Revista Divercidades Dia dos Pais 2014

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“Chefs” de família

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ÍNDICE Palavra do Editor ............................ 06 Entrelinhas Literárias .................... 10 Pessoas & Negócios Anderson Siqueira .................................. 12 Madeireira Oligran .................................. 14 Especiarias e Naturais ............................. 16 Mercado Brasil ........................................ 18 Método Busquet ..................................... 20 Top Dental .............................................. 22 Fisk Idiomas ............................................ 24 Âmbar na Disney ................................... 26 Diagnóstico Laboratório ........................ 28

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Painel do Ilhote Sul

Construtores de Macaé

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Iate Clube de Macaé

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Aeromodelismo

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Snokers Bars

Aniversário de Macaé e Dia dos Pais Painel do Ilhote Sul ................................ 30 “Chefs” de família .................................. 36 Iate Clube (Capa) ...................................... 44 Construtores de Macaé ....................... 52 Snokers bars ......................................... 60 Benefícios da sauna ............................. 64 Aeromodelismo ..................................... 68 Perfil Fernando Passeado ................................ 74 Pessoas AMAC .................................................... 78 Leitora em Foco Marialva Gentil ..................................... 82

Expediente: A Revista DIVERCIDADES é uma publicação da Formato Publicidade com tiragem de 7.000 exemplares, distribuição gratuita e dirigida aos consultórios médicos, aos salões de beleza, às clínicas de estética e aos restaurantes de Macaé.

Publicidade e anúncios: Gianini Coelho Tel: (22) 2762-3201 - (22) 99985-5645 www.divercidades.com email: revista@divercidades.com facebook.com/grupodivercidades Rua Professora Marcília Picanço, 559 - Mirante da Lagoa Obs: Os artigos assinados publicados na revisMacaé - CEP: 27.925-200 - Tel/fax: (22) 2762-3201 ta são de responsabilidade dos seus autores. Direção geral e diagramação: Gianini Coelho Erramos Jornalista responsável: Leila Pinho Na matéria “Avós participativas”, onde foi Registro profissional: MTB/MG 14.017 JP publicado tataravó deveria ser trisavó — aquela que é mãe da bisavó. Pedimos desColaboradores: culpas pelo equívoco e agradecemos à leiAlice Cordeiro, Fernanda Pinheiro e Luciene Rangel tora Janiane Salgado C. S. Rozendo que nos Fotografia: Gianini Coelho Foto da capa: Gianini Coelho informou sobre o erro. •3


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PALAVRA DO EDITOR trajetória e como estamos conduzindo nossas vidas, e nossos projetos pessoais e profissionais, para procurar melhorar, prosperar e evoluir, sempre. Esta reflexão sobre o futuro do futebol brasileiro coincidiu com o processo natural de maturação da revista, que está prestes a completar 10 anos de vida. Hoje, o mundo é muito dinâmico, principalmente em Macaé, que vive 24 horas ligada no ritmo da extração do petróleo, exigindo de nós dedicação, percepção das informações e principalmente planejamento, para estarmos sempre à frente no mercado e assim conquistar o tão almejado sucesso.

A atual diretoria do Iate Clube. Da esquerda para a direita: Carlos Alberto, Diógenes “Pirroni”, Leonardo Pinheiro, Dilmar, Marcelo Brasileiro e Rosalvo Jr.

EVOLUIR É PRECISO E SE REINVENTAR É UMA ARTE Infelizmente, a conquista da Copa não aconteceu como todos nós desejávamos e, para piorar, perdemos de forma humilhante. Isso levou todo mundo a questionar sobre o futuro da nossa Seleção e do nosso futebol. Será possível se reerguer e recuperar o prestígio de pentacampeão? Mas vocês devem estar se perguntando, o que isso tem a ver com a revista e com esta edição? Bem, acho que a vida é assim. Tudo o que acontece de bom ou de ruim, nos leva à reflexão sobre nossa

Neste cenário, a revista tem conquistado um importante espaço junto aos seus leitores, sempre ansiosos pela próxima edição, curiosos para saber os assuntos abordados, as pessoas entrevistadas e, principalmente, quem estará na capa. Nosso compromisso é produzir um conteúdo de qualidade e que seja relevante para melhorar a vida dos nossos leitores. Para isso, a DiverCidades tem que acompanhar o ritmo da cidade, ser mais dinâmica e refletir tudo o que acontece em Macaé, como um espelho desta sociedade tão peculiar com faces, origens e interesses diversos, mas com uma coisa em comum, que tem tudo a ver com a proposta da revista, o amor por esta terra e as pessoas que fazem com que ela aconteça a cada dia. Toda mudança que tem como objetivo o sucesso, precisa ser gradativa e ponderada, percebendo as nuances deste processo. Por isso, já nesta edição, implantamos algumas melhorias no nosso projeto gráfico para moder-

nizar a estética da revista. Para a capa, abrimos o foco. Aproveitando o aniversário da cidade, em vez de uma pessoa, apresentamos uma instituição. Um clube com 60 anos de história, que conseguiu se reinventar e acaba de passar por um processo de revitalização, transformando sua decadência iminente em um sucesso emergente. O Iate Clube de Macaé estampa nossa capa de um ângulo que quase ninguém vê. Uma foto que mostra suas novas instalações, com seus ancoradouros, garagens e infraestrutura que levaram o clube a ser integrado à Carta Náutica Brasileira, servindo como referência para navegadores do mundo inteiro. Isso é resultado de um trabalho árduo da sua diretoria, formada por jovens macaenses na sua maioria. Pessoas apaixonadas por Macaé, que tiveram a coragem de fazer a diferença para os amantes da navegação da cidade. Já para as próximas edições, implementaremos mais mudanças, principalmente na abordagem da nossa pauta que, além de apresentar temas relacionados às datas comemorativas do comércio, como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Fim de Ano, abordará assuntos relacionados ao cotidiano da cidade, atendendo aos anseios dos nossos leitores com mais dinamismo e cumplicidade, sendo um reflexo de tudo que acontece e que tenha relevância para a vida das pessoas que vivem, trabalham e criam suas famílias na nossa querida Macaé. Aguardem as novidades, – espero que gostem! Boa leitura! Gianini Coelho Editor-chefe

ESPAÇO DO LEITOR

Meus parabéns pelo lindo trabalho na edição de abril/2014. Qualidade na impressão, na diagramação e na editoria. O trabalho de vocês é de grande excelência! Em especial, parabenizo pela matéria dos “colunistas sociais”, colegas especiais e de grande importância para os veículos que trabalham. Gostei muito da citação dos grandes e pioneiros, Sérgio Quinteiro, Ely Peron, Alba Valéria e Paulo Só. Tive a oportunidade e felicidade de trabalhar com todos eles e devo dizer que senti falta da inesquecível Poeta e Colunista Social Sandra Terra. Com carinho e admiração.” - Lena Fernandes

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A edição está maravilhosa. Adorei a matéria sobre ‘Mães Maduras’... bem sugestiva!!!” - Carla Sant’ana

A cada nova edição, a revista DIVERCIDADES fica maravilhosa não só com os temas abordados, assim como, ficar por dentro dos novos empreendedores que acreditam e investem na cidade de Macaé. Essa edição com tema do Dia das Mães ficou esplêndida. Parabéns a todos!” - Leila Campos

Envie seu comentário para: jornalismo@divercidades ou facebook.com/grupodivercidades 6•

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ENTRELINHAS LITERÁRIAS

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pesar da velocidade cotidiana dos tempos modernos, ainda existem pessoas que têm o prazer e a necessidade de transpor para o papel ou para a tela do computador pensamentos, emoções e experiências de vida que podem se tornar crônicas, poesias, contos e textos variados. A Revista DiverCidades, tão habituada a compartilhar as vivências dos outros, abre esse espaço para que você, escritor, mostre para toda a cidade seu talento. Se você tem algum trabalho literário ou pensamento que gostaria de ver publicado, envie um e-mail para revista@divercidades. com com conteúdo, uma foto sua e seus contatos. O tema é livre. Para que os textos tenham chance de serem publicados, é preciso que tenham entre 4.000 e 5.000 caracteres, equivalentes a 5 e 7 parágrafos de tamanho médio. O seu texto pode ser publicado na próxima edição da DiverCidades. A primeira contribuição para esta seção veio do leitor Jorge Sanan, que escreveu uma linda mensagem para consolar o amigo que acabara de perder uma de suas duas filhas, Carolina. Este texto aborda um assunto coerente com a edição de Dia dos Pais e pode ser boa fonte de reflexão sobre o sentimento de perda.

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JORGECAROLINA

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aminhei por um caminho e não estava sozinho, eu sei. E nessa busca para diminuir meu sofrimento, andei, andei muito para suportar o que ainda não aceitei. Não entendi o rumo sem nexo, parte se foi, mas deixou reflexo no espelho meu. Não sou ateu, mas quero entender parte da minha crença que se perdeu. É dessa perda que o destino me impôs, que me furtou sem me avisar, que busco sem pensar, por que eu? Por que nós? O caminho ainda não me fez parar. Hoje, sei que falta uma parte de mim, seja de espírito, alma o que for, mas falta por dentro um pedaço do meu amor. Hoje, eu sei que não posso chorar claramente, não deixar de olhar em frente, porque outro alguém cresce sob a minha criação. Hoje, eu sei que ser forte é uma imposição. Assim, continuo meu caminho dia a dia sem descansar e, ao cair a noite, simplesmente sonhar e nesse abstrato sentido criar meu mundo onde ninguém pode me tirar nada que é meu. Não há ilusão sem compromisso, apenas parte de tudo isso que pode me aliviar desse sofrimento profundo que não quero mais me lembrar.

Jorge Sanan é advogado, casado com Adriana e tem dois filhos: Mariana e João

Mas esquecer jamais, porque dentro de mim, onde só eu sei, dói, dói intensamente e no choro calado, no canto do meu quarto, sofro por ela, minha criação mais bela que se foi. Mas sei que algum dia ou em algum momento, Deus vai ter consideração por mim, e no pouco instante perfeito, me devolver o que me levou sem me pedir. Nesse momento, terei concluído meu caminho e terei a certeza de que não estava sozinho... por onde andei. Jorge Sanan / 20.03.2009

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PESSOAS & NEGÓCIOS

ANDERSON SIQUEIRA

CRO/RJ: 30183

Devido a traumas durante a infância, muitos pacientes possuem medo de dentista

O cirurgião-dentista Anderson Siqueira orienta seus pacientes a fazerem um check-up a cada seis meses

Medo de dentista? Motivo para procurar um bom profissional!

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Por: Marianna Faria Fotos: Divulgação

ocê tem medo de dentista e já sente um arrepio só de lembrar-se do barulhinho? Segundo o cirurgião-dentista Anderson Siqueira, existem vários tipos de sedação e anestesia para aliviar a sua tensão. “Um recurso utilizado há bastante tempo pelos dentistas americanos e, infelizmente ainda pouco usada no Brasil, é a sedação por óxido nitroso. Esta sedação se dá por meio de uma máscara nasal na qual o óxido nitroso é misturado ao oxigênio numa concentração de 40% a 60%”, diz o especialista. Ele ressalta que este procedimento não substitui a anestesia, mas descontrai e relaxa o paciente para que o tratamento possa ser realizado. A recomendação vale, principalmente, para crianças, pacientes com necessidades especiais ou aqueles com medo de dentista. Superado o medo, procure por um bom profissional. A American Dental Association (ADA) recomenda que, para uma boca saudável, os pacientes realizem check-ups a cada seis meses. O cirurgião-dentista Anderson Siqueira defende que “uma boca saudável reflete na saúde de todo o corpo. Uma má mastigação ou mordida errada podem ocasionar dores de cabeça e até problemas cardíacos”. Além disso, sabemos que um belo sorriso reconquista a autoestima de qualquer um. O cirurgião-dentista aconselha que os pacientes observem a biossegurança dos consultórios e clínicas que frequentam. A

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A sedação com óxido nitroso não substitui a anestesia, mas descontrai e relaxa os pacientes, principalmente as crianças

biossegurança consiste no conjunto de procedimentos voltados para a prevenção, proteção e minimização de riscos inerentes às atividades envolvidas visando a saúde, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados esperados. Ajuda, ainda, a evitar a proliferação de micro-organismos. “Nas clínicas em que atuo, nos preocupamos muito com a biossegurança. Por isso, contamos com uma área de esterilização de nível hospitalar com expurgo e sala de esterilização equipada com autoclave computadorizada, o que garante qualidade e prevenção aos meus pacientes e à minha equipe”, comenta. ALGUMAS DICAS: • Previna-se! Por isso, visite regularmente um dentista; • Corrija maus hábitos como: fumar, roer unhas e ranger os dentes; • Incentive seus filhos a passarem fio dental e a escovar bem os dentes. Anderson Siqueira disponibiliza todas as ferramentas para melhor atender aos clientes, além da grande preocupação com tudo o que envolve o tratamento e a saúde do paciente e dos profissionais. Macaé

Av. Atlântica, 1980 - Cavaleiros Tel: (22) 2772-0381 Rio das Ostras Rua Guanabara, 70 - Loja 3 - Extensão do Bosque Tel: (22) 2764-0417 Campos Rua 21 de Abril, 81 - Centro - Tel.: (22) 2723-4879 www.smilex.com.br

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PESSOAS & NEGÓCIOS

Localizada na Linha Vermelha, uma das principais vias da cidade, a loja possui um espaço confortável e aconchegante para receber seus clientes

MADEIREIRA OLIGRAN Empresa familiar completa 25 anos de bom atendimento e responsabilidade ambiental

Com uma grande área de estoque, e pessoal capacitado, a madeireira consegue entregar seus produtos em tempo hábil

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Odemir Barcelos

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s friburguenses Maria Tereza Fontoura de Oliveira e Edmílson Luiz de Oliveira não se esquecem como começaram. Com uma filha ainda neném, se despediram da cidade natal e, com muito esforço e trabalho, abriram a primeira Oligran em Macaé, que ficava na Praia Campista, próximo onde hoje é o trevo da Petrobras. A loja era pequena e contava apenas com dois funcionários. “Eu era auxiliar de contabilidade e tinha

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uma sociedade com meu irmão em Friburgo, onde abrimos uma loja de materiais de construção com serraria. Viemos conhecer Macaé em um Carnaval e nos apaixonamos pelo lugar. Desfiz o negócio com meu irmão e viemos para cá. Lembro-me que, naquela época, na Praia Campista não existia essa pista em frente à praia, nenhuma construção maior, somente algumas casas. Nosso carro era uma Kombi, que fazia entrega e servia como carro da família também. E já entregamos muito em carroça de burro!”, relembra Edmílson. O showroom da loja conta com esquadrias e mobiliário de madeira

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A loja possui grande mostruário de portas e madeiras com uma ótima apresentação

Este ano, a Oligran conquistou a certificação FSC®, que atesta que a empresa obtém produtos respeitando os aspectos ambientais, sociais e econômicos

Gianini Coelho

selo atesta que determinada empresa obtém produtos florestais respeitando os aspectos ambientais, sociais e econômicos da região. “Estamos, desde 2013, dentro desse processo que envolve cursos, adequação de regras, exigências e normas. Para obter a certificação florestal, somos avaliados segundo os padrões de desempenho ambiental, social e econômico estabelecidos pelo FSC® (Conselho de Manejo Florestal). Agora que estamos certificados, passaremos por auditorias anuais”, explica Tereza.

O casal Maria Tereza e Edmílson Oliveira. São 25 anos de muito trabalho e sucesso no mercado de madeiras em Macaé

De lá para cá, 25 anos se passaram. Hoje, a ex-professora e o ex-contador tornaram-se empresários de sucesso. De seus três filhos, Ana Carolina, de 26 anos, já é médica residente, casada com Filipe Curty e em breve, o casal virá morar em Macaé. O do meio, Daniel, de 23, está cursando medicina e Vitória, a mais nova, tem 15 anos. Com 45 funcionários e uma lista infindável de clientes, a madeireira Oligran recebeu recentemente a certificação FSC®, sigla de Forest Stewardship

Council, que em português significa (Conselho de Manejo Florestal). FSC® é uma instituição internacional, sem fins lucrativos, formada por representantes de entidades do mundo todo e é um dos únicos sistemas de certificação florestal apoiado por grandes entidades, como WWF e Greanpeace. É baseada em três pilares de igual importância: econômico, ambiental e social. A certificação florestal busca contribuir para o uso adequado dos recursos naturais, apresentando-se como uma alternativa à exploração predatória das florestas. O

“Como somos uma madeireira, temos que nos atualizar e cuidar da sustentabilidade do planeta. Somente desta forma conseguiremos crescer com responsabilidade. Operamos dentro das normas de armazenamento e beneficiamento, em galpão organizado para oferecer uma entrega pontual da extensa gama de produtos que oferecemos”, complementa Edmílson. “Eu acredito que, dessa forma, também contribuímos um pouco para o crescimento desta cidade, que agora é nossa de coração!”, finaliza Tereza.

