Folha da Boa Nova - Edição de Outubro 2022

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de Alagoinhas

Em 27 de setembro de 2022, dia da publi cação da nomeação episcopal de Monsenhor Francisco de Oliveira Vidal para a Diocese de Alagoinhas na Bahia, em Solene Liturgia na Catedral de Santo Antônio, em Governador Valadares, às 19h30, o Bispo Eleito foi apre sentado oficialmente ao Clero e a todo o povo como futuro pastor daquela Igreja Particular.

A Santa Missa foi presidida por Dom An tônio Carlos Félix, Bispo Diocesano de Go vernador Valadares, concelebrada por Dom Emanuel Messias de Oliveira, Bispo Diocesa no de Caratinga, e por vários padres do clero valadarense. Também estiveram presentes diáconos, religiosos e religiosas, seminaris tas, candidatos ao diaconato permanente e grande número de fieis leigos.

Em sua homilia, Dom Félix lembrou que o episcopado é uma vocação, um chamado de Deus para uma nova missão exigente que requer confiança n’Aquele que chama,

ressaltando a essência do lema episcopal escolhido por Monsenhor Vidal – “Sei em quem coloquei a minha fé” (2Tm 1, 12).

Antes da bênção final, Bernadete Pagani dirigiu uma mensagem a Monsenhor Vidal, em nome dos paroquianos da Catedral San to Antônio; o Seminarista Eudvanio Dias, em nome do Seminário Diocesano Nossa Senhora Auxiliadora; o Diácono João Bosco Barbosa, em nome dos Diáconos Permanentes; e Padre Wladmir Gonçalves, Representante dos Pres bíteros, em nome do Presbitério Valadarense.

Em um momento de grande beleza e sig nificado, Dom Emanuel presenteou Monse nhor Vidal com a Cruz de sua Ordenação Episcopal, num gesto que, segundo ele, simboliza a continuidade da paternidade espiritual de Dom José Gonçalves Hele no, que lhe deu essa cruz, por ocasião de sua Ordenação Episcopal. A Cruz peitoral foi colocada em Monsenhor Vidal pela sua

mãe, Maria Eterna de Oliveira Vidal, num momento de grande emoção.

Em sua mensagem de agradecimento, Monsenhor Vidal relembrou sua trajetória ministerial na Diocese de Governador Vala dares; fez memória dos bispos eméritos já falecidos; agradeceu a Dom Félix pela con fiança nele depositada; agradeceu, ainda, aos padres, diáconos, agentes de pastoral, leigos e leigas que com ele caminharam ao longo desses 34 anos de vida sacerdotal.

Monsenhor Vidal convidou a todos para participarem de sua Ordenação Episcopal, a ser celebrada no próximo dia 19 de novem bro, às 09h30, na Paróquia da Ilha. E con cluiu sua mensagem confiando-se às orações de todos e à intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria e de Santo Antônio, nesta nova missão que a Igreja de Cristo lhe confia.

Candidatos ao Diaconato Permanente recebem o Ministério de Leitor

No dia 24 de setembro de 2022, no Centrel, os candidatos ao Diaconato Permanente da Diocese de Valadares foram instituídos no Mi nistério de Leitor. Os 25 candidatos, juntamen te com suas esposas, participaram de um mo mento de espiritualidade conduzido pelo Prof. Rodolfo, que encerrou-se com a Missa presidi da por Dom Félix, às 11h00, da qual participa ram vários padres, diácono e seminaristas.

Rodolfo, que é professor na Escola Dia conal, refletiu com eles sobre a fidelidade à Palavra de Deus a partir de dois persona gens presentes nas últimas horas de Jesus:

Filosofando

No momento de arrefecimento do ecume nismo, quando o empenho e os esforços ecu mênicos se arrastam e os projetos de poder das Igrejas Cristãs se sobrepõem aos mais re silientes sonhos de unidade dos fiéis, grupos e instituições, urge com mais vigor o cultivo de uma espiritualidade ecumênica.

Olá! Espero que você esteja na alegria e na paz!

A palavra sombra pode gerar duas interpre tações diferentes: para quem está caminhando sob o sol forte, a sombra é uma maravilha. Uma pequena árvore, mesmo que não gere uma sombra completa, é capaz de proporcionar uma grande sensação de conforto e tranquilidade.

Pedro e Judas. Pedro como aquele que se encontra com Jesus pelo olhar; e Judas como aquele que não compreende o amor de Jesus, capaz de ir até o fim. Rodolfo salientou a impor tância de se usar o Amor e a Misericórdia como lentes para a leitura das Sagradas Escrituras.

Em sua homilia, Dom Félix reafirmou a importância deste ministério, que faz dos candidatos homens públicos da Palavra de Deus, não só em sua proclamação e prega ção, mas especialmente em sua vivência e sua prática.

Desafios Éticos

Problemas

Quanto à doutrina da Igreja sobre o tema dos transplantes, devