














Adécima oitava edição da FEIRA MEDIEVAL DE SILVES realiza-se entre os dias 10 e 20 de agosto de 2023, no centro histórico desta cidade algarvia. Serão 11 dias de recriação histórica do período medieval da antiga capital do Reino do Algarve.
Esta dará a conhecer a história da construção da mesquita e a manifestação simbólica da nova religião, nos primórdios da islamização de um espaço que se tornará num dos maiores centros políticos e culturais do Gharb al-Andalus, Xilb (Silves).
Entre as 18h00 e a 01h00 os visitantes terão oportunidade de viver experiências memoráveis: Jogos de Guerra Yahyâ Ibn Bakr Ibn Zadlaf contra os Omíadas, as Noites do Oriente no Alcazar do Vizir, a animação exclusiva no Castelo, os manjares medievais que os farão regressar a outras épocas. Num ambiente e cenário únicos, constituídos pelo traçado peculiar do tecido urbano e pela imponência dos seus monumentos, todos serão convidados a fazer deste evento a grande festa do Verão algarvio!
No extremo ocidental do imenso império Omíada um pequeno aglomerado urbano ganha dimensão e prestígio. Localiza-se no topo de uma colina banhada a sul por um rio de águas calmas e propícias à atividade portuária, que de tão antiga se perde na memória dos tempos. Dizem que nesse passado distante mas ali perto, no monte vizinho do lado do pôr-do-sol, se cunhou uma moeda de bronze, que de um lado mostrava uma espiga e um cavalo e, do outro, a palavra CILPES.
Esta teria servido para a troca de produtos transportados por povos navegadores trazidos pelo vento levante. Desse velho e contido espaço se transferem agora os seus habitantes, volvidos mais de setecentos anos, para a emergente e promissora madinat Xilb, onde mais recentemente se fixaram também contingentes militares e populações vindas do longínquo oriente.
O governador da província onde se insere, de nome Ocsónoba, cuja capital é uma cidade muito antiga da mesma denominação, revoltou-se contra o poder Omíada sediado em Córdova e transferiu a capital deste território para a promissora Xilb. A sua posição estratégica, a proximidade ao mar através do Arade, os terrenos férteis que ladeiam o rio e os recursos florestais que a serra, a norte, lhe concede, são condições excelentes para se defender e prosperar.
Yahyâ Ibn Bakr Ibn Zadlaf, o governador, era um muçulmano de recente conversão, que alinhava com outros revoltosos muladíes desgostados com o tratamento desigual do poder Omíada face aos muçulmanos de longa data, que se haviam demarcado do poder de Córdova. Mas agora, que o emir independente Abdallah assumiu a liderança, é reconhecido como legítimo o poder de Yahyâ sobre a província de Ocsónoba, o que permite que este território goze de alguma paz. Esta acalmia é aproveitada pelo seu
governador para organizar a cidade, erguer as suas defesas e a mesquita maior.
No topo da colina inicia-se a construção das muralhas da alcáçova para proteção do palácio dos Banu Yahyâ Bakr e aquartelamento do seu pequeno contingente militar. A meio da encosta toma lugar a edificação das muralhas que protegiam as habitações das muitas famílias que aqui se vão instalando a um ritmo acelerado. Ao seu interior acede-se por uma porta posicionada a sul, ao lado da qual se situa a maqbara. Um pouco abaixo da alcáçova e em lugar bem destacado na paisagem Yahyâ ordenou a construção de uma grande mesquita, corretamente orientada para a caaba, com um alto minarete para se chamar para a oração e, ainda, espaço para funcionamento da madraza, onde todos deverão dirigir-se para aprender a palavra do profeta Maomé.
A construção da mesquita é obra que assumirá pessoalmente, pois a sua condição de líder da comunidade e chefe espiritual dá-lhe a obrigação moral de oferecer aos muçulmanos um espaço de oração comum, do mesmo modo que se tornará no emblema do seu poder sobre a cidade e o vasto território desta dependente.
