Folha da Boa Nova - Edição de Junho 2023

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Ação de Graças pelos 20 Anos de Ordenação Episcopal de Dom Félix

Mensagem

Dom Antônio Carlos Félix: 20 Anos de Episcopado

No dia 02 de maio de 2023, às 18h00, aconteceu no Centrel a Missa em Ação de Graças pelos 20 anos de Ordenação Episcopal de Dom Félix e pelos 20 anos de reabertura do Seminário Nossa Senhora Auxiliadora. Na presença do clero, de seminaristas, de servidores da Mitra e da Rádio Mundo Melhor, Dom Félix presidiu a Celebração e destacou sua gratidão e alegria em servir a essa Igreja Particular com todos os encargos confiados

Jubileu

a ele, buscando pautar seu ministério em ser: Pai, Pastor e Amigo, bem como a importância do Seminário Diocesano na caminhada da Diocese.

Pe. Gustavo, em nome do clero, discursou e homenageou Dom Félix com belas palavras de agradecimento, alegria e louvor por termos um Bispo, sobretudo, trabalhador.

Após a Missa, houve bela e animada confraternização para todos os presentes.

Paróquia São Francisco Xavier celebra 20 Anos de sua Criação

O dia 1º de maio de 2023 marcou a Comunidade Paroquial de São Francisco Xavier, no Conjunto SIR, em Valadares. Nesta data ela completou vinte anos de sua criação. O dia foi marcado pela Santa Missa em Ação de Graças que foi presidida pelo Bispo diocesano, Dom Félix, concelebrada pelo Pároco e Formador do Propedêutico, Padre Lucas Aredes. Participaram também o Diácono João Bosco, Gilvan (candidato ao Diaconato permanente), Seminaristas, agentes do SAV, fiéis paroquianos e visitantes. Foi um belo momento de gratidão e confraternização.

Opinião

A simbólica do pontificado do Papa Francisco

Completou-se em 13 de março de 2023 um decênio do pontificado do Papa Francisco ao suceder, em 2013, Bento XVI, um dos maiores teólogos da contemporaneidade, o qual com a saúde debilitada e sem forças para enfrentar as turbulências e escândalos na Igreja, num gesto de humildade e nobreza espiritual, renunciou ao pontificado tornando-se Papa emérito.

Filosofando

Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração” (Jr 3, 15)

Somos agraciados por Deus, que nos enviou um pastor segundo o seu coração amoroso de Pai. O senhor, Dom Félix, traz consigo as marcas de um pastor que não se ausenta, que exerce seu ministério com empenho, amor e dedicação. Sua ação pastoral, cheia de vigor e de zelo, é para todos nós, suas ovelhas, motivo de orgulho e testemunho vivo.

Há 20 anos o Bom Deus o quis para esta missão: ser sucessor dos apóstolos, nesta ininterrupta corrente que nos conduz diretamente ao chamado pessoal de Cristo àqueles homens que, não obstante suas limitações, foram as colunas sólidas em que a sua Igreja foi e é sustentada.

Ao senhor, Dom Félix, nossa gratidão, nossa oração, nosso desejo de felicidade e de muitas bênçãos dos céus. Que o seu ministério continue sendo fecundo, que seus passos continuem sendo iluminados e que o senhor continue sendo o pastor, pai e amigo que sempre foi em sua vida ministerial, sobretudo, nestes 20 anos de episcopado!

Receba o nosso abraço fraterno e nosso afeto filial.

Diocese de Governador Valadares.

Parabéns, Dom Félix!

Mística da Escuta

Liberdade: direito natural “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz”

Alegria e paz!

A liberdade é um direito natural, ou seja, cada ser humano, ao nascer, já traz consigo este direito. Como direito natural, a liberdade não pode ser desconsiderada por nenhum sistema jurídico, moral ou religioso, pois, se assim acontecesse, tal sistema normativo estaria decotando algo que compõe a integridade de cada pessoa.

Há uma espécie de refrão que Jesus repete, muitas vezes, no final de um ensinamento, de uma parábola, de uma exortação mais incisiva. Trata-se de uma expressão típica de seu discurso. Muitos estudiosos dizem que, por causa de sua insistente repetição nos escritos evangélicos, ela deve ter sido uma expressão de Jesus que marcou profundamente os seus discípulos: “Quem tem ouvidos, ouça!”.

Ano XXXI • Edição 361 • JUNHO 2023 • Jornal Oficial da Diocese de Gov. Valadares/MG - www.diocesevaladares.com.br
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Especial
Por André Felipe de Oliveira

Opinião

A simbólica do pontificado do Papa Francisco

Completou-se em 13 de março de 2023 um decênio do pontificado do Papa Francisco ao suceder, em 2013, Bento XVI, um dos maiores teólogos da contemporaneidade, o qual com a saúde debilitada e sem forças para enfrentar as turbulências e escândalos na Igreja, num gesto de humildade e nobreza espiritual, renunciou ao pontificado tornando-se Papa emérito. Com a eleição do cardeal Jorge Mario Bergoglio, deixava o pontificado um Papa teólogo e assumia um Papa pastor. Francisco se tornou o primeiro Papa jesuíta e latino-americano da história. Sob tal perspectiva, seu pontificado porta desde sua aclamação a insígnia da novidade: uma lufada do Espírito Santo para a Igreja em tempos de desafios e crises. Porém, tanto quanto a marca da novidade, seus 10 anos de pontificado podem igualmente ser interpretados pela simbólica da sua pessoa e dos seus atos. Embora seu pontificado seja assinalado pela abundância de escritos e ideias, entre eles, três encíclicas (Fratelli Tuti, Laudato si, Lumem Fidei), cinco exortações apostólicas (Evangelli Gaudium, Amoris Laetitia, Gaudete et Exsultate, Christus Vivit, Querida Amazônia), mensagens e homilias, cartas apostólicas e outros, o simbolismo dos seus atos e gestos proféticos reluzem com mais expressividade a sua novidade. Sua comunicação ressoa por meio de uma linguagem simples, direta, persuasiva, corporal e pastoral. Comunica ao povo como um pastor ante o seu rebanho.

