 2016”, que usa dados do CDP (Carbon Disclosure Project) e WWF (World Wide Found for Nature), mostra que os quatro maiores commodities agrícolas - óleo de palma, produtos de madeira, soja e gado - são responsáveis por mais de 3,83 milhões de hectares de desmatamento tropical a cada ano – mais de um terço dos 9,9 milhões de hectares de florestas tropicais que são perdidos globalmente por ano. “Desmatamento é um tema que tem tido grande repercussão em todo o mundo e afetado diretamente as grandes cadeias produtivas. O relatório nos mostra um sensível avanço de grandes players do mercado buscando soluções e efetivamente tomando iniciativas para reduzir e garantir que sua matéria prima não venha de áreas desmatadas. Apesar das iniciativas citadas no estudo, ainda há muito que ser feito para alcançar as metas de desmatamento zero planejadas pelas empresas. Outro ponto que chama atenção é a inercia de alguns setores que não tem iniciativas nesse sentido. Acredito que ainda tem que ser feito um grande trabalho de engajamento, tanto com fornecedores quanto com os clientes, para que eles entendam a importância desse trabalho”, afirma Lauro Marins, gerente do programa CDP Supply Chain na América Latina. No Brasil Além disso, o reporte destaca projetos regionais que contribuem para a redução do desmatamento no Brasil. Na Amazônia, por exemplo, existem duas iniciativas para reduzir os impactos ambientais provocados pelo desmatamento - a Moratória da Soja e do Acordo de compra de gado. Esses acordos garantem que soja proveniente de áreas desmatadas não será comercializada. Outro exemplo é a JBS, maior produtora de proteína animal do mundo, que desenvolveu um sistema de monitoramento por satélite que supervisiona a gestão sustentável da compra de gado de fornecedores da companhia, para atingir o compromisso de desmatamento zero. Panorama Global

O levantamento feito pelo projeto Forest Trends' Supply Change acompanha o progresso de 579 compromissos públicos firmados por 566 empresas que representam, pelo menos, US$ 7,3 trilhões em capitalização de mercado e que foram identificadas como tendo riscos de desmatamento vinculados a esses quatro commodities dentro de suas cadeias de suprimentos. Destas empresas, 366 firmaram compromissos para mudar para fontes sustentáveis e livres de desmatamento. O relatório apontou que as empresas são mais propensas a assumirem compromissos relacionados à palma, madeira e celulose. Das empresas ativas na palma, 61% adotaram compromissos, em comparação com apenas 15% e 19% dessas empresas ativas no gado e na soja, respectivamente. A diferença é alarmante, pois se estima que a produção de gado cause dez vezes mais desmatamento do que a palma. Em relação às grandes empresas públicas, nota-se que elas assumem mais compromissos do que companhias menores e privadas. Muitas dessas grandes empresas são entidades voltadas ao consumidor com sede na América do Norte e Europa, longe do dano ambiental causado pela agricultura de commodities. O relatório também mostrou: Empresas que operam upstream (produtores, processadores e comerciantes) tendem a assumirem mais compromissos do que suas parceiras downstream (fabricantes e varejistas) - e suas promessas são potencialmente mais impactantes. Os atores upstream representam apenas 26% das empresas controladas, mas 80% têm feito um compromisso, em comparação com 62% das empresas downstream. A divulgação atual é insuficiente, uma vez que as empresas só têm relatado progresso quantificável em um de cada três compromissos. Mesmo entre compromissos cujas datas-chave já passaram, as empresas têm revelado progressos em menos da metade. Veja o Sumário Executivo do “Supply Change: Tracking Corporate Commitments to Deforestationfree Supply Chains, 2016” na íntegra: http://bit.ly/28IQQSK

Passeio Público O local recebeu a primitiva denominação de Largo de Fortaleza ou Campo da Pólvora

