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Língua Portuguesa

ISABELLA PESSÔA DE MELO CARPANEDA ANGIOLINA DOMANICO BRAGANÇA

2 Componente curricular: Língua Portuguesa

2o. ano Ensino Fundamental Anos iniciais

manual do professor MATERIAL DIGITAL

São Paulo | 1a. edição | 2018



Encontros Língua Portuguesa – 2.º ano (Ensino Fundamental – Anos iniciais) Copyright © Isabella Pessôa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança, 2018

Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio

Editora Natalia Taccetti Equipe de edição IEA Soluções Educacionais Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes Gerente de arte Ricardo Borges Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno

Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Carpaneda, Isabella Pessôa de Melo Encontros língua portuguesa, 2º ano : componente curricular língua portuguesa : ensino fundamental, anos iniciais / Isabella Pessôa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01300-0 (aluno) ISBN 978-85-96-01301-7 (professor) 1. Português (Ensino fundamental) I. Bragança, Angiolina Domanico. II. Título. 17-11507 CDD-372.6 Índices para catálogo sistemático: 1. Português : Ensino fundamental 372.6

EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.


Sumário Apresentação ........................................................................................................ 4 1o bimestre Plano de desenvolvimento: Versos, alfabeto e adequação da linguagem..................... 16 Projeto integrador: Brincando de roda e com o texto ..................................................... 20 1a sequência didática: Palavras em versos ..................................................................... 32 2a sequência didática: O alfabeto ..................................................................................... 40 3a sequência didática: Estruturas silábicas ..................................................................... 46 4a sequência didática: Leitura de mensagens de internet .............................................. 51 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 55

2o bimestre Plano de desenvolvimento: Histórias ............................................................................... 72 Projeto integrador: Lendas................................................................................................ 76 1a sequência didática: Contos .......................................................................................... 86 2a sequência didática: Letras maiúsculas e minúsculas ................................................ 94 3a sequência didática: Os direitos das crianças ............................................................ 100 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 109

3o bimestre Plano de desenvolvimento: Anúncios e contos ............................................................. 128 Projeto integrador: Alimentação saudável ..................................................................... 132 1a sequência didática: Anúncios .................................................................................... 143 2a sequência didática: Contos maravilhosos................................................................. 151 3a sequência didática: Sinônimos e antônimos............................................................. 155 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 160

4o bimestre Plano de desenvolvimento: Artigos de divulgação científica e fábulas ....................... 176 Projeto integrador: Fábulas e educação para o meio ambiente ................................... 180 1a sequência didática: Lendo textos de divulgação científica ...................................... 192 2a sequência didática: Fábulas ....................................................................................... 199 3a sequência didática: Marcas de nasalidade ............................................................... 206 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 210


Língua Portuguesa – Apresentação

Apresentação Organização deste Material Digital Este documento apresenta o Manual do Professor – Material Digital, considerando os seguintes aspectos: organização do material; conteúdos e objetivos; e relação com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2017). Este Material Digital tem um caráter complementar ao livro impresso, mas também pode ser trabalhado separadamente. Portanto, será possível encontrar caminhos alternativos para a exploração dos conteúdos tratados em cada disciplina, favorecendo o desenvolvimento das habilidades e competências estabelecidas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, dispostas na terceira versão da BNCC. O Material Digital desta coleção de Português é organizado em volumes, de 1o a 5o ano, divididos em orientações didáticas para cada um dos quatro bimestres do ano letivo. Essas orientações estão organizadas em: 

Plano de desenvolvimento

Sequência didática

Projeto integrador

Proposta de acompanhamento da aprendizagem

É importante salientar que todas as propostas contidas neste material são sugestões. Portanto, podem ser adaptadas às diversas realidades escolares e aos propósitos educacionais docentes.

Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento apresenta os objetivos, habilidades e conteúdos que serão trabalhados ao longo do bimestre letivo. Ele orienta os objetivos, as competências, os conteúdos e a relação com a prática didático-pedagógica que serão desenvolvidos nas Sequências Didáticas, bem como na Proposta de Aprendizagem e no Projeto Integrador. Em resumo, para cada bimestre, há um Plano de desenvolvimento, funcionando como um documento norteador dos principais temas propostos no livro impresso. Ele está organizado em: Objetos de conhecimento; Habilidades; Relações com a prática didático-pedagógica; Práticas em sala de aula, Foco e Para saber mais. A seções Objetos de conhecimento, Habilidades e Relações com a prática didático-pedagógica estão de acordo com as orientações apresentadas na terceira versão da BNCC para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Na seção Práticas em sala de aula, são sugeridas orientações que podem ser adotadas para o desenvolvimento das atividades propostas. A seção indica ainda os resultados esperados, de modo a fornecer ao professor diretrizes para avaliação ao final do bimestre. A subseção Foco indica sugestões quanto ao acompanhamento das aprendizagens dos alunos e orientações quanto a situações em que os alunos apresentem dúvidas em relação a algum conteúdo ou situação de sala de aula. 4


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Ao final, pode apresentar ainda a seção Para saber mais, com indicações de livros, sites, vídeos, filmes, revistas, entre outras publicações, associadas aos conteúdos abordados no decorrer do bimestre ou às práticas docentes em sala de aula, por exemplo.

Sequência didática A Sequência didática oferece práticas complementares às do material impresso. Cada bimestre apresenta três ou quatro sequências didáticas para abordar os conteúdos propostos, indicando propostas para organização e desenvolvimento das aulas e para distribuição do tempo necessário para a execução das atividades. As sequências indicam procedimentos de abordagem do tema, contemplando diferentes gêneros textuais trabalhados no material impresso. Em cada sequência é sugerida, no mínimo, uma avaliação, por meio da qual o professor poderá verificar o desenvolvimento da aprendizagem, se foi alcançado o objetivo relacionado ao desenvolvimento da(s) habilidade(s) proposta(s). Algumas sequências apresentam ainda os tópicos Para trabalhar dúvidas e Ampliação, que indicam possibilidades para o professor auxiliar os alunos em eventuais dúvidas, bem como fornece referencial teórico para ampliação das temáticas desenvolvidas. Essas sequências podem ser adaptadas aos diferentes contextos e realidades escolares. Assim, o professor pode adaptar a sequência sugerida de acordo com sua turma e sua região.

Projeto integrador Uma das formas mais eficazes de ação interdisciplinar no contexto escolar é a realização de projetos. Os Projetos integradores consistem no planejamento e na execução de ações que integrem diferentes componentes curriculares e áreas de conhecimento, de modo aplicado ao contexto dos alunos em suas comunidades. Dessa forma, a aprendizagem se torna vivencial e, por isso, mais significativa, verdadeira e interessante. O Projeto integrador objetiva proporcionar a interdisciplinaridade e a contextualização dos assuntos propostos por meio da conexão entre diferentes disciplinas. A interdisciplinaridade é a interação entre duas ou mais disciplinas, que pode ir desde a simples comunicação de ideias até a integração recíproca dos conceitos fundamentais e da teoria do conhecimento, da metodologia e dos dados de pesquisa. (ZABALA, 2010. p. 143.)

Diante disso, o Projeto vai ao encontro da ideia de realizar conexões entre as disciplinas, proporcionando aos alunos um enriquecimento do conteúdo exposto, motivando-os a participar do processo de aprendizagem e estabelecendo relações com os temas estudados. Neste Material Digital, há um Projeto integrador por bimestre. A duração de cada um varia de acordo com a proposta desenvolvida, mas todos apresentam a mesma estrutura: Justificativa; Objetivos; Competências; Habilidades (conforme a terceira versão da BNCC); Materiais utilizados; Propostas de avaliação de aprendizagem (incluindo a autoavaliação); Cronograma; Produtos a serem desenvolvidos e, ainda, materiais de consulta adicionais. Vale lembrar que os conteúdos propostos, bem como as atividades e avaliações disponibilizadas na coleção, são sugestões que poderão ser adaptadas conforme a realidade dos alunos. Assim, ressaltamos que o professor tem total liberdade para realizar as adequações que considerar necessárias para aproximar o material de seus propósitos educacionais. 5


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Proposta de acompanhamento da aprendizagem A Proposta de acompanhamento da aprendizagem visa a identificar se foram alcançados os objetivos previstos no bimestre. Apresenta duas versões: uma para ser entregue aos alunos para que responda às questões sugeridas; outra para o professor, que apresenta também respostas e comentários às questões. No texto direcionado ao professor, há orientações que incluem não apenas as sugestões de respostas, mas também explicações adicionais, como, por exemplo, a relação das questões com as habilidades indicadas na BNCC. Ao final, há uma Ficha de Acompanhamento de Aprendizagem, que inclui as habilidades trabalhadas nas questões, bem como a identificação do nível de compreensão para cada uma delas; e um modelo de Ficha de Acompanhamento Individual, estruturada para ser preenchida pelo professor, elencando os avanços e os desafios dos alunos, caso a caso.

A proposta pedagógica da coleção de Língua Portuguesa Ensino e aprendizagem no letramento e na alfabetização Com o avanço em estudos que contemplam o ensino e a aprendizagem na alfabetização, sabemos que não basta decodificar as letras e compreendê-las em uma ou outra situação comunicativa. Nesse momento, o importante é contribuir para o letramento e possibilitar a formação de leitores e escritores competentes nas mais variadas situações. As novas tecnologias colaboram para aprimorar as práticas didáticas. Com isso, o Material Digital apresenta ao professor sugestões de atividades complementares aos conteúdos abordados no livro do aluno, enriquecendo, assim, sua prática. Esse material é uma das possibilidades de atuação do professor no sentido de complementar a prática docente e auxiliar os alunos no alcance dos objetivos de aprendizagem pretendidos. A coleção tem como ponto de partida a terceira versão da BNCC, cujos objetivos, expectativas e estratégias são contemplados no livro do aluno e também no manual do professor. Saber ler e escrever é um direito de todo cidadão. Assim, para propiciar a cidadania, é preciso promover estratégias que valorizem a leitura e escrita como meios de comunicação, propondo atividades que sejam significativas para os alunos em situações sociocomunicativas reais. As práticas de leitura e produção textual de diferentes gêneros textuais podem contribuir para que os alunos compreendam e exercitem os diferentes usos da língua.

Leitura Durante muito tempo, a tradição escolar definiu como conteúdo de leitura o exercício de decifrar letras. Ler emitindo sons para cada uma das letras era a situação que ilustrava a aprendizagem da leitura. Hoje, sabemos que não basta ler um texto em voz alta para que seu conteúdo seja compreendido, e a decifração é apenas uma, entre muitas, das competências envolvidas nesse ato. Ler é, acima de tudo, atribuir significado. Para tanto, é fundamental oferecer aos alunos textos que circulam em diferentes esferas e de diferentes gêneros. 6


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Um leitor ativo deve ser crítico, estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios e o os conhecimentos adquiridos na leitura. Deve, ainda, rever suas hipóteses formadas antes da leitura, para confirmá-las ou para reformulá-las. Por isso é importante retomar com os alunos as hipóteses levantadas no decorrer da leitura para que as predições possam ou não ser validadas. Ao trabalhar os três conhecimentos no processamento textual – linguístico, de mundo e interacional –, o leitor, segundo Kock (2002 apud KOCK; ELIAS, 2015, p. 40), usa várias estratégias simultâneas para compreender o texto. O contato com uma variedade de gêneros textuais, tanto orais quanto escritos, resulta em ampliação do conhecimento de mundo. Ao ter consciência de que ler não é só decodificar palavras ou frases, mas fazer uso de operações mais complexas que levam a relacionar, deduzir, inferir e formular hipóteses, atinge-se a compreensão leitora. O conhecimento prévio é um dos aspectos que constituem esse complexo processo. Ao ser ativado, auxilia o leitor na análise e interpretação textual, a partir da realização de inferências e da formulação de hipóteses. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto. É porque o leitor utiliza justamente diversos níveis de conhecimento que interagem entre si, a leitura é considerada um processo interativo. Pode-se dizer com segurança que sem o engajamento do conhecimento prévio do leitor não haverá compreensão. (KLEIMAN, 2013. p. 15.)

Para atingir a proficiência leitora, desde cedo, os alunos precisam participar efetivamente das práticas de leitura. Nos anos iniciais de escolarização, essa participação se dará em boa parte por meio da mediação do professor, que, muitas vezes, precisará atuar como leitor para seus alunos. A leitura de um texto tem início antes mesmo de o leitor começar a lê-lo de fato. Ao entrar em contato com um texto, na maioria das vezes, o leitor realiza várias operações, ainda que de modo inconsciente: observa a apresentação gráfica, as imagens, lê o título, as legendas, tenta identificar o gênero textual que tem diante dos olhos. Atualmente, uma capacidade leitora importante é perceber as relações estabelecidas entre o texto e as imagens, e isso pode ser observado pela presença expressiva de textos multimodais na sociedade em que vivemos, especialmente no meio digital. O texto é o centro das práticas de linguagem e, portanto, o centro da BNCC para Língua Portuguesa, mas não apenas o texto em sua modalidade verbal. Nas sociedades contemporâneas, textos não são apenas verbais: há uma variedade de composição de textos que articulam o verbal, o visual, o gestual, o sonoro – o que se denomina multimodalidade de linguagens. (BRASIL, 2017. p. 63.)

Nesse sentido, Dionisio (2006) chama a atenção para o fato de que nossa sociedade está cada vez “mais visual”, mostrando que os textos multimodais “são textos especialmente construídos que revelam as nossas relações com a sociedade e com o poder que a sociedade representa”. 7


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Segundo Rojo e Moura (2011), a multimodalidade não é apenas a soma de linguagens, mas a interação entre linguagens diferentes em um mesmo texto. A leitura deve ser considerada um processo interativo entre o leitor, o texto e seu autor. Conforme Antunes (2003, p. 67), “a atividade da leitura completa a atividade da produção escrita. É, por isso, uma atividade de interação entre sujeitos e supõe muito mais que a simples decodificação dos sinais gráficos.”. Para tanto, o leitor precisa mobilizar diversas estratégias e capacidades de leitura. Um primeiro aspecto fundamental para o desenvolvimento do processo de leitura é estabelecer um objetivo. Além dos objetivos sugeridos pelo material didático, é necessário que o professor explore e enfatize outras possibilidades, de acordo com as necessidades dos alunos. Outro aspecto importante durante o processo de leitura é a exploração dos conhecimentos prévios dos alunos para auxiliá-los na compreensão das entrelinhas do texto. Durante a leitura propriamente dita, diferentes capacidades de leitura são acionadas, como as de localização, comparação e generalização de informações, as quais permitem encontrar informações, compará-las ou generalizá-las. Além disso, o leitor proficiente é capaz de produzir inferências sobre o texto e ser capaz de construir as relações de intertextualidade e interdiscursividade presentes nele. Por fim, a compreensão de um texto supõe um diálogo com ele, pois, para Antunes “a leitura é parte da interação verbal escrita, enquanto implica a participação cooperativa do leitor na interpretação e na reconstrução do sentido das intenções pretendidas pelo autor” (2003, p. 66). Portanto, neste Material Digital, são oportunizadas atividades que exploram a leitura como um ponto de partida para inserir os alunos no mundo letrado, fazendo-os perceber a relevância da leitura nas mais diversas situações comunicativas.

Práticas e estratégias de leitura Ao ler um texto, é fundamental que algumas estratégias sejam acionadas. Neste Material Digital, são sugeridas algumas ações que propiciam o interesse dos alunos pela leitura, levando-os a percebê-las como prática social. Entre as ações que envolvem a prática da leitura, destacam-se: a seleção do material; o levantamento de hipóteses, por meio de questionamentos que acionem os conhecimentos prévios dos alunos; a confirmação ou não das hipóteses levantadas; e o entendimento depreendido a partir do texto. Nesse sentido, Solé (1998) nos mostra as estratégias necessárias para que a leitura aconteça de forma eficiente, apresentando três momentos: antes, durante e depois. De acordo com a autora, a estratégia de trabalhar com o texto antes de lê-lo propicia o levantamento de hipóteses sobre o assunto que será abordado a partir do título, das imagens, do gênero, do suporte textual, etc. Essas hipóteses podem ou não ser validadas no momento em que a leitura é realizada, esclarecendo informações e aumentando o repertório de conhecimento do leitor. Depois da leitura, espera-se que o leitor seja capaz de construir inferências, trocar impressões, bem como sintetizar e analisar o texto lido. As estratégias de leitura são processos cognitivos que facilitam a compreensão da leitura, tornando-a mais ágil e eficaz. No Material Digital desta coleção, espera-se que os alunos ampliem habilidades relacionadas à prática de leitura, instigando-os a acionar seus conhecimentos prévios para adquirir um novo aprendizado, o qual pode ser construído por meio de leituras diversas, permitindo a eles confirmar ou refutar o que imaginaram previamente para serem capazes, posteriormente, de extrair da leitura algo que lhes tenha sido significativo, o que transformará seu conhecimento.

