Vivências do Mais Educação

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O projeto foi desenvolvido pelas professoras responsáveis pelos alunos do período da manhã e da tarde do Programa Mais Educação da EMEB Carmine Botta – São Carlos –SP. Professores Mais Educação Adriele Helena Beli Célia Aparecida Pereira Daniele Fernanda da Silva Esleide de Cássia Rodrigues Eunice Pereira da Cunha Fabiano Dorneneghini Fernanda Geraldo Ida Lúcia B. Oliani Márcia Altimira Gradim Martinez Silvana G. Joaquim Mira Thiago Inácio Carneiro Vanessa Taís Batista Wilcerley Cristina Marchi Diretora Cilmara Aparecida Seneme Ruy Vice-diretora Marta Regina Figueredo Ferraz Coordenadora do Programa Mais Educação Isabel Cristina Ap. Hyppolito Educadoras Comunitárias Lúcia Helena P. Duarte Tailla Alessandra da Silva Jôsebel Keli Soares Rosana Alves de Queiros Silvana Ap. Garcia Kelly Cristina Martins Claudinéia Néves G. Calavans Dorival Orlando Alves

Vivências do Mais Educação / Daniele Fernanda da Silva ... [et al.]. – São Carlos : Editora Cubo, 2013. 58 p. : il. ISBN 978-85-60064-42-7 1. Educação. 2. Atividades Escolares. 3. Programa Mais Educação. 4. Ensino Fundamental. I. Silva, Daniele Fernanda.

A correção redacional e a normalização dos textos são de inteira responsabilidade do(s) autor(es). Capa, Projeto Gráfico e Diagramação


Dedicatória

Dedicamos este livro aos nossos alunos, pais de alunos, toda a comunidade envolvida e principalmente aos funcionários do Projeto Mais Educação que tiveram presentes à todo momento em busca de qualificar todo o trabalho desenvolvido. Agradecemos aos professores colaboradores e aos patrocinadores que nos ajudaram a tornar esta publicação possível.



Agradecimento

Agradecemos em primeiro lugar à Deus que nos proporcionou o dom do trabalho pedagógico e é muito gratificante para todos nós. Em segundo lugar à diretora da escola Carmine Botta, coordenadora, professores, bibliotecárias, funcionários e principalmente aos principais personagens desta história que são nossos alunos. Através de um verdadeiro trabalho em equipe pudemos produzir este trabalho com muito carinho para compartilhar com todos vocês.



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esenvolver um trabalho significativo com as crianças de forma a alcançar muito mais do que um objetivo planejado em papel, mas sim a relação do conhecimento e pleno desenvolvido do aluno é muito importante e gratificante para os professores. Por isso neste momento queremos compartilhar nossas vivências no ano de 2013. Dizemos vivências e não aulas, pois a relação entre aluno e professor em nosso cotidiano foi muito mais do que o simples ensinar e aprender... foi uma relação recíproca de aprendizado com muito amor e carinho, onde desenvolvemos e aprendemos brincando. O projeto mais educação desenvolve atividades que possam ampliar espaços, tempos e oportunidades educativas, dando oportunidade as crianças à se desenvolverem com educação de qualidade, diante da implementação da educação integral na escola e uma vivência do ensino vinculado ao processo de ensino-aprendizagem. As linhas de atuação realizadas no programa mais educação estão inseridas nos seguintes macrocampos: Acompanhamento Pedagógico (Letramento e Matemática), Esporte e Lazer (Recreação), Cultura, Arte e Educação Patrimonial (Desenho) e (Teatro), Comunicação e uso de mídias (Rádio Escolar). Os alunos fizeram relatos de algumas aulas realizadas sobre os momentos em que mais gostaram e estes participaram de uma aventura inesquecível...

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Próximo à chegada da Primavera, em uma manhã florida e ensolarada, Vovô me pegou de surpresa ao perguntar como estava indo na escola. — ...“Minha nossa, será que meu avô descobriu? Será que ele sabe de alguma coisa? Mas não contei pra ninguém!!!!!” Vovô é um homem muito talentoso que adora curtir a vida. Ele me contou muitas histórias desde sua época de criança, como era danado na escola, mas sempre foi um bom aluno. Teatro, dança, jogos (esporte), arte, português e matemática... Até hoje ele carrega todo o aprendizado de pequeno. Produz muitos quadros, pratica esporte, faz apresentações infantis para as crianças da igreja... É um tremendo artista!

— ...Querido, porque está tão pensativo? Fiz-te uma pergunta tão simples.. Escola, amigos, diversão e responsabilidade para aprender... Vou te contar uma coisa: quando eu era menino participava de um grupo em minha escola que se chamava “Os Criadores”. Era o grupo mais esperto da escola, fazíamos brincadeiras com rádio, atividades artísticas, doações e muito mais. — Minha nossa vovô... Nem sei se devo contar o que faço na escola... O senhor é tão inteligente! Sabe o que percebi? As atividades que o senhor fazia são parecidas com as atividades que faço hoje. E me admiro muito pois o senhor usa até hoje em seu trabalho... Vou te contar o que faço... Participo de um projeto em minha escola que se chama mais educação, onde os alunos que frequentam a escola no período da manhã, vão ao projeto no período da tarde na mesma escola e vice-versa. A diferença é que neste projeto nós não ficamos em sala de aula e todas as atividades que desenvolvemos são interativas.

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Em todas as disciplinas realizadas neste projeto, nós aprendemos que é muito importante respeitar o colega, as professoras e toda natureza. O mundo em que vivemos hoje se encontra em um grande processo de conscientização da população para cuidar do nosso planeta, para que no futuro as pessoas possam viver de forma saudável, longe da poluição produzida por todos nós. Trabalhamos então neste modo pensando na sustentabilidade e formas de cuidar do nosso planeta a partir de pequenas atitudes. Utilizamos materiais recicláveis para realizar atividades variadas, fizemos arrecadações de roupas para doar no asilo e até mesmo utilizar algumas coisas nas atividades de matemática; praticamos atividades ao ar livre no campo do “Bicão”, fomos até o CEFA , no campinho de futebol e muitas coisas que vou contar agora. Nas aulas de arte, todo o material que utilizamos foi reciclado. No dia do índio, utilizamos garrafas pet para construir pequenos indiozinhos. Foi muito legal, com o guache nós produzimos os pequenos bonequinhos que depois cada um pôde levar o seu pra casa.

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Para o dia das mães a professora trouxe quarentas latas de leite em pó. Cada aluno ganhou a sua para produzir um vasinho de flores. Dentro do vasinho nós colocamos areia e fizemos florzinha com retalhos de papel crepom e palito de churrasco. Cada aluno enfeitou o vasinho como teve vontade. Depois levamos para casa para dar às mães de presente. A minha mamãe adorou!

Após conhecer algumas obras de Romero Brito, fizemos a releitura de suas artes através de pinturas em telas. — Você conhece este artista, vovô? Vou te contar. “Romero Britto nasceu em 6 de outubro de 1963. Ele começou sua carreira aos 18 anos em Pernambuco. Mas desde os 08 anos já começou a se interessar pelas artes plásticas, e mostrou talento. Atualmente é um dos mais premiados pintores pernambucanos. Ele alega ter criado seus quadros para invocar o espírito de esperança e transmitir uma sensação de aconchego. Suas obras são chamadas, por colecionadores e admiradores, de “arte da cura”. Embora bem-intencionado, os resultados estéticos são bastante discutíveis (isto na opinião de alguns), pois, analisando suas obras com olhar crítico e imparcial, o que encontramos é uma diluição repetitiva e pouco original dos

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pressupostos da pop art como preconizados por Andy Warhol e Robert Rauschenberg, aos quais mistura certos cacoetes estilísticos típicos da arte gráfica das histórias em quadrinhos. A diluição não é demérito, é o que fortalece essa arte inovadora, é que se propõe Romero, instigar a arte com a alegria das cores. É conhecido como artista pop brasileiro, radicado em Miami. Suas obras caíram no gosto das celebridades por sua alegria e sua cor, tendo sido alçado para a fama ao realizar a ilustração de uma campanha publicitária para a vodca sueca Absolut.” (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/ Romero_Britto).

Depois de produzirmos nossas telas, pudemos levar para decorar nossa casa. Outra atividade muito legal foi o teatrinho na caixa de sapato. Nem imaginávamos como iria ficar. Foi na verdade a criação da “caixa da imaginação”, pois depois de pronta pudemos utilizar para brincar com os amigos, desenvolver a criatividade, estimulação da fala, contar histórias e inventar histórias para diversificados personagens... foi muito legal. A professora levou diversos personagens para que pudéssemos escolher: tinha do Chaves, do folclore, do Carrossel, dos Três Porquinhos e da Chapeuzinho Vermelho. Cada um escolheu o seu para pintar e montar o teatrinho. Pintamos as caixas, encapamos com papel cenário por fora, fizemos árvores com rolinhos de papel higiênico... Ficou tudo em “3D”. Muito trabalho, muito esforço, e no fim nossa caixa ficou linda! A minha está no meu quarto. Brinco sempre com meus amigos.