A simbólica do Papa Francisco recorda, em boa medida, os gestos simbólicos dos profetas bíblicos (nabi) que, diante de um contexto de indiferença ou recusa da mensagem por eles proclamada, recorreram à força gestual para transmitirem a vontade divina. Os profetas utilizaram em profusão os gestos simbólicos: Jeremias andou pelas ruas de Jerusalém com uma canga sobre o pescoço em protesto contra o espírito nacionalista das autoridades políticas de Judá (Jr 28), recorreu a um ramo de amendoeira para lembrar a seus ouvintes que Deus vela por sua palavra (Jr 1,11); Ezequiel assou pão sobre excremento de boi (Ez 4,9-17), caminhou para o desterro (12,1-11), gemeu e retorceu (21,11-12), não guardou o luto da esposa (Ez 24,15-27), realizou a mímica do imigrante como sinal para a casa de Israel (Ez 12,1ss.), raspou a cabeça e a barba e dividiu os cabelos em três feixes,

Liturgia e Espiritualidade

dando destinação diferente a cada feixe, um foi queimado pelo fogo, outro dizimado pela espada e o último espalhado pelo vento e devorado pelo fogo (Ez 5,1-5); Isaías andou nu durante três anos (Is 20), quebrou a bilha de barro para mostrar a Judá sua infidelidade (Is 19,1-2.10-11); Oséias utilizou seu casamento e deu nome aos filhos como metáfora da relação Deus-Israel, casou-se com uma mulher que prostituía (Os 1-3); Amós, através de uma cesta de frutos maduros anunciou o julgamento de Israel (Am 8,12). Enfim, os profetas foram criativos e persuasivos com seus gestos simbólicos para comunicar a mensagem divina.

De modo similar, o Papa Francisco como pastor do rebanho de Cristo também recorre à persuasão dos gestos simbólicos para comunicar a mensagem de alegria, misericórdia e paz, à qual a Igreja está incumbida. A simbólica envolve seu pontificado, aflorando num ou noutro momento os gestos mais expressivos. A própria escolha do nome para o pontificado é portadora de significação. O primeiro Papa da história a escolher o nome Francisco, em recuperação e atualização da memória de São Francisco de Assis, patrono dos pobres e da ecologia, renovador espiritual do cristianismo. Segundo o Papa Francisco, a escolha do nome para o pontificado veio a partir de seu amigo brasileiro, Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, que estava sentado ao seu lado após sua eleição e pediu-lhe que não esquecesse os pobres, e como corroboração de tal compromisso, o Papa trouxe em seu discernimento pessoal a memória de São Francisco de Assis para a inspiração do seu pontificado. Outro gesto simbólico destacável do seu pontificado se deu durante o período mais crítico da pandemia da Covid-19, quando a Europa e o mundo viviam os momentos mais críticos, assolados pelas mortes decorrentes do coronavírus. O Papa, em solidariedade e comunhão espiritual com o sofrimento das pessoas e famílias vitimadas pela Covid-19, presidiu a bênção extraordinária “Urbi et Orbi” (para a cidade e o mundo). A simbólica do rito e do momento, perenizou-se na memória de todos: o entardecer do 27 de março de 2020, um dia lúgubre, de chuva fina e famílias isoladas e desoladas, a Praça de São Pedro vazia, o Papa claudicante, com Jesus crucificado e o Santíssimo, ora pelo mundo, ícone de uma Igreja

compadecida e solidária com a dor do mundo. De grande força evocativa foi igualmente seu encontro com os imigrantes, sua primeira viagem como pontífice, em 8 de julho de 2013, na ilha italiana de Lampedusa, porto de entrada na Europa de imigrantes provenientes da África, lugar de constantes naufrágios e mortes. O Papa lançou uma coroa de flores ao mar, em memória dos que morreram ao realizar tal viagem. Além disso, rezou dentro de um pequeno barco uma missa campal com moradores, turistas e migrantes da ilha. Exprimia com tal gesto a sensibilidade da Igreja para a situação de um dos desafios atuais, a realidade dos migrantes e refugiados.

De não menor significação foi a oração de “invocação pela paz na terra Santa”, em 8 de junho de 2014, nos jardins do Vaticano, com os presidentes de Israel, Shimon Peres, e o da Palestina, Mahmoud Abbas, e o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, concretizado no gesto de plantar um pé de oliveira, símbolo bíblico da paz. Por fim, entre tantos gestos simbólicos do Papa, merece memória o primeiro encontro com o imã Ahmed al-Tayeb da mesquita Al-Azhar do Cairo, líder mulçumano sunita, encerrando 10 anos de tensões entre a Santa Sé e a instituição sunita. Depois de outros encontros bem sucedidos, seladores de amizade, assinariam juntos, em 2019, o documento sobre a fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência comum.

Por fim, o pontificado do Papa Francisco é assinalado por grandes sinais, frutos da misericórdia de Deus em ação, decorrentes da dinâmica de abertura ao outro, cônscio de que no encontro realiza-se a grande novidade reservada por Deus. Portanto, seu pontificado convida-nos a um olhar a partir de tais gestos, auspícios de uma Igreja que se propõe na dinâmica missionária da saída suplantar os muros que nos relegam ao aprisionamento. Ainda que ideias alvissareiras, como a convocação de sínodos para discernir questões atuais, entre eles, o sínodo sobre a sinodalidade, percorram seu magistério, os gestos simbólicos do seu pontificado estão a indicar uma força comunicativa, um caminho para a Igreja. Interpretar seu pontificado à luz de tais atos permite-nos vislumbrar a profecia de seu magistério: um Papa para recolocar a Igreja na fidelidade do caminho do evangelho de Jesus.

Clero da Diocese de Governador Valadares se reúne no Centrel

No dia 03 de maio de 2023, os padres e diáconos da Diocese de Governador Valadares se reuniram com Dom Félix, no Centrel, para a Reunião do Clero. O momento de encontro, partilha e formação foi conduzido pelo Pe. Rodrigo Tomaz, com o tema: Espiritualidade na Liturgia. A partir do sentido dos dois vocábulos (Espiritualidade e Liturgia), Pe. Rodrigo traçou um caminho de reflexão

sobre pontos práticos que ajudam na celebração do mistério da fé e que podem suscitar em práticas de oração e espiritualidade pessoais. A reflexão foi enriquecida por diversas contribuições dadas pelos presentes, partilhando pensamentos e testemunhos. Após os comunicados pastorais e a bênção final dada por Dom Félix, a reunião encerrou-se com o almoço e a convivência do clero.

