Revista Condomínios - edição 44

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SETEMBRO DE 2014 Publicação mensal da EDITORA CONDOMÍNIOS DIRETOR RESPONSÁVEL Alessandro Rios - MTB 31.649 DIRETORA ADMINISTRATIVA Kelly Rios ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Bianca Marchione DEPARTAMENTO COMERCIAL Fabiano Rios

Editorial

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Nossa garota de capa é linda, doce e meiga. Mas, no “remake” de “O Rebu”, Sophie Charlotte mostra que pode ser muito mais que isso. Na pele de Duda, a atriz vive cenas sensuais e avalia: “Acho

que é uma das grandes personagens da minha vida”. Vale a pena

DEPARTAMENTO DE ARTE Juliana Siqueira

conferir o que a atriz pensa desse novo e intenso momento de

ASSESSORIA JURÍDICA Dr. Daniel Figueira de Barros

é José Mayer, um dos maiores nomes da teledramaturgia brasi-

PUBLICIDADE 19 3445.5125 revistacondominiosnet@gmail.com

ra vive um homossexual que se recusa a “sair do armário”. Na

IMPRESSÃO Coan Gráfica

que ele pensa dessa nova experiência e como se preparou para

TIRAGEM 8.000 exemplares

Para quem gosta de decoração, a dica é a reportagem sobre as

PERIODICIDADE Mensal

ticação. Já para os amantes do mundo automotivo, a sugestão

CIRCULAÇÃO Condomínios de Limeira, Piracicaba, Rio Claro e Americana

sua carreira. Quem também vive um grande desafio na carreira

leira. Ele sempre teve fama de “pegador” nas novelas, mas agoentrevista que preparamos para esta edição, você vai saber o interpretar um dos papéis mais emblemáticos de sua carreira. poltronas que se tornaram ícones mundiais de conforto e sofisé a matéria sobre o modelo A-250 da Mercedes - o carro tem ótima dirigibilidade e chega a 240 km/h. Agora, se você quer conhecer as tendências da temporada mais quente e colorida

PONTO DE VENDA Revista Condomínios (Escritório Regional) Rua Tenente Belizário, 763 | Centro Limeira - SP | Fone: 19 3445.5125

do ano, não deixe de conferir nosso editorial de moda. As fotos

Os anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Condomínios apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião dos colaboradores não reflete necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

novas atrações de Orlando e muito mais. Tenha uma excelente

foram feitas em um local paradísiaco. Imperdível! A edição deste mês traz ainda os mitos e verdades sobre a musculação, as leitura e até a próxima edição.

FSC Alessandro Rios

alessandro@revistacondominios.com

Leia a Revista Condomínios pela internet: www.revistacondominios.com

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Kelly Rios

kelly@revistacondominios.com


ÍNDICE

20 Turismo

Um passeio pelas paisagens glaciais de El Calafate, na Argentina

70 Música

Pink Floyd anuncia novo disco para o mês de outubro

82 Automóveis

Mercedes A-250: fortes emoções a 240 km/h

COLABORADORES 28 Enrico Ferrari Ceneviz 29 Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho 34 Cássia Reis 44 Dr. Luiz Ricardo Menezes Bastos 50 Rosângela Barbeitos 61 Dra. Stella M. F. Pranzetti Vieira 77 Valter Garcia Junior

88 Capa

Sophie Charlotte comenta cenas picantes na novela “O Rebu”

111 Fitness

Conheça os mitos e verdades sobre a musculação

80 Patrícia Milaré Lonardoni 81 Dr. Mauro Merci 87 Andréa C. Bombonati Lopes 106 Lucas Brum 115 Fabiana Massaro 121 Émerson Camargo

122 Evento

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Os flashes da Festa Julina do condomínio Roland 2, em Limeira

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Capa SOPHIE CHARLOTTE Atriz da Rede Globo FOTO: Jorge Rodrigues Jorge/CZN 15


Poltronas

Com design que imita a casca do ovo, a poltrona Egg é conhecida por ser uma escultura em forma de cadeira

Os móveis que se tornaram ícones de conforto e sofisticação TEXTO Capim Limão FOTOS Fávaro Jr.

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harles Eames, Louis Ghost, Panton, Eiffel, Egg, Barcelona. As cadeiras projetadas por grandes designers são verdadeiros ícones da decoração e valorizam qualquer ambiente, seja residencial ou corporativo. Criadas para serem o centro das atenções, elas são sinônimo da evolução industrial e tecnológica do século 20 e permanecem atuais, embora, em alguns casos, já tenham mais de 50 anos. É o caso da poltrona popularmente conhecida como Charles Eames, projetada pelo arquiteto de mesmo nome e por sua esposa, Ray Eames, em 1956. Feita de madeira compensada e couro maleável, ela é

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um dos clássicos e mais expressivos designs de mobília já inventados. Outra “cinquentona” é a poltrona Egg, criada em 1958 pelo arquiteto dinamarquês Arne Jacobsen e marcada por um estofado semelhante à casca do ovo. Para a consultora em design e diretora executiva da MP Mobiliário Corporativo, Fernanda Pompeu, além de belas, as poltronas de designers famosos ajudam a quebrar a monotonia dos ambientes. “A decoração de uma sala de estar ganha vida com uma poltrona, seja ela Egg, Barcelona ou Charles Eames. Elas ajudam até no entrosamento dos familiares e visitantes, já que não ficam posicionadas diretamen-


Ideal para a recepção de escritórios, o sofá Le Corbusier está disponível nas versões de um ou dois lugares

As cadeiras Panton (amarelas) são sinônimo de criatividade. Sua forma em S transforma assento, encosto e estrutura em uma coisa só

te para a TV e facilitam a comunicação”, ressalta. Na decoração de um escritório, elas também têm espaço certo. “Na recepção, o sofá Le Corbusier é uma excelente aposta. Já a poltrona Swan compõe com elegância a sala da diretoria. Em escritórios criativos, as cadeiras Eiffel, Panton, Masters e Louis Ghost são ótimas opções porque trazem vivacidade e energia”, comenta. De acordo com Fernanda, um ambiente decorado com poltronas de designers nunca sai de moda. “O universo da decoração é repleto de tendências. A vantagem de uma peça consagrada é ela ser atemporal e durar muitos anos”.

A poltrona Charles Eames é perfeita para relaxar após um dia de trabalho.

REFORMAS Se o desejo é ter uma bela poltrona gastando pouco, a sugestão da consultora em design é reformar uma peça antiga, já que a simples mudança da estampa transformará o ambiente. “Não há regras para a cor do tecido, mas o ideal é que harmonize com as demais tonalidades do cômodo. Aqui na MP fazemos o trabalho de tapeçaria e o resultado é ótimo e bem econômico”, finaliza.

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Paraíso de gelo Passeio por El Calafate, na Argentina, reserva belos cenários glaciais

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TEXTO Bianca Pinto Lima/AE FOTO Shutterstock

capital Buenos Aires havia ficado para trás e o sol invadia a aeronave. Foi quando o piloto anunciou que a pequena El Calafate se aproximava. Inquietos, os passageiros se contorciam em busca do melhor ângulo nas estreitas janelas. Todos com o mesmo objetivo: avistar, mesmo que de relance, o principal ícone da Patagônia argentina - o glaciar Perito Moreno. A hora de se programar para conhecê-lo é agora: de setembro a maio, as temperaturas da região ficam mais amenas. Os primeiros a aparecer, no entanto, foram os tons de azul e verde do Lago Argentino, praticamente um Mar do Caribe. Ao fundo, a Cordilheira dos Andes compunha o cenário. E, sem maiores avisos, um pedaço do gigante de gelo passou rapidamente pelos nossos olhos. Era só um aperitivo para o que nos

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aguardava em terra. Isso porque o forte de El Calafate são mesmo as paisagens estonteantes. As diferentes combinações entre gelo, montanha e lago fazem dessa cidade da província de Santa Cruz e de suas redondezas um interessante destino. Nos últimos 14 anos, o povoado quadruplicou de tamanho e hoje o turismo é a principal atividade econômica. Na parte de hotelaria, há opções variadas: desde estâncias elegantes, com amplos spas, até hostels mais despojados. A comida também agrada a diferentes paladares: carnes argentinas, empanadas fumegantes e o tradicional cordeiro patagônico. Os passeios, que à primeira vista podem parecer pouco instigantes, certamente ganham outro encanto por conta da paisagem. Foi assim a visita ao Cerro


Frias, um parque de ecoturismo a meio caminho entre El Calafate e o Parque Nacional Los Glaciares. Ali, é possível deslizar em uma tirolesa de 2,3 quilômetros de comprimento ou simplesmente cavalgar, caminhar e andar em jipes 4X4. Com os carros, chega-se ao topo de uma das montanhas, a 1.030 metros. VASTIDÃO Do cume, acompanhamos o entardecer com a visão panorâmica do Lago Argentino. Um daqueles momentos de perplexidade, em que você se sente pequeno diante da imensidão do planeta. Para terminar, vinho argentino e bolo caseiro no restaurante do parque - uma construção com enormes janelas, que valorizam o que a região tem de melhor. A programação do dia seguinte era um passeio de barco entre os glaciares. Finalmente, nos aproximaríamos das enormes massas de gelo e a expectativa era grande. A excursão dura quase um dia inteiro e as horas finais acabam sendo um pouco monótonas e cansativas. Mas o saldo é bastante positivo. O ponto de partida é o porto de Punta Banderas, a 45 quilômetros de El Calafate. No roteiro, o canal que liga os glaciares Spegazzini e Upsala. O primeiro é o mais alto do pedaço, com

130 metros, e o segundo o mais extenso, com uma superfície de 800 quilômetros quadrados - como se quase metade da cidade de São Paulo fosse um bloco gigante de água congelada. Durante a navegação, o barco passa ao lado de diversos icebergs que parecem pintados de diferentes tons de azul. Com o imponente Upsala ao fundo, uma pausa para o brinde: uísque on the rocks com pequenos fragmentos da geleira. Previna-se e leve agasalhos. Do lado de fora da cabine, o vento é intenso e gelado.

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“Simpsonsmaníacos” Big Data cria paraíso para fãs dos Simpsons; fãs poderão terão acesso a todos os episódios TEXTO Camilo Rocha/AE IMAGEM Divulgação

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erecidamente, Os Simpsons é considerado uma das melhores atrações que a televisão já produziu. Com isso, criou-se um culto fanático em volta da série de animação, com fãs prontos para devorar qualquer item relacionado a ela. Alguns desses fãs talvez precisarão de atendimento médico quando estrear Simpsons World, novo site que promete não apenas ter TUDO d’Os Simpsons, mas também trazer material inédito e ferramentas que permitirão a navegação e o cruzamento desse conteúdo de diversas formas. Um verdadeiro espetáculo de conteúdo possibilitado pelo big data (processamento

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de grandes quantidades de dados). Criado pela rede FXX, que detém os direitos de Os Simpsons para TV a cabo nos EUA, a estreia de Simpsons World está marcada para outubro. A disponibilização do universo completo da série faz parte de uma tendência entre criadores de conteúdo da TV e cinema de oferecer experiências de imersão no mundo relacionado à obra que vão muito além do veículo original. Assim, uma série não se restringe à televisão, oferecendo uma fartura de material complementar em um site ou aplicativo. O livro The Art of Immersion, do jornalista Frank


Confira alguns destaques do novo site: - Todos os 552 episódios da série que já foram televisionados, que podem ser vistos em qualquer ordem e a qualquer hora; - Trechos dos episódios; - Comentários do criador Matt Groening a respeito de cenas e componentes da série;

Rose, relata a evolução dessa tendência. Quando os criadores originais não fornecem os extras, os próprios fãs tomam a iniciativa. Foi o que aconteceu, por exemplo, com Guerra nas Estrelas, que inspirou a criação da Wookieepedia, enciclopédia colaborativa gerenciada pelos fãs da saga dirigida por George Lucas. Coisa parecida aconteceu com os Simpsons, que até agora não contavam com uma fonte oficial de conteúdo complementar. Entre as criações dos fãs da série, estão os detalhados Simpsons Wikia e o The Simpsons Archive.

- Um recurso que mostra referências a filmes e cultura pop nos episódios; - Roteiros completos da série, mostrados na tela simultaneamente com seus respectivos episódios; - Um banco de dados de episódios; - Um banco de dados que permite que usuários cruzem informações entre personagens e locações; - A possibilidade de procurar episódios de acordo com temas, tópicos e personagens específicos.

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ARTIGO

Novas regras (NBR 16.280) Enrico Ferrari Ceneviz

Diretor geral do Grupo Mercúrio Bacharel em Administração de Empresas e Ciências Contábeis Especialização em Administração de Condomínio, Qualidade e Produtividade www.grupomercurio.com.br

Envie suas dúvidas Acesse nossa página na internet: www.grupomercurio.com.br Na Divisão Administração de Condomínios, envie sua pergunta pelo campo “Contato”. As dúvidas mais frequentes serão selecionadas e publicadas nas próximas edições.

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Em vigor há aproximadamente três meses, a nova norma para reformas em apartamentos (ABNT 16.280) está causando dúvidas na população e debates entre síndicos, engenheiros, advogados e administradores. A norma traz avanços, alguns exageros, mas, no geral, é muito positiva, à medida que o grande objetivo é propiciar mais segurança nas edificações de uso coletivo. Com a nova norma da ABNT, há formalidades importantes que precisam ser adotadas, e a informalidade está com os dias contados, sobretudo pela necessidade de projetos e ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Dicas para uma reforma tranquila: 1. Apesar de não ser uma lei, a nova norma obriga a todos. Além dos projetos, o morador deve entregar ao síndico um

resumo descritivo da obra, cronograma, empresas envolvidas e nome dos funcionários. 2. A norma pode ser aplicada para reformas em andamento, mesmo que iniciadas antes de 18 de fevereiro deste ano. 3. Uma simples pintura de parede não precisa de projeto e autorização do síndico. 4. Troca de piso necessita de projeto, especificação de material e autorização do síndico, em razão do impacto na estrutura e do peso do material. 5. A fiscalização cabe ao síndico, que tem poderes para entrar em qualquer obra. Em condomínios de grande porte, é importante criar uma comissão de obras e contar com a ajuda de um engenheiro consultor. 6. Como responsável legal pelo condomínio, o síndico pode em-

bargar uma obra que não apresente projeto e ART e, dependendo da gravidade, pode fazer Boletim de Ocorrência e ingressar com ação judicial. 7. A instalação de ar-condicionado e banheiras em local onde não existe a previsão para isso exige projeto e ART. 8. Intervenções elétricas e hidráulicas de pequena monta ou meros consertos e manutenções dispensam ART ou projeto. Já projetos mais complexos, com perfuração de laje e ferramental de alto impacto, precisam de ART e autorização do síndico. 9. O fechamento e envidraçamento de sacada, se aprovado em assembleia o modelo padrão, precisa de projeto e ART. 10. A substituição de forro de gesso não necessita de ART, por se tratar de obra simples.