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Fizemos as lembrancinhas para o Dia dos Pais. Em cada área fizemos uma coisa diferente, sendo uma delas o cartão e o saquinho de TNT para guardar lixinho. O Papai amou!

Em agosto, fizemos um trabalho especial para uma festa que aconteceu na escola. Foi a Festa Cultural. Temas que envolveram o folclore brasileiro apresentando personagens, parlendas, teatro, brincadeiras, comidas típicas, apresentação de músicos violeiros e criação de brinquedos com sucatas. Cada área teve uma participação para a elaboração dessa festa para os pais. Em artes, fizemos personagens do folclore como a Cuca, o Bumba-Meu-Boi, o Lobisomem e o Saci na garrafa. Você conhece a lenda do Saci na Garrafa? Veja só:

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Com a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito, uma espécie de cachimbo, e ganhou da mitologia europeia um gorrinho vermelho. A principal característica do saci é a travessura, ele é muito brincalhão, diverte-se com os animais e com as pessoas. Por ser muito moleque ele acaba causando transtornos, como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc. Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos. Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa. Diz também a lenda que os Sacis nascem em brotos de bambus, onde vivem sete anos e, após esse tempo, vivem mais setenta e sete para atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau. Dia 22 de agosto - Folclore

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Os personagens que confeccionamos ficaram pendurados no refeitório para a decoração da festa. Muito mais que isso, o Folclore é um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem a festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país. As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

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Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil: ¤ Boitatá: Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como “fogo que corre”. ¤ Curupira: Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira. ¤ Lobisomem: Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontram pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo. ¤ Mãe-D’água: Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãed’água: a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas. ¤ Mula-sem-cabeça: Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore. Volto a falar sobre esta festa mais pra frente... No período da tarde foi realizado um trabalho com dobradura de Papai Noel. Os alunos se reuniram em círculo, os papéis estavam no centro do mesmo. A professora foi explicando passo a passo as medidas dos papeis que deveriam ser cortados e as cores a serem utilizadas para que realizasse a dobradura o Papai Noel seria finalizado. Esta atividade teve o intuito de promover o entusiasmo, a chegada da festividade Natalina buscando desafiar o entusiasmo para a construção do mesmo. Ao trabalhar a Africanidade e explorar alguns conceitos sobre a África e o meio de vida dos povos, os alunos receberam uma telha a fim de realizar o desenho que se configura uma máscara (africanidade).

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Após o desenho, foi distribuída cola colorida para que o trabalho pudesse tornar forma. O intuito deste trabalho foi promover na prática a igualdade Racial, valorizando a cultura, sensibilizando para a continuidade dos valores.

Nas atividades de letramento procuramos trabalhar a literatura infantil de maneira gostosa e diferente. Começamos o ano com uma visita ao SESC para participarmos de um workshop de tênis, fizemos várias atividades para aprendermos os movimentos básicos desse esporte.

Na primeira oficina de letramento, fizemos o bichinho do nome, cada criança escreveu seu nome em letra cursiva em uma folha de sulfite dobrada ao meio e, recortou somente em volta da parte de cima do que foi escrito, e para surpresa de todos, ao abrirem as folhas, o nome tinha dado origem a um monstrinho. Em outra oficina, ouvimos a história de Pedrinho, que ao ir sendo contada pela professora, nós íamos montando a dobradura do que estava sendo narrado com o papel dobradura distribuído por ela. Também trabalhamos com o poema “O colar de Carolina”, de Cecília Meireles, fizemos a leitura compartilhada do texto e, terminamos a aula confeccionando um colar usando macarrão pintado com guache, os trabalhos ficaram muito bonitos.

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Gostamos muito quando lemos o livro “Cocô de passarinho”, de Eva Furnari. A história é muito engraçada! Fizemos um enfeite após conversarmos sobre o livro, a germinação das sementes e a importância dos pássaros na natureza. Confeccionamos um enfeite de passarinho para vaso de plantas usando papel cartão e palito de sorvete. O melhor é que no mês das crianças , nós tivemos a oportunidade de ir ao SESC para assistirmos a apresentação dessa peça, fomos no dia 11 para assistirmos , ir ao teatro é uma experiência que somente o mais educação oferece. No mês de maio discutimos sobre os males causados pelo uso das drogas, o quanto prejudica nossa família, a nossa aprendizagem e saúde. Elaboramos, então, cartazes falando sobre as drogas para podermos participar do concurso nacional de prevenção contra as drogas. Somente um dos cartazes feitos foi o escolhido para poder participar, o aluno Marcos, do 3º ano B foi o vencedor da nossa escola. Ainda no início de maio, nós confeccionamos um cartão em cartolina para homenagearmos nossas mães, escrevemos nos cartões feitos uma mensagem expressando todo o nosso amor e gratidão por essas pessoas tão maravilhosas em nossas vidas. Começamos as homenagens ao centenário do poeta Vinícius de Moraes. Estudamos diversas poesias do seu único livro infantil: “A arca de Noé”. Fizemos leituras individuais e em voz alta dos poemas “As borboletas”, “A foca”, “O pato” e “A casa”. Aproveitamos os poemas lidos para algumas atividades como: ordenação de texto, tertúlia musical, texto lacunado, trabalhos integrados com artes. Demos um tempinho no estudo das poesias para conhecermos um local de esporte e lazer do nosso bairro: o “Bicão”. Lá pudemos observar diversas espécies de árvores, brincamos nos brinquedos do parquinho, fizemos exercícios na academia ao ar livre, fizemos uma caminhada em volta do local e, o mais interessante: vimos uma ninhada de patinhos bem novinhos, amarelinhos, super fofinhos. É lógico que num lugar tão bonito não poderíamos deixar de fazer um

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lanche coletivo com muita comida e bebida, muito gostoso! Difícil foi caminharmos de volta à escola depois de tanta comida! Em junho comemoramos o Dia do Meio Ambiente e, por isso, desenvolvemos muitas atividades com esse tema. A professora ensinou o que é cadeia alimentar utilizando uma carta enigmática, discutimos como é importante preservar as espécies para que não ocorra o desequilíbrio ecológico, fizemos, em duplas, uma nova carta enigmática com outras cadeias alimentares. No dia 5 de junho, assistimos à apresentação do vídeo “Carta da Terra 2070”, ficamos impressionados com as consequências desastrosas que a falta de água potável

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causará. Deu até medo! Percebemos que o futuro do nosso planeta depende de cada um de nós. Também plantamos sementes de girassol em um copinho de plástico para levarmos para casa, bem como algumas delas em volta da entrada da biblioteca do futuro para formarmos um pequeno jardim, lemos ali a poesia “O girassol”, de Vinícius de Moraes.

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No final do dia, a bibliotecária fez uma contação de história de uma lenda indígena com o voluntário Yuri. Os dois foram dramatizando a história lida e ficou muito bacana.

Não basta somente falarmos do meio ambiente, temos que saber de que forma podemos melhorar o lugar em que vivemos. A professora de letramento nos explicou sobre a importância da reciclagem e do destino correto de cada lixo, conversamos sobre o “Ecoponto” do nosso bairro, onde podemos levar restos de materiais de construção, restos de folhas, materiais recicláveis, pilhas etc. Fomos caminhando até o local, observando o meio ambiente próximo da nossa escola. Chegando lá, conversamos com o funcionário do local sobre o seu funcionamento, o que pode e o que não pode ser descartado lá. Aprendemos muito com a visita e agora podemos ensinar a todas as pessoas que conhecemos sobre a utilização do mesmo. Aproveitamos para brincar no campinho de futebol que fica ao lado do local que visitamos, ainda plantamos girassóis ao redor dos campinhos de futebol.

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Um fato triste aconteceu no mês de junho: faleceu a escritora Tatiana Belinky. Na oficina de letramento, a professora levou todos os livros dela que estavam disponíveis na biblioteca para lermos. Cada aluno fez a leitura individual de um livro e ilustrou sua capa. Os trabalhos feitos ficaram expostos na biblioteca. Aproveitando a ocasião, a bibliotecária fez a contação da história do livro “O caso do bolinho”, amamos esse livro, essa autora nos deixará muitas saudades. Nossas ilustrações foram usadas nas contações de histórias feitas pela bibliotecária em homenagem à autora Tatiana durante toda a semana.