Av. Fábio Franco, 1176 - Visconde de Araújo - Macaé/RJ Tel: (22) 2762-5160 / 2762-5827 E-mail: oligran@bol.com.br

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PESSOAS & NEGÓCIOS

O bom atendimento da loja foi reconhecido por meio de pesquisa realizada em Macaé. A equipe da loja: Charlene, Thamires, Adriele e Alline

A Especiarias e Naturais tem mais de 1.200 itens entre produtos dietéticos, sem lactose, sem glúten, etc Quem privilegia uma alimentação mais saudável e aprecia variedade com qualidade encontra de tudo na Especiarias e Naturais

ESPECIARIAS E NATURAIS

Ponto certo para os adeptos da alimentação natural e da qualidade de vida

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Por: Leila Pinho • Fotos: Gianini Coelho

e uma alimentação natural é o melhor remédio, não faltam opções no mercado aos adeptos de refeições e ingredientes naturais. Seguindo esta filosofia, Filipe Crespo inaugurou em Macaé, há dois anos, a Especiarias e Naturais, loja especializada em produtos que contribuem muito para a saúde e o bem-estar. A ideia de Filipe é trazer para o consumidor da cidade o acesso fácil a todo tipo de produto do ramo. “A loja tem um diferencial que muitos itens são vendidos a granel. Isso é uma grande vantagem para o cliente porque ele leva pra casa exatamente a quantidade que precisa com custo bem reduzido e um produto não industrializado”, ressalta Filipe. O loja comercializa mais de 1.200 itens e se torna ponto certo para quem gosta de alimentos naturais, integrais ou possui restrições alimentares, intolerância ou alergia à determinadas substâncias. Vários chefes de cozinha e amantes da culinária, da cidade, frequentam o estabelecimento porque acham temperos e especiarias bem específicos e difíceis de serem encontrados no mercado local. Temos uma enorme variedade de produtos sem glúten, sem lactose, diets, comida integral congelada, frutas secas, chás, temperos, especiarias, castanhas, produtos integrais, leites vegetais, itens da culinária japonesa e muito mais. Elizabeth Marques Rodrigues Neves, 58 anos, é cliente fiel da loja e preza pela alimentação saudável. “Sempre gostei de coisas naturais. Compro de tudo: pães sem glúten, semente de abóbora, farinha de uva e também produtos sem lactose. Depois de cortar o glúten e a lactose da minha alimentação, o meu colesterol abaixou, além de outros benefícios”, conta. Segundo Filipe, a linha de produtos sem glúten, sem lactose e sem açúcar

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Com a venda a granel quem mais ganha é o cliente que leva para casa exatamente a quantidade que precisa

é bem extensa. Há pães, salgados, misturas prontas para bolos e tortas, biscoitos, cookies, leites vegetais, entre outros itens. ATENDIMENTO DIFERENCIADO As atendentes da Especiarias e Naturais estão preparadas para atender bem, com cordialidade e simpatia, buscando sempre tirar as dúvidas dos clientes e ajudar no que for preciso para garantir um atendimento diferenciado que é reconhecido por quem frequenta a loja. O Impacto Pesquisas e Promoções (IPP) avaliou critérios como qualidade e serviço em vários estabelecimentos e certificou a Especiarias e Naturais em 1º lugar na sua área de atuação, em Macaé. NOVIDADES A Especiarias e Naturais está abrindo uma parceria com nutricionistas ou especialistas da área de saúde. Se você é um profissional da área, faça seu cadastro com a loja e descubra várias vantagens. Envie um e-mail para especiariasenaturais@ig.com. br com seu nome, telefone e área de atuação. Outra novidade é que em breve os clientes vão poder contar com o serviço delivery. Rua Teixeira de Gouveia, 1157 - Centro Macaé/RJ - Tel: (22) 2772-0337 www.especiariasenaturais.com.br facebook.com/especiariasenaturais Instagram: @especiarias_e_naturais

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PESSOAS & NEGÓCIOS

A fachada da loja está sempre bem decorada. Um convite para entrar e se encantar com peças para deixar a casa mais linda

MERCADO BRASIL Loja encanta e inspira com móveis de demolição e objetos de decoração que unem beleza e sustentabilidade Por: Leila Pinho Fotos: Gianini Coelho

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A proprietária Adriana Fragozo procura trazer as novidades do mercado de decoração em demolição para sua loja

o passar pelo corredor da Galeria Carapebus, no Centro de Macaé, é difícil os olhos não serem atraídos pela criatividade e beleza das peças expostas na Mercado Brasil, loja de decoração que há 12 anos enfeita e inspira a casa dos macaenses. A marca da Mercado Brasil é sustentabilidade com bom gosto e quem gosta de decoração entende bem como essas características deixam a casa super atual e com o estilo da família. Segundo a proprietária da Mercado Brasil, Adriana Esteves Fragozo, a mobília de madeira de demolição é um dos destaques. “A madeira

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O requinte e o acabamento dos móveis de demolição dão um charme especial a casa

A equipe de vendedores está sempre pronta para ajudar os clientes

de reaproveitamento é uma peça exclusiva, que tem história. Ela remete ao aconchego e tem identidade. Isso sem falar que a peça acompanha a pessoa por muito tempo devido à qualidade da madeira usada”, fala Adriana. A loja possui vasta linha de móveis de demolição como bancos, cadeiras, mesas de jantar, mesas de centro, aparadores, racks, armários, cristaleiras, pufes, painéis, entre outros. A administradora Simone Rizzo, cliente fiel da Mercado Brasil, se identifica bastante com a madeira de reaproveitamento justamente pelo aconchego que as peças proporcionam ao ambiente. “Adoro os bancos de demolição. Na varanda do meu apartamento

A loja também oferece arranjos, vasos e quadros que combinam vários estilos

Os bancos de demolição e o arranjo de orquídeas dão um toque aconchegante na varanda de Simone Rizzo

mesclei demolição com ferro e outros materiais. Faço um estilo mais básico na decoração, meio sóbrio, mas com um pouco de cor. Acho que hoje tudo é uma mistura, não existe mais aquela coisa de ser só clássico ou moderno”, fala Simone.

fazer parcerias com os arquitetos da cidade. Profissionais de arquitetura que tenham ideia de utilizar madeira de demolição podem procurar a loja para desenvolver os projetos. De acordo com Adriana, a ideia é executar o projeto tal como foi planejado pelo arquiteto e, se for preciso, até desenvolver peças exclusivas.

Quem acompanha as tendências em decoração de interiores sabe que este tipo de madeira tem utilizações diversas. Se, há alguns anos, móveis deste tipo só eram vistos em lugares como fazendas e casas de campo, a realidade hoje é outra. “Os móveis de demolição são muito versáteis e podem compor qualquer tipo de casa. Dá para usar na cozinha, no banheiro, na sala de estar, na área de lazer e em qualquer outro cômodo. Podendo as peças variar de modelos mais rústicos às mais modernas e coloridas”, afirma Adriana. A Mercado Brasil também comercializa diversos itens de decoração e utilidades para o lar, tais como quadros, tapetes, vasos, lustres, almofadas com estampas e cores diversificadas, arranjos, etc. A loja está sempre bem decorada para inspirar os clientes. “A ideia é fazer com que as pessoas tenham vontade de arrumar suas casas. Mostramos que, com criatividade, dá para fazer combinações de peças bem diferentes e deixar a casa linda”, conta a empresária. PARCERIA COM ARQUITETOS A Mercado Brasil está aberta para

NOVIDADES EM DEMOLIÇÃO Duas novidades prometem surpreender quem gosta de móveis de madeira. A Mercado Brasil está com uma nova linha de móveis de demolição mais leves que são ideais para quem mora em apartamento ou espaços mais compactos. Também está vendendo os móveis da marca Butzke que trabalha conceitos como o ecodesign e adota tendências em decoração com acabamentos especiais e exclusivos. Há lindos modelos para a área externa como as espreguiçadeiras. A loja comercializa itens para todos os bolsos e possui forma facilitada de pagamento. Confira os produtos da Mercado Brasil e veja como sua casa pode ficar mais bonita.

Galeria Carapebus Av Rui Barbosa, 688 - Jardim - Centro - Macaé/RJ Tel: (22) 2793-0932 e-mail: vendas@mercadobrasil.com facebook.com/mercadobrasilmacae

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PESSOAS & NEGÓCIOS

Atendimento diferenciado por uma equipe bem treinada para receber bem os clientes

As manobras manuais atuam liberando a tensão que causa as dores

MÉTODO BUSQUET

A fisioterapeuta Gilsara Kalil explica que o Método Busquet vê o corpo humano como um todo

Tratamento fisioterapêutico para liberar tensões, eliminar dores e deixar o corpo em equilíbrio

Por: Leila Pinho Fotos: Gianini Coelho

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udo no corpo humano está interligado e estabelece conexões. Com base nisso, um método de fisioterapia chamado de Método Busquet está mostrando como é possível tratar problemas comuns da nossa saúde. No Instituto de Saúde do Corpo (ISC), a fisioterapeuta Gilsara Kalil, que também é sócia da clínica, aplica a técnica em seus pacientes e explica como funciona. “O Método Busquet é um tratamento global que entende o corpo como um todo. O principal objetivo é liberar tensões, eliminar as dores e melhorar a postura, além de deixar o corpo em harmonia e equilíbrio”, diz Gilsara. A técnica fisioterápica trata disfunções e não doenças. Podem se beneficiar do método pessoas com dores nas costas, prisão de ventre, incontinência urinária, problemas posturais, dor do crescimento, etc. Quanto à idade, bebês a partir de 3 semanas até idosos podem se tratar. Para os pequenos, há recomendações em casos de cólica, refluxo, choros inexplicáveis e problemas de sucção.

Antes do tratamento começar, Gilsara faz uma entrevista minunciosa para conhecer mais sobre a história da saúde do paciente. Ela também realiza um exame físico no corpo do paciente para identificar as tensões, incluindo a parte visceral e craniana. Depois disso, todo o trabalho é feito por sessões, sempre com a execução de manobras que relaxam e reprogramam o bom funcionamento do organismo. 20 •

A médica homeopata Maria Cristina Medaglia encontrou no Método Busquet a solução para uma persistente dor de cabeça. Ela já tinha tentado outros tratamentos e nada resolvia a dor. “No começo, uma sessão ou outra traz um certo desconforto. Mas, já na terceira, me dei conta de que a dor de cabeça tinha passado. O efeito foi rápido e também senti melhora na questão postural”, diz Maria Cristina. Para a professora de balé Farid Hipólito de Matos Rocha, 36 anos, o Método Busquet proporcionou mais qualidade de vida. Ela sentia uma dor que ia da virilha até o pé e, durante as aulas, tinha dificuldades de realizar certos movimentos. “Contei para Gilsara minha história e ela avaliou que a dor na virilha tinha origem nas crises renais que eu tive. Fiquei encantada com o tratamento. A cada sessão sentia meu corpo mais alinhado, liberado e livre das dores. Hoje, meu cambré (passo de balé) vai lá trás e não sinto dor nenhuma”, conta Farid. A professora de balé gostou tanto dos resultados que até levou a filha Victória Rocha, de 9 anos, para se tratar. Victória se queixava muito, de dores nas costas e pernas, sempre que brincava na cama elástica. O ISC existe há 11 anos e também oferece atendimento em psicologia e outros tratamentos fisioterapêuticos. A clínica atende à pessoas, de forma particular, e também à empresas.

A médica Maria Cristina Medaglia encontrou no Método Busquet a solução para uma insistente dor de cabeça

Farid Hipólito gostou tanto dos efeitos do método que levou a filha Victória e a família toda para se tratar

Rua Alfredo Backer, 630, Centro - Macaé/RJ Tel. (22) 2772-4887 e-mail: iscorpo@uol.combr www.iscorpo.com.br

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TOP DENTAL As dentistas Márcia Coutinho e Ana Paula Viana, que uniram suas especialidades, experiências e afinidades para montar a clínica Top Dental, oferecendo uma vasta gama de serviços odontológicos

Clínica nasce com o objetivo de oferecer serviços diferenciados como a ortodontia autoligável, que possui muitos benefícios em relação ao tratamento convencional Por: Leila Pinho Fotos: Gianini Coelho

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a identificação profissional entre as dentistas Ana Paula Viana e Márcia Coutinho surgiu a Top Dental, em maio deste ano. Antes disso, Ana, que é odontopediatra e ortopedista funcional dos maxilares, e Márcia, ortodontista e especialista em odontologia do trabalho, atuavam em seus consultórios particulares. Elas decidiram se unir para oferecer aos clientes amplo rol de serviços odontológicos e a ortodontia autoligável, tratamento moderno e vantajoso para quem precisa usar aparelho. A Top Dental tem um espaço aconchegante, climatizado e muito confortável. São três salas de 22 •

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A Top Dental possui instalações confortáveis e adequadas para atender o público adulto e infantil

A ortodontia autoligável facilita a vida dos pacientes, como no caso de Yan, que com apenas 7 meses de tratamento, já apresenta melhoras consideráveis sem extrair nenhum dente

O jovem Yan com as dentistas Márcia Coutinho e Ana Paula Viana, resultado rápido

atendimento, sendo uma especial para crianças, uma para ortodontia e outra para tratamentos diversos. A equipe de dentistas conta com seis profissionais qualificados e o atendimento prioriza a humanização e a satisfação do cliente. A clínica disponibiliza vários serviços como tratamento de canal, cirurgia oral de pequeno porte — como extração de dentes, por exemplo —, sedação consciente com óxido nitroso — forma indolor de sedação —, limpeza, restauração, implante dentário, tratamento com aparelhos móveis, estética dental, odontopediatria, ortodontia, ortopedia dos maxilares, entre outros. São atendidos os pacientes particulares e dos convênios Bradesco, Amil e Petrobras. ORTODONTIA AUTOLIGÁVEL Um dos diferenciais da Top Dental é a ortodontia autoligável, tratamento moderno e vantajoso para quem precisa usar aparelho. O aparelho autoligado é formado por braquetes e fios de alta tecnologia, desenvolvida pela NASA. Além de mais rápido, o tratamento gera uma melhoria na estética facial do paciente e apresenta resultados biologicamente mais seguros que não causam danos aos dentes e seus suportes. “No sistema de braquetes autoligados, os diagnósticos e planos de

tratamento são direcionados pela face. Isso proporciona o posicionamento dentário ideal, a melhoria na simetria do rosto e minimiza a necessidade de extrações dentárias, expansão rápida da maxila e cirurgia dos maxilares”, explica Ana Paula. Os braquetes autoligados não precisam de ligaduras — que são as borrachinhas. Sem as ligaduras, reduz-se o atrito e os dentes se movimentam mais rápido. “Por serem porosas, as ligaduras prejudicam a progressão do tratamento. Elas são responsáveis pelo acúmulo de bactérias que gera cáries, tártaro e mau hálito”, ressalta Márcia. Com a técnica do autoligado, as manutenções podem ser feitas em intervalos maiores, entre 2 e 3 meses. No método convencional, geralmente, são de 21 a 30 dias. Outro ganho se dá no visual. No aparelho autoligado estético, como as ligaduras não são usadas, há um menor impacto estético e dá a sensação de que o aparelho é “invisível”. O tratamento também é menos indolor do que o convencional. O aparelho autoligado mostra muitos benefícios em relação ao tratamento ortodôntico convencional. Quem mais ganha é o paciente que alcança os resultados em tempo reduzido, com menor

número de consultas, de manutenções e com mais conforto. Renata Teixeira Pereira, mãe de Yan de 11 anos, comprovou as vantagens. Alguns dentes do seu filho eram encavalados e estavam desalinhados. Ela conta ter passado por dentistas que indicaram extrair quatro dentes e usar aparelho externo e interno. “Fiquei muito impactada porque não queria a extração. Então, na Top Dental me falaram que não era preciso. Eu não imaginava que o aparelho autoligado fosse fazer efeito tão rápido. No terceiro mês, os dentes caninos dele já haviam descido para a posição normal. Agora, o Yan sorri com vontade”, diz Renata. No método convencional, o tratamento seria finalizado em 3 anos. No caso específico de Yan, o procedimento está se revelando muito eficiente. As dentistas Ana Paula e Márcia estimam duração de 1 ano e 6 meses.

Ana Paula Viana/CRO RJ -33031 Márcia Coutinho/CRO RJ - 32015

Tropical Plaza Shopping Av Rui Barbosa, 698 - Sala 610 - Centro - Macaé/RJ Tel: (22) 2762-9500 / (22) 99825-4766 e-mail: topdental2014@gmail.com facebook.com/vianaclinicaodontologica.viana Convênios: Petrobras / Amil / Bradesco

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PESSOAS & NEGÓCIOS

A equipe da franquia está sempre pronta para dar um atendimento diferenciado aos pais e alunos

FISK MACAÉ

Carina Reid foi aluna e volta à escola como diretora porque acredita na proposta da franquia

Escola de tradição no ensino de línguas conta com inovações e preza pelo carinho no atendimento aos alunos

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Gianini Coelho

C

om mais de 50 anos de mercado, a fundação Fisk produz programas educacionais pelo país inteiro, a fim de promover o ensino de línguas estrangeiras com qualidade e responsabilidade. Aqui em Macaé, a escola é dirigida pela arquiteta Carina Reid, juntamente com sua irmã, Clarissa Barreto, responsável pela direção pedagógica. São cerca de 350 alunos, entre crianças, adolescentes e adultos. “Me considero uma ‘filha da Fisk’, pois faço inglês na escola desde 1988. A franquia está sob minha direção desde o início deste ano e nosso trabalho na escola é mostrar ao aluno como o aprendizado de uma outra língua pode ser prazeroso”, explica Carina.

desse novo idioma”, complementa Clarissa.