Folha da Boa Nova Diocese de Gov. Valadares 2 JUNHo 2023
Rivelino Santiago de Carvalho

Agenda* do Bispo

02, sexta

08h00: Reunião do Conselho Diretor da Rádio na Cúria.

19h00: Missa na Novena da Paróquia de Sardoá.

03, sábado

13h00: Encontro de Formação para Ministros na Paróquia Sagrada Família.

17h00: Reunião e Missa com Crisma da Visita Pastoral na Paróquia Cristo Redentor.

04, domingo

07h00: Missa na Catedral.

09h00: Missa e Reunião da Visita Pastoral na Paróquia da Ilha.

17h00: Missa da Festa na Comunidade dos Borges.

06, terça

06h30: Missa na Casa da Teologia.

07, quarta

06h30: Missa na Casa do Propedêutico.

19h00: Missa na Paróquia de Itanhomi.

08, quinta

17h00: Missa de Corpus Christi na Catedral.

10, sábado

08h00: Formação para Candidatos ao Diaconato e Esposas no Centrel.

08h30: Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral na Paróquia do Altinópolis.

17h00: Crisma no Chonim de Cima.

19h00: Missa com Crisma da Novena no Chonim de Baixo.

11, domingo

07h00: Missa na Catedral.

09h00: Crisma na Paróquia de São Geraldo do Baixio.

12, segunda

19h30: Missa na Trezena de Santo Antônio na Catedral.

13, terça

09h00: Missa da Festa de Santo Antônio na Catedral.

14, quarta

06h30: Missa na Casa do Propedêutico.

13h00: Escrutínio dos Candidatos ao Diaconato Permanente no Instituto Teológico.

15, quinta

06h30: Missa na Catedral.

08h00: Reunião do Conselho Econômico e Colégio dos Consultores na Cúria.

19h30: Missa da Novena na Paróquia do Trevo.

16, sexta

18h00: Missa da Festa do Padroeiro na Paróquia de Cuparaque.

17, sábado

14h00: Reunião e Missa da Visita Pastoral na Paróquia N. Sra. do Carmo em Aimorés.

14h00: Formação para o Ministério de Coroinhas na Paróquia São Judas.

18, domingo

07h00: Missa na Catedral (Irmãs Clarissas).

09h00: Missa e Reunião da Visita Pastoral na Paróquia Sagrada Família.

19h30: Missa na Paróquia da Turmalina.

19, segunda

20h00: Palestra para o Cursilho sobre a Arte de Celebrar no Metrópole.

20, terça

06h30: Missa na Casa da Teologia.

21, quarta

06h30: Missa na Casa do Propedêutico.

22, quinta 06h30: Missa na Catedral.

24, sábado

14h00: Missa da Festa de São João Batista em Ituêta.

19h30: Crisma na Paróquia São Raimundo.

25, domingo

07h00: Missa na Catedral.

09h00: Reunião e Missa da Visita Pastoral na Paróquia de Itanhomi.

19h30: Missa na Paróquia da Turmalina.

26, segunda

19h30: Missa na Comunidade do Bairro Carapina.

27, terça

06h30: Missa na Casa da Teologia.

28, quarta

06h30: Missa na Casa do Propedêutico.

29, quinta

06h30: Missa na Catedral.

19h30: Missa na Comunidade São Pedro de Barra do Cuieté.

30, sexta

19h30: Missa de Instituição no Ministério de Leitor na Paróquia São Raimundo.

*Poderão ocorrer alterações.

Bispo Diocesano, Dom Félix Família: Dom para a Sociedade - 7ª Parte

Os custos sociais do não reconhecimento das mediações familiares, com os obstáculos que tem o perigo de imobilizá-la politicamente e na sua influência social, tem suas vítimas, sobretudo, nas crianças. Como não denunciar um terrível vazio de solidariedade e a falta de vontade política de oferecer rápidas soluções!

No amplo fenômeno de violência injusta que gera morte, desigualdades e desequilíbrios de oportunidades que cobrem milhões e milhões de vítimas inocentes (sem contar a abominável matança que é o aborto), poderse-ia dar uma resposta histórica com uma eficaz mobilização que está ao alcance das nossas mãos.

Se colocasse, à disposição dos principais objetivos da política para o desenvolvimento, uma décima parte dos meios que nestes dez

anos têm sido utilizados no mundo para armamentos, hoje viveríamos com pouca ou nenhuma desnutrição, com um número muito menor de enfermidades e de invalidez, com um nível de alfabetização e de instrução muito mais alto, com rendas mais elevadas.

Por outro lado, as condições sanitárias melhoraram no mundo no decorrer dos últimos 40 anos, mais do que durante toda a precedente história da humanidade. Na última década o aparecer da infância como argumento de interesse público e político foi impressionante. Hoje, a atenção orientada às crianças não se consuma no princípio de que são elas os cidadãos mais vulneráveis da sociedade ou o recurso mais precioso da humanidade. O século XXI pertence às crianças. Abramos, portanto, o coração à esperança!

Fonte: Artigo sobre “Família: Dom e Compromisso, Esperança da Humanidade”, do Cardeal Alfonso López Trujillo.

2023 - Ano Vocacional

Segundo o Coração de Cristo

Um grande marco deste 3º Ano Vocacional Nacional se dará em nosso coração. Certamente, o coração, humano e cristão, estará mais unido ao Coração de Cristo. Sim, é segundo o coração, a vontade, o espírito e o chamado de Jesus que cada pessoa procura e deverá viver a vocação, dom tão especial na vida humana. De Coração para coração, é assim que Ele fala conosco.

Segundo o Coração de Cristo, nós somos chamados à máxima intimidade com Ele. Essa estreita relação nos faz compreender o sentido da vida. N’Ele é que encontramos a nossa vida e depositamos a nossa esperança. Dessa forma, podemos seguir.

