Formação para o Clero e Servidores da Mitra no Centrel
Formação para Coroinhas
Nos dias 14 e 15 de março de 2023, no Centrel, a Diocese de Valadares, em parceria com o Instituto Teológico Dom Hermínio Malzone Hugo, promoveu capacitação para o clero, secretários paroquiais, tesoureiros e funcionários da Cúria, que contribuem na gestão organizacional e na ação evangelizadora da Mitra Diocesana.
Contamos com a assessoria de Paulo Roberto Vieira, Rogério dos Santos Rodrigues e Jean Ricardo Severino que, com maestria, abordaram temas pertinentes e relevantes da ação pastoral e evangelizadora de nossas paróquias, nos dias atuais, na área financeira, contábil, fiscal, patrimonial e pastoral. Insistiram na importância da profissionalização de seus agentes colaboradores, com integração à tecnologia disponível, a fim de alcançar uma excelência na missão.
Contamos também com a assessoria do Departamento Jurídico e Contábil da Mitra Diocesana: Vitor Amorim, Nei Lopes e Aline Rodrigues, que também tiraram dúvidas dos participantes, em uma troca de experiência e parceria.
Nossa gratidão a Deus, em primeiro lugar, a Dom Félix e ao Pe. Euler, que não mediram esforços para a realização desta capacitação, bem como aos funcionários, colaboradores e parceiros da Mitra Diocesana.
Foi um momento importante para a Diocese de Valadares, que propiciou momento de convivência fraterna, conhecimento das realidades paroquiais e aprendizado singular frente às novas realidades, numa autêntica Imersão e Conhecimento.
André Felipe de Oliveira
Aconteceu no dia 25 de março de 2023, das 14h00 às 18h30, na Paróquia São Judas em Valadares, o 1º Encontro de Formação para o Ministério de Coroinhas. O encontro contou com a presença de coordenadores de 45 paróquias de nossa Diocese. A formação foi conduzida pelos seminaristas Tiago Prado e Valdistone Marçal. Após a Oração Inicial e a Apresentação das Coordenações Paroquiais, o Diác. Serafim apresentou o tema: “A liturgia em função da Igreja”. Em seguida, Valdistone conduziu a Apresentação das Normas Diocesanas para o Ministério de Coroinhas. O Encontro foi concluído com a Missa da Solenidade da Anunciação do Senhor, presidida por Dom Félix. No final da Missa, foram apresentados os membros da equipe responsável por organizar o Subsídio Diocesano para a Formação dos Coroinhas.
Valdistone Marçal Amaro
NFE promove Formação do INAPAF para Agentes da Pastoral Familiar
O Núcleo de Formação e Espiritualidade da Pastoral Familiar da Diocese de Valadares realizou, nos dias 25 e 26 de março de 2023, na Comunidade Rosa Mística, Paróquia Santa Rosa, a Formação da 1ª Fase do INAPAF para 25 agentes da Pastoral Familiar.
Dom Félix esteve presente e falou aos participantes sobre a importância da dignidade da pessoa humana, que é dada por Deus a cada um, em qualquer situação; e mostrou sua alegria em ver os agentes da Pastoral Familiar em busca de formação para melhor acolhimento às famílias da nossa Diocese.
Opinião
A revelação pela cruz
“Mal é anunciada a ressurreição de Jesus, e a lembrança de sua paixão não tarda em ocupar a frente da cena, a tomar o primeiro lugar na pregação dos apóstolos e nas narrativas evangélicas. Não, evidentemente, a ponto de ocultar o anúncio da ressurreição.
Filosofando
O valor da pessoa e as redes de proteção
Alegria e paz!
A pessoa humana é dotada de uma dignidade inviolável e inafastável, cujo fundamento é o próprio fato de ser pessoa, ou seja, a dignidade da pessoa humana não vem de fora; não nasce por causa de uma lei ou de uma filosofia; não se limita a uma fé religiosa.
Estiveram presente nesta primeira fase do INAPAF, além de Dom Félix, 25 agentes da Pastoral Familiar das Paróquias São José Operário, Santa Terezinha, Sagrada Família, N. Srª. das Graças, N. Srª. de Lourdes, Capitão Andrade e Engenheiro Caldas.