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Leitura silenciosa A leitura silenciosa é parte fundamental no processo de compreensão do texto. Para que o processo de leitura silenciosa seja significativo para os alunos, é importante que o professor explicite quais são os objetivos da leitura a ser realizada. No primeiro contato com o texto, é importante levantar hipóteses a partir de seu título, bem como de suas imagens, auxiliando na construção da autonomia leitora. Neste Material Digital, são sugeridos diversos momentos que oportunizam a leitura silenciosa, com o objetivo de propiciar aos alunos o contato com o texto para acionar seus conhecimentos prévios de forma autônoma e realizar a leitura construindo sentidos para o texto escrito, considerando as hipóteses depreendidas no primeiro contato com o texto.

Leitura em voz alta De acordo com os objetivos das atividades das aulas, a leitura em voz alta pode ser trabalhada de duas maneiras: ora deve ser realizada pelo professor, ora pelos alunos. A leitura realizada em voz alta pelo professor promove a aproximação dos alunos ao universo literário. Durante os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, é importante que o professor seja um modelo de leitor, tornando-se, dessa forma, uma referência para os alunos. Por outro lado, o trabalho com leitura em voz alta, feita pelos alunos, dá a eles oportunidades de associar os sons das letras a suas grafias, permitindo que utilizem seu conhecimento para antecipar o que pode estar escrito no texto. Assim, eles também constroem hipóteses sobre o texto lido, validando-as durante a leitura ou reformulando-as, o que torna a leitura significativa. As atividades sugeridas neste Material Digital associam as atividades de leitura à produção da escrita, uma vez que os textos propiciam a ampliação dos conhecimentos sobre o sistema de escrita, além de favorecerem o aprendizado da leitura sem precisar decodificar cada letra.

Textos, vários textos A diversidade de gêneros textuais existentes no mundo letrado colabora para o reconhecimento de textos diversos que pertencem à esfera social, facilitando o trabalho do professor, partindo do “já conhecido” para apresentar algo novo aos alunos. Nesse sentido: Tal como acontece na vida fora da escola, as oportunidades de leitura devem variar, no sentido de que os textos propostos sejam de gêneros diferentes (contos, fábulas, poemas, editoriais, notícias, comentários, cartas, avisos, propagandas etc.) e no sentido de que os objetivos propostos para a leitura sejam também diferentes, alterando-se, para tanto, as estratégias de leitura e de interpretação. Deve-se fortalecer também a atenção dos alunos para as diferenças lexicais (de vocabulário) e morfossintáticas entre o texto falado de forma coloquial e o texto escrito formal; também se deve exercitar o uso apropriado dessas diferenças. Nessa mesma perspectiva da diversificação, devem-se providenciar oportunidades para os alunos manusearem diferentes tipos de material escrito (por exemplo: rótulos, listas, cartazes, folhetos, revistas, jornais, livros), de maneira que possam perceber diferenças de linguagem e de apresentação, por conta das diferenças do suporte em que o texto circula. (ANTUNES, 2003. p. 82-83.)

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Linguagem oral A prática da oralidade está presente nas diferentes situações sociocomunicativas do mundo letrado. Permitir aos alunos aprender a escutar com atenção o professor e os colegas, a falar respeitando sua vez, emitir opiniões sobre assuntos discutidos em sala de aula, bem como participar de rodas de conversa para expor suas experiências vividas são algumas sugestões presentes neste Material Digital que visam à formação de um cidadão crítico e que se sinta seguro para colocar seus pontos de vista diante de quaisquer públicos, sendo esse um dos objetivos do ensino da Língua Portuguesa. Vale ressaltar que as práticas que exploram a oralidade também desenvolvem o reconhecimento e o respeito pela diversidade linguística, o que é fundamental para evitar situações de preconceito. Sendo assim, o eixo Oralidade inclui conhecimentos sobre as diferenças entre língua oral e língua escrita e os usos adequados da oralidade em interações formais e convencionais. Além disso, considerando que a língua oral não é uniforme, pois varia em função de diferenças de registros – formais ou informais –, de diferenças regionais (relativamente numerosas na vastidão do território nacional), de diferenças sociais (determinadas pelo pertencimento a esta ou àquela camada social) –, esse eixo inclui também conhecer as variedades linguísticas da língua oral e assumir atitude de respeito a essas variedades, o que é fundamental para que se evitem preconceitos linguísticos. (BRASIL, 2017. p. 64.)

Produção de textos Assim como a leitura, as práticas de escrita estão presentes nas mais variadas situações sociocomunicativas, estando atreladas, dessa forma, ao letramento. Portanto, toda escrita responde a um propósito funcional qualquer, isto é, possibilita a realização de alguma atividade sociocomunicativa entre as pessoas e está inevitavelmente em relação com os diversos contextos sociais em que essas pessoas atuam. (ANTUNES, 2003. p. 48.)

Para desenvolver a competência escritora, é preciso relacioná-la diretamente à competência leitora, uma vez que ambas possibilitam o contato com as especificidades presentes em diferentes gêneros textuais. Ao escrever, é necessário compreender o objetivo dessa prática. Assim, nesse momento, deve-se ter clareza em relação a alguns aspectos, como para que escrever, para quem escrever e como escrever, adequando a linguagem à sua função social.

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A escrita compreende a aprendizagem da codificação de palavras e textos (o domínio do sistema alfabético de escrita), o desenvolvimento de habilidades para produzir textos com coerência, coesão e adequado nível de informatividade. Além disso, a aprendizagem da produção textual envolve habilidades de uso adequado de variedades linguísticas; por exemplo, a escolha do registro apropriado à situação de interação (formal ou informal), a consideração da variedade social ou regional ao se dar voz a personagens de determinada região ou camada social em uma narrativa ou relato, entre outros. (BRASIL, 2017. p. 64.)

Para que o processo de produção textual tenha êxito, é fundamental propor diferentes atividades que contemplem as distintas e integradas etapas da escrita, tais como o planejamento, a elaboração, a revisão e a reescrita. A primeira etapa, o planejamento, consiste na delimitação do tema, bem como dos objetivos. Nessa etapa, também se escolhe o gênero textual. A segunda etapa, a elaboração da escrita, corresponde à tarefa de registrar no papel o que foi planejado anteriormente. A terceira etapa é o momento de análise do que foi escrito, ou seja, quando o sujeito avalia o que produziu, podendo perceber como suas ideias estão organizadas, se o texto traz a mensagem desejada, decidindo o que está bom e o que precisa ser retirado e/ou reformulado. A quarta e última etapa corresponde ao momento da reescrita com base na análise realizada durante a revisão do texto. Toda escrita pressupõe a reescrita. Por isso é importante mostrar aos alunos a necessidade de escrever e reescrever o texto, revisando-o até que seja considerado adequado à sua finalidade e possa, assim, ser finalizado. Durante o processo de escrita, é importante que o professor planeje intervenções baseadas nas produções dos alunos, estabelecendo critérios específicos para cada intervenção, como ortografia, concordância, marcas da oralidade. Essas intervenções devem ter como objetivo proporcionar a reflexão dos alunos sobre seus próprios textos e estimular, assim, o pensamento crítico e a autonomia dos alunos. Tornar-se um usuário da escrita eficiente e independente implica saber planejar, escrever, revisar (reler cuidadosamente), avaliar (julgar se está bom ou não) e reelaborar (alterar, reescrever) os próprios textos. Isso envolve bem mais que conhecimentos e procedimentos, mais do que saber fazer, porque requer a atitude reflexiva de voltar-se para os próprios conhecimentos e habilidades pra avaliá-los e reformulá-los. (BRASIL, 2008. p. 52.)

Revisão em função da situação comunicativa O processo de revisão da escrita pressupõe o aprimoramento da linguagem a ser utilizada, considerando, para isso, a função comunicativa do gênero em questão, para poder revisá-lo com base em alguns recursos discursivos. As produções textuais podem ser voltadas para as mais diversas situações, tais como texto particular, texto voltado aos alunos da mesma turma, texto dirigido aos pais ou a outros alunos da escola e texto público. Os textos particulares são escritas pessoais dos alunos, os quais não necessitam da intervenção do professor, podendo o próprio escritor revisar e alterar o que achar pertinente. 11


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Os textos voltados aos alunos da mesma turma são atividades que podem ficar expostas na sala de aula, podendo o professor e os colegas revisarem os textos juntos e sugerirem alterações para melhorar o texto do colega, visando, dessa forma, ao aprimoramento da escrita. Já em relação aos textos dirigidos aos pais ou a outros alunos da escola, a revisão poderá ser realizada coletivamente até que a turma esgote suas possibilidades de correção, respeitando o aprendizado adquirido até o momento. Por fim, o texto público visa à produção textual para alguém que está fora do ambiente escolar. Nesse caso, é importante que o professor corrija aspectos que os alunos ainda não são capazes de alcançar nessa fase de escolarização. Neste Material Digital, são sugeridas diferentes atividades que propiciam o processo de escrita em cada uma das etapas já citadas, como planejamento, elaboração, revisão e reescrita, visando à formação de escritores competentes, respeitando, para isso, as especificidades de cada turma dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Ortografia, por que ensinar? Neste Material Digital, são sugeridas atividades que exploram a ortografia em dois sentidos: as palavras regulares e as irregulares. As regulares são palavras que obedecem a regras, permitindo sua escrita, mesmo sem antes nunca ter sido vista pelo escritor; e as irregulares dependem do conhecimento prévio de quem vai escrevê-las. Em relação à irregularidade das palavras, são sugeridas propostas de atividades que exploram a ativação dos conhecimentos prévios dos alunos para permitir a conscientização da existência de tais irregularidades e a necessidade de memorizar a grafia correta das palavras. Para isso, o professor poderá usufruir de banco de palavras e/ou dicionários para permitir aos alunos refletir sobre o processo de escrita de tais palavras e, assim, apropriarem-se do aprendizado, podendo retomá-lo em situações futuras. Incorporar a norma ortográfica é consequentemente um longo processo para quem se apropriou da escrita alfabética. Não podemos nos assustar e, em nome da correção ortográfica, censurar ou diminuir a produção textual no dia a dia. Enfatizo que o ensino sistemático de ortografia não pode se transformar em “freio” às oportunidades de a criança apropriar‑se da linguagem escrita pela leitura e composição de textos reais. Se o trabalho de reescrita e produção de textos é fundamental para nossos alunos avançarem em seus conhecimentos sobre a língua escrita, não se pode, por outro lado, esperar que eles aprendam ortografia apenas “com o tempo” ou “sozinhos”. É preciso garantir que, enquanto avançam em sua capacidade de produzir textos, vivam simultaneamente oportunidades de registrá‑los cada vez mais de forma correta. (MORAIS, 1982.)

Análise linguística A análise linguística visa a oportunizar o aprofundamento do conhecimento prévio dos alunos nas mais variadas situações comunicativas, levando-os a refletir sobre o processo de leitura e escrita e aprimorando seu entendimento sobre esse processo.

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Fazer os alunos compreenderem as modalidades oral e escrita da língua é o objetivo deste Material Digital. Portanto, são sugeridas atividades que exploram os eixos de conhecimentos linguísticos e gramaticais, de acordo com a BNCC, de modo que propiciem aos alunos o reconhecimento de estruturas linguísticas para, assim, poder elaborar novos textos, sejam eles orais ou escritos. Nesse sentido, o eixo Conhecimentos linguísticos e gramaticais compreende, no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, o processo de alfabetização, e se amplia, ao longo do Ensino Fundamental, pelas práticas de análise linguística e gramatical, estreitamente relacionadas com o desenvolvimento produtivo das práticas de oralidade, leitura e escrita. A alfabetização – a aprendizagem do sistema alfabético de escrita – é importante porta de acesso ao mundo letrado. A reflexão sobre as estruturas linguísticas e as regras de concordância e de regência e a apropriação de recursos semânticos, sintáticos e morfológicos são fundamentais para a expansão da capacidade de produzir e de interpretar textos. (BRASIL, 2017. p. 64-65)

Construção de pontes entre as diferentes disciplinas Atualmente, a construção do conhecimento visa trabalhar de forma integrada as diferentes disciplinas presentes no âmbito escolar, para que o objeto de ensino seja significativo para os alunos, podendo ser percebido em situações reais de comunicação. Uma característica importante da Língua Portuguesa nesse processo é a variedade de gêneros textuais trabalhados na disciplina, os quais possibilitam sua relação com outras áreas do conhecimento. Ao longo deste Material Digital, para cada bimestre, é sugerido um Projeto integrador, que visa trabalhar a Língua Portuguesa integrada com outras disciplinas, de forma que explore a linguagem em outras áreas, a fim de contribuir para a ampliação do olhar dos alunos em relação ao conteúdo que estão aprendendo.

Pesquisa escolar A pesquisa é parte fundamental no processo de ensino e aprendizagem. Ao realizar uma pesquisa, os alunos acionam estratégias que permitem a apropriação de novos saberes. Porém, para que essa atividade seja realizada com êxito, é preciso ensiná-la. A pesquisa é desenvolvida com prática e orientação do professor. Ao mostrar aos alunos alguns documentos para pesquisa, por exemplo, eles poderão ter contato com suportes textuais reais, com a oportunidade de aprender como utilizá-los e qual a função deles na sociedade letrada. Para pesquisar, é preciso oferecer aos alunos um ponto de partida, direcionando-os à pesquisa. Nesse momento, também é importante instruir em qual suporte textual a pesquisa deverá ser realizada, o qual é uma fonte de informação e de conhecimento. Além disso, é importante que as atividades de pesquisa sejam planejadas pelo professor, para que os alunos percebam a seriedade de tal atividade e passem a realizá-la, futuramente, com autonomia.

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A realização das pesquisas explora habilidades linguísticas fundamentais a serem trabalhadas nas aulas de Língua Portuguesa, tais como a escrita e a leitura das informações registradas e, também, a oralidade, uma vez que os alunos podem expor oralmente a pesquisa realizada. No decorrer deste Material Digital, são sugeridas algumas atividades de pesquisa que têm como objetivo estimular o conhecimento de mundo dos alunos para, assim, aprofundá-lo, bem como aprimorar seus conhecimentos linguísticos.

Avaliação Uma forma de analisar o desenvolvimento de aprendizagem dos alunos, bem como nortear a continuidade do trabalho do professor, é realizar o processo de avaliação por diferentes estratégias. Inicialmente, deve-se realizar uma avaliação diagnóstica para conhecer as necessidades dos alunos, para, então, planejar o trabalho que será feito com eles. Depois, é importante que a avaliação seja realizada durante o processo de aprendizagem, em uma avaliação contínua, de modo que o professor possa rever suas ações e planejar novas propostas, buscando uma aprendizagem efetiva. Diante disso, a avaliação diagnóstica será, com certeza, um instrumento fundamental para auxiliar cada educando no seu processo de competência e crescimento para a autonomia, situação que lhe garantirá sempre relações de reciprocidade. (LUCKESI, 2006. p. 44.)

Considerando a terceira versão da BNCC, os eixos organizadores que contemplam leitura, escrita, oralidade, conhecimentos linguísticos e gramaticais colaboram para o desenvolvimento da aprendizagem de Língua Portuguesa e, portanto, merecem ser avaliados, para que, assim, o processo seja analisado em seu todo e o conhecimento prévio dos alunos seja desenvolvido e aprofundado. Ao longo deste Material Digital, são sugeridas avaliações que visam à qualidade do processo de ensino e aprendizagem. Por isso são propostas avaliações dos alunos em relação aos conteúdos trabalhados, para subsidiar o professor na verificação do que os alunos já aprenderam, bem como do que ainda precisa ser assimilado por eles, apontando, assim, a necessidade de novas estratégias para alcançar o objetivo proposto. Outra sugestão de avaliação são as autoavaliações, que permitem que tanto o professor quanto o aluno reconheçam os avanços obtidos no decorrer das atividades, propiciando um melhor direcionamento. Esperamos que o Material Digital desta coleção possa contribuir para as práticas em sala de aula, proporcionando oportunidades de reflexão por meio de sugestões para o trabalho docente, a fim de propiciar o reconhecimento do ser humano em sua integridade, para, dessa forma, construir uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

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Língua Portuguesa – Apresentação

Bibliografia ANTUNES, Irandé. Aula de português – encontro e interação. São Paulo: Parábola, 2003. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília, DF: MEC, 2017. BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Básica. Pró-Letramento: programa de formação continuada de professores dos anos/séries iniciais do ensino fundamental – alfabetização e linguagem. Brasília, DF: MEC/SEB, 2008. DIONISIO, Ângela P. Gêneros multimodais e multiletramento. In: KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (Org.). Gêneros textuais, reflexões e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006. KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 15. ed. Campinas: Pontes, 2013. KOCK, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2015. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 18. ed. São Paulo: Cortez, 2006. MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 1982. ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2011. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. ZABALA, Antoni (Org.). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010.

