TO HABITCIONAL CONCURSO
CONJUNTO HABITACIONAL EIXO NORTE/ /SUL, LOURES OA > SRLVT
Oserviço de encomenda é um dos principais veículos da OA para promover a arquitetura de qualidade, bem como a justa seleção, contratualização e remuneração dos serviços prestados pelos arquitetos. Em conjunto com os promotores, tem levado a cabo um trabalho de aperfeiçoamento dos programas e contribuído para a transparência dos processos, através da nomeação de um jurado com experiência no programa a concurso e com um percurso profissional exemplar.
Os concursos de conceção em particular, ao colocar a concurso apenas os projetos e estabelecendo à partida as futuras condições a que o vencedor estará sujeito, é também uma forma de democratizar o acesso à profissão e permitir uma evolução dos projetistas na escala e nos programas a que se dedicam.
Os concursos são também uma oportunidade única de ter uma grande quantidade de profissionais debruçados sobre um determinado problema. Dos concursos resulta um vencedor, que desejavelmente se materializará num edifício, mas também um conjunto de projetos, de produção intelectual, que importa não perder.
Estas publicações são, portanto, um documento para o futuro. Um património coletivo, que poderá ser utilizado como fonte de conhecimento para participantes em concursos similares e também como registo histórico da arquitetura feita no nosso tempo. SÉRGIO
ANTUNES VICE-PRESIDENTE E RESPONSÁVEL PELO PELOURO DA ENCOMENDA
CONJUNTO HABITACIONAL EIXO NORTE/SUL, LOURES
CONCURSO PROMOTOR > MUNICÍPIO DE LOURES ASSESSORIA TÉCNICA > OA - SECÇÃO REGIONAL LISBOA E VALE DO TEJO
O concurso é lançado no âmbito do programa da Estratégia Local de Habitação do Município de Loures, que estabeleceu uma necessidade de 100 fogos para esta área de intervenção em Camarate, que se situa ao lado do viaduto Eixo Norte/Sul e delimitada por zonas de habitação de AUGI (Áreas Urbanas de Génese Ilegal), sendo atualmente uma zona de terreno baldio, no qual são depositados lixos e onde algumas áreas foram apropriadas por moradores das zonas envolventes.
JÚRI DO CONCURSO
• PRESIDENTE
Luis Jorge Rodrigues de Carvalho (arquiteto).
• MEMBRO EFETIVO INDICADO
PELA CÂMARA MUNICIPAL DE LOURES
Ana Maria Martins Luis (arquiteta paisagista).
Lucília da Conceição Caetano da Silva Reis (engª).
João Filipe Pereira Martins (arquiteto).
• MEMBRO EFETIVO INDICADO PELA SECÇÃO
REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO
DA ORDEM DOS ARQUITECTOS
Pedro Matos Gameiro (arquiteto).
PUBLICAÇÃO
Abril 2022
PRÉMIOS
1° : € 12 000,00
2° : € 7 000,00
3° : € 5 000,00
VALOR BASE
€ 836 900,00 + IVA
ESTIMATIVA DE CUSTO DE OBRA
€ 16 738 000,00 + IVA
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
Tendo cada elemento do Júri procedido à análise de cada um dos trabalhos e após amplo debate entre os mesmos, com troca de opiniões e entendimentos sobre as soluções apresentadas, passou o mesmo Júri à valoração dos trabalhos em apreço de acordo com os fatores de avaliação expressos no artigo 17o dos Termos de Referência e respetivas ponderações::
A . Qualidade da solução arquitetónica (40%)
B. Funcionalidade (30%)
C . Exequibilidade da solução (15%)
D. Preocupações ambientais (15%)
RELATÓRIO FINAL
1º CLASSIFICADO: A proposta apresenta no seu todo uma solução adequada e que responde ao Programa Preliminar, demonstrando uma correta perceção do programa, fortalecido por um modelo urbano com capacidade de eleger uma nova centralidade, e em simultâneo, resolver o espaço público à escala do habitante local. O plano demonstra competência na interpretação e transformação do local, atento a diversas escalas e desafios que o território apresenta, resultando em espaços verdes qualificadores do espaço público. A simplicidade na solução apresentada, como a honestidade na proposta construtiva, resulta numa retidão e clareza nas propostas tipológicas, com garantia de maximização das áreas construídas e, conferindo em simultâneo a salubridade dos espaços – arejados e com ventilação transversal. Deste modo e igualmente promovida uma hierarquia espacial bem definida que se espelha num projeto com uma boa solução programática e funcional, que valoriza a inclusão social e integração com a envolvente urbana.
Quanto a forma edificada e aos materiais propostos, a proposta evidencia uma preocupação com a integração na envolvente, com especial referência para a materialidade escolhida no revestimento das fachadas, sendo a solução adequada numa perspetiva de manutenção e durabilidade futuras.
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EIXO NORTE/SUL
HABIT.
2º CLASS.: A proposta apresenta uma solução com uma implantação inovadora, exprimindo-se num conjunto de edifícios, orgânicos na sua forma, dispostos sobre o terreno numa lógica radial, os quais formam espaços públicos comuns entre o edificado de uma forma mais natural. A integração com a envolvente, com especial ênfase na solução da ponte pedonal, materializa uma fluidez na articulação entre os diferentes espaços e usos. O trabalho apresenta uma solidez compositiva que reforça o sentido unitário do conjunto havendo ainda que referi que a morfologia dos edifícios gera tipologias que apresentam alguns problemas de organização.
envolvente. Quanto a forma edificada e aos materiais propostos, a proposta não evidencia uma grande integração com a sua envolvência, com especial referência para a materialidade escolhida no revestimento das fachadas principais, não sendo a solução mais adequada numa perspetiva de manutenção e durabilidade futuras. A proposta apresentada excede o numero de pisos limite indicado.