Para assinalar este ato pio, o governador já encomendou ao lapicida a gravação de uma lápide comemorativa que figurará sobre a porta da mesquita. Com esta ação piedosa Yahyâ mostra a sua religiosidade sincera e espera, por tal, ser recompensado com a abertura das portas do céu e o acesso ao merecido paraíso, a sua morada eterna.
E, porque as obras estão prestes a concluir-se e a grande mesquita a abrir portas aos crentes, o venerado vizir local apressa-se a nomear os oficiais da mesquita para, assim, se proceder à sua consagração: o Iman e o Muezzin,
que diariamente procederão aos ofícios religiosos e chamarão para a oração, o Jatîb, que se encarregará do sermão de Sexta-feira, o Muftí e o Al-Faqhí que interpretarão e aplicarão a lei islâmica e, os ulemas, sábios a quem incumbirá a transmissão de todos os saberes.
Com a construção das muralhas estará garantida a segurança da comunidade, tornando-se esta a expressão visível de um estado forte e, com a construção da mesquita, ficará bem patente a manifestação simbólica da nova religião, nos primórdios da islamização de um espaço que se tornará num dos maiores centros políticos e culturais do Gharb al-Andalus, Xilb.
*Esta narrativa é baseada em factos históricos que nos foram transmitidos pelas fontes históricas e pela investigação arqueológica mas alguns aspetos são meramente conjeturais embora plausíveis.
Omíadas = dinastia de emires que dirigiu o império muçulmano entre 661 e 750, estabeleceram-se em Córdova e dominaram a Península Ibérica entre 756 e 1031
| CILPES = nome de Silves na idade do Ferro (?) | Madinat = cidade | Xilb = Silves em época islâmica| Ocsónoba = Faro em época islâmica | Zadlaf = Zadulfo, nome visigodo arabizado| Muladies = cristãos convertidos ao islamismo| Emir = príncipe ou chefe de estado, título de origem árabe | Abdallah = 7.º emir omíada (888912) | Banu = família | Maqbara = necrópole, cemitério
| Caaba = edifício de forma cubica situado no centro da mesquita Al-Haram de Meca, considerado o local mais sagrado do islão | Madraza = escola para ensino do Corão | Maomé = profeta que transmitiu a mensagem divina | Vizir = governante | Gharb al-Andalus = Território mais ocidental do império Omíada, todo o atual Portugal muçulmano e parte da atual Andaluzia.
Aedição deste ano da Feira Medieval de Silves traz, novamente, um evento forte e com uma dinâmica única na região. Em 2023, vamos revelar “A Mesquita, Símbolo e Poder” que dará a conhecer a história da construção da mesquita e a manifestação simbólica da nova religião, nos primórdios da islamização de um espaço que se tornará num dos maiores centros políticos e culturais do Gharb al-Andalus, Xilb (Silves).
Estamos perante um evento de recriação histórica e essa recriação é que lhe dá alma, lhe dá a cor que é tão particular de Silves e das suas gentes. Silves tem ocupação humana, sabemos, desde a pré-história. Por aqui passaram povos, religiões, culturas e modos de ser muito diversos, que nos deixaram saberes e modos de estar e ser que nos são muito peculiares. A cultura é uma marca desta cidade e está profundamente ligada a essa herança de que muito nos orgulhamos, porque Silves é um lugar especial no que toca à cultura e à história.
A Feira Medieval de Silves contribui para a promoção turística do nosso território, não apenas do concelho, mas do Algarve, marcando o panorama regional estival. Movimenta o tecido empresarial local, permitindo que o pequeno comércio e a restauração tenham uma dinâmica que dificilmente se consegue noutras ocasiões e é uma das ações que comprovam a capacidade de atrair do concelho.