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Plano de desenvolvimento: Versos, alfabeto e adequação da linguagem Serão abordados conteúdos com o objetivo de ampliar os conhecimentos dos alunos em relação ao sistema de escrita alfabética. O trabalho proposto será desenvolvido, especialmente, com base no estudo de textos versificados, como parlendas e quadras populares, e acrósticos. Além disso, será recomendada a apresentação do alfabeto maiúsculo e minúsculo e trabalhada a função social da ordem alfabética. Também será abordada a adequação do registro de linguagem com relação às mensagens instantâneas.

Conteúdos    

Textos versificados: quadrinhas, parlendas e cantigas Alfabetos maiúsculo e minúsculo Ordem alfabética Registro formal e informal

Objetos de conhecimento e habilidades Objeto de conhecimento

 

Habilidade Relação com a prática didático-pedagógica

Objetos de conhecimento

Habilidades

    

  

Fluência de leitura para a compreensão do texto (EF02LP09) Ler, com autonomia e fluência, textos curtos, com nível de textualidade adequado, silenciosamente e, em seguida, em voz alta. Observar a postura e a participação dos alunos durante as atividades de leitura. Oferecer oportunidades de leitura de textos curtos de variados gêneros textuais. Consciência grafofonêmica Consciência silábica Conhecimento do alfabeto Estruturas silábicas (EF02LP29) Ler e escrever palavras com correspondências regulares diretas entre letras e fonemas (f, v, t, d, p, b) e correspondências regulares contextuais (c e g; e e o, em posição átona em final de palavra). (EF02LP30) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras. (EF02LP31) Recitar o alfabeto na ordem das letras. (EF02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva. 16


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

 

  Relação com a prática didático-pedagógica

Objeto de conhecimento

 

Habilidade 

Relação com a prática didático-pedagógica

(EF02LP33) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas. (EF02LP35) Memorizar a grafia de palavras frequentes no ambiente escolar e nos textos lidos na sala de aula, independentemente da estrutura silábica e de correspondências irregulares fonema-grafema. (EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos. São partes fundamentais da alfabetização o desenvolvimento da consciência grafofonêmica, da consciência silábica e o conhecimento do alfabeto e das estruturas silábicas. Para trabalhar essas habilidades, propor brincadeiras para que a ordem das letras seja memorizada, trava-línguas para estimular a consciência grafofonêmica, jogos com palavras do cotidiano e sílabas, anagramas, diagramas etc. Mensagem instantânea (EF02LP22) Escrever e responder, em meio digital, mensagens instantâneas para amigos, colegas ou familiares, mantendo as características do gênero textual. Hoje, sendo o aluno um nativo digital, é fundamental que ele saiba reconhecer quais são os gêneros textuais utilizados para a comunicação pela internet. Um deles são as mensagens instantâneas pessoais, dirigidas geralmente a familiares ou a amigos, ou seja, elas possuem uma conotação informal que justifica o uso de abreviações e de emoticons, por exemplo. Para trabalhar esse conteúdo, a análise de abreviações e imagens utilizadas ajudará na construção do conhecimento e, portanto, na percepção de qual linguagem é apropriada ou não.

Práticas de sala de aula No início do ano letivo, é importante que se estabeleça, com seus alunos, as regras e os procedimentos que serão adotados durante as aulas. Os alunos devem perceber que há uma rotina e regras a serem seguidas para que eles se desenvolvam e aprendam. Lembre-se, por exemplo, de que as tarefas e os trabalhos devem ser entregues nas datas previamente combinadas. Esclareça também que, quando alguém está falando, é respeitoso que os demais não falem ao mesmo tempo, de forma que se crie um ambiente harmonioso de aprendizagem. Antes do início do trabalho programado para o ano, é interessante fazer uma atividade diagnóstica. Com os resultados dela, é possível verificar se as habilidades contempladas no ano anterior foram apreendidas por todos. Assim, pode-se retomar o trabalho com determinadas habilidades ou orientar alunos com dúvidas pontuais. Nessa etapa do Ensino Fundamental, toda a sala de aula deve ser um ambiente alfabetizador. Para isso, deixe à vista dos alunos: alfabeto, lista com os nomes de todos os alunos, calendário com os nomes dos meses e dos dias da semana, figura humana com os nomes das partes do corpo etc. 17


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

A organização da sala de aula também deve variar: ora em roda, ora em grupos, ora em duplas, ora individualmente. A disposição dos alunos deve ser escolhida de acordo com a atividade que será desenvolvida. O trabalho em duplas ou em grupos é importante para desenvolverem habilidades socioemocionais de respeito, negociação e tolerância. Também podem ser formadas duplas em que um aluno com mais facilidade em determinado conteúdo ajude o outro com mais dificuldade. Ao iniciar o bimestre, registre na lousa os conteúdos que serão trabalhados e peça aos alunos que os copiem. Essa prática é importante para que professor e alunos tenham clareza dos objetivos a serem alcançados. Indique, com antecedência, os livros paradidáticos que serão solicitados no bimestre, de modo que os alunos tenham tempo de fazer o empréstimo na biblioteca do colégio ou em uma biblioteca pública. Também informe à biblioteca da escola quais serão esses livros. Assim, o responsável por esse espaço poderá verificar o número de exemplares disponíveis e quais títulos não fazem ainda parte do acervo e organizar-se em relação aos empréstimos que serão solicitados. No início de cada aula, escreva na lousa o local, a data e o conteúdo que será abordado e peça aos alunos que façam esse registro no caderno, o que os ajudará a se organizarem. Logo em seguida, retome alguns conhecimentos trabalhados nas aulas anteriores e estabeleça a conexão entre eles e o conteúdo a ser abordado na aula. Depois, faça sempre o levantamento do conhecimento prévio dos alunos para, então, introduzir o conteúdo a ser desenvolvido ao longo da aula. As sequências didáticas sugeridas para o bimestre ampliam alguns pontos e desenvolvem outras habilidades que serão importantes para o aluno fazer a progressão em seus estudos, como o trabalho com as mensagens instantâneas (EF02LP22), no qual o foco deve ser o registro de linguagem mais informal, adequado a esse gênero textual. Quando for desenvolver conteúdos relacionados a meios digitais, enfatize a informação de que o uso da internet deve sempre ser supervisionado pelos pais ou responsáveis, pois há muitos sites e aplicativos que não são apropriados para crianças. Considerando que uma das principais habilidades trabalhadas nesse bimestre (EF02LP09) trata da leitura, é fundamental que se fomente essa prática. Isso pode ser conseguido com a oferta de variados gêneros textuais e livros adequados à idade. Pode ser criado um canto de leitura na sala, com uma minibiblioteca comunitária para que os alunos tenham a possibilidade de emprestar livros ou ler nas horas de intervalo. A frequência de leitura também deve ser planejada. Podem-se programar idas semanais à biblioteca da escola, incentivando os alunos a manusearem e escolherem livros para empréstimo. Na semana seguinte, em roda, cada aluno relata o que leu e, novamente, todos escolhem um livro para ler durante a semana. Também pode ser organizada uma excursão a uma biblioteca pública, para que os alunos percebam esse espaço não só como um local de armazenamento de livros, mas um lugar para estudos e pesquisa, levando-os a perceber a organização da biblioteca, com livros catalogados, ou seja, organizados de acordo com um padrão preestabelecido, de forma que facilite a localização da obra solicitada etc. Além dessas atitudes, o professor alfabetizador deve ser, também, um leitor e contador de histórias. Os alunos dessa faixa etária ainda estão muito vinculados à fantasia e encantam-se com uma história bem lida e/ou contada. Esse encantamento desperta a vontade de ler. Por isso, no seu planejamento, devem ser contemplados momentos em que lê e conta histórias para os alunos. Ainda durante as rodas de leitura, antes de iniciar a leitura dos livros, estimule os alunos a criarem hipóteses sobre o que será lido com base em títulos, legendas, imagens e pistas gráficas. Após a leitura, devem ser dirigidas atividades que permitam que todos possam reconstruir as condições de produção e recepção dos textos. 18


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Os conhecimentos linguísticos (habilidades EF02LP29, EF02LP30, EF02LP31, EF02LP32, EF02LP33, EF02LP35 e EF02LP36) são mais bem assimilados se trabalhados de maneira lúdica. Algumas atividades que visam ao aprimoramento do conhecimento do alfabeto, da consciência grafofonêmica e da consciência silábica são: completar palavras, realizar diagramas, acrósticos, anagramas, participar de jogos de grafia e divisão silábica e de troca de sílabas no início, meio ou fim da palavra. Esses jogos podem ocorrer em diferentes momentos: durante as aulas, em períodos de recreação ou no caminho entre a entrada da escola e a sala de aula, por exemplo. Para o próximo bimestre, espera-se que os alunos tenham desenvolvido as habilidades a seguir para poderem progredir. Nessa fase, é provável que já sejam capazes de ler textos curtos de forma autônoma, o que envolve a habilidade (EF02LP09), que é essencial para o desenvolvimento das demais habilidades (EF02LP29, EF02LP30, EF02LP31, EF02LP32, EF02LP33, EF02LP35 e EF02LP36), relacionadas à consciência grafofonêmica, à consciência silábica, ao conhecimento do alfabeto e às estruturas silábicas. São habilidades fundamentais para que os alunos prossigam adequadamente no processo de alfabetização.

Foco Ao fazer o acompanhamento constante dos alunos, observe o progresso individual e da turma no desenvolvimento das habilidades. Caso identifique um ou mais alunos com dificuldade, será possível atuar para buscar melhorias no processo de ensino e de aprendizagem. Como já mencionado, a formação de duplas com conhecimentos próximos é uma estratégia para que alunos possam trocar experiências e avançarem em relação ao sistema de escrita alfabética. Sempre que possível, proponha comparações entre palavras que começam ou terminam com as mesmas letras e chame a atenção da turma para escritas expostas na sala de aula que ajudem a escrever o que desejam. Em relação às tarefas para casa, é importante que os alunos saibam que tipo de atividade realizarão e por que a estão realizando. Reserve um tempo da aula para retomar essas tarefas com a turma. Ressalta-se que mais importante do que lições de casa feitas com correção é o fato de elas servirem como aprendizagem em relação ao cumprimento de compromissos. Nessa faixa etária, a participação da família é fundamental para o avanço dos alunos. Assim, os pais ou responsáveis devem estar a par do trabalho que está sendo desenvolvido, para que compreendam as estratégias que estão sendo utilizadas para desenvolver o conteúdo e a autonomia dos alunos. Por isso a importância de documentar os progressos de cada aluno e compartilhá-los com os responsáveis nas reuniões propostas na escola.

Para saber mais 

Alfabetização e letramento: conceitos e relações. Material pedagógico organizado por Carmi Ferraz Santos e Márcia Mendonça (Belo Horizonte: Autêntica, 2007), para a formação de professores de Língua Portuguesa que articula e sistematiza as discussões sobre os conceitos de alfabetização e letramento. Disponível em: <http://pacto.mec.gov.br/ images/pdf/Formacao/Alfabetizacao_letramento_Livro.pdf>. Acesso em: 22 out. 2017. Canções, parlendas, quadrinhas, para crianças novinhas. Livro, de Ruth Rocha (São Paulo: Salamandra, 2009), que reúne canções, parlendas e quadrinhas para as crianças conhecerem mais textos da tradição oral.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Educação Física

Projeto integrador: Brincando de roda e com o texto 

Conexão com: LÍNGUA PORTUGUESA, ARTE e EDUCAÇÃO FÍSICA Este projeto propõe a integração das habilidades trabalhadas em Língua Portuguesa, em Arte e em Educação Física. Espera-se a revisitação e a retomada dos conceitos de rima e parlendas. Além disso, propõe-se a ampliação dos conhecimentos por meio das brincadeiras populares e da elaboração de acrósticos, ou seja, uma poesia em que as letras iniciais dos versos formam uma palavra.

Justificativa O desenvolvimento da linguagem oral e escrita, bem como a corporal, é um dos mais importantes elementos para os alunos ampliarem suas possibilidades de inserção e participação nas diversas práticas sociais. Aprender uma língua não é somente aprender palavras, mas também os seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio sociocultural entendem, interpretam e representam a realidade. As parlendas, riquezas do nosso folclore, beneficiam a realização de um trabalho interessante e dinâmico, além de familiarizar o aluno com novas palavras e rimas, contextualizando e dando sentido às atividades desenvolvidas em sala de aula. O trabalho com brincadeiras, muitas acompanhadas de parlendas, amplia a socialização e a consciência corporal dos alunos, mostra a importância do respeito às regras e ao desempenho individual, além de fazê-los conhecer e valorizar o patrimônio cultural da sociedade em que estão inseridos. Também por meio das parlendas, eles podem perceber a música e a dança como formas de expressão artística. Após o estudo das parlendas e das brincadeiras populares, como produto final, os alunos elaborarão acrósticos. Esse trabalho proporcionará uma rica brincadeira com palavras, seus sons e significados.

Objetivos       

Identificar as rimas nas palavras. Reconhecer, em parlendas, palavras que rimam. Desenvolver a consciência fonológica e fonêmica. Reconhecer as características e finalidades de dois gêneros textuais: parlenda e acróstico. Desenvolver atitudes de interação, colaboração e troca de experiências em grupo. Expressar-se artisticamente de maneira lúdica, com autonomia, crítica e autoria. Ampliar a socialização por meio de brincadeiras.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Educação Física

Competências e habilidades

Competências desenvolvidas

Habilidades relacionadas*

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. Língua Portuguesa (EF01LP01) Expressar-se, em situações de intercâmbio oral, com autoconfiança (sem medo de falar em público), para explorar e apresentar informações, esclarecer dúvidas, trocar ideias, propor, criar ou engajar-se em jogo ou brincadeira. (EF02LP09) Ler, com autonomia e fluência, textos curtos, com nível de textualidade adequado, silenciosamente e, em seguida, em voz alta. (EF02LP14) Inferir, em textos curtos, informações implícitas de fácil identificação. (EF02LP15) Identificar a função sociocomunicativa de textos que circulam em esferas da vida social, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem produziu, a quem se destinam. (EF02LP19) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização, estrutura; o tema e assunto do texto. (EF02LP26) Reler os textos produzidos, com a mediação do professor e colaboração dos colegas, para fazer cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação. (EF02LP42) Identificar recursos rítmicos e sonoros e o efeito de sentido de metáforas, em textos versificados. (EF02LP46) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas e poemas, além de cantar músicas e canções, com ritmo, melodia e sonoridade, observando as rimas. Arte (EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo21


2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Educação Física

-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. Educação Física (EF12EF01) Experimentar e fruir diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas. (EF12EF02) Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral e escrita), as brincadeiras e jogos populares do contexto comunitário e regional, reconhecendo e valorizando a importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas de origem. * A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.

O que será desenvolvido Começando com uma brincadeira de roda, os alunos deverão estabelecer a relação entre os assuntos estudados ao longo das aulas para chegar ao produto final, ou seja, a produção de acrósticos.

Materiais           

Livros sobre brincadeiras populares Exemplos de acrósticos Lápis de cor, canetas hidrocor ou giz de cera Papéis sulfite Papéis coloridos Papéis com alta gramatura, papel-cartão ou palitos de sorvete Cartolina Régua Tesoura com pontas arredondadas Cola Papel kraft ou tecido

Etapas do projeto Cronograma  

Tempo de produção do projeto: 4 semanas (3 aulas nas três primeiras semanas e 2 na última) Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 11 aulas

Aula 1: Sensibilização e apresentação do projeto Pergunte aos alunos se eles sabem o que é parlenda. Em seguida, peça-lhes que recitem algumas. Registre na lousa exemplos de parlendas e solicite que registrem no caderno ou em uma folha avulsa para serem usadas nas próximas aulas com objetivos específicos. Quando se parte do repertório dos próprios alunos, a atividade se torna mais significativa. 22


2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Educação Física

Investigue se os alunos sabem quem escreveu as parlendas e quando elas foram escritas. Promova com eles uma reflexão sobre como as conhecem e se acreditam que as futuras gerações também as conhecerão. Se sim, “Como isso poderá acontecer?”. Direcione a discussão para que os alunos percebam que as parlendas pertencem ao nosso folclore e são transmitidas oralmente de geração a geração. Caso necessário, para exemplificação, seguem sugestões de parlendas. PAPAGAIO LOURO DO BICO DOURADO LEVA ESSA CARTINHA PRO MEU NAMORADO SE TIVER DORMINDO BATE NA PORTA SE TIVER ACORDADO DEIXE O RECADO. (FOLCLORE.)