João Félix de Azevedo e Sá, Presidente da Província do Ceará, nos anos de 1824 a 1826, já cuidava do sítio onde um dia seria construído o Passeio Público. (“Apenas V. Sª este receba e faça tomar as precisas medidas para dar princípio à construção do “Passeio Público”, que vai fazer-se no caminho do morro do Gravatá. Deus Guarde V. Sª – José Félix de Azevedo e Sá”) O local recebeu a primitiva denominação de Largo de Fortaleza ou Campo da Pólvora (1825) por abrigar o material bélico protegido pelos aquartelados militares do Forte de N. Sª da Assunção (hoje 10ª Região Militar). Naquele ano de 1825, mais precisamente na manhã de 30 de abril, eram fuzilados no local os heróis da Confederação do Equador -Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque Melo, “Padre Mororó”, e o Coronel João de Andrade Pessoa Anta; a 7 de maio Francisco Miguel Pereira Ibiapina; e 16 e 28 Luiz Inácio de Azevedo Bolão e Feliciano José da Silva Carapinima. Em homenagem àqueles heróis, o logradouro ganhou a denominação de Praça dos Mártires. O patíbulo em que os heróis foram sacrificados, manteve-se de pé até 1831, quando os entusiastas puseram tudo abaixo na noite de 25 de maio. Havendo Tomás Pompeu de Souza Brasil criado o Liceu Cearense em 1845, a 2 de setembro alugou o sobrado de Odorico Segismundo de Arnaud, erguido no trecho da rua Misericórdia esquina da rua que em 1888 passaria a chamar-se Major Facundo. Com a paralisação, por falta de recursos, das obras do Hospital da Misericórdia (Santa Casa de Misericórdia) iniciadas em 1847, no citado Largo do Paiol, Tomás Pompeu ocupou o espaço (duas dependências) por dois anos ou até meados de 1851. No mesmo ano, voltaria a ocupar o sobrado de Segismundo. A rua da Misericórdia teve várias denominações: travessa do Gurgel, rua Nova Fortaleza e Dr. João Moreira (nascido ali) Naquele trecho também nasceu Dom Hélder Câmara. A ideia de se iluminar Fortaleza data de 25 de janeiro de 1834. Foi quando o Conselho da Província propôs ao então Presidente Inácio Corrêa de Vasconcelos o melhoramento, para o que seriam necessários cem lampiões. Entre-

tanto, decorridos 14 anos de espera, isto é, a 1 de março de 1848 é que foi efetivada a iluminação da cidade através de contrato firmado entre a Intendência Municipal e a Companhia do Gás. O contrato perdurou até 25 de outubro de 1935, na gestão do presidente Casimiro José de Morais Sarmento. “A princípio não havia bancos nem assentos no Passeio; foi então que o sr. Geminiano Maia, depois Barão de Camucim, mandou colocar umas cem cadeirinhas de ferro ao longo da avenida central e por cada uma cobrava cem réis, a quem quisesse assentar-se” (Historiador João Nogueira, in Fortaleza Velha – Editora Instituto do Ceará-1954) À rua da Misericórdia, onde morava, Antônio da Rocha Lima fundou no ano de 1873 a Academia Francesa do Ceará, que funcionou até 1875. O abolicionista José do

Houve no ano de 1887 a primeira quermesse em benefício do erguimento de uma estátua para homenagear o General Tibúrcio.

Patrocínio, quando desembarcou no Cais do Porto de Fortaleza a 30 de novembro de 1882, foi carregado nos braços pelos membros da sociedade Cearense Libertadora e levado para o Hotel do Norte, de Silvestre Rendal, que ficava na hoje rua Floriano Peixoto com Misericórdia. Por algum tempo, lá esteve a sede dos Correios e Telégrafos, Conefor (Serviluz, Coelce) Houve no ano de 1887 a primeira quermesse em benefício do erguimento de uma estátua para homenagear o General Tibúrcio. Durante a efervescência abolicionista, o Passeio foi palco de movimentos que explodiram por vezes com discursos patrióticos. O tenente Alfredo Weyne, da Força Pública, era a figura central dos leilões ali promovidos, quando estendia o gorro às senhoras da sociedade que ofereciam joias e