Segundo o Coração de Cristo, agimos conforme a vontade do Pai. Jesus, em toda a sua vida, foi obediente ao Pai. Em Cristo, encontramos o modelo de fidelidade e obediência para nossa vida. Por isso, agimos por Cristo, com Cristo e em Cristo.

Segundo o Coração de Cristo, fazemos uma experiência de amor. O coração expressa o lugar específico do amar. Seu coração transpassado, ferido e esvaziado de si, mostrou-se

Pastoral Familiar

Formação para as Paróquias Santa Efigênia e São Sebastião

Nos dias 06 e 07 de maio de 2023, aconteceu a formação de 08 novos casais acolhedores de noivos e conviventes, para iniciar a preparação à vida matrimonial por acolhimento de noivos nas Paróquias de Santa Efigênia de Minas e Gonzaga.

a capacidade do amor até o limite máximo. Entregou-se doando-se a si mesmo, a fim de nos fazer chegar até Ele pelo amor. Com amor, vivamos a nossa vocação.

Segundo o Coração de Cristo, encontramos a paz. Ele é nossa paz. Seu chamado para o seguimento nos conduz pelos caminhos da paz. Paz que é dom! Paz que é obra d’Ele. Jesus é a nossa paz. Como sabemos o que buscamos em nosso coração, assim saberemos responde-lhe, para permanecermos em sua paz. A sua paz é nossa felicidade!

É segundo o Coração de Cristo e unido a Ele que vamos viver a vida, a vocação e a missão. Na intimidade, através da expressão da vontade, na experiência de amor, seguiremos para encontrarmos a paz. O chamado vocacional nos inquieta no coração e só pelo coração fervoroso e confiante poderá entregar-se na busca da plenitude da felicidade e da realização. Nossa vocação vem do Coração para o coração. De Cristo para nós. Nossa resposta sai do coração para o Coração. Sejamos felizes e nutramo-nos desta espiritualidade vocacional do Coração de Cristo.

Diocese de Gov. Valadares Folha da Boa Nova 3 JUNHo 2023
Pe. Lucas Aredes - Promotor Vocacional

Filosofando

Liberdade: direito natural

Alegria e paz!

A liberdade é um direito natural, ou seja, cada ser humano, ao nascer, já traz consigo este direito. Como direito natural, a liberdade não pode ser desconsiderada por nenhum sistema jurídico, moral ou religioso, pois, se assim acontecesse, tal sistema normativo estaria decotando algo que compõe a integridade de cada pessoa.

Por outro lado, é importante esclarecer o que se entende por liberdade. Seguramente, liberdade não consiste no direito de fazer qualquer coisa ou tudo o que o sujeito tenha vontade, ao contrário, um sujeito nesta situação seria escravo da insensatez. A verdadeira liberdade implica o exercício das possibilidades de escolhas dentro de situações concretas que respeitam algumas contingências ou limites, sendo, portanto, falso, o conceito de liberdade que ignora a existência de limites.

O exercício de escolhas, por exemplo, encontra o limite dado pela própria força da natureza, portanto, ignorar o império das leis naturais não é exercer liberdade: pular de um

Crismas

prédio ignorando que não tem habilidade natural para voar não é sinal de liberdade!

Outro limite importante é dado pelo direito das outras pessoas. É válido o ditado que diz que a liberdade de uma pessoa termina quando começa a liberdade da outra pessoa. Ora, se uma escolha pessoal lesiona a vida de alguém, esta ação não denota liberdade, ao contrário, indica desrespeito.

Os limites dentro dos quais a liberdade se estabelece, contudo, não são estáticos e frequentemente não é tão fácil percebê-los. A vida é dinâmica; os seres humanos são únicos; as circunstâncias da vida são incontáveis e a liberdade é exercida, na prática, considerando uma gigantesca diversidade de possibilidades que se conjugam, por isso é importante manter cautela quando se vai analisar a abrangência da liberdade de uma pessoa.

Outrossim, não é possível afastar da reflexão sobre liberdade o debate sobre responsabilidade, afinal, somos livres para fazer escolhas, mas não somos liberados das consequências das escolhas feitas. Uma liberdade

que ignora a necessidade de responder pelos efeitos das escolhas é incoerente e imatura.

A vida de cada sujeito está fadada ao enfrentamento inevitável das implicações que decorrem do exercício da liberdade. Não é possível, para ser honesto, terceirizar estes acertos de conta que a própria história individual exige de cada pessoa, afinal, ainda que alguém tente transferir a responsabilidade pelas escolhas que fez, de alguma forma, está intimamente ligado aos fatos que levaram às consequências que tenta negar. Insistir em não responder pelas escolhas é viver de forma inautêntica.

O que se pode concluir é que a liberdade é um bem de valor inestimável e por isso mesmo deve ser respeitada e tratada com muito zelo, pois a negligência no uso da liberdade ou seu cerceamento injusto agridem a dignidade humana. Faz parte da essência humana fazer escolhas nas diversas dimensões da vida e responder pelos resultados das escolhas feitas. Quando isso ocorre de forma natural a liberdade está sendo respeitada e a humanidade está pulsando com vivacidade.

Dom Félix faz Crismas em 11 Paróquias no mês de maio

Durante o mês de maio de 2023, dentro do Tempo Pascal, Dom Félix ministrou o Sacramento da Crisma em 11 Paró-

quias da nossa Diocese: dia 06, em Itanhomi; dia 12, na Catedral; dia 14, na Vila São Pedro; dia 21, na Santa Helena; dia 26,

na Ilha; dia 27, em Resplendor, Aimorés, Lourdes e Vila Isa; dia 28, na Turmalina e Santa Teresinha. Rezemos para que

os que foram crismados assumam, de fato, a sua missão na Igreja!

