Revista Julho

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Especial

Uma edição para ficar marc

Mais que um festejo popular de anos de tradição, a Festa da Santíssima Trindade é, antes de tudo, uma celebração a Deus. Para realizar esta solene comemoração, é necessária a união fraterna dos cristãos e doação geral da comunidade. Este ano, de 10 a 19 de junho, ocorreu a 154ª edição desta festividade. A Paróquia e Paroquianos ajudam na preparação da festa o bairro da Trindade ficaram lotados com a multidão que veio prestigiar estes 10 dias de evento. Não faltou organização e programação para os diferentes públicos da região. As Missas, as atividades e as barraquinhas contagiaram mais de 100 mil pessoas. Até nas celebrações durante a semana, a Paróquia ficou lotada. Para Alessandra Brandão Nascimento, moradora da Trindade, que levou seu filho de 2 anos e meio à festa, resgatar a essência da solenidade é fundamental. “Eu acho que é por ai mesmo, pois aproxima a faFé e felicidade andaram juntas o tempo todo mília e se torna mais tranquilo. Eu lembro que quando eu era pequena a festa era assim e tenho boas lembranças daquela época”, afirma. Esta 154ª edição equilibrou momentos de espiritualidade e de confraternização. A animação esteve presente dentro e fora da igreja. Músicas embalaram as missas e a rua em frente da Paróquia. Sons - como jazz, MPB e forró - fizeram o público dançar e se descontrair o dia todo. Quem prestigiou a festa, pôde conferir o grande número de famílias no local. Vovôs, A união da comunidade pôde ser sentida vovós, pais, mães, filhos e demais parentes desde a primeira celebração curtiram juntos até o fim. Segundo o casal, Luiz Gonzaga de Souza e Ana Maria de Souza Fonseca, que já foram festeiros em 1991, partilhar momentos como esse com os familiares é essencial. Eles contam que este evento houve transformações ao longo dos anos e que hoje está muito melhor. “De uns tempos para cá a Festa da Trindade mudou bastante. Foi feito um departamento cultural que ajudou a organizar e a padronizar a programação”, acrescenta Ana Maria. Emoção e devoção marcam todos os dias do Até pessoas mais antigas da Paróquia notafestejo ram a diferença do festejo, como é o caso de Fraternos Paróquia Santíssima Trindade

Nésia Souza da Silva. “Há 40 anos frequento esta festa. No começo, era uma reunião familiar. Depois, começou a ser uma festa violenta e insegura. Mas agora voltou às origens, graças aos freis”, enfatiza. Ela diz ainda que “antigamente a mentalidade do evento era só lucro e hoje a maior riqueza é a evangelização”. Para a paroquiana, o sentido da festividade está voltando. “E este é o real significado desta festa religiosa”, finaliza. No entanto, a fama de Festa da Laranja ainda é forte na Grande Florianópolis. E mudar esse conceito leva-se tempo, mas o primordial está sendo feito: divulgação e promoção do Padroeiro antes, durante e após evento. Barbara Kons, que desde a década de 60 não perde um ano do festejo, diz que “este ano, principalmente, é a Festa da Santíssima Trindade e da família, pois antes era da cocada, da laranja e da bagunça”. Ela elogiou este resgate histórico, pois, mais que fruta, o maior valor da solenidade é festejar com os irmãos em honra ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.


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