

(NAA)
Todos estes morreram na fé. Não obtiveram as promessas, mas viram-nas de longe e se alegraram com elas, confessando que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, desejam uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porque lhes preparou uma cidade.
Este livro pertence a um(a)
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Halteren, Tyler Van
A grande jornada do pequeno peregrino / Tyler Van Halteren ; tradução William V. Orlandi. -- São José dos Campos, SP : Editora Fiel, 2024.
Título original: Little pilgrim's big journey
ISBN 978-65-5723-358-0
1. Cristianismo - Literatura infantojuvenil 2. Peregrinos e peregrinações I. Título. 24-212731
Elaborado por Eliane de Freitas Leite - CRB-8/8415
A GRANDE JORNADA DO PEQUENO
PEREGRINO PARTE I
Traduzido do original em inglês
Little Pilgrim´s Big Journey
Copyright © 2020 by Tyler Van Halteren.
Todas as citações bíblicas foram retiradas da Nova Almeida Atualizada (NAA), salvo quando necessário o uso de outras versões para uma melhor compreensão do texto, com indicação da versão.
Publicado originalmente em inglês por Lithos Kids Press.
Copyright © 2023 Editora Fiel
Primeira edição em português: 2024
Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Fiel da Missão Evangélica Literária.
PROIBIDA A REPRODUÇÃO DESTE LIVRO, POR QUAISQUER MEIOS, SEM A PERMISSÃO ESCRITA DOS EDITORES, SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM INDICAÇÃO DA FONTE.
Diretor: Tiago J. Santos Filho
Editor-chefe: Vinicius Musselman
Editor: Renata do Espírito Santo
Coordenação Editorial: Gisele Lemes
Tradução: Willian V. Orlandi
Revisão: Zípora D. Vieira de Lima
Adaptação e Diagramação: Caio Duarte
Ilustração: Beatriz Mello
ISBN brochura: 978-65-5723-358-0
ISBN e-book: 978-65-5723-359-7
Caixa Postal, 1601
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aos meus garotos, Iver e Elias, e a todos os demais pequenos peregrinos que estão no caminho da Cidade Celestial.
Em 1661, um homem chamado John Bunyan foi preso por pregar a Bíblia. Naquela época, as pessoas não tinham permissão para ensinar livremente e precisavam obedecer às regras do governo. John Bunyan poderia ter sido libertado se prometesse parar de pregar, entretanto não podia ficar calado sobre as verdades de Deus.
Ele permaneceu na prisão por 12 anos. Enfrentou grandes dificuldades. Entretanto, Deus tinha grandes planos para ele ali. Durante esse tempo na prisão, John Bunyan escreveu O peregrino.
Alguns amigos lhe disseram que era um livro de histórias bobo e que ele deveria jogá-lo fora. Mas ele o imprimiu assim mesmo. Para sua surpresa, o livro ficou famoso, e continua famoso até hoje. Na verdade, depois da Bíblia, O peregrino é o livro mais publicado e traduzido do mundo.
Este livro — A grande jornada do pequeno peregrino — é baseado na narrativa atemporal de John Bunyan. Ele procura seguir de perto o enredo original, facilitando a leitura e a compreensão das crianças.
Como O peregrino inspirou incontáveis gerações de cristãos, esperamos que este livro inspire muitos pequenos peregrinos a iniciar sua jornada rumo à Cidade Celestial.
O peregrino não é uma história comum. Foi escrito como uma alegoria. Uma alegoria é uma história com um significado mais profundo. Todas as pessoas e lugares mencionados nesta história pretendem nos ensinar lições importantes (para ajudar os pais a explicar o significado dessa alegoria, um breve resumo é incluído no final de cada capítulo, juntamente com um guia de perguntas ao final do livro).
Um peregrino é alguém que sai de casa para fazer uma grande viagem.
John Bunyan acreditava que a vida cristã é como uma peregrinação, com muitas alegrias e provações em nosso caminho para o céu. O peregrino é a história da experiência de John Bunyan como cristão, mas representa a jornada de todos os cristãos.
Esta história explora vividamente temas bíblicos enquanto seguimos Cristão em sua jornada para a Cidade Celestial. Ele enfrenta muitos obstáculos ao longo do caminho. Ele conhece pessoas que tentam ajudá-lo, bem como aquelas que tentam prejudicá-lo.
Ao embarcar nesta jornada, oramos para que você se inspire a se tornar um peregrino e comece sua própria jornada rumo à Cidade Celestial.
Enquanto eu caminhava pelo deserto deste mundo, encontrei um lugar tranquilo para dormir. Enquanto dormia, tive um sonho.
No meu sonho, vi um menino chamado Cristão vestido com roupas velhas e sujas. Ele tinha um livro na mão e um grande fardo nas costas.
Ele estava chorando e dizia para si mesmo: — Oh, o que posso fazer para ser salvo?
Em casa, Cristão disse à família:
— Este peso nas minhas costas cresce a cada dia, e este livro diz que nossa cidade será queimada com fogo do céu.
Se não encontrarmos uma maneira de escapar, certamente morreremos.
Mas ninguém acreditou nele.
— Você está doente — disseram.
— Você deveria ir direto para a cama.
Mas a noite era tão problemática para ele quanto o dia!