outras peças de valor para a alforria de escravos. No interior do Passeio teve início em 1888 a construção da avenida Caio Prado, que foi inaugurada a 5 de junho de 1890. Enfileirado de combustores, em cada face lia-se o nome de um cearense ilustre. A Avenida era ornamentada com estátuas de Prometeu, Mercúrio, Cupido, Ceres, Vênus de Milo A um canto da rua Formosa (hoje Barão do Rio Branco) havia em 1896 o Teatro São Luiz, que exibia as mais famosas óperas e operetas. Ali a Companhia Miloni interpretou Aida, O Trovador, Os sinos de Corneville, Filha de Mme. Angot, Giroflé, giroflá, etc. Segundo relato de Raimundo Girão, quando de passagem por Fortaleza o maestro Carlos Gomes, foi-lhe oferecida pela banda de música do 15º Batalhão do Exército uma apresentação da sua ópera “O Guarany”. Para decepção do maestro, a sua peça foi mal executada, numa prova de que o conjunto não havia ensaiado corretamente. Os blocos carnavalescos costumavam concentrar-se no Passeio antes de partirem para os desfiles pelas ruas centrais. Entoavam canções dos mais conhecidos compositores. No carnaval de 1935, o cearense Lauro Maia presenteou o bloco Prova de Fogo com esta composição: Cadê Joana, que não vem com a sopa? / E Mariana, que não traz a minha roupa? / Não posso mais esperar, estou aflito/ Onde está o meu apito/ O meu apito/ Já é hora do Prova de Fogo sair/ Até já vieram me chamar... Tratava-se de uma homenagem ao bloco Prova de Fogo, um dos precursores dos nossos carnaval. O escritor e poeta Otacílio de Azevedo dedica uma crônica a outro poeta, o piauiense Raimundo Varão que residiu por alguns anos em Fortaleza. Conta Otacílio que os dois frequentavam costumeiramente o Passeio Público. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, de lá Varão enviou ao amigo o soneto Fortaleza que fecha com estes tercetos: Meu derradeiro e desvelado anseio/ E a paz na comunhã o da Morte/ Dormindo a sete palmos do teu seio... Zelito Magalhães. Jornalista. Escritor


Cultura/Arte

Fortaleza-CE - Agosto de 2016

Luíza Diogo Veras Novas formas de expressão através da tinta óleo

Mundo das Artes

plásticas Luíza Diogo Veras

Luiza Diogo Veras foi estudante de Arquitetura, na UNIFOR, e aluna do artista plástico Vlamir de Sousa. Com apenas 21 anos, já ganhou exposição individual em São Paulo (janeiro de 2016 - PhD Galeria) e três coletivas (Garrafeira Vicente Leite, Garrafeira RioMar e Muvuca). O Jornal do Comércio do Ceará conversou com Luiza e pode sentir toda sua senssibilidade artistica e aposta nessa revelação no mundo das artes plásticas.

Precisamos falar sobre artistas mulheres: Natalia Goncharova

Cariri Costa - Malasombro

O desenho sempre existiu, desde a sua infância, mas como uma maneira de gastar o tempo ocioso. A sua primeira paixão foi a fotografia, e ainda é forte, chegou por volta dos 7 anos e ainda é um traço forte na sua caminhada. Luiza logo Percebeu que caminhava em uma linha reta, de olhos fechados, para pintura. ''Fui do desenho no papel a fotografia, com estudos aprofundados de luz e composição'' comenta Luiza. A pintura chegou tarde, mas como uma urgência muito forte que a fez repensar diversas vezes se isso poderia ser uma profissão. Foi tão delicado para ela no início da pintura, que pensou inúmeras vezes em jogar todo o seu material artístico fora e dedicar-se ao calculo da faculdade de Arquitetura. ''Estava eu, no Centro da cidade de Fortaleza, desbravando cada rua como sempre o fiz. Entrei em uma loja de