É, também, um espaço para que as associações locais possam estar presentes e poderem, ao longo dos 11 dias do evento, estimular os seus associados à realização de trabalho voluntário e angariar fundos, para que ao longo do ano tenham a possibilidade de realizar os seus projetos, com fundos próprios.
O sucesso deste evento acontece porque criamos todo um ambiente que motiva à participação da comunidade. É esse o verdadeiro espírito deste evento!
Deixo um agradecimento aos apoios que permitem que este evento aconteça: patrocinadores, parceiros, media, artistas, coletividades, artesãos e taberneiros, os trabalhadores da autarquia, os moradores e os visitantes!
Contamos com todos para que a Feira Medieval de Silves seja uma grande festa e é com todos que podemos erguer este evento e fazer dele um espaço de animação, de partilha da história e da cultura.
A todos, muito obrigada!
Usufrua de bons momentos e visite o nosso território da Serra ao Mar!
Noites do Oriente
5,00 Euros (Só espetáculo)
6,00 Euros (Inclui ingresso de entrada no recinto da Feira)
Jogos de Guerra
5,00 Euros (Só espetáculo)
6,00 Euros (Inclui ingresso de entrada no recinto da Feira)
Bilhete Diário
2,00 Euros (Gratuito a crianças até 1,30m ou 9 anos para venda online)
4,00 Euros com copo
Bilhete de Grupo
5 Ingressos | 8,00 Euros
Pulseira Livre-Trânsito
18h00 Abertura da Feira Medieval Cortejo pelas ruas da Medina e dos Arrabaldes
18h15 Consagração da Mesquita pelo Iman Praça
Al-Mut’amid
18h30 Boas vindas pelo vizir Portas da Medina
18h50 Chamamento para a oração pelo Al-Muezzin Sé catedral (antiga mesquita)
Yahyâ Ibn Bakr Ibn Zadlaf contra os Omíadas
Sessões às 20h00 e às 22h30
Praça Al-Mut’amid
Noites do Oriente no Alcazar do Vizir
22h30 Castelo
Música |Dança | Fogo
4,00 Euros (Pré-venda até 09 de Agosto)
5,00 Euros (Durante a Feira Medieval de Silves)
Aluguer de Traje Medieval
Adulto 3,00 Euros
Criança 2,00 Euros
Experiência Medieval
Adulto 60,00 Euros
Criança (Até 10 anos) 30,00 Euros
Não são aceites pagamentos por cheque ou multibanco;
Não são aceites trocas ou devoluções de bilhetes ou pulseiras;
Se pretender fatura com o n.º contribuinte por favor solicite antes da finalização da compra;
É da responsabilidade do portador do bilhete, a sua conferência no ato da compra;
A pulseira só é válida quando colocada no pulso.
O seu uso é pessoal e intransmissível; Os trajes poderão ser alugados nos roupeiros;
O programa pode ser alterado por motivos imprevistos;
Em caso de cancelamento de espectáculo poderá usufruir do mesmo num dos dias seguintes, procedendo à troca do ingresso numa bilheteira até às 18h00 do dia do espetáculo, ou solicitar a restituição do valor correspondente;
Ao aceder e permanecer no recinto o espectador consente a captação, reprodução, publicação e identificação da sua imagem e som, em quaisquer meios, incluindo nas redes sociais, para efeitos de marketing ou promocionais, a título gratuito;
Ao adquirir o bilhete ou pulseira estará a aceitar todas as condições acima descritas.
