007 Corintios 1º

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1 CORÍNTIOS 6, 7

Qualquer outro pecado que uma pessoa comete, fora do corpo os comete; todavia, quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo.7 19 Ou ainda não entendeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não pertenceis a vós mesmos? 20 Pois fostes comprados por alto preço; portanto, glorificai a Deus no vosso próprio corpo.8 Princípios sobre a vida conjugal Agora, em relação aos assuntos sobre os quais escrevestes, é bom que o homem se abstenha de relações sexuais com qualquer mulher. 2 Porém, por causa da imoralidade, cada homem tenha sua esposa, e cada mulher, seu marido.1 3 O marido deve cumprir seus deveres conjugais para com sua esposa, e, da mesma forma, a esposa para com seu, marido.2 4 A esposa não tem autoridade sobre o

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seu próprio corpo, mas, sim, o marido. Da mesma maneira, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas, sim, a esposa. 5 Portanto, não vos negueis um ao outro, exceto por mútuo consentimento, e apenas durante algum tempo, a fim de vos consagrardes à oração. Logo em seguida, uni-vos novamente, para que Satanás não vos tente por causa da vossa falta de controle.3 6 Entretanto, prego isso como concessão e não como mandamento. 7 Porquanto gostaria que todos os homens estivessem na mesma condição em que eu vivo, contudo, cada ser humano tem seu próprio dom da parte de Deus; um de determinado modo, outro de forma diferente.4 Melhor estar solteiro, pior é a separação 8 Digo, no entanto, aos solteiros e às viúvas: Melhor seria se permanecestes como eu. 9 Porém, se não vos é possível controlarse, que se casem. Porque é melhor casar do que viver queimando de paixão.

7 A expressão grega original kollõmenos significa um tipo de união perene, leal e capaz de resistir às diversidades da vida e aos desgastes do tempo (Mt 19.5; Mc 10.8; Ef 5.31). A melhor saída para os momentos de tentação sexual é “fugir”. A expressão imperativa em grego, nesse caso, traz a seguinte idéia: “cultivem o hábito de fugir sempre” (Gn 39.12; 2Tm 2.22; 1Ts 4.3), pois a imoralidade sexual pode destruir o templo de Deus. Não é possível adorar ao Senhor por meio de um templo profanado. Paulo aproveita para advertir os gregos quanto as práticas sexuais das sacerdotisas de Afrodite em Corinto (3.17). 8 O cristão deve aprender a valorizar seu corpo como lugar sagrado em que Deus reside, e conscientizar-se de que, por intermédio da presença amorosa e poderosa do Espírito Santo, tem à sua disposição todos os recursos para livrar-se de qualquer escravização ou engano pecaminoso, e se transformar em Pedra Viva para a glória de Deus (Rm 8.5-11; 1Pe 2.9; 1Jo 1.9; Rm 6.12,13; Cl 3.17). Capítulo 7 1 Os coríntios tinham o costume de fazer perguntas embaraçosas a Paulo (7.25; 8.1; 12.1; 16.1,12). Paulo sempre se pronunciou favorável ao casamento e à vida familiar conforme a vontade de Deus (Ef 5.22-33; Cl 3.18,19; 1Tm 3.2,12; 5.14). Ensinou que o celibato é dom de Deus e uma decisão absolutamente pessoal. Quando grupos auto-intitulados cristãos começassem a proibir o casamento, este seria um sinal do início da apostasia que marcaria o final dos tempos (1Tm 4.1-3). 2 Os cônjuges têm direitos e deveres em função do ideal de desenvolverem uma família sadia e um lar harmonioso. Neste sentido, o amor sexual é uma dívida mútua, não um favor ou obrigação contratual. É a expressão de uma vida de compromisso amoroso, fidelidade e respeito, ou seja, amor conjugal. A idéia de que a abstenção sexual é mais santa tem sua origem no paganismo (1Pe 3.7; Hb 13.4). 3 Deus criou a maioria dos homens e mulheres com grande disposição natural para o relacionamento sexual (libido), acentuadamente durante a juventude. O casamento oferece aos cônjuges a correta motivação e o perfeito ambiente para a satisfação física e emocional do amor erótico. A abstenção temporária, com consentimento mútuo e tendo em vista alguma finalidade proveitosa, é plenamente compreensível e aceitável (como uma espécie de jejum), pois a vida conjugal não se limita ao relacionamento sexual (Ec 3.5; Jl 2.16). 4 Embora o casamento faça parte da vontade de Deus para a humanidade, não é obrigatório, especialmente considerando as circunstâncias culturais, sociais e religiosas pelas quais passavam os coríntios naquele momento. Paulo preferiu o celibato por boas e pessoais razões (29, 32, 35), e porque tinha o “dom” (em grego charisma) de viver solteiro, o qual inclui efetivo controle sobre o apetite sexual e uma grande apreciação por um estilo de vida totalmente independente. O casamento também exige um “dom” específico (Mt 5.32; 19.10-12; Mc 10.2-12; Lc 16.18).


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