pinceis e lã, no fundo de tudo tinha uma tela nova e um moço ao lado que parecia ter feito; perguntei quanto custava a tela e levei pra casa. Estive em um período ruim da minha vida e senti urgência para pintar novas telas, era uma forma de expressão mais forte e estruturada; com momentos de pausa e satisfação. Por 4 meses, pintei essa tela todos os dias até sentir que estava terminada, pelo menos por enquanto'' comentou a Luiza. As próximas telas vieram em um processo leve e inocente, e tudo isso completou 1 ano em abril de 2016. Enfim, era tudo muito novo, e Luiza não sabia por onde começar ou colocar tudo que sabia na tinta. Procurou aula de pintura a óleo com o professor Vlamir de Sousa, que desde a primeira aula influencia intensivamente o seu progresso; com ele ela sentia-se segura para continuar o

seu trabalho e ganhar novas formas de expressão através da tinta óleo. Acreditou e repetiu isso várias vezes: ''todo artista deve estudar até cansar daquele material. O estudo é sempre a parte essencial de qualquer trabalho, de arte ou não. E se nunca cansar, provavelmente, está dentro do que é seu''.

Não podemos contestar o fato de que Pablo Picasso é um gênio da pintura. Aliás, se fizéssemos um passeio pela História da Arte ficaria evidente a influência de Picasso na radicalização do processo criativo ao estudar a forma para desconstruí-la no cubismo. Na década em que o pintor se entregava a fase azul e tons terrosos, havia uma pintora chamada Natalia Goncharova, que estremecia a escola russa com a tendência do cubofuturista. A pintora apropriavase de aspectos primitivos da arte popular de seu país e retratava o proletariado em cenas comuns de trabalho no campo. Existem semelhanças entre Natalia Goncharova e Pablo Picasso, mas o nome dela é silenciado. A pintora russa e o seu companheiro, Mikhail Larionov, nos deixaram uma importante contribuição ao desenvolverem a técnica de Raionismo, um tipo de arte

abstrata, a partir da interseção de raios refletidos de múltiplos objetos e formas. Os artistas buscavam a essência da pintura através da combinação de cores, saturação, relação das massas de cor, profundidade e textura. Então, se uma artista como Goncharova participa do Salão de Outono de Paris (1906), como poderiam não citar seu nome repetidas vezes na sala de aula? E por que será que não conseguimos completar com os dedos da mão as artistas mulheres que emplacaram no mercado e modificaram completamente a história internacional da arte? Se não podemos mais negar a importância do papel da mulher na arte, estética, ciência, geografia ou política, construir a imagem é, antes de tudo, aguçar a percepção de quem a constrói. É nesse espaço vago entre tempo e espaço, de quem escreve e lê, que iremos refletir a qualidade da pintura, e não o ato de silenciá-la

do mundo

Ivens Dias Branco, o Mecenas

Centro Cultural do Crea-CE recebe a exposição Faces O Centro Cultural do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE) lançou, exposição da artista plástica Maiara Capistrano, intitulada Faces. O evento contou com a presença de personalidades das artes plásticas e cerimonial da atriz Karla Karenina. As obras, que Maiara Capistrano acredita ser as mais diversas faces da humanidade, possuem um estilo surrealista contemporâneo e são baseadas no olhar profundo da artista sobre o rosto de cada pessoa. Foram necessários dois anos para a produção das telas. A exposição ficará aberta para visitação, na sede da autarquia, durante todo o mês de agosto, das 14 às 17 horas. Para a produtora cultural Silvana Figueiredo, mais do que se identificar com as telas de Maiara Capistrano, é preciso se identificar com a arte em si. “Sinto-me feliz pelo Espaço Cultural do Crea-CE estar acolhendo uma artista nova e que está se lançando

CMPJ/EDITORA: 34.956.268/0001-13

no mercado”, conclui Silvana. Aartista Maiara Capistrano nasceu em Fortaleza e tem 27 anos. Esta é sua primeira mostra individual, mas desde a infância a artista revela que sua arte vem marcada no DNA. Formada em Desenho de Moda, Maiara descobriu sua paixão pelo corpo humano e por suas particularidades.