SAÚDE BUCAL

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Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho | Cirurgião Dentista graduado pela USP e especialista em Prótese Dental | Consultório: 19 3451.8769 (Limeira-SP)

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Neste artigo, vou falar de um problema que incomoda muitas pessoas que usam próteses removíveis, também chamadas de dentaduras. O incômodo começa quando a dentadura fica solta na boca, situação que pode provocar dor e deficiência na mastigação. Felizmente, hoje temos uma solução bastante simples para isso. O procedimento consiste na colocação de dois implantes, um de cada lado da boca. Lembrando que os implantes podem ser colocados na arcada superior ou inferior. O que mantém a prótese fixa é um sistema de encaixe (macho/fêmea) presente em cada implante. Dessa forma, o paciente pode voltar a ter uma vida normal, depois de um procedimento simples e rápido.

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Livre para voar Produção de drones avança, mas falta legislação para regulamentar o setor TEXTO Murilo Roncolato/AE FOTO Divulgação

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equenos robôs com hélices que obedecem comandos por controle remoto e chegam com facilidade a 500 metros de altura. Esses são os drones ou os “veículos aéreos não tripulados” (Vant). Apesar de a categoria ser antiga e bem conhecida dos aeromodelistas, modelos mais baratos, eficientes e com câmeras acopladas se tornaram muito populares nos últimos cinco anos entre o público em geral. A moda também pegou no Brasil, mas a ausência de regulamentação específica, além de gerar insegurança entre os usuários, congela a indústria nacional que tenta acompanhar o avanço da tecnologia “Temos de comprar tudo de fora e não temos regulamentação. Conclusão: a pouca indústria nacional que sobra só tem cabeças-dura, como eu”, diz Ulf Bogdawa, diretor da Skydrones, com sede em Porto Alegre.

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O empresário afirma que é impossível chegar ao mercado com preço competitivo, disputando com marcas como a chinesa JIP Innovations (dona dos Phantom, modelo mais popular do mundo hoje - foto ao lado), a francesa Parrot (famosa pelo AR Drone), a americana 3D Robotics ou a alemã Mikrokopter. Sem chances de concorrer, os fabricantes nacionais apostam em modelos voltados para usos profissionais, como na agricultura, construção e defesa, oferecendo produtos para a polícia e as Forças Armadas. Não há regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para uso comercial de Vants. Só são permitidos voos experimentais ou para fins de esporte e lazer, seguindo normas de aeromodelismo. “O orçamento da Defesa no Brasil já é pequeno.


Disso, uma pequena parte é investida em drone. Ou seja, não dá para viver disso”, conta o engenheiro Rodrigo Kuntz, ex-funcionário da Embraer que hoje dirige a BRVant, fabricante baseada em Mogi das Cruzes. Por meio de associações, a indústria tem exercido forte pressão sobre a Anac para a criação de normas. Baseando-se em países como Austrália, Canadá, Inglaterra e França, que já se adiantaram na questão legal, foi enviada uma proposta dividindo o setor por categorias e pedindo prioridade a drones com peso menor que 25 kg. Para estes, reivindica-se a isenção da licença de operação. A Anac informou ao jornal O Estado de S.Paulo, por meio de nota, que ouviu o setor e a sociedade civil e atualmente a proposta “se encontra em fase de finalização da análise jurídica”. Depois disso, o texto segue para audiência pública e deve ainda voltar para aprovação final. O processo deve acabar no fim deste ano, calcula-se.

“Na verdade quem está travando é a Anatel”, diz Bogdawa. “Os drones funcionam em uma faixa de radiofrequência. É ela que tem que definir qual pode ser utilizada. Por isso não existe equipamento homologado para uso profissional no Brasil.” A Agência Nacional de Telecomunicações afirmou, também por meio de nota, que aguarda decisão da União Internacional de Telecomunicações (UIT) para definição das faixas que serão adotadas mundialmente. “O assunto deve ser concluído no próximo encontro mundial em novembro de 2015, na Suíça”, informou, acrescentando que há uma “tendência” que aponta para a faixa de 5.030 MHz a 5.090 Mhz. “Somos fabricantes com endereço e não conseguimos vender. Enquanto isso, tem centenas de drones entrando ilegalmente no País e muita gente comprando. Se o drone cair na cabeça de alguém, a Anac vai reclamar com quem?”, diz Bogdawa. “A falta de legislação só atrapalha a indústria nacional.”

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Novas possibilidades Guru da iluminação fala sobre a revolução provocada pelas lâmpadas de LED TEXTO Marcelo Lima/AE FOTO Divulgação/AE

A Diane von Furstenberg na exposição The Journey of a Dress em Los Angeles.

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pesar de se definir um entusiasta da tecnologia - “Em termos de miniaturização, consumo de energia e ciclo de vida, ela é mesmo imbatível” -, ao arquiteto e lighting designer Guinter Parschalk nunca ocorreu a ideia de executar um projeto luminotécnico, única e exclusivamente, a partir de LEDs. “Seria reduzir demais as possibilidades de luz. Como na natureza, em iluminação, biodiversidade é essencial. Tem de misturar”. À frente do studioix, escritório especializado em percepção visual e iluminação, Parschalk conta com uma extensa lista de projetos desenvolvidos aqui e no exterior. Mas, sempre que pode, exercita-se no desenho de luminárias. “Desde que me conheço por gente sempre fui um bom fazedor de coisas”, disse nesta entrevista, na qual, além de elencar os múltiplos talentos das diminutas lâmpadas, deu dicas preciosas de como bem iluminar um quarto.


Qual impacto o advento da tecnologia LED teve sobre o desenho das luminárias e demais equipamentos luminosos? Foi imenso e acredito que apenas agora, nós, designers, estamos começando a vivenciar todas as possibilidades ao nosso alcance. Felizmente, já começamos a deixar para trás a ideia de redesenhar as peças, de apenas adaptar nosso tradicional acervo ao LED. Hoje estamos assistindo a um verdadeiro renascimento formal, com luminárias exibindo formatos há menos de uma década impensáveis e concebidas, especificamente, para a tecnologia LED. Isso, sem falar de toda uma gama de equipamentos inéditos - lâmpadas, spots, fitas luminosas - que não param de chegar ao mercado todos os dias. E em relação à iluminação residencial? Aí, então, nem se fala. Diria que a tecnologia propiciou que o projeto de

suas características únicas, sobretudo sua baixa temperatura e a coloração âmbar de sua luz.

iluminação finalmente fizesse as pazes com os interiores. Elementos como sancas, rodapés, forros, de difícil solução tempos atrás, passaram a ser iluminados de forma muito mais satisfatória e integrada à arquitetura. Por não emitir calor, as lâmpadas LEDs chegam onde as incandescentes e halógenas jamais ousaram estar. Aliás, de certa forma, o LED mudou a própria forma de olharmos para essas lâmpadas. Em lustres, utilizadas pontualmente e com critério, elas passaram a ser valorizadas pelas

E em se tratando da iluminação dos dormitórios, alguma recomendação? É importante que o ambiente seja trabalhado do ponto de vista funcional, mas também do seu conforto. É fundamental dotar o espaço de uma fonte de luz indireta, para, por exemplo, poder acordar de madrugada sem ter de acionar o lustre central. Por outro lado, nada impede que, por meio de uma luminária de braço, posicionada no criado-mudo, o facho luminoso chegue até as páginas do livro que lemos antes de dormir. Nesse sentido, o LED tem muito a oferecer. Nos meus projetos, costumo sempre sugerir a fixação de um perfil de alumínio, com uma barra de LED embutida, atrás da cabeceira da cama: pode não ser suficiente para ler, mas cria um clima e não deixa ninguém na mão.

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Designer de Interiores

A decoração na adolescência Cássia Reis | Que adolescente um dia não sonhou em ter um quarto com a sua cara? A adolescência é uma idade na qual os jovens fazem do seu quarto o seu mundo. Seja menino, ou menina, é no quarto que eles recebem os amigos, curtem seus ídolos, choram, cantam, dançam, gritam e podem ser eles mesmos. Sendo assim, é essencial que a decoração do quarto seja totalmente “a cara deles”. O quarto do bebê é o primeiro sonho das mães, e tem as características e personalidade que elas imaginam que o bebê terá. Por volta do quinto ano, é hora de fazer um quarto de criança, sem ares

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Designer de Interiores | 9115.5495 | 3011.2091

de bebê, mas é ainda a mãe que define 100% a decoração, as cores, os móveis. Aos 10 anos, a mãe deixa a criança achar que escolheu o quarto, mas ainda ela tem a maior influência na definição final. Então é hora de aproveitar, pois o próximo quarto será, e deve ser, 100% escolhido por eles - os adolescentes. É importante respeitar esse momento na vida de nossos filhos. Então, deixe a imaginação deles voar e só coloque limite no financeiro. Deixe que eles escolham as cores ou a falta de cores, tipo de cama, layout. Por mais estranho ou sem nexo que possa

parecer a você, este é o mundo de sonhos deles. Procure apenas orientar, não se esqueça de uma bi-cama para abrigar os amigos e as longas conversas nas madrugadas. Deixe todos os detalhes a cargo deles. Uma boa dica é preparar um quarto que eles possam “levar consigo quando forem morar ou trabalhar fora”. Pense em um mobiliário de qualidade e com medidas generosas, principalmente nas camas, pois eles ficam rapidinho com os pés para fora. E além de conceder ao adolescente um espaço que reflita a sua personalidade e de criar um ambiente onde eles se

sintam bem, também é importante que eles assumam a responsabilidade de manter o seu espaço limpo e organizado. Pra isso, procure integrar soluções de organização para facilitar a arrumação e ajudar a ter as coisas preferidas as mãos. E como todo bom adolescente tem mania de não gostar do gosto dos pais, relaxe; porque o que muda mesmo é só o endereço.


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O dom de encantar Criador de “Rio”, Carlos Saldanha fala sobre seus novos trabalhos

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TEXTO Luiz Carlos Merten/AE FOTO Divulgação

arlos Saldanha cai na risada com a pergunta do repórter. Ele virou o novo Midas da animação de Hollywood? Rio, o primeiro filme com as aventuras de Blu, faturou US$ 485 milhões em escala planetária. Rio 2, que o repórter pensara haver faturado menos, ultrapassou os números superlativos na semana passada. Faturou US$ 490 milhões e ainda tem de estrear em algumas praças da Ásia e Oceania, o que significa que vai passar fácil dos US$ 500 milhões. Justamente o Brasil foi um dos raros países em que o público diminuiu, mas não foi nada alarmante. Rio (o primeiro) teve 6 milhões de espectadores. Rio 2, ficou em 5,2 milhões de pagantes. Vem aí o 3? “Acho que sim, estamos começando a conversar. Já surgiram algumas ideias”, esclarece o animador brasileiro que bombou em Hollywood. Mas

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ele não tem certeza de que dirigirá um provável Rio 3. Saldanha já trabalha em seu novo projeto. Ainda não é o casting - “A escolha do elenco vem numa etapa posterior”, diz. Atualmente, ele e sua equipe trabalham nos movimentos de O Touro Ferdinando. A história é um clássico da literatura infantil nos EUA e já deu origem a um curta de Walt Disney, de 1938. Baseado na obra The Story of Ferdinand, de Wilnerd Monroe Leaf (Munro Leaf), conta a história de um filhote de touro diferente de todos os demais do rebanho. “Tem a ver com o direito à diferença, com aceitação. É uma história bonita, e superatual”, define o diretor. Depois de dois filmes inspirados nas cores e na cultura do Brasil, Saldanha volta-se para a Espanha, cuja musicalidade e cor também lhe parecem bem


estimulantes. Ele recém-começa a ensaiar os movimentos dos personagens e ainda trabalha na história, mas a produção terá de estar concluída no primeiro semestre de 2017. Três anos para fazer tudo. Parece muito, mas Saldanha esclarece. “Na verdade, é apertado, mas trabalhamos com grandes profissionais, acostumados à pressão. O processo da animação é sempre demorado, além de caro.” Por falar em números, quanto? Saldanha fecha-se em copas. Ele pode alardear os números da bilheteria, mas não o da produção. Será, de qualquer maneira, outra parceria da produtora Blue Sky com a Fox. Saldanha contou tudo isso numa entrevista por telefone, do Rio, onde veio lançar o DVD e o Blu-Ray de Rio 2, já nas lojas. Embora baseado nos EUA, ele viaja com frequência ao Brasil, e não apenas a trabalho. Veio com os filhos para assistir a jogos da Copa no Maracanã. Adorou. Não a seleção, claro, mas a qualidade das partidas que viu também na TV. “Foi uma Copa muito bem organizada. Quem torcia pelo fracasso, quebrou a cara. De decepcionante, só o time do Brasil.” Quem viu Rio 2, sabe que, a par da paisagem amazônica,

o filme englobou elementos da cultura popular do País, isto é, carnaval e futebol. O DVD traz como extra uma cena deletada, com Blu e Jade. “Achei que seria uma pena o público não ter acesso a um trabalho tão caprichado da equipe. Coloquei como extra.” Ele também comenta sua experiência de live action, o episódio de 7 minutos para Rio, I Love You, Rio, Eu Te Amo, produzido pela Conspiração. “Queria muito trabalhar com live action e esse projeto surgiu na hora certa. Quer dizer, em termos de timing até foi complicado, porque estava em plena finalização de Rio 2, mas consegui tirar duas ou três semanas. Meu episódio foi o primeiro a ser filmado. Gostei de reencontrar Rodrigo Santoro, agora de corpo inteiro, e não apenas como voz. E também foi bacana filmar num cenário que sempre me atraiu, o Teatro Municipal do Rio. Foi corrido, mas deu certo.” Tendo tomado gosto pela live action, Saldanha tem planos para um longa, que terá de esperar, por conta de seu comprometimento com O Touro Ferdinando. “Um dos nossos temas, e é um assunto da maior importância, é o bullying e é o que Ferdinando sofre por ser diferente.”