Noites do Oriente no Alcazar do Vizir
Sufi Soul Ensemble
Jogos de Guerra
Cavaleiros do Tempo
Dança: Arakisati, Emad Selim, Arabian, Vadath Ensemble, Alius Vetus, Vert’icalia
Música: Al-Folk, Arabian, Cornalusa, Eduardo Ramos, Helena Madeira, La Giostra, Zukra
Teatro e Animação de Rua: Animamundy, Contos e Fábulas, Luis Manhita, Malatish, Os Mercadores de Histórias, Satori, Somnium, Teatro Depressa, Tent’Arte
Ambientes Cénicos e de Recriação
Mesquita Tent’Arte, Luis Manhita
Artes e Ofícios Criseya
Acampamento Caravana Berbere
Horário de funcionamento da Feira
Abertura 18h00
Encerramento 01h00
Horário de funcionamento do Secretariado
Dia 07 a 08 de agosto 09h00 17h00
Dia 9 de agosto 09h00 20h00
Dia 10 a 20 de agosto 10h00 23h00
Apoio
Aanimação exclusiva no castelo, que decorrerá diariamente às 22h30, terá como protagonista Sufi Soul Ensemble, grupo oriundo de Marrocos, Tunísia e Síria.
Hoje estão sentados no centro de um recinto fortificado onde há mais de mil anos e durante cerca de cinco séculos viveram os governantes desta cidade de Xilb, que foi famosa por ser um local de cultura, onde poetas, músicos e bailarinos sempre foram bem acolhidos e estimados.
Aqui, no interior da alcáçova, implantavam-se os palácios das classes possidentes, de que hoje apenas restam ruinas, onde os serões eram animados por músicos e poetas locais mas, também por outros, que atraídos pela fama da velha Xilb aqui acorriam para brilharem nos salões dos sucessivos vizires.
Hoje poderão transportar-se para esses ambientes palatinos, sentindo e apreciando sons e movimentos corporais do Gharb Al-Andaluz e do Médio Oriente, onde não faltará a dança oriental e tribal, a manipulação de fogo, o giro espiritual sufi e o giro tanora. As várias formas de expressão artística a apresentar serão executadas pelo grupo: SUFI SOUL ENSEMBLE.
Yahyâ Ibn Bakr Ibn Zadlaf contra os Omíadas
Os Jogos de Guerra regressam à Feira Medieval de Silves, com duas sessões diárias, às 20h00 e às 22h30.
Estamos no final do século IX e alguns muçulmanos recém-convertidos, influentes nos seus territórios, rebelaram-se contra o poder centralizador sediado em Córdova e liderado pelo emir Abdallah.
Na província de Ocsónoba, aquela onde nos encontramos, é governador Yahyâ Ibn Bakr Ibn Zadlaf, também ele um muladí de recente conversão, alinhado com outros rebeldes desgostosos com o tratamento desigual do poder omíada face aos muçulmanos de longa duração, que acaba de transferir a capital para a emergente e promissora cidade de Silves, localizada na margem direita do rio Arade.
Prontos para viajar no tempo até ao longínquo século IX?
Para além das inúmeras ofertas, os visitantes que queiram fazer uma “viagem no tempo” e viver um serão como personagens da história e da Feira podem participar no programa EXPERIÊNCIAS MEDIEVAIS. O visitante poderá participar nesta recriação histórica, integrando ativamente os diversos eventos que a temática “A Mesquita, Símbolo e Poder” lhe reserva, vivendo o dia-a-dia de um personagem nobre da época áurea da antiga capital do Reino do Algarve e experimentando toda a emoção e nobreza deste festejo de uma forma privilegiada.
O programa inclui: traje a rigor; acolhimento numa zona especial; penteado medieval (para as senhoras); participação no cortejo pelas ruas da Almedina e dos Arrabaldes; local prestigiado no visionamento dos Jogos de Guerra; banquete (menu de inspiração muçulmana) e local privilegiado no visionamento do espetáculo Noites do Oriente no Alcazar do Vizir (Castelo).
A EXPERIÊNCIA MEDIEVAL decorre nos dias 12, 16, 18 e 20 de agosto, está sujeita a marcação prévia e limitada a 15 participantes por dia.
Marcações e informações através do endereço de correio eletrónico: secretariado.fms@cm-silves.pt.
Na Praça Al-Mut´amid e vinda das montanhas do Atlas, a caravana berbere percorreu muitas milhas, atravessou o Estreito, encontrando-se agora em viagem pelo Garb Al-Andalus.