Folha da Boa Nova Diocese de Gov. Valadares 4 JUNHo 2023
José Luciano Gabriel. Diácono Permanente da Diocese de Governador Valadares. Advogado. Professor. www.jlgabriel.com.br Dia 21, Crisma na Paróquia Santa Helena Dia 06, Crisma em Itanhomi Dia 12, Crisma na Catedral Dia 14, Crisma e Inauguração da Capela na Comunidade São Pedro, Naque Dia 27, Crisma na Paróquia Sant’Ana, Resplendor Dia 27, Crisma na Paróquia São Sebastião, Aimorés Dia 27, Crisma na Paróquia N. Srª. de Lourdes Dia 26, Crisma na Paróquia N. Srª. Aparecida, Ilha Dia 27, Crisma na Paróquia N. Srª. de Fátima, Vila Isa Dia 28, Crisma na Paróquia N. Srª. da Assunção, Turmalina Dia 28, Crisma na Paróquia Santa Teresinha

Dom Emanuel celebra 25 Anos de Bispo na Paróquia da Ilha

No dia 07 de maio de 2023, domingo, às 19h30, Dom Emanuel Messias de Oliveira, Bispo de Caratinga, presidiu a Missa dos seus 25 anos de episcopado na Igreja Matriz da Paróquia da Ilha. A Missa teve uma expressiva participação dos fiéis, de familiares e amigos, assim como de padres e diáconos, e foi concelebrada por Dom Antônio Carlos Félix, que também foi homenageado pelos seus 20 anos de bispo. Após a Missa, foi servido um delicioso jantar para o clero e familiares, com direito a bolo de aniversário.

Pascom

Encontro do Apostolado da Oração no Setor 1

No dia 20 de maio de 2023, a Equipe do Serviço de Animação Vocacional da Diocese de Governador Valadares promoveu o Encontro de Despertar Vocacional em Naque. Foi um bonito momento de conversa, partilha e convivência entre a equipe e os participantes da paróquia. Ao longo deste ano de 2023 a Equipe do SAV está realizando estes encontros em sintonia com o 3º Ano Vocacional Nacional.

Lançamento do Guia de Comunicação em Valadares

A Pascom da Diocese de Valadares promoveu, no dia 17 de maio de 2023, das 19h30 às 20h30, no Auditório do Instituto Teológico, com transmissão pelas redes sociais, o lançamento do Guia de Comunicação da Diocese (2ª edição). André Figueiredo

conduziu o evento. Aline Morais fez a Oração Inicial e a Oração Final. O Diác. Eudvanio Dias Soares apresentou a Mensagem do Papa Francisco para o 57º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Eudvanio e Aline fizeram a apresentação do Guia de Comunicação.

Há uma espécie de refrão que Jesus repete, muitas vezes, no final de um ensinamento, de uma parábola, de uma exortação mais incisiva. Trata-se de uma expressão típica de seu discurso. Muitos estudiosos dizem que, por causa de sua insistente repetição nos escritos evangélicos, ela deve ter sido uma expressão de Jesus que marcou profundamente os seus discípulos: “Quem tem ouvidos, ouça!”

Tal expressão diz da capacidade de escutar o que ele ensina. Aquele que possui capacidade de ouvir deve deixar que sua mensagem chegue ao coração, transformando o ouvir em escutar. Só assim, a sua mensagem sairá da dimensão da teoria e entrará no campo da práxis. É neste sentido que muitos o ouviam, mas poucos o escutavam verdadeiramente.

É curioso que encontramos um mote semelhante ao de Jesus no livro do Apocalipse,

Aconteceu no dia 20 de maio de 2023, na Paróquia São José em Conselheiro Pena, o encontro com os coordenadores do Apostolado da Oração do Setor I. Foi abordado o tema do “Itinerário Espiritual do Apostolado da Oração”, apresentado pelo Diác. Serafim Vinicius e uma palestra da Coordenadora do Setor I, Marilza Lacerda, sobre “O que é o Apostolado da Oração”. Participaram representantes de todos os centros apostólicos do setor.

Reunião da Pastoral do Dízimo Setor IV

Aconteceu no dia 06 de maio de 2023, na Paróquia do Naque, a reunião da Pastoral do Dízimo no Setor IV de nossa Diocese. Estavam presentes os representantes das paróquias do setor e a Equipe Diocesana da Pastoral do dízimo. O encontro faz parte

no remate final de cada uma das cartas enviadas às sete Igrejas da Ásia. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas”. Eis a grande beleza da mística da escuta e, também, o seu grande desafio: ouvir o que diz o Espírito.

No Evangelho segundo João, Jesus anuncia aos seus discípulos que retornará ao Pai, mas que enviará de junto do Pai o Espírito, o Consolador, o Paráclito. Em Pentecostes, com o envio do Espírito Santo sobre os Apóstolos, suas mentes se abrem à compreensão daquilo que ainda não haviam percebido acerca de Jesus. Os Apóstolos ganham novo vigor ao escutarem à voz do Espírito, deixam-se por Ele ser conduzidos. Podemos afirmar, sem medo, que o grande protagonista da marcha da Palavra empreendida pela Igreja nascente, nos Atos dos Apóstolos, é o Espírito Santo de Deus.

da retomada e atualização nos trabalhos da pastoral diocesana, setorial e paroquial a fim de fomentar a comunhão, articulação e formação, compreendendo as realidades de cada paróquia e dos setores, mas em sinodalidade diocesana.

O Espírito diz-nos a verdade sobre Jesus, atesta aos nossos corações que Ele é o Senhor. Por isso, colocar-se à escuta do Espírito é um exercício difícil, exigente, místico, mas, ao mesmo tempo, salutar à nossa caminhada de fé.

Abrirmo-nos à esta maravilhosa empreitada da escuta do Espírito não é, contudo, detectar sinais quase escassos ou extremamente sutis. É olhar para a forma objetiva como a mensagem de Jesus Cristo – o seu Evangelho – atravessa a nossa história e a nossa vida. A voz do Espírito sopra continuamente no ouvido de nossos corações, ca- rece-nos a abertura para escutá-la. É como diz o Mestre: “Quem tem ouvidos, ouça”. E, aqui, peço ousada licença poética para uma paráfrase: “Quem tem coração, escute”.