Agradecemos ao Pe. José Sebastião, Pároco da Paróquia Santa Rosa de Lima, que nos acolheu com a Missa no domingo de manhã.
Rogamos a Deus que continue abençoando a missão de Gilberto e Sílvia, Wagna e Gamaliel, Moacir e Márcia e Ceci na formação e evangelização de novos agentes!
Gilberto e Sílvia - Núcleo de Formação e Espiritualidade
Mística da Escuta
“Se eu quiser falar com Deus, tenho que ficar a sós; tenho que apagar a luz; tenho que calar a voz; tenho que encontrar a paz; tenho que folgar os nós dos sapatos, da gravata, dos desejos, dos receios; tenho que esquecer a data; tenho que perder a conta; tenho que ter mãos vazias; ter a alma e o corpo nus”.
Se eu quiser falar com Deus
Opinião
“Mal é anunciada a ressurreição de Jesus, e a lembrança de sua paixão não tarda em ocupar a frente da cena, a tomar o primeiro lugar na pregação dos apóstolos e nas narrativas evangélicas. Não, evidentemente, a ponto de ocultar o anúncio da ressurreição, sem a qual a paixão não poderia ser integrada à “Boa-Nova de Cristo”, mas a ponto de assumir um sentido salvífico por si mesma e de ser posta no fundamento da espiritualidade cristã, do sentido cristão da existência e da história” (Joseph Moingt). Voltar à paixão de Cristo é necessidade recorrente do cristianismo, tanto das origens quanto de outros tempos históricos, para aprofundar as razões históricas, o sentido teológico e soteriológico (salvífico) da sua morte. Trata-se de ressignificação do ser cristão no hoje da história, de se perguntar pelo significado do seguimento a Jesus e pela solidariedade do nazareno com os crucificados da história e, numa expressão peculiar à teologia da libertação latino-americana, da necessidade de descê-los da cruz. A celebração litúrgica do ciclo pascal possibilita anualmente discernir e reviver o mistério da paixão de Cristo à luz da sua ressurreição, acentuando a necessidade de integrar morte e ressurreição, num único mistério, o da vida de Cristo. Em sintonia com o desafio apresentado pela Campanha da Fraternidade de 2023, implica na responsabilidade de descer da cruz os crucificados pela fome.
O retorno à paixão de Cristo atestado pelo Novo Testamento, seja nos evangelhos, no “querigma” (primeiro anúncio de Cristo, presente principalmente nos discursos de Pedro e de Paulo em Atos dos Apóstolos), nas cartas de Paulo, em Hebreus ou nos hinos cristológicos, permite o desvelamento das razões históricas e teológicas da morte de Jesus. Procurar as razões históricas da morte de Jesus, embora seja irrenunciável, não esclarece todo o significado do que a fé cristã proclama a seu respeito. Descobre-se nessa busca o porquê da morte de Jesus: Quem foram os responsáveis por ela? Por que o fizeram? De que foi acusado e julgado? De que morte Jesus morreu? Tais razões ajudam a corrigir os desvios, a desmistificar os pietismos e as manipulações da cruz de Cristo, para revelar as verdadeiras causas da sua morte e o que ela possui de escândalo. Conforme o teólogo
Jürgen Moltmann, a busca pelas razões da morte de Jesus, esclarece que ele morreu a morte de um pobre, de um escravo, de um insurrecto, de um humano, infligida pelos que tinham poder, as autoridades religiosas e políticas de seu tempo, judaicas e romanas. Mataram Jesus porque ele estorvou, criou embaraços (Jon Sobrino). Numa vida de conflito, entrou em rota de colisão com os representantes dos poderes estabelecidos. Sua morte atesta sua resistência, fidelidade, persistência, consciência, liberdade, sua causa, a injustiça sofrida, e sua solidariedade com todos os que sofrem.