Clarissa foi aluna do Fisk e há 20 anos trabalha com línguas estrangeiras, dando aulas, traduzindo ou interpretando textos. Em 2012, comprou a franquia Fisk de Macaé. Carina se juntou a ela este ano, e as duas buscam sempre inovar. “Foi na Fisk que tive meus primeiros compromissos profissionais como intérprete.

Para as crianças de até 11 anos, a Fisk oferece o que chama de Imersão. A aula é uma vez por semana com duração de duas horas e meia. Nela, o aluno aprende o conteúdo do livro, tem o período de lanche e desenvolve algumas atividades lúdicas, que este ano é o projeto pedagógico “My Life”. Durante todo o período o aluno vivencia o inglês.

“Em qualquer profissão, o inglês se faz necessário. Ele é importante para o jovem na busca de seu primeiro emprego e também para o profissional já estabelecido. Temos muitos alunos adultos que precisam aprender a língua para seus mestrados ou doutorados, pois suas fontes são sempre escritas em inglês. E para as crianças, quanto mais cedo, mais natural é a aprendizagem 24 •

O diferencial da Fisk, segundo Carina, é que o aluno pode se matricular em qualquer data, pois não é necessário formar turma para ingressar. A escola trabalha com um método próprio, chamado PPT, onde o professor tem, no máximo, 7 alunos. Estes alunos são de livros diferentes, mas como são poucos, o professor dá atenção exclusiva, explica a matéria na carteira do aluno. É uma forma de rodízio que funciona muito bem. “Uma outra vantagem deste método é que o aluno nunca perde o conteúdo, pois desenvolve o livro em seu próprio tempo. Se precisar faltar, pode telefonar marcando uma reposição, sem custos adicionais”, comenta.

João Pedro Vieira Figueiredo, de 11 anos, e Mariana Vieira Figueiredo, de 8, nem reclamam com a mãe, Jailma Vieira, quando acordam cedo para ir à aula. “Após pesquisar vários cursos, optamos pelo Fisk, pois conhecemos a metodologia e acreditamos que quando a criança aprende com prazer, aprende melhor. Escolhemos a filial de Ma-

José Almir e Jailma, com Mariana e João Pedro. Os pais pesquisaram vários cursos antes de escolher o Fisk

caé, pois moramos em um bairro vizinho e gostamos muito da forma como fomos recebidos. O mercado de trabalho tem exigido um segundo idioma e quem o tem leva vantagem. Na minha opinião, o diferencial da loja Fisk é o carinho com as crianças, a competência de seus professores e o respeito com que somos tratados”, elogia Jailma. “Para incentivar os alunos, crianças e adultos, bonificamos todos com o ‘Fisk Dollar’. Eles podem ganhar até 4 Fisk Dollars por aula, desde que façam o exercício de casa, cheguem pontualmente... No final, eles trocam por nossos produtos, que são lindos! É uma febre, eles gostam muito! Temos desde bolas de futebol até mochilas e barracas de praia!”, conta Carina. A Escola Fisk de Macaé também tem aulas de conversação gratuitas, divididas por faixa etária. Elas acontecem no período da manhã, tarde e noite. A filial ainda oferece o espanhol como segunda língua.

Rua Pref. Cláudio Moacir, 66, Riviera Fluminense - Macaé Tel: 22 2762-6378 e-mail: creid@fiskmacae.com.br www.facebook.com/macaefisk

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PESSOAS & NEGÓCIOS

ÂMBAR NA DISNEY

Bailarinos da Âmbar Escola de Dança se apresentam na Disney pelo terceiro ano seguido e têm convite confirmado para 2015

Por: Luciene Rangel • Fotos: Divulgação Âmbar

Bailarinas em formação, prontas para brilhar em mais um ano da Âmbar em palco internacional

A

máxima de que “quem sabe faz ao vivo” vem se confirmando quando o assunto é a Âmbar Escola de Dança. O palco do Downtown Disney recebeu e brilhou, mais uma vez, com alunos e professores da maior escola de dança do Estado do Rio de Janeiro, que embarcou para os Estados Unidos com uma comitiva de 50 pessoas para mais uma temporada de sonhos e realizações. “Foram seis coreografias e vários dias intensos, antecedidos por ensaios, dedicação e preparo, que garantiram mais um resultado de sucesso para a Âmbar. Para nós, cada ano que nos preparamos para esta missão internacional, aprimoramos processos, garantindo participação cada vez mais profissional”, enfatizou Aline Kilson, gestora administrativa da Âmbar, responsável pelo grupo e aluna de Dança Espanhola, modalidade também apresentada este ano.

A cada ano, mais emoção e cumplicidade unem a família Âmbar que, em 2015, tem presença garantida nos Estados Unidos

para ver nossas filhas Eduarda e Beatriz dançando em palcos internacionais. No 2º ano, resolvemos ir em cima da hora e, esse ano, voltamos os quatro. Somos a única família que foi as três vezes, e “A primeira vez que fomos, em Duda e Bia, as bailarinas que dançaram 2012, foi para realizar o sonho de via- nos três anos”, compartilha Alessandra jar para a Disney em família e aproveitar Lofiego que, este ano, debutou apreAcompanhando e participando de perto da evolução, a família Goulart embarcou neste sonho nos três anos e afirma: “É sempre maravilhoso!”

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sentando coreografia de sapateado. E acrescentou: “Todos os anos foram maravilhosos. Cada ano conhecendo pessoas e fazendo novos amigos. O meu maior presente foi dividir o palco com minha filha Eduarda, vê-la de perto torcendo por mim e, na saída, ela me olhar e dizer, mamãe você arrasou!” www.divercidades.com


Érica Mendes com os três prêmios recebidos na Disney. O deste ano, em seus braços, é personalizado. Um reconhecimento da excelência do seu trabalho O encanto dos parques da Disney proporcionam vivências inesquecíveis. É a dança macaense ganhando o mundo

minha vida e a Âmbar uma segunda família”, disse a aluna, que apresentou coreografias de ballet, jazz e sapateado na Disney.

Wanderley e Kivia, bailarinos professores. Know-how e talento aplaudidos na primeira apresentação da Âmbar na Disney

De fora, mas vivendo a emoção das filhas e esposa, Carlos Goulart conta: “assistir minhas filhas e esposa atuando em um palco já é muito emocionante. Assistí-las em um palco internacional, em especial da Disney, que é uma das maiores empresas de entretenimento no mundo, foi espetacular. Fiquei muito feliz por ter participado desse momento junto delas e ainda mais fã de minhas dançarinas!” E a Âmbar reservava novidades e emoções para muitas alunas que debutaram este ano, como Letícia Quinteiro Hernandez, bailarina da escola há seis anos e que dançou sapateado e jazz. Acompanhada pela mãe, Geórgia Sardinha Quinteiro, e pela irmã Clara, Letícia afirmou ter vivido momento único e inesquecí-

vel, sendo complementada pela mãe. “Para as crianças, vejo como oportunidade de desenvolver o que elas vêm, ao longo de todos esses anos, aprendendo na Âmbar. Segurança, independência, confiança, companheirismo, espírito de equipe e, principalmente, comprometimento e entrega, por fazerem parte de um projeto desse porte. E, pessoalmente, o que posso dizer é que ver uma filha fazer o que gosta, com quem gosta, com prazer e feliz, não tem preço!”. E ela encerra: “Fui contagiada pelo espírito da dança! Pretendo voltar ano que vem, e para dançar.” Viajando pelo segundo ano com a Âmbar, sob a responsabilidade da escola, Marcela Maranhão Caetano é só alegria. “Amo dançar. A dança é

Segundo Marcela, a experiência de dançar na Disney significa uma responsabilidade muito maior, pela gigantismo do processo e pelo reconhecimento e visibilidade de pessoas do mundo inteiro. “Tivemos que aprender do jeito deles algumas regras para nos apresentarmos lá, o que foi uma super experiência”, disse. Contagiando a família Âmbar com o prazer e a alegria de dançar, a diretora e coreógrafa Érica Mendes afirma que a Âmbar na Disney é uma conquista. “A exigência da Disney é crescente, na medida em que nossa atuação vem sendo confirmada ano após ano. Essa realidade é engrandecedora pois nos possibilita crescimento a partir de parâmetros internacionais. São poucas as escolas que se apresentam consecutivamente. E a Âmbar vai e sempre volta por acreditar na oportunidade e no crescimento da instituição, dos professores e de seus bailarinos”, destaca a bailarina, que reserva surpresas para 2015, quando a escola voltará ao palco da Disney para mais momentos de reconhecimento e destaque.

www.escolaambar.com.br Tel: (22) 2770-5667 - (22) 2773-3728 • 27


Romano Cipriani

PESSOAS & NEGÓCIOS

As sócias Márcia Dietrich e Aline Dutra criaram o laboratório há 11 anos e continuam investindo na qualidade dos serviços

O Diagnóstico possui uma parceria com o laboratório Plínio Bacelar que tem 70 anos de tradição

DIAGNÓSTICO LABORATÓRIO

Resultado confiável em exames de análises clínicas

Por: Leila Pinho • Fotos: Gianini Coelho

Q

uando o assunto é saúde, ninguém gosta de correr riscos. Por isso, as farmacêuticas bioquímicas Aline Rodrigues Dutra e Márcia Dietrich de Mattos queriam oferecer um serviço de análises clínicas de credibilidade ao criarem o Laboratório Diagnóstico. Era o ano de 2001 e, nessa época, elas já sabiam que confiança, experiência técnica e uma parceria seriam os elementos-chave para ingressarem e se estabelecerem no mercado. Hoje, com sedes em Macaé e Rio das Ostras, o Laboratório Diagnóstico, em sua parceria com o renomado Laboratório Plínio Bacelar, com mais de 70 anos de tradição, detêm certificações que asseguram comprovada qualidade em análises clínicas. “Para nós, o principal objetivo é obter um resultado de exame confiável e fazer com que o

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Profissionais capacitados fazem com que os pacientes fiquem mais à vontade na hora dos procedimentos

paciente se sinta seguro na hora de optar pelo Laboratório Diagnóstico. Além disso, obedecemos rigorosamente as normas técnicas e de segurança, além de oferecer um ambiente agradável, confortável e com atendimento especializado”, conclui Aline.

Dicas para o preparo de exames:

O Laboratório Diagnóstico realiza todos os tipos de exames de análises clínicas, com supervisão em tempo integral de profissionais qualificados e experientes. “Também procuramos sempre fazer ajustes em conformidade com os avanços tecnológicos, além de um comprometimento com a humanização do ambiente e atendimento, para que o cliente se sinta à vontade e acolhido dentro das nossas instalações”, ressalta Márcia.

•Enquanto estiver de jejum é permitido beber somente água, porém, não em excesso;

O Laboratório Diagnóstico atende, além de particulares, pacientes com diversos convênios como: Amil, Unimed, Bradesco, Petrobras, entre outros.

•Evite exercício físico intenso 24 horas antes do exame; •Prefira fazer a coleta entre 7h e 9h; •Evite ingerir alimentos gordurosos no dia anterior;

•Não fume antes de fazer a coleta; •Antes de passar pelo exame, priorize ficar sentado em posição relaxada de 20 a 30 minutos.

Macaé Rua Velho Campos, 568 - Centro - (22) Tel: 2791-7634 Rio das Ostras Av. Novo Rio das Ostras, 15 - Centro - Tel: (22) 2765-8655

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ESPECIAL MACAÉ

Um prato cheio para os amantes da música, painel é reformado e mostra sua importância cultural para a cidade

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Gianini Coelho

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I

nevitável não sorrir. Basta passar os olhos por uma Fafá de Belém voluptuosa, por assim dizer, servindo de bandeja seios... e pizza. Nossa incansável curiosidade continua em busca de mais informação, e encontra um Raul Seixas sedento por sua sopa, brigando com a famosa mosca que lhe persegue em canto e prosa. Ao piano, nada mais nada menos que Tom Jobim, copo de uísque ao piano, acompanhando aquele Cazuza imortalizado em nossas memórias e corações. O tímido Edu Lobo, meio acanhado e debruçado em seu inseparável violão, nos leva a crer que, se continuarmos procurando, iremos achar algum novo imortal para divertir e emocionar. Cheio de sutilezas, o irreverente painel do restaurante Ilhote Sul, na Praia dos Cavaleiros, é um prato cheio para os amantes da música popular brasileira e não cansa a curiosidade musical de quem está do lado de cá. Entre uma ou outra olhadela, sempre encontramos uma nova celebridade, marcada por pinceladas de cultura e história da MPB, como, por exemplo, a Elis Regina e seu vestido cheio de pimentinhas, fazendo uma alusão ao apelido da cantora. Criado no atelier do artista plástico Valber Benevides no ano de 1996, ele levou 30 dias para ficar pronto. A tela, pintada com tinta acrílica, medindo 4m x 2,5m, foi instalada e batizada no local pelo próprio chargista.

PAINEL DO ILHOTE SUL

Casado com Herbene e pai de Raiza e Lucas, Valber nasceu em Itapipoca e costuma dizer que se diverte há quase 40 anos, profissionalmente. “A mamãe me disse que quando eu estava pra nascer, primeiramente coloquei minha mão de fora à procura de um lápis e papel. Na verdade, toda criança gosta de desenhar, porém poucas continuam desenhando e com o tempo, muitas largam a brincadeira. Com 8 anos, já fazia história em quadrinho para vender e comprar um picolé. O desenho era a minha moeda de troca. Já desenhava com caco de telha, carvão e vaga-lumes nas calçadas, muros e chão. O mais interessante era o desenho feito com este inseto, nas noites em que faltava energia. Eu pegava os bichinhos e os colocava em vidros para usar como lanterna. Quando estes • 31


Divulgação Ilhote Sul

O painel é restaurado por Valber de 4 em 4 anos. No final de 2013, Renato e Valber aproveitaram e incluíram novas personagens à tela como Diogo Nogueira, Dorival Caymi, Lenine, Dominguinhos e Erasmo Carlos

morriam, tirava-os dos recipientes e, com a massa luminosa deles, desenhava na calçada. Com a escuridão o desenho ficava fluorescente”, relembra. A ideia de criação da tela do Ilhote Sul surgiu de um outro painel, chamado Luiz Assumpção, também de autoria de Valber. Este primeiro foi feito em 1986 e ficava localizado na Praia de Iracema, em Fortaleza. O painel ilustrava a parede de entrada do bar e fazia homenagem aos grandes compositores do Ceará, além de alguns de outros estados do Brasil. “Pensamos em fazer uma grande pintura que tivesse a cara de Macaé. E para não fugir do cartão postal da cidade, coloquei ao fundo o mar e suas ilhas do Arquipélago de Sant’Ana. Num ambiente de praia, ao luar, os personagens celebravam a música e a poesia. O gosto pela charge foi aumentando no dia a dia. Descobri a importância e o poder que tem a charge como elemento de síntese e crítica de algum fato político no universo local ou global. E foi com uma charge que ganhei o primeiro prêmio na 1ª Bienal Internacional de Humor e Quadrinho 32 •

no Rio de Janeiro, em 1991. Hoje, não trabalho mais, pois só faço desenhar e pintar (risos)”, diverte-se Valber. Empresário e dono do Ilhote, Renato Lucas Martins conheceu o trabalho de Valber Benevides quando morou em Fortaleza. “Fiquei apaixonado pela tela Luiz Assumpção. Daí, entrei em contato com ele e ele topou criar alguma coisa do gênero no restaurante que eu estava abrindo em Macaé. A ideia foi concretizada e, desde então, a obra virou cartão postal da Praia dos Cavaleiros. Na tela, caricaturas de artistas famosos da MPB interagem de forma especial. Diogo Nogueira, Zeca Pagodinho, Dominguinhos, Beth Carvalho e muitos outros. Devido à grande repercussão do trabalho nos quatro cantos de Macaé, a tela passou a ser também um outdoor de marcas famosas, que são renovadas de tempos em tempos”, continua Renato. Quem agradece são os clientes do restaurante, que, entre um chopinho e outro, podem vislumbrar tamanha arte. É como o carioca Maurício Bren-

Renato Martins, proprietário do Ilhote Sul: “Famílias inteiras param para tirar foto em frente ao painel. Criamos um ícone cultural aqui em Macaé”

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forma, creio que o Noel Rosa, com seu cigarrinho no canto da boca, é um dos que mais gosto. Todos que conceberam esse painel estão de parabéns”, comenta Maurício.

