Dolce Morumbi 61

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Carta ao leitor

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Pai Herói erto dia, quando eu ainda era adolescente, tive o meu primeiro embate filosófico com o meu pai. Embate filosófico é mera força de expressão, porque na verdade discordamos em uma questão, e, em menos de 15 segundos, ele desempatou o jogo com a mais clássica das tacadas: “Não tem conversa, é assim e pronto!”. A princípio, tudo muito normal e igualzinho ao que acontece em qualquer casa. Mas, para mim, começava ali um longo período, de muitos anos, em que eu simplesmente discordava de praticamente tudo o que ele fizesse ou dissesse. Cursei a faculdade, montei empresa, tive um carro roubado, desfiz a empresa e montei outra, tive outro carro roubado, casei, tive filho, descasei, montei outra empresa, e todas essas questões tão particulares eram muito mais intensas, para mim, pelo cenário de desavença que havia entre mim e meu pai. Eu era capaz de jurar, durante todos esses anos, que seria assim pelo resto da vida, que eu nunca me entenderia com ele, e que não me fazia falta nenhuma a opinião dele pra nada. Ali pelos meus 33 anos, na famosa ‘idade de Cristo’, ouvi ao acaso, no rádio, uma música que abalou as minhas convicções. Ao ouvir a letra, percebi o quanto eu não enxergava o meu pai na minha vida. Sem explicação nem aviso, caí num choro inconsolável. Buscava identificar que sentimento era aquele que eu deveria ter pelo meu pai, mas eu não conseguia sentir nada além de intolerância, e chorava, chorava... Achei que era uma questão mais hormonal do que prática, e, passados uns dias, fui procurar essa mesma música para ouvi-la de novo e ver o que acontecia. Outro choro inexplicável. Eu tinha que encontrar uma explicação pra isso. Acho que todo mundo tem um gatilho que, em algum momento da vida, é acionado e te empurra para algum tipo de prática – terapia, meditação, oração, leitura – que leva ao autoconhecimento. Por mais doído que seja, esse é o único caminho que nos torna melhores, mais humanos, mais tolerantes, mais humildes, mais sábios, e certamente mais felizes. O meu gatilho foi esse. O meu pai. Na busca de entender aquele choro tive a oportunidade de perceber onde eu vinha errando, não só com ele mas em tantos outros campos da vida. Como todo mundo, continuo errando e tentando melhorar, mas foi ele quem, indiretamente, me fez enxergar que a resposta para a imensa maioria das questões não está em delegar a culpa de toda e qualquer amolação para alguém, mas em encontrar boas soluções em nós mesmos. Grande lição... Pais, não desistam dos seus filhos, de tentar ensinar-lhes do melhor jeito que vocês souberem. Um dia a ficha cai, mesmo que demore muitos anos... Um excelente Dia pra vocês.

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Denise Gonçalves denise@dolcemorumbi.com

sumário

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ano 9 • edição 61 • agosto 2009

o empresário antonio Cunha

Eles são solteir bem-sucedid os, bonitos e e esperam poder comemos orar, um dia, quem sabe, o Dia dos Pais

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edição 61 agosto

2009

CAPA 06 O que eles querem? Especiais 16 Roteiro Decoração 46 educação 60 dermocosméticos Seções 24 Achados Novos Homens 28 Bem-casado 36 em foco

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