No itinerário do retorno à paixão, os primeiros seguidores de Jesus se defrontaram com a insuficiência da explicação oferecida pelas razões históricas da sua morte. Se elas davam a conhecer o porquê da morte do Nazareno, não desvelavam por si mesmas seu sentido. Para encontrá-lo, tiveram de discernir e maturar, à luz fé, a passagem do “Por que Jesus morre?” (pergunta pelo conhecimento) ao “Para que Jesus morre?” (pergunta soteriológica = salvífica). Com esse proceder, chegaram à compreensão de que a morte de Jesus foi para nossa salvação (At 5,31), o que só foi possível ao inseri-la no mistério de Deus. À luz da fé em Deus e em seu desígnio, maturaram várias respostas positivas ao fato, em si mesmo escandaloso, da cruz de Cristo. Compreenderam a morte de Jesus, como: destino de um profeta (1Ts 2,14; Rm 11,3; Mt 23,37; Mc 12,2s; 1Tes 2,14-15); predito nas Escrituras (Lc 24,25-26; 1Cor 15,4; Mc 8,31; 9,31; 10,33); conforme os desígnios da presciência de Deus (At 2,23; 4,28). Com a finalidade de explicar a eficácia salvífica da cruz, confrontaram os modelos teóricos do Antigo Testamento com o que aconteceu a Jesus, num processo de ressignificação: o modelo sacrificial, no qual Cristo é o cordeiro pascal imolado, cordeiro reconciliador (1Cor 5,7; Ap 5,9; Rm 3,25; 5,9; Ef 1,7; 2,13; Mc 14,24; Mt 26,28; Lc 22,20); o modelo da aliança, no qual Cristo sela com seu sangue derramado a Nova Aliança (Hb 8,6-13; 10,1617; 1Cor 11,25); o modelo do Servo sofredor, no qual Cristo é o Servo de Deus que morre em expiação pelos nossos pecados (Is 42,19; 49,1-6; 50,4-11; 52,13-53,12; Rm 3,25-26; 2Cor 5,21; 1Jo 2,2; 4,10; Hb 2,17, 1Pd 2,24);
o modelo do resgate, no qual Cristo pagou um preço por nossa libertação (1Pd 1,18; Mc 10,45; Gl 3,13; 1Cor 6,20; 7,23). Em síntese, a morte de Jesus foi vista como consequência da sua liberdade, consciência e fidelidade à causa de Deus e de seu plano de salvação para a humanidade. A linguagem da “entrega” como expressão do amor de Deus por nós, “Deus entregou seu próprio Filho por nós” (Rm 3,28; cf. Jo 3,16s; 1Jo 4,9.10; Rm 5,8), aponta para esse significado.
Ao aprofundar a teologia da entrega, afirmou o teólogo Bruno Forte: “A sexta-feira santa é para a Lei o dia que morre o blasfemador e para o poder o dia em que morre o subversivo. A fé cristã reconhecerá nela o dia em que, no inocente que morre, Deus morreu por nós”. Visando a exprimir a paixão de Cristo e a revelação de Deus na cruz como entrega de si por nós, a tradição cristã cunhou a expressão “absconditus Deus” (Lutero), escondimento ou silêncio de Deus, “Deus crucificado” (Moltmann). A cruz é “abscônditas sub contrário”, ou seja, a revelação do ser trinitário de Deus pelo contrário: pela fraqueza, pelo sofrimento e pela humilhação. Qual a contribuição de uma revelação pela cruz? Ela possibilita a reformulação do conhecimento de Deus e da sua transcendência a partir da perspectiva “quenótica” (do esvaziamento). O Deus maior se revela também pela linguagem do menos (fraqueza, impotência, dor e sofrimento). Juntamente com os grandes momentos revelatórios (criação, libertação, eleição, profecia e ressurreição), a cruz é revelação de Deus pelo contrário. “A cruz justifica a audácia de se pronunciar a palavra escandalosa: Deus sofre!”. “A dor da cruz é quênose do amor trinitário de Deus, o aniquilamento de si que é dom de si, para que a glória da graça e da liberdade triunfe sobre a morte do pecado e do medo” (Bruno Forte). Como lugar que Deus fala em silêncio, ela revela a dor e a loucura do seu amor por nós. Ela constitui a Igreja como o povo da “sequela crucis” (seguimento da cruz) que não apenas ajuda a carregar a cruz, mas combate as iníquas cruzes da história. “Fecunda na dor dos seus membros”, celebra a paixão no compromisso de ajudar a descer da cruz os mais de 33 milhões de brasileiros crucificados pela fome.