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Voltamos ao tema do meio ambiente criando um acróstico com a palavra natureza, mas, para aprendermos o que é acróstico, primeiro fizemos um com nosso nome. Nesse dia fomos ao CEFA para fazermos as oficinas de letramento e recreação, fomos caminhando da nossa escola ao local, conversando e brincando. Sempre gostamos de ir lá, um espaço muito organizado e acolhedor. Devido ao mau tempo no final do mês, não pudermos ir novamente ao campinho de futebol para vermos se as sementes plantadas nasceram, mas amamos a atividade proposta: a educadora Lúcia trouxe cartelas para jogarmos bingo e o melhor: ganhávamos prendas que foram arrecadadas na campanha de doações para o albergue e para o asilo pelos alunos do mais educação do período da tarde. (vou falar sobre isso mais tarde). Para encerrarmos o semestre fomos a CDCC - Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo, com as gestoras comunitárias para conhecermos as experiências que estão expostas lá. Ao chegarmos lá, assistimos a um filme sobre o que é o CDCC, os trabalhos que são feitos e o apoio dado aos estudantes. O primeiro lugar que visitamos foi a sala da biologia, onde estão expostos diversos animais, a monitora explicou-nos sobre todos eles e pudemos observar: aranhas, cobras, bicho-pau, formigas, peixes, iguanas. Visitamos a casa maluca para aprendermos e sentirmos o que é gravidade, a casa parecia estar torta, saímos de lá sentindo tontura. Também vimos as experiências do jardim: alavancas, roldanas, espelhos, onda sonora e escada das temperaturas, experiência do eco. Fomos conhecer a sala com experiências de física e gostamos muito do “Van der Graaff ”, um experimento sobre energia , levamos muitos choques e ficamos com os cabelos arrepiados.

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Enfim, chegou o recesso! Recordar é viver, na primeira aula logo após o recesso nós fizemos uma pequena volta no tempo: conversamos sobre todos livros de “Vinícius de Moraes” e as atividades que fizemos sobre ele para podermos escrever um texto. Na aula seguinte, a professora mostrou todas as fotos tiradas no mais educação no semestre anterior para recordarmos tudo o que fizemos. Após a apresentação do slide com as fotos, nós escolhemos a aula que mais gostamos do semestre anterior e fizemos um debate sobre isso, foi muito bom. Lembra do que falei a respeito do folclore? Então , aqui continuamos... Assim que começou agosto, iniciamos os trabalhos para a festa do folclore que ocorreu no dia 31como já foi citada acima. Para começarmos o assunto na área de letramento, a professora de letramento e a bibliotecária fizeram uma roda de conversa e aprendemos sobre todas as manifestações folclóricas: lendas, parlendas, músicas, brincadeiras, travalínguas...quanta coisa do nosso dia a dia que são parte do nosso folclore e não sabemos!

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Lembramos ainda dos pais, no dia dos pai, confeccionando um bonito cartão para eles, bem como escrevendo o quanto os amamos. É lógico que o dia do estudante também foi celebrado com muito amor e alegria, fizemos uma brincadeira no campinho de futebol do Jardim Medeiros e, na volta, fizemos uma big festa.

Retomamos nossas atividades do folclore. Fomos divididos em grupos e recebemos uma lenda do nosso folclore para dramatizarmos usando os fantoches que temos na nossa escola. Nas aulas seguintes, fizemos os ensaios para as apresentações da Festa Cultural, ensaiamos, em pequenos grupos, parlendas, trava línguas, adivinhas, a lenda do sapo com medo d’água, cantigas.

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A Festa Cultural ocorreu no último sábado de agosto e contou com a presença de todos os alunos do período da tarde. Na quadra da escola tivemos a apresentação de um grupo de violeiros. No refeitório tivemos oficinas de brinquedos folclóricos com a professora de artes. Nas salas de aula, tivemos o jogo “mankala” e a apresentação dos “Treze contos da meia-noite”. Nós fizemos a apresentação das manifestações folclóricas que ensaiamos, logo após a apresentação teatral preparada pela equipe da biblioteca. Os alunos participaram da apresentação e foram muito dedicados, foi show! E, em seguida, os alunos da professora Eunice apresentaram algumas charadinhas para encerrarem a festa. Olha só.... músicos violeiros. Em seguida, a apresentação de teatro que a professora de letramento e a professora de teatro ensaiou conosco. Após a apresentação, as atividades que estavam expostas e as bincadeiras na quadra. No refeitório a professora de artes ensinando a confeccionar o Saci na Garrafa e uma peteca para brincar.

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Começamos os preparativos para a nossa apresentação na Feira do Conhecimento, uma ocasião que professores e alunos expõem os trabalhos que realizaram durante o ano. A professora de letramento escolheu trabalhar a poesia “Os girassóis” (Vinícius de Moraes) para contemplar os dois maiores temas trabalhados até então: Vinícius de Moraes e o meio ambiente. Relembramos a biografia de Vinícius: lemos um texto e conversamos sobre o que foi lido, aprendemos que o ritmo bossa nova é uma mistura de jazz e samba e que surgiu em meados da década de 50. Ficamos sabendo que Vinícius era advogado, diplomata, viajou muito, casou nove vezes, bebia e fumava muito e que morreu escrevendo em sua banheira. Quando cantamos a música “Garota de Ipanema”, aprendemos que ela é a segunda música mais ouvida no mundo, só perdendo para os Beatles. A canção teve como musa inspiradora Helô Pinheiro, que é viva até hoje. Fizemos a leitura do texto “Como plantar e cuidar dos girassóis” para ensinarmos aos visitantes da feira tudo sobre essa flor. Também lemos a lenda do girassol que a professora nos apresentou em power point para ilustrarmos, é uma lenda indígena que explica o surgimento da “flor do Sol”. Preparamos vários cartazes para a feira falando da vida e das obras de Vinícius, sobre a lenda do girassol, com as atividades feitas sobre os poemas do livro A arca de Noé, o plantio e os cuidados com os girassóis. Fizemos muitos girassóis utilizando papel dobradura, crepom e palitos de sorvete e, com elas, montamos um belo campo de flores que ficou muito lindo! Expomos todos os nossos trabalhos nesta feira, numa quinta-feira, e na sala toda dedicada aos trabalhos feitos no mais educação. E durante os preparativos da feira, nasceram os primeiros girassóis que plantamos!

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Homenageamos os professores das salas reguladores pedindo aos alunos que criassem um belo cartão, agradecendo por todo o carinho e dedicação dos profissionais da nossa escola. Visitamos o Museu Mário Tolentino, localizado na Praça Coronel Salles, fomos conhecer os experimentos sobre ilusão de ótica, aprendemos que nem tudo é o que parece, como são feitos os filmes e vimos vários slides com figuras que mostram bem o que é ilusão de ótica. Tivemos a oportunidade de assistir um filme 3D... só faltou a pipoca!

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Recebemos um convite para participarmos do projeto de criar uma horta em nossa escola feito pela gestora comunitária e, imediatamente, começamos os trabalhos. A estagiária do curso de nutrição da UNICEP (Centro Universitário Central Paulista), Camila Rodrigues, realizou uma palestra em uma das oficinas sobre o que é alimentação saudável e horta escolar. Ela explicou o que é pirâmide alimentar, que devemos consumir alimentos energéticos, construtores e reguladores para não ficarmos desnutridos ou obesos, obtendo todas as vitaminas e proteínas que nosso corpo necessita em quantidades adequadas. Aprendemos que a horta escolar é muito importante para incentivar o consumo de verduras e legumes, bem como, as formas de organizar uma em nossa escola.

Visitamos a horta municipal para vermos de perto como é uma horta, quais verduras e legumes podemos plantar, como é feito um canteiro e aprendemos sobre a compostagem. Muitos alunos nunca tinham experimentado jabuticaba, a educadora que nos acompanha diariamente subiu em um pé para apanhá-las. Foi uma cena engraçada! No mês de outubro, a biblioteca da nossa escola homenageou o poeta Vinícius de Moraes com sarau, apresentação de autoras infantis e, nós, colaboramos com apresentações de algumas músicas e poesias do livro “A arca de Noé”. Ensaiamos bastante nas oficinas de letramento e realizamos a apresentação no dia 31 para os alunos dos 2º anos.

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Em comemoração ao aniversário de São Carlos aos seus 156 anos, no mês de novembro, nós desfilamos utilizando todo o material trabalhado com o tema da “Arca de Noé” de Vinícius de Moraes, os alunos do mais educação realizaram o trajeto do desfile cantando a música estudada (Garota de Ipanema) Foi muito legal.

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No mês de novembro, fizemos trabalhos sobre a Consciência Negra. Iniciamos vendo o vídeo “Os cabelos de Lelê” e cada um de nós pode pensar um pouco sobre como é importante gostar de sua aparência. Cada um de nós fez a Lelê com um novo penteado.

Para uma das aulas de matemática no período da manhã, em geometria, trabalhamos o artista Alfredo Volpi, trabalhando as figuras planas. Deu muito certo trazer as obras do artista para nós conhecermos, porque além de propiciar o contato dos alunos com os trabalhos do mesmo, todos puderam identificar a presença das figuras geométricas planas nas pinturas deste artista, fazendo depois uma releitura das obras, com criações originais, baseadas no que viram, pintando em tela usando as técnicas de pinceladas e batidinhas.

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Essas telas serviram para presentearmos as mães (no Dia das Mães) e também tiveram uma participação da exposição na feira do conhecimento. Outro trabalho, também em geometria, foi a confecção de embalagens para presente, usando o conceito de construção de sólidos geométricos. Com a utilização de papel cartão de diferentes cores, cola e diversos moldes (pequenos, médios e grandes) foram produzidas embalagens nas formas de cubos, paralelepípedos, pirâmides e cilíndricas. Essas embalagens fizeram parte da feira do conhecimento e depois foram usadas para presentear os professores de cada aluno. a: a paçoc Para trabalhar os conceitos de dobro, triplo e metade, fizemos uma receita de paçoca onde os alunos puderam vivenciar a execução e degustação da receita, e trabalhar os conteúdos matemáticos através de exercícios orais e escritos. Realizando assim a apropriação de conhecimento e formação de conceitos.