Maurício Brennand frequenta o Ilhote Sul desde sua fundação na Imbetiba e sempre foi um admirador do painel

nand, 59 anos, gosta de terminar uma tarde, por exemplo. “Mudei-me para Macaé em 1984. Acompanho e frequento o Ilhote Sul desde os seus primórdios, ainda na Imbetiba. Esse painel veio firmar de vez a posição inovadora e de vanguarda que a casa se propunha a ter. Graças a essa arte, o restaurante

e a cidade tornaram-se objeto de interesse turístico, pois as pessoas querem tirar fotos com o painel ao fundo. A caricatura dos personagens é perfeita, não só em seus traços, mas também em suas atitudes e comportamento. É difícil destacar um personagem, pois todos são fantásticos mas, de alguma

Outro admirador da obra é o mineiro Hélio Pessoa, que trabalha no setor offshore e mora em Macaé desde 1979. “Na primeira vez que vi o painel, o Valber Benevides estava dando os retoques finais na arte. O que mais me chamou a atenção foi a caracterização de cada artista com uma de suas obras. Podemos encontrar o Lulu Santos surfando como em sua música ‘Como uma onda no mar’, Fagner e um aquário com peixes fazendo borbulhas de amor, o Adorinan Barbosa com a Tábua de tiro ao Álvaro, Gil e Caetano de rosto colado fazendo uma analogia aos Doces Bárbaros... enfim, a história da MPB é muito bem lembrada neste painel!” Renato lembra que foi bem difícil determinar quais imortais entrariam naquele espaço de tela. “Na primeira versão foram retratados Noel Rosa, Pixinguinha, Cartola, Tom Jobim... Por termos um espaço limitado, usamos alguns critérios de escolha. Desde o ano

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Hélio Pessoa é cliente assíduo do Ilhote: “Na primeira vez que vi o painel, o Valber estava dando os retoques finais na arte”

obra em toda a sua amplitude cultural. A tela deve ser lida da esquerda para a direita, onde alguns personagens se mostram em dimensão maior. São os da Velha Guarda. É o caso de Noel Rosa, Pixinguinha, Vinícius de Moraes e Tom Jobim, por exemplo. Depois, em tamanho um pouco menor, podemos apreciar Gal Costa, Zeca Pagodinho, Cazuza, Paralamas do Sucesso. Nessa progressão, aparecem nomes de artistas mais recentes, como Lenine e Diogo Nogueira.

de 96, a obra passa por restaurações, que acontecem de 4 em 4 anos. Aproveitamos e mexemos na pintura, retirando algum artista e colocando outro. Assim, implantamos certo movimento à obra”, explica o empresário, que relembra algumas curiosidades à respeito do dia da inauguração. Ainda no ano de 96, os carros que passavam pela rua da praia, viam aquele enorme painel sendo fixado à parede do restaurante. Até aí, tudo bem, se um ou outro não se esquecesse de freiar.

“Tivemos alguns acidentes leves de trânsito aqui em frente, pois as pessoas desviavam o olhar e batiam no carro da frente... Mas nada de muito sério! (risos). Hoje, recebemos famílias inteiras que param para tirar foto em frente ao painel. Nosso objetivo foi alcançado, de criarmos um ícone cultural aqui em Macaé”, continua. E, para quem quer analisar mais a fundo o painel, existe ainda uma técnica correta que permite observar a

Na última restauração, que aconteceu em 2013, Renato e Valber aproveitaram e incluíram novas personagens à tela. Fizeram uma homenagem a Diogo Nogueira, Dorival Caymi, Lenine, Dominguinhos e Erasmo Carlos. Para quem pensa que a escolha de quem entra ou sai é razoavelmente fácil de fazer, está redondamente enganado. “Lembro-me que Moraes Moreira chegou aqui no restaurante e, quando viu o painel, correu para procurar pela sua pintura lá. Quando não encontrou ficou bravo, chateado. Foi constrangedor, mas tento explicar aos artistas que nosso espaço é pequeno, nenhuma das personalidades aparece por acaso, existe sempre um conceito, uma expressão por trás da pintura”, explica o empresário.

CONHEÇA ALGUMAS CURIOSIDADES DO PAINEL Renato homenageou o garçom “Ceará”, que trabalhou muitos anos no Ilhote, retratando-o no painel servindo os convidados com notas musicais.

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Adoniran Barbosa interage com Elis Regina segurando um alvo que recebe flechas disparadas por ela. Referência ao sucesso “Tiro ao Álvaro”.

O compositor macaense Benedito Lacerda ganhou um lugar de destaque no painel como uma forma de valorizar a produção cultural da cidade.

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COMPORTAMENTO

Pierre Gentil sempre se interessou por culinária, desde o tempo de república na faculdade, mas há cerca de 7 anos, tem se dedicado mais a este prazeroso hobby

“CHEFS” DE FAMÍLIA Mudando de papel social, os homens conhecem o prazer de cozinhar junto da família Por: Fernanda Pinheiro Fotos entrevistados: Gianini Coelho

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A chef Bell Melsert, dona da escola de gastronomia Casa da Bell, oferece workshops e cursos para homens e mulheres

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Lívio Campos

Rogério com a esposa Aline e sua filhina Letícia. Para ele, as experiências em família, na cozinha, são uma forma de ficar mais tempo juntos

F

oi-se o tempo em que encontrávamos, com frequência, aqueles pais de família sentados na poltrona, de frente a um programa televisivo enfadonho, engordurando-se com salgadinhos comprados no boteco da esquina, enquanto a esposa, solitária na cozinha, acabava de preparar o almoço de domingo. Ninguém tem mais notícia daqueles maridos que não se interessavam nem um pouquinho pelos novos aromas exalados de uma cozinha criativa e cheia de sabores. Parece que estes mesmos aromas resolveram envolver e transformar aqueles antigos homens, e eles mudaram, para melhor.

eles querem se superar, mostrar que podem impressionar e aprender a fazer um belo risoto, lindas saladas, saltear com primasia um belo steak...”, explica a chef Bell Melsert, dona da escola de gastronomia Casa da Bell, na Imbetiba, Macaé.

Lá nos anos 60, as mudanças mundiais começaram, muito timidamente, a dividir o comando do fogão entre os dois sexos. E a batalha foi longa, enquanto queimávamos sutiãs, eles queimavam o arroz. Mas hoje, estes novos chefes de família perceberam o quão prazeroso pode ser dividir o espaço e os afazeres do lugar mais agradável da casa: a cozinha!

A chegada dos homens à cozinha vem acontecendo devagarinho. Aos poucos, eles vão ficando menos desconfortáveis com a presença das panelas. Embora não haja um levantamento sobre o Brasil, uma pesquisa da Universidade de Michigan de 2012 mostrou que, entre os americanos da chamada geração X, ou seja, aqueles nascidos entre 1961 a 1981, os homens cozinham, em média, oito refeições por semana. Tudo bem, ainda ficam atrás das mulheres dessa mesma geração, que preparam por volta de 12, mas temos que dar o braço a torcer:

“Hoje, eu acolho aqui na escola homens que não querem mais receber em casa e servir aos seus convidados apenas o churrasco de sempre. Agora,

A chef, que também é consultora do restaurante Gourmet, promove cursos e workshops para pequenos grupos. Em sua escola, os alunos aprendem os princípios da alta cozinha, descobrem a culinária de outros países e se divertem com este saudável hobby, que vem conquistando cada vez mais a sociedade macaense.

A escolha do vinho ideal para a harmonização dos pratos é um dos pontos preferidos do público masculino

O MAIS INTERESSANTE É ENTENDER E SENTIR COMO TUDO ISSO PODE SER PRAZEROSO, OUVINDO UMA BOA MÚSICA E ACOMPANHADOS POR UM BELO VINHO” ROGÉRIO ALBUQUERQUE

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SEMPRE QUE VOU PARA A COZINHA, VAI ALGUÉM COMIGO. ME AJUDAM NO PREPARO E NO CORTE DOS INGREDIENTES. MAS DA LIMPEZA, TODO MUNDO CORRE”

PIERRE GENTIL Pierre, a esposa Keila e família na cozinha do seu apartamento, onde o destaque é um forno profissional italiano, seu xodó

estão avançando. Além disso, também começaram a se interessar por programas e livros de culinária. As compras de casa? Também são eles a irem mais vezes aos supermercados. Foi assim que aconteceu na casa do empresário e professor de educação física Rogério Santos de Albuquerque. Casado há cinco anos com Aline Kilson, o casal teve a pequenina Letícia há 2 anos e, desde então, as saídas à restaurantes foram ficando mais, digamos, complicadas. Rogério começou a perceber que a paixão da esposa pela gastronomia podia ser aproveitada por toda a família. “Quando ela me disse que iria fazer um curso culinário achei a ideia fantástica e me juntei ao grupo. Desde então, percebi que estar ao lado dela na cozinha, auxiliando e aprendendo a elaborar os pratos, se tornou uma excelente oportunidade de ficarmos mais tempo juntos. Cozinhar pode se tornar um ótimo programa, desde a compra dos produtos, pela manhã, passando pelo preparo, até o grande momento de saborear o que preparamos! O mais interessante é entender e sentir como tudo isso pode ser prazeroso, ouvindo uma boa música e tomando um belo vinho”, ensina Rogério. 38 •

A pequenina Letícia também acompanha essa aventura dos pais. Quando come, Rogério e Aline a deixam brincar com os alimentos, sentir as texturas diferentes, cores e sabores. “No colo da mãe, ela participa das refeições experimentando tudo que estamos comendo e brincando com os pratos, lógico que sempre tomando cuidado do que dar para ela experimentar!”. Se para alguns o gosto pela boa cozinha nasceu da necessidade ou por apoio à companheira, para outros o caso é antigo. O cirurgião-dentista Pierre Rodrigo Neto Gentil, de 43 anos, conta que o amor pelas panelas foi herdado de sua família. “Meus avós sempre gostaram e minha avó Norma, mãe do meu pai, foi uma grande cozinheira e dona de restaurante durante anos. Quando você é criado em uma família onde se tem pessoas que cozinham bem, você acaba gostando de comer e, consequentemente, querendo aprender a fazer. Fiz algumas aulas isoladas com o antigo Chef do restaurante Lucca, Massimo Toresan, e minha especialidade é um bom risoto! O preferido da minha esposa é o de cordeiro ou de bacalhau. As crianças gostam do de limão siciliano acompanhado de peixe assado”, complementa.

Casado com Keila Gentil e pai de Vitor,17 anos, Júlia, 14 e Miguel,11, Pierre acredita que o hobby ajuda a relaxar, além de unir a família. “Sempre que vou para a cozinha, vai alguém comigo. Me ajudam no preparo e no corte dos ingredientes. Mas da limpeza, todo mundo corre!”, brinca. Na casa do engenheiro químico Emílio Souza Neto, de 35 anos, a cozinha funciona como uma espécie de laboratório. De lá, entre seus mais novos experimentos, saem deliciosos fusilis à bolonhesa para a criançada faminta, um suculento roast beef para os sogros ou um belo risoto para agradar à esposa, Daniele Parente Melo. “Já preparei vários pratos para a família, eles são minhas ‘cobaias’. No meu caso, não houve uma transformação, a minha esposa já me conheceu assim. Acho que houve sim uma surpresa: quando nos conhecemos, eu saía muito. Acho que ela não esperava que eu pudesse me sentir tão tranquilo em casa, e ainda mais na cozinha! Mas deixei isto claro muito cedo. Foi uma cartada para conquistar a moça... !”, declara com bom humor. Membro de uma confraria de vinhos em Macaé, Emílio se encantou www.divercidades.com


Ana Nogueira

O Risoto é uma das receitas mais executadas pelos homens aspirantes a chef, principalmente o de Camarão

pela gastronomia por meio dessa bebida e de suas diversas personalidades. “A gastronomia entrou em minha vida muito tarde. Quando criança, comia muito mal, com poucas variedades e combinações. Por conta disso, demorei um pouco a descobrir novos sabores e possibilidades. Descobri que valia a pena provar as coisas quando me vi tentando fazer uma omelete que parecesse com a da minha avó. Era na época da faculdade e eu tinha que cozinhar pra mim mesmo. Apesar de minha avó sempre compartilhar suas receitas comigo, eu insistia em retirar as cebolas da sua omelete. E reclamava, pois é claro que não ficava a mesma coisa, né? Abri mão do preconceito e coloquei a bendita cebola numa omelete pela primeira vez. O prato ficou maravilhoso! Desde então, abri meus horizontes para novos sabores. E é válido acrescentar que nunca mais cozinhei sem cebola. É ingrediente indispensável na minha cozinha!”, ensina. Tendência mundial, hobby ou simplesmente vontade de aprender. O que podemos observar é um novo papel exercido pelo homem na atualidade. Neste papel, vemos que eles estão se tornando mais confortáveis e poderosos na cozinha. Um artigo publicado em 2013 pelo jornalista americano Phil Lempert, editor-chefe do Supermarketguru, mostrou que, nos Estados Unidos, 41% de todo o preparo de alimentos da família agora é feito pelo pai. O mundo observa a influência dos homens no setor de alimentos se tornando mais forte, à medida que mais pais se unem ao grupo de compradores e cozinheiros. O índice de 52% indica que são eles a maioria em supermercados. Um direcionador é certamente a realidade de que muito mais maridos estão trabalhando em casa ou estão procurando emprego e assumiram algumas tarefas domésticas nesse meio tempo. Outro é a descoberta do gosto por preparar alimentos. Ainda, outros estão se tornando mais envolvidos no preparo dos alimentos por causa de mudanças no estilo de vida ou por razões de saúde. • 39


REUNIR-SE EM

TORNO DA FAMÍLIA HOJE É COISA FUNDAMENTAL. E CREIO QUE SEJA UM FATOR PRIMORDIAL PARA QUE CRESÇA O INTERESSE PELA GASTRONOMIA”

EMÍLIO SOUZA NETO Para Emílio, a cozinha é uma espécie de laboratório, onde a família faz o papel de cobaia, ao experimentar seus pratos

De olho nesses números, alguns supermercados estão adotando as “ilhas de homens” – locais na loja que trazem alimentos orientados ao público masculino e outros produtos para tornar as compras – por impulso ou não – mais direcionadas. Vemos, portanto, um esforço mais duradouro para atrair e aumentar o poder dos homens compradores, seja por meio de promoções, círculo de compras e nutrição ou programas de escolas de culinária, desenvolvido por revistas do público masculino, como a Men’s Health.

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“Nunca tinha pensado sobre isto como um hobby, ou uma tendência. Mas, provavelmente, é. Nas reuniões com os amigos que tenho feito, os homens se reúnem na cozinha e as mulheres na sala. Os homens sempre cozinham, enquanto as mulheres falam de... Bom, não sei de quê! Nós discutimos os temperos, as dicas, os risotos, os acompanhamentos. Talvez, elas falem de futebol (risos)! Fato é que reunir-se em torno da família hoje é uma coisa fundamental. E creio que seja um fator primordial para que cresça o interesse

pela gastronomia entre mim e meus amigos”, finaliza Emílio. Em uma pesquisa de opinião feita no Reino Unido, mais de 50% das mulheres disseram que o marido cozinha melhor do que elas. Será verdade, ou foi uma forma de levantar a moral dos rapazes e incentivá-los a assumir essa tarefa? Bem, homens e mulheres podem cozinhar divinamente, basta estarem abertos a novas experiências, doarem suas almas, seus corações. A família, unida, agradece!

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CAPA - ESPECIAL MACAÉ

IATE CLUBE DE MACAÉ

Clube completa 60 anos. Entre altos e baixos, o Iate passou por um grande processo de reestruturação que resgatou seu caráter náutico e o recolocou nas Cartas Náuticas Brasileiras

Por: Alice Cordeiro• Fotos: Gianini Coelho

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A atual diretoria do Iate Clube. Da esquerda para a direita: Carlos Alberto, Diógenes “Pirroni”, Leonardo Pinheiro, Dilmar, Marcelo Brasileiro e Rosalvo Jr.

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IBERÊ COSTA, O IDEALIZADOR

Autor desconhecido

Em 1954, um grupo de jovens macaenses idealizou um clube ainda inédito na cidade. Apaixonado por pesca submarina, Iberê Costa reuniu alguns amigos para fundar o Iate Clube de Macaé (ICM). Ao longo desses 60 anos, o clube passou por momentos de auge e decadência, sendo reerguido a partir de 2005 por uma diretoria que decidiu investir e acreditar nos seus potenciais náuticos. Os principais acontecimentos dessas décadas serão reunidos em um livro a ser lançado pelo ICM. A Revista DiverCidades adianta alguns capítulos desta história para você. As instalações do Iate Clube na sua época áurea, nas décadas de 1980 e 1990, quando ficou conhecido pelos grandes bailes na cidade

Ao contrário do que muitos pensam, a primeira sede do Iate não foi na Praia do Pontal, na Barra, onde o Iate está localizado. Esta afirmação é feita por uma das poucas testemunhas vivas daquela época, José Vieira de Almeida Júnior, de 94 anos, que revela que a primeira sede foi em um quarto do Hotel Imbetiba. “Iberê precisava de um local para se reunir com seus amigos e eu acabei cedendo o meu quarto do hotel. Apesar de não estar envolvido com a náutica, eu era amigo de todos e acabava participando das reuniões. Nelas, além de Iberê, estavam Jorge Costa – pai de Iberê –, Michel Antunes, Edir Jacoud Azevedo, Jardel Trindade e Godofredo Tabuada”, lembra José Vieira, ressaltando que, naquela época, o único que tinha um barco era Godofredo Tabuada, que utilizava a Praia do Pontal como garagem. A partir dessas reuniões o grupo liderado por Iberê começou uma mobilização na cidade para a construção do clube náutico.