Diocese de Gov. Valadares Folha da Boa Nova 5 JUNHo 2023
Mística da Escuta Dízimo Jubileu Encontro Vocacional Apostolado da Oração
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz”
Diác. Eudvanio Dias
Pe. Lucas Aredes - Promotor Vocacional Diác. Serafim | Diretor Espiritual do AO
Despertar Vocacional é realizado na Paróquia de Naque

A pandemia do coronavírus ceifou mais de seis milhões de vidas no mundo inteiro. Sentimos na pele a dor de saber que vários entes queridos faleceram e muitos nem puderam ser velados. Porém, vivenciamos outros tipos de “pandemias” há anos, mas parece que ficamos anestesiados, como se elas não existissem, nem fizessem tanto mal a cada um de nós: pandemia da indiferença e da exclusão, do desrespeito e do ódio, da discriminação e da aporofobia, da fome e do assédio, da injúria racial e do racismo, do etarismo e do feminicídio, da intolerância religiosa e do preconceito com portadores de necessidades especiais, do individualismo e do egoísmo, da guerra e da inveja, da homofobia e da xenofobia. Cada uma delas mata sonhos e a vontade de sonhar, mata a vida e a vontade de viver. Às vezes, o que você entende por crítica construtiva é um gatilho para levar o outro à depressão e ao desespero: é como se você estivesse ferindo e desfigurando o corpo de Jesus, pregando-o numa cruz e assassinando-o mais uma vez. Isso é muito sério, grave e inaceitável.

Daí a necessidade urgente de não praticar essas repugnantes e inaceitáveis ações pandêmicas, socialmente encobertas e veladas. Não há como festejar a Santíssima Trindade, nem Corpus Christi, se não abrirmos mão do mal que praticamos a nós mesmos, aos outros, à sociedade e à natureza, pois só verdadeiramente testemunhamos Cristo se amarmos como ele nos amou e ama, despin-

Missas de Padroeiros

Dom Félix celebra Missa na Comunidade de São Vítor

Pandemias

do-nos das vestes do orgulho e da arrogância, do preconceito e da intolerância. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo, num mistério de amor, que é o centro de nossa fé cristã, para que praticássemos boas e fecundas obras de misericórdia corporais e espirituais, estendendo misericordiosamente a mão, para ajudar a levantar quem caiu no vício e no pecado, ou que foi derrubado por nossa inércia, omissão e perseguição. Precisamos aprender, com dois corações muito conhecidos, a retornar ao primeiro amor, rever conceitos e valores, a fim de recolocarmos o Senhor como prioridade e centro de nossa vida.

No Sagrado Coração de Jesus há ternura e bondade, perdão e misericórdia, amor e paz, para todos nós, sem excluir pessoa alguma. No Imaculado Coração de Maria, Deus encontrou terreno fértil, repleto de obediência, santidade e total entrega à vontade divina. Esses dois corações são inseparáveis, pois Maria nos leva a Jesus e ensina que o amor perdoa pecados, reacende a chama da esperança, agrega, promove a partilha e faz dos excluídos os preferidos. Olhemos para dentro de nós mesmos, analisemos minuciosamente nossas misérias e angústias, descubramos quem ou o que está fazendo morada dentro de nosso coração. Somente assim será possível eliminar o mal, plantar, regar e cultivar o bem. São João Batista foi concebido no pecado original, mas foi purificado

quando ainda estava no ventre, por causa da visita de Maria e de seu Imaculado Coração à sua mãe Isabel. A Virgem Santíssima portava Jesus e, generosamente, o levou à sua prima idosa e gestante, num ato de total entrega a Deus e de serviço a quem precisa de ajuda. São Pedro e São Paulo se uniram após um encontro pessoal com Jesus, provando que nossas diferenças podem e devem ser respeitadas, a fim de que possamos, juntos e fraternalmente, testemunhar a verdade do Evangelho até nosso último suspiro. É essencial que nos coloquemos na posição de servos, abandonemos o temperamento animal passional e instintivo, reconheçamos nossas fraquezas e total dependência da graça divina. A exemplo desses apóstolos, reconheçamo-nos como pecadores arrependidos, abracemos a fé e não nos consideremos melhores do que nossos semelhantes. Nascemos para amar e servir. Na definição do dicionário Oxford Languages, pandemia é uma “enfermidade epidêmica amplamente disseminada”. Devemos abandonar as pandemias nocivas e começar novas e edificantes pandemias, para a construção de um mundo mais justo e fraterno: pandemia do amor e do perdão, da misericórdia e do respeito, da partilha e da justiça, da paz e da concórdia. Antes de cobrarmos do outro ou apontarmos falhas, façamos o bem que nos cabe fazer.

Por Fabiana de Deus

No dia 05 de maio de 2023, às 19h30, Dom Félix celebrou Missa na abertura das festividades do Padroeiro na Comunidade de São Vítor, Paróquia São Francisco Xavier, em Governador Valadares, com boa participação dos fiéis.

No dia 06 de maio de 2023, às 19h30, Dom Félix presidiu Missa no 3º Dia da Novena da Padroeira na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Vila Isa, em Governador Valadares. A Missa foi concelebrada por Pe. Rodrigo, com boa participação dos fiéis.

No dia 16 de maio de 2023, às 19h50, Dom Félix celebrou Missa no 4º Dia da Novena da Padroeira na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Governador Valadares, a participação do Diác. José Conrado, do seminarista Gabriel Martins e de grande número de fiéis.

Seminário Diocesano celebra a Festa de Nossa Senhora Auxiliadora na Paróquia do SIR

Nossa Senhora Auxiliadora é a Padroeira do Seminário Diocesano de Governador Valadares. A Santa Virgem Maria, Mãe da Igreja, é o Auxílio dos Cristãos, pois vive em profunda união de vontade com Seu Filho Jesus e intercede constantemente junto d’Ele em nosso favor.

Em 2023, o Seminário Diocesano completa 20 anos de sua reabertura e a Festa de Nossa Senhora Auxiliadora foi celebrada, no

dia 24 de maio, às 19h30, com Missa na Paróquia São Francisco Xavier, Conjunto SIR, presidida por Dom Félix e concelebrada pelos padres Euler, Lucas Aredes, Marcos Alves, Saul e Paulinho, com a participação dos diáconos Douglas, Eudvanio, João Bosco e Serafim, dos seminaristas da Teologia e do Propedêutico, de agentes vocacionais e de um número expressivo de fiéis da paróquia.