Tivemos também a atividade do Praticar Para Aprender: O sistema monetário foi apresentado aos alunos numa oficina denominada “Praticar para aprender”. Com o uso de dinheiro fantasia e roupas, sapatos e brinquedos arrecadados pelos alunos foi criada uma ¨lojinha¨ onde cada aluno pôde realizar a atividade de compra e venda. Os alunos puderam realmente comprar o que queriam da loja e levar para casa.

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ado o n d e ns c ada e it e l e g) tritur 0 0 2 ( 1 lata d a ise n ído. cha ma a l o b do e mo e a t r r o t , 1 paco a casc im sem o d n e 1 kg am ra es e ab t n e i d e ngr s os i formato o d o o n t e t e r Reco M is t ur a) e forma. a m u ométric e e g d a o r t m for de n usamos ( r e iz que qu sirva.

A maior parte deste material arrecadado foi doada para instituições de caridade da cidade numa ação de solidariedade dos alunos para com as pessoas idosas e crianças mais carentes. Com os objetivos de exercitar, fixar conceitos e expandir os conhecimentos as oficinas de matemática do programa mais educação trazem, como legado, a efetiva participação de cada aluno e de todos, mudança de atitude, bom relacionamento individual e coletivo entre alunos e professor, produção individual e em grupos, além da utilização de linguagens e conceitos matemáticos e a interação entre a equipe: coordenação, professores e monitoras contribuíram muito para a realização e o sucesso de todos.

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Nas aulas de matemática do período da tarde foram realizadas diversas dinâmicas com o objetivo de propiciar descontração e integração, favorecendo o grupo a se tornar uma turma de verdade. Confeccionamos a “Árvore da Matemática”, onde os alunos escreveram o motivo pelo qual gostam da Matemática, deram sugestões para que ela se torne mais agradável, a importância da Matemática e o que incomoda na disciplina. Nas folhas de cor verde claro os alunos escreveram o motivo pelo qual gostam da disciplina, nas folhas de cor verde escuro os alunos escreveram sugestões para que a Matemática se torne mais agradável, nos frutos os alunos anotaram a importância da Matemática, e nos espinhos, o que os incomodam nessa disciplina. Esta atividade teve como finalidade, promover uma ampla reflexão sobre a Matemática por parte dos alunos e permitir que a professora perceba a real visão dos alunos acerca da disciplina de modo a adequar o planejamento ao trabalho. Através do Jogo Banco Imobiliário, vivenciamos de forma lúdica a realidade financeira como compra e venda. Este jogo oportuniza os alunos a desenvolverem raciocínio lógico e cálculo mental na medida em que prioriza a resolução de problemas envolvendo as 4 operações. Também é um jogo que traz exemplos de realidades financeiras vividas pelos adultos como: pagamento de hipotecas, pagamentos com cartões de crédito, aluguéis, compra e venda de imóveis, entre outras. Foi uma experiência muito boa, todos gostaram muito de jogar. Trabalhamos com a Geometria, pois é fundamental para a compreensão do mundo e participação ativa do homem na sociedade, facilita a resolução de problemas de diversas áreas do conhecimento e desenvolve o raciocínio visual. Através do instrumento de trabalho o livro “As três partes” de Edson Luiz Kozminski, um livro composto de textos e ilustrações que permitem ao aluno “brincar” com as formas, os alunos criaram coisas novas a partir das formas geométricas presentes no texto: triângulos e trapézio; perceberam a possibilidade de se dividir em “partes”; reconheceram pelo menos, as formas geométricas mais elementares; fixaram conceitos matemáticos, no que se refere às formas geométricas mais elementares. Desenvolveram a imaginação, a criação e a “recriação”, onde confeccionamos uma história coletiva, com a confecção de um livro das figuras geométricas criadas. Confeccionamos Jogos de Dominó de figuras geométricas, utilizando papel cartão. Exploramos as características físicas das peças do Tangram, trabalhamos com a história do tangram, compomos e decompomos

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figuras utilizando estas peças . Finalizando, elaboramos cartazes através de carta enigmática utilizando as figuras montadas por eles. A geometria permite o uso dos conceitos elementares para construir outros objetos mais complexos, e tem o objetivo de levar os alunos a uma percepção de que os sólidos geométricos, e a matemática, como um todo, se apresentam nas suas mais variadas formas no cotidiano de cada um e, por consequência motivá-los a um despertar investigativo da curiosidade de como, e onde a matemática se apresenta no dia a dia. Criar o hábito de reconhecer, no contato diário que vamos tendo com os objetivos que nos envolvem e que apresentam as mais diferentes formas, àqueles que podem ser associado a um determinado sólido geométrico, por exemplo, um dado é um objeto que tem a forma de um cubo. Um pacote de leite é exemplo de um objeto com a forma de um paralelepípedo; uma lata de milho verde de conserva é exemplo de um objeto com forma cilíndrica. É a Matemática no dia a dia. Assistimos vídeos sobre sólidos geométricos, montamos diversos sólidos, onde abordamos conceitos de vértice e face. Os alunos observaram os sólidos geométricos no seu entorno, sensibilizando para a observação das figuras geométricas na natureza, nas artes, e na arquitetura, para que os conceitos de formas geométricas e sólidos geométricos fiquem bem claros. Com um pouco de noção sobre os sólidos geométricos, o próximo passo foi classificação: sólidos geométricos, regiões planas, contornos (linhas fechadas e abertas), depois aprofundamos em seus elementos (vértice, faces e arestas). Exploramos os Corpos Redondos e os poliedros, onde ampliamos o conhecimento sobre formas geométricas tridimensionais, suas propriedades e características. Também observamos as obras de Alfredo Volpi no período da tarde, onde conhecemos, comparamos e identificamos suas obras. Escolhemos uma de suas obras para reproduzir. A obra de Alfredo Volpi em sua fase mais conhecida explora a Geometria, a qual possibilita desenvolver situações pedagógicas em que o aluno pode compreender o vocabulário específico da Geometria. Em consequência desta observação de obras do artista, o aluno percebeu, relacionou e identificou estas formas geométricas, bem como com a harmonia das cores com o mundo que o rodeia. Foi proporcionado atividades que desenvolveram a observação, coordenação motora fina, concentração, entre outros ao recortar, colar, dobrar, medir, comparar, delimitar com diversos materiais. Além desse contexto, intenciona-se resgatar os valores culturais, morais e éticos necessários para uma boa convivência em sociedade. Bem como expor aos alunos a variação e a diversificação da expressão artística em todos os segmentos da sociedade é possível e devem ser respeitada por todos.

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Realizamos competição de tabuada e através da atividade do mercadinho, procuramos incorporar a aprendizagem do Sistema Monetário Brasileiro, como o conhecimento do dinheiro; a valorização das compras com consciência crítica de consumo; cálculos e resoluções de problemas concretos com as quatro operações fundamentais da matemática; leitura e interpretação textual através de pesquisa feita pela internet; iniciação ao uso do computador na pesquisa, confecção de tabelas, desenhos e textos; uso da calculadora; leitura e reutilização de embalagens e rótulos dos produtos usados no cotidiano, bem como a veracidade de suas informações; noções de peso/quantidade; interação entre escola, família e comunidade reconhecendo costumes e produtos oriundos da região que moramos. Os alunos produziram as moedas e os dinheirinhos, trouxeram os produtos domésticos de casa e em sala foram fixados os preços dos produtos já pesquisado. O minimercado foi montado com mesinhas para expor as mercadorias. O trabalho foi desenvolvido com a participação de dois alunos, onde um foi o caixa, que soma a mercadoria comprada pelo cliente e recebe do mesmo, dando o troco se necessário e o outro foi o cliente que pega o carrinho de mercado, faz sua compra e logo em seguida passa no caixa e paga. O caixa soma o valor das mercadorias usando o lápis, caderno e borracha. Em seguida inverte os papéis, onde o cliente passa a ser caixa e o caixa passa a ser cliente. A metodologia foi realizada com todos os alunos. Cada aluno anotou o que vendeu e o preço da mercadoria, bem como tudo o que comprou e seu preço. Sabe vovô neste trabalho pudemos ver que a matemática também tem um lado encantador e gostoso de aprender! Nós trabalhamos ainda conceitos diversos como: ¤ Grandezas e medidas Capacidade - trabalhamos as quatro operações, números decimais, critérios de divisibilidade, transformações de litro para mililitros. Usamos 2 embalagens vazias de 500 ml (mililitros) por exemplo, e mostrar que as duas juntas somam 1 litro, usamos 4 de 250 ml e mostrar que juntas também somam 1 litro, e ainda usar 1 de 500 ml mais 2 de 250 ml e fazendo a comparação. Verificamos em situação concreta que, 1000 ml é igual a 1 litro. Verificou-se que: se de 1 litro eu tirar 200 ml, quanto fica? e outras situações foram geradas... Trabalhamos todas as operações: somando 1 garrafa de 250 ml com uma de 500 ml; subtraindo 250 ml de 1 litro; multiplicando 4 garrafinhas de 250 ml; e ainda dividir 1 litro em duas, em 4, em 5 partes.