José Vieira participou das primeiras reuniões da fundação do Iate, com Iberê Costa e amigos, num quarto do Hotel Imbetiba

Lineu Borges é outra testemunha que se orgulha de fazer parte dessa história. Portador do 14° título de sócio do Iate Clube, Lineu, que já ocupou o cargo de Comodoro (diretor), reforça que é o único sócio-fundador que ainda frequenta o clube. Aos 82 anos, “Irmãozinho”, apelido que ganhou no clube e carrega até hoje, relembra com alegria e riqueza de detalhes, as épocas históricas do lugar. “Dr. Olo Torres também fazia parte do grupo da fundação e foi ele quem fez a planta da primeira sede do Iate. Nessa época, a planta era um projeto feito em um pedaço de papel. Com a planta em mãos, Iberê queria começar 46 •

Lineu Borges já foi Comodoro e ainda frequenta a sauna do clube, onde ganhou o apelido de “irmãozinho”

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Arquivo ICM

A primeira sede do Iate ao fundo. Local era frequentado pelas famílias macaenses amantes do mar

a construção o mais rápido possível e começou a movimentar a sociedade em busca de sócios para o clube, mesmo sem ainda existir um clube”, diverte-se. “Certa manhã, eu tinha acabado de chegar em casa, vindo de um baile, e o Iberê apareceu querendo minha ajuda para pegar umas tábuas que havia conseguido de graça em uma serraria. Eu estava cansado, mas fui com o caminhãozinho do meu pai ajudá-los. Subimos pela ponte velha da Barra e

deixei a tábua logo na descida, pois o caminhão havia atolado na areia. Iberê e os outros pegaram as tábuas e, ao final do dia, a base do Iate Clube estava pronta”, lembra. De acordo com Lineu, Iberê era apaixonado por pesca náutica e, por isso, queria fundar um clube especializado. “Além de fazerem a sede com muito sacrifício, os idealizadores chegaram a construir seus barcos com as próprias mãos. Certa vez, Iberê pescou um mero de 286 quilos. Como ele era um homem baixo, o peixe era maior que ele. E para provar que isso não era história de pescador, eles fizeram uma foto que, até pouco tempo, estava exposta no mercado de peixe”, conta. DOS GRANDES BAILES À DECADÊNCIA Atual Comodoro do Iate Clube, Marcelo Brasileiro, conta que, nas décadas de 1960 e 1970 o Iate era restrito aos apaixonados pela náutica. Já em 1980 e 1990, a instituição ampliou sua área de atuação passando a ser também um clube social, com quase mil sócios, frequentado pela alta sociedade que participava de festas de casamentos, aniversários e grandes bailes.

DR. OLO TORRES TAMBÉM FAZIA PARTE DO GRUPO DA FUNDAÇÃO E FOI ELE QUEM FEZ A PLANTA DA PRIMEIRA SEDE DO IATE EM UM PEDAÇO DE PAPEL” LINEU BORGES

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Apesar de não ser ligado à náutica, Lineu Borges conta que gostava de frequentar o clube para encontrar seus amigos e participar de bailes. “Sempre gostei muito de dançar e, em determinado momento, o Iate ficou conhecido pelos seus grandes bailes e festivais. Ao contrário dos demais clubes da cidade, que selecionavam seus sócios, o Iate estava aberto para quem quisesse participar e, por isso, eventos como o Baile Azul e Branco, o aniversário do clube e o Festival da Cerveja estavam sempre cheios”, lembra.

O Comodoro Marcelo Brasileiro no novo ancoradouro do Iate Clube. “Em oito anos, os títulos do Iate tiveram uma valorização de 400%” Arquivo pessoal Ciro

Por conta do trabalho, nesta época, José Vieira ficava pouco em Macaé. Mas reforça que sempre que podia, levava seus filhos para a piscina do clube. “Eu era muito ligado aos esportes. Gostava de futebol, basquete e natação. Sempre que eu podia, ia ao Clube para usar a piscina e foi lá que meus filhos aprenderam a nadar”, lembra, destacando a famosa piscina, de 3 metros de profundidade, construída na gestão de Jorge Costa. Segundo Brasileiro, a partir de 2000, o clube perdeu totalmente o cunho náutico e entrou em falência, tendo sua desapropriação decretada. “Em 1986 e 1988, o Iate foi invadido pelo mar e sua reconstrução não foi adequada, o que fez com que muitas pessoas se afastassem do local que estava sucateado. Em 2005 e 2006, um grupo de sócios começou um movimento para reerguer o Iate e retomar as características náuticas. Assim, assumimos um compromisso com a prefeitura para que a desapropriação fosse cancelada e começamos a reestruturar o lugar”, conta, reforçando que nesta época o clube, que chegou a ter mil sócios, estava com apenas 160. REVITALIZAÇÃO Com o apoio dos associados e de novos parceiros, a atual gestão (2013/2015) conseguiu reerguer o clube. “Hoje, apresentamos um clube totalmente remodelado. A reforma contou com a ampliação do Parque Náutico; uma nova área de embarque e desembarque; novas instalações de restaurante e áreas de convívio social, como saunas, churrasqueira, entre outras”, descreve Brasileiro.

Ciro Henjouti pratica pesca submarina e, há dois anos, adquiriu um barco e usa a estrutura do Iate semanalmente,

Com a revitalização, veio a aprovação da Marinha do Brasil que reconheceu a capacidade do Iate Clube de Macaé em atender às suas necessidades e, por isso, foi inscrito na Carta Náutica Brasileira. Com isso, além de estar pronto para 48 •

As instalações do Iate Clube foram revitalizadas, o que possibilitou a sua inscrição na Carta Náutica Brasileira

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atender as demandas das embarcações macaenses, o Iate está preparado para receber embarcações de órgãos de segurança como Defesa Civil, Marinha do Brasil, Corpo de Bombeiros, entre outros. Amante da pesca submarina, o comerciante Ciro Henjouti, de 38 anos, é sócio assíduo do Iate Clube de Macaé há cerca de dois anos. “Sempre fui sócio, mas não vivia em Macaé. Desde pequeno, meus pais eram sócios e foi na piscina do Iate que aprendi a nadar. Lembro que, nesta época, não existia a infraestrutura de hoje. Antes, no lugar do atual galpão que abriga as embarcações, havia um campo de futebol”, conta. Depois de uma temporada longe da cidade, Ciro retornou com um novo hobby. “Meu pai nos ensinou a gostar da pesca submarina e, há uns dois anos, adquiri um barco para praticar. Desde então, uso as instalações do clube semanalmente, pois se não saio para pescar, vou passear com minha família. Deixo meu barco guardado no Iate e estou muito satisfeito com a estrutura que eles nos disponibilizam”, destaca. “Queremos resgatar o homem do mar, aquele cidadão que gosta de pescar e velejar. Para isso, oferecemos

uma infraestrutura adequada e estamos promovendo cursos que destacam a importância da segurança no mar e que estimulam a paixão de novos associados, como filhos dos sócios, por exemplo, que já participam de cursos aqui para que essa paixão pelo mar se propague de pai para filho”, conta Marcelo Brasileiro. O Iate oferece: local para guardar as embarcações, cursos de segurança no mar em parceria com a Marinha do Brasil, palestras para sócios e convidados, ações de conscientização ambiental, entre outras atividades. Para 2014, o Iate irá lançar a Escola de Náutica que terá como objetivo levar conhecimento sobre navegação para os sócios e amigos. Na reinauguração, Lineu Borges e José Vieira foram homenageados pela diretoria do clube. Lineu Borges foi o nome escolhido para a nova área de lazer, enquanto José Vieira recebeu um título de sócio benemérito. “Até hoje, frequento o clube uma vez por semana para ir à sauna. A diretoria queria que eu assumisse um cargo, mas como eu não queria criaram o Diretor de Sauna. Juntei o útil ao agradável, pois já que gosto de frequentar a sauna, consigo ver o que precisa ser melhorado por lá”, conta Lineu.

EM 2005 E 2006, UM GRUPO DE SÓCIOS COMEÇOU UM MOVIMENTO PARA REERGUER O IATE E RETOMAR SUAS CARACTERÍSTICAS NÁUTICAS” MARCELO BRASILEIRO

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As embarcações podem passar por reparos e manutenção, sem sair de Macaé

DESDE PEQUENO, MEUS PAIS ERAM SÓCIOS E FOI NA PISCINA DO IATE QUE APRENDI A NADAR”

CIRO HENJOUTI

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Toda a área social do clube também foi revitalizada para proporcionar lazer aos sócios, com piscina, sauna e restaurante

Com todos esses investimentos, em oito anos os títulos do Iate tiveram uma valorização de 400%. “Conseguimos resgatar a importância do clube para uma cidade portuária, reescrevê-lo nas Cartas Náuticas do Brasil e oferecer uma estrutura adequada aos amantes da náutica. Agora, pretendemos investir no cunho social do clube e, aos poucos, promoveremos eventos que despertem o interesse da sociedade e de novos associados”, revela Brasileiro, reforçando que qualquer pessoa pode fazer parte do quadro de sócios, basta ir à secretaria do clube para saber mais detalhes sobre a aquisição de um título.

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A CIDADE

Mercado promissor da construção civil se tornou atrativo para profissionais e empresários que o destino encarregou de transformar em homens de obras Por: Leila Pinho Fotos entrevistados: Gianini Coelho

Depois da chegada da Petrobras, na década de 1970, a construção civil se tornou um mercado promissor em Macaé

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m comum, eles têm a habilidade de fazer projeto se tornar estrutura de concreto. Em Macaé, eles vislumbraram que o progresso com a chegada da Petrobras na década de 1970 traria um futuro próspero para a construção civil. Alguns, meio que por acaso, descobriram neste mercado muito mais do que boa oportunidade de fazer negócios, mas também uma profissão que proporciona mais qualidade de vida e realização pessoal. Tornaram-se construtores, começando de maneira informal a erguer casas e prédios, tornando realidade o sonho de muitas pessoas em Macaé. 52 •

Eromildes Monteiro, à esquerda, com seu mestre de obras Democlair Valadão, que trabalha com ele a mais de 30 anos

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Fernando Pereira

CONSTRUTORES DE MACAÉ


Um dos prédios mais conhecidos da cidade, o Tropical Plaza Shopping, é uma das obras de Eromildes

Nesta reportagem, antigos e novos construtores de Macaé mostram como entraram para o ramo, o caminho das pedras trilhado, um pouco do conhecimento adquirido e os benefícios da atividade para suas vidas. CONSTRUTORES DAS ANTIGAS Quem vê Eromildes Monteiro trabalhando nem imagina que ele tem 72 anos de vida e mais de 30 de experiência na construção, em Macaé. No canteiro de obras, sobra vigor e energia para comandar a equipe que está criando um prédio com apartamentos de alto padrão, ao lado da Lagoa de Imboassica. Atualmente, Eromildes só constrói edifícios, mas no começo foi diferente. A primeira obra foi uma casa duplex, em 1984. Nessa época, Eromildes era comerciante. “Comprei um terreno nos Cavaleiros, construí uma casa e vendi. Depois disso investi na construção civil e nunca mais saí. Então, eu acabei me desfazendo das lojas que tinha”, recorda. • 53


Luizenito era professor de educação física e conciliou o trabalho com a atividade de construtor até se aposentar

A mudança no segmento de atuação trouxe muitos benefícios para a qualidade de vida dele. Eromildes afirma ter mais tempo para estar com os familiares e ter momentos de lazer. “Meu fim de semana é livre. Eu posso tirar férias três vezes ao ano. Deixo a minha equipe formada e a obra é tocada sem problema algum na minha ausência. No comércio, não funciona assim”, fala. Alguns edifícios muito conhecidos no município são feitos de Eromildes, como é o caso do Tropical Plaza que fica no Centro. Para ele, ter prosperado no segmento foi resultado de trabalho intenso. Depois de muitos anos de exercício e conhecimento, Eromildes passou de construtor para construtora. Hoje, ele tem uma empresa que leva o seu sobrenome. Para ele, formar mão de obra e manter equipe de confiança ajuda muito no sucesso do negócio. O mestre de obras que trabalha com ele é o mesmo há mais de 30 anos. “Procuro ter bom relacionamento com meus 54 •

Heric, engenheiro de petróleo, apesar da pouca idade, empreende novos negócios, além da construção

funcionários, nunca falei alto com eles. Trato todos de igual para igual e o clima é amistoso.” Credibilidade é outro fator que faz tudo dar certo, segundo Eromildes. Aliás, confiança é termo de valor para quem compra imóvel na planta, como os que ele vende. “Fazer o nome e honrar com os compromissos é fundamental nessa área. Foi graças à minha credibilidade que tive facilidade para pegar empréstimos. De tudo que já fiz, houve apenas uma obra atrasou. Sempre procuro entregar adiantado”, diz o construtor.

trutor. “Fico realizado quando termino a obra. Dá prazer proporcionar isso para as pessoas, principalmente para os jovens que estão casando”, fala. Luizenito atua como construtor há cerca de 30 anos. Atualmente, edifica somente prédios com aproximadamente cinco andares e prefere vender os apartamentos prontos. O trabalho é realizado em vários bairros como Riviera Fluminense e Mirante da Lagoa.

Eromildes não tem planos de parar, pelo menos não enquanto tiver disposição. “Não saio do ramo porque é gratificante. A gente idealiza, gera emprego, melhora o comércio e contribui com tudo. É muito bom ver o prédio nascer do nada e a felicidade das pessoas que compram o imóvel e realizam o sonho”, comenta.

Ele entrou para o ramo por intermédio dos amigos Eromildes Monteiro e Ailton Guimarães, quando trabalhava em Macaé como professor de educação física. Eromildes e Ailton convidaram Luizenito para trabalhar na construção como parceiro. “Eu era professor e construtor. Conciliei as duas coisas até me aposentar com 52 anos. Teve uma época em que os negócios não foram bem sucedidos e eu parei a atividade. Quando retornei, na década de 1990, eu já estava trabalhando como construtor sozinho”, relata.

Luizenito Pessanha, de 69 anos, sente a mesma satisfação como cons-

O trajeto feito por Luizenito parece se repetir com o filho dele, Luiz www.divercidades.com


Ilustração 3D - divulgação

Otávio, que é dentista e também está conciliando duas profissões. O pai conta todo orgulhoso que o filho trabalha com ele. “O Luiz Otávio tem pontos que favorecem qualquer tipo de negócio como saber economizar e saber comprar. Aposto que ele vai fazer trajetória na construção civil”, palpita. Para Luizenito atuar como construtor trouxe melhores condições de vida. Na atividade, ele fez muitos amigos e encontrou uma ocupação compatível com as suas necessidades. “Tenho uma equipe já estruturada, por isso o trabalho não me exige muito. Agora estou montando uma empresa e vou continuar tocando outras obras”, fala. NOVA GERAÇÃO O jovem engenheiro de petróleo, Heric Henrique, tem apenas 29 anos de idade e há 3 trabalha na construção civil na região sul de Macaé, em bairros como Mirante da Lagoa, São Marcos, Cancela Preta e Vale das Palmeiras. “Comecei a construir como negócio paralelo e deu certo. Estou no ramo porque gosto e faço com prazer. Além disso, a área é promissora e está crescendo muito rápido”, fala.

Heric constrói casas e prédios de pequeno porte como este que será edificado em dois terrenos no Mirante da Lagoa

Heric também entrou para o mercado de maneira informal. Mas, há um ano, ele abriu a própria construtora. Atualmente, edifica casas e prédios de pequeno porte e só os vende depois de prontos, já que a margem de lucro é maior. Heric sonha alto e tem muitas ideias na cabeça. “Procuro sempre buscar boas alternativas de investimento como a compra de terrenos. Eu sou ambicioso e quero fazer prédios grandes”, diz.