Dom Félix celebra Missa nos Setores da Paróquia da Catedral
Nos dias 20, 21 e 22 de março de 2023, sempre às 19h30, Dom Félix celebrou Missa nos Setores da Catedral, com participação do Diác. Wagner Souza, dos agentes da Pastoral da Visitação e de fiéis de cada região. No dia 20, a Missa foi celebrada na Rua Rio Doce, nº 66, na casa de Elizabeth Medeiros. No dia 21, a Missa foi celebrada na Rua da Glória, nº 46, no Esplanadinha, na casa de Nilda e Paulo. No dia 22, a Missa foi celebrada na Rua Dom Pedro II, nº 864, na casa de Cecília.
A revelação pela cruzRivelino Santiago de Carvalho
Agenda* do Bispo
02, domingo
06h30: Bênção dos Ramos no Lar dos Velhinhos, Procissão e Missa na Catedral.
09h00: Missa de Ramos e da Paixão na Paróquia São Raimundo.
03, segunda
09h00: Manhã Penitencial do Clero no Centrel.
19h00: Missa dos Santos Óleos na Catedral.
06, quinta
08h00: Reunião do Conselho Diretor da Rádio na Cúria.
19h00: Missa do Lava Pés na Paróquia São Raimundo.
07, sexta
15h00: Ação Litúrgica com Adoração da Cruz na Catedral.
19h00: Via Sacra na Catedral.
08, sábado
18h00: Vigília Pascal na Paróquia São Raimundo.
09, domingo
07h00: Missa da Ressurreição do Senhor na Catedral.
09h00: Missa da Ressurreição do Senhor na Paróquia São Raimundo.
10, segunda
06h30: Missa na Catedral.
11, terça
06h30: Missa na Catedral.
12, quarta
06h30: Missa na Catedral.
13, quinta
06h30: Missa na Catedral.
14-18, sexta a terça Dias de Descanso do Bispo.
19-28, quarta a sexta
60º Assembleia Geral da CNBB em Aparecida.
29, sábado
11h00: Encontro de Formação da Boa Nova na Paróquia da Vila Isa.
14h00: Formação para o Ministério de Coroinhas na Paróquia São Judas.
19h30: Missa na Comunidade Bom Pastor do Bairro Carapina.
30, domingo
07h00: Missa na Catedral.
09h00: Missa e Reunião na Paróquia do Trevo pela Visita Pastoral.
19h00: Missa na Paróquia São José Operário.
2023 - Ano Vocacional
Iniciamos o tempo litúrgico da Páscoa. Tempo feliz que ilumina a vida cristã, pois o Senhor ressuscitou como havia dito. A alegria vivida pela Igreja ao longo desses cinquenta dias renova e reforça nossa esperança e certeza de que Ele está no meio de nós!
O 3º Ano Vocacional Nacional inspira-se no Evangelho de Emaús (cf. Lc 24,13-35). Jesus, o Crucificado-Ressuscitado, acompanha, ao longo do caminho, a conversa dos discípulos que voltavam de Jerusalém ao povoado de Emaús, percorrendo onze quilômetros de distância. Atento a todas as suas realidades que dialogavam, apenas ouviu num primeiro momento. Em seguida, tomou a iniciativa de lhes explicar e esclarecer a Escritura, ensinalhes e os forma. Fez-se ainda mais próximo quando aceitou o convite para entrar e permanecer na casa e, juntos, tomarem a refeição, onde Ele mesmo foi alimento. Nesta ceia
Bispo Diocesano, Dom Félix
Família: Dom para a Sociedade - 5ª Parte
Existem, hoje, novas formas de mediação, que procedem da descoberta mais profunda da família, como sujeito, e isto particularmente no campo de uma visão humanizada, personalizada, por tudo o que a família representa necessariamente para o crescimento harmônico do filho. A mediação do amor no lar, ou o calor humano no acompanhamento do ancião e o rico suporte de sua experiência na família, concebida em forma mais ampla, em razão da solidariedade entre as gerações. A “subjetividade” da família é muito importante para a formação da identidade pessoal da criança, a qual necessita de um ambiente de família, como um direito fundamental.
Nestas circunstâncias, é preciso dizer que se, por alguns aspectos, vem esquecida a família como bem social, por outros aspectos, emerge o valor da família, como um novo bem.