Ao passar junto às margens do Arade não resistiu ao encanto da majestosa cidade de Xilb e assentou arraiais, no extremo do Arrabalde Oriental, onde permanecerá por cerca de onze dias.
Nas suas tendas poderemos observar uma parafernália de objetos que fazem parte do quotidiano e das vivências deste grupo nómada que faz das viagens e do comércio o seu modo de vida.
Integram a comitiva mercadores de produtos exóticos, ferreiros, carpinteiros e oleiros, o imprescindível calígrafo e dois músicos, que se fazem transportar em
camelos, e acompanhar pelo falcão e pelo cão Saluky, essenciais nas caçadas que ajudam a garantir o sustento da caravana.
As crianças também têm o seu espaço especial, o XILB DOS PEQUENOS, onde, com as suas famílias, poderão usufruir de diversas atividades educativas e lúdicas, nomeadamente de expressão plástica, expressão dramática e de atividade física contextualizadas e integradas historicamente no período da Feira Medieval. O Xilb dos Pequenos funcionará diariamente entre as 18h00 e as 23h30, de 10 a 20 de agosto, na Praça Al-Mu’tamid.
A Feira Medieval de Silves deixa memórias e experiências a recordar; uma marca que pretendemos perpetuar para além dos dias do evento. Para marcar esta experiência, o Município de Silves lançou uma coleção de produtos de merchandising do evento, que poderão ser encontrados à venda na tenda do Almotacé (loja de merchandising). Ali poderá encontrar um sem número de artigos oficiais do evento, para todas as idades, desde lápis, sacolas, canecas, t-shirts e outros artigos exclusivos que irá querer descobrir.
Pensando na segurança das crianças e idosos, a XVIII Feira Medieval de Silves disponibiliza uma pulseira de segurança, que deverá ser solicitada nas bilheteiras do evento. Nesta pulseira será gravado um número de telefone associado para, no caso de crianças ou idosos se perderem, poder ser contactada a família. Esta é mais uma das medidas que pretende melhorar a participação neste evento procurado, diariamente, por largas centenas de pessoas.
Outra forma de poder viver a Feira Medieval de Silves de maneira única é usando TRAJES MEDEVAIS. Dois roupeiros disponibilizam, a quem o desejar, fatos de homem, mulher e criança, que são alugados por um valor simbólico.
Os trajes continuam a ser uma das imagens mais significativas da qualidade da Feira Medieval de Silves.
Participe e vista-se a rigor!
Outra forma de viver com muita alegria e bom espírito este evento é experimentando a muita OFERTA GASTRONÓMICA que existe nas diversas praças de alimentação. Sentar numa taberna e degustar um bom petisco, permite que grandes grupos de amigos e família passem serões memoráveis e possam conhecer um pouco daquilo que se poderia comer e beber na idade média.
Vir à XVIII Feira Medieval de Silves e conhecer os principais MONUMENTOS DA CIDADE é mais uma aposta na criação de momentos a recordar. O CASTELO DE SILVES, Monumento Nacional desde 1910, é também o mais emblemático monumento da cidade. Assente no topo da colina, esta fortificação de imponentes muralhas de taipa, revestidas a arenito vermelho, o Grés de Silves, terá sido um espaço defensivo, residência de governadores, dos seus contingentes militares e de funcionários da administração e poderá ser fruído por todos os que entrarem na Feira Medieval de Silves. Do mesmo modo, o MUSEU MUNICIPAL DE ARQUEOLOGIA estará aberto. Inaugurado em 1990, este espaço foi construído em torno do Poço-Cisterna Almóada, com 18 metros de profundidade e classificado como Monumento Nacional. Os visitantes podem encontrar um vasto espólio de peças arqueológicas, com as coleções organizadas cronologicamente desde a pré-história até ao período moderno. A IGREJA DA MISERICÓRDIA também estará aberta ao público, no seu interior, poderá observar no painel central do retábulo do altar-mor a imagem da visitação, rodeada das sete obras da misericórdia.