TENHO UMA EQUIPE JÁ ESTRUTURADA. POR ISSO, O TRABALHO NÃO ME EXIGE MUITO” LUIZENITO PESSANHA

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Segundo Renato Schueler, a cidade está se tornando mais vertical e recebendo crescente número de projetos de grande porte

A prosperidade no setor fez a Pontal Materiais de Construção, de Márcio Costa crescer e reinvestir no negócio, sendo uma das maiores loja do setor na região

Com perfil dinâmico, ele gosta de empreender e diversificar os negócios. Não é à toa que ele conjuga com a atividade de “erguer paredes”, trabalhos na área de óleo e gás e a gestão de uma imobiliária própria. “Eu não paro de trabalhar, mas controlo o meu tempo. O bom de ter o próprio negócio é que consigo viajar, pelo menos, três vezes por ano.” NÚMEROS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM MACAÉ Dois documentos emitidos pela Secretaria de Obras e Urbanismo de Macaé, a SEMOB, funcionam como termômetros do desempenho da construção civil na cidade. São o Alvará de Construção, que autoriza a execução da obra e, o Habite-se, que concede a permissão para residir no imóvel. O Habite-se é concedido por unida56 •

de residencial ou comercial, ou seja, para um prédio com 10 apartamentos ou 10 salas comerciais, são liberados 10 Certidões de Habite-se. E, para o mesmo prédio é expedido apenas um alvará porque se refere à obra. De acordo com dados da SEMOB, de 2009 a 2011, houve uma ascensão no número de Alvarás de Construção emitidos de mais de 180%. Enquanto em 2009 foram expedidos 488, em 2011 foram 883. Porém, de 2011 para 2013 ocorreu o contrário. No ano passado, a prefeitura concedeu apenas 558 alvarás, 37% menos do que em 2011. Já em 2014, os números são mais otimistas. De janeiro a junho deste ano, 420 alvarás foram liberados, o que representa mais de 75% da quantidade do ano passado inteiro. Já os dados referentes ao Habite-

-se revelam que a cidade está passando por mudanças urbanísticas. Em 2002, a SEMOB expediu aproximadamente 840 Certidões de Habite-se, enquanto em 2013 foram expedidas 3.091. Isso significa que a quantidade de Habite-se mais que triplicou em 11 anos. A grande diferença de crescimento de Habite-se em relação aos alvarás indica que a cidade está recebendo mais edifícios. “O número de residências multifamiliares está aumentando, o que pode ser constatado pela verticalização da cidade. Temos observado um crescente número de projetos de grande porte como condomínios com vários blocos de prédios”, afirma o subsecretário municipal de urbanismo de Macaé, Renato Schueler. O S E N T R AV E S PA R A Q U E M CONSTRÓI Embora o mercado da construção www.divercidades.com


civil seja muito rentável, há períodos de turbulência. Eromildes confessa ter vivido maus momentos. “Já levei prejuízo grande. Cai três vezes porque os negócios não deram certo, mas me levantei. Eu tinha estrutura para segurar a onda e por isso sobrevivi”, conta. Como todo segmento, este também sofre influências de outras áreas. O atual momento de crise no petróleo projeta reflexos. Na opinião de Luizenito, Macaé está atravessando uma fase de calmaria. “Percebo uma desaceleração. Mesmo assim, o momento é bom”, fala Luizenito. Obstáculos também não faltam para quem se aventura na atividade. Entre a compra do terreno e a entrega do imóvel pronto há um longo caminho. O trabalho é complexo porque demanda várias etapas que incluem contratação de mão de obra, compra de materiais e aprovação do projeto e legalização do imóvel, entre outras. A burocracia para permissão da construção e o recrutamento de mão de obra são os itens mais problemáticos. Eromildes relata que, em 2013, não construiu porque o projeto de

arquitetura da edificação levou 1 ano e 8 meses para ser aprovado. Depois disso, foram mais 2 meses para que o Alvará de Construção fosse emitido. Já Luizenito enfrenta dificuldades para encontrar profissionais. “É difícil achar mão de obra especializada. Eu resolvo isso formando os funcionários. Contrato gente com vontade de aprender e vou ensinando”, conta. Para Heric, os principais problemas relacionados aos recursos humanos da área são a falta de comprometimento e a baixa qualidade do serviço. A FORÇA DO COMÉRCIO LOCAL Uma única obra é capaz de movimentar diversos setores da economia. Se o mercado da construção vai bem, os benefícios podem ser sentidos em outras empresas, assim como aconteceu com a Pontal, loja de materiais de construção de Macaé.

PROCURO SEMPRE BUSCAR BOAS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO, COMO A COMPRA DE TERRENOS. EU SOU AMBICIOSO E QUERO FAZER PRÉDIOS GRANDES”

HERIC HENRIQUE

O proprietário Márcio Costa, fundou a empresa há 16 anos e se desdobrava em várias funções para conseguir atender os clientes. “No início foi difícil. Éramos eu e mais três funcionários. Para atender o Eromildes na constru-

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Claudia Barreto

As áreas e os empreendimentos imobiliários na região sul são os mais valorizados de Macaé

Atualmente, a Pontal conta com 110 funcionários e planeja crescer ainda mais. Será construído um centro de distribuição para materiais pesados na Linha Azul e o espaço que hoje fica no São Marcos, dividido entre loja e estoque, está sendo transformado em home center, com todos os produtos expostos. “Nossa expectativa é ser o maior revendedor de material de construção do Norte Fluminense. Queremos colocar toda a gama de material de construção em um só lugar para facilitar a vida de quem constrói. Só não venderemos madeira”, fala Márcio. DICAS PARA OS INICIANTES Com a experiência que só o trabalho no dia a dia traz, os construtores de Macaé adquiriram conhecimentos que valem muito. Veja as dicas de ouro que eles dão para prosperar na construção civil, em Macaé: • Busque informações e conheça mais sobre o mercado da construção civil na cidade; • Construa credibilidade estabelecendo relações de confiança no mercado, tanto com fornecedores, instituições financeiras, quanto com os clientes; • Busque mão de obra com boa referência;

PROCURO TER UM BOM RELACIONAMENTO COM MEUS FUNCIONÁRIOS. NUNCA FALEI ALTO COM ELES” EROMILDES MONTEIRO 58 •

ção do Tropical Plaza, eu descarregava o caminhão na obra às 6h, voltava para casa, tomava banho e às 7h30, abria a loja”, recorda Márcio. Atento às necessidades do consumidor e de olho no futuro, o empresário percebeu o crescimento do setor e estruturou o negócio para crescer junto. “Percebi que precisava aumentar o estoque para atender os construtores daqui e criar facilidades para atraí-los como clientes fixos. Foram eles que fizeram a Pontal crescer”, afirma. Entre os atrativos para o cliente, a loja oferece cadastro, material em estoque, venda por telefone, facilidade de troca, pronta entrega e forma atrativa de pagamento.

• Se puder, dedique esforço para a formação dos trabalhadores; • Forme uma boa equipe de profissionais. Eles são fundamentais para o bom andamento da obra; • Junte um bom capital para começar; • Fique atento à boas oportunidades de investimento, como por exemplo, compra de terrenos; • Pesquise um bom ponto para construir, pois localização é fator primordial para quem compra imóvel; • Priorize comprar os materiais necessários para a construção à vista ou com pagamento antecipado. Essa pode ser uma excelente maneira de conseguir descontos e reduzir custos. www.divercidades.com


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LAZER

O Jogada Certa tem duas mesas profissionais e três semiprofissionais ou “carioquinhas” e mescla sinuca com shows

SNOOKER BAR EM MACAÉ Bares macaenses resgatam a tradicional sinuca, colocando o jogo como principal atrativo da noite Por: Alice Cordeiro Fotos: Alessandra Tavares

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O Sports Bar, nos Cavaleiros conta com cinco mesas semiprossionais de

www.divercidades.com sinuca além de uma mesa de pôquer,

quatro de carteado e uma de xadrez


Os cariocas Fernando e Sabrina apostaram no diferencial do gosto do brasileiro pela sinuca e pela música

Entre uma tacada e outra, o técnico em mecânica Marcos Vinícius, à direita, diverte-se com os amigos

Alessandra, de preto, está sempre com seu grupo de amigas, todas as quartas, no Jogada Certa para jogar e ouvir boa música

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e antes elas só tinham espaço nos “pés-sujos”, hoje as mesas de sinuca ganham lugar de destaque em bares especializados. Os famosos Snookers Bars chegaram a Macaé conquistando muitos adeptos. Eclético, o jogo possibilita a diversão de uma dupla ou de dois times com composição diversa, sejam eles homens ou mulheres. Entre uma tacada e outra, a diversão é garantida em ambientes descontraídos que oferecem desde shows variados até um cardápio diferenciado. JOGADA CERTA SNOOKER BAR Inaugurado em agosto de 2013, o Jogada Certa foi o primeiro bar a investir em um espaço especializado em sinuca. Com uma decoração rústica e um ambiente intimista, o estabelecimento nos convida a disputar uma partida com os amigos entre uma cerveja e outra.

Carioca da gema, Fernando Cesar do Vabo, de 33 anos, decidiu trazer um pouco do Rio para Macaé quando investiu no bar com a esposa Sabrina Patrício Gomes, 33 anos. “Quando pensamos em montar um negócio, queríamos investir em algo diferenciado e percebemos que Macaé não oferecia espaço como esse, para que as pessoas pudessem se divertir, saborear petiscos e ouvir boa música”, explica Sabrina. “Quando decidimos o negócio que teríamos, estávamos tão focados e empenhados que montamos e estruturamos o bar em três meses. Fizemos toda a decoração do ambiente, escolhemos a programação musical e hoje conseguimos ver o retorno positivo dessa iniciativa. Muitos clientes procuram saber quem somos para elogiar a decoração, os shows e o investimento na sinuca”, conta Fernando.

Com duas mesas profissionais e três semiprofissionais, ou carioquinhas como também são conhecidas, o Jogada Certa oferece uma programação musical variada com Forró às terças; Samba e Chorinho nas quartas; Jazz às quintas; e Pop Rock, Regae e MPB às sextas. “Optamos por apoiar os artistas locais que trazem música de ótima qualidade. Assim, além de agradar aos amantes da sinuca, também oferecemos diversão para aqueles que não querem ou não sabem jogar”, comenta Fernando. Mas, é difícil resistir aos encantamentos da sinuca. Se no passado as mulheres ficavam apenas observando, hoje elas já arriscam suas tacadas. A fotógrafa Alessandra Tavares, de 33 anos, é um bom exemplo. “Conheci o Jogada Certa durante a comemoração de aniversário de uma amiga e me apaixonei pelo lugar por ser muito diferente de • 61


Geisa e Matthew David, do Sports Bar, investem no cardápio e nos drinks da casa para conquistar os clientes Iury Cordeiro frequenta o Sports Bar pelo menos duas vezes por mês

tudo que existe em Macaé. Gosto do ambiente, do som das pessoas e arrisco minhas ‘tacadas’. O ambiente descontraído permite essa interação de jogo tanto de homens quanto de mulheres”, descreve, reforçando que está sempre com seu grupo de amigas no local, todas as quartas, para jogar e ouvir boa música. Inicialmente pensado para atrair o público das empresas offshore durante o happy hour, o Jogada Certa virou atração noturna tanto para os adultos quanto para os jovens. “Além das pessoas que acabam de sair do trabalho, recebemos também aquelas que acabam de sair da faculdade ou famílias inteiras que chegam para se divertir juntas. Muitas vezes, os pais ensinam seus filhos a jogarem sinuca aqui”, descreve Sabrina com orgulho de ter um ambiente acolhedor. É entre uma tacada e outra que o técnico em mecânica Marcos Vinícius de Oliveira, de 22 anos, diverte-se com seus amigos. “Sempre gostei de sinuca e nunca encontrei um local bacana para jogar em Macaé. Hoje, sou frequentador assíduo do Jogada Certa há cerca de sete meses. Venho pelo menos duas vezes por semana seja com meus amigos ou com minha família”, conta. THE SPORTS BAR Localizado nos Cavaleiros, o The Sports Bar oferece, além da sinuca, outros jogos tradicionais nas mesas 62 •

de um bar. As cinco mesas semiprossionais de sinuca dividem espaço com uma mesa de poker, quatro de carteado e uma de xadrez (que também pode virar de damas), além das seis TVs que ficam sintonizadas em canais diferentes de esportes. Inspirado nos tradicionais bares de esportes americanos, o The Sports Bar surgiu quando Geisa Bittencourt Thielen, 33 anos, chegou ao Brasil depois de uma temporada de seis anos nos Estados Unidos acompanhada de seu marido Matthew David Thielen, 38 anos. Em Macaé, perceberam que faltava um bar destinado aos esportes e, no final de 2013, inauguraram o The Sports Bar. “Tivemos uma grande receptividade, principalmente dos macaenses. No início, pensávamos que o bar seria mais frequentado por estrangeiros que moram aqui, mas o público mais frequente são os macaenses que, muitas vezes, comentam que faltava um bar assim na cidade”, conta Geisa. Além de investir nos jogos, outra grande preocupação da macaense Geisa e do americano Matthew foi criar um cardápio que misturasse os sabores de seus países. “Entre os destaques estão as quesadillas, prato mexicano, mas muito consumido nos Estados Unidos; as asas de búfalo e o brasileiro polenta acompanhada de camarão”, detalha. Os drinks são outros queridinhos da casa. Preparados por um barman formado na Espanha, eles são feitos com

misturas para agradar todos os gostos. “Para os homens, que geralmente não bebem drink com frequência, criamos um à base de whisky”, conta. Jogador de sinuca desde os 15 anos, Iury Cordeiro Barros, 26 anos, conta que frequenta o local pelo menos duas vezes por mês. “Macaé não oferecia nada parecido. Nossa opção era ir a boates ou ficar sentado em algum bar. Aqui, podemos nos divertir jogando e interagindo com os amigos”, conta. Além do público masculino, o local também atrai mulheres, estejam elas acompanhadas de seus parceiros ou reunidas com as amigas. “Mulheres, para minha surpresa, compõem quase metade do público. A maioria que vem acompanhada joga com seus parceiros. Já as solteiras, que vêm em grupos, jogam entre elas. Além disso, as famílias também participam, trazem crianças pequenas e fazem festas de aniversário”, descreve Geisa. Apaixonada por sinuca, ela conta que aprendeu o jogo com o pai e que continuou praticando com os amigos nos Estados Unidos. “Quanto mais você joga, mais você quer jogar, porque você consegue ver a melhoria nas suas habilidades. Por ser um jogo que exige estratégia, concentração e controle motor, satisfaz bastante o público. E juntar isso com a possibilidade de reunir os amigos, tomar uma cerveja geladae relaxar, vira a combinação perfeita”, finaliza a empresária. www.divercidades.com


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SAÚDE

Gianini Coelho

TRANSPIRANDO PELA SAÚDE Como a prática da sauna pode ajudar a manter o corpo e a mente saudáveis Por: Fernanda Pinheiro Fotos: arquivo pessoal

A integração da sauna com a área de lazer da casa, principalmente com a piscina, é uma tendência que evidencia o destaque deste epaço nos projetos de arquitetura para os amantes da sauna

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ão cerca de 9 mil anos desde o primeiro registro histórico que marca sua existência. Sua criação se deu graças aos povos nômades que ocuparam a Finlândia na pré-história. Desde então, a sauna é um símbolo importantíssimo naquele país e, até hoje, é o primeiro cômodo que um finlandês ergue quando vai fazer uma casa. “Atualmente, existem 2,2 milhões de saunas para 5,2 milhões de habitantes”, afirma o antropólogo Juha Pentikäinen, da Universidade de Helsinque, na Finlândia. A mais tradicional, chamada savu sauna, ou sauna de fumaça, era uma construção escavada no pé de um morro, formando uma espécie de caverna subterrânea. Para os pioneiros finlandeses, 64 •

o local desta prática era considerado um lugar sagrado, onde se purificavam o corpo e o espírito. Lá, ocorriam rituais de curanderia, partos... e até casamentos! A invenção finlandesa deu origem ao tipo que hoje conhecemos como sauna seca. O banho de vapor ou sauna úmida surgiu bem depois, na Grécia Antiga. E não podemos deixar de falar nos turcos, que mais avançaram nessa técnica, aquecendo caldeirões de bronze cheios de água em grandes salões de mármore com teto côncavo, desenvolvendo o chamado banho turco. Entre todos esses povos, a sauna era muito popular por seu suposto poder curativo. Ainda no século 4 a.C., o grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, afirmava que a tempera-

tura alta podia tratar qualquer doença. Exageros gregos à parte, é fato que a sauna úmida funciona como uma inalação, facilitando a secreção dos pulmões e a limpeza do nariz. Na sauna, o calor estimula a circulação do sangue e a transpiração, ajudando o corpo a liberar substâncias de que não precisa, auxiliando em uma circulação geral. Biologicamente falando, numa sauna quente, o corpo age como se tivesse febre e todos os órgãos internos e externos trabalham para se livrar dela, acelerando o seu ritmo e liberando toxinas, como metais pesados, ácido úrico e ácido láctico. O coordenador do restaurante popular de Macaé, Flávio Cordeiro, de 46 www.divercidades.com


Arquivo pessoal

lir. Também descarrega a eletricidade do corpo e relaxa o sistema nervoso, eliminando dores musculares. Em repouso absoluto, a temperatura corporal subirá, a pulsação será acelerada, aproximadamente, em 90 batimentos por minuto e teremos uma super circulação em todos os vasos do cérebro, nas artérias do coração, nas coronárias e na pele, promovendo a transpiração e estimulando as glândulas endócrinas do corpo, tireóide, pâncreas, suprarenais, glândulas sexuais e o fígado. A sauna é indicada por médicos em casos de alergias da pele, dos pulmões, bronquites, sinusites, gripes, rinite, estresse, obesidade, reumatismo, esgotamento físico e mental, alcoolismo, tabagismo e drogas.