Tudo isto vem evidenciar aspectos essenciais da mediação da família. Pode, talvez, libertar a instituição familiar de outras mediações acidentais das quais, num determinado momento, pode-se prescindir sem atingir nem o núcleo familiar, nem o tecido social. A família pode ser transmissora de valores ou centro de mediações que resultem mais decisivos para a qualidade da vida social e para a ética pública.
Esta perspectiva coincide com o que diz a Carta dos Direitos da Família: “A família constitui, mais que uma comunidade jurídica
e econômica, uma comunidade de amor e solidariedade, insubstituível para o ensino e a transmissão dos valores culturais, éticos, sociais, espirituais e religiosos, essenciais para o desenvolvimento e bem estar de seus próprios membros e da sociedade”. Configura-se nas novas mediações uma nova cidadania da família. Neste sentido, a incorporação na sociedade não se teria por base a família à qual se pertence (como no passado), a partir dos “sobrenomes”. Em princípio, esta etapa parece superada e, se fosse verdade, seria algo positivo. Na realidade, a incorporação teria por base a identidade e harmonia do desenvolvimento da personalidade, adquiridas, sobretudo, na família. Não se verificaria o caso de quem descansa “enquanto seus sobrenomes trabalham”, mas teria importância a profissão adquirida e obtida com a capacidade, a integridade.
Nesta perspectiva, a família é a primeira escola de virtudes. Numa nova cidadania ocupa lugar destacado o conjunto de novas relações em que a mulher passa a ser amplamente valorizada com seus direitos e deveres e não como “submissa” a uma dependência masculina da qual com razão se preocupam alguns movimentos feministas (não na versão radical). É este setor no qual se exprime algo mais amplo, como é o respeito dos direitos fundamentais da pessoa humana, que em relação com a família não se limita ao reconhecimento de menos direitos individuais.
(ágape) abriu-lhes os olhos, aqueceu seus corações e inflamou-os de amor fecundo, despertando-os para retomarem o caminho, o mesmo que haviam feito, levando-os a compreender que a missão é sinodalidade expressa na vida comunitária.
A ressurreição de Jesus, sendo a realidade de salvação, é um chamado feito a cada ser humano para assumir uma vida nova. A vida nova em Cristo é, portanto, nossa vocação! Despertando-nos a um desprender-se dos apegos às coisas da terra, a vocação do Ressuscitado nos inspira a obediência ao Pai, a fidelidade nas pequenas e nas grandes coisas, a entrega constante, a prática da escuta e ao configurar-se a Ele, a fim de que nos tornemos “santos e irrepreensíveis no amor” (cf. Cl 1,21-23).
No desejo de irmos com “corações ardentes e pés a caminho” fomos inquietados para
responder o chamado que o Ressuscitado faz na cena de Emaús. É urgente reconhecer que por diversas vezes, Ele nos chama. Ou melhor, assumir que Ele nos chama sempre! É o Ressuscitado que abre nossos olhos e aquece nosso coração! Seu chamado é de ressurreição, de vida nova, de profunda experiência de amor e serviço. Estes, amor e serviço, amor que é serviço e serviço que é de amor, tornar-se-ão nossa alegria na dinâmica da vida. Como comunicadores da boa notícia do Evangelho partirmos sempre! Esta é a realidade da vida de discípulos missionários. Levamos este dom precioso que se torna alimento e certeza de “vida eterna”, pois a “alegria do Senhor é a nossa força”, nossa inspiração e resposta de vocação.
Feliz Páscoa! Bom discernimento vocacional! Ele nos chama sempre!
“Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! [...] Alegrai-vos”
Filosofando
Alegria e paz!
A pessoa humana é dotada de uma dignidade inviolável e inafastável, cujo fundamento é o próprio fato de ser pessoa, ou seja, a dignidade da pessoa humana não vem de fora; não nasce por causa de uma lei ou de uma filosofia; não se limita a uma fé religiosa. A dignidade, isto é, o valor natural e inseparável de cada pessoa, existe a partir do instante que a pessoa é concebida.
