Revista Fé para Hoje Número 37, Ano 2012

Page 19

uma intensificação do mesmo quando em tempos normais. Não é diferente em essência; a diferença é de grau e não de tipo. O Catecismo Maior de Westminster, na resposta à pergunta de número 182, diz que o Espírito Santo nos ajuda “operando em nossos corações, e despertando (embora não em todas as pessoas, nem em todos os tempos, na mesma medida) aquelas apreensões, afetos e graças que são necessários...”.7 Alguém recorreu à analogia entre uma “chuva normal” e uma “chuva forte”. Num contexto de avivamento, os crentes são mais zelosos, pecadores são atraídos, e mesmo os incrédulos que não se convertem, se vêem convencidos da verdade. J. I. Packer diz que a “Escritura aponta para um processo repetido muitas vezes, mediante o qual, seguindo-se à frieza, descuido e infidelidade existentes dentre o povo de Deus, o próprio Deus age soberanamente para restaurar o que estava prestes a perecer”. E acrescenta: “E através do transbordamento evangelístico consequente, [Deus] torna a estender ainda mais o reino de Cristo”.8 Uma observação importante, que deve novamente ser enfatizada, é que o avivamento vem exclusivamente de Deus. “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” (Sl 85.6). O desejo do salmista está voltado para Deus, pois o homem não pode operar esta façanha. É Deus quem pode vivificar. O avivamento é uma obra soberana de Deus, pois “o vento sopra onde quer” ( Jo 3.8). Nós não podemos dar uma ordem para que

haja um avivamento, e ele não segue um modelo previamente fixado por qualquer homem. Nós estamos amarrados à misericórdia de Deus. “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer” ( Jo 5.21). Isto não deveria causar-nos desespero, mas fome, um apetite pela visitação de Deus. Deveria nos levar à humilhação. Na compreensão de Edwards, avivamento é algo que acontece, não é algo que se promove. O homem não é o agente; ele é objeto

O avivamento é uma intensificação do cristianismo” dessa obra do Espírito. Deus é absolutamente soberano em cada dádiva que concede. Isto é tão verdadeiro acerca do avivamento como é de qualquer grande obra redentora. J. I. Packer colocou isto nas seguintes palavras: O avivamento é Deus demonstrando a soberania de sua graça. Avivamento é inteiramente obra da graça, pois sobrevém a igrejas e cristãos que merecem apenas julgamento; e Deus o faz acontecer de maneira a mostrar que sua graça foi decisiva nele. Os homens podem organizar convenções e campanhas e buscar a bênção de Deus sobre elas, mas o único organizador Revista fé par a h oje | 17


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
Revista Fé para Hoje Número 37, Ano 2012 by Editora Fiel - Issuu