Flávio Cordeiro com a filha, ao meio, e as sobrinhas na piscina do Tênis Clube, onde costuma fazer sauna

anos, é adepto da prática finlandesa desde quando tinha 15 anos. Frequentador assíduo da sauna do Tênis Clube de Macaé, costumava estar lá quase todos os dias. Hoje, aproveita os benefícios da sauna duas vezes na semana. “Me sinto muito bem, mais leve, sensação de mais limpo. No meu caso, ajuda muito a relaxar, pois é momento de descontração,

reflexão, e também ginástica, antes ou durante a sauna. Depois, para arrematar, tomo uma boa ducha fria”, ensina. A transpiração na sauna, por período mínimo de 15 minutos, faz o corpo se livrar dessas impurezas, como o sal em excesso, que os rins levariam 24 horas de trabalho constante para expe-

Para o tecnólogo em petróleo e gás Rodrigo da Silva, a paixão pela sauna começou quando a frequência nas atividades no Tênis Clube de Macaé se tornaram mais constantes, em torno de 1986. “Na minha opinião, a sauna é mais do que um simples banho, é também um hábito de higiene profunda que promove melhor equilíbrio entre o corpo e a mente. Também existe o lado social, de estar com pessoas e manter um bom papo. Facilita profundamente um barbear mais suave a medida que a transpi-

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Gianini Coelho Arquivo pessoal

Para Rodrigo Cordeiro, a sauna é um hábito de higiene profunda que promove o melhor equilíbrio entre o corpo e a mente

ração se intensifica. Enfim, uma prática que me permite vários benefícios no que diz respeito à problemas respiratórios, inclusive”, complementa Rodrigo. Mas quem tem problemas cardíacos, ou alguém na família que sofra dessas complicações, deve evitar o hobby. “Pacientes portadores de doença coronariana, em especial em ambientes externos frios, devem evitar fazer sauna devido ao “choque térmico” que pode levar à vasoconstrição coronariana ou hipotensão, induzindo à uma piora da doença”, afirma Carlos Emir Mussi Júnior, cardiologista da clínica Prevencor/ PróCoração. Como benefícios gerais, a sauna fortifica o sistema cardiovascular, relaxa os músculos, aumenta a flexibilidade e alivia dores. Outro grande benefício da sauna é o alívio, sem nenhum efeito tóxico, de dores nas articulações e da rigidez dos músculos. Os amantes dessa prática afirmam que o banho de sauna é uma das razões da longevidade dos europeus, que o fazem com rotina e simplicidade. “Importantíssimo estar bem hidratado ao fazer sauna, em especial a seca, que tende a ser mais quente e gerar mais calor interno no corpo e com isso uma transpiração muito maior com desidratação. Um cuidado maior também para quem é hipertenso, em uso regular de medicação, pelo risco de queda da pressão, em especial logo após o uso da medicação e período acima de 6 horas sem se hidratar”, complementa Dr. Carlos. 66 •

Segundo o Dr. Carlos Emir Mussi Jr., portadores de doenças coronarianas devem evitar fazer sauna

BENEFÍCIOS DA SAUNA •Alivia dores reumáticas e das costas; •Combate doenças do sistema respiratório (bronquite, gripe, resfriado, sinusite); •Desintoxica e expulsa as impurezas do organismo; •Hidrata a pele e desobstrui os poros, ou seja, uma limpeza de pele natural; •Limpa e desobstrui as vias respiratórias; •Melhora a circulação sanguínea; •Proporciona agradável sensação de bem-estar; •Relaxa a musculatura e facilita o sono. ALGUMAS DICAS PARA UM BOM USO DA SAUNA 1 - Comece com um bom banho de chuveiro, esfregue todo o seu corpo, de preferência com bucha vegetal; 2 - A temperatura ideal para sauna a vapor é entre 40 e 45º C. Para sauna seca, o ideal é em torno de 60ºC; 3 - Procure relaxar no interior da sauna, sinta a transpiração fluir e de vez em quando respire fundo, principalmente no vapor, é ótimo para as vias respiratórias; 4 - Não existe um limite de tempo de permanência, mínima ou máxima, para

a sauna. Cada indivíduo possui um organismo próprio, por isso o seu limite é você quem vai determinar. Quando o calor já estiver incomodando, é hora de refrescar-se. É importante que cada sessão de sauna seja seguida por um contraste (banho frio). Molhe primeiro os pulsos e a nuca e sempre mergulhe de pé para evitar choque térmico; 5 - Quando estiver na sauna, se quiser, fustigue suavemente todo o seu corpo com um ramalhete de folhas de pimenteira (não confundir com folhas de pimenta) ou bétula, embebido em água fria. É ótimo para ativar a circulação sanguínea; 6 - Depois de banhar-se na sauna, você precisará de um bom refresco, água, chá gelado, suco de frutas, vinho branco ou até mesmo uma cerveja, mas nada em excesso. Se quiser comer algo, prefira saladas ou comidas leves; 7 - Sente-se confortavelmente e relaxe tomando sua bebida, lendo ou ouvindo música. Não se esqueça de que seus órgãos internos passam pelo mesmo processo de aquecimento, e seu resfriamento é mais lento, daí a razão desse repouso; 8 - Evite comer ou ingerir bebidas alcoólicas antes de seu banho de sauna. 9 - Tome, no máximo, 3 sessões de sauna por dia e 3 vezes por semana. www.divercidades.com


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ESPORTE

AEROMODELISMO

Esporte reúne amantes

Rovani Bevitori

A pista de voo da AMA fica localizada na linha verde, bairro da Glória, em Macaé, onde os seus membros se encontram semanalmente

da aviação em Macaé, aproximando gerações em torno destas pequenas e provocantes máquinas voadoras Por: Fernanda Pinheiro Fotos: Gianini Coelho Hoje, os aeromodelos estão com preços mais acessíveis que vão de R$500 a R$1.500 dependendo do material

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Pai e filho juntos no aeromodelismo. Ramon Vilela divide sua paixão com o filho Murilo, que tem uma facilidade incrível com os games e o pai com a mecânica

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e longe, é possível ouvir o barulho dos motores. Ao nos aproximarmos, sob um céu de brigadeiro, vários aeromodelos começam sua aventura pelos céus. Os pilotos, com os pés no chão, têm os corações voando naquele céu limpo. São vários mini aviões, um desfile de cores, até parecem de brinquedo, mas nunca diga isso perto de um esportista da modalidade! “O aeromodelismo, ao contrário do que a maioria pensa, não é uma brincadeira. São aviões de verdade, em escala menor, onde a real diferença é que não há uma pessoa dentro dele pilotando, ela está fora, à distância, mas no controle dos comandos. Toda a tecnologia empregada na fabricação de um avião de verdade também é empregada na construção de um aeromodelo. No começo, é necessário o auxílio ou de um instrutor de voo ou de um aeromodelista experiente face à dificuldade inerente ao hobby, periculosidade e outra infinidade de detalhes”, avisa o instrumentista industrial e aeromodelista Rovani Bevitori.

Chamado de esporte-ciência, o aeromodelismo surgiu no Brasil no final da década de 30. Os modelos eram quase todos de voo livre, sem motor, e o grande desafio era mantê-los no ar o maior tempo possível. Existiam os planadores, os modelos a elástico e aqueles com motores a explosão à gasolina, com um sistema que utilizava uma bobina de alta tensão, pilhas para a ignição e velas automotivas. Já na década de 60, apareceram os rádios multicanais e mais tarde, os digitais com comando proporcional, o que facilitou muito a vida dos aeromodelistas. Com o advento das baterias de lítio e dos motores elétricos mais leves, menores e mais potentes, o esporte vem se tornando cada vez mais popular e ganhando adeptos na região. Estudo, dedicação e aprofundamento em áreas como matemática e física mostram que o aeromodelismo não aceita falhas, é preciso e direto. Para os adultos, um alívio da carga de estresse do dia a dia. Para as crianças e adolescentes, cada vez mais fissurados por um bom vide-

ogame, é uma oportunidade de melhorar a qualidade de vida e estimular seus reflexos e a inteligência. Aqui em Macaé, os amantes do aeromodelismo formam a AMA – Associação Macaense de Aeromodelismo. Ramon Vilela de Moraes, junto de Rogério Coelho e Marcelo Araújo formam o grupo que a preside. Fundada em 2003, ela conta com cerca de 30 membros que se reúnem, semanalmente, na pista de voo que fica localizada na linha verde, bairro da Glória, em Macaé. “Herdei o amor pelos aviões de meu pai. Ele me levava, com 12 anos, quase todo fim de semana ao aeroporto de Macaé para apreciar os pousos e decolagens... Era sempre mágico. Sem falar que, por vezes, nos deixavam entram nas cabines para ver como eram por dentro, seus instrumentos e tudo mais. O hobby consiste, basicamente, no avião (elétrico ou combustão), com rádio transmissor que fica em poder do aeromodelista e transmite os comandos para o receptor que fica no avião. Para • 69


Rovani Bevitori

Rovani herdou a paixão por aviões do pai e hoje divide esta mesma paixão com sua esposa e filhos

voar é necessário uma gama de acessórios e ferramentas”, comenta.

Com treinamento e dedicação, os praticantes conseguem executar manobras iguais às de aviões de verdade

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Nos dias de voo, Rovani leva a esposa Taysa Bevitori e os filhos Luan, 11 anos, Luma, 10, Mallu de 5 anos e Gerran, de 15, para a pista. “Todos vibram com os voos e manobras e sofrem quando as quedas acontecem. Acho que, se não fossem os games eletrônicos, meus filhos se interessariam mais. Não dá pra competir... os tempos são outros.

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tre outros. Independente do modelo e tamanho, os aeromodelos são comercializados completamente desmontados e pré-montados. Por conta disso, quem está iniciando vai precisar de muita ajuda de alguém com experiência porque vai mexer com colagem, cortes, soldas, pinturas, furações, além de manusear uma série de ferramentas. É quase um artesanato”, esclarece Rovani. A prática também exige certos cuidados, como o uso de luvas para dar partida na hélice sem se cortar e precaução para que os olhos não sejam atingidos por pedras.

Os aeromodelos exigem ajustes e manutenção constante, que são feitos em um espaço na própria pista

Mas, quando vem o fim de semana e o céu está limpo, voar com a família ao lado é espetacular...”, compartilha. Existem dois tipos de aeromodelos. Os maiores são abastecidos a gasolina e os menores são feitos de isopor e têm motores elétricos. Os modelos elétricos podem ser praticados em qualquer lugar, mas os aeromodelos a gasolina exigem um local apropriado, distante das resi-

dências, para não representarem risco de acidentes. A globalização, que motivou o surgimento de mais fabricantes e mais concorrência, aumentou a acessibilidade às peças e barateou os custos, o que fez aumentar também o número de praticantes. “Na fabricação dos aeromodelos são empregados os mais variados tipos de materiais como madeira, plástico, isopor, borracha, metais, fibra de vidro, fibra de carbono, Kevlar en-

Para Ramon Vilela, que pratica o esporte desde 2010, o aeromodelismo é mais do que um hobby. Nascido no sul de Minas Gerais, em uma cidadezinha chamada Maria da Fé, o engenheiro deu asas ao seu sonho de voar por meio de um aeromodelo. “Quando criança, sempre sonhei em seguir carreira militar, mais especificamente gostaria de ir para a aeronáutica. Mas o destino me mostrou a escola de engenharia. Quando fiz vestibular, fiz prova tanto para engenharia quanto para a área militar. Acabei seguindo en-

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genharia. Mas, mesmo assim, sempre gostei muito de aviões. Tive a oportunidade de conhecer o aeromodelismo em um evento realizado em Itajubá/ MG. Apresentaram-me o simulador de voo e o pessoal me deu algumas dicas. Comecei a frequentar a pista de lá e acabei comprando um avião poucos meses depois”, explica. O engenheiro tem um modelo asa alta treinador. “Já tive outros, mas o dédalos é muito dócil, com voo suave e pouquíssima manutenção”, complementa. O mais legal é que Ramon dividiu sua paixão com seu filho Murilo, de 17 anos. Juntos, os dois somam habilidades e desfrutam do prazer que o esporte dá. “Essa paixão acaba gerando um aprendizado para os dois. Ele tem uma facilidade incrível com games. Por outro lado, tenho com a mecânica. Além de fortalecer o laço familiar pela troca de conhecimento, é muito bom estar com ele. Murilo tem dois aeromodelos: um uggly stick para brincar com manobras 3D e uma asa de combate, ou Zag, para voos de velocidade. Ele já pede um mais arrojado,” completa Ramon. A rotina do aeromodelista não é fácil. Como, geralmente, os praticantes colocam seus aeromodelos para voar aos finais de semana, nos dias anteriores alguns preparos são essenciais para um bom dia de voo. 72 •

Ramon e Murilo carregam baterias, verificam se os aviões estão em ordem... “Às vezes, um ou outro precisa de uma colinha ou ajuste. Nos finais de semana, logo cedo, juntamos a tralha toda e seguimos para a pista. Já no caminho, vamos analisando as condições de vento.” QUANTO CUSTA Tem avião para todos os gostos e bolsos. Mas é possível iniciar com menos de R$ 500, segundo Ramon. “Para voar é necessário adquirir um rádio, também chamado de transmissor; o avião, onde será instalado um componente chamado de receptor; o motor e, finalmente, baterias ou combustível. Essa compra inicial é mais cara por causa do rádio. Se for um motor a combustível, também sairá um pouco mais caro. Este conjunto pode chegar desde R$ 500 até R$ 1.500”, explica. Atualmente, os motores elétricos são mais comuns. Isso porque este motor não requer ajuste e nem manutenção, além de ser mais barato. O lado negativo é a necessidade de mais baterias para manter a mesma autonomia de voo. “Com relação ao avião somente, há modelos construídos de isopor de alta densidade ou plástico, também conhecidos como pastinha e balsa. Aviões de isopor, como o meu, custam, em média, R$ 200. Os de balsa podem chegar a R$ 1.500. Já no rádio, a variação de

Para os interessados em ingressar no esporte, a AMA está no Facebook e tem interesse em difundir o esporte na cidade

preço se dá em função das funcionalidades e marca. O básico de 4 canais também pode ser encontrado por R$ 200, podendo chegar a 15 canais, que são os profissionais”, continua. Os kits são vendidos com as peças separadas ou completos na internet. Para montar, pode-se contratar um técnico especializado para isso, geralmente alguém, que já pratique aeromodelismo. É sempre aconselhável pesquisar, procurando quem entende mesmo do assunto antes de comprar, pois existem muitas peças ruins disponibilizadas na internet. Uma das mais recentes novidades, muito bonitas de se ver, são os aeromodelos com led, feitos para voos noturnos. “Aqui na região, o mais difícil é a reposição de peças após queda. Mas só cai quem voa, não é mesmo?”, brinca Ramon. Para quem ficou com vontade de criar asas junto desses pilotos, procure a AMA por meio do Facebook ou dê um pulinho na pista e converse com esses especialistas! Eles irão indicar os modelos, peças e componentes mais adequados e com a melhor relação custo/benefício. www.divercidades.com


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PERFIL

A esposa Carmem é, para ele, parceira e companheira em tudo

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ernando Passeado é uma figura bastante conhecida entre os macaenses, seja por ter sido secretário de comunicação do município durante 8 anos, pelo papel desempenhado como entrevistador na TV, pela atuação no comércio ou indústria e por tantos outros feitos. Com a mesma força que o bigode grosso imprime uma marca no imaginário toda vez que se fala no nome dele, o espírito empreendedor se revela como característica singular de sua trajetória. “Sou apaixonado por projetos. O que mais gosto de fazer é atingir metas e ter resultados. Eu me considero empreendedor em tudo”, diz.