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Motor Show REPAGINADO

Está chegando às lojas brasileiras o A3 Cabriolet da Audi. O preço estimado, de acordo com a montadora, é de R$ 160 mil. O modelo tem motor 1.8 turbo de 180 cv e chega em única versão, Ambition. Entre os itens de série estão ar-condicionado de duas zonas, bancos de couro e câmbio S tronic, com dupla embreagem e sete marchas.

NOVIDADE

A Honda apresentou a CG 150 Titan 2015 com sistema de freios combinados. Esse recurso melhora o processo de frenagem ao atuar sempre nas duas rodas e funcionar mesmo combinado ao componente traseiro a tambor.

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SÓ A GASOLINA

A Chery já está vendendo o QQ com motor 1.0 de três cilindros. O preço sugerido inicial é de R$ 23.990. A versão com propulsor de 1,1 litro continua disponível nas autorizadas e tem tabela de R$ 22.990. Ambos são apenas a gasolina.


ESTRADEIRA

Exclusividade, esmero e especial são atributos que podem ser utilizados para se referir a Harley-Davidson CVO Breakout. Importada dos Estados Unidos e vendida por R$ 98.700, ela é a versão “preparada” da Breakout e terá apenas 30 unidades no Brasil.

MAIS CARO

A Ford reajustou a tabela do Fusion 2.0 em R$ 2 mil, para R$ 108.700. O sedã mexicano ganhou itens de série, como sensores de chuva, de ponto cego e faixa de rolamento, entre outros.

TENDANCE

O C4 Lounge ganhou versão de entrada para a opção de motor 1.6 turbo, de 165 cv. Batizada de Tendance, tem preço sugerido de R$ 76.690, R$ 4.800 a menos que a Exclusive.

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Novas perspectivas Mestre do design, Jayme Bernardo revela segredos de seu premiado trabalho TEXTO Marcelo Lima/AE FOTOS Divulgação/AE

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udo começou quando os móveis que encontrava nas lojas especializadas ficavam aquém de suas expectativas. “Eu comecei, então, a rabiscar as formas que tinha em mente e, quando me dei conta, já estava produzindo os meus”, conta o arquiteto paulista Jayme Bernardo, que, após anos desenhando peças exclusivas para abastecer seus projetos de interiores, decidiu abrir, há três anos, um departamento específico de design em seu escritório. De lá para cá, foram três premiações Idea - com a mesa Medusa, em 2012, e com as linhas Taj e Arcos, em 2013 -, uma exposição retrospectiva no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, além de uma carteira de clientes que não para de crescer. “Decidi abordar

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o design de forma mais efetiva não só para ampliar a minha produção, mas com a intenção de ter um espaço para expressar meus conceitos de beleza e estética”, disse ele, nesta entrevista ao Casa. Como a experiência com interiores influenciou o design de seus móveis? Acredito que me fazendo pensar o mobiliário de forma holística, levando em conta o tipo de cliente que se interessaria por ele, o ambiente em que estaria inserido e, mais do que isso, me fazendo olhar com mais atenção para a construção propriamente dita das peças. Penso que, tal como meus interiores, cada uma delas deve ser única e atender a todos esses objetivos.


O que o estimula em termos criativos? As necessidades que nascem dos meus projetos de interiores ainda influenciam muito o meu design, mas, ao mesmo tempo, as novas tecnologias tornam possível realizar coisas que antes eu só conseguia imaginar como escultura e isso é muito excitante. São caminhos diferentes, mas, para mim, igualmente válidos: o primeiro, motivado por necessidades comerciais, me faz ficar atento aos limites. E o outro, possibilitando maior liberdade de criação, me faz trabalhar quase como um escultor, aproximando minha produção do objeto artístico.

Um entendimento preciso das características de cada material é considerado por muitos designers condição essencial para um bom projeto. Concorda? É verdade. Cada material impõe um novo desafio e, a cada nova tecnologia testada, você aprende algo novo. É um constante aprendizado. Por isso, procuro sempre trilhar outros caminhos, sejam eles representados por novos materiais, processos ou tecnologias. Acredito que o conhecimento real só vem com a experimentação permanente. E devo dizer que o feedback que tenho recebido dos meu clientes só me incentiva a continuar nessa direção.

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Artigo

Que tal começarmos a baixar a bola? Acabei de ver uma reportagem sobre a Suécia, particularmente sobre a vida de um juiz que mora na cidade de Uppsala. Ele é membro da Suprema Corte do país, e vai trabalhar todos os dias de bicicleta, a qual deixa no estacionamento da estação de trem, e assim segue até seu escritório. Leva uma vida sem mordomias, sem regalias e tem sua vida pública aberta e acompanhada por qualquer cidadão. É um dos principais lutadores contra a corrupção, e assim como ele, a maioria dos cidadãos do país é adepta da tolerância zero contra os crimes e da transparência sobre o sistema. Segundo ele, essa transparência e vigilância constante dos atos oficiais é o que garante uma so-

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Dr. Luiz Ricardo Menezes Bastos - Médico ciedade limpa. E assim a Suécia são cidadãos como nós, emprepermanece como um dos países gados por nós e pagos por nós. mais desenvolvidos do mundo Que se deem o exemplo para e um dos menos corruptos. Aí, serem respeitados. Uma das coicaio na realidade e começo a sas que mais me revoltam neste comparar com o Brasil. Aqui país é a absurda quantidade de os ocupantes de cargos públicos carros oficiais. Está bem, não se julgam sempre autoridades. temos um sistema público de É impressionante como o po- transporte que funcione decender sobe rápido à cabeça dos temente nas nossas cidades. Mas dirigentes. O cidadão chega à tem prefeito e governador que se chefia de uma seção pública e desloca de helicóptero oficial, já adquire ares de autoridade. pago com nosso suado dinheiriPassa a reclamar privilégios, nho. Diga-me outra coisa: carro vagas exclusivas, atendimento oficial para vereador? Para deprioritário. putado estadual e federal? Para Alguns têm até banheiro e prefeitos? Para ministro? elevador privativo. Dão “carteiÉ por segurança, diriam alradas” até para assistir à missa. guns. Ora, a falta de segurança Ora, entenda uma coisa: o é igual para todos. Se eles têm respeito pelo cargo da autorida- o direito de protegerem-se, nós de deve existir, mas estes caras também temos. Quem sabe

colocando-os em seus próprios veículos também sintam a necessidade urgente de melhorar a segurança. E que eles usem nossas instituições de ensino, nosso atendimento de saúde, sem as benesses e as mordomias. Um bom começo é começar a pensar sobre isso, depois agir defendendo estas ideias e conseguindo mais adeptos. Comece agora a perguntar para seus candidatos, aqui mesmo em nossa cidade, o que eles acham disso. Dos carros oficiais, por exemplo. Se ele não acha nada, não tem posição, não quer conversar sobre isso e não vê a hora de ter o dele, fuja dele. Se ele já tem a mente estreita antes de ser eleito, já pensou depois? Então, que tal baixarmos a bola?


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O fim do mundo Série ‘The Last Ship’ mostra planeta devastado por vírus

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TEXTO João Fernando/AE FOTO Divulgação

ragédias naturais e ataques alienígenas já não são mais suficientes para acabar com o mundo. Agora, quem vai destruir a humanidade, pelo menos na televisão, é um inimigo quase invisível: um vírus que eliminou 8o% da população do planeta. Essa é a premissa da superprodução The Last Ship. “Quando você está lá, assistindo e comendo sua pipoca, pensa que isso pode acontecer. É assustador. Hoje, há muitas pandemias por aí, mas são silenciosas”, preocupa-se Rhona Mitra, intérprete da Dra. Rachel Scott, cientista britânica que busca a cura da doença misteriosa. Na trama, ela passa o tempo em um laboratório montado dentro de um navio de guerra da Marinha norte-americana, um oásis de pessoas saudáveis em um mundo devastado, que dá o título da série, O Último Navio, em livre tradução do inglês.

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Liderados pelo capitão Tom Chandler, vivido por Eric Dane (o Mark Sloan de Grey’s Anatomy), os marinheiros percorrem o mar à procura de portos com água e comida. A cada episódio, encontram inimigos que querem ficar com seus suprimentos ou com as amostras da pesquisa contra o vírus. É aí que nota-se as ideias de Michael Bay, principal produtor da atração, que já comandou longas como Transformers e Armageddon. Segundo a imprensa dos EUA, cada um dos dez capítulos de The Last Ship custou cerca de US$ 2,5 milhões. “Mas está longe de ser uma das séries mais caras da história TV”, garantiu ao Estado o produtor executivo Jack Bender, responsável por Lost e Under the Dome. Parte das cenas foi rodada em um destróier da marinha norte-americana, na Califórnia. O resto


é estúdio. “É como uma série policial, que você não pode deixar de construir a delegacia. Produtores de arte de Capitão Phillips foram ao set e ficaram com inveja”, gaba-se Bender. Na estreia da TV dos EUA, a atração teve 7,4 milhões de espectadores, número alto para um canal pago. Só no Twitter houve cerca de 1 milhão de menções. O protagonista Eric Dane diz não saber o porquê do gosto do público por histórias em que o mundo vai acabar. “Cada geração tem seu momento apocalíptico. Talvez seja a arrogância de sermos seres humanos. Há um egoísmo de achar que só nós existimos no planeta. Mas a vida segue”, filosofa. O elenco teve uma integração com militares de verdade ao passar parte dos cinco meses de gravação no navio de verdade. De acordo com o ator, o mais difícil foi trabalhar com os trajes especiais para evitar contágio, usados nas sequências que os personagens saem da embarcação. “Aquelas roupas não ventilam bem. É como ter o seu verão particular”, relembra o ator. Para ele, a ideia de The Last Ship não é exaltar a marinha norte-americana. “Minha preocupação era que ficas-

se uma coisa pró-EUA. Mas temos todas as culturas. E no navio há latinos, negros, gays e heterossexuais. Não é aquela série em que aparece a bandeira norte-americana balançando”, defende Dane, em situação bem diferente do drama médico de Grey’s Anatomy. “Lá, eu só salvei uma vida. Agora, tenho que salvar a humanidade”, diverte-se. Por causa da história repleta de reviravoltas, Eric Dane jura que pediu para não receber os episódios de uma vez. “O legal é ver como os personagens se desenvolvem. É como um jogo de xadrez Se eu soubesse que iria ganhar, não jogaria”, afirma o ator, confirmado na segunda temporada, cujas gravações devem começar em setembro. Ao contrário do Capitão Chandler, que deixou a mulher e os filhos para entrar na missão do navio, o ator conta que o trabalho não seria a prioridade. “Se fosse comigo, eu levaria a minha família para ficar no navio”, imagina. No caso de uma catástrofe real, ele prefere o isolamento. “Iria para as montanhas e levaria um bom livro.” Série ‘The Last Ship’, às segundas-feiras, às 23h20, no TNT

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Arquitetura

Tetos rebaixados Rosângela Barbeitos -

Arquitetura & Interiores (Piracicaba SP)

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Não existe mistério para quem pretende instalar forros para os tetos das residências. O mercado oferece diversas opções que conferem beleza e estilo aos ambientes. Entre os materiais mais conhecidos estão o gesso acartonado e a madeira, mas existem opções menos corriqueiras como o bambu, a palha e a piaçava. Além da função de esconder tanto os elementos estruturais como as instalações, os tetos rebaixados são importantes no projeto luminotécnico, proporcionando efeitos significativos na decoração. Como cuidado básico, é necessária a análise da altura do espaço (pé direito), de forma que o rebaixamento não prejudique a ventilação ou ofereça uma sensação desagradável para quem está no local. É importante lembrar que a utilização de qualquer tipo de rebaixo diminui em no mínimo 15cm a al-

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tura do cômodo e, se houver a presença de vigas aparentes ou tubulações, esta medida deve ser considerada a partir delas. O material a ser usado deve estar em sintonia com o local onde será aplicado, levando-se em consideração não só as características técnicas como também o efeito visual, manutenção, cuidados etc.


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Criador e criatura Escritor que deu novo fôlego à Star Wars comenta o sucesso da saga TEXTO Jotabê Medeiros/AE FOTO Divulgação/AE

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escritor Timothy Zahn, de 62 anos, é um dos artífices privilegiados de uma das maiores sagas estelares de todos os tempos. Ele foi incumbido, em 1989, de trabalhar literariamente o chamado “universo expandido” de Guerra nas Estrelas (Star Wars). Seus primeiros livros, que formam a apelidada Trilogia Thrawn (Herdeiros do Império, O Despertar da Força Negra e Última Ordem), são ambientados cerca de cinco anos após

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Star Wars Episódio VI: O Retorno de Jedi. Após ter o nome aprovado pelo próprio George Lucas para o desafio de recriar o universo de Star Wars (com total liberdade, num momento em que a saga enfrentava certo esgotamento), ele acabou produzindo 10 volumes a partir de 1991. Vendeu mais de 20 milhões de livros até agora e chegou ao topo dos best-sellers do New York Times, reacendendo o interesse pela série. Virou um mito para os fãs. Mas já era bem-sucedido quando aceitou esse desafio: seu livro Cascade Point, de 1984, ganhou


o prestigioso prêmio Hugo. Zahn virá ao Brasil em dezembro como convidado da Editora Aleph, referência em publicações de ficção científica no País, para participar da Comic Con Experience (evento de cultura pop e entretenimento que acontecerá de 4 a 7 de dezembro em São Paulo) Após tanto tempo, quase 40 anos, o universo de Star Wars está ainda em construção. É uma space opera muito atualizada. E o Sr. é um dos que mantém essa chama queimando. O que é mais impressionante no universo de Star Wars? Há muitas explicações sobre seu sucesso, mas qual é a sua explicação? Eu acho que o sucesso de Star Wars se deve ao fato de que fala a pessoas de todos os lugares. É uma história sobre coragem, lealdade, amizade, amor, sacrifício, da luta contra um terrível mal para trazer liberdade ao povo. Acho que é um universo a partir do qual todas as pessoas podem fazer relações com a sua vida cotidiana, identificando-se com os caras bons da saga. Às vezes, é possível pensar no Sr. como um sujeito que teve a incumbêmcia de reescrever a Bíblia. É um universo ancestral, mesmo sendo tão recente. Hoje em dia, vemos drones sendo utilizados em co-

berturas jornalísticas, em guerras. Quão próximos estamos da tecnologia de Star Wars. (Risos) Não acho que estejamos próximos daquela tecnologia. Ainda não há sabres de luz. (risos) Na vida real, há perigos reais e as naves espaciais não existem ainda, não como aquelas. Já existem mãos e braços artificiais, como no filme. Foram desenvolvidos para pessoas que perderam membros, mas aquele nível de tecnologia ainda parece muito distante. A comunicação talvez seja o campo em que estejamos mais avançados. Os primeiros filmes da série, lá em 1977, não tinham ainda a ideia do quanto evoluiríamos nesse sentido, com a internet e os telefones celulares, que manteriam o mundo todo ligado, conectado. É uma tecnologia maravilhosa. Quantos anos o Sr. tinha quando Darth Vader disse a Luke Skywalker: “Eu sou seu pai, Luke”? (Risos) Eu tinha por volta de 20 anos. Era um adulto. Foi uma certa surpresa para todos nós. Eu me lembro que, na saída do cinema, não conseguia acreditar naquela revelação, especialmente porque Darth Vader não tinha motivações, não tinha profundidade. Foi um interessante ponto para a história, porque trouxe um novo foco de conflito para a trama. Foi essa a grande façanha daquela declaração.