Aimagem da XVIII Feira Medieval de Silves foi, mais uma vez, criada pelo fotógrafo André Boto, procurando retratar um dia do quotidiano da Xilb islâmica.
A força das luzes, das cores e das sombras revela a relação intensa que estabeleceram e o olhar dos modelos, marcado e profundamente dirigido ao espectador, permite a compreensão dos dilemas interiores que certamente viveram estes personagens. André Boto é, mais uma vez, o fotógrafo escolhido para a criação desta imagem. Com origens em Silves, o seu currículo inclui inúmeras conquistas entre as quais, o 1.º lugar da Golden Camera, na categoria de “illustrative/Fine Art” no concurso “Fotógrafo Europeu do Ano 2022”, pela FEP – Federation of European Professional Photographers, Itália; o prémio “Best of Nations – Portugal” na World Photohraphy Cup 2022, Itália; e o Grande Prémio no International Environmental Photography Contest 2022, E.U.A.; tendo ainda ganho, as categorias de Publicidade e Still Life, nos FIIPA 2022, Itália; tudo isto no decurso deste ano.
O ambiente quotidiano, dá vida a uma viagem no tempo, convidando o espetador a viver um dia nos primórdios da islamização de um território que se tornará num
dos maiores centros políticos e culturais do Gharb al-Andalus, tendo pano de fundo o seu castelo. As personagens são retratadas por voluntários e não por modelos profissionais, pessoas que conhecem e que visitam a feira habitualmente.
Alexandre Cruz, técnico superior florestal no Serviço de Proteção Civil e Florestas, ao serviço da Câmara Municipal de Silves há 20 anos, é um dos principais rostos desta edição, personificando o reputado Iman. Nascido em Lisboa, mas natural de Silves pelo coração, é um dos rostos que, habitualmente, trabalha na Feira Medieval, dedicando-se a garantir a segurança do evento e a proteção das pessoas. Habituado a lidar com desafios, este ultramaratonista, abraçou a personagem com grande empenho.
Denise de Carvalho é o rosto feminino da imagem da Feira Medieval, dando vida à bailarina. Licenciada em Estudos Portugueses, é bailarina, professora de Dança Oriental e coreógrafa. Dedica-se desde 1999 de corpo e alma à Dança Oriental, começou por ser aluna de Joana Saahirah (Portugal/Egipto) estudando com nomes de grande renome da Dança Oriental a nível mundial. Detentora de um vasto currículo é, também, responsável pelo ensino, divulgação e desenvolvimento da Dança Oriental no Algarve.
Eduardo Ramos, acarinhado cantor, compositor, concertista de alaúde árabe e multi-instrumentista, também marcou presença na imagem desta edição onde participou, na qualidade de músico. De referir que este
músico, residente em Silves, é presença anual na Feira Medieval, com maravilhosas interpretações de música medieval cristã, sefardita e árabe.
Rui Afonso, músico, educador social e autodidata dos ritmos e instrumentos de raiz tradicional, é o percussionista presente na imagem da Feira Medieval. Desenvolveu-se como percussionista em diferentes estilos e participou em projetos musicais como Al-driça, Augúrio Medieval, Flôr de Sal e Terraxama. Envolvido em projetos juvenis locais e internacionais, é Educador Social na Casa do Povo de São Bartolomeu de Messines onde criou e dirige o projeto musical para a Inclusão Social Clube da Batucada.
O instituto de beleza Art Effects realizou a caracterização das personagens da Feira Medieval, com grande qualidade. Localizado em Silves desde 2004, dispõe de uma
equipa de profissionais na área de cabelo, maquilhagem e estética. Sempre disponíveis para participar nos eventos promovidos pelo município, foi com orgulho e satisfação que fizeram parte da equipa do Making Off.