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¤ Medidas de Comprimento Em medidas de comprimento , foi levado uma fita métrica ou uma trena para a sala de aula , onde os alunos que mediram suas alturas, largura da sala e outros espaços que forem possíveis em sala de aula. Aproveitar para falar e mostrar as medidas não convencionais (palmos, passadas, braçadas, e outras). É interessante neste momento, mostrar ao estudante a medida convencional o metro. E que o metro pode ser dividido em 100 partes iguais (como é mostrado na fita métrica) e que cada parte é chamada de centímetro. Daí a nossa medida de altura, por exemplo, ser 1 metro e 65 centímetros, porque temos um metro completo e mais 65 cm. Logo, a altura é 1,65 m. ¤ Medida de Massa Em massa o instrumento mais adequado a ser utilizado é balança. Pode-se levar para a sala de aula uma balança doméstica, ou até levar para uma farmácia, posto médico (pedindo autorização) próxima a escola. Pesar todos os estudantes e montar uma tabela: quem pesa mais, quem pesa menos, quantos tem a mesma medida, montar um gráfico, e outras. Em massa a unidade de medida é o grama (O GRAMA)e que 1000 g é igual a 1 quilograma (1 kg) ou seja, 1000 vezes o grama. Lembramos ainda, que podemos propor situações com probabilidade e estimativas. Ainda vale no início da abordagem do conteúdo mostrar apenas a linguagem matemática: – 1 metro e 65 centímetros = 1,65 m (lembrar aos alunos que a vírgula separa o metro completo, dos centímetros que ainda não completaram o metro); – 1 litro e 250 mililitros = 1,250 L (lembrar aos alunos que a vírgula separa o litro completo, dos mililitros que ainda não completaram o litro); – 54 quilogramas e 300 gramas = 54,300 kg (lembrar aos alunos que a vírgula separa o quilograma completo, dos gramas que ainda não completaram o quilograma).

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Na área de teatro no período da manhã, a professora de teatro nos mostrou que no Projeto mais educação a possibilidade de inclusão da arte na escola de forma efetiva é um espaço educativo que se possa dar uma contribuição no sentido de possibilitar o acesso à arte. “Considerando a escola o primeiro espaço formal onde se dá o desenvolvimento de cidadãos, aqui no Projeto mais educação, o professor não teria que se ocupar com outras disciplinas do currículo escolar”. Ela nos disse que o ensino da arte de modo geral, é encarado como mera atividade de lazer e recreação sendo relegado ao segundo plano. O contato com a arte é um universo mágico, importante, favorecendo uma escola que valorize os aspectos educativos contidos neste universo. Faz-se necessário entender a arte como ramo do conhecimento em mesmo pé de igualdade que as outras disciplinas dos currículos escolares, reconhecendo sua capacidade transformadora, o acesso a ela um direito do homem. Aceitar que o fazer artístico e a fruição estética contribui para o desenvolvimento de crianças e jovens, é ter certeza da capacidade que elas têm de ampliar o seu potencial cognitivo e assim olhar o mundo de modos diferentes. Reconhecer a arte como ramo do conhecimento, contendo em si um universo de componentes pedagógicos, se faz necessário. Os educadores poderão abrir espaços para manifestações que possibilitam o trabalho com a diferença, o exercício da imaginação, a auto-expressão, a descoberta e a invenção, novas experiências perceptivas, experimentação da pluralidade, multiplicidade e diversidade de valores, sentido e intenções. A arte valoriza a organização do mundo da criança e do jovem, sua auto-compreensão, assim como o relacionamento com o outro e com o seu meio. A aula livre deve ser um espelho do atelier de um artista. Nela são desenvolvidas pesquisas, técnicas criadas e recriadas e o processo criador de uma maneira viva, dinâmica. A pesquisa e a construção do conhecimento é um valor tanto para o educador quanto para o educando, rompendo com a relação sujeito/objeto do ensino tradicional. É um processo desafiador. Delimite-se o ponto de partida e o ponto de chegada será resultante da experimentação. Dessa forma, o ensino da arte estará intimamente ligado ao interesse de quem aprende. Esta proposta de ensino da arte rompe barreiras de exclusão, visto que a prática educativa está embasada não no talento ou no dom, mas na capacidade de descoberta dos valores de cada um. Dessa forma estimulam-se os educandos a se arriscarem a desenhar, representar, dançar, tocar, escrever, pois se trata de uma vivência, e não de uma competição. As crianças e os jovens se reconhecerão como participantes e construtores de seus próprios caminhos e saberão avaliar de que forma se dão os atalhos, as vielas, as estradas. O texto acima serviu de suporte para a elaboração das atividades de teatro, diante do grande desafio que a professora encontrou pela frente: desenvolver uma relação de

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confiança mútua e respeito entre as crianças e professor e entre os alunos. Alguns colegas tinham dificuldade de se expressar e outros colegas acostumados a responder por outros. Por isso, as aulas foram elaboradas com as seguintes atividades: Exercícios de alongamento, coordenação motora, lateralidade: direita, esquerda, em cima, embaixo, com o propósito de reconhecimento, valorização do corpo e correção de postura, visando superação das limitações. ¤ Exercícios faciais, despertar da musculatura facial; ¤ Com a mão fechada despertar as células do corpo com batidas delicadas, concentrando na ação; ¤ Circular pescoço, movimentar quadril, chutar, esmurrar com a mão; ¤ Brincadeira de escultor e escultura: um aluno monta escultura com o corpo do colega. Trocar dupla; ¤ Em trio: estátua, escultor, massa. O escultor de olhos fechados identifica com as mãos e monta na massa a estátua sentida; ¤ Formar estátua em trio. Um quarto elemento compõe a estátua; Reconhecimento do espaço: Em dupla reconhecer o espaço;

¤ ¤

Trocar dupla ao som de palma;

¤

Movimentação: ao cruzar com o outro, desviar dando as costas;

¤

Ao cruzar com o outro, fixar olhar;

¤

Movimentação, olhando para ponto fixo; ¤ Formação de dois grupos: palco e plateia explicando a função de cada um; ¤ Desfile individual para a plateia, no meio do palco dizer uma frase (meu nome é..., gosto de....) e sair; ¤ Brincadeira de cego e condutor: em dupla, uma criança fecha o olho, a outra a conduz com sinais previamente combinados. Cada dupla brinca sozinha; os outros observam; ¤ Em outro momento a atividade é feita em dois grupos: um brinca e o outro observa; ¤ Troca dos grupos;

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Exercícios de concentração: ¤ Em dupla, olho no olho: contar até três; ¤ Trocar quem inicia; ¤ Substituir o número UM por ZAP; ¤ Substituir número DOIS, por gesto combinado; ¤ Substituir número TRÊS por gesto combinado; Estas substituições foram introduzidas gradativamente, uma por aula: ¤ Em círculo cada criança diz números na sequência memorizando. Recitar: Atenção, Palmas, Concentração, Palmas, Ritmo, Palmas, Vai Começar, Palmas, Já Começou, Palmas, cada um chama um número. Todos devem se concentrar para não perder o ritmo. ¤ Variação: está fora quem repetir quem já foi chamado, não pode vacilar; ¤ Jogos de improvisação e criatividade: um lê, o outro incomoda; ¤ Escolher a cor preferida, encenar dramatizando, utilizando na fala somente a cor escolhida; ¤ Oferecer um produto: convencer consumidor a comprá-lo por suas qualidades e promoções. História improvisada: ¤ Iniciar uma história improvisada: cada um pode dizer somente uma palavra. Passa a vez; ¤ Iniciar uma história; cada um diz uma frase e conclue com a palavra PONTO. Passa a vez ¤ Iniciar a história e interrompe em um momento de suspense, passa a vez. O outro continua fazendo o mesmo; ¤ Em círculo, cada aluno deve usar a imaginação e representar um objeto com um cabo de vassoura. Atenção: não vale repetir o objeto. Encenação: “Bem Vindo Hiroshi”: No segundo semestre iniciamos o estudo do texto: “Bem Vindo Hiroshi” com o intuito de encenar e praticar os ensinamentos apresentados que servem de suporte para a vida. As atividades foram realizadas assim: ¤ Leitura coletiva do texto; ¤ Atribuição de personagens;

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¤ Leitura coletiva das falas dos personagens; ¤ Encenação com texto; ¤ Troca de personagens; ¤ Encenação sem texto; Esta atividade foi intercalada com encenação de pegadinhas e piadas que apresentamos para a comunidade na Festa Cultural” em 31 de agosto. Fizemos também elaboração e apresentação de cartazes: “De Onde Vem?” ¤ Pesquisa de alguns temas: papel, choro, pão, vidro, ovo, espirro, açúcar, avião, dia e noite, televisão, arco-íris, energia elétrica, sal. ¤ Os alunos montaram os cartazes e apresentaram para a comunidade na Feira do Conhecimento em 10 de outubro. Após cada atividade era realizada avaliação individual. Os alunos tinham oportunidade de se auto observar e refletir as limitações revertendo a situação em favor da valorização de si mesmo, de se colocarem como aprendizes. Aqui discutíamos valores, respeito, disciplina. Todos os alunos ficaram bastante envolvidos com as atividades propostas. Nas aulas de teatro da turma da tarde tivemos aulas que trabalham a apresentação de cada um, relaxamento e aquecimento. Trabalhamos com debates, rodas de conversa, dinâmicas e com a apresentação de uma peça teatral que produzimos para apresentar no Asilo Cantinho de Luz, com a presença de todos os internos. Trabalhamos o Projeto Preconceito, onde realizamos um atividade bem legal. Foi assim: A professora fez etiquetas com as seguintes palavras: negro, homossexual, deficiente auditivo, deficiente visual, gago, oriental e cadeirante. Estas etiquetas foram colocadas na testa de alguns que tinham que adivinhar através de dicas e gestos de seus colegas qual era a palavra que estava colada em sua testa. Foi muito legal. Fizemos outra peça teatral denominada “Pluralidade Cultural”. Fizemos diversos ensaios no decorrer das aulas com o objetivo de chamar a atenção dos alunos para a concentração nos ensaios.