CORRE CUTIA, NA CASA DA TIA. CORRE CIPÓ, NA CASA DA VÓ. LENCINHO NA MÃO, CAIU NO CHÃO. MOÇA BONITA, DO MEU CORAÇÃO… (FOLCLORE.)

AMANHÃ É DOMINGO, PEDE CACHIMBO. O CACHIMBO É DE OURO, BATE NO TOURO. O TOURO É VALENTE, BATE NA GENTE. A GENTE É FRACO, CAI NO BURACO. O BURACO É FUNDO, ACABOU-SE O MUNDO. (FOLCLORE.)

O MACACO FOI À FEIRA NÃO TEVE O QUE COMPRAR COMPROU UMA CADEIRA PRA COMADRE SE SENTAR A CADEIRA ESBORRACHOU COITADA DA COMADRE FOI PARAR NO CORREDOR. (FOLCLORE.)

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TÁ COM FRIO? TOMA BANHO NO RIO. TÁ COM CALOR? TOMA BANHO DE REGADOR. UM, DOIS, FEIJÃO COM ARROZ, TRÊS, QUATRO, FEIJÃO NO PRATO, CINCO, SEIS, FALAR INGLÊS, SETE, OITO, COMER BISCOITO, NOVE, DEZ, COMER PASTÉIS. (FOLCLORE.)

ERA UMA BRUXA, À MEIA-NOITE, EM UM CASTELO MAL-ASSOMBRADO, COM UMA FACA NA MÃO, PASSANDO MANTEIGA NO PÃO. (FOLCLORE.)

O PAPAGAIO COME MILHO, PERIQUITO LEVA A FAMA. CANTAM UNS E CHORAM OUTROS, TRISTE SINA DE QUEM AMA. (FOLCLORE.)

QUEM VAI AO AR, PERDE O LUGAR. QUEM VAI AO VENTO, PERDE O ASSENTO. QUEM VAI À RIBEIRA, PERDE A CADEIRA. (FOLCLORE.)

Para finalizar, peça aos alunos que, para a aula seguinte, façam uma pesquisa com os pais ou responsáveis sobre parlendas. Peça que escolham uma, registrem e a tragam na data combinada, para ser recitada para os colegas.

Aula 2: Criando com rimas Inicie a aula perguntando aos alunos como foi a conversa com os pais ou responsáveis e que parlenda eles trouxeram. Retome algumas delas citadas na aula anterior e acrescente outras registradas pelos alunos. Ao fazer a leitura das parlendas, dê ênfase às rimas. Explique que elas contribuem para dar sonoridade às parlendas.

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Depois disso, selecione algumas e peça aos alunos que pintem as palavras que rimam. Logo em seguida, liste essas palavras, na lousa, para que eles possam ver o que elas têm em comum, ou seja, que são palavras que terminam com o mesmo som, ou parecido. Solicite também aos alunos que citem outras palavras que rimam com as escritas na lousa para verificar se eles compreenderam o significado desse conceito. Para finalizar a aula, sugira que eles, em duplas ou trios, modifiquem a parlenda a seguir, criando outras rimas, porém sem que o texto perca o seu sentido. ERA UMA BRUXA, À MEIA-NOITE, EM UM CASTELO MAL-ASSOMBRADO, COM UMA FACA NA MÃO, PASSANDO MANTEIGA NO PÃO. (FOLCLORE.)

As parlendas criadas ficarão diferentes, mas deverão manter um sentido lógico. Ao final, solicite aos alunos que recitem ou leiam suas criações para a turma, enfatizando a importância de entonação, ritmo, clareza e gestos.

Aula 3: Ilustrando a parlenda criada Inicie a aula com a retomada das atividades das duas aulas anteriores. Distribua folhas coloridas e peça aos alunos que copiem nelas a parlenda criada na aula 2. Solicite que caprichem na letra porque os trabalhos serão expostos. Em outra folha, agora sulfite, oriente a turma a fazer um desenho que ilustre a parlenda, lembrando-os de que a imagem tem de ter relação com o texto escrito. Eles devem desenhar e colorir livremente, soltando a imaginação. Explique que esse é apenas um esboço e que o desenho definitivo será feito na próxima aula. No entanto, devem fazê-lo pensando em como irão colocar essa ilustração na folha onde escreveram a parlenda. Explique-lhes que poderão usar todo o espaço da folha na qual está a parlenda ou apenas as bordas, por exemplo. Também é importante lembrá-los de que haverá uma moldura, então precisam deixar uma margem para isso, pois assim evitarão que a moldura cubra parte da ilustração ou do texto.

Aula 4: Preparando a exposição em sala de aula Para começar a aula, explique a todos os alunos que serão feitos os preparativos para a exposição das parlendas ilustradas em um mural na sala de aula. Para isso, eles irão, com base na ilustração rascunhada na aula anterior, fazer a versão definitiva na mesma folha colorida em que escreveram a parlenda. Separe um espaço na sala de aula para o mural, o qual pode ser feito com papel kraft ou tecido, por exemplo. Organize a disposição dos trabalhos no mural com a turma, orientando-os quanto aos espaços entre as produções, em que lugar devem ficar para uma melhor visualização e serem atrativos a quem irá contemplá-los. Construa também com os alunos molduras para os trabalhos expostos com papel de alta gramatura ou palitos de sorvete, por exemplo, de modo a prepará-las para a grande exposição na escola dos acrósticos da classe, que é o objetivo final deste projeto. A seguir, alguns exemplos de formatos de molduras.

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Parinya Feungchan/Shutterstock.com

Modelos de moldura de trabalho para exposição, os quais podem ser feitos com cartolina ou palitos de sorvete, por exemplo.

Aula 5: Relacionando a parlenda a uma brincadeira Para começar a aula, retome o que foi tratado nas aulas anteriores sobre as parlendas pertencerem ao nosso folclore e terem sido transmitidas oralmente de geração a geração. Informe que, por serem de tradição oral, muitas vezes, há várias versões de uma mesma parlenda, bem como adaptações dependendo da região em que estão sendo transmitidas. Explique que muitas parlendas retratam brincadeiras que também são passadas de geração a geração, como as brincadeiras de roda. A seguir, há uma parlenda que pode ser usada para brincar. CORRE CUTIA, NA CASA DA TIA. CORRE CIPÓ, NA CASA DA VÓ. LENCINHO NA MÃO, CAIU NO CHÃO. MOÇA BONITA, DO MEU CORAÇÃO. (FOLCLORE.)

Escreva a parlenda na lousa e pergunte quem conhece a brincadeira em que essa parlenda é recitada. Peça aos que a conhecem que expliquem as regras da brincadeira “Corre cutia” aos colegas, fazendo com que se sintam colaboradores e incentivando-os ao compartilhamento do conhecimento. Depois, convide todos para brincar, no pátio da escola, de “Corre cutia”, recitando a parlenda. Ao realizar a brincadeira, observe se entenderam as regras e se perceberam o ritmo da parlenda. Com isso, espera-se que os alunos usufruam das práticas corporais, apreciando essa brincadeira da cultura popular. No final da aula, solicite aos alunos que perguntem a seus pais ou responsáveis quais eram as brincadeiras tradicionais que eles faziam quando eram crianças. Peça também que tragam para a escola, na próxima aula, as regras de uma dessas brincadeiras anotadas no caderno.

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Aula 6: Brincadeiras populares Nesta aula, explique aos alunos que eles irão conhecer algumas brincadeiras que as crianças de outras épocas usavam para se divertir e que, depois, eles irão experimentar também. Em seguida, organize a exposição oral das brincadeiras pelos alunos e lembre-os de que cada um tem de esperar a sua vez, respeitando o colega quando ele fala e prestando atenção ao que está dizendo. Comece as apresentações. Cada aluno deve dizer o nome da brincadeira e explicar como se brinca e quem da sua família se divertia com ela. Ao término das apresentações, comente que esse saber, transmitido pelas gerações, faz parte da nossa cultura e deve ser valorizado. Em seguida, pergunte quais dessas brincadeiras eles já conheciam. Espera-se que algumas das brincadeiras sejam familiares aos alunos e que, com isso, possam fazer a relação de que elas são transmitidas de geração a geração. Depois, organize a classe em cinco grupos e defina uma brincadeira para cada grupo. Verifique o local onde essas brincadeiras podem ser feitas: se na sala de aula ou no pátio da escola. Determine um tempo para que cada grupo brinque, antes de trocar para outra diferente e assim sucessivamente. Durante as atividades, garanta o cumprimento de regras e o respeito a todos os colegas.

Aula 7: Pesquisando mais brincadeiras populares Nesta aula, os alunos devem aprofundar a pesquisa sobre brincadeiras populares. Para isso, verifique previamente se a pesquisa será feita em sala de aula, na biblioteca ou no laboratório de informática para fazer a pesquisa on-line. Peça-lhes que, em duplas ou trios, pesquisem sobre várias brincadeiras populares entre as crianças no Brasil. A pesquisa deve abordar os seguintes aspectos:   

NOME DA BRINCADEIRA; ORIGEM DA BRINCADEIRA; REGRAS DA BRINCADEIRA.

Peça que registrem no caderno as informações que encontrarem, pois esse material será utilizado na próxima aula. Após a consulta às fontes de pesquisa e para encerrar a aula, propicie um momento de troca de ideias e informações entre os alunos. Disponha os alunos em círculo para que possam comentar sobre o que pesquisaram, o que aprenderam sobre as brincadeiras, o que acharam interessante e até o de que não gostaram.

Sugestões de materiais para a pesquisa dos alunos 

Brasileirinhos. O conteúdo do link trata de brinquedos, jogos e brincadeiras tradicionais, que vêm tanto dos povos que deram origem à nossa nação (o indígena, o branco, o negro), como de outras terras longínquas. Num mundo cada vez mais urbanizado, industrializado e informatizado, a tendência é que muitas das brincadeiras tradicionais percam espaço nas preferências infantis. Mesmo assim, jogos e brinquedos como a peteca, a amarelinha, a ciranda, a pipa e a cama de gato têm um valor cultural inestimável, e o lugar dessas brincadeiras já está garantido no folclore. Disponível em: <https://brasileirinhos.wordpress. com/brincadeiras/>. Acesso em: 23 out. 2017. 27


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Brincadeiras cantadas de cá e de lá, de Ana Tatit e Marsitela Loureiro. São Paulo: Melhoramentos, 2013. Livro composto por 30 canções acompanhadas das brincadeiras que as envolvem. São brincadeiras de roda coletadas pelas autoras e oriundas do folclore de vários países. 365 ideias para criar e brincar, de Fiona Watt. São Paulo: Nobel, 2014. O livro ensina a fazer figuras com papel de seda, pinturas de monstros com tinta, pintura com folhas secas, “gente de colher de pau”, máscara de caubói, chapéu de fada e traz muitas outras ideias criativas.

Aula 8: Planejando o acróstico No início da aula, proponha aos alunos que pensem em todo o processo de aprendizagem, desde as parlendas até as brincadeiras, verbalizando o que acharam mais interessante. Propicie a troca de informações entre os alunos, pois a aprendizagem entre colegas é uma forma colaborativa de divisão do conhecimento, visto que não há a figura do detentor do saber. Todos aprendem e todos ensinam constantemente e, muitas vezes, quando um aluno reproduz as explicações do professor ou de outra pessoa com as próprias palavras, acaba por construir o próprio conhecimento e oferece oportunidade de outros colegas compreenderem melhor as informações. Após a reflexão sobre o processo de aprendizagem, pergunte se os alunos sabem o que é um acróstico. Em seguida, explique que acróstico é um tipo de poesia em que as letras iniciais dos versos formam uma palavra. Se achar conveniente, distribua ou reproduza alguns exemplos de acrósticos para a turma e explore a leitura deles para que todos percebam como eles são produzidos. R ir E xperimentar C orrer R epartir E spreguiçar I maginar O que eu quero é ser feliz!

M ariane, Mariane... A morosa, R isonha, I nteligente, A miga. N inguém E (´) tão legal assim...

A manhece, e o galo canta: L evanta! Cocoricó! Cocoricó! V amos, garoto! Pula da cama! O ra... desse jeito acabo maluco. R aio de galo! Pior que relógio cuco. A h... insistente como ele só! D dá pra aguentar A cantoria desse galo carijó?

Como os acrósticos apresentam uma forma divertida de fazer poesia, geralmente suscitam bastante interesse por parte dos alunos. Depois de mostrar os exemplos, diga-lhes que terão a oportunidade de criar os próprios acrósticos com base nos nomes dos colegas. Para que todos da turma sejam homenageados com acrósticos, distribua tiras de papel com o nome dos alunos da classe e sorteie. Se algum aluno sortear o próprio nome, deverá trocar por outro. Peça-lhes que façam uma primeira versão do acróstico no rascunho e explique-lhes que esse texto será utilizado na próxima aula.

Aula 9: Revisando o acróstico Organize os alunos sentados em duplas. Em conjunto, eles devem ler os acrósticos que criaram e, de acordo com as orientações, verificar se os aspectos relacionados a seguir foram considerados. Explique que essa análise deve ser feita em dupla e que, como é uma criação, cada um tem uma ideia diferente e que isso deve ser respeitado, que o objetivo dessa leitura é apenas conferir se o acróstico criado tem os elementos essenciais para caracterizá-lo como tal. 28


2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Educação Física

   

O nome do colega homenageado no acróstico foi escrito com letra colorida na vertical? As palavras usadas no acróstico usam as letras do nome do colega sorteado para formas outras? O acróstico foi escrito de forma que homenageie o colega sorteado? As palavras do acróstico estão escritas corretamente?

Depois, ainda em conjunto, os alunos devem fazer as sugestões de alteração e reescrever o acróstico. Durante essa atividade, circule pela sala para oferecer palavras que tenham letras ou sílabas que ajudam a escrever o que os alunos desejam. Estimule a turma a reler o acróstico apontando as palavras com o dedo. É um momento de revisão e adequação antes de obter o produto final. Peça-lhes que tragam o acróstico na próxima aula.

Aula 10: Preparando o acróstico para a exposição Dedique esta aula à preparação dos acrósticos para a exposição na escola. Peça aos alunos que retomem o acróstico que revisaram na aula anterior e façam a versão final. Depois, combine como será feita a exposição dos trabalhos e solicite que passem o acróstico para o meio em que será exposto: cartolina, papéis coloridos de diferentes gramaturas etc. Após selecionar os materiais que serão usados, produza as molduras dos acrósticos. Discuta com a turma sobre o melhor local para a exposição (entrada da escola, refeitório etc.) e qual o espaço disponível para divulgar os acrósticos e as parlendas criadas. Depois de escolher o local, solicite à direção da escola a autorização para utilizar o espaço para a exposição.

Aula 11: Montando a exposição na escola Oriente a elaboração de um texto coletivo, tendo o professor como escriba. Nesse texto, os alunos deverão explicar o que é um acróstico e quais foram as etapas de trabalho até a obtenção do produto final. Para isso, peça aos alunos que verbalizem tudo o que fizeram e anote as frases na lousa. Pergunte se há alguma alteração que queiram fazer. Proponha pequenos ajustes para melhorar o texto e garantir a coesão. Esse texto será exposto com os acrósticos e as parlendas. Prepare também pequenas etiquetas com os nomes de cada aluno para que sejam afixadas ao lado do acróstico produzido. Com os alunos, organize a exposição. É importante a participação de todos e em todas as etapas do projeto.

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Avaliação Avaliar a própria postura e a própria prática, com base na reflexão, é uma maneira significativa e assertiva de se aprimorar. É uma maneira de explicitar o que foi realizado, de forma que os próprios alunos regulem seus processos de pensamento e aprendizagem. Portanto, sugerem-se alguns momentos para que eles reflitam sobre seus processos de aprendizagem. Aula

Proposta de avaliação Proponha aos alunos que reflitam sobre as parlendas que criaram em duplas.