A clareza de que a pessoa tem uma dignidade intocável deve ser o ponto de partida para as interpretações sobre a vida e sobre a sociedade, de tal forma que sempre se pergunte: Esta situação fere a dignidade da pessoa humana? Esta decisão – individual, comunitária, social, governamental – coloca em risco ou gera prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação para uma pessoa ou para um grupo de pessoas? Toda vez que a resposta for sim para estas e outras perguntas semelhantes, vale a pena autoavaliar ou avaliar os pensamentos, sentimentos e ações.
A dignidade da pessoa, todavia, não é apenas um discurso teórico ou um princípio abstrato a ser usado em discursos ou textos reflexivos; ao contrário, a dignidade humana deve ser garantida nas situações concretas da vida cotidiana; deve ser assegurada na efe-
tivação dos direitos de cada pessoa, de cada indivíduo. Não tem sentido reconhecer a dignidade da pessoa humana nas declarações jurídicas, filosóficas e teológicas e deixá-la perecer na vida das pessoas, pois é exatamente aí, na vida de cada ser humano, que sobrevive ou morre a dignidade humana.
A preservação e a valorização da dignidade humana acontecem, de forma mais eficiente, quando as redes de relações sociais compreendem seu papel e se tornam territórios favoráveis ao desenvolvimento integral da pessoa. Redes de proteção saudáveis e honestas representam ambiente fértil para o cultivo da dignidade humana e mecanismos de fiscalização que coíbem as ameaças.
A primeira rede social importante é a família. A família precisa ter as condições necessárias para fazer com que seus membros – desde quem está na vida intrauterina até os que estão na velhice – sejam respeitados como pessoas, sintam a força do amor que os une e tenham as condições materiais, emocionais e espirituais para o crescimento e o bem viver. A família precisa cultivar práticas que estimulem respeito e valorização de cada membro.
A segunda rede importante é a comunidade. O ser humano que tem laços comunitá-
rios possui maiores condições de realização como pessoa. A comunidade é o espaço onde as pessoas experimentam o sentimento de pertença a um grupo maior que a família e descobrem que suas angústias e dores, suas alegrias e tristezas são comuns a mais pessoas; na comunidade nasce o espírito de solidariedade, de voluntariado, de partilha; nascem os laços que fortalecem para os desafios da vida.
A terceira rede é a escola, território da educação formal que deve preparar para a vida adulta, para a convivência social equilibrada e para o mercado de trabalho. A escola deve cuidar para que seus processos jamais sejam excludentes; deve se levantar contra os privilégios que perpetuam as desigualdades. A escola deve estimular a criatividade e o respeito à diversidade; deve garantir que alunas e alunos tenham as condições necessárias para serem aquilo que são e para que se desenvolvam na direção que sonharam.
Pessoas respeitadas e empoderadas na família, na comunidade e na escola se tornam mais conscientes de seu papel na sociedade – quarta rede de relações sociais. Uma sociedade é tão melhor e mais justa quanto mais consegue desenvolver compromisso com a dignidade de cada pessoa.
Dia Internacional da Mulher Pastoral de Rua
Apostolado da Oração
As CEBs celebram o Dia Internacional da Mulher na ASCARF Encontro de Formação para Agentes da Pastoral do Povo da Rua
No dia 08 de março de 2023, às 08h00, com a condução de Carlos Santos, foi realizada uma linda celebração em homenagem às mulheres, na sede da Associação de Catadores de Resíduos Sólidos Reciclando Hoje Por Um Futuro Melhor – ASCARF, com a presença animada das catadoras e catadores, do nosso bispo, Dom Félix, do Pe. Flávio, da Paróquia de Lourdes, e da Equipe de Animação e Articulação das CEBs da Diocese de Valadares.
A satisfação das catadoras e catadores com a nossa presença, manifestada em seus olhares e palavras de agradecimento, reforça ainda mais a necessidade de a Igreja estar presente nos espaços onde os preferidos de Jesus são esquecidos pelo Poder Público e pela sociedade.
Manhã
No dia 11 de março, aconteceu no Metrópole a Manhã de Espiritualidade Quaresmal do Apostolado da Oração que contou com representantes de todos os Centros Apostólicos da Diocese de Governador Valadares.
Foi refletido o tema “Conversão: de coração para coração”, conduzido pelo Diác. Eudvanio, da Paróquia da Turmalina.