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Contemplamos a apresentação do grupo de teatro “Quem procura acha”, onde todos os alunos tiveram a oportunidade de assistir e compreender verdadeiramente o trabalho teatral. Realizamos em seguida um bate papo com os integrantes do grupo para uma breve explanação sobre “a arte de fazer teatro”.

Na oficina de rádio aprendemos a lidar com o material de uma verdadeira construção de rádio e como publicar ou expor para os colegas o trabalho com sons. Pudemos colocar músicas nos intervalos para todos escutarem. Aprendemos mexer nos equipamentos como computador, mesa de som, amplificadores e caixas de som. Com a rádio podemos expressar nossos sentimentos através das palavras e danças.(...) Algumas considerações são feitas e olha só nossas fotos:

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No dia dos namorados fizemos um monte de cartazes , poemas de amor. — Fizemos uma cantoria e o que mais gostei foi um cartaz de coração vermelho e grande, também uma menina foi no palco e falou o significado do dia dos namorados e cantamos no karaokê, foi muito legal.

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No dia da Harlem Shake, fizemos um vídeo dançando, o vídeo ficou muito legal! Postamos o vídeo no youtube.com. Quando chegamos fomos todos ao parquinho, colocamos as fantasias, dançamos, nos divertimos muito e entramos para postar.(...) Foi muito divertido pois além de aprender pudemos criar, e criamos o nosso blog para postar todas as atividades. Venha ver e ouvir essa voz em: http://portalcarminebotta.blogspot.com.br/

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Na aula de letramento do período da tarde, realizamos uma atividade que foi bem interessante. Em círculo a professora falou com os alunos sobre o cordel. Em seguida ela contou o cordel do romance “Pavão Misterioso”, onde foi feito a leitura pelos alunos ,cantamos a música e em cada estrofe o aluno tinha que encontrar a palavra dita pela professora. Depois fizemos a releitura da obra Pavão Misterioso.

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Pavão Misterioso Ednardo Pavão misterioso Pássaro formoso Tudo é mistério Nesse seu voar Ai se eu corresse assim Tantos céus assim Muita história Eu tinha prá contar...(2x) Pavão misterioso Nessa cauda Aberta em leque Me guarda moleque De eterno brincar Me poupa do vexame De morrer tão moço Muita coisa ainda Quero olhar... Pavão misterioso Meu pássaro formoso Tudo é mistério

Nesse seu voar Ai se eu corresse assim Tantos céus assim Muita história Eu tinha prá contar... Pavão misterioso Meu pássaro formoso No escuro dessa noite Me ajuda, cantar Derrama essas faíscas Despeja esse trovão Desmancha isso tudo, oh! Que não é certo não... Pavão misterioso Meu pássaro formoso Um conde raivoso Não tarda a chegar Não temas minha donzela Nossa sorte nessa guerra Eles são muitos Mas não podem voar...

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Em círculo discutimos sobre os direitos dos Idosos e em seguida os alunos fizeram um texto sobre o “Dia do Idoso”. Os alunos ensaiaram músicas do Vinicius de Moraes para cantarem no Asilo Cantinho De Luz, para conhecer o lar dos idosos que aconteceu no dia 26/09/2013 com a visita dos alunos do Programa mais educação ao asilo. Esse passeio, as arrecadações e doações ao Asilo e as atividades que preparamos foram todas dirigidas pelo projeto elaborado pela nossa gestora Esleide, que teve grande repercussão e até saiu publicado no jornal da cidade. Além das capacidades desenvolvidas em diversas áreas, fizemos também um trabalho social para nos relacionarmos com pessoas fora da escola. Visitamos o Albergue Infantil. Com o intuito de ajudar as pessoas, nós arrecadamos roupas e utensílios diversos que não utilizamos mais em casa para fazer doação. Levamos tudo para a escola. Conseguimos arrecadar mais de 700 peças de roupas, sapatos, brinquedos, bolsas e até bijuterias. Estas roupas foram doadas para os Vicentinos da Paróquia Nossa Senhora da Aparecida e da Paróquia São Nicolau. Foi uma movimentação muito bonita que fizemos. Em relação ao projeto, olha só que legal... O projeto:

Projeto 3a Infância – A Melhor Etapa da Vida Instituição a ser atendida: EMEB Carmine Botta

Instituições parceiras: Asilo “Cantinho de Luz” e Fundação Educacional São Carlos – FESC. Público Alvo: 40 alunos do Programa Mais Educação, da EMEB Carmine Botta, grupo de pessoas da 3ª idade (acima de 60 anos), consideradas idosos dependentes e/ou independentes, em situação de vulnerabilidade social, econômica e/ou psicológica, com ou sem vínculo familiar, que não dispõem de condições de permanecer em sua família ou em seu domicílio/lar e os com residência fixa.

Introdução

Considerando o grande crescimento de envelhecimento da população do século XXI; que o aumento na estimativa de vida dos indivíduos dessa faixa etária vem crescendo muito nas últimas décadas; a falta de tempo e de preparo dos cidadãos em lidar com essa faixa etária e com o acelerado processo de envelhecimento da população brasileira, torna-se ainda mais grave e crescente a incidência de violações de direitos da pessoa idosa, além da falta de paciência desses indivíduos da era da tecnologia

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e da falta de solidariedade e de amor ao próximo. Estudos mostraram que, no ano de 2005, havia 18,1 milhões de pessoas com e acima de 60 anos de idade. Segundo projeções, em 2025, teremos uma população de 32 milhões de pessoas nessa faixa etária, colocando o Brasil na 6º posição mundial de número de idosos. Existe a necessidade de nos preparamos com urgência jurídica e psicologicamente para essa mudança. Os governantes precisam gerenciar projetos de gestão pública para atender, com dignidade, responsabilidade, de maneira adequada essa demanda, assegurando sempre os direitos dessa faixa etária. O que encontramos hoje é um aumento acentuado na violência e na discriminação com os idosos brasileiros. Alguns dados são relevantes e instigadores, no que diz respeito aos direitos e à violação de direitos de idosos: entre 1991 e 2000, a população idosa cresceu 2,5 vezes mais que a população mais jovem; 49% dos idosos são analfabetos ou analfabetos funcionais; 13 milhões de idosos recebem até 2 salários mínimos; 62% do total de idosos brasileiros representam a única fonte de renda da família. Em pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2006), 32,5% dos idosos entrevistados relataram ter sofrido algum tipo de violência; 19% deles reconhecem desconhecer seus direitos. Dados do SUS, em 2004, informaram que pelo menos 108.169 idosos foram internados em decorrência de violências e acidentes (296 internações/dia). Podemos pensar, ainda, nos idosos que vivem em instituições de longa permanência. Estima-se que mais de 130 mil idosos se encontrem nessa situação. No município de São Carlos, o crescimento da população idosa é considerado, para o futuro, uma tendência e um desafio. Segundo o IBGE, em São Carlos 1/4 dos domicílios são chefiados por idosos. Esse segmento encontra pouco espaço na vida social do município, isto quando são retirados da própria convivência familiar, permanecendo nas instituições de longa permanência (asilos), tendo que refazer seus laços, seu espaço, à custa de muito sofrimento, praticamente sendo abandonados à sua própria sorte. A população idosa é vitimada, por meio de sua história de vida, marcada pelo abandono, maus tratos, abuso sexual, alcoolismo e outros. Este quadro exige mudanças na gestão das políticas públicas, como também na política de atendimento das instituições que trabalham com esta demanda. O presente projeto visa à valorização do saber e do conhecimento que a população idosa possui, tendo em vista que a educação de São Carlos pode auxiliar na propagação dessa sabedoria, interligando a geração de crianças e jovens na convivência com esses indivíduos, fortalecendo a relação dos adolescentes com esse público sábio. Visa, ainda, à solidariedade, o amor e a conivência entre as crianças e jovens, que são o futuro do país, com os idosos, que sabem muito e precisam passar seu conhecimento. Este projeto, por meio de uma ação conjunta da gestora comunitária em Educação Esleide de Cassia Rodrigues com docentes e crianças do Programa Mais Educação, da EMEB Carmine Botta, pretende auxiliar o fortalecimento da relação dos educandos com os idosos que frequentam instituições, tais como FESC e asilos.