2

   

Vocês conseguiram desenvolver uma nova parlenda com rima? Essa proposta é interessante? Por quê? O resultado foi como vocês esperavam? Por quê? O que vocês observaram, nas palavras, para conseguir desenvolver as rimas?

Proponha aos alunos que reflitam sobre as brincadeiras populares. 7

 Como foi pesquisar sobre as brincadeiras populares com os pais ou familiares?  Ao apresentar a brincadeira para os colegas, você conseguiu explicá-la de forma clara para que eles entendessem como brincar?  Qual foi a parte mais desafiadora dessa atividade? O que você fez para superar esse desafio? Proponha aos alunos que reflitam sobre a revisão do acróstico.

9

 Você fez modificações para melhorar seu acróstico?  Qual foi a parte mais interessante na elaboração do acróstico? O que você fez para superar os desafios que a atividade apresentou?

Avaliação final Todas as etapas de trabalho podem ser instrumentos de avaliação para verificar se os alunos desenvolveram as habilidades propostas. Nas discussões orais, considere a participação e colaboração dos alunos ao expor suas opiniões. Durante as brincadeiras, analise o empenho deles em participar das atividades propostas e o respeito aos colegas. Nas atividades escritas, as seguintes perguntas podem nortear a avaliação: Recriação de parlendas  FOI MANTIDO O SENTIDO DA PARLENDA?  AS PALAVRAS TROCADAS RIMARAM?  AS PALAVRAS FORAM ESCRITAS CORRETAMENTE? Acrósticos  O ACRÓSTICO APRESENTA CARACTERÍSTICAS DOS COLEGAS?  USARAM AS LETRAS DO NOME DO COLEGA PARA CRIAR OUTRAS PALAVRAS OU VERSOS?  O NOME DO COLEGA FOI ESCRITO DE MANEIRA CONVENCIONAL?

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Educação Física

Referências complementares     

Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas, de Philippe Perrenoud. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. Educação no século 21: tendências, ferramentas e projetos para inspirar, de Young Digital Planet (Org.). São Paulo: Fundação Santillana, 2016. Educação Infantil: Linguagem oral e escrita – iniciando a alfabetização, de Luciana Fiel e Eneida Gondim. Minas Gerais: CPT, 2004. 24 parlendas folclóricas. Disponível em: <www.mestredosaber.com.br/ 24-parlendasfolcloricas/>. Acesso em: 22 out. 2017. Poesia visual: de Apollinaire aos concretistas. Disponível em <https://educacao. uol.com.br/disciplinas/portugues/poesia-visual-de-apollinaire-aos-concretistas.htm?cmpid= copiaecola>. Acesso em: 15 nov. 2017.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1a sequência didática: Palavras em versos Nesta sequência serão abordadas algumas características do gênero textual “quadra popular”. Trata-se de um gênero da tradição oral e sua ludicidade pode ser usada para ampliar os conhecimentos dos alunos a respeito dos recursos rítmicos e sonoros presentes nos versos. O estudo desse gênero é de grande importância para a valorização cultural. Por serem de fácil memorização, as quadrinhas favorecem a construção de conhecimentos sobre a língua escrita e o sistema de escrita. Ao longo do trabalho, é interessante apresentar aos alunos várias quadrinhas. No entanto, é preciso eleger um repertório menor com os quais trabalhará de maneira mais intensa. O objetivo é que os alunos memorizem as quadrinhas e, em atividades pontuais de leitura e escrita, possam se valer dos conhecimentos que já possuem sobre o conteúdo do texto para analisar sua forma escrita.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos

Objetos de conhecimento

          

Habilidades   

Objetivos de aprendizagem Conteúdos

    

Fluência de leitura para a compreensão do texto Processos de criação Apreciação do texto literário Reflexão sobre o léxico do texto Estrutura silábica Elementos constitutivos do discurso poético em versos: estratos fônico e semântico Dimensão social e estética do texto literário (EF02LP09) Ler, com autonomia e fluência, textos curtos, com nível de textualidade adequado, silenciosamente e, em seguida, em voz alta. (EF02LP46) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas e poemas, além de cantar músicas e canções, com ritmo, melodia e sonoridade, observando as rimas. (EF02LP48) Ouvir, com atenção e interesse, a leitura feita pelo professor, ou ler, de forma autônoma, textos literários, e expressar preferências por gêneros, temas e autores. (EF02LP17) Deduzir o significado de palavras desconhecidas ou pouco familiares, com base no contexto da frase ou do texto. (EF02LP35) Memorizar a grafia de palavras frequentes no ambiente escolar e nos textos lidos na sala de aula, independentemente da estrutura silábica e de correspondências irregulares fonema-grafema. (EF02LP42) Identificar recursos rítmicos e sonoros e o efeito de sentido de metáforas, em textos versificados. (EF02LP47) Compartilhar em sala de aula textos de tradição oral pesquisados na família e na comunidade (em versos – cantigas de roda, adivinhas, parlendas, quadrinhas, trava-línguas etc. – e em prosa – contos populares, fábulas, mitos, lendas etc.). Ler com fluência e compreender quadras populares. Identificar as características do discurso poético em versos. Apreciar textos literários. Quadras populares Rimas

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Materiais e recursos        

Lápis grafite Borracha Apontador Lápis de cor Cola Folha pautada Folhas de papel pardo Cópias de três quadrinhas

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1 Nesta aula, serão trabalhadas algumas características do gênero textual “quadra popular”. Para ativar os conhecimentos prévios dos alunos, pergunte se sabem o que são quadrinhas e se conhecem algumas. É provável que respondam que são textos escritos em versos e que podem apresentar palavras que rimam. Então, disponha os alunos em círculo ou em semicírculo. Caso considere necessário, transcreva para uma folha de papel pardo a quadrinha abaixo e leia-a várias vezes com os alunos apontando as palavras. SENTADO NUMA CADEIRA SEU LINDO NOME ESCREVI LEMBRANDO LETRA POR LETRA SUSPIRANDO ADORMECI. (FOLCLORE.)

Após a leitura da quadrinha, explore-a com perguntas do tipo: “É POSSÍVEL SABER SE QUEM FALA NA QUADRINHA É UM MENINO OU UMA MENINA? POR QUÊ?”. Se necessário, chame a atenção da turma para a palavra “sentado”, que indica que se trata de um menino. “O QUE O MENINO ESCREVEU?” (Escreveu o nome de uma pessoa.), “NA OPINIÃO DE VOCÊS, QUE SENTIMENTO O MENINO TEM EM RELAÇÃO À PESSOA CUJO NOME ELE ESCREVEU?” (Se necessário, leve os alunos a perceber que provavelmente se trata de uma pessoa de que ele gosta muito.) Aproveite a oportunidade para chamar a atenção dos alunos para a palavra “folclore”. Ressalte que as quadrinhas são textos de tradição oral, ou seja, são transmitidos oralmente de geração para geração e não possuem autoria conhecida. As quadras originaram-se entre os séculos XI e XIV, com os trovadores portugueses. Daí a importância de seu estudo: conhecer e valorizar a cultura literária. Explique que as quadrinhas são também chamadas de quadra popular (por serem transmitidas popularmente). As parlendas são diferentes das quadras porque não possuem essa estrutura fixa. Reproduza e distribua as seguintes atividades aos alunos:

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1.

ESCREVA: A) SEU NOME:

B) NOME DE UM COLEGA DA TURMA:

2. COPIE DA QUADRINHA AS PALAVRAS QUE RIMAM. DEPOIS ESCREVA MAIS DUAS PALAVRAS SEM PERDER A RIMA.

Antes de realizar a atividade, é fundamental que providencie a lista de nomes dos alunos da turma. É importante que essa lista de nomes dos alunos seja feita com letra legível, sem outros símbolos que discriminem um nome do outro, ou seja, desenhos e fotos não devem ser incluídos. Também não é necessário mudar a cor da letra para diferenciar nomes de meninos e meninas. Com isso, os alunos usarão apenas a diferença entre as letras que compõem cada nome para localizar o próprio nome e o nome de algum colega. Sempre que puder, compare a escrita de outras palavras com a escrita dos nomes listados. Quando surgirem dúvidas sobre a escrita de palavras entre os alunos, sugira que eles busquem a solução em determinados nomes do cartaz. Se necessário, auxilie-os na indicação do número de letras dos nomes. Solicite que observem as palavras que rimam e registre-as na atividade. É importante que abra espaço para que os alunos justifiquem o motivo de as palavras rimarem. Se necessário, informe que rima é a repetição de sons semelhantes no final das palavras. Eles deverão copiar da quadrinha as palavras: ESCREVI e ADORMECI. Faça o levantamento oral de outras palavras que rimam com as que identificaram na quadrinha. Sugestões: abacaxi, saci, buriti, colibri, gari, javali, jabuti, caqui, bem-te-vi, pequi, siri, tatuí. Amplie a atividade, perguntando quais são os versos que rimam nessa quadrinha. Espera-se que os alunos percebam que são o segundo e o quarto versos. Comente que, geralmente, as quadras apresentam rimas nesses versos. Em seguida, distribua cópias de três quadrinhas para os alunos. Peça que ilustrem a de que mais gostaram e depois colem as três quadrinhas no caderno. Para encerrar a aula, registre na lousa um bilhete para os pais ou responsáveis, pedindo que recitem para a criança uma quadrinha que conhecem e, depois, registrem-na em uma folha a parte. Explique que as quadrinhas pesquisadas serão recitadas na sala de aula. Peça aos alunos que copiem o bilhete na agenda. Será uma atividade de cópia com função social, pois haverá leitores reais para o bilhete. Isso fará com que os alunos tenham interesse e se dediquem à cópia, procurando escrever todas as letras que compõem cada palavra e na mesma ordem, além de se atentarem para os espaços entre as palavras.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Sugestão de bilhete: SENHORES PAIS OU RESPONSÁVEIS, A TURMA DO 2o ANO ESTÁ PESQUISANDO QUADRINHAS POPULARES. GOSTARIA DE CONTAR COM A COLABORAÇÃO DA FAMÍLIA NESSA PESQUISA. PARA ISSO, RECITEM UMA QUADRINHA PARA O ALUNO E REGISTREM-NA EM UMA FOLHA À PARTE. A QUADRINHA DEVE SER LEVADA PARA A ESCOLA SEGUNDA-FEIRA, DIA X/X/2019. OBRIGADA, PROFESSORA __________ É fundamental que, ao registrar o bilhete na lousa, leia-o várias vezes em voz alta apontando as palavras. Assim, os alunos terão oportunidade de relacionar o que leem ou escrevem com a grafia oficial das palavras. Essa atividade é importante para que se concretize a transmissão oral das quadras entre as gerações. Ao conversar com os familiares, eles terão a oportunidade de experienciar essa transmissão.

Aula 2 Para esta aula, é interessante que os alunos estejam em um círculo ou semicírculo. Inicie relembrando o conteúdo da aula anterior: as quadras populares. Releia com eles uma quadrinha e retome as características do gênero: gênero de tradição oral, com quatro versos e rimas nos 2o e 4o versos. Se necessário, informe que cada linha da quadrinha é chamada de verso. Transcreva para uma folha de papel pardo outra quadrinha. Leia-a várias vezes, apontando as palavras. Depois, recite-a com as crianças. LÁ NO FUNDO DO QUINTAL TEM UM TACHO DE MELADO QUEM NÃO SABE CANTAR VERSO É MELHOR FICAR CALADO. (FOLCLORE.)

Explore a quadrinha com perguntas do tipo: “VOCÊS SABEM O QUE É TACHO? SABEM O QUE É MELADO?”. Se necessário, informe que tacho é um vaso grande, de barro ou de metal, largo e um pouco fundo usado na cozinha ou na indústria. Em seguida, leve-os a perceber que dentro da palavra MELADO existe a palavra MEL e pergunte: “VOCÊS ACHAM QUE HÁ RELAÇÃO ENTRE MEL E MELADO?”. Certamente, os alunos não terão dificuldade com o significado da palavra MEL: substância doce produzida por abelhas e usada como alimento. Já MELADO, na quadrinha, tem o significado de calda grossa e escura de cana-de-açúcar. É provável que os alunos concluam que MEL e MELADO são alimentos doces e que possuem textura semelhante. Continue a exploração, perguntando: “ESSE TEXTO É UMA QUADRINHA? POR QUÊ?”. Se necessário, relembre os alunos de que quadrinhas recebem esse nome por terem quatro versos. “VOCÊS JÁ CONHECIAM ESSA QUADRINHA?”. É importante que os alunos reflitam sobre o sistema de escrita alfabética ao mesmo tempo em que vivem práticas letradas. Para isso, sugere-se que reproduza e distribua as seguintes atividades:

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1. LEIA A QUADRINHA. LÁ NO FUNDO DO QUINTAL TEM UM TACHO DE MELADO QUEM NÃO SABE CANTAR VERSO É MELHOR FICAR CALADO. (FOLCLORE.)

SUBLINHE NA QUADRINHA AS PALAVRAS QUE RIMAM. DEPOIS, ESCREVA MAIS TRÊS PALAVRAS SEM PERDER ESSA RIMA.

____________________________ _______________________________ _____________________________ Os alunos deverão sublinhar as palavras MELADO e CALADO. Sugestões de palavras que rimam: dado; cadeado; coitado; quadrado; danado; deitado; gado; obrigado; torrado; tornado; machado; furado; amado. 2. ENCONTRE PALAVRAS DENTRO DE PALAVRAS. MELADO – MEL/LADO A) PIANO – ___________________ PIA/ANO/PANO B) SERPENTE – ___________________ PENTE/SER/ SETE C) GALHO – __________________ ALHO/GALO D) PALHAÇO – ___________________ PALHA/AÇO/LAÇO E) CASACO – ___________________ CASA/CACO/SACO/CASCA/CASCO F) BESOURO – ___________________ OURO/SOU Durante a atividade de escrita, sugere-se que os alunos se sentem em duplas. Planeje boas duplas de trabalho pensando em alunos que possam trocar informações. Durante a atividade, incentive-os a consultar a lista de nomes da turma e outras escritas expostas na sala que contenham letras ou sílabas das palavras que desejam escrever. Sempre que necessário, registre à vista dos alunos palavras que também auxiliem nesse momento. Em outro momento, proponha a seguinte quadrinha: FUI FAZER A MINHA CAMA ME ESQUECI DO COBERTOR DEU UM VENTO NA ROSEIRA ENCHEU MINHA CAMA DE FLOR. (FOLCLORE.)

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

  

Explore as palavras da quadrinha pedindo aos alunos que: sublinhem as palavras que rimam; circulem com cores diferentes as palavras que se repetem; copiem o verso que tem menos palavras. Em seguida, reproduza e distribua a seguinte atividade: 3. FAÇA COM QUE AS PALAVRAS INDIQUEM COISAS DIFERENTES MUDANDO A LETRA EM DESTAQUE.

CAMA A) COM D É ________________________________ B) COM F É ________________________________ C) COM L É ________________________________ D) COM M É ________________________________ E) COM R É ________________________________ Dama, fama, lama, mama, rama. 4. TIRE UMA LETRA DE CADA PALAVRA E TRANSFORME-A EM OUTRA COM OUTRO SIGNIFICADO. CAMA – AMA A) B) C) D) E)

POLVO – ___________________________ CANOA – ___________________________ PRATO – ___________________________ SALA – _____________________________ CHAMA – __________________________

Povo, cano, pato, sal/ala, cama. Reserve a segunda parte da aula para a leitura e recitação das quadras que os alunos trouxeram de casa após a conversa com a família. Combine com a turma como será a ordem de leitura, quem irá começar e quem será o próximo. Peça-lhes que leiam, um a um, e destaquem a quantidade de versos e as rimas. Também lembre-os de que se deve respeitar a vez do colega, prestar atenção e esperar pela sua vez. Ressalte a importância de pronunciarem bem as palavras, usarem tom voz que todos possam ouvir e gestos de acordo com o que estão lendo ou recitando de cor.

Aula 3 Nesta aula os alunos criarão uma nova versão para uma quadrinha popular, mudando as palavras que rimam e fazendo outras alterações para dar sentido aos versos. É importante ressaltar que nas quadrinhas as palavras do segundo e do último verso têm de rimar. Sugere-se o trabalho com a seguinte quadrinha:

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

NO QUINTAL DA MINHA CASA TEM UM PÉ DE ABRICÓ QUEM QUISER CASAR COMIGO VAI PEDIR A MINHA VÓ. (FOLCLORE.)