Folha da Boa Nova Diocese de Gov. Valadares 6 JUNHo 2023
Dom Félix celebra Missa na Paróquia da Vila Isa Dom Félix celebra Missa no Santuário de Santa Rita

Corpo de Cristo

A instituição da Eucaristia é celebrada na Quinta-Feira Santa, no contexto da Paixão e Morte do Senhor. Por isso, naquela data, não é possível uma comemoração mais solene desse Mistério maior da nossa fé. Por isso, a Festa de Corpus Christi acontece sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à Quinta-feira Santa quando Jesus instituiu o Sacramento da Eucaristia.

A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV no dia 08 de setembro de 1264. Durante essa Festa são celebradas Missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão com o Santíssimo Sacramento, que é acompanhada por multidões de fiéis em cada cidade brasileira.

Jesus diz que o Pão do céu é Ele mesmo. É a sua Pessoa que deve ser comida, que deve ser assimilada. É a sua existência, doada em favor dos homens, que deve se tornar a nossa existência. Não comemos o Pão eucarístico para ter Jesus mais perto de nós, mesmo porque Ele está sempre muito perto de cada pessoa, nem devemos comungar para pedir alguma graça particular, aproveitando a oportunidade de “Jesus ter vindo visitar-nos”, “ter vindo ao nosso coração”. Esta é uma forma sentimental e devocional de entender a Eucaristia, forma essa que deve ser superada para podermos penetrar no seu verdadeiro sentido. Comungar o Corpo de Cristo quer dizer “aceitar identificar-se com Ele”. Significa oferecer-lhe a nossa pessoa, para que Ele possa continuar a viver, a sofrer, a doar-se e a ressuscitar-se em nós. Por isso que, antes de comer deste Pão, o cristão deve “examinar

Jubileu Missionário

Eucarístico das Irmãs Clarissas Franciscanas

Festa de Corpus Christi e Eucaristia

casa, na rua, no trabalho, na escola, quem analisa nossas ações, quem contempla nosso semblante, nosso olhar e nosso sorriso deveria sempre reconhecer em nós Jesus, que continua amando, agindo, falando, ensinando, sorrindo...

bem o próprio coração” e verificar se está realmente disposto a deixar que a vida de Jesus transpareça na sua vida.

Esta transformação da própria pessoa na pessoa de Jesus não acontece de forma mágica. Não é suficiente comungar muitas vezes. Quando Jesus disse que era preciso “comê -lo” não quis dizer que era preciso “comungar muitas vezes”. Há cristãos que entendem a Eucaristia como remédio que funciona automaticamente: basta tomá-lo e imediatamente produz o seu efeito. Para que produza resultados, a Eucaristia deve ser recebida com fé, com a disposição de se deixar transformar, um pouco de cada vez, na pessoa de Jesus.

Todos nós sabemos que não se pode receber a Eucaristia sem antes ter lido a Palavra de Deus. Por quê? Porque na Palavra nós descobrimos cada vez um aspecto novo da pessoa de Jesus; em seguida, no gesto de comer o seu Corpo, nós queremos que sua carne, sua humanidade assumida de nós na Encarnação e glorificada com a Ressurreição, transpareça na nossa, de uma forma sempre mais luminosa. É como se aceitássemos que Jesus se encarnasse em nós. Após a comunhão, quem nos vê fora da igreja, em

Por isso, é importante reconhecer a centralidade da celebração da Eucaristia, em que o Senhor Jesus convoca o seu povo, o reúne em torno da Ceia da Palavra de Deus e da Ceia do Pão da Vida, o nutre e o une a Si na oferta do Sacrifício. Essa valorização da celebração litúrgica, em que o Senhor Jesus atua e realiza o seu mistério de comunhão, permanece válida, mas não pode acontecer em detrimento da adoração, como ato de fé e de oração dirigido ao Senhor Jesus, realmente presente no Sacramento do Altar.

É errado contrapor celebração da Eucaristia e adoração à Eucaristia, como se estivessem em concorrência uma com a outra, pois o culto é o ambiente espiritual no qual a comunidade pode celebrar bem a Eucaristia. Somente quando for precedida, acompanhada e seguida por essa atitude interior de fé e adoração, a ação litúrgica poderá expressar seu pleno significado e valor. Comunhão e Contemplação não podem se separar; elas caminham juntas.

Com esta fé celebramos o Mistério Eucarístico e O adoramos como centro de nossa vida e como coração da Igreja e do mundo, mas o façamos profundamente inseridos na comunidade, que deve ser casa da Palavra, da Eucaristia e da Caridade.

Por Dom Félix

Dom Félix continua realizando a Visita Sinodal às Paróquias

As Irmãs Clarissas Franciscanas Missionárias do Santíssimo Sacramento está em festa, pois comemora 125 anos de sua Fundação. No dia 18 de maio de 2023, às 17h30, Dom Félix presidiu a Missa da Abertura do Ano Jubilar Missionário Eucarístico na Capela da Imaculada Conceição, em Valadares. A Missa foi concelebrada por Pe. Fabrício Dias e contou com a participação de religiosas, religiosos, seminaristas e fiéis da comunidade.

Paróquia do Trevo, Valadares

Dom Félix continua realizando a Visita Sinodal às Paróquias da Diocese, sempre com a seguinte programação: Missa com os fiéis; e Reunião com as

lideranças. Dia 30 de abril: Paróquia do Trevo em Valadares; dia 07 de maio, na Paróquia Santa Teresinha em Valadares; dia 13 de maio, na Paróquia de

Nacip Raydan e na Paróquia de São José da Safira; dia 20 de maio, na Paróquia de Coroaci; dia 21 de maio, na Paróquia Santa Helena em Valadares.

Diocese de Gov. Valadares Folha da Boa Nova 7 JUNHo 2023
Visita Sinodal Jubileu Paróquia Santa Teresinha, Valadares Paróquia de Nacip Raydan Paróquia de São José da Safira Paróquia de Coroaci Paróquia Santa Helena, Valadares

Santo Antônio

na Ordem dos Agostinianos, mas logo saiu; depois, fez parte da Ordem Franciscana. Foi um grande pregador do Evangelho, mas pregava, em primeiro lugar, com a vida. Era tão encantadora a vida deste Santo que até os pássaros queriam ouvi-lo pregar.