CMPJ/CAND: 25778016/0001-50 - Coligação: PV /PSC / PSDC

Por Zelito Magalhães (*) Corria o ano de 2007 quando tive a oportunidade de me encontrar com o empresário Ivens Dias Branco durante um ágape na Federação das Indústrias do Estado do Ceará. Por aqueles dias, estava eu à frente da Associação Cearense de Imprensa e dava os últimos retoques nos originais do livro “Piedade, Retalhos de Lembranças”, que contava a história do bairro de Joaquim Távora e de sua gente. Durante a amistosa conversa que travei com o empresário, trouxe algumas lembranças que remontam o tempo da “Padaria Imperial”, na Av. Visconde do Rio Branco, onde tudo tinha começado nos anos 40. Tinha ele a minha idade no final da 2ª. Grande Guerra e me lembro muito bem: enquanto Seu Manuel atendia os fregueses no balcão, o jovem procurava ajudá-lo em alguma coisa. O ponto alto daquele encontro na Federação das Indústrias foi quando ventilei sobre a foto antiga da “Padaria Imperial” que eu disponha e seria publicada no livro com o histórico do estabelecimento. Lembrome que ele ficou radiante com a notícia da foto, que me pediu uma cópia. Não esqueceu de dizer que pretendia colaborar com a edição do livro. E isso realmente aconteceu, pois adquiriu significativo número de exemplares das duas edições – 2009 e 2010, o que ajudou satisfatoriamente o projeto. Não se pode desconhecer a valioso contribuição que Ivens Dias Branco prestou, ao longo dos anos, às nossas instituições literárias, notadamente a Academia Cearense de Letras, cujo reconhecimento registra através de um espaço que leva seu nome. (*) Jornalista. Historiador

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Comércio

Fortaleza-CE - Agosto de 2016

Lojas Americanas chega à cidade cearense de Aracati Primeira unidade da cidade vai abrir as portas com promoções em bomboniére, lingerie e eletróportateis

As Lojas Americanas inaugurou sua primeira loja no município de Aracati, no Ceará. Com cerca de 900m², a unidade terá modelo tradicional e sortimento de 60 mil itens de diversas categorias. Com essa unidade, a rede contará com 37 lojas no estado. A inauguração faz parte do plano de expansão lançado em 2014 da Lojas Americanas, que prevê a abertura de 800 novas lojas até 2019 e investimentos de R$ 4 bilhões em todo o país. Para a inauguração, houve promoções em itens de bombonière, lingerie, higiene pessoal, fraldas, CDs, cama, mesa e banho e eletroportáteis.

Mundo Verde abre nova loja em Fortaleza Localizada no Benfica Shopping, nova unidade faz parte do projeto de expansão da marca, que já conta com 54 lojas em toda Região Nordeste.

Fortaleza acaba de ganhar mais uma unidade Mundo Verde. Localizada no Shopping Benfica, a loja acaba de ser inaugurada e se junta às outras 54 unidades da rede instaladas na região Nordeste do Brasil. A nova loja faz parte do projeto de expansão da marca, que já conta com mais de 380 unidades em todo o território nacional. Em Fortaleza, a Mundo Verde conta com oito unidades: Fortaleza Aldeota, Centro, Fortaleza Cocó, Fortaleza North Shopping, Shopping Iguatemi Fortaleza, Shopping Rio Mar, Shopping Parangaba, Juazeiro do Norte e Shopping Aldeota. De acordo com Saddy Nardino, diretor de expansão do Mundo Verde, a proposta da marca é oferecer qualidade de vida e bem-estar aos consumidores, por meio de um amplo mix de produtos. ”Fortaleza é um mercado muito importante para o Mundo Verde. Nosso objetivo é estar cada vez mais próximos dos nossos clientes”, afirma ele. O Mundo Verde é a maior rede de lojas especializadas em produtos naturais, orgâ-

nicos e para o bem-estar da América Latina. Nas prateleiras de todas as unidades, os consumidores encontrarão uma variedade de produtos que inclui alimentos naturais, funcionais, orgânicos, diet, light, sem glúten, sem lactose, além de diversos tipos de chás, suplementos para atletas e fitoterápicos. Para esclarecimentos de dúvidas, dicas e orientações sobre como os alimentos podem ajudar a melhorar a qualidade de vida, a Mundo Verde disponibiliza o serviço gratuito Alô Nutricionista, que funciona por meio do telefone 0800-022 25 28.