Transcreva a quadrinha para uma folha de papel pardo e leia-a várias vezes apontando as palavras com o dedo. Solicite a leitura em voz alta dos alunos e explore: palavras que rimam, palavras com mais letras, palavras com menos letras, verso que tem mais palavras, verso que tem menos palavras etc. Informe aos alunos a atividade que desenvolverão e reúna-os em duplas. Se achar conveniente, apresente versões da quadrinha: NO QUINTAL DA MINHA CASA TEM UMA LINDA GOIBEIRA QUEM QUISER CASAR COMIGO TEM QUE PLANTAR BANANEIRA. (FOLCLORE.)

Deixe claro que o trabalho deverá ser feito primeiro no rascunho. Explique que, em um trabalho em parceria, é fundamental que as duplas discutam e cheguem a um acordo comum. Antes de considerarem a versão concluída, devem verificar: se o segundo e quarto versos rimam entre si, se escreveram todas as palavras, se deram espaço entre as palavras e se têm dúvida na grafia de alguma palavra. Nesse caso, deverão consultar os escritos da sala, outros colegas e/ou o professor. Depois que verificarem esses aspectos, as duplas deverão decidir quem ficará encarregado de passar a quadrinha a limpo em letra legível e quem ficará encarregado de ilustrá-la. Em seguida, abra espaço para que as duplas apresentem oralmente a criação. Ressalta-se a importância de ensaiarem para que recitem a quadrinha em coro. Durante os ensaios e a apresentação, destaque a importância de: pronunciarem bem as palavras; usarem tom de voz que todos consigam ouvir; manterem a postura do corpo, evitando que os ombros fiquem caídos e os braços cruzados; fazerem gestos para acompanhar os versos; olharem para a plateia para verificar as reações dos colegas. Informe que, depois de cada apresentação, os componentes da dupla deverão agradecer a atenção da plateia. Finalize o trabalho montando uma exposição fora da sala de aula com os versos criados pelos alunos. No momento da avaliação, retome com o grupo o que foi aprendido, enfatizando a importância das quadras populares como forma de manifestação cultural de um povo.

Avaliação A leitura das quadrinhas e a postura de ouvinte e de leitor de cada um dos alunos podem ser avaliadas, usando-se uma ficha com os critérios sugeridos a seguir. O desenvolvimento dessas habilidades é importante para que os alunos consigam se adequar a um contexto mais formal de comunicação. Explique à turma que, em vários momentos da vida social, é necessário falar ou ler em público e ouvir, com atenção, exposições orais. Por isso, a importância dessa avaliação. Como verificação da compreensão das características da quadra e do que é rima, seguem também duas atividades avaliativas. 38


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Nome do aluno: Atingiu o objetivo proposto

Atingiu parcialmente o objetivo proposto

Não atingiu o objetivo proposto

Ler com autonomia e fluidez. Ler respeitando o ritmo da quadrinha. Identificar as rimas durante a leitura. Ouvir a leitura de colegas com atenção e interesse.

1. CRIE UMA NOVA VERSÃO DA QUADRA A SEGUIR, ALTERANDO A LETRA DO PRIMEIRO VERSO:

EU AMO A LETRA A POR ELA TENHO PAIXÃO COM ELA POSSO ESCREVER AMIGO DO MEU CORAÇÃO. (FOLCLORE.)

EU AMO A LETRA ______ POR ELA TENHO PAIXÃO COM ELA POSSO ESCREVER __________________ DO MEU CORAÇÃO. Sugestão de resposta: EU AMO A LETRA M/POR ELA TENHO PAIXÃO/COM ELA POSSO ESCREVER/MAMÃE DO MEU CORAÇÃO.

2. OBSERVE AS RIMAS E COMPLETE AS QUADRAS COM UMA DAS PALAVRAS A SEGUIR. JARDIM / FLOR / AÇUCAROU / FEITICEIRA / CIPÓ FOLHA DA BANANEIRA DE TÃO VERDE AMARELOU A BOCA DO MEU BEM DE TÃO DOCE _________________. AÇUCAROU (FOLCLORE.)

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

2a sequência didática: O alfabeto Para a inserção no universo letrado, é fundamental que os alunos conheçam diferentes tipos de letras. Assim, serão apresentados os alfabetos maiúsculo e minúsculo, em letra de forma e em letra cursiva. Além disso, será abordado o uso da ordem alfabética de palavras por meio da produção de uma agenda telefônica da classe.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento

   

Habilidades

Objetivos de aprendizagem Conteúdos

   

Conhecimento do alfabeto Estruturas silábicas (EF02LP31) Recitar o alfabeto na ordem das letras. (EF02LP35) Memorizar a grafia de palavras frequentes no ambiente escolar e nos textos lidos na sala de aula, independentemente da estrutura silábica e de correspondências irregulares fonema-grafema. Apropriar-se do sistema alfabético de escrita. Reconhecer as letras do alfabeto maiúsculas e minúsculas. Alfabetos maiúsculo e minúsculo Ordem alfabética

Materiais e recursos           

Alfabeto fixado na sala de aula Dicionários Enciclopédias Lista com os nomes dos alunos da turma em ordem alfabética Agenda telefônica impressa ou eletrônica (celular) Lápis grafite Borracha Apontador Cola Revistas Tesoura com pontas arredondadas

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 É importante que toda a sala de aula seja um ambiente alfabetizador. Para isso, deixe à vista dos alunos o alfabeto, a lista com os nomes de todos os alunos, o calendário com os nomes dos meses e dos dias da semana e uma figura humana com os nomes das partes do corpo. Para esta aula, os alunos podem sentar-se em fileiras ou em um semicírculo. Separe algumas agendas telefônicas impressas (usadas e novas, completas ou não) ou imagens desse tipo de agenda para apresentar aos alunos. Estipule um tempo para a exploração desse suporte textual – por exemplo, 20 minutos. 40


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Estimule os alunos a observar e a folhear cada uma das agendas e abra espaço para que comentem o que sabem sobre esse portador, sua finalidade de uso, modo de organização (ordem alfabética) e tipo de informação contida: “O QUE SE ANOTA NESSE TIPO DE AGENDA? O QUE OS NOMES ESCRITOS EM CADA PÁGINA REPRESENTAM?”. Leve os alunos a perceber que cada página contém nomes iniciados por uma letra do alfabeto. Se necessário, retome com os alunos o que é alfabeto. Explique que se trata do conjunto de letras que usamos para escrever palavras. Continue a exploração chamando a atenção da turma para o fato de as letras em destaque nas agendas seguirem uma ordem: a ordem alfabética. No entanto, é importante ressaltar que os nomes de uma mesma página não necessariamente estão em ordem alfabética. Isso acontece pelo fato de serem inseridos na agenda à medida que se obtém o telefone de uma pessoa. Ajude a turma a perceber, também, os espaços da agenda em que são registrados os nomes e os números de telefone. Informe que também é possível registrar endereços de residências, e-mails etc. Nessa exploração, é possível fazer perguntas como: “COMO SE PROCURA O NÚMERO DE TELEFONE DE UMA PESSOA EM UMA AGENDA COMO ESTA?”. Deve-se procurar na página correspondente à letra inicial do nome da pessoa. “EM QUE PÁGINA DA AGENDA VOCÊ ANOTARIA SEU TELEFONE? POR QUÊ?”; “POR QUE NA AGENDA AS LETRAS DESTACADAS SEGUEM A ORDEM ALFABÉTICA?”. Leve-os a perceber que a ordem alfabética facilita a consulta. “EM QUE PÁGINA DA AGENDA EU DEVERIA ANOTAR O MEU NÚMERO DE TELEFONE?”. Para facilitar a memorização da ordem das letras do alfabeto, entregue a cada um dos alunos uma cópia das atividades sugeridas a seguir. A segunda metade da aula será destinada à execução dessas atividades. A primeira é um labirinto e, para que a coelha pegue a cenoura e leve-a ao filhote, é necessário percorrer todas as letras do alfabeto ordenadamente. A segunda atividade é um liga-pontos também com as letras do alfabeto. 1. AJUDE A COELHA A PEGAR A CENOURA E LEVÁ-LA AO FILHOTE DO OUTRO LADO DO CAMINHO. PARA ISSO, SIGA AS LETRAS NA ORDEM ALFABÉTICA.

Léo Fanelli/Giz de Cera

Labirinto alfabético.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

2. LIGUE OS PONTOS SEGUINDO AS LETRAS NA ORDEM ALFABÉTICA E DESCUBRA O ANIMAL ESCONDIDO.

Avalone

Liga-pontos alfabético.

Para encerrar a aula, peça aos alunos que escrevam os nomes dos animais das duas atividades (COELHO e ARRAIA ou RAIA) e pintem a imagem do liga-pontos. Certifique-se de que os alunos conhecem os animais representados nas figuras. Se necessário, informe que arraia é um peixe de corpo achatado que possui a cauda longa e fina. Na cauda desse animal há órgãos que produzem pequenas descargas elétricas com as quais se defendem dos inimigos.

Para trabalhar dúvidas Sempre que surgirem dúvidas relacionadas à ordem alfabética, solicite aos alunos que olhem o alfabeto exposto na sala. Na atividade de escrita dos nomes dos animais, pode acontecer de algum aluno escrever “COELIO”, por exemplo. Nesse caso ou em outros semelhantes, apresente palavras do cotidiano com a mesma sílaba (“lho”), peça-lhes que comparem o som das palavras conhecidas com o som de “coelho” e revisem o que escreveram. Sugestões de palavras do cotidiano com a sílaba “lho”: JOELHO, OLHO, FILHO, JULHO.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Aula 2 Para esta aula, os alunos podem ser reunidos em pequenos grupos ou duplas. Inicie as atividades perguntando-lhes o que se lembram do que foi estudado na aula anterior. Faça a leitura coletiva do alfabeto para revisar o conteúdo da aula 1. Em seguida, comunique que, durante esta aula, será estudado o uso prático e social do alfabeto. Então, distribua aleatoriamente aos grupos exemplares de dicionários, enciclopédias e outras agendas telefônicas (de papel ou eletrônica – celular) e/ou listas com os nomes dos alunos em ordem alfabética. Estimule os alunos a manuseá-los. Os materiais podem ser trocados entre os grupos até que todos tenham visto os diferentes materiais disponíveis. Em seguida, questione o que sabem sobre a finalidade de cada um dos materiais observados. Esclareça que o dicionário serve para que as pessoas busquem os significados e/ou a grafia correta das palavras. Informe que a enciclopédia contém informações sobre temas variados do conhecimento humano e que possui um sumário que indica a página em que é possível encontrar determinada informação. Se necessário, relembre que a agenda telefônica organiza os contatos de uma pessoa. Se achar conveniente, amplie a atividade dando informações sobre o uso do dicionário. Explique que, no dicionário, as palavras são organizadas pela ordem das letras do alfabeto. Inicialmente, são agrupadas todas as palavras iniciadas por “a”, depois as por “b”, e assim por diante. Dentro de cada um desses grupos maiores, as palavras são ordenadas de acordo com sua segunda letra, depois de acordo com a terceira, e assim por diante. Ressalta-se que o trabalho com dicionário será intensificado a partir do 3o ano. Use a lista de nomes de alunos da turma para chamar a atenção deles para a finalidade da ordem alfabética. Registre alguns nomes da turma na lousa em ordem alfabética e explique a eles que, se, por exemplo, dois nomes iniciarem com a mesma letra, deve-se observar a segunda letra: MARIANA e MURILO. Nesse caso, MARIANA vem antes de MURILO na lista de nomes, pois, como iniciam com a mesma letra, deve-se observar a segunda letra. Dessa forma, a letra A vem antes da letra U no alfabeto. Ressalte que no caso de a segunda letra também ser igual, como em: MAGALI e MARIANA, é preciso observar a terceira letra, e assim por diante. Para que o procedimento de ordenação alfabética seja apropriado de maneira lúdica pelos alunos, proponha o seguinte jogo, com duração aproximada de 20 minutos: organize a classe em cinco grupos, por exemplo. Distribua a cada grupo um envelope contendo 10 cartões com nomes de animais e suas ilustrações (sugestões: leão, tigre, girafa, cachorro, canguru, gato, cavalo, peixe, pássaro, cobra). Cada grupo precisará ordenar os nomes dos animais, e um representante escreverá a lista em ordem alfabética na lousa. Vence o grupo que terminar primeiro. Finalize a atividade destacando, na lista vencedora escrita na lousa, que letra da palavra foi considerada na ordenação: CACHORRO, CANGURU, CAVALO, COBRA, GATO, GIRAFA, LEÃO, PÁSSARO, PEIXE, TIGRE).

PEIXE

TIGRE Edde Wagner

Roberto Zoellner

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

PÁSSARO Rodrigo Figueiredo

LEÃO Bruno Nunes

GIRAFA Giz de Cera/Tel Coelho

GATO Giz de Cera/Tel Coelho

CACHORRO

CANGURU Edson Farias

CAVALO Waldomiro Neto

COBRA Ilustra Cartoon

Estúdio Ornitorrinco

Para encerrar o trabalho com o alfabeto, com os alunos dispostos em círculo, pergunte o que cada um aprendeu sobre a função da ordem alfabética. É importante valorizar as descobertas deles. Retome a ideia de que é necessário conhecer o alfabeto para que todos aprendam a ler e a escrever e, com isso, possam conhecer histórias e aprender conteúdos novos.

Avaliação As atividades sugeridas a seguir podem ser um instrumento de avaliação para identificar os alunos que conseguiram atingir os objetivos de memorizar as letras em ordem alfabética e ordenar as palavras em ordem alfabética. Com esses objetivos alcançados, espera-se facilitar a inserção dos alunos nos diferentes contextos em que essas habilidades são requeridas, como o uso de agendas telefônicas e dicionários. 44


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

1. Distribua revistas aos alunos e peça a eles que recortem as letras do alfabeto e colem-nas, em ordem alfabética, em uma folha sulfite ou no caderno. 2. Solicite aos alunos que escrevam, no caderno, o nome de 10 pessoas de quem eles gostam. Em seguida, peça-lhes que esses nomes sejam ordenados alfabeticamente. Para envolver os alunos na avaliação, pergunte a eles o que podem fazer com o que estudaram nessas aulas. Espera-se que respondam que esse conhecimento irá ajudá-los quando quiserem procurar uma informação em uma agenda, por exemplo, ou uma palavra no dicionário.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

3a sequência didática: Estruturas silábicas Aprender a segmentar as palavras é essencial para a alfabetização. Para que esse objetivo seja alcançado, é necessário, antes de tudo, que os alunos conheçam as diferentes estruturas silábicas. É esse o principal tema desta sequência didática.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento

Habilidades

    

Objetivos de aprendizagem Conteúdo

    

Consciência silábica Estruturas silábicas (EF02LP30) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras. (EF02LP33) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas. (EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos. Segmentar as palavras em sílabas. Formar novas palavras a partir de sílabas de outras palavras. Conhecer as diferentes estruturas silábicas da língua portuguesa. Segmentar as palavras em frases e textos. Estruturas silábicas

Materiais e recursos      

Fichas com diferentes sílabas Lápis grafite Borracha Apontador Papel pardo Parlendas diversas impressas

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1 Inicie a aula com os alunos sentados em fileiras. Relembre o conceito de sílaba. Se necessário, informe que são pedaços menores das palavras pronunciados de uma só vez. Esclareça aos alunos que, dessa forma divertida, eles estão revendo o que é uma sílaba. Em seguida, organize a turma em roda para o “jogo da sílaba”. Destine de 20 a 30 minutos para essa brincadeira. O primeiro aluno escolhido deve dizer uma palavra qualquer: “BOLA”, por exemplo. O jogador seguinte precisa dizer uma palavra iniciada pela última sílaba da palavra anterior: “LATA” ou “LARANJA”, seguindo o exemplo dado. Não é permitido repetir palavras e quem errar sai do jogo. Durante a atividade, registre na lousa as palavras ditas. No final da aula ou quando o jogo terminar, solicite aos alunos que criem frases oralmente com as palavras registradas na lousa e as anotem em uma folha de papel pardo para que possam retomá-las na próxima aula. 46


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Aula 2 Inicie a aula com a leitura das frases elaboradas no final da aula anterior. Comunique aos alunos que esta aula também será destinada ao trabalho com as sílabas por meio de um jogo. Os alunos podem ser organizados em duplas ou em trios. Na primeira etapa do jogo, distribua fichas com diferentes sílabas. O importante é incluir nessas fichas sílabas formadas por uma, duas, três, quatro e cinco letras. Por exemplo: A-BA-CA-XI; BO-NE-CA; PRE-GO; MONS-TRO; TRANS-POR-TE. Peça aos grupos que criem o máximo de palavras que conseguirem em 10 minutos. Vence o grupo que criar mais palavras. As fichas da ilustração a seguir são apenas sugestões. Sugestões de palavras: AMADO, AMA, MATA, NATA, ACABA, CAMA, LUA, ABELHA, PONHA, VELHO, VELHA, VENHA, FACE, GEMA, MACACO, MICO, BOLHA, RIMA, BILHETE, BOCA etc.