Celebramos, no dia 13 de junho, a Festa de Santo Antônio, Padroeiro da nossa Diocese e da Paróquia da Catedral.

Para os portugueses, conterrâneos de Santo Antônio, ele é Santo Antônio de Lisboa, mas para os italianos, ele é Santo Antônio de Pádua, cidade onde ele exerceu o seu ministério. De Pádua ou de Lisboa, o importante é que este santo é para nós o grande referencial na fé católica, na vivência dos mandamentos da Lei de Deus. Foi a Santo Antônio que São Francisco incumbiu de ensinar Teologia para os fiéis fracos na fé, para que o Evangelho de Cristo fosse pregado longe das heresias e dos erros, tão comuns naquela época.

O que podemos aprender com Santo Antônio, um santo tão querido e amado no mundo inteiro? Primeiro, a sua fidelidade a Jesus Cristo e ao Evangelho. Santo Antônio procurou levar uma vida santa, desde a sua infância, por causa de uma educação familiar cristã muito séria que ele recebeu. Entrou, primeiramente,

Educação e Tolerância

Pouco nos adiantaria ficar apenas lamentando sobre a incompreensão que ronda o conceito de tolerância. Considero que podemos – e devemos – projetar valores e atitudes mais amplos, tais como: a fraternidade, o amor, a solidariedade entre os povos. No entanto, se quisermos ser mais realistas é imperativo que construamos estratégias que assegurem o mínimo moralmente exigível, ou seja, aquele pouco que nos revela o fundamental. E o que é fundamental, na verdade, não é pouco, é sim o mais importante. Aquilo que, num primeiro momento, parece pouco pode ser o fundamental, o imprescindível, aquilo que, em hipótese nenhuma, pode faltar.

É neste sentido que a filósofa espanhola Adela Cortina questiona-se sobre quais são os mínimos decentes de moralidade a serem respeitados para se comportar com justiça numa sociedade plural. Para ela, quando falamos de “mínimos morais” estamos fundamentalmente diante de uma questão de justiça, ou seja, como atender, com equidade,

Quem vai a Pádua encontra, na Basílica local, um relicário com a língua de Santo Antônio. Graças a ela, a pregação de Santo Antônio foi ouvida por muita gente e, ainda hoje, ecoa em todo mundo, pois ele anunciou o Evangelho de Jesus Cristo, anunciou o amor, a Palavra de Deus, o Reino dos Céus; mas, acima de tudo, Santo Antônio não entregou sua língua ao pecado, à mentira, às fofocas, que tanto mal fazem aos homens nos dias de hoje. Aprendamos com Santo Antônio a usar bem a nossa língua para comunicar palavras que edificam e consolam; e para não deixar que ela seja um instrumento da discórdia e do mal.

A celebração da Festa de Santo Antônio é um convite a nos mergulharmos no mistério de Cristo, a quem Santo Antônio consagrou a sua vida. Santo Antônio foi um homem que acreditou profundamente em Deus e na sua ação em favor da humanidade. Tinha firme convicção do amor de Deus pelos homens, a ponto de enviar o seu Filho Jesus ao mundo para nos Salvar.

Santo Antônio, rogai por nós!

autora defende a delimitação dos conceitos. Argumenta que o justo tem a ver com o que é exigível e como tal se torna obrigação moral para qualquer ser racional que queira pensar e agir moralmente, donde podemos concluir que é moralmente justo aquilo que satisfaz aos interesses universalizáveis.

as diferentes demandas e necessidades dos diferentes grupos da sociedade pluralista, multicultural.

Adela Cortina situa esta árdua tarefa – “fixar um mínimo decente de valores partilhados, a fim de que as decisões sejam respeitosas da pluralidade” – nas definições sobre “éticas da justiça” e “éticas da felicidade”. Segundo a autora, é importante distinguir no campo moral as distâncias e as aproximações entre o que é justo e o que é bom. Sem negar esta inter-relação entre o bom e o justo, a

O que é moralmente justo é necessário para todo ser racional que queira ser moral. Nesta perspectiva, necessário e universal significam obrigatório, aquilo que é exigível, que não é contingente. Por sua vez, o bom é aquilo que causa a felicidade, autorrealização, por alcançar os fins propostos, intencionalmente ou não. O bom não pode ser exigido de todos os seres racionais, pois se trata fundamentalmente de realização subjetiva, pessoal. O que é bom para um pode não ser bom para outro. O que causa felicidade a um pode não causar a outro. O bom, neste sentido, está no campo das possibilidades e nunca das exigências.

Diretor responsável:

Dom Antônio Carlos Félix Bispo Diocesano de Governador Valadares/MG

Colaboradores: Artigos elaborados pelo Bispo e por padres, diáconos e agentes de pastorais e movimentos.

Edição - PASCom

Designer Gráfico: Andréia Marçal jornalismo @diocesevaladares.com.br

Santo do Mês
Administração: Cúria Diocesana de Gov. Valadares - Tel.: 33 3271-6056 - Avenida Brasil, 2770 - Centro 35.020-070 - Governador Valadares/MG
Aniversariantes
- 1ª parte
O bom e o justo
2º Artigo de Dom Félix sobre “Educar para e na tolerância”.
Frei Geraldo Antônio Barbosa 08/06 Pe. Antônio Geraldo de Assis Pereira 14/06 Pe. Flávio Lúcio Silva Lima 15/06 Diác. José Conrado do Nascimento 20/06 Pe. José Neiva Neto 22/06 Frei João Ricardo Teodoro 23/06 Diác. José Álvaro Pimenta 24/06 Pe. Alexandre Cleber Ribeiro Batista 25/06 Pe. Andersom Antônio de Sousa 25/06 Pe. Paulo Roberto Nascimento 06/06 Pe. Elias Mous 21/06 Pe. Marcos Alves Batista 21/06 Frei João Ricardo Teodoro 23/06 Pe. Antônio Geraldo de Assis Pereira 28/06 Pe. Cláudio José de Morais 28/06
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