FERNANDO PASSEADO

Como secretário de comunicação, Fernando lançou a campanha “Macaé a todo gás” na feira Brasil Offshore, em 2003

Com espírito inquieto, ele empreendeu no comércio e na comunicacão. Hoje, Fernando descobre novos caminhos na literatura e no turismo Por: Leila Pinho • Fotos: arquivo pessoal

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Nascido em Cataguases (MG) em 1955, Fernando saiu ainda bebê de Minas e foi morar em São João de Meriti (RJ). Na cidade da Baixada Fluminense ele ensaiou os primeiros passos de empreendedorismo. Com apenas 12 anos montou um fabriqueta de pipas. “Tinha oito meninos que trabalhavam pra mim e eu os pagava por produção. Nós fornecíamos pipas para São João de Meriti, Caxias e outros municípios da Baixada Fluminense”, conta. Ainda adolescente, ele voltou para Minas onde morou com a tia Marli Passeado e o tio Janotti, em Belo Horizonte. Na capital mineira, completou o segundo grau e voltou para o estado do Rio de Janeiro. www.divercidades.com


quando recebeu apoio de Lafaiette Fernandes e o ex-vereador Dr. Mendonça. Aqui, ele iniciou atividades no comércio e na indústria. Ele abriu uma fábrica pequena de produção de sapatos artesanais e também teve uma loja que vendia os calçados. O comércio se chamava Asa Delta e ficava no Beco do Caneco. Ele se envolveu em várias outras iniciativas do ramo, uma delas foi relacionada aos amantes do mar. Impressionado com a quantidade de surfistas na cidade, Fernando ficou interessado nesse nicho de consumidores e criou a Portão 7 — marca de surf wear — que vendeu produtos para todo o país. A turma do Portadores de Alegria é a grande paixão de Vânia

A Câmara Municipal de Macaé concedeu o Título de Mérito Municipal em reconhecimento ao trabalho de Fernando

E foi aos 17 que começou a trabalhar em uma empresa de tecnologia e com 3 anos se tornou diretor de marketing. Nessa época, Fernando investiu nos estudos e começou a traçar caminhos na comunicação. “Fiz vários cursos de

formação ligados ao marketing e à publicidade na Fundação Getúlio Vargas.” A RELAÇÃO COM MACAÉ Fernando veio morar em Macaé na primeira metade da década de 1980,

Enquanto Fernando dedicava tempo e força nas atividades comerciais, um encontro por acaso em 1994 o levou a conhecer Silvio Lopes, político que se tornaria prefeito de Macaé anos mais tarde. “Conheci o Silvio Lopes na antessala de um programa de rádio. Eu era comerciante de roupas femininas, naquele tempo. Em 1997 ele foi eleito e me convidou para ser secretário de comunicação. Eu me envolvi de corpo e alma com a cidade e tive a felicidade de construir um grupo competente para trabalhar comigo”, recorda. Como secretário, teve importante participação para dar a Macaé um cré-

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A poesia é o gênero da primeira obra literária de Fernando

Durante o governo de Silvio Lopes, Fernando ocupou o cargo de secretário de comunicação por 8 anos

O lado “coruja” de Fernando demonstra preocupação com seus filhos e netos

dito mais do que merecido. “Fui uma das pessoas que lutou muito pela Brasil Offshore (feira). Recordo que minha equipe apresentou um projeto da feira no início do ano 2000 — a primeira edição do evento foi em 2001. Nessa época, ninguém chamava Macaé de Capital Nacional do Petróleo. Pois, nós investimos pesado e divulgamos que Macaé era a Capital Nacional do Petróleo no país inteiro e até fora do Brasil e, assim, a cidade foi deixando de ser chamada de Bacia de Campos. Com a feira, vi a oportunidade para tudo isso mudar.” Fernando permaneceu no cargo até final de 2004, devido à reeleição de Silvio Lopes. A atuação política ainda é uma constante na vida dele. Atualmente, Fernando Passeado é vice-presidente da Companhia de Turismo do Estado do Rio de 76 •

Janeiro, a TurisRio, e desenvolve um trabalho de valorização do interior. ENTREVISTADOR Há 14 anos no ar com o Programa Raio X, na TV Litoral, Fernando perdeu as contas de quantas pessoas já sabatinou. O programa tem um formato de entrevistas com duração de uma hora e privilegia os convidados de Macaé e região. Ele relata que a ideia do Raio X surgiu da vontade de preservar a identidade cultural do município e dar espaço para que as pessoas do local pudessem contar suas histórias e seus feitos. “Era uma necessidade de conhecer quem faz e fez a cidade. Conversei com muita gente boa e fiz algumas entrevistas memoráveis como a do Luiz Ernesto, jornalista antigo de Macaé que mostrou um acervo incrível da história da imprensa na cidade”, lembra.

Convidados de fora também o marcaram. Ele não se esquece do dia em que entrevistou Aline Barros, famosa cantora gospel, que elogiou o bate-papo e pediu uma cópia da gravação. O jogador de futebol Falcão, que foi eleito o melhor jogador de futsal do mundo em 2004, também ficou na lembrança de Fernando. Falcão teve atuação no futebol de campo, por período curto. “Ele sempre se esquivava da pergunta do motivo de ter largado o futebol de campo e depois voltado para o futsal. Fiz a mesma pergunta para ele, que vários jornalistas já tinham feito sem obter resposta, e então ele revelou que saiu do campo por causa do comportamento do técnico Emerson Leão.” AVENTURAS LITERÁRIAS A mais recente empreitada que Fernando está promovendo é no mundo das letras. Ele está com um www.divercidades.com


livro pronto para ser lançado este ano e tem mais dois a caminho. A obra que deve ser publicada em breve se chamará “A flor do Baobá”, de poesias. Os outros livros ainda não têm nomes. Um será sobre bastidores de histórias políticas de Macaé e o outro terá inspiração na vida e obra de Casimiro de Abreu. “Todo mundo é um pouco poeta. Fazer poesia é começar a se desnudar, acontece quando você toma consciência de que a sua vida pertence ao mundo. A poesia vai além da observação do cotidiano e do sonho. Escrever, pra mim, é uma viagem e eu gosto muito de viajar”, diz. FAMÍLIA PASSEADO Fernando teve três filhas do primeiro casamento, Fernanda, Fabiana e Flávia. “Quando viemos para Macaé, minhas filhas estavam em fase de alfabetização. Elas estudaram no Castelo e Luiz Reid e tiveram uma educação de qualidade. Hoje elas são formadas, pós-graduadas e tenho muita gratidão por elas terem tido a base em Macaé”, lembra. As três mulheres moram no exterior e deram a Fernando cinco netos: Ryam, Arabela, George e Charlote. “Sou vovô coruja, babão mesmo”, comenta.

Fernando entrevista o cirurgião-plástico Flávio Rezende, no Programa Raio X, da TV Litoral, que está no ar há 14 anos ininterruptos

Com Carmem, esposa do segundo casamento, Fernando tem uma relação que vai além do amor. “Ela é minha parceira em tudo.” Ele tem muito afeto pelos filhos de Carmem, Fernanda e Junior, que residem em Macaé, e os que os considera como seus. “Nada do que fiz seria possível sem os filhos que me apoiaram e a Carmem que sempre foi muito presente”.

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PESSOAS

AMAC, uma história de

amparo aos cegos

Mais independência, autonomia e desenvolvimento para os cegos e deficientes visuais tem sido a bandeira da Associação Macaense de Apoio aos Cegos, há mais de 20 anos Por: Leila Pinho • Fotos: Gianini Coelho

J

osé Henrique Roriz não enxerga a tela do computador, mas navega na internet e acessa e-mail. Com a ponta dos dedos prontos para digitar, ouvidos atentos, teclado e um software chamado DOS VOX — sistema operacional para pessoas cegas usarem o computador —, ele ultrapassa a limitação da cegueira e interage com o mundo virtual, com autonomia. José é aluno de informática da Associação Macaense de Apoio aos Cegos (AMAC) e professor de braille e soroban no mesmo órgão. Assim como ele, outros cegos e deficientes visuais encontraram na entidade beneficente uma porta aberta para o desenvolvimento e a inclusão social. A AMAC foi fundada por Marcos Passos em 1991. Um grave acidente de carro, em abril de 1990, provocou a cegueira em Marcos. O fato fez despertar nele a necessidade de criar uma instituição que apoiasse os cegos e deficientes visuais de Macaé e região, de qualquer idade. “Não sou culturalmente cego, só fisicamente. Tentamos mostrar para a sociedade que todo ser humano tem seu potencial e o cego tem o dele”, diz Marcos. Imbuída desse espírito e com 23 anos de atividade, a associação já atendeu mais de mil pessoas.

A atual diretoria da AMAC e o fundador Marcos Passos (de óculos escuros) dão continuidade ao trabalho social

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A AMAC presta serviços gratuitos como assistência social e oftalmológica, aula de informática, estimulação precoce, práticas educacionais para uma vida

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Arquivo AMAC

No curso de informática, os alunos aprendem a ler e-mails, acessar a internet e outros programas, por meio do DOS VOX Arquivo AMAC

Entre as várias atividades oferecidas pela AMAC está a aula de leitura e escrita em Braille

tive aula de orientação e mobilidade, aprendi valores. Para onde quer que eu vá, sempre terei esse lugar como minha raiz. Qualquer deficiente pode ser o que quiser, basta ter força de vontade”, diz Michaelson. Jefferson Marcelo de Oliveira Ferreira, 16 anos, também nutre muito carinho e respeito pela associação. “Tive aula de estimulação precoce, alfabetização, Braille e Soroban. A AMAC me preparou para o mundo vidente e é, pra mim, como uma segunda casa. Hoje, trabalho aqui e faço de um tudo”, conta Jefferson. Ele está no 9º ano no ensino regular e sonha entrar para a faculdade de Direito assim que terminar os estudos.

A AMAC também oferece o serviço de assistência social

independente, psicomotricidade, orientação e mobilidade, Braille e técnica do uso do Soroban — instrumento usado para fazer operações matemáticas —, entre outros. Na área de ensino, os assistidos adquirem conhecimento para se desenvolver, aprendem a caminhar com segurança, a ter uma postura adequada, tem noções de cidadania, etc. De acordo com o fundador, dezenas de pessoas foram encaminhadas pela AMAC para fazer cirurgia de trans-

plante de córnea em outra cidade e muitas voltaram a enxergar. Além do encaminhamento, a entidade custeava o transporte e auxiliava na estadia. Muitas pessoas já foram beneficiadas com este trabalho social e tiveram suas realidades mudadas para melhor. Michaelson Heraldo Sobreira Neto, 21 anos, entrou na AMAC aos 6. Ele foi aluno da extinta escola da AMAC e, hoje, é instrutor de informática na instituição. “Aqui, eu aprendi o Braille,

FATOS MARCANTES Entre muitas conquistas alcançadas pelo trabalho social, duas são citadas por Marcos Passos como fundamentais. “Nosso objetivo era ter uma escola e, no início de 1999, criamos uma. Foi o princípio de muitas coisas boas e dessa escola saíram cinco alunos que fizeram concurso público e se tornaram servidores”, lembra Marcos. O fundador da AMAC sempre defendeu a escola especializada como forma de • 79


Os voluntários participaram ativamento da execução do evento

A equipe de funcionários da AMAC trabalha com dedicação para proporcionar mais qualidade de vida aos cegos e deficientes visuais

dar mais maturidade e preparar melhor os cegos para o convívio social. O Centro Educacional Municipal Professor Walter Boschiglia, que ficou conhecido como escola da AMAC, foi desativado em 2011 em virtude das novas políticas de educação inclusiva. Outra iniciativa da entidade que é motivo de orgulho para Marcos é o monumento dedicado a Louis Braille, edificado em Macaé na Avenida Presidente Sodré, mais conhecida como Rua da Praia, em 1999. Louis Braille é o inventor do sistema de leitura e escrita para cegos. “Esse monumento foi criado em comemoração aos 190 anos de Louis Braille e, em todo o Brasil, Macaé foi a única cidade a prestar homenagem desse porte”, afirma Marcos. QUEM APOIA E PODE AJUDAR A prefeitura de Macaé e a Transocean são alguns dos apoiadores da AMAC. O órgão municipal cede instrutores para atuarem nas atividades de ensino 80 •

da associação e, contribui por meio de subvenção. Alguns sócios também cooperam, mensalmente. Para angariar mais recursos, a AMAC promove um bazar permanente com venda de roupas e objetos. Novos apoios são bem-vindos. Em 2014, a instituição está montando uma clínica de olhos e precisa de doações em equipamentos oftalmológicos. Além disso, funciona na AMAC uma ótica que vende óculos a preços populares que necessita de mobiliário, como balcão, cadeiras, etc. Há ainda outras formas de contribuir. Quem estiver interessado em ajudar, pode entrar em contato direto com a AMAC que fica na Rua Conde de Araruama, 543, no Centro de Macaé. Os contatos são: telefone (22) 2762-8827 ou pelo e-mail amac@amacrj.org.br.

Marcos Passos, à esquerda, e o atual presidente da AMAC, Márcio Batista

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Foi uma iniciativa da AMAC o monumento em homenagem a Louis Braille que fica em frente à prefeitura de Macaé, na Rua da Praia

Arquivo AMAC

MOTIVAÇÃO PARA SEGUIR Os deficientes visuais e cegos enfrentam muitas dificuldades para se adaptarem ao mundo e conseguirem viver com autonomia e dignidade. Vários deles descobrem o potencial que possuem, evoluem na escola, na pro-

fissão, no convívio familiar e social, e conquistam muitas vitórias. Paulo Hugo Peres, de 46 anos, ficou cego há pouco mais de um ano e meio e conseguiu se adaptar bem. Ele é assistido pela AMAC e preza muito pela sua independência. “Eu me considero alguém que fez uma mudança e logo

buscou mecanismos para se adaptar”. Para Marcos Passos, a cegueira possibilitou que ele tivesse o prazer de idealizar e trabalhar na AMAC. “A cegueira não é o fim. Pode ser o início de muitas coisas boas”, finaliza Marcos.

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LEITORA EM FOCO

Marialva mais que Gentil

Por: Luciene Rangel • Fotos: Arquivo pessoal Júnior, Osvaldo e Pierre: família, seu grande orgulho

Marialva Gentil participou do time de basquete do Colégio Estadual Luiz Reid

C

onhecida e reconhecida. Admirada e querida. Marialva Neto Gentil é gente, é alegria, é vida!

Macaense, de família kardecista e de tradição comercial, tem na bagagem histórias com “H” maiúsculo, vividas com muito orgulho e satisfação. Em 1967, aos 17 anos, durante o mandato do Prefeito Cláudio Moacyr, foi eleita Miss Macaé pelo Fluminense Futebol Clube. Em 1969, casou-se com Antonio Osvaldo Gentil, paulista de Barretos, após se conhecerem durante o Concurso de Miss Estado do Rio, em Campos. “Tenho três filhos: Pierre (dentista), Júnior (advogado) e Jean (empresário e filho do coração), dos quais me orgulho muito. São meus netos

queridos: Vitor, Júlia, Miguel, Izabela, Marcela e Gabriela”, desmancha-se. Marialva, que nasceu na casa de seus pais pelas mãos de Dona Cota, uma parteira cega, é irmã de Lúcia Maria, André Luiz e Geuda (do coração). A infância e a adolescência foram das mais felizes, no bairro Imbetiba. “Fiz o curso primário na Escola Estadual Mathias Neto; o ginásio e o normal no Colégio Estadual Luiz Reid, onde participei do time de basquete e fui porta-bandeira nos desfiles Cívicos e Solenidades Festivas, conquistando medalhas e troféus. Sou uma educadora que não escolheu o caminho acadêmico para trilhar, mas a vida se encarregou de levar-me para caminhos sempre ligados à educação”, revela,

As pessoas de Macaé... fazem parte da minha história. Macaé é... a cidade que amo porque aqui nasci, cresci, construí minha família e sou feliz. Qualidades: respeitar o outro, ser solidária e amiga. Defeito: querer terminar todas as tarefas no mesmo dia, sem deixar nada para amanhã. Cor: todas, exceto o roxo e o marrom. Gosta de... estar em contato com a natureza e com o mar principalmente. Não gosto de... deixar as pessoas esperando por mim. Família é... meu porto seguro, meu alicerce, tudo. Amizade é... conviver com as diferenças, respeitar sentimentos, confiar, amar incondicionalmente. É o que levamos dessa vida. No tempo livre gosto de... organizar a minha casa. Sou extremamente organizada em tudo. Ocupo o tempo com... leitura, jogos de memorização, palavras cruzadas, filmes. Livro especial: romances espíritas. 82 •

Marialva mantém a beleza que lhe rendeu o título de Miss Macaé

recordando ter feito parte da 1ª turma formada em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé; atuado em 1991 e 1992 como coordenadora da Agência de Administração Escolar, responsável por 11 municípios da Baixada Litorânea e, na gestão do ex-prefeito Carlos Emir Mussi, ter sido Secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer. Marialva atuou como Chefe de Gabinete da ex-vereadora e ex-vice-prefeita Marilena Garcia e, atualmente, é colaboradora na equipe do gabinete do prefeito Aluízio dos Santos Júnior.

Filme que marcou: Ghost, do outro lado da vida. Viagens que marcaram: todas. No Brasil, a Serra Gaúcha. No exterior, Itália, Suíça, Alemanha, Bélgica, Holanda, França, Dubai... Músicas: Canção da América (Milton Nascimento); Pra não dizer que não falei de flores (Geraldo Vandré); Eterno Aprendiz (Gonzaguinha). Ritmos: samba e reggae. Dá água na boca... os cheiros da infância (da casa de Dona Néia e Dona Nazaré, vizinhas queridas e saudosas da Imbetiba). Momento marcante: quando meus netos nasceram. Não saio de casa sem... batom. Sinto-me realizada quando... vejo que cumpri o meu papel de mãe e tenho orgulho dos meus filhos. Projetos: tive filhos, plantei árvores e estou concluindo uma autobiografia que iniciei em 2005. Pensamento: “Fora da caridade, do amor, não há salvação” (Allan Kardec). www.divercidades.com


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