A manhã de espiritualidade contou com três meditações: “Ele formou o coração de cada um” (Sl 35,15); “Sua mãe guardava todas essas coisas no coração” (Lc 2,51); “Do seu lado aberto jorrou sangue e água” (Jo 19,34).
O encontro encerrou-se com a Missa presidida por Dom Félix. E, como gesto concreto, fez-se a doação de produtos de higiene pessoal para o Seminário Diocesano.
A Pastoral do Povo da Rua promoveu um Encontro de Formação para os Agentes da Pastoral no Metrópole, nos dias 24 e 25 de março de 2023, com assessoria da Irmã Solange, da Coordenação Nacional da Pastoral do Povo da Rua, e de Sandra, que é Agente da Pastoral em Belo Horizonte. Estiveram presentes: Marinalva Alves, Diác. Romério, e mais 32 pessoas. Dom Félix esteve presente e deixou sua mensagem de apoio a esse trabalho.
Irmã Solange destacou a importância do trabalho em equipe, sem assistencialismo aos assistidos, e a formação do Fórum de discussão e articulação das ações da Pastoral, para que possa exigir dos governantes a responsabilidade com as políticas públicas voltadas para o povo da rua.
O valor da pessoa e as redes de proteção
Encontros Vocacionais
SAV realiza Encontro de Despertar Vocacional em Aimorés
Pastoral Carcerária
21º Encontro da Pastoral Carcerária
A equipe do Serviço de Animação Vocacional da Diocese de Valadares realizou no dia 04 de março de 2023, o Encontro de
Despertar Vocacional, em sintonia com o 3º Ano Vocacional Nacional, na Paróquia de São Sebastião em Aimorés, para a vivência deste momento especial de promoção de todas as vocações. Participaram do encontro rapazes e moças, que tiveram a oportunidade de partilhar sobre o chamado vocacional à santidade e sobre as vocações específicas na vida da Igreja. O encontro também contou com a participação dos padres Lucas Aredes e Luiz Pomarolli, de colaboradores e lideranças da paróquia acolhedora do encontro, de seminaristas, religiosas e agentes do SAV.
SAV realiza Encontro de Despertar Vocacional em Sardoá
A Solenidade de São José, celebrada neste ano de 2023, no dia 18 de março, teve uma programação especial para o Serviço de Animação Vocacional. Em comunhão com o 3º Ano Vocacional Nacional, a equipe
Mística da Escuta
“Se eu quiser falar com Deus, tenho que ficar a sós; tenho que apagar a luz; tenho que calar a voz; tenho que encontrar a paz; tenho que folgar os nós dos sapatos, da gravata, dos desejos, dos receios; tenho que esquecer a data; tenho que perder a conta; tenho que ter mãos vazias; ter a alma e o corpo nus”. Este é um trecho da canção “Se eu quiser falar com Deus” do grande poeta Gilberto Gil. Uma canção potente, que nos faz refletir sobre o modo como estamos nos dirigindo a Deus, no desejo de falar com Ele.
Em primeiro lugar, para falarmos com Deus, segundo o poeta, devemos buscar a calmaria, a solidão, o silêncio e a quietude da alma. Curioso notar que, se quisermos falar com Deus, é necessário calar a voz. Falar com Deus exige de cada um de nós o silêncio de nossas palavras. É preciso folgar todos os nós que nos apertam, deixar que as angústias e as dificuldades sejam o que elas são. É preciso desnudarmos completamente de tudo o que nos pode impedir de falar com Ele.
promoveu mais um Encontro de Despertar Vocacional na Paróquia de Santo Antônio em Sardoá. Participaram do encontro rapazes e moças das Paróquias de Sardoá, Santa Efigênia de Minas, Gonzaga e São Geraldo da Piedade. Das 14h00 às 17h00, os participantes tiveram a oportunidade de partilhar sobre o chamado à santidade e sobre as vocações específicas na vida da Igreja. O encontro contou com a participação dos padres Lucas Aredes, Márcio Moreira e Marcos Romão, de colaboradores e lideranças da paróquia acolhedora do encontro, de seminaristas, religiosas e agentes do SAV. A participação foi expressiva, contando com muitos rapazes e moças.
Pe. Lucas Aredes - Promotor Vocacional