… 3º CLASS.: A proposta apresenta uma implantação que respeita o desenho base inicial, no entanto, não foi trabalhado de forma intrínseca o programa funcional do edificado com o espaço público, denotando-se deste modo, a falta de lógicas sociais e comunitárias na proposta que em última instância fortaleceria a inclusão social e a integração com a envolvente. As tipologias propostas, apresentam um desenho equilibrado, funcional e adequado em todas as suas variantes, beneficiando, no entanto, do facto da proposta exceder o número de pisos previstos.
… 5º CLASS.: A proposta apresentada não trabalha de um modo geral a relação do espaço público com o edificado, apoiando-se num conjunto de zonas verdes de enquadramento que negligenciam as relações espaciais e articulação entre os diferentes espaços e usos, não tirando partido da capacidade do espaço público de potenciar a vida social e a apropriação comunitária dos espaços comuns. Os edifícios, não apresentam formas e materialidades que promovam a integração e correlação com a envolvente pública, tornando-se deste modo inadequados para um conjunto habitacional, cujo objetivo se deva centrar do 1o direito a habitação cujo objetivo se centra numa clara relação entre o espaço público e o edificado. A solução das tipologias embora no geral seja funcional, apresenta nalguns casos quartos muito reduzidos, que consideramos ser evitável.
6º CLASS.: A proposta apresentada evidencia uma materialidade não adequada quer para a exequibilidade financeira da solução, quer também para o respetivo custo de manutenção. A intervenção no espaço público, que beneficia de um jogo de elementos e usos comunitários, cinge-se apenas à praça central, descurando a potencialidade dos restantes espaços intersticiais, criados pela relação entre os blocos edificados. A organização das tipologias apresenta, no geral, algumas deficiências que resultam em situações de falta de articulação e funcionalidade entre elas.
RESULTADO FINAL
… 4º CLASS.:
A proposta apresenta, de um modo positivo, uma clara quebra da planta base com um plano inovador na sua implantação edificada, exprimindo-se numa solução de criação de um espaço público comum de dimensões consideráveis ladeado por uma implantação de geometria variável. A criação de hortas comunitárias aproveitando o declive natural, a ligação entre a cota do conjunto habitacional e a cota do bairro adjacente, destaca esta proposta na sua resolução do espaço público e da relação com a estrutura urbana
1º CLASSIFICADO: (concorrente) Focus Group – Design & Consultancy, Lda; (coordenação) Nuno Malheiro da Silva. / 2º CLASS.: (conc.) Miguel Marcelino, Arquitectura, Lda; (coord.) Miguel Enes Marcelino. / 3º CLASS.: (conc.) Campos Costa Arquitectos, Lda; (coord.) Pedro Campos Costa. / 4º CLASS.: (conc.) Ideias Emergentes- Arte, Arquitetura e Produção Cultural, CRL; (coord.) Ricardo João Gil Pereira. / 5º CLASS.: (conc.) Oficina de Projetos de Arquitetura UNUM, Lda; (coord.) Andrea Amorim Castro Soutinho. / 6º CLASS.: (conc.) Proengel – Projectos de engenharia e arquitectura, Lda; (coord.) Marta Lousada Falcão.
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CONJ. HABIT. EIXO NORTE/SUL
1º CLASSIFICADO
CONCORRENTE
> FOCUS GROUP – DESIGN & CONSULTANCY, LDA
COORDENAÇÃO
> NUNO MALHEIRO DA SILVA
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CONJ. HABIT. EIXO NORTE/SUL
12 1º CLASS. 1/3
13 1º CLASS. 2/3
14 1º CLASS. 3/3
2º CLASSIFICADO
CONCORRENTE
> MIGUEL MARCELINO, ARQUITECTURA, LDA
COORDENAÇÃO
>
MIGUEL ENES MARCELINO
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CONJ. HABIT. EIXO NORTE/SUL
16 2º CLASS. 1/3
17 2º CLASS. 2/3
18 2º CLASS. 3/3
3º CLASSIFICADO CONCORRENTE
>
CAMPOS COSTA ARQUITECTOS, LDA COORDENAÇÃO
> PEDRO CAMPOS COSTA
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CONJ. HABIT. EIXO NORTE/SUL
20 3º CLASS. 1/3
21 3º CLASS. 2/3
22 3º CLASS. 3/3
4º CLASSIFICADO CONCORRENTE
> IDEIAS EMERGENTES – ARTE, ARQUITETURA
E PRODUÇÃO CULTURAL, CRL
COORDENAÇÃO
> RICARDO JOÃO GIL PEREIRA
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CONJ. HABIT. EIXO NORTE/SUL
26 4º CLASS. 1/3
27 4º CLASS. 2/3
28 4º CLASS. 3/3
5º CLASSIFICADO CONCORRENTE
> OFICINA DE PROJETOS DE ARQUITETURA UNUM, LDA
COORDENAÇÃO
> ANDREA AMORIM CASTRO SOUTINHO
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CONJ. HABIT. EIXO NORTE/SUL
30 5º CLASS. 1/3
31 5º CLASS. 2/3
32 5º CLASS. 3/3
6º CLASSIFICADO CONCORRENTE
> PROENGEL – PROJECTOS DE ENGENHARIA E ARQUITECTURA,
LDA
COORDENAÇÃO > MARTA LOUSADA FALCÃO
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CONJ. HABIT. EIXO NORTE/SUL
34 6º CLASS. 1/3
35 6º CLASS. 2/3
36 6º CLASS. 3/3