Ilustra Cartoon

Sílabas para a formação de palavras.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Edde Wagner

Sílabas para a formação de palavras.

Faça um quadro na lousa da seguinte forma: SÍLABAS FORMADAS POR

1 LETRA

2 LETRAS

3 LETRAS

4 LETRAS

5 LETRAS

Peça aos alunos que digam algumas palavras formadas e vá registrando nas colunas corretas. Solicite aos alunos que observem se há vogais em todas as sílabas. Pergunte o que eles podem concluir a partir disso. Espera-se que os alunos concluam que todas as sílabas têm vogais. Ressalte o número de letras que uma sílaba pode conter: até 5 letras. Para finalizar o jogo e a aula, solicite a eles que troquem as palavras criadas com outro grupo e destine mais 10 minutos para a criação de frases com essas palavras. Vence o grupo que conseguir formar o maior número de frases.

Aula 3 Inicie a aula com os alunos sentados em duplas ou em semicírculo. Relembre o conteúdo das aulas anteriores: o conceito de sílaba e de formação de sílabas. Informe que, nesta aula, continuarão o trabalho com sílabas. Registre, então, em uma folha de papel pardo, a seguinte parlenda de escolha. Leia-a várias vezes, apontando as palavras com o dedo. Depois, reproduza e distribua a parlenda, desafiando os alunos a separarem com uma barrinha as sílabas de cada palavra.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

PARLENDA

CONTAGEM CO/RO/A, CO/RO/I/NHA SAL/SA, CE/BO/LI/NHA UM, DOIS, TRÊS

COROA, COROINHA SALSA, CEBOLINHA UM, DOIS, TRÊS. (FOLCLORE.)

Ressalte que essa é uma parlenda de escolha e que na hora da escolha o aluno deve falar pausadamente cada pedacinho da palavra, apontando para um colega. Para exemplificar, recite a parlenda apontando para os alunos ao pronunciar cada sílaba. O aluno apontado no momento em que for pronunciada a palavra “três” é convidado a apagar a lousa. Peça aos alunos que circulem na parlenda as palavras com uma sílaba e pergunte o que acontece quando se pronuncia a palavra “três”. É importante que os alunos percebam que, como a palavra “três” é monossílaba, ou seja, só tem uma sílaba, no momento em que alguém a pronuncia apontando para uma pessoa, ela é a escolhida.

Ampliação Para ampliar o trabalho com sílabas, propõe-se as seguintes atividades: 1. RESOLVA A CRUZADINHA. DICA: UMA SÍLABA EM CADA QUADRINHO. 2

4

1

CA

MA

MA

ES 5

MONS

3 DEI

RA

6

BA

TRO

Ú

NE 7 MAR

TE

LO

1

2

3

4

Roberto Zoellner

Tél Coelho/Giz de Cera

Nattika/Shutterstock.com

FARBAI/Shutterstock.com

5

6

7

Roberto Zoellner

Makc/Shutterstock.com

spawn101/Shutterstock.com

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

RETIRE DA CRUZADINHA PALAVRAS COM SÍLABAS FORMADAS POR: 1 LETRA:________________________________________________________________________ 2 LETRAS:_______________________________________________________________________ 3 LETRAS:________________________________________________________________________ 4 LETRAS:________________________________________________________________________ Sugestões de resposta: 1 LETRA – BA-Ú; 2 LETRAS – CA-MA, RA-BA-NE-TE; 3 LETRAS – MA-MA-DEI-RA, MA-ES-TRO; 4 LETRAS – MONS-TRO. Avaliar se os alunos também identificam que “MONS-TRO” pode aparecer em “3 LETRAS” ou “MA-ES-TRO” em “2 LETRAS”, por exemplo, por causa das outras sílabas que as formam.

2. CIRCULE A PALAVRA QUE TEM UMA SÍLABA FORMADA POR 5 LETRAS. MARTELO

JARDIM

TRANSPORTE

ELEFANTE

TRANSPORTE.

Avaliação Aprender a segmentar as palavras em sílabas é importante para que os alunos aprimorem sua consciência fonêmica. Todas as atividades desta sequência didática podem ser usadas para avaliar se o conceito de sílaba e suas estruturas foram apreendidos por todos. A atividade sugerida a seguir também pode ajudar nessa avaliação.

1. SERÁ QUE VOCÊ É BOM PARA ADIVINHAR? TENTE DESCOBRIR A RESPOSTA DAS ADIVINHAS A SEGUIR. A DICA É O NÚMERO DE SÍLABAS DAS RESPOSTAS. O QUE É, O QUE É... TEM CABEÇA, TEM DENTE, TEM BARBA, NÃO É BICHO E NEM É GENTE? (DOMÍNIO PÚBLICO.)

O QUE É, O QUE É... QUANTO MAIS SE TIRA, MAIS SE AUMENTA? (DOMÍNIO PÚBLICO.)

_________________ DICA: 2 SÍLABAS ALHO.

__________________ DICA: 3 SÍLABAS BURACO.

O QUE É, O QUE É... TEM 5 DEDOS, MAS NÃO TEM UNHA?

O QUE É, O QUE É... TEM PESCOÇO E NÃO TEM CABEÇA, TEM BRAÇOS E NÃO TEM MÃOS, TEM CORPO E NÃO TEM PERNAS?

(DOMÍNIO PÚBLICO.)

(DOMÍNIO PÚBLICO.)

_________________ DICA: 2 SÍLABAS LUVA.

_________________ DICA: 3 SÍLABAS CAMISA.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

4a sequência didática: Leitura de mensagens de internet Em um mundo cada vez mais conectado, faz-se necessário que crianças e jovens compreendam em que contextos podem ser usados abreviações, emoticons e gírias, que são muito comuns no âmbito da internet, especialmente em práticas comunicativas realizadas em contextos informais (redes sociais, blogs, aplicativos de mensagem instantânea etc.). Assim, esta sequência propõe uma aproximação com essa(s) linguagem(ens).

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento

Habilidades

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

        

Reconstrução das condições de produção e recepção de textos Mensagem instantânea (EF02LP15) Identificar a função sociocomunicativa de textos que circulam em esferas da vida social, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem produziu, a quem se destinam. (EF02LP22) Escrever e responder, em meio digital, mensagens instantâneas para amigos, colegas ou familiares, mantendo as características do gênero textual. Conhecer as linguagens usadas na internet. Reconhecer abreviações e símbolos usados em trocas de mensagens instantâneas. Mensagens instantâneas Linguagens utilizadas na internet Emoticons

Materiais e recursos    

Fichas de atividades 1 e 2 Lápis grafite Borracha Apontador

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 Para esta aula, os alunos podem sentar-se individualmente ou em pequenos grupos. Inicie a aula lembrando à turma o trabalho realizado com diferentes tipos de agendas telefônicas impressas. Leve um celular para a sala de aula e estimule os alunos a comentar quais as funções desse aparelho. Na discussão, é importante levá-los a perceber que, além de chamadas telefônicas e agendas telefônicas, atualmente, os celulares contam com inúmeros recursos, como: câmera fotográfica, acesso à internet, despertador, rádio, jogos e aplicativos para realizar diversas atividades. Abra espaço para que comentem quais desses recursos conhecem, já utilizaram ou já viram pessoas utilizar. É provável que já tenham tido contato com alguns desses recursos.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Comente que conversar teclando exige prática e rapidez. Assim, em situações comunicativas informais, é comum que algumas palavras acabem abreviadas. Além disso, nessas situações é comum o uso de gírias e emoticons, ícones que visam demonstrar a emoção de quem está escrevendo. É importante esclarecer que, para menores de idade acessarem a rede de computadores, é recomendável que estejam sempre acompanhados dos pais ou responsáveis, pois a internet oferece vários riscos, como conteúdos inapropriados e o fato de, em chats, por exemplo, não sabermos se estamos falando com quem a pessoa diz ser. Por isso, enfatize que, ao acessar a internet, os alunos devem estar sob a supervisão de um responsável. Após esses esclarecimentos iniciais, distribua para os alunos cópias da Ficha 1. Ficha 1

1. OBSERVE A FIGURA A SEGUIR. O QUE ELA MOSTRA?

Vicente Mendonça

Espera-se que os alunos percebam que ela mostra um diálogo via aplicativo de mensagens instantâneas entre duas pessoas que se conhecem e moram juntas.

2. EM QUE SITUAÇÕES ESSE TIPO DE MENSAGEM É TROCADO?

Espera-se que os alunos percebam que é uma mensagem trocada em uma situação informal, uma conversa entre dois parentes ou amigos que moram juntos e têm um grau de intimidade maior.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Inicie a discussão perguntando o que os alunos imaginam que a imagem retrata (pergunta 1). É provável que respondam que a imagem mostra um aplicativo de troca de mensagens instantâneas. Destaque que esse diálogo ocorre via internet. Enfatize que os aplicativos de celular permitem essa troca de mensagens em tempo real e que crianças só devem usá-los com a autorização e a supervisão de seus pais ou responsáveis. Continue explorando as abreviações usadas na internet em situações informais (pergunta 3), como em conversas com amigos, com a família etc. Em situações que exijam mais formalidade, o registro deve igualmente ser mais formal. A pergunta 4 aborda a reprodução dos sons da fala. Informe aos alunos que, em mensagens informais na internet, procuramos reproduzir os sons que usamos na interação face a face ou recursos que se aproximam muito da fala. No caso, “kkkkkk” significa que a pessoa está rindo, e “Oiê” reproduz a maneira como muitas pessoas falam a palavra “oi”. O ponto de exclamação aparece diversas vezes para enfatizar a emoção do que está sendo dito. As reticências indicam pausas na fala e, nesse caso, substituem o ponto final e a vírgula. Já em relação aos emoticons, o primeiro procura amenizar o pedido de favor com uma carinha sorridente. O segundo demonstra que se trata de uma brincadeira para destacar que a pessoa não tem a intenção de ofender o interlocutor. Já o dedo levantado mostra aprovação ao que foi dito. Durante o trabalho, ressalte para os alunos a importância de saberem adequar o uso do registro (formal e informal) de acordo com os interlocutores e a situação comunicativa. Finalize a aula pedindo aos alunos que perguntem aos pais ou responsáveis quais abreviações e emoticons costumam usar em trocas de mensagens informais via internet e peça-lhes que registrem as informações obtidas no caderno para compartilhá-las com os colegas na próxima aula.

Aula 2 Inicie a aula com os alunos sentados individualmente ou em pequenos grupos. Solicite a eles que relatem o que conversaram com os pais ou responsáveis sobre o uso de abreviações e emoticons em mensagens informais via internet. Registre na lousa exemplos trazidos pela turma. Volte a enfatizar que o acesso deles à internet deve ser monitorado por um responsável. Relembre à turma que os emoticons procuram reproduzir as emoções dos interlocutores. Depois, distribua aos alunos a Ficha 2.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Ficha 2

1. RELACIONE OS SENTIMENTOS A SEGUIR COM OS EMOTICONS: ZANGADO – COM SEDE – ALEGRE – CANSADO – DOENTE SURPRESO – DESINTERESSADO – TRISTE – COM FOME

Eduardo Medeiros

Respostas sugeridas: nesta ordem, da esquerda para a direita e de cima para baixo – ALEGRE/TRISTE/ZANGADO/CANSADO/DOENTE/COM FOME/COM SEDE/DESINTERESSADO/SURPRESO. Para encerrar a aula, faça a correção coletiva da atividade e, se achar conveniente, proponha as seguintes perguntas:

1. EM QUE SITUAÇÕES PODEMOS UTILIZAR ABREVIAÇÕES COMO “TD” E “VC”? 2. É ADEQUADO UTILIZAR ESSAS ABREVIAÇÕES EM UMA MENSAGEM PARA UMA PESSOA COM A QUAL NÃO TEMOS INTIMIDADE? 3. QUANDO UTILIZAMOS EMOTICONS?

Avaliação As atividades sugeridas nesta sequência didática podem ser usadas para avaliar se os alunos compreenderam as situações em que é adequado o uso de abreviações, gírias, emoticons e demais recursos comunicativos comuns na internet. Amplie a avaliação com a atividade sugerida a seguir:

1. ESCREVA O SIGNIFICADO DESTES EMOTICONS:

_______________ Leopoldo dos Anjos Alves; Alan Carvalho

CHORANDO/TRISTE

________________ COM SONO

__________________ INDECISO/CONFUSO

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Língua Portuguesa: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. ASSINALE A ALTERNATIVA EM QUE ESTÁ ESCRITA A MESMA PALAVRA. (A) CADERNO/caderno (B) CANETA/cabelo (C) PORTA/ponta (D) APONTAR/apontador

2. MARQUE A ALTERNATIVA COM A QUANTIDADE CORRETA DE SÍLABAS. (A) TELEFONE – 3 SÍLABAS (B) GRAVATA – 3 SÍLABAS (C) CANGURU – 4 SÍLABAS (D) TRATOR – 3 SÍLABAS LEIA ESTE TEXTO E RESPONDA ÀS QUESTÕES 3 E 4.

Ilustra Cartoon

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

3. O TEXTO LIDO É: (A) UMA CARTA. (B) UM POEMA. (C) UMA RECEITA. (D) UM BILHETE.

4. O OBJETIVO DO TEXTO LIDO É: (A) AVISAR A MÃE QUE VAI DEMORAR PARA VOLTAR. (B) FAZER UM CONVITE PARA BRINCAR. (C) AVISAR A MÃE QUE FOI BRINCAR E VOLTA LOGO. (D) CONTAR AS NOVIDADES AO AMIGO PEDRO.

5. PARA CONVERSAR COM UMA PESSOA MAIS VELHA COM QUEM NÃO TEMOS INTIMIDADE, A FORMA DE TRATAMENTO ADEQUADA É: (A) AMIGO OU AMIGA. (B) VOCÊ. (C) SENHOR OU SENHORA. (D) A GENTE.

6. NA COMUNICAÇÃO ENTRE MÃE E FILHO, GERALMENTE SE USA: (A) O REGISTRO FORMAL, POIS É UMA CONVERSA FORMAL. (B) O REGISTRO INFORMAL, POIS É UMA CONVERSA DESCONTRAÍDA. (C) O REGISTRO FORMAL, POIS É UMA CONVERSA DESCONTRAÍDA. (D) O REGISTRO INFORMAL, POIS É UMA CONVERSA FORMAL.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

7. COMPLETE AS FRASES COM AS PALAVRAS ADEQUADAS. (A) PRECISEI TOMAR REMÉDIO NA ____________________ (FEIA/VEIA). (B) NÃO GOSTO DE ESPERAR MUITO NA ____________________ DO PARQUE (FILA/VILA). (C) ESSA FACA NÃO ____________________ (CORDA/CORTA). (D) O CAFÉ ESTÁ NO ____________________ (PULE/BULE).

8. SEPARE AS PALAVRAS COM BARRAS E COPIE AS FRASES COM ESPAÇOS ENTRE AS PALAVRAS.

(A) OCRAVOBRIGOUCOMAROSA __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ (B) DEBAIXODEUMASACADA __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ (C) OCRAVOSAIUFERIDO __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ (D) EAROSADESPEDAÇADA __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

LEIA OS VERSOS A SEGUIR E RESPONDA ÀS QUESTÕES 9 E 10. O DIREITO DAS CRIANÇAS TODA CRIANÇA NO MUNDO DEVE SER BEM PROTEGIDA CONTRA OS RIGORES DO TEMPO CONTRA OS RIGORES DA VIDA. […] RUTH ROCHA. OS DIREITOS DA CRIANÇA SEGUNDO RUTH ROCHA. SÃO PAULO: MODERNA, 2012.