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Considerando a falta de conhecimento, por parte dos cidadãos em geral, do Núcleo dos Guardiões do Amor (conhecido como Asilo Cantinho de Luz), que foi constituído em 1994, com a missão de minimizar o alto índice de pessoas idosas abandonadas, por omissão da sociedade, do estado e da família, e de contribuir para a reabilitação e reintegração social/cultural desse público, verificamos a necessidade de fortalecer os laços de carinho, fraternidade e solidariedade das crianças da EMEB Carmine Botta, do Programa Mais Educação, com a população idosa. Para isso, o projeto em questão foi elaborado e será executado com os parceiros: FESC, UFSCar e SME. Está prevista a colaboração de outros parceiros como voluntários (pessoas físicas - que foram cadastrados no evento do 1º Barganha Baby, como voluntárias para fazerem a unha e cabelos das idosas no dia do encerramento do projeto (17/10/2013)). O produto final será a realização da “Festa da 3ª Infância” (pois sabemos que ao envelhecer precisamos de muito mais atenção e dedicação, da mesma maneira que uma criança). Ao longo do projeto, as crianças serão estimuladas a conversar e a pesquisar sobre o público idoso, a conviver mais com essa faixa etária e a entender que os cidadãos da 3ª idade são a riqueza da vida e que possuem muito o quê ensinar e, nós, o que aprender com eles.

Estratégias Operacionais

O projeto iniciou com uma roda de conversa entre os estudantes, para verificação das suas impressões sobre a 3ª idade, se já tiveram algum tipo de contato com um asilo e se possuem o entendimento do que é necessário para a convivência harmoniosa com esse público que requer uma atenção especial, caridosa e respeitosa. Na sequência, foi proposto aos alunos que fizessem uma pesquisa sobre esse público, suas necessidades e seus anseios. Os estudantes conhecerão a FESC, que atende ao público da 3ª idade, com atividades físicas, acadêmicas, formativas e artísticas. Os idosos apresentaram: no dia 3/9, “Grupo de Prática Instrumental”; e irão apresentar no dia 10/9, “Lab Arte”; no dia 11/9, “Grupo de Canto”. Concomitantemente, os alunos participaram de palestra/dinâmica, ministrada pelo Grupo de Gerontologia da UFSCar, na EMEB Carmine Botta, cujos tema foi: 5/9: “Preconceito”; e será no dia 12/9, “Preparação para o envelhecimento, com foco biológico”; 19/9, “Preparação para ao envelhecimento, com o foco psicossocial”. Paralelamente, os adolescentes, juntamente com a professora de teatro, serão estimulados a elaborarem um teatro que retrate uma diversão e uma experiência de vida para as crianças, além de animar a vida dos idosos. Eu, Esleide (gestora comunitária em educação), idealizadora do projeto, acompanhei e acompanharei todas as etapas, além de buscar parceria com empresas locais, para a festa de encerramento do projeto: “3º Infância – O melhor momento da vida” que está prevista para ocorrer no dia 17 de Outubro, no asilo Cantinho de Luz.

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Muitas recordações poderão ser afloradas, no dia do evento. Haverá um grupo de sanfoneiros que animará a festa, com músicas típicas da época da juventude do público idoso. Durante o evento, cada criança/adolescente entregará um presente aos idosos (doação de uma empresa) além de ficarem o tempo todo com um idoso, dando-lhe atenção durante o evento às suas limitações (físicas e psicoemocionais); ou auxiliando os idosos mais animados, que queiram dançar e recordar sua juventude, poderão contar com o apoio da criança/adolescente que estará ali exercitando sua aprendizagem, seu amor, sua humanidade e respeito para com o próximo, colocando em prática toda a preparação e sensibilização do projeto. O projeto tem a pretensão de melhorar a qualidade de vida dos idosos dentro da Instituição e a melhoria do relacionamento dela com a comunidade, transformando-a em um ambiente harmonioso, um lar para os que ali vivem. Pretende, ainda, incentivar os adolescentes e a sociedade em geral a buscar na educação e na convivência harmoniosa a melhor compreensão dos vínculos sociais, emocionais e familiares para a vida do ser humano, além de despertar nos adolescentes um sentimento de amor gratuito, fortalecendo o exercício da cidadania e formando grupos de jovens que auxiliem o próximo. Formar seres humanos que consigam viver e conviver harmoniosamente entre si sempre pensando no ser e não no ter. Após a elaboração, colocamos em prática! Fizemos um trabalho muito especial, com arrecadação de bens para doações, apresentação de teatro, apresentação de coral, festa com direito a bolo e salgadinho, acompanhamos uma aula de idosos em hidroginástica e vivenciamos o quanto é especial o trabalho em um Asilo.

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Nossa festa foi divulgada e nosso trabalho foi reconhecido. Olha a reportagem sobre o nosso projeto:

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Projeto da Educação propõe interação entre crianças e idosos Em parceria com o Núcleo dos Guardiões do Amor, conhecido como Asilo Cantinho de Luz, e com a Fundação Educacional São Carlos (FESC), a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), está desenvolvendo o Projeto 3ª Infância – A Melhor Etapa da Vida – com coordenação da Gestora Comunitária em Educação, Esleide de Cássia Rodrigues e apoio do secretário da SME, Carlos Alberto Andreucci.

Como projeto piloto, as atividades estão sendo desenvolvidas com 40 alunos do Ensino Fundamental, do Programa Mais Educação, na EMEB Carmine Botta (Bela Vista), juntamente com grupos de pessoas acima de 60 anos, por meio de palestras, vivências e visitas. Segundo Esleide, o projeto visa valorizar o saber e o conhecimento que a população idosa possui. “A educação de São Carlos pode auxiliar na propagação dessa sabedoria, interligando as gerações. Queremos valorizar a solidariedade, o amor e a convivência entre as crianças com os idosos, que sabem muito e precisam passar seu conhecimento”, explicou. Os alunos já assistiram apresentação de Prática de Instrumentos da 3ª Idade da FESC, apresentação do Lab Arte da 3ª Idade, apresentação do Grupo de Canto da 3ª Idade e participaram de palestra sobre “Preconceito”, com a professora do Curso de Gerontologia da UFSCar, Paula Costa Castro. Ainda estão programadas palestra sobre “Preparação para o envelhecimento com foco biológico” e visita dos alunos ao asilo Cantinho de Luz, quando será realizada festa de encerramento do projeto. “Durante as atividades as crianças estão sendo estimuladas a conversar e a pesquisar sobre o público idoso e a conviver mais com essa faixa etária”. Como parte do projeto, na terça-feira (17), 24 alunos de 5ª, 6ª e 7ª séries participaram de atividades físicas com os idosos, na FESC, Unidade 1 - Campus Rui Barbosa. Os alunos chegaram preparados para a atividade, que foi coordenada pelo Educador Físico, Adriano Cassia vilani, e participaram de

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aula de alongamento. Para Adriano, a aula para esse público, pode ter o mesmo conteúdo que os idosos treinados conseguem ter, muitas vezes com um desempenho melhor do que as crianças, que não têm o costume de fazer atividades direcionadas. “Também a questão da observação mútua é muito produtiva. É uma troca de experiências e exemplos de vitalidade e força de vontade”. Isabelle Cesar Moro, de 12 anos, ressaltou que depois que participou do projeto consegue ter uma ideia de como será seu futuro. “E sei que posso me preparar para chegar bem a essa idade. Não imaginava que eles poderiam tocar instrumentos musicais como vi nas apresentações. Minha conclusão é de que os idosos, em alguns casos, podem fazer mais do que nós, crianças”. Para Lourdes Claro Alteia, de 73 anos, compartilhar a aula com as crianças a fez voltar ao passado. “Sinto-me mais animada perto das crianças e essa experiência é importante para ambos, já que posso servir como exemplo. Espero viver novas atividades como esta”. O produto final do projeto será a realização da “Festa da 3ª Infância”, no dia 17 de outubro, quando os alunos irão conhecer a realidade dos idosos que vivem no abrigo Cantinho de Luz. Cada aluno deverá escolher um idoso durante a festa, atendendo-o no que for necessário. “O aluno chegará sem saber se irá dançar, conversar, ajudar com a alimentação ou simplesmente segurar a mão do idoso. Ali estará exercitando seu aprendizado, seu amor, humanidade e respeito para com o próximo, colocando em prática toda a preparação proposta pelo projeto”, concluiu Esleide. Trabalhamos também o Projeto Canteiro Ecológico, segue planejamento:

