Jornal Sem Fronteiras – Fevereiro-Março/15 - Caderno Especial "Artes Plásticas & Eventos"

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Sala Cecília Meireles é inaugurada em noite de fascinação para 600 convidados

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econhecida internacionalmente como um dos principais espaços para a música de concerto do país, a Sala Cecília Meireles, no Largo da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, foi oficialmente reaberta no dia 11 de dezembro, com um concerto para 600 convidados. Após quatro anos e meio fechada para obras de reforma que custaram R$ 47,5 milhões, a Sala foi reinaugurada oficialmente com um concerto para voz e piano de canções, com poesia de Cecília Meireles, interpretadas por Luísa Francesconi (mezzo-soprano), Homero Velho (barítono) e Priscila Bonfim (piano), sob a direção cênica de André Heller-Lopes. O Jornal Sem Fronteiras esteve presente como mídia credenciada e pôde acompanhar, oficialmente, de perto, esse momento histórico para a nossa cultura. Dentre as centenas de convidados presentes, estavam os patrocinadores da obra, o Governador Luiz Fernando Pezão e o Prefeito Eduardo Paes. Eles puderam conhecer de perto o resultado da obra que transformou o espaço em um dos mais modernos palcos de música do país, garantiu maior conforto, aprimorou ainda mais sua acústica e acessibilidade à Sala. A Sala, agora, conta com rampas e elevadores, tanto no prédio principal quanto no prédio anexo, e a mudança dos banheiros do subsolo para o nível térreo, mezanino e plateia superior, adequaram o equipamento às normas vigentes de acessibilidade. Entre as novidades, o público poderá conferir o Café da Sala no primeiro andar e, na parte arquitetônica, a abertura dos grandes vãos interiores, dando uma amplitude para o pé direito do primeiro ao quarto pavimento. Este espaço cultural conta agora com 680 assentos. A grande janela de vidro colocada na fachada promove um diálogo interessante com a rua, permitindo que o público veja o interior do espaço e se sinta convidado a frequentá-lo. Entre as obras de arte, o artista Marcos Chaves criou a instalação “Dois Irmãos” especialmente para o foyer da Sala, com fotografias montadas através de uma estrutura de metal, compondo uma paisagem. No local, foi preservado o painel modernista no fundo do palco. Um novo local também foi criado para a reabertura da casa, o Espaço Guiomar Novaes, localizado no prédio anexo. A sala será usada como auditório, camarim para orquestras, local de ensaios e até para concertos menores. O Prefeito Eduardo Paes comemorou a reabertura da casa: “Uma cidade que não cuida do seu patrimônio, da sua história, é uma cidade sem alma. Eu tenho orgulho de ser o prefeito dessa cidade nos 450 anos de seu aniversário, e tenho orgulho de, ao lado do governador Sérgio Cabral e do governador Pezão, poder devolver a essa cidade a perspectiva de olhar pra frente e comemorar momentos como esse de hoje. A Sala Cecília Meireles é muito importante para o Rio, para a nossa cultura.” A Ex-Secretária de Estado de Cultura aproveitou a ocasião para se despedir. Emocionada, Adriana Rattes falou sobre sua gestão: “Para quem não sabe, não sou mais a Secretária de Cultura, mas fui, com muita honra e muito prazer pelos últimos sete anos e meio. Quero agradecer a todos que estiveram ao meu lado nessa caminhada (...). Por fim, tenho muita honra de agradecer ao governador Sérgio Cabral e ao governador Luiz Fernando Pezão. Foi com muito, muito orgulho que fiz parte dessa equipe. Muito, muito obrigada pela confiança. Vou sentir saudades”. A atual Secretária Estadual de Cultura, Eva Doris Rosental esteve presente ao lado de sua antecessora e participou de toda a cerimônia, entregando as homenagens (veja matéria sobre sua posse na página 2). Os antigos diretores da Sala foram homenageados e o atual Diretor, João Guilherme Ripper, recebeu uma calorosa salva de palmas quando subiu ao palco e citou “Essa reforma certamente vai ajudar a revitalizar a Lapa, impulsionar o cenário musical do Rio de Janeiro e convidar cada vez mais as pessoas a entrar e conhecer a Sala.” Ripper é compositor, regente de orquestra e professor. Prestes a completar 50 anos, a Sala Cecília Meireles segue sob direção de João Guilherme Ripper há dez anos. Uma das salas de concertos mais tradicionais do país, a casa foi inaugurada em dezembro de 1965 e foi batizada com o nome da poetisa Cecília Meireles, então recém-falecida. Na ocasião, os poemas de Cecília foram declamados por sua filha, a atriz Maria Fernanda, e a Orquestra do Theatro Municipal executou as Bachianas Brasileiras nº 5, de Heitor Villa-Lobos. O edifício foi erguido em fins do século XIX, tendo funcionado originalmente como um hotel, com o nome de Grande Hotel da Lapa. Já hospedou importantes fazendeiros e políticos da República Velha. Em 1948, foi reformado, transformando-se em um cinema, com o nome de Cine Colonial. Duas décadas mais tarde, visando à criação de um espaço para a música erudita, em particular a música de câmara, o antigo cinema deu lugar à Sala Cecília Meireles, que recebeu, desde então, grandes pianistas, solistas, e artistas em geral, do Brasil e do mundo, para se apresentarem no local. A agenda de concertos para 2015 já está praticamente fechada e contempla todas as vertentes musicais que sempre encontraram espaço na sala – da música medieval à contemporânea, passando pela música de câmara, pelo jazz e pela instrumental popular brasileira. Todos estão convidados! Serviço: Sala Cecília Meireles Largo da Lapa, 47 - Lapa. Entrada gratuita ou até R$40 (inteira), dependendo do espetáculo. Os ingressos serão vendidos pela Ingresso.com e na bilheteria da Sala, de segunda a sexta de 12h às 18h. Mais informações: www.salaceciliameireles.com.br

Tirinha de Humor: Ano Velho – Por João Monteiro (http://caricaturasjoaomonteiro.blogspot.com.br/)

Por Dyandreia Portugal com Colaboração de J. L. Duarte Duarte / Tel.: (21) 99511-6964


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