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Ferramenta o-nline permite que candidatos às eleições municipais recebam doações para financiar suas campanhas O investimento para fazer uso do sistema é de, no mínimo, R$ 5 mil, incluindo a gestão de dados e das doações. Com as alterações promovidas pela Reforma Eleitoral 2015 (Lei nº 13.165), os candidatos aos cargos de prefeito e vereador nas eleições municipais deste ano não poderão receber doações e contribuições de pessoas jurídicas. A nova legislação estabelece que somente pessoas físicas destinem dinheiro ou valores estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, limitando-se a 10% dos rendimentos brutos do ano anterior à eleição e está sujeita a multa de cinco a dez vezes o valor que doar a mais. As colaborações aos partidos em recursos financeiros poderão ser feitas através de três meios: cheques cruzados e nominais ou de transferência eletrônica de depósitos; depósitos em espécie devidamente identificados; e por mecanismo disponível em site que permita uso de cartão de crédito. Dentro deste novo cenário, as empresárias Carla Bensoussan, Carina Mendonça e Maria Emília Milfont lançam a plataforma Vamos Apoiar, uma ferramenta de arrecadação eleitoral online desenvolvida por uma equipe de 10 profissionais. “É uma forma de os eleitores poderem realizar contribuições para sua campanha de qualquer lugar do Brasil, com muita praticidade e segurança”, explica Carla. “Como já temos expertise no segmento de arrecadação online, com a mudança da lei eleitoral, visualizamos a oportunidade. Contratamos uma assessoria jurídica especializada em Direito Eleitoral e criamos a ferramenta de acordo com todas as normas do TSE”, conta. O Vamos Apoiar oferece, além do site com domínio personalizado e espaço para as doações, informações como propostas e programas de campanha, fotos e vídeos, extrato das doações e assessoria jurídica para prestação de contas em

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relação às doações online , entre outras, funcionando como um “2 em 1”: local para arrecadações e página oficial do candidato. “Isso pode gerar para ele uma economia de até 50%. E esta é uma facilidade não apenas para receber fundo para campanha, mas também para obter um melhor engajamento dos eleitores, cadastrar dados e formatar de mailings e estreitar a relação candidato – eleitor”, diz Carina. A plataforma já conta com candidatos de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Paraíba e Manaus, e a perspectiva é de conquistar 300 clientes já nas próximas eleições. Ela afirma que nesse pleito o desafio será engajar os eleitores, para que eles possam contribuir com a campanha do seu candidato. “É por isso que o site conta também com agenda do candidato, depoimentos e novidades, por exemplo. É fundamental ter não só um grande volume de apoiadores, mas apoiadores engajados, que realmente apoiem a causa e a candidatura do político”. “Além disso”, complementa, “prestamos auxílio aos candidatos para que eles prestem contas à Justiça Eleitoral de forma clara. Fornecemos todos os dados dos doadores para a emissão do recibo eleitoral, e, caso haja necessidade de algum esclarecimento perante a Justiça Eleitoral. O investimento para fazer uso do sistema é de, no mínimo, R$ 5 mil, incluindo a gestão de dados e das doações. Carla, Carina e Maria Emília lembram que os candidatos ao cargo de prefeito só poderão gastar, no primeiro turno, 70% do maior gasto declarado para o mesmo cargo na eleição anterior, onde houve apenas primeiro turno; nos municípios que tiveram dois turnos na eleição passada, o gasto dos candidatos a prefeito terá um limite de 50% do maior gasto declarado na última eleição.

Eleições/2016. Vote consciente! Por um novo estilo de governar com mais ética, moral e sentimento humano!