Canteiro Ecológico

Responsável pela aplicação do projeto: Fernanda Geraldo – Gestora Comunitária em Educação. Programa Mais Educação – Manhã - EMEB Carmine Botta. Pensando em uma educação ambiental através de vivências práticas com o ambiente, o projeto de criação de uma horta no ambiente escolar é uma proposta que busca motivar a aprendizagem, despertar ou reforçar valores e atitudes positivas sobre o ambiente e a vida favorecendo sua preservação. O projeto será dividido em etapas: ¤ 1ª etapa) Roda de Discussão - Sensibilizando os Alunos Questionamento estratégico : Como melhorar o meu desempenho ambiental (Como tornar minhas ações em boas práticas ambientais na natureza a partir do contexto escolar)

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Situação: impacto- problemas ambientais Palestra com estagiária de nutrição. ¤ 2ª etapa) Visita a Horta Municipal Manejo da horta... conhecimentos sobre o solo, necessidades das plantas, técnicas de construção da horta e dicas sobre seu cotidiano. ¤ 3ª etapa) Plantio Manejo da horta da escola. Preparo da terra, dos canteiros, sementeiras, transplante, confecção de plaquinhas, rega e outros cuidados, colheita e preparo do saladão coletivo. Roda de conversa com Engenheiro Ambiental sobre a implantação da composteira. ¤ 4ª etapa) Implantação da Composteira (Parceria com o grupo GIRO 3) Com o objetivo de ensinar aos alunos e funcionários uma maneira de reaproveitar os restos da merenda escolar, derivados de frutas, legumes e verduras e podas do jardim decidiu-se confeccionar uma composteira na escola com a parceria de um Engenheiro Ambiental do grupo GIRO 3. ¤ 5ª etapa) Alimentação e Sustentabilidade (Parceria com Nutricionista) Incentivo ao consumo de alimentos nas formas mais naturais, segurança alimentar e educação alimentar. O alimento produzido de forma ecológica, em pequena escala e localmente resulta economia e saúde para todos. Nesta etapa, faremos algumas visitas na cozinha experimental do SESI São Carlos para aula prática que permitirá aos alunos, funcionários e pais ou responsáveis desenvolver receitas com alimentos reaproveitados a partir de critérios culinários, de saúde, qualidade, higiene, sabor e economia. Com o objetivo de estimular a alimentação saudável, e também aprender receitas para fazer em casa aproveitando os alimentos por eles produzidos na horta, uma nutricionista, dará as aulas práticas e material contento as receitas feitas pelas próprias crianças.O ensino de culinária também incentivará, além dos muros da escola, ao oferecer aos pais dos alunos envolvidos no projeto aulas de culinária na cozinha experimental do SESI.

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¤ 6ª etapa) Palestra sobre Lixo. ¤ 7ª etapa) Fechamento do projeto com a plantação de mudas para o embelezamento de uma área de descanso da escola. Cronograma das aulas - passeio: Horta Municipal

Outubro

Cozinha Experimental do Sesi São Carlos

Novembro e Dezembro

Visita a Fazenda Santa Maria

Novembro

Colocamos as atividades em prática com o acompanhamento de nossas professoras e foi muito legal!

Um dos trabalhos mais legais do Projeto Horta, foi o que fizemos a vizita à cozinha do SESI para aprendermos sobre o reaproveitamento de cascas e talos de folhas de frutas, verduras e legumes. Ao fim das atividades nós ganhos um livro de receitas para cada um.

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Foi muito importante pra todos n贸s tudo isso que vivemos! Realizamos tamb茅m alguns passeios culturais como: Museu da TAM, cinema e zool贸gico.

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Visitamos uma exposição na USP contando e mostrando a descoberta de um novo dinossauro. Para finalizar o programa fizemos uma apresentação aberta à toda comunidade com os trabalhos realizados durante o ano e mais alguns trabalhinhos de natal... — E então, vovô, o que o senhor achou?

— Meu filho, diante de tudo isso que você me mostrou, todo esse trabalho realizado durante o ano, as vivências e competências desenvolvidas são aprendizados que jamais esquecerás! Assim como eu, você deve agradecer a Deus por ter colocados pessoas tão especiais que muito mais do que ensinar, elas mostraram o caminho de como ser um cidadão humilde, honesto e de qualidades. Todo o aprendizado que você obteve até aqui e terá ainda por vir em sua vida serve para sua formação pessoal e profissional, e espero que assim como eu você seja um homem que realmente aproveite a oportunidade de aprender sempre mais. O Projeto mais educação apresenta um trabalho maravilhoso para seus atendidos! — Com certeza vovô, estes foram os melhores momentos da minha vida!

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Alunos Carmine Botta: período manhã 1.

Amanda Ávila Gobi

3.

Ana Claudia De Aquino Montemor

5.

Anthony Proensa Silva

7.

Bianca Derissi De Souza

9.

Camila Roberta Do Prado

11.

Emily Eduarda C. Da Silva

13.

Francielly Pereira Miranda

15.

Gabriel Natã De Jesus Lopes

17.

Gabrielle Amanda X. Da Silva

19.

Iago Cauan Gonçalves Da Silva

21.

Jessica K. E. Dos Santos

2.

Ana Carolina Silva Do Amaral

4.

Anna Karolina A. Do Prado

6.

Barbara Alves De Almeida

8.

Bruno Malerva

10.

Eduardo Paulino Novais

12.

Fábio Henrique Teixeira Da Silva

14.

Francisco Matias Maschio Pereira

16.

Gabriela Aparecida Da Silva

18.

Gabrielle Bonameto Santana

20. Ian Silva

22. Jéssica Naiara Dias Ferri

23. João Lucas Muniz Campos 24. Júlia Maria Zanchim

25. Kainy Victória Costa

26. Kauam Da Silva Costa

27. Kauan Dairique Ramos Nobrega 28. Kawan Saimon Batista Nery 29.

Kayla Ignácio Motta

30. Kevin Rafael Rossi Dos Santos 31.

Laís Alves De Queiroz

33.

Lauanna Kayra Da Silva Laguna

32. Larissa De Oliveira Bella Marin

34. Laura Thais Del Vecchio Sampaio 35. Lorena Barcellos

36. Lorena Pereira Dos Santos 37.

Luan Gabriel De Oliveira

39.

Maria Lucia Rocha De Oliveira

41.

Mayk Henrique Dos Santos Evangelista

38.

Marcos Vinicius Lobato Flores

40. Matheus Marques Mazza

42. Mirella De Fátima Dos Santos 43. Mirella Valente Rios

44. Murilo Moraes Lourenço 45. Naiara Cecília Ribeiro

46. Nicole Borges Corsínio 47. Nicole Stoko Pereira

48. Nicolly Rafaela De O. Silva 49.

Nikoly Aparecida Da Silva

51.

Pedro Henrique Fernandes

50. Paulo Alves

52. Rebecca Da Cunha Dias

53. Thaiany Franciele Pereira Petronio

54. Thales Vinícius Costa De Carvalho 55. Thamyres Cristine De Godoy

56. Vinícius Fabrício De Souza Torre 57.

Vinícius Proieti

58. Yasmim Vitória Loto

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Alunos Carmine Botta: período tarde 1.

Alexandre Gabriel Fernandes

3.

Brayan De Lucas Santos

5.

David Damião Da Silva Magalhães

7.

Gabriel Vieira De Melo Cunha

9.

Gustavo Ferreira De Souza

11.

Isabelle Cesar Moro

13.

Julia Eduarda Soncini

15.

Karine De Lima Castro

17.

Nainy Lipu Simão

19.

Tafnes De Souza Lima

21.

Vitoria Caroline De Souza

2.

Anna Luiza Arderi

4.

Daniella Rangel Custódio

6.

Gabriel Henrique Vichiatto Simplicio

8.

Guilherme Augusto Gerlado Galdino

10.

Heloisa Gabriela Mirarchi

12.

Juan Richard Monteiro

14.

Kamile De Lima Castro

16.

Laura Rodrigues Pitella

18.

Sayuri Gabrielle Magon Matos

23. Carlos Eduardo Garcia Escames

24. Carlos Miguel Rodrigues Belentani 25. Gabrielle De Oliveira

26. Isabelly Rodrigues Belentani 27. Izabela Cristina Dos Santos

28. João Pedro Barbosa De Sousa 29.

Joao Victor Rocha Dos Santos

31.

Julia Vieira Barbosa

33.

Larissa Pereira Joaquim

30. Juan Guilherme Brino Tartarini 32. Kauann Henrique Silva Laguna 34. Lucas Ferreira Da Silva 35. Maria Vitória Amorim

36. Mauro Guilherme Guerrero 37.

Rafael Dexter Paloni De Oliveira

39.

Sara Fernanda Ferri Leite

41.

Tainara Sousa Dos Santos

38.

Rawan Rafael Silva Dos Santos

40. Tainara Furquim Livatto

20. Tainara Furquim Livatto

42. Vitoria Fernanda De Mello 43. Wallace Lima De Castro

22. Wallace Vinícius Spigolon

44. Wendel Richard Alves

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Formato: 230 × 270 mm Impressão: Gráfica Multipress, Jaboticabal, SP Papel Capa: Couché 230g/m² Papel Miolo: Couché 115g/m²




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