Na procura de uma identidade única da Feira Medieval de Silves, foi criada a marca d’água do evento, a partir da composição de dois elementos gráficos inspirados em dois achados arqueológicos efetuados no concelho de Silves: um fragmento de estuque e um motivo fitomórfico que ornamenta a parte superior de um candil de disco impresso.
Importa referir que o fragmento de estuque, produzido em massa de cal e areia, mostrando motivos vegetalistas e geométricos e vestígios de pintura de cor ocre, revestiu as paredes de um dos salões de habitação palatina escavada no interior da alcáçova de Silves, por certo residência de um alto dignatário do governo da cidade no final do domínio almóada (1.ª metade do século XIII).
Já o motivo fitomórfico, produzido a molde, que ornamenta a parte superior de um candil de disco impresso (utensílio de iluminação), é uma peça de cerâmica, revestida a vidrado de cor verde; encontrada no interior de um dos palácios existentes dentro da alcáçova de Silves, tendo servido para iluminar aquele espaço na 2.ª metade do século XII. A composição gráfica destes dois elementos simboliza a forte influência Mourisca e Cristã, que Silves teve no seu passado histórico e que esteve sempre presente nas recriações históricas que fazem parte da animação da Feira Medieval de Silves.
Pretende-se, desta forma, que este elemento gráfico seja unificador de todas as imagens gráficas da Feira
Medieval de Silves, passando a ter presença obrigatória nos suportes gráficos e merchandising da mesma, a par do logotipo da autarquia de Silves.
AFeira Medieval de Silves volta a ser exemplo na adoção de medidas ambientais adequadas que promovem os conceitos de sustentabilidade, recebendo a categoria de ECOEVENTO, certificação atribuída pela ALGAR, a qual mantém desde 2016. Neste processo, a Algar, enquanto empresa certificada e responsável pelo Sistema de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) do Algarve, assegura formação específica aos responsáveis pela higiene e limpeza do recinto, disponibilizando os equipamentos para a deposição de resíduos (nomeadamente sacos verdes, azuis e amarelos, que permitem a separação dos mesmos).
A organização da Feira Medieval de Silves procura, por seu turno, continuar a sensibilizar os visitantes para o cumprimento das boas práticas no que toca a este tema, por forma a que todos contribuam para a redução do impacto ambiental do evento.
Acreditando que é possível existir uma utilização sustentável do mar, a par com a preservação e proteção dos seus valores naturais, e reconhecendo a excelência do ecossistema da Baía de Armação de Pêra, o Município de Silves, a Junta de Freguesia de Armação de Pêra, a Associação de Pescadores de Armação de Pêra, a Universidade do Algarve, através do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), e a Fundação Oceano Azul, constituíram-se como promotores e dinamizadores da criação de uma ÁREA MARINHA PROTEGIDA DE INTERESSE COMUNITÁRIO. Esta baía beneficia de condições particulares e do maior recife rochoso costeiro de Portugal. Unidas pelo interesse e vontade comuns em proteger a extrema riqueza deste recife,
estas entidades pretendem alcançar uma utilização sustentável, promovendo a pesca local e o turismo de natureza sustentáveis, a par com a sua preservação e a proteção dos seus valores naturais, biodiversidade e serviços (capital natural azul).
Ao longo do processo participativo que visa a criação da Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário, rapidamente se tomou consciência da importância desta iniciativa não apenas para o concelho de Silves, mas para toda a região do Algarve, e daí que seja hoje um projeto intermunicipal, que integra também os Municípios de Albufeira e Lagoa.
Visite Armação de Pêra e mergulhe nesta aventura!