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Tipo exportação Arquitetos brasileiros falam sobre a relação com países estrangeiros TEXTO Marcelo Lima/AE FOTO Divulgação/AE

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ara Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz, amigos na FAU/USP e hoje sócios no FGMF Arquitetos, não faltam motivos para comemorar. Ao completar 15 anos, o escritório do trio desfruta de um reputação rara, tanto no Brasil quanto no exterior. São 310 projetos realizados, publicações em mais de 20 países, além de prêmios e menções em instituições de peso. Espécie de cereja do bolo, o número 21 da revista Monolito (a incensada publicação de arquitetura, coordenada por Fernando Serapião) vem com recheio especial. Serão 15 projetos FGMF escolhidos a dedo para ilustrar muito do que já foi feito. Mas também para apontar o que vem por aí. Como arquitetos, vocês se sentem produzindo

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arquitetura brasileira ou arquitetura contemporânea, no caso, no Brasil? FERNANDO FORTE: Acredito em uma terceira via: somos arquitetos brasileiros produzindo arquitetura contemporânea. Sempre seremos brasileiros e sempre faremos arquitetura contemporânea. Assim, mesmo projetando fora do Brasil, não temos como abrir mão das nossas referências e de nossa forma de pensar, com a generosidade característica dos brasileiros. Ainda que os condicionantes locais sejam diferentes e impliquem em novas abordagens. Os projetos do FGMF têm se caracterizado pela preocupação em trabalhar o conjunto de cada obra e não apenas em focar um de seus aspectos.


Como isso acontece na prática? LOURENÇO GIMENES: Para nós, o ponto de partida adotado em cada projeto nunca fica refém de um único fator. Ele é uma composição de diversas ideias, ainda que elas tenham pesos diferentes e nem sempre sejam visíveis ou imediatamente identificáveis. Uma preocupação comum em nossos trabalhos é tentar aprimorar os espaços intermediários nos edifícios. Ou seja, tratar a transição entre dentro e fora por meio de limites pouco rígidos, de forma a sugerir continuidade, integração com o meio. Vocês desenvolvem intensa atividade internacional. Como veem a inserção da nossa arquitetura contemporânea no mercado externo? O país já é reconhecido por ela ou continua valorizado, sobreturdo, por suas glórias modernistas? RODRIGO MARCONDES FERRAZ: De fato, o legado modernista ainda pesa. Entretanto, após um longo período em que os arquitetos brasileiros ficaram um pouco reclusos por aqui, a nova geração ganha cada vez mais espaço no exterior. Considero que a arquitetura brasileira vive um processo de florescimento, de aumento de qualidade. Não me surpreende, portanto, que um número maior de brasileiros seja hoje convidado a participar de congressos ou mesmo a projetar lá fora. Com isso, nossa visibilidade só tende a aumentar.

Rodrigo Marcondes Ferraz, Fernando Forte e Lourenço Gimenes profissionais do Escritório FGMF Arquitetos.

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ARTIGO

Educação Stella M. F. Pranzetti Vieira | Médica Pediatra Talvez seja o que mais nos preocupa hoje em relação a nossas crianças porque sabemos a importância que isto tem no presente e no futuro das nossas crianças e no mundo que estamos construindo para elas. Educar implica em ensinar e colocar limites, mostrando a elas até onde podem chegar respeitando o próximo, obedecendo aos mais velhos e tratando as pessoas, de uma forma geral, com a consideração que merecem. Deparo-me todos os dias com situações constrangedoras em que crianças às vezes tão pequenas tratam principalmente a mãe de forma inaceitável desrespeitando, interrompendo o que está dizendo e, algumas vezes, até agredindo com palavras quando a mesma relata algum fato que a criança não queria que

fosse dito para o médico. Isso é muito preocupante por tudo que estamos vendo acontecer, tanta violência e desvalorização da vida que nos leva a ter medo de sair de casa e a desconfiar de tudo e de todos. Sabemos que os principais valores são adquiridos em casa junto à família e são eles que irão formar o indivíduo que vai viver em sociedade e contribuir para melhorar ou não o meio em que vive. Por isso, a família é a base de tudo e dos seus ensinamentos depende todo o futuro de cada criança. A escola também é muito importante, mas muitas vezes as crianças chegam na mesma tão sem limites e sem noções básicas de educação e respeito que a escola pouco consegue fazer. Salas lotadas, poucos professores, falta de verbas e a falta de interesse

do governo acabam gerando um grande desânimo em relação à educação. Está cada vez mais difícil lidar com crianças e adolescentes que acham que podem tudo e que não devem satisfação a ninguém. Frente a isto os adultos passam a se omitir cada dia mais levando suas vidas sem se importar muito com o que as crianças estão fazendo desde que não atrapalhem suas atividades. Parece pesado dizer assim, mas observem crianças em ambientes diversos e fica fácil concluir. Ou elas estão destruindo o ambiente e os pais estão alheios geralmente ao celular, ou elas estão ao celular ou tablet, mesmo as ainda bem pequenas, enquanto os adultos conversam ou se distraem com outras coisas. Parece faltar comprometimento dos responsáveis para com

as crianças. Bebês assistem à televisão e vídeos mesmo em idade em que são incapazes de entender qualquer coisa e que precisariam apenas de carinho e cuidados de um adulto. Vemos acidentes graves com crianças que poderiam ser evitados pela simples atenção de um adulto responsável que determinasse limites e se fizesse obedecer. O menino que perdeu um braço no zoológico é um bom exemplo do que a ideia de que tudo pode ser feito e que nada acontece mesmo quando se burlam normas básicas de segurança pode ter consequências irreversíveis. Impossível não se preocupar com a educação e os valores que estão sendo passados para nossas crianças porque elas, sem dúvida, serão as maiores vitimas de tanto descaso.

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Ao ataque Na série “Animal”, Edson Celulari interpreta biólogo que age como bicho TEXTO João Fernando/AE FOTO Divulgação/AE

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alã da TV, Edson Celulari já cansou de ser chamado de gato. Agora, subiu de posto na escala dos felinos. “Na minha cabeça, o Edson parecia um puma”, opina Paulo Nascimento, autor e diretor da série Animal, cuja estreia ocorreu no dia 6 de agosto, no GNT. Na produção, o ator é dr. João Paulo Gil um biólogo que sofre de teriantropia, distúrbio que o faz se comportar como o bicho descrito pelo criador da história. “Ele não se transforma, mas tem atitude de fera. Pode matar uma pessoa e não se lembrar de nada depois de cada surto”, descreve o ator, que foi pesquisar a doença. “Atualmente, sabe-se de oito casos no mundo. Há indivíduos que agem como galinhas, ficam no canto, esperando botar um ovo. Quem vai se interessar em fazer remédio só para esses oito se o câncer

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mata milhões?” A ideia da série surgiu quando Paulo Nascimento esteve na vila de Minas de Camaquã, cerca de 300 km ao sul de Porto Alegre, para rodar o longa Valsa para Bruno Stein (2007). O local, onde o acesso é feito por estradas de terra, tem apenas 250 habitantes que restaram dos 5 mil que foram embora nos anos 1980, quando a mina de cobre, que atraiu a população para lá, teve as atividades encerradas, após a morte de dezenas de operários. “Eu queria fazer um filme de terror”, brinca o diretor. Nessas locações, Paulo desenvolveu a história do biólogo dr. Gil na fictícia cidade de Monte Alegre. “Minha filha e eu fizemos uma imersão, vendo filmes para pensarmos em uma doença. Queríamos uma raríssima”, revela ele, que ofereceu a produção primei-


crua. “E, é claro, as pessoas ro para a Globo. Com as novas estranham tudo aquilo”, refordiretrizes das organizações da ça. O personagem, porém, não família Marinho, Animal é a assusta Mariana, com quem se primeira grande parceria da envolve. emissora mãe com a Globosat, “Ele é um cara perseguido. porém bancada pelo canal de Ela é casada com um deputaTV aberta. “É a primeira vez do corrupto, em um casamento que trabalhamos com dia certo de conveniência. Mas ele tem para receber, não tem de ficar medo por causa da doença”, esperando sair edital”, comeconta Cristiana Oliveira. mora o diretor. Para as gravações dos 13 A trama começa quando o episódios, que ocorreram enprotagonista resolve voltar ao tre março e junho, atores e lugar em que nasceu e de onde equipe técnica passaram todo saiu ainda criança. Por causa Edson Celulari e Cristiana Oliveira durante filmagem de “Animal” o período morando em Minas de seu pai, que também tinha de Camaquã, o que mudou a o distúrbio, ele não é bem recebido pelas habitantes, que temem um ataque. Ao mes- dinâmica da vila com a chegada de novos habitantes, mo tempo, acontecem crimes misteriosos no lugar e quase um terço da população local. Além de hospedaele ajuda a ex-delegada e prefeita Mariana (Cristiana rias improvisadas, houve reforço tecnológico. “Falta Oliveira) a desvendá-los com a ajuda de seus conhe- luz com frequência na cidade, tivemos de trazer geradores de energia para a ilha de edição”, informa o cimentos científicos. “Ele usa a sua sensibilidade aguçada para resol- diretor. Os responsáveis por editar a série se mudaram ver os crimes, pois tem olfato e audição bem desen- para uma casa e levaram até o cachorro, pela tempovolvidos”, adianta Celulari, citando a reação de Gil rada. O mascote, aliás, era a desculpa do elenco para por causa da doença, que também o faz comer carne fazer visitas e espionar as cenas prontas.

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Eles voltaram? Pink Floyd anuncia um novo disco para o mês de outubro TEXTO Jotabê Medeiros/AE FOTO Divulgação

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fonte é um tabloide, mas a notícia foi confirmada pela banda: em outubro, sairá um novo disco do grupo, cujo retorno, tirando os Beatles, é um dos mais sonhados pelos fãs do rock do mundo todo, o Pink Floyd. Há 20 anos, em 1994, já sem o baixista Roger Waters, a banda britânica Pink Floyd lançou aquele que é considerado o último álbum do grupo, The Division Bell (foto ao lado), que continha 11 composições originais. Como quase tudo que leva sua assinatura, aquele disco, feito pelo trio David Gilmour (guitarra), Richard “Rick” Wright (teclados) e Nick Mason (bateria), vendeu como água no deserto. Teve uma canção vencedora do Grammy, Marooned. E colecionou resenhas negativas - afinal, não era um álbum do grupo inteiro reunido, e o baixista

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Waters é tido como um dos mentores de alguns dos melhores discos da banda. Predominavam os climas criados pela guitarra de Gilmour, agora sozinho na liderança. O tecladista Rick Wright (que compôs o clássico The Great Gig in the Sky) morreria de câncer em 2008, aos 65 anos, o que tornou ainda mais rarefeita a possibilidade de uma nova reunião. Vinte anos depois de Division Bell, em 2014, a banda anuncia a intenção de lançar um novo disco do Pink Floyd, o seu 15º álbum de estúdio, trabalho que teria se iniciado justamente naquele momento em que fizeram o “último álbum”. Surge então um “novo” último álbum, apropriadamente batizado de The Endless River (O Rio sem Fim). A notícia chegou oficialmente pelo Twitter na semana passada, em um post da mulher do guitarrista


David Gilmour, Polly Samson. Ela chamou o novo disco de “o canto de cisne de Rick Wright”. A cantora Durga McBroom-Hudson, que excursionou tanto com Gilmour quanto com o Pink Floyd, confirmou que o disco vai ser “todo de inéditas” e o tabloide The Sun on Sunday sustenta, citando uma fonte próxima do grupo, que o álbum significará algo “o mais próximo possível de um retorno do Pink Floyd”. Durga revelou em sua página no Facebook que está envolvida desde o início no projeto, e o disco originalmente se chamaria The Big Spliff e que a banda pretendia que fosse inteiramente instrumental. Mas Gilmour foi mudando de ideia gradativamente e chamou a cantora para gravar vocais em uma das canções em dezembro. A morte de Rick Wright foi um duro golpe nos fãs mais extremados da banda, que alimentam a esperança de vê-la reunida de novo. A banda rachou em 1985, numa separação ruidosa e cruel. Em 1987, sem Roger Waters, eles excursionaram e gravaram A Momenta-

ry Lapse of Reason e, em 1994, fizeram a turnê mais rentável da História (até aquela altura) após o lançamento de Division Bell. Depois, separaram-se mais uma vez. Em 2005, após 24 anos, o núcleo central da banda (com David Gilmour, Roger Waters, Nick Mason e Rick Wright) voltou a tocar junto em uma única ocasião, no festival beneficente Live 8, no Hyde Park, em Londres. Waters e Gilmour, apesar de cavalheirescos, mal se falaram no palco. O jornal inglês Sun on Sunday afirmou ainda que Roger Waters não estará envolvido no novo trabalho (o que parece óbvio, já que é um trabalho produzido durante a separação), e porta-vozes da banda informaram que não haverá turnê de lançamento da obra. Mas a cantora Durga McBroom-Hudson atiça os fãs: alerta na rede social para que fiquem ligados, acenando que uma turnê pode, sim, acontecer. Pink Floyd é uma das mais influentes bandas da História, com 116 milhões de discos vendidos e 25 anos no topo das paradas.

