Escola Católica, Lideranca e Ethos

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integrando-a numa alargada cultura de escola, com uma especificidade organizacional muito própria e com um clima e liderança muito específicos. E à pergunta se faz sentido a escola católica, o autor responde: “Faz sentido em vários sentidos”, porque a escola católica tem um lugar próprio e uma missão específica na Igreja e na sociedade e oferece um percurso com sentido aos milhares de alunos que a escolhem. Permito-me sublinhar, pela importância de que se revestem, os sete princípios que o autor transforma em objetivos onde se estrutura e caracteriza a escola católica: um projeto educativo próprio; uma educação integral e transversal; uma educação aberta a todos; um ambiente educativo cristão; um compromisso assumido com a doutrina social da Igreja e a sua implementação no terreno; uma liderança pastoral consistente; um significativo número de professores católicos a trabalhar na escola. A ninguém surpreende que o autor nos diga que o futuro da escola católica como de todas as escolas dependerá sempre muito de quem as dirige. O valor dado à liderança é essencial em tudo mas muito afirmadamente na vida e na ação das escolas. Mas ninguém ignora, também, que os professores são a “chave” que abre a porta da identidade da escola, o rosto que espelha a sua identidade, a autoridade moral que dá coerência ao testemunho cristão e a alavanca que ergue a qualidade do ensino. À reflexão aprofundada, o autor junta um estudo de caso que incidiu sobre duas escolas católicas de dimensão diferenciada, da área do Porto, donde ressaltam pontos fortes de um belo exercício pedagógico e de um consciente testemunho cristão e onde emergem também algumas preocupações. 15


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