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Agronegócio/Política

Fortaleza-CE - Agosto de 2016

AGROPACTO TIRAGEM: 5.000 EXEMPLARES - VALOR DO ANÚNCIO: R$ 500,00

Depois do Banco do Nordeste anunciar em relação ao ano passado e, a agricultura recursos da ordem de R$ 3 bilhões para a Região empresarial, com um aporte de R$ 50,1 milhões , Nordeste e R$106 milhões a serem aplicados no representando um crescimento de 5,1% em relação Estado do Ceará, no Plano Safra 20126/2017, foi a ao Plano do ano anterior. vez do Banco do Brasil, anunciar um aporte de R$166,3 milhões para o mesmo programa no CORRESPONDENTE BANCÁRIO Durante o Agropacto, que foi coordenado pelo Estado , durante a palestra do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense-Agropacto, realizada Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária h o j e , 1 6 , n a s e d e d o S i s t e m a FA E C / do Estado do Ceará-FAEC, Flavio Saboya, um SENAR/SINRURAL. O Superintendente de assunto que atraiu a atenção dos produtores e Varejo e Governo do Banco do Brasil, no Ceará, presidentes de cooperativas e de sindicatos rurais, Paulo Afonso Pena, informou no entanto, que caso foi a abertura do Banco do Brasil , para que estas haja maior demanda por recursos o banco está instituições possam a atuar como Correspondente preparado para oferecer linhas de crédito para a Bancário. Considero extremamente interessante a atividade agropecuária. Dos R$ 166,3 milhões, criação desse serviço nos sindicatos rurais, porque foram destinados R$ 82,1 milhões para custeio e tem como principal objetivo dar maior celeridade às propostas de financiamento rural, e comercialização e R$ 81,5 milhões isso passa a ser um instrumento de para investimento, através de diversas prestação de serviço dos sindicatos aos fontes de recursos e, com novas taxas seus associados. Para tanto, os de juros e tetos, que variam de R$ 20 a interessados devam procurar suas R$ 250 mil por beneficiário/ano /safra , agências de jurisdição para conhecer e taxas de juros de 2,5 a 5,5%. em maior profundidade o assunto. Para o PRONAF Custeio o Banco Correspondente O Correspondente Bancário é uma do Brasil anunciou recursos entre R$ Bancário é uma grande 20 a R$ 250 mil por mutuário /ano safra oportunidade de negócios grande oportunidade de negócios para e taxa de juros de 2,5% , no caso de para os Sindicatos Rurais os Sindicatos Rurais Cooperativas, disse o Presidente do Sindicato Rural compra de milho, e custeio pecuário e Cooperativas. de Ibaretama , Carlos Bezerra Filho , no destinado a apicultura, bovinocultura entanto, faz-se necessário capacitar de leite, piscicultura, e ovinocaprinocultura. Para o cultivo de frutas o técnicos para exercerem essa função nas entidades, c u s t e i o c h e g a a R $ 2 5 0 m i l p o r mesmo porque o Banco do Brasil exige uma beneficiário/ano/safra, com taxas de juros de 2,5% certificação. para adoção de práticas conservacionistas, proteção de recursos naturais, formação e recuperação de O QUE FAZ ? O Correspondente bancário é uma empresa, pastagens, implantação, ampliação de estrutura de captação de água. Para aquisição de animais, recria sociedade empresarial e associações autorizadas e engorda e demais finalidades inerentes a pelo BACEN a prestar serviço, contemplado para bovinocultura, suinocultura, avicultura, executar entre outras atividades, a recepção e carcinicultura, aquicultura e fruticultura , o Banco encaminhamento de propostas de financiamentos do Brasil faz empréstimos de R$ 20 a R$ 300 mil , referentes à operação de crédito rural, prestação de serviços, complementos de coletas de informações com juros de 5,5% ao ano. Conforme dados apresentados pelo cadastrais e de documentação, fornecer aos Superintendente, houve um crescimento em proponentes informações sobre as linhas de crédito relação ao Plano Safra de 2015/2016, da ordem de (tetos, taxas de juros e prazos), providenciar a 8,2% para a agricultura familiar, que terá disponível documentação necessária para atualização de R$ 84,1 milhões, enquanto os médios produtores cadastro e operacionalizar o Portal de Crédito Web terão 29,3 milhões, com um incremento de 6,9% destinado ao encaminhamento de propostas.

CNPJ - EDITORA: 34.956.268/0001-13

Banco do Brasil faz aporte de 166,3 milhões para o Plano Safra 2016/2017

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