Em vez de dormir, Cristão ficou acordado.
Ele chorou e suspirou sobre tudo o que leu em seu livro.
De manhã, sua família o acordou e lhe perguntou:
— Como você se sente?
— Pior e pior — respondeu Cristão.
— Vivemos na Cidade da Destruição.
Devemos partir agora!
Cristão leu sobre uma Cidade Celestial e sobre um rei tão gentil e cheio de amor que convidou todos a se juntarem a ele naquele lugar.
Cristão disse:
— O Rei convidou a todos nós para a Cidade Celestial. Por favor, venham comigo!
Mas sua família ficou com raiva.
— Pare de nos contar esses contos de fadas!
Eles tentavam mudar a opinião de Cristão.
Eles zombavam dele e o intimidavam, e, às vezes, o ignoravam completamente.
Mas Cristão não parou de acreditar em seu livro.
Cristão levou seu livro para o campo a fim de ler sozinho.
Ele desejava viajar para a Cidade Celestial.
Ele pensou: Mas e se eu me perder no caminho? Como vou viajar com esse fardo?
Alguém gritou:
— Com o que você está preocupado?
Era um velho gentil chamado Evangelista.
Cristão olhou para cima.
— Este livro diz que minha cidade será destruída pelo fogo. Eu estou assustado. Não estou pronto para morrer.
Evangelista tirou um bilhete do bolso que foi escrito pelo próprio Rei.
Cristão abriu e leu:
— Fuja da Cidade da Destruição.
Venha encontrar refúgio na minha cidade. Vou mantê-lo seguro e protegido para sempre.
Cristão perguntou a Evangelista:
— Você acha que é verdade? Minha cidade será destruída? A Cidade Celestial é real?
— Sim — disse Evangelista. — Cada palavra é verdadeira. O Rei escreveu tudo, e o Rei nunca mente. Você quer encontrar a Cidade Celestial?
— Sim — disse Cristão — mais do que tudo!
Evangelista apontou ao longe.
— Você consegue ver aquela luz?
Siga-a até encontrar a Porta Estreita.
Quando você chegar lá, Boa-Vontade lhe dirá o que fazer.
Cristão correu em direção à luz distante, bem no meio da cidade.
As pessoas que o viram gritaram: — Aonde você está indo? Volte, Cristão, não seja tolo!
Alguns riram e falaram mal dele, e outros ficaram tristes de ver Cristão partir.
Cristão nem olhou para trás.
Ele apenas continuou correndo e gritando: — Eu quero a vida! Vida verdadeira! Vida eterna!
Dois meninos da cidade, chamados Obstinado e Vacilante, perseguiam Cristão.
— Devagar! — eles gritaram. — Espere por nós!
Obstinado, que era um menino teimoso e forte, alcançou Cristão.
Ele agarrou Cristão pelo braço e disse:
— Volte agora. Não seja tolo.
— Eu não sou um tolo — disse Cristão. — E eu não posso voltar, porque você mora na Cidade da Destruição. Mas eu busco uma cidade eterna. Por favor, venha comigo.
— Sem chance! — disse Obstinado. — Eu nunca poderia deixar para trás todos os meus amigos e todas as minhas coisas.
Cristão respondeu:
— Os amigos e prazeres de que você fala não se comparam às alegrias que procuro. Eu procuro um tesouro que nunca pode ser perdido, roubado ou quebrado. Leia sobre isso no meu livro.
Mas Obstinado recusou.
— Silêncio! Eu não me importo com o seu livro. Vamos para casa, Vacilante. Cristão perdeu a cabeça.
— Não zombe dele — disse Vacilante a Obstinado.
— Se o que ele diz é verdade, eu gostaria de ir com ele.
Obstinado riu.
— Então você é tão tolo quanto Cristão. Divirta-se procurando por sua cidade imaginária.
Obstinado se virou e foi embora.
No Capítulo 1, conhecemos Cristão, um jovem que está prestes a deixar a Cidade da Destruição e embarcar em sua grande jornada para a Cidade Celestial. Cristão, como seu nome sugere, representa todos os cristãos que estão deixando este mundo para trás a fim de buscar uma cidade celestial (Hebreus 11.8-16).
O livro na mão de Cristão representa a Bíblia, que fala sobre a destruição vindoura. Cristão acredita em tudo e tem fé para deixar todas as coisas para trás em busca de uma recompensa maior. A salvação começa com a compreensão e a crença na Palavra de Deus (Romanos 4.3; Romanos 10.9-13).
O fardo nas costas de Cristão é o fardo do pecado. Representa a culpa e a vergonha que sentimos quando entendemos que desobedecemos a Deus. Cristão deseja ser liberto desse fardo, mas precisa que Evangelista lhe diga como isso pode ser feito (Romanos 10.14-17).
As pessoas insultam Cristão e zombam dele porque ele acredita no que lê em seu livro — assim como muitas pessoas hoje rejeitam o que os crentes em Jesus lhes dizem sobre as boas-novas na Bíblia (Mateus 5.11-12).
Entendendo a alegoria:
1. O que representa o fardo nas costas de Cristão?
2. Como Cristão responde à verdade em seu livro?
*Um guia mais abrangente de perguntas pode ser encontrado ao final deste livro.