9. O QUE SIGNIFICAM ESTAS EXPRESSÕES DA ESTROFE LIDA? (A) CONTRA OS RIGORES DO TEMPO: ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ (B) CONTRA OS RIGORES DA VIDA: ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

10. QUAIS SÃO OS DIREITOS DAS CRIANÇAS RELACIONADOS NA ESTROFE? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

11. AGORA É A SUA VEZ. FAÇA UMA LISTA COM QUATRO DIREITOS QUE VOCÊ ACHA QUE AS CRIANÇAS DEVEM TER.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 58


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

12. LEIA A QUADRINHA A SEGUIR E LISTE AS PALAVRAS QUE RIMAM. VOU MANDAR UM RECADINHO À MENINA MAIS BONITA A QUE TEM TRANÇA COMPRIDA AMARRADA COM UMA FITA. (FOLCLORE.)

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ AGORA LEIA OUTRA QUADRINHA. EU NÃO VOU EM SUA CASA PRA VOCÊ NÃO IR NA MINHA VOCÊ TEM A BOCA GRANDE VAI COMER MINHA GALINHA. (FOLCLORE.)

13. O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO TER A BOCA GRANDE? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

14. COPIE A QUADRINHA COM LETRA CURSIVA. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

15. COLOQUE ESTAS PALAVRAS EM ORDEM ALFABÉTICA: SAPO

CAMELO

CACHORRO

VACA

ONÇA

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Língua Portuguesa: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. ASSINALE A ALTERNATIVA EM QUE ESTÁ ESCRITA A MESMA PALAVRA. (A) CADERNO/caderno (B) CANETA/cabelo (C) PORTA/ponta (D) APONTAR/apontador Habilidade trabalhada: (EF02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva. Resposta: A. É a única alternativa em que está grafada a mesma palavra. Distratores: Nas outras alternativas, são grafadas palavras diferentes.

2. MARQUE A ALTERNATIVA COM A QUANTIDADE CORRETA DE SÍLABAS. (A) TELEFONE – 3 SÍLABAS (B) GRAVATA – 3 SÍLABAS (C) CANGURU – 4 SÍLABAS (D) TRATOR – 3 SÍLABAS Habilidade trabalhada: (EF02LP30) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras. Resposta: B. A palavra “gravata” possui 3 sílabas (gra-va-ta). Distratores: A palavra “telefone” (te-le-fo-ne) possui 4 sílabas. “Canguru” (can-gu-ru) tem 3 sílabas. “Trator” (tra-tor) possui 2 sílabas.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

LEIA ESTE TEXTO E RESPONDA ÀS QUESTÕES 3 E 4.

Ilustra Cartoon

3. O TEXTO LIDO É: (A) UMA CARTA. (B) UM POEMA. (C) UMA RECEITA. (D) UM BILHETE. Habilidade trabalhada: (EF02LP15) Identificar a função sociocomunicativa de textos que circulam em esferas da vida social, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem produziu, a quem se destinam. Resposta: D. O texto é um bilhete. Percebe-se isso porque é um recado breve. Distratores: Para ser considerado carta (alternativa A), o texto deveria ser mais longo, conter data e ser postado pelo correio ou entregue em mãos, não colado na geladeira. Como não está escrito em versos, não é um poema (alternativa B). Por não indicar os ingredientes e o modo de preparo de um alimento, não é uma receita (alternativa C).

4. O OBJETIVO DO TEXTO LIDO É: (A) AVISAR A MÃE QUE VAI DEMORAR PARA VOLTAR. (B) FAZER UM CONVITE PARA BRINCAR. (C) AVISAR A MÃE QUE FOI BRINCAR E VOLTA LOGO. (D) CONTAR AS NOVIDADES AO AMIGO PEDRO. Habilidade trabalhada: (EF02LP14) Inferir, em textos curtos, informações implícitas de fácil identificação. Resposta: C. O autor do texto escreveu o bilhete para avisar à mãe que iria brincar na casa de Pedro e voltaria logo. Distratores: A alternativa A não está correta, pois, no bilhete, Lucas informa que voltará logo. Como não é feito um convite para brincar, a alternativa B não está correta. O texto é direcionado à mãe; por isso, não tem como objetivo contar as novidades ao amigo, assim é eliminada a alternativa D. 61


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

5. PARA CONVERSAR COM UMA PESSOA MAIS VELHA OU COM QUEM NÃO TEMOS INTIMIDADE, A FORMA DE TRATAMENTO ADEQUADA É: (A) AMIGO OU AMIGA. (B) VOCÊ. (C) SENHOR OU SENHORA. (D) A GENTE. Habilidade trabalhada: (EF02LP04) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor (“senhor/a”, “você” etc.). Resposta: C. Essa é a forma de tratamento usada com pessoas mais velhas ou com quem não temos intimidade. Distratores: Na alternativa A, “amigo” ou “amiga” não são pronomes de tratamento. “Você” (alternativa B) é usado com pessoas com quem temos uma relação próxima, assim como “a gente”, na alternativa D, que é usado de maneira informal.

6. NA COMUNICAÇÃO ENTRE MÃE E FILHO, GERALMENTE SE USA: (A) O REGISTRO FORMAL, POIS É UMA CONVERSA FORMAL. (B) O REGISTRO INFORMAL, POIS É UMA CONVERSA DESCONTRAÍDA. (C) O REGISTRO FORMAL, POIS É UMA CONVERSA DESCONTRAÍDA. (D) O REGISTRO INFORMAL, POIS É UMA CONVERSA FORMAL. Habilidade trabalhada: (EF02LP06) Identificar finalidades da interação oral, em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.). Resposta: B. Entre mãe e filho, a conversa costuma ser descontraída. Por isso, usa-se o registro informal. Distratores: Apesar de a afirmação da alternativa A ser correta, já que o registro formal deve ser usado em contextos formais, não é o que ocorre na conversação familiar. As afirmações contidas nas alternativas C e D são incorretas: o registro formal não é usado em conversas descontraídas, e o registro informal não deve ser usado em contextos formais.

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7. COMPLETE AS FRASES COM AS PALAVRAS ADEQUADAS. (A) PRECISEI TOMAR REMÉDIO NA ____________________ (FEIA/VEIA). (B) NÃO GOSTO DE ESPERAR MUITO NA ____________________ DO PARQUE (FILA/VILA) (C) ESSA FACA NÃO ____________________ (CORDA/CORTA). (D) O CAFÉ ESTÁ NO ____________________ (PULE/BULE). Habilidade trabalhada: (EF02LP29) Ler e escrever palavras com correspondências regulares diretas entre letras e fonemas (f, v, t, d, p, b) e correspondências regulares contextuais (c e g; e e o, em posição átona em final de palavra). Respostas: A) VEIA; B) FILA; C) CORTA; D) BULE. Caso as trocas entre F/V; T/D e P/B, fonemas que são pares mínimos, sejam recorrentes, avaliar cuidadosamente o aluno com dificuldade para verificar a necessidade de um acompanhamento fonoaudiológico.

8. SEPARE AS PALAVRAS COM BARRAS E COPIE AS FRASES COM ESPAÇOS ENTRE AS PALAVRAS.

(A) OCRAVOBRIGOUCOMAROSA __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ (B) DEBAIXODEUMASACADA __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ (C) OCRAVOSAIUFERIDO __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ (D) EAROSADESPEDAÇADA __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________

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Habilidade trabalhada: (EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos. Respostas: A) O CRAVO BRIGOU COM A ROSA; B) DEBAIXO DE UMA SACADA; C) O CRAVO SAIU FERIDO; D) E A ROSA DESPEDAÇADA. Embora automática para um escritor proficiente, a segmentação de palavras pode causar dúvidas a um aluno em fase de alfabetização, podendo haver tanto a hipossegmentação (ea rosa despedaçada) quanto a hipersegmentação (de baixo de uma sacada). Caso a maioria dos alunos tenha dificuldade para proceder à segmentação, mais exercícios devem ser trabalhados. Uma sugestão é formar duplas com um aluno proficiente e outro em fase de incorporação da habilidade para resolver esses exercícios. LEIA OS VERSOS A SEGUIR E RESPONDA ÀS QUESTÕES 9 E 10. O DIREITO DAS CRIANÇAS TODA CRIANÇA NO MUNDO DEVE SER BEM PROTEGIDA CONTRA OS RIGORES DO TEMPO CONTRA OS RIGORES DA VIDA. […] RUTH ROCHA. OS DIREITOS DA CRIANÇA SEGUNDO RUTH ROCHA. SÃO PAULO: MODERNA, 2012.

9. O QUE SIGNIFICAM ESTAS EXPRESSÕES DA ESTROFE LIDA? (A) CONTRA OS RIGORES DO TEMPO: ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ (B) CONTRA OS RIGORES DA VIDA: ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP17) Deduzir o significado de palavras desconhecidas ou pouco familiares, com base no contexto da frase ou do texto. Resposta sugerida: “Contra os rigores do tempo” significa que as crianças devem ser protegidas do frio, da chuva e do sol em excesso. “Contra os rigores da vida” significa que elas devem ser protegidas dos problemas do mundo, como fome, pobreza etc. Professor, outras respostas são possíveis. Caso os alunos tenham dificuldade, orientá-los a considerar o contexto das expressões. Pelo contexto, percebe-se que, se as crianças devem ser protegidas, trata-se de algo ruim. Esse procedimento ajuda a inferir o sentido das expressões.

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10. QUAIS SÃO OS DIREITOS DAS CRIANÇAS RELACIONADOS NA ESTROFE? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP12) Localizar, em textos curtos, informações pontuais. Resposta sugerida: A criança deve ser bem protegida tanto física (rigores do tempo) quanto emocionalmente (rigores da vida).

11. AGORA É A SUA VEZ. FAÇA UMA LISTA COM QUATRO DIREITOS QUE VOCÊ ACHA QUE AS CRIANÇAS DEVEM TER.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos. Resposta: A resposta é pessoal. Como critérios de avaliação, verificar a ortografia e a segmentação de palavras. Caso os alunos apresentem dificuldades, propor mais atividades de escrita.

12. LEIA A QUADRINHA A SEGUIR E LISTE AS PALAVRAS QUE RIMAM. VOU MANDAR UM RECADINHO À MENINA MAIS BONITA A QUE TEM TRANÇA COMPRIDA AMARRADA COM UMA FITA. (FOLCLORE.)

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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Habilidade trabalhada: (EF02LP42) Identificar recursos rítmicos e sonoros e o efeito de sentido de metáforas, em textos versificados. Resposta sugerida: As palavras que rimam são “BONITA” e “FITA”. Se a palavra “COMPRIDA” for relacionada pelos alunos, deve-se aceitar a resposta como correta, pois é um caso de rima toante, ou seja, apenas as vogais rimam. AGORA LEIA OUTRA QUADRINHA. EU NÃO VOU EM SUA CASA PRA VOCÊ NÃO IR NA MINHA VOCÊ TEM A BOCA GRANDE VAI COMER MINHA GALINHA. (FOLCLORE.)

13. O QUE SIGNIFICA TER A BOCA GRANDE? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP14) Inferir, em textos curtos, informações implícitas de fácil identificação. Resposta sugerida: Significa ter muita fome ou muito apetite. Caso o aluno não consiga inferir esse significado, mostrar que a visita não é desejada por ser uma pessoa com muita fome ou muito apetite, motivo pelo qual vai acabar comendo a galinha do eu lírico. Se algum aluno der como resposta que a expressão tem como sentido “falar muito”, explicar que “ter a boca grande” também pode apresentar esse significado, porém ele não cabe no contexto dos versos.

14. COPIE A QUADRINHA QUE VOCÊ LEU COM LETRA CURSIVA. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva. Resposta sugerida: A quadrinha deve ser copiada sem erros de ortografia e com a segmentação correta das palavras. Caso os alunos tenham dificuldade para copiar os versos corretamente, trabalhar mais exercícios desse tipo.

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15. COLOQUE ESTAS PALAVRAS EM ORDEM ALFABÉTICA: SAPO

CAMELO

CACHORRO

VACA

ONÇA

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP31) Recitar o alfabeto na ordem das letras. Resposta: CACHORRO, CAMELO, ONÇA, SAPO, VACA. Caso os alunos não consigam ordenar as palavras alfabeticamente, trabalhar mais exercícios como esse.

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Ficha de acompanhamento das aprendizagens Esta ficha sugerida é apenas uma de muitas possibilidades. É importante ter em mente que a avaliação não deve ser entendida como um fim em si mesma, mas como uma das diversas ferramentas a serviço de uma compreensão dos avanços e das necessidades de cada aluno, respeitando o período de aprendizagem de cada um. Legenda Total = TT

Em evolução = EE

Não desenvolvida = ND

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Questão 1

2

3

4

5

Habilidades (EF02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva.

TT Domina as duas formas de escrita.

EE Ainda não domina uma das formas de escrita.

(EF02LP30) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras.

Segmenta as palavras em sílabas corretamente.

(EF02LP15) Identificar a função sociocomunicativa de textos que circulam em esferas da vida social, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem produziu, a quem se destinam. (EF02LP14) Inferir, em textos curtos, informações implícitas de fácil identificação. (EF02LP04) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas

Reconhece o gênero textual bilhete.

Segmenta corretamente a maior parte das palavras, mas ainda comete alguns erros. Reconhece um gênero textual semelhante ao bilhete. Marcou “carta”.

Reconhece o objetivo do bilhete. Identifica que há uma forma de tratamento para cada situação e emprega a forma adequada ao contexto.

Reconhece parcialmente o objetivo do bilhete. Percebe que há uma forma de tratamento adequada a cada contexto, no entanto não sabe qual

ND Não reconhece nenhuma forma de escrita. Não segmenta as palavras.

Anotações

Não reconhece o gênero textual.

Não reconhece o objetivo do bilhete. Não percebe que há uma forma de tratamento adequada para cada situação e não emprega a forma 68


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

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8

9

10

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de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor (“senhor/a”, “você” etc.). (EF02LP06) Identificar finalidades da interação oral, em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.). (EF02LP29) Ler e escrever palavras com correspondências regulares diretas entre letras e fonemas (f, v, t, d, p, b) e correspondências regulares contextuais (c e g; e e o, em posição átona em final de palavra). (EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos.

deve empregar na situação exposta.

adequada ao contexto.

Identifica corretamente o nível de linguagem adequado ao contexto.

Identifica parcialmente o nível de linguagem adequado ao contexto.

Não identifica o nível de linguagem adequado ao contexto.

Lê e escreve corretamente as palavras com os fonemas f, v, t, d, p e b.

Lê e escreve corretamente algumas palavras com os fonemas f, v, t, d, p e b.

Não lê nem escreve corretamente as palavras com os fonemas f, v, t, d, p e b.

Segmenta corretamente as palavras em frases e textos.

Segmenta as palavras em frases e textos, mas ainda comete alguns erros. Deduz corretamente apenas um significado.

Não segmenta as palavras em frases e textos.

Localiza apenas um dos direitos das crianças apontados na estrofe. Segmenta as palavras em frases e textos, mas ainda comete alguns erros. Identifica parcialmente as palavras que rimam.

Não localiza nenhum dos direitos das crianças apontados na estrofe. Não segmenta as palavras em frases e textos.

(EF02LP17) Deduzir o significado de palavras desconhecidas ou pouco familiares, com base no contexto da frase ou do texto. (EF02LP12) Localizar, em textos curtos, informações pontuais.

Deduz corretamente os dois significados.

(EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos.

Segmenta corretamente as palavras em frases e textos.

(EF02LP42) Identificar recursos rítmicos e sonoros e o efeito de sentido de metáforas, em textos versificados.

Identifica corretamente as palavras que rimam.

Localiza corretamente os dois direitos das crianças apontados na estrofe.

Não deduz corretamente os dois significados.

Não identifica as palavras que rimam. 69


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

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(EF02LP14) Inferir, em textos curtos, informações implícitas de fácil identificação. (EF02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva.

Infere corretamente o sentido da expressão.

(EF02LP31) Recitar o alfabeto na ordem das letras.

Organiza as palavras na ordem alfabética adequadamente.

Escreve adequadamente com letra cursiva.

Infere parcialmente o sentido da expressão. Comete alguns erros ao escrever com letra cursiva. Ordena parcialmente as palavras na ordem alfabética.

Não infere o sentido da expressão. Não escreve com letra cursiva. Não ordena as palavras na ordem alfabética.

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Ficha de acompanhamento individual A ficha de acompanhamento individual é um instrumento de registro, onde podemos verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Ela serve para que nós, professores, possamos acompanhar o progresso de cada um de nossos alunos. BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Apoio à Leitura e Escrita: PRALER. Brasília: FNDE/MEC, 2007. Caderno de Teoria e Prática 6: Avaliação e projetos na sala de aula. p. 20.

Total = TT

Em evolução = EE

Legenda Não desenvolvida = ND

Não observada = NO

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data

Habilidade

TT

EE

ND

NO

Anotações

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