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Artigo

Quatro dicas para melhorar sua estratégia de e-mail marketing Valter Garcia Junior

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E-mails marketing quando feitos da forma correta rendem ótimos resultados à loja virtual. É um recurso inteligente, barato e permissivo pelo cliente e, por ser bem aceito, deve ser trabalhado de maneira eficaz. Com o foco correto, e-mails podem ser o melhor canal de marketing de seu e-commerce. Confira 4 dicas para que seus e-mails tenham aceitação e sejam lidos com frequência por seu público. Entenda que você fala com uma só pessoa. E, por falar em particularidade, tenha em mente que você se dirige a uma única pessoa ao desenvolver seu e-mail. Por isso, use linguagem direta e aposte na personalização, com o nome do cliente, por exemplo. Além disso, certifique-se de que os produtos e promoções apresentadas no e-mail solu-

cionem a necessidade do seu consumidor. Fuja de clichês. Dê poder ao cliente. Ninguém gosta dos usuais clichês de vendas, que apresentam os produtos como se estivéssemos sendo forçados a consumi-los. No entanto, todos gostam de comprar, de se sentir capazes de consumir. Essa é a nova linguagem a ser trabalhada: o encorajamento da compra, evidenciando a solução de uma necessidade do cliente. Apresente ao consumidor aquilo que ele deseja. A venda por e-mail marketing deve ser baseada no interesse do consumidor. É, por isso, que conhecer a realidade do cliente traz consigo retornos tão positivos, afinal une o desejo à oportunidade de compra. Nesse quesito vale destacar a importância da análise de carrinhos abandonados e apostar na recuperação destes, através do e-mail marketing. (Fonte: e-commerce news)

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No divã Theo fica na berlinda em nova temporada de ‘Sessão de Terapia’

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TEXTO João Fernando/AE FOTO Divulgação

u vou ficar bêbada”, brinca Letícia Sabatella ao ter de refazer a cena em que morde um bombom recheado com licor. “Esse era o bombom que eu gostava na vida, mas não vou conseguir comer por uns três meses”, confessa a intérprete de Bianca, paciente que Theo (Zécarlos Machado) passou a atender na nova temporada de Sessão de Terapia, no GNT A professora de literatura procura o terapeuta por causa da constantes brigas com marido, um mecânico de classe social mais baixa. A atriz, que já passou por terapia na vida real, afirma que o divã de mentira ajuda a cena a fluir. “Naturalmente, entra num tom que conhece. Lá, você está em um estado de confessionário, de pesquisa de si mesmo. Passa um pouco esse tom de inti-

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midade. Acho Sessão de Terapia bacana por isso. De algum modo, você acaba vendo um lado seu que não quer ver. Ter consciência disso te ajuda a caminhar mais seguro”, disse ao Estado durante um intervalo de gravação no estúdio. Desta vez, o terapeuta que fez a audiência do canal subir no horário atenderá novos pacientes ao sair de um período sabático tirado após a morte do pai. “Com essa saída de seis meses fora, ele chega com algumas questões pessoais bem resolvidas. Ele continua bom terapeuta, mas como ser humano, volta a ter suas dificuldades”, explica Zécarlos Machado. Antes de retomar as sessões com Dora (Selma Egrei), sua supervisora, Theo passará por uma supervisão em grupo, às sextas, comandada por Evandro (Fernando Eiras), psicanalista com carreira no exte-


rior. Nas sessões, ele vai bater de frente com Guilherme (Celso Frateschi). “Ele acaba tendo envolvimento afetivo com a Rita, personagem da Camila Pitanga”, revela o protagonista. Theo, porém, terá preocupações com o filho, que se envolve com drogas. “Isso mexe com questões emocionais e ele vai acabar projetando o problema com o filho na relação com os outros pacientes”, adianta o ator. O paciente em questão é Diego (Ravel Andrade), das terças. O adolescente bebe muito e incomoda o protagonista. Entre as situações da vez estão o Transtorno Obsessivo Compulsivo de Milena (Paula Possani), ex-mulher de Breno (Sergio Guizé), morto no primeiro ano. Há ainda o caso de Felipe (Rafael Lozano), gay sem coragem de assumir a sexualidade O que há de diferente na terceira temporada é que foi totalmente escrita no Brasil pela equipe da roteirista Jaqueline Vargas. As anteriores foram adaptações da versão original, criada em Israel. A criadora dos novos episódios faz ques-

tão de ir ao set e passar o texto com o diretor, Selton Mello. Ela, porém, libera o elenco para fazer à sua maneira. “Se eles inventarem, não tem problema”, diz. Entretanto, ela se preocupa com a postura profissional de Theo. “A gente toma cuidado para não ficar com cara de papo de amigo”, explica. Jaqueline reconhece que as situações da série não correspondem exatamente ao que se passa em um consultório real. “É uma licença poética. Ninguém resolve a vida em sete sessões”, analisa. Como as gravações de cada episódio são intensas, a equipe aumenta os intervalos. “É importante que o ator esteja com domínio do texto. Não fazemos mais de suas sessões seguidas do mesmo ator em cada semana”, conta o produtor Roberto D’Ávila, da Moonshot Pictures. Por enquanto, não há confirmação de nova temporada. “Tem material até para a sexta”, empolga-se Zécarlos Série “Sessão de Terapia”, às segundas-feiras, às 22h30, no GNT

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Nutrição

Probióticos e Prebióticos – Parte 1 Dra. Patrícia Milaré Lonardoni | Nutricionista | Tel: 19 3443.3236 (Limeira SP) patricia.milare@itelefonica.com.br

Muitos associam o consumo de probióticos e prebióticos somente ao melhor funcionamento intestinal. Mas é importante deixar claro que não é somente para fazer um intestino funcionar melhor que devemos consumir pró e prebióticos. Devemos consumi-los para a saúde do organismo em geral. “Pró” e “biota” significam “pró-vida”, “para a vida”. Os probióticos podem ser encontrados em alimentos e na forma farmacêutica. Eles contêm um ou mais micro-organismos vivos, como os lactobacilos e as bifidobactérias. Depois de consumidos,

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esses “bichinhos” se dirigem principalmente para o trato gastrointestinal e urogenital, estimulando o funcionamento saudável dessas áreas. O intestino é a principal porta de entrada de nutrientes no organismo. Mas, assim como os nutrientes são absorvidos pela parede intestinal, agentes maléficos também podem entrar por esta porta. A função dos probióticos é colonizar e proteger a parede intestinal, evitando que moléculas alergênicas e micro-organismos patogênicos façam mal à saúde. Os alimentos probióticos oferecem grandes benefícios

para a nossa saúde: - Melhoram o estado da nossa flora intestinal e são bastante úteis quando estamos tomando antibióticos ou quando sofremos de diarreia e problemas de estômago; - Melhoram as nossas defesas contra a invasão de bactérias que podem causar doenças; - Equilibram o funcionamento intestinal; - Quando bem empregados, podem auxiliar na perda de peso; - Favorecem as pessoas que sofrem de alergias, diminuindo os seus sintomas; - Favorecem a produção de

sucos gástricos que nos ajudam a melhorar a digestão e evitar o inchaço de estômago; - Ajudam a fortalecer o sistema imunológico; O consumo de alimentos fontes de probióticos, como coalhadas e iogurte natural orgânico, deve ser diário para garantir o aumento do batalhão de defesa. E tem mais: para fortalecer esses micro-organismos, tornando-os cada vez mais atuantes, é bom caprichar também na ingestão de algumas substâncias especiais, chamadas prebióticas. Mas isso é assunto para a próxima edição. Até lá!


Direito

Dano material e moral MAURO MERCI | mmerci@mauromerci.adv.br | MAURO MERCI Sociedade de Advogados (Piracicaba-SP)

A maioria das pessoas pensa em casar-se e constituir uma família. Em que pese às várias formas de comemoração de união entre pessoas, a festa de casamento ainda prevalece entre os nubentes e acabam tornando-se o evento mais esperado por todos. Tudo tem que sair na mais perfeita ordem no dia do casamento. Um dos itens de suma importância, que durante a festividade passa despercebido pelos presentes, é o fornecimento de energia elétrica. A sua falta, certamente trará inúmeros dissabores aos or-

ganizadores, bem como aos noivos e seus familiares. Recentemente, a 4ª Câmara de Justiça do Tribunal de Goiás, em decisão inédita, manteve sentença que condenou a empresa de fornecimento de energia elétrica (Celg D) ao pagamento de danos materiais e morais no importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) aos pais da noiva e R$ 10.000,00 (dez mil reais) para cada um dos nubentes, tudo corrigido monetariamente da data da sentença, acrescidos de juros de 1% (um porcento) ao mês até o efetivo pagamento. Restou

alegado pelos autores que o casamento ficou prejudicado pela falta de energia elétrica, gerando constrangimento e sofrimento, não somente aos noivos, mas também aos pais. No curso do processo, tornou-se hialino que a empresa fornecedora de energia elétrica não adotou as providências necessárias ao restabelecimento do fornecimento de energia elétrica. Assim sendo, a prestação de serviço essencial deve sempre ter uma alternativa de fornecimento, visando evitar a falta continuada. É isso aí.

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A agilidade que faltava A 250 Sport acelera de 0 a 100km/h em apenas 6,6 segundos TEXTO Rafaela Borges/AE FOTO Divulgação

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uando foi lançado, em 2013, o Mercedes-Benz Classe A veio em versão com mecânica restrita ao motor de 156 cv, que, se não deixa o carro “manco”, também não entrega esportividade nenhuma. Este problema agora foi resolvido com a chegada do A 250 Sport, com propulsor 2.0 turbo. Além da ótima potência de 211 cv, ele tem torque de 35,7 mkgf a apenas 1.200 rpm. O resultado são acelerações e retomadas vigorosas que se traduzem em uma boa dose de emoção ao volante. A pimenta extra tem seu preço. A tabela é R$ 163.500, ante os R$ 99.900 iniciais do A 200. Mas vale a pena para quem quer um carro rápido e com

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pegada esportiva. Ao se pressionar o pedal do acelerador com força, o corpo chega a ser levemente projetado para trás. Quando se retoma velocidade, é grande a desenvoltura do carro, principalmente no tráfego urbano. Essa aptidão não é fruto apenas do bom desempenho de seu motor, mas também do câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens, de trocas rápidas e sem trancos. Colaboram ainda as dimensões e peso relativamente reduzidos. De acordo com informações da Mercedes-Benz, o A 250 acelera de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos e atinge 240 km/ de velocidade máxima


FICHA TÉCNICA Preço sugerido: R$ 163.500,00 Motor: 2.0 turbo, 4 cil., 16V, gasolina Potência/Torque: 211 cv a 5.500/35,7 a 1.400 rpm Velocidade máxima: 240 km/h Comprimento/Peso: 4,29 metros/1.465 quilos

A suspensão é bem dura e, deixa o carro bem à mão do motorista, ótimo de guiar e estável em alta velocidade (há auxílio de controles eletrônicos), também causa um pouco de desconforto. Em pisos imperfeitos, os baques contra o solo se projetam com força na cabine - e em seus ocupantes. Os pneus finos reforçam a sensação. Por fora, grade frontal, defletor incorporado à entrada de ar - vermelho, na cor avaliada -, rodas e saída dupla de escape estão entre os detalhes que diferenciam a versão mais apimentada. Na cabine, os bancos têm formato esportivo. De série, há bancos dianteiros elétricos, tela multimídia com GPS e seis air bags.

AVALIAÇÃO PRÓS: DESEMPENHO Leve, bom de curva e ágil, carro consegue emocionar. Vai de 0 a 100 km/h em 6,6 s. CONTRAS: SUSPENSÃO Auxilia na boa estabilidade, mas filtra mal os impactos com o piso; gera desconforto.

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Criolipólise combinada

Entenda porque a criolipólise combinada com outras técnicas é o tratamento mais eficaz para acabar com a gordura localizada por Dermique Saúde e Estética Avançada / Publieditorial

O tratamento de criolipólise consiste em um aparelho utilizado para perda de medidas. Ele provoca o resfriamento local da área a ser tratada, com temperaturas negativas, onde, em contato com o adipócito (células de gordura) se rompem não voltando mais a se formarem, levando-as à eliminação natural. É um dos únicos métodos capazes de eliminar o adipócito sem passar por um procedimento cirúrgico. A associação com outros aparelhos, um tratamento pós-crio, apresenta um resultado superior ao método convencional, pois potencializam a perda de gordura e combatem a flacidez de pele. Os protocolos pós-crio desenvolvidos pela clínica Dermique são várias associações, com as melhores tecnologias encontradas na estética. Um deles é o ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) para destruir o tecido gorduroso que está abaixo da pele. A ação do calor cria uma dupla resposta no tecido, resultando na destruição da gordura alvo assim como a contração do colágeno na área tratada.

Para esclarecer mais sobre o assunto: Quem pode se beneficiar com o tratamento de criolipólise combinada? E em quanto tempo depois da primeira sessão eu vejo os resultados? O tratamento é indicado para homens e mulheres que possuem gordura localizada. Não existem preparações especiais necessárias antes do procedimento e nem tempo de recuperação. O paciente é aconselhado a manter (ou, se necessário, melhorar) a dieta e rotina de exercícios que observaram antes do tratamento, embora não seja necessário modificar estes hábitos para que o tratamento funcione. Os resultados normalmente aparecem após 15 dias do início do tratamento. Existe algum perigo à saúde? É um método dolorido? Com a sucção do aparelho de criolipólise pode haver uma mínima dor, mas logo nos primeiros minutos essa dor some, devido ao congelamento, que causa uma analgesia no local. O procedimento não causa mal algum para a saúde, a única complicação que podemos encontrar é em relação a queimaduras, mas com essa nova técnica isso não ocorre!