A“Rota da Laranja” promove o concelho e a marca criada para esse efeito – SILVES CAPITAL DA LARANJA, dando a conhecer o território, da serra ao mar. Património histórico, adegas, gastronomia, experiências de apanha de laranja e visita a pomares e a instalações de embalamento são os grandes atrativos desta proposta, que apresenta uma importante inovação: uma aplicação (APP) que permitirá descobrir o que esta rota tem para oferecer, criando percursos adaptados a cada utilizador, à sua disponibilidade de tempo e vontade de conhecer.
Conversas com personagens históricos, fotografias 360º, total customização dos itinerários, dão uma singularidade a esta iniciativa, que leva os interessados numa viagem de descoberta única e especial! Descobrir o património e a história, de uma forma criativa, atual e recorrendo a ferramentas tenológicas inovadoras!
Aguardamos por si em Silves, da serra ao mar.
Oaspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira a Geoparque Mundial da UNESCO é uma área territorial com limites bem definidos, que possuindo um património geológico de grande relevo a nível nacional e internacional, alia uma estratégia de geoconservação e um conjunto de políticas de educação e sensibilização ambiental, à promoção de um desenvolvimento socioeconómico sustentável baseado em atividades de geoturismo, envolvendo as comunidades locais, contribuindo para a valorização e promoção dos produtos locais. Oficializado em 2019 como ASPIRANTE A GEOPARQUE MUNDIAL DA UNESCO junto da Comissão Nacional da UNESCO, é membro observador no Fórum Português de Geoparques, tendo iniciado de imediato um trabalho de sensibilização junto das populações locais sobre o conceito de Geoparque em todo o seu território, estando a preparar o dossiê de formalização da respetiva candidatura à rede Mundial de Geoparques da UNESCO. O aspirante Geoparque Algarvensis é um território identitário, inspirador, transformador, de pertença, que convida a visitar, fixar e investir, de forma consciente e em harmonia com os valores naturais e culturais presentes. É, em suma, uma maneira feliz de estar e de viver o território, legando-o às gerações vindouras!
Criada com o intuito de promover um dos produtos tradicionais do concelho que mais se tem vindo a afirmar no mercado nacional e internacional nos últimos tempos, esta marca contribui igualmente para a promoção do concelho, nomeadamente, sendo levada a eventos como a Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL ou feiras (como as de Santarém, Palmela, Guarda, entre outras) e servindo como chapéu para a realização de eventos de grande impacto e sucesso, como o JAZZ NAS ADEGAS (também marca registada da autarquia).
A marca tem suportado, ainda, diversas ações de cariz mais cultural, permitindo divulgar, por exemplo, a figura de João de Deus (poeta e pedagogo messinense). A revitalização da atividade vitivinícola no concelho, sendo o concelho algarvio que tem maior quantidade de quintas - e os níveis de excelência atingidos e reconhecidos por especialistas nacionais e estrangeiros dos vinhos produzidos localmente proporcionam uma notoriedade e visibilidade que é determinante e que tem de ser destacada.
Aliás, o surgimento desta marca e a promoção do vinho enquadra-se na filosofia da Citta Slow, de que Silves é membro, já que este movimento internacional tem como objetivo divulgar e salvaguardar as práticas e saberes ancestrais, promovendo o desenvolvimento sustentável. Do mesmo modo, tem servido como mote para a divulgação de outros produtos, como é o caso da cortiça, já que Silves é igualmente membro da RETECORK – Rede Internacional de Territórios Corticeiros.
Conheça os produtores associados a esta marca: Vinhos João Clara, PÁXA Wines, Quinta do Barradas, Quinta do Francês, Vinhos Cabrita, Herdade Barranco do Vale, Barranco Longo, Quinta dos Vales - Marquês dos Vales, JAAP, Quinta da Malaca, Quinta do Convento do Paraíso e Quinta dos Sentidos. Dar a conhecer os Vinhos de Silves, “é dar a conhecer um património único, fruto do trabalho de quem cultiva a terra, a nossa terra, e aplica o seu saber para renovar uma arte quase tão antiga como a Humanidade”, explica Rosa Palma, a Presidente da Câmara Municipal de Silves.