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Comunicação não violenta
Você já ouviu falar em comunicação não violenta?
Não seja assim!
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Cala a boca e presta atenção!



Não chore!
Vou deixar você de castigo! Pare com isso!
Deixe de birras!
Senta lá!
Eu vou arrancar a sua língua!
Você é surdo? Já falei um milhão de vezes pra não fazer isso.
O que tem de tão familiar nessas frases?
Todas essas frases foram tiradas do contexto da sala de aula. Elas são tão comuns que parece que já ouvimos isso em algum momento da nossa vida ou, quem sabe, até pronunciamos de vez em quando. Elas parecem desconsiderar completamente a violência que estão por trás de cada palavra e também o efeito que terão sobre a criança que está ouvindo. Costumamos pensar que a violência está intimamente ligada com alguma agressão física, mas peraí, se fi zermos um micro esforço lembraremos de situações que são super violentas sem, contudo, incluir agressão física. Muitas vezes a comunicação pode ser uma das piores violências, pois ela pode marcar eternamente a vida de uma pessoa. A Comunicação Não Violenta (CNV), foi criada pelo americano Marshall Rosenberg, e é um método simples de comunicação. Uma comunicação que é clara, empática e que almeja encontrar um jeito para que todas as pessoas falem o importante sem culpar o outro, humilhá-lo, envergonhá-lo, coagi-lo ou ameaçá-lo. É uma comunicação útil para resolver confl itos, conectar-se aos outros, e viver de um jeito consciente, presente e antenado ás necessidades vitais e genuínas de si mesmo e do mundo. Baseada na ideia de que todos os seres humanos têm a capacidade da compaixão e a capacidade de escutar verdadeiramente o outro a CNV cria uma cultura de expressão que resolva os confl itos, ao invés de criá-los.
Observação: Observamos as ações concretas que nos afetam. Sem julgamentos e sem juízo de valores. Apenas uma declaração do que estamos observando que pode (ou não) ter nos agradado.
Sentimento: Identifi camos e nomeamos o que estamos sentindo em relação ao que observamos. Ou seja, nos perguntamos: ” como me sinto diante disso? Frustrado? Alegre? Magoado?Irritado?
Necessidades: Informamos para o outro as nossas necessidades, valores e desejos que estão conectados aos sentimentos que identifi camos anteriormente. Em outras palavras, quais são as minhas necessidades, desejos ou valores que guiam meus sentimentos?
Pedido: Pedimos para que algumas ações concretas sejam realizadas, de forma a atender nossas necessidades.
O educador como fonte de conhecimento, como aquele que media e compartilha as informações com a turma, deve conduzir e orientar a todos de maneira que a prática da comunicação não violenta seja, cada vez mais, uma ação cotidiana. Exiga uma postura adequada dos seus educadores!