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Artigo

Cartas a um jovem vestibulando que flerta com a Psicologia Andréa C. Bombonati Lopes | Psicóloga e Psicanalista | Rua Frederico Ozanan, 94 | Limeira SP | Fone: 8132-7989

Alguns jovenzinhos que estão à espreita de tomar decisão muito importante em suas vidas – a escolha da carreira e da futura profissão – vêm procurar-me com algumas questões e para alguns, aqueles, no caso, que estão flertando com a carreira de psicólogos, indico a leitura de Cartas a um jovem terapeuta, de Contardo Calligaris. O livro de Calligaris constitui-se numa bússola certeira para auxiliar aqueles que se indagam, no momento da inscrição, se devem investir os próximos cinco anos nos estudos iniciais que compõem o curso de Psicologia. A primeira das escolhas difíceis, já que

depois virão outras: a visão de mundo que faz sentido para mim, a concepção particular da dimensão humana em que deposito crédito, a abordagem com que me identifico, os autores que me inspiram, os estágios que almejo, o trabalho que me captura: instituições ou campo? Crianças e jovens ou adultos? Práticas individuais ou em grupo? Neuroses ou Psicoses? A caminhada é permanente de escolhas que se impõem no constituindo, no crescendo de um profissional; ela não cessa, não finaliza, não se dá por acabada, vai sempre se desenhando, se reescrevendo e, como o vinho, acentua o sa-

bor e a excelência com o tempo! Então, a experiência, sem sombra de dúvida alguma, ajuda nos processos e condutas de cura, mas os elementos mais típicos do frescor de um espírito inicial, debutante mesmo, como aquela especial curiosidade, a paixão pela história do outro, o desejo de escutar, a atenção devotada à palavra que o outro enuncia são componentes caros, especialmente para ajudar você quando encontrar-se com aqueles pacientes que não melhoram, agarrados a seus sintomas mais dolorosos como um náufrago a uma tábua. E para aqueles que costumam definir certas condutas sociais

como ‘desvios’, é deveras importante lembrar que quem assim denomina, fala, nunca em nome da Psicologia, mas em nome de seu próprio anseio de normalidade. Ou, como nos diz Calligaris, quem tece críticas ou estigmatiza ‘homossexuais’, ‘sadomasoquistas’, ‘prostitutas’, ‘transformistas’ é um atacadista, enquanto a psicologia e a psicanálise só operam no varejo – é no singular e não no plural que o desejo organiza o seu sentido. E o psicólogo será sempre um profissional do varejo; nunca do atacado. A todos os jovenzinhos que estão prestes a fundar essa escolha, o meu abraço!

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Força de mulher Sophie Charlotte ressalta densidade de personagem que protagoniza cenas sensuais em ‘’O Rebu’’ TEXTO Luana Borges/TV Press FOTOS Jorge Rodrigues Jorge/CZN

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s traços delicados e o jeito doce de falar de Sophie Charlotte contrastam com sua postura firme. Aos 25 anos, a atriz tem a oportunidade de explorar ainda mais a maturidade que demonstra através de Duda, personagem que vive no “remake’’ de “O Rebu’’. Afinal, depois das jovens românticas e das vilãs do horário das sete que interpretou, ela, pela primeira vez, encarna um papel mais denso na televisão. “É um trabalho de composição mesmo, com cenas muito fortes e dramáticas. Acho que é uma das grandes personagens da minha vida, com certeza vai ser um divisor de águas’’, assegura. Um tempo depois de ter sido uma das protagonistas de ‘’Sangue Bom’’, Sophie recebeu o convite de José Luiz Villamarim para integrar o elenco da nova trama das 23 horas. E aceitou na mesma hora. Tudo porque já nutria uma vontade de trabalhar com a equipe do diretor e se identificou com as complexidades da personagem para a qual foi escalada. ‘’Duda é muito humana. É um papel que me fez trabalhar as emoções de uma forma nova e me colocou em um lugar diferente’’, avalia. Na história adaptada por George Moura e Sergio Goldenberg, Duda é filha de criação da empresária Angela, interpretada por Patrícia Pillar, e trabalha na Mahler Engenharia. É na empreiteira, inclusive, que conhece Bruno, de Daniel de Oliveira, por quem se apaixona. O romance entre os dois, assim como várias outras relações da história, rende cenas, no mínimo, sensuais. O horário de exibição também favorece para que haja uma maior liberdade artística na abordagem da história e, consequentemente, muitas sequências de sexo. Algo que Sophie encara com naturalidade. “O horário das 23 horas permite essa exploração com mais ousadia, mas não é esse o foco da novela. Sexo faz parte da vida de todos e é mostrado como parte da trama. ‘O Rebu’ me arrebatou de uma maneira que eu entendo a importância de cada sequência feita’’, destaca. Na obra original, escrita por Bráulio Pedroso e exibida em 1974, as personagens de Sophie e Patrícia eram do sexo masculino. Cauê e Conrad, interpretados na época por Buza Ferraz e Ziembinski, respectivamente, eram mostrados como filho e pai adotivos por exigência da censura no Brasil. Mas as atitudes deles revelavam, de forma velada, que havia uma relação homossexual entre os dois. Sophie assistiu por curiosidade a algumas cenas antigas da novela.

Para se inserir no universo da personagem e compô-la, a atriz contou com o auxílio do preparador de elenco Chico Accioly, com quem já havia trabalhado no filme “Serra Pelada’’, que ganhou uma edição como microssérie para a Globo. Os ensaios intensos com o diretor José Luiz Villamarim também foram importantes para dar o tom antes de o elenco embarcar para Buenos Aires, na Argentina, onde parte das gravações aconteceram. Assim como a parceria com Patrícia Pillar, de quem tenta absorver o máximo de dicas a cada gravação. “Ela me recebeu de braços abertos, sem uma hierarquia. Em cena, me sinto livre e à vontade para ser a personagem’’, constata ela, que vai aparecer, na maior parte dos capítulos, com um mesmo vestido, já que a história base se passa em 24 horas, com diversos “flashbacks’’. “Acho que é o figurino mais decisivo que já usei porque segue pela trama toda’’, observa.

Duda (Sophie Charlotte) e Angela (Patrícia Pillar) durante gravações de “O Rebu”

Leve e solta Na hora de mudar o visual para alguma personagem, Sophie Charlotte é desapegada. Mas, desta vez, ela se superou. E mostrou o quanto está disponível para viver Duda ao adotar o corte “Joãozinho’’. ‘’A minha vaidade mudou de lugar. O cabelo tinha a ver com a personagem e foi tudo certo. Não me senti desconfortável, nem nada’’, garante. Mas Sophie precisou se adaptar ao corte moderno. Ao perceber que o rosto fica mais em evidência, passou a experimentar uma maquiagem leve e novos estilos de se vestir. ‘’Tive de me acostumar com nuca de fora’’, conta. “O Rebu” – Globo – Segunda, terça, quinta e sexta, às 23 h.

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Nova loja conta com estacionamento próprio e showroom composto de vários ambientes

DG Móveis inaugura showroom A DG Móveis, empresa especializada na produção de móveis planejados, acaba de inaugurar sua loja no Centro de Limeira. Localizada na rua Carlos Gomes, 1180, a loja conta com estacionamento próprio e showroom composto por vários ambientes. “Nosso objetivo foi facilitar o acesso do público aos ambientes produzidos por nossa empresa”, afirma o sócio-proprietário Paulo Germano. A DG Móveis atende Limeira e toda a região. Informações: 19 3702.1734.

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Moda

Fashion POR TATTY MEDEIROS

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A estação mais cheia de vida, cores e estilos ganhou liberdade e está mais democrática do que nunca. O verão 2015 passeará por estampas tropicais, românticas e modernas, por cores primárias e bem vivas, e também por cores claras e adocicadas. A modelagem caminhará por todos os estilos: do curto, passando pelo midi e chegando ao longo.

Tatty Medeiros tatty@tattymedeiros.com face Tatty Medeiros www.tattymedeiros.com

Primavera-Verão 2015 TENDÊNCIAS Todas as décadas fortes da moda - 50, 60, 70, 80 e 90 -, influenciaram as peças num verdadeiro túnel do tempo. O vintage aparece nas saias de cintura alta e bem justas. Os anos 60 desembarcam em 2015 com as saias midis e bem abertas no evasê, combinadas com o cropped de gola careca e ombros arredondados. O metalizado também aparece, mas não por muito tempo. É a vez da mistura - prata, dourado e até mesmo cores como azul, amarelo, pink, verde e branco. A fluidez que a temperatura do Brasil precisa aparece nos tecidos bem leves que moldam vestidos e saias longas. As estampas são protagonistas da estação - desde as mais clássicas, como listras e poás, às mais fortes, como as geométricas, étnicas e de bicho.

PEÇAS PRINCIPAIS - Cropped: blusa curta que pode ser usada bem justa ao corpo, ou no estilo boho chic e ficar mais soltinha; - Saias midi: o comprimento mais elegante para o corpo da mulher é o midi, que fica até abaixo do joelho; - Conjuntos: combinar é principal mandamento dessa estação, faça conjuntos que tenham a cara do verão; - Kimonos: blusas mais longas, amplas e com influência oriental. Pode ganhar detalhes como franjas para dar mais fluidez à peça; - Macacão: no tecido mais queridinho e casual, essa peça, ícone de estilo, aparece no jeans, no melhor efeito destroyed.

ESTAMPAS O étnico traz para o closet de verão países como África, Ásia, Peru e México todos unidos em cores vivas. Quando o assunto é animal print, a onça continua no topo, mas agora divide espaço com a cobra. O romantismo fica por conta do floral, que nessa estação aparece em tons claros, candy colors. Estampas tropicais e flores orientais também estarão no closet das mais antenadas.

Em tempo

Nosso editorial de Dia dos Pais, publicado na edição passada, foi feito em Limeira, na Fazenda Itapema. As belas paisagens de um lugar que guarda a magia de gerações foi o cenário ideal para o nosso trabalho. Obrigado a todos que colaboraram!

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Começamos hoje nossa viagem por essa estação quente, estilosa e sempre muito alegre. Prepare-se, pois o verão está apenas começando, seja bem-vindo(a)!

Créditos: Imagens: SFW – São Paulo Fashion Week Desfiles: Amapô, Forum Site: chic.uol.com.br Desfiles: Colcci, Samuel Cirnansck


Summer Of Love…

...traz o melhor verão de todos os tempos, unindo a fluidez dos tecidos e modelagens largas para relembrar noitadas dos anos 70, como quimonos, kaftan e calças largas. As cores candy entram para dar um toque mais feminino e doce para o preview. As estampas retratam as lembranças que levamos desta aventura, como as conchas que enfeitam as areias das praias!

Fone: 19 3702.4152 Rua Santa Cruz, 1186 Limeira SP www.amiki.com.br

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FITNESS

EM MOVIMENTO

Modelos: Aline Giusti e Nelson Lara (The Agency One) Fotos: www.demetriorazzo.com Beleza: Wilson Arado - Camarim Estilo e produção: Tatty Medeiros

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Primavera

que encanta...

Vestido Vida Bela: 4x R$104,90

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CUKI (Centro) Rua Barรฃo de Campinas, 527 Limeira - SP Tel: (19) 3442-1341 / 3441-4836 CUKI (Shopping Pรกtio) Rua Carlos Gomes, 1.321 Limeira - SP Tel: (19) 3444-3373 www.cuki.com.br

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Modelo: Dhyana Alvaredo (The Agency One) Foto: Nelson Shiraga Beleza: Bruno Mazzer Estilo e produção: Tatty Medeiros Locação: Jardim Botânico Plantarum

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Vestido Vida Bela curto - 4x R$64,90 Blaser Vida Bela - 4x R$ 79,97


Marcas: Jorge Bischoff Capodarte Luiza Barcelos Dumond Usaflex Luz da Lua

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Lipocavitação e seus benefícios POR KEILA SILVA - Fisioterapeuta

O Sonofocus é um equipamento de lipocavitação focalizada que produz energia ultrassônica de alta intensidade para tratamentos de gordura localizada, redução de medidas e remodelagem corporal não invasiva. Possui transdutor côncavo, o que permite a concentração da energia ultrassônica na zona focal à profundidade controlada (entre 1 a 1,5 cm). Essa é a profundidade ideal para atingir o tecido adiposo sem riscos ao paciente. O Sonofocus é um equipamento eficiente, seguro, preciso e fácil de operar. Este tratamento pode ser associado a outras terapias para melhores resultados, como a carboxiterapia, o que vai ajudar a eliminar mais rápido para quem já está de olho no verão. Para não ficar flácida a combinação com a Radiofrequência é um espetáculo. Contraindicações do ultrassom focalizado São aquelas básicas: gestante, usuários de marcapassso, áreas neoplásicas, sobre áreas isquêmicas, sobre epífises ósseas, sobre a área cardíaca, sobre hérnia abdominal ou diástase do músculo reto abdominal, déficit de cicatrização, doenças metabólicas e hepáticas que comprometam o metabolismo das gorduras. E o mais importante: sobre locais com camada adiposa subcutânea menor que 1,5 cm.

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Bastidores POR Diego Palmieri/AE

ESTREIA MARCADA

A RedeTV! está, mais uma vez, disposta a investir em novas atrações. O próximo projeto é a versão brasileira do reality show “The Bachelor - Em Busca do Grande Amor”, com estreia programada para a segunda quinzena de setembro. O consultor de etiqueta Fábio Arruda, que em 2009 participou de “A Fazenda” (Record), foi contratado recentemente para o cargo de apresentador.

TV ABERTA

A Band ainda não divulgou possíveis datas nem horários, mas as séries “Salem” e “Sleepy Hollow” estão prestes a serem lançadas pelo canal. A primeira narra o julgamento de bruxas em uma

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cidade dos Estados Unidos, no século 17. Já a segunda é uma adaptação do livro “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça” (ed. Leya), de Washington Irving.

AGENDA CHEIA

Marcos Palmeira está com a agenda cheia. Além de lançar a série “A Segunda Vez”, no Multishow”, ele está na novela “O Rebu”, como um delegado que investiga o crime central, e já se prepara para o próximo passo. Seu nome está sendo cogitado para um papel de destaque em “Babilônia” (Globo). No entanto, ainda não foram divulgadas informações sobre seu personagem.

MENINO DE OURO

Luiz Bacci e seu novo programa, “Tá na Tela”, estão chamando a atenção na Band. Pelo menos, por enquanto, o programa tem sido um sucesso.Veiculado de segunda a sexta-feira, no período da tarde, a atração registrou, em seu segundo dia de exibição, um crescimento de 60% na audiência. De acordo com a emissora paulistana, o ex-apresentador da Record ocupou a terceira posição no Ibope, marcando quatro pontos de média.


CELEBRIDADE MÓVEL

MUDANÇAS À VISTA

Famoso por comandar um “show de realidade” no “Cidade Alerta” (Record), Marcelo Rezende amplia o foco e vai parar no celular. Seus famosos bordões estão disponíveis agora num aplicativo gratuito, o “Corta pra Mim”, para a plataforma iOS e Android (disponível nas lojas virtuais iTunes e GooglePlay).

MÚSICA NA TV

O “Globo de Ouro” (Globo), programa musical famoso nas décadas de 1970 e 1980, tem tudo para ganhar uma nova edição. Os apresentadores seriam Juliana Paes e Márcio Garcia. O projeto faz parte do pacote de programas inéditos que o Viva estaria planejando para os próximos meses. O primeiro dessa safra é a série “Meu Amigo Encosto”, que será lançada em setembro.

Pode ser que o programa “Encontro”, apresentado de segunda a sexta-feira por Fátima Bernardes, sofra uma baixa no elenco da próxima temporada. Isso porque Marcos Veras deve seguir para a novela “Babilônia”. Seu papel, no núcleo cômico da trama, será de um chef de cozinha.

NOVOS RUMOS

Longe das novelas desde o fim de “Amor à Vida” (Globo), Paolla Oliveira já tem um novo projeto na emissora carioca. A atriz será uma das protagonistas da série “Felizes para Sempre”, prevista para meados de 2015. O projeto é uma releitura de “Quem Ama Não Mata”, de 1982. Fernando Meirelles, Luciano Moura, Rodrigo Meirelles e Paulo Morelli são aguardados na direção.

SIGILO TOTAL

Corre em segredo a lista dos próximos 16 participantes do reality show “A Fazenda”, na Record, que estreia em setembro. Ao que tudo indica, os nomes já foram acertados e os contratos estão assinados. A ideia é que nenhum participante confirme para a mídia sua participação. Do contrário, poderá ser eliminado antes mesmo de pisar na casa em Itu, no interior paulista.

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ARTIGO

Spotify

Música como direito básico de cidadão informatizado Lucas Brum | Editor de imagens da Rede Record e comentarista de entretenimento

Tão rápidos quanto os avanços de uma nova tecnologia, os hábitos humanos se adaptam a uma nova realidade com bastante facilidade. Basta vermos a maneira como assistimos à TV hoje em dia. Ninguém precisa depender da novela das 8 para se entreter quando há o consumo a cabo, por internet ou streaming (Netfllix é o maior exemplo). O enfoque de hoje é a música. O CD ficou pra trás, os pendrives e players portáteis rejuvenesceram o jeito de consumir som com o mp3 enquanto Steve Jobs deixou tudo mais simples e bonito com o iPod e sua loja digital no iTunes. A mobilidade urbana e a facilidade da internet no celular fazem com que queiramos mais músicas ao mesmo tempo, que sejam fáceis de ouvir, separar e escolher cada uma delas, mesmo que

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tenhamos que pagar um pouco por isso. Seguindo o conceito do já citado Netflix “a TV que você quiser por um preço módico”, o Spotify é um aplicativo de celular que funciona também em computadores desktop e resgata o sentido de ouvir a música que quiser de maneira democrática. É possível pesquisar listas de músicas variadas que vão de pop no trabalho, agitadas para a academia, jazz dos anos 70, trilhas da Broadway e combinações infinitas. O usuário pode criar as próprias playlists, atualizar e compartilhá-las. Não é necessário ter as músicas de maneira física ou até mesmo em arquivos de dados. O Spotify detém hoje o maior banco em nuvem de músicas da história. Praticamente qualquer canção que você digitar no buscador do app vai ser

encontrada, seguida de coletâneas do artista em questão e outras sugestões inteligentes do mesmo gênero musical. Por uma taxa pequena por mês, o usuário pode baixar a música que quiser para ouvir offline em seu celular. Há a possibilidade de usá-lo na versão gratuita, mas limitando-se a ouvir playlists de maneira aleatória e com pulos de faixas limitados. O Spotify faz com que a rotatividade de novas músicas seja alta, demonstrando que nunca foi tão fácil descobrir uma banda nova sem precisar de uma rádio FM. Indispensável.


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Primeira loja da rede Americanflex é inaugurada em Limeira TEXTO Publieditorial FOTOS Revista Condomínios

Foi inaugurada, no dia 16 de agosto, em Limeira, a primeira franquia da rede Americanflex. Localizada na Avenida Piracicaba, 181, a loja oferece todos os produtos da marca como colchões de molas e espuma, camas box, cabeceiras, travesseiros etc. Durante a inauguração, a sócia-proprietária, Maria Renata Vasques Rollo, destacou o cuidado com o layout. “Tudo foi feito para que o cliente conheça detalhadamente cada colchão e possa escolher o produto mais adequado ao seu perfil”, comentou. Maria Renata disse ainda que a loja traz um novo conceito para a cidade na venda de colchões. “Nossa equipe está preparada para tirar todas as dúvidas dos clientes. O objetivo é que nossos clientes fiquem de fato satisfeitos com a aquisição dos nossos produtos”, ressaltou. A inauguração também contou com a presença do gerente de lojas exclusivas da marca, Saulo Luis Ferreira, que é responsável pelo setor de franquias. CRESCIMENTO A Americanflex aposta no crescimento do setor de Casa e Construção para emplacar suas franquias pelo país. Segundo estatísticas da Associação Brasileira de Franchising (ABF), esse setor cresceu 14,3% no último ano. A previsão da marca é de que, com a entrada no franchising, as vendas tenham aumento de até 30% ao final de dois anos de expansão. Jane Jardini, diretora do Grupo, salienta que a empresa já está consolidada e que chegou o momento de expandir os negócios. “Estamos no mercado de colchões há 55 anos e depois de um estudo apurado e de planejamento estratégico, decidimos apostar no franchising, que segue em posição de destaque na economia brasileira e chama a atenção de empresas de diversos segmentos”, acrescenta. SERVIÇO Americanflex: Avenida Piracicaba, 181. Fone: 19 3792-1002

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A loja possui ótima localização e conta com estacionamento próprio

Érika Fumagalli (gerente), Saulo Luís Ferreira (gerente comercial de lojas), Maria Renata Vasques Rollo (sócia-proprietária, Gilberto Torrezan (colaborador) e Tatiana Tagliaferro (vendedora responsável)

Diferencial da loja A experiência de compra é decisiva para o consumidor, por isso a Americanflex tem um conceito de loja diferenciado, que possibilita maior conhecimento do produto. O cliente tem a possibilidade de degustar os colchões e escolher qual deles mais se adapta ao seu perfil. “O contato com o produto é fundamental para diferenciar um colchão do outro e conhecer as características de cada um”, afirma Jane Jardini, diretora do Grupo Americanflex.

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Benefícios da musculação Se você quer melhorar sua forma, performance ou saúde do corpo, a fórmula de sucesso está na prática de aulas regulares e um programa de musculação adequado às suas necessidades.

FONTE Informativo Bio Ritmo FOTOS Revista Condomínios

A musculação, também conhecida como exercício resistido, apresenta-se de diferentes formas, adaptando-se facilmente ao seu estilo de vida, objetivos, saúde, histórico médico e condição física atual. Ao iniciar o treinamento, é importante ter objetivos definidos e contribuir com esforço e tempo. Entretanto, com os modernos aparelhos disponíveis hoje, profissionais qualificados e as mais recentes técnicas de treinamento, alcançar seus objetivos leva bem menos tempo do que você imagina.

VOCÊ SABIA... ... que os exercícios com pesos contribuem para o emagrecimento? ... que o descanso entre uma sessão e outra é uma parte muito importante em um programa de treinamento? ... que a musculação na gravidez é benéfica e garante o bem-estar físico e mental da mãe e do bebê? ... que a musculação é recomendada para idosos?

MITOS E VERDADES Mulheres que fazem musculação desenvolvem músculos enormes. FALSO! Fatores genéticos e, principalmente, o nível de testosterona, tornam as mulheres menos suscetíveis ao aumento de massa muscular em relação aos homens, idependentemente do tipo de programa de musculação. Elas podem, sim, aumentar o tônus muscular e adquirir um corpo mais tonificado. Treinar musculação diminui a flexibilidade. FALSO! Com as sessões de treinamento com peso, você pode preservar ou até mesmo aumentar os níveis de flexibilidade em diferentes articulações, podendo diminuir a chance de lesões com o exercício. Você pode escolher áreas específicas para queimar gordura. FALSO! Este conceito é conhecido como queima de gordura localizada. É errado afirmar que existem exercícios específicos para perda de gordura localizada em regiões como coxa, barriga ou quadril. Um bom exemplo é o exercício de elevação lateral da perna (abdução de quadril) para queimar especificamente a gordura do culote. Isso não funciona! A perda de peso e gordura ocorrerá por meio de uma combinação ideal de treinamentos regulares de musculação, exercícios aeróbios e hábitos saudáveis de alimentação.

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Ana Paula, 26 anos Ela frequenta a Bio Ritmo Limeira todos os dias. Há 4 anos, procurou a academia para obter um corpo mais bonito, mas hoje sabe que a estética é apenas um dos muitos benefícios oriundos da atividade física regular. “Tenho muito mais disposição para o trabalho e tudo o que faço. A academia faz parte da minha vida e não me imagino sem ela”, revela.

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Designer de Interiores

Paredes valorizadas Fabiana Massaro | Fone: 19 -78241394 | 9-97068232 (Limeira SP)

A cultura de decorar paredes é uma das artes mais antigas de nossa história, nossos antepassados já mantinham um dom de se esculpir em pedras e formar esculturas lindíssimas nos ambientes que eram habitados. Atualmente é difícil pensar em decoração sem uma parede destacada, seja com revestimentos como papel de parede, cerâmicas, tecidos, madeiras, ou uma pintura de fundo a uma mancha de quadros. Formar composições geométricas e harmoniosas torna-se um verdadeiro desafio para quem gosta de ambientes aconchegantes e com impacto visual.

A última Mostra Casa Cor São Paulo foi um verdadeiro show de paredes com composições de quadros com vários temas e molduras, mas vale lembrar que deve haver um estudo para que tudo tenha harmonia. O efeito luminotécnico também colabora muito para que as peças fiquem em evidência e um tom diferenciado no fundo da parede destaca ainda mais as figuras expostas. Para evitar exageros, o ideal é procurar uma ajuda profissional em lojas especializadas para que o resultado final seja satisfatório.

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Novas atrações Orlando lança novidades para atrair turistas; brasileiros lideraram o ranking em 2013 TEXTO Lucas Frasão/AE FOTOS Divulgação/AE

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oi como num filme. A fila da imigração no aeroporto de Miami era longa o bastante para reler páginas de Harry Potter e a Pedra Filosofal, primeiro livro da série criada pela autora J.K. Rowling. Mas corria bem. Só que, passado o guichê de entrada nos Estados Unidos, ainda havia a fila da conexão e a da segurança. Haja espera no mundo das pessoas sem poderes mágicos. O horário no cartão começou a piscar o vermelho: dez minutos para embarcar rumo a Orlando. Com licença, I’m sorry! Valia misturar idiomas para tentar passar à frente, não perder o voo e, assim, chegar a tempo à festa de inauguração da nova área dedicada aos bruxos de Harry Potter no parque Universal Stu-

dios. Uma festa para convidados, é verdade. Mas a atração já está aberta ao público. Os brasileiros, aliás, assumiram em 2013 pela primeira vez a liderança no ranking de turistas estrangeiros, com 768 mil visitantes, desbancando 15 anos de hegemonia dos ingleses (759 mil). Harry Potter é apenas uma das novidades de Orlando neste primeiro semestre. No Universal Resorts, o hotel econômico Cabana Bay Beach abriu em março. O City Walk ganhou cinco restaurantes - e mais três vêm aí. Na Disney, houve em maio o lançamento do Trem da Mina dos Sete Anões, no Magic Kingdom, que finalizou a ampliação da Fantasyland.

BECO DIAGONAL - Como nos livros e filmes, o acesso ao Beco Diagonal, um lugar secreto no subsolo da capital inglesa, está camuflado detrás de uma parede. Chama a atenção o Nôitibus Andante, ônibus mágico de três andares. Também em Londres está a Estação King’s Cross, por onde se acha o caminho ao Expresso de Hogwarts. Uma atração à parte, o trem leva até a Vila de Hogsmeade, no parque Islands of Adventure, onde está a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, na primeira área dedicada aos personagens de Harry Potter, existente desde 2010.

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Atenção: será necessário comprar ingresso para os dois parques para conhecer tudo.


O TREM DA MINA - Os Sete Anões nunca deixariam Branca de Neve andar no seu novo trem para a mina. Não que a viagem seja outra tentativa da madrasta de tirar de seu caminho a mais bela jovem do reino, mas a trilha rápida e cheia de curvas poderia assustar a frágil princesa. Quem quiser encarar essa aventura já pode conhecer o local onde Dunga, Mestre, Atchim, Zangado, Dengoso, Soneca e Feliz descobrem brilhantes e pedras. É só embarcar no Trem da Mina dos Sete Anões, atração que concluiu a maior reformulação da história do Magic Kingdom, parque símbolo de Walt Disney World, em Orlando. A reforma, que começou a ser entregue em 2012, dobrou de tamanho a área da Fantasyland. Antes de mergulhar no mundo subterrâneo construído pelos pequenos trabalhadores, é possível ajudar a turma a separar joias e brilhantes da areia numa esteira virtual. Seguindo o trajeto, surgem 12 fontes de água cristalina, acionadas pelo movimento das mãos embaixo delas. Cada uma emite um som correspondente às notas da escala musical. O anão Mestre, líder da turma, só permite o embarque de quem tiver pelo menos 97 centímetros de altura. Menores de 7 anos precisam de acompanhante com ao menos o dobro da idade. Apesar das doses de adrenalina, a montanha-russa é feita para toda a família, respeitadas as restrições. O trem tem cinco vagões de madeira talhados a machado e feitos com tiras de metal e pregos, bem ao estilo dos donos da máquina. (Texto: Lucas Frasão/AE).

UMA NOVA FANTASYLAND A renovação da Fantasyland teve reflexos na tradicional parada do Magic Kingdom. O desfile diário pela rua principal do parque com os mais famosos personagens Disney foi reformulado e ganhou efeitos tecnológicos e trilha sonora original. São mais de 100 artistas distribuídos em nove alegorias - alguns personagens interagem com o público e fazem coreografias no chão. À frente do primeiro carro, o Jardim das Princesas, Aurora, Cinderela e Tiara (de A Princesa e o Sapo) dançam e recebem os convidados do dia em um baile real, acompanhadas de seus príncipes. Até Anna e Elsa, de Frozen, pegam carona. No fundo do mar, uma carruagem puxada por peixes e comandada pelo caranguejo Sebastião leva a pequena sereia Ariel em uma concha gigante. O carro é uma réplica de caixinha de música e foi feito com a ajuda de uma impressora 3D. A viagem segue até a Terra do Nunca, onde Peter Pan e Wendy navegam no navio pirata sobre o arco-íris. O que eles não sabem é que o Capitão Gancho está à espreita, pendurado na âncora. O príncipe Phillip, de Malévola, tem problemas ao lutar contra um dragão futurista de 16 metros de comprimento e 8 de altura - que cospe fogo! Pinóquio, Donald, Margarida, Pateta, Branca de Neve e Dumbo acenam até que, 20 minutos depois, os verdadeiros anfitriões do Magic Kingdom, Mickey e Minnie, aparecem a bordo de um balão de 10 metros de altura para agradecer a visita e convidar a uma próxima. Como o desfile não ocorre com chuva, cuidado ao prometê-lo aos pequenos. (Texto: Fernando Otto/AE).

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A Trade Invest S/A, incorporadora do Trade Plaza Limeira, encerrou as atividades e atendimentos que realizava no estande de vendas do empreendimento, na via Jurandyr Paixão, número 100, para dar início às obras de construção da edificação. Primeiro, acontecerá a desmontagem do estande e, na sequência, as obras do complexo multiuso -, que deverão estar finalizadas em trinta meses. O Trade Plaza Limeira é o primeiro complexo de bandeira internacional da cidade. Uma das torres será o Ramada Encore Limeira, um hotel com 15 andares e 240 apartamentos e Centro de Convenções, salas para reuniões, restaurante panorâmico de qualidade internacional, fitness, Internet, estacionamento, recepção 24h e atendimento personalizado. A outra torre será o Trade Office e contará com 12 andares e 60 salas comerciais. Uma área comum às duas torres

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irá abrigar o Trade Mall, um centro de compras com espaço para 16 lojas e acesso ao restaurante. O Trade Plaza Limeira será construído em uma área de 3.342 m2 e vai custar cerca de 45 milhões de reais. Para maiores informações, contato ou compra de unidades o telefone é o (19) 3405-6707. Ou pelo e-mail atendimento@tradeinvestsa.com.br.

Publieditorial

Trade desmonta estande de vendas para início das obras


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Segurança

Drogas: “elas” estão perto de você! Émerson Camargo - Pós-graduado com especialização em Segurança Pública e Privada MBA em gestão estratégica de negócios MBA em gestão de pessoas | Fone 7802-5064 – ID 55*139*7222

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “droga é toda a substância que, introduzida em um organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções”. Podem causar danos físicos e psicológicos a quem as consume e seu uso constante pode levar à mudança de comportamento e à criação de uma dependência, um desejo compulsivo de usar a droga habitualmente. Os adolescentes de hoje estão mais sujeitos ao contato com as drogas devido ao ambiente em que estão inseridos e, em muitos casos, andando com companhias erradas. Não

obstante, a frequente ausência dos pais cria condições favoráveis para que os filhos adolescentes sintam-se livres para aventuras deste tipo, sem pensar nas consequências que isso lhes trará para o longo da vida. Nesta fase da vida, eles afirmam a sua personalidade, pois encontram novas descobertas, novo corpo, explosões de emoção e de temperamento. Tudo isso contribui para o surgimento de novos e difíceis problemas, onde, em muitos casos, eles procuram nas drogas uma forma de enfrentar esses problemas. A lei é clara e diferencia as drogas ilícitas (maconha, cra-

ck, cocaína) das lícitas (álcool, cigarros e medicamentos). Dá-se importância às drogas ilícitas por serem as mais perigosas e que, geralmente, são consumidas em festas, escolas, condomínios ou dentro de carros, e nos esquecemos das drogas lícitas, aquelas que estão no ambiente familiar. O álcool e o tabaco são tão preocupantes quanto às drogas ilícitas, pois começam a fazer parte da vida do adolescente muito cedo e, na maioria das vezes, com o consentimento e acompanhamento dos pais e dentro de casa. Pense nisso, deixe as drogas longe de sua família!

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FESTA JULINA DO

ROLAND 2

Mais uma vez, a Festa Julina do condomínio Roland 2, em Limeira, foi um sucesso. O evento contou com grande público e a renda obtida com a venda de comidas e bebidas típicas foi revertida a entidades assistenciais.

Ricardo Pereira, Cintia Bonatti Pereira e Lavínia Bonatti Pereira

Leandro Giacomeli, Fábio Cirulli e Flavinho Alencar

Alexandre, Graziela e Giovanna Rodrigues

Celso Ruy, Fabiana Ruy e Miguel Ruy

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Leandro Timotheo, Marcos Pinello, Eliana de Araújo Pinto, Rosimeire Ap. Correa Vieira, Yara Denise B. Mourão e Haroldo Rizzo

Yara Denise B. Mourão e Haroldo Rizzo

Ademir e Isabel Battistella

Bárbara Santos, Mariana Mourão, Yara Mourão, Rosiane Tank, Rosana Cavalotti, Sônia Basso e Zilda Tank

Paulinho e Meire Cirulli

Ricardo Soares, Néia Soares, Rebeca Contin, Luciane Contin e Rodrigo Contin

Adriana Villar, Lucilene Giacomeli, Luara Giacomeli, Ana Paula Cirulli e Flaviana G. Colin

Flávia e Vicente Lelo

Antonio Pereira, Maria Lúcia Pereira, Marcelo Pereira e Rose Pereira

Flávia, Valentina, Rodrigo e Enrico Di Salvi

Fábio de Oliveira Reato, Joyce Padula, Rafael Malavase e Mayara Siqueira


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I N F O R M AT I VO

Colônia de Férias Programa criado pelo CNA contou com a participação de 35 crianças

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CNA de Limeira realizou, com sucesso, mais uma edição do programa “Colônia de Férias”. O curso foi ministrado entre os dias 14 e 18 de julho e contou com a participação de 35 crianças, com idades entre 3 e 12 anos. “Nosso objetivo é criar uma aproximação das crianças com o idioma inglês. Durante as aulas, elas aprendem de uma forma lúdica, por meio de músicas, brincadeiras e muitas outras atividades”, revela Fabiana Bonzanino, proprietária da escola. A empresária considera importante que as crianças comecem a aprender um segundo idioma na fase de alfabetização. “Quando isso acontece, a criança assimila com mais facilidade e leva o aprendizado por toda a vida”, avalia. Quem participa da “Colônia de Férias” recebe do CNA uma proposta com condições especiais para continuar estudando. Em Limeira, a próxima edição do programa acontece em fevereiro de 2015. Informações: 19 3451.2220.

“Na fase de alfabetização, as crianças assimilam com mais facilidade e levam o aprendizado por toda a vida” Fabiana Bonzanino - CNA Limeira

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Um sedutor no espelho José Mayer se aventura na pele de um gay enrustido em ‘’Império’’ TEXTO Geraldo Bessa/TV Press FOTO Jorge Rodrigues Jorge/CZN

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osé Mayer é quase uma instituição. Presente no imaginário coletivo como o maior “pegador’’ da teledramaturgia nacional recente, há alguns anos ele mesmo parou de se preocupar com possíveis limitações artísticas e passou a se divertir com perguntas do tipo “quantas você vai ‘pegar’ nessa novela, Zé?’’. No papel do criativo Cláudio de “Império’’, Mayer se vê em um momento de diversificação da carreira. É claro que as questões de gênero não impedem que ele conquiste mais de uma pessoa na nova trama de Aguinaldo Silva. Mas agora, além de ser par de Suzy Rêgo, intérprete da moderna Beatriz, o ator divide cenas tórridas com o jovem Klebber Toledo, que interpreta Leonardo, o apaixonado amante de Cláudio. “Meu personagem é completamente seguro de si. Mas, assim como milhões de homossexuais, não faz questão, não quer assumir publicamente suas preferências. Eu acho que as pessoas têm amplo direito de terem essa privacidade’’, defende. Nascido na pequena cidade mineira de Jaguaraçu, aos imperceptíveis 64 anos, Mayer se empolga com as possibilidades de seu novo trabalho. “É uma forma de surpreender o público e de estar à frente de um personagem muito rico. Ele terá problemas com a esposa, com o parceiro e com o filho,

que é homofóbico. Mas toda a abordagem está sendo tratada com muita delicadeza pelo Aguinaldo’’, garante. Acostumado aos mais variados núcleos dentro da Globo desde que estreou na emissora, em 1977, Mayer não esconde a afinidade que tem com o texto de Aguinaldo, responsável por personagens importantes de sua carreira, em produções como “Bandidos da Falange’’, “Tieta’’ e “Senhora do Destino’’. “Devo boa parte da minha popularidade como ator aos personagens que o Aguinaldo me confiou. É um autor que sempre me promove novidades, impossível recusar um chamado dele’’, valoriza.

“O Pagador de Promessas’’ (Globo, 1988) – Zé do Burro.

“Tieta’’ (Globo, 1989) – Osnar.

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Personagens gays não são novidade para você. Sua estreia no teatro, em 1969, inclusive, foi interpretando um homossexual. Você acha que demorou a ser escalado para este tipo de papel na tevê? Bastante, não é? Mas na televisão é isso: se você se destaca em certos tipos de papel, será chamado para fazer muitos semelhantes. Isso não é uma queixa. Adoro meus personagens e guardo diferentes lembranças de cada um. Se eu quis fazer, é porque de alguma forma me senti empolgado. Como estou agora com o Cláudio. Mais uma vez, Aguinaldo me chama para fazer algo diferente do que eu tenho sido

escalado. Na idade em que estou, isso não pode ser desperdiçado. Pelo tanto de heróis e garanhões que você tem no currículo, Cláudio surge como uma quebra de paradigma? Com certeza. Só que agora o que muda são as concepções do personagem. É a segunda vez, em pouquíssimo tempo, que Aguinaldo promove um rompante na minha carreira. Em “Fina Estampa’’ (2011), ele me queria como galã, mas eu estava cabeludo e barbudo por conta do musical “Um Violonista no Telhado’’. Ele respeitou esse momento e me escalou para um dos papéis mais loucos da minha carreira, o Pereirinha. O público ainda não tinha me visto daquela forma na tevê. Foi muito revigorante fazer aquele anti-galã. O que agregou à sua carreira? Elemento surpresa, que é algo que falta um pouco nas coisas que fiz na tevê. Todo mundo já espera me ver como galã. Alterar essa rota é enriquecedor para o ator, como também para o olhar do telespectador. O Cláudio representa uma maravilhosa reversão de expectativas. Se ele tivesse surgido há uns 10 anos, talvez tivesse tido mais personagens diferentes ao longo da década. A cada capítulo que chega, me sinto mais curioso

“Laços de Família’’ (Globo, 2000) – Pedro.


em como o Aguinaldo vai desenvolver a história desse homem. Ao contrário de outros personagens gays criados pelo autor, Cláudio foge dos exageros e caricaturas. Isso facilita ou dificulta seu trabalho? Acho que deixa tudo ainda mais complexo. Quando o personagem vai para a composição, existe a ajuda maravilhosa de um figurino, trejeitos, voz e caracterização. No caso do Cláudio, sou eu, as referências e a minha atuação. É um personagem rico, interessante, com uma abordagem mais sutil da homossexualidade, sem caricatura, sem farsa e muito reconhecível. O público poderá se identificar muito com ele. A novela ainda está no início, mas já é possível sentir a recepção do público ao Cláudio? Tudo é muito novo ainda. Nem eu acho que já consegui o tom certo para ele, mas acredito que a televisão está deixando todo o seu tradicionalismo de lado para refletir o que está nas ruas. São histórias que precisam e merecem ser contadas com verdade e o respeito que qualquer outro tipo de personagem exige. Ser gay hoje é bem diferente do que ser gay há 40 anos. A gente percebe, vive, testemunha isso. Hoje, as preferências sexuais e a diversidade são muito mais aceitas. Eu espero aceitação total do público. O texto do Aguinaldo reflete todo esse momento com habilidade e delicadeza. Nós, atores, tentamos realizar de maneira delicada e natural também. A questão do beijo gay, tão incensada por tramas recentes como “Amor à Vida’’ e ‘’Em Família”, é discutida nos bastidores de “Império’’? Sim, mas com uma grande evolução. Como assim? Não queremos criar um espetáculo em torno do que deveria ser visto como cotidiano e simples. O beijo é a representação do amor, da afeição. O beijo gay ser guardado para o capítulo 200 é hipocrisia. Essa festa que se arma em torno de finais de novelas, aguardando o excepcional, já deu. É uma bobagem. Acho que é uma questão de as pessoas começarem a assimilar um pouco melhor a expressão de afeto homossexual. Eu não vejo nenhum problema nisso e adoro meus parceiros de cena, seja a esposa do

“Senhora do Destino’’ (Globo, 2004) – Dirceu.

Cláudio, que é interpretada pela Suzy Rêgo, ou o amante dele, feito pelo Klebber Toledo. Estamos muito seguros em relação a qualquer tipo de sequência. Embora tenha trabalhado em diversos núcleos dentro da Globo, Manoel Carlos e Aguinaldo Silva são os autores mais presentes em sua trajetória. O que o atrai no texto dos dois? Eu gosto muito de como o Manoel enxerga e retrata os momentos simples da vida. Ao mesmo tempo que gosto das ousadias estilísticas do Aguinaldo. São autores complementares para a minha carreira. Cada um alimenta a minha atuação ao seu jeito. Meu primeiro trabalho com Aguinaldo foi “Bandidos da Falange’’, uma série com ar jornalístico e cheia de ação. Depois, fui com ele para o Nordeste, em “Tieta”. Após isso, nos reencontramos quando ele já estava mais urbano, em “Senhora do Destino”. A gente está sempre perto um do outro. E, de alguma forma, ele sempre tenta me instigar como ator. Seja pelo lado do personagem ou pela repercussão. Como assim? O ator quer ser visto, quer ver seu trabalho reconhecido. Todos temos essa vaidade. E basta analisar meus trabalhos com Aguinaldo para entender que ele sabe o que o ator quer ou precisa. Todos foram novelas das oito, que agora são das nove, e foi só sucesso de audiência. Mesmo nos trabalhos controversos dele, sempre tive personagens fortes e, por vezes, excêntricos. Algum personagem assinado pelo Aguinaldo o marcou de forma mais intensa? Fica difícil eleger um, mas do ponto de vista comercial, de popularidade, o Osnar, de “Tieta’’ (1989), foi ímpar. A novela foi um estouro como um todo e pelo destaque que meu personagem tinha na trama, acabou colocando meu nome na boca do povo. Do ponto de vista artístico, me divido entre o Teobaldo, de “A Indomada’’, que era um tipo bem complexo, e o Pereirinha de “Fina Estampa’’, que renovou minha imagem e minha atuação perante o público. “Império” – Globo – De segunda a sábado, às 21h.

“Fina Estampa’’ (Globo, 2011) – Pereirinha.

“Saramandaia’’ (Globo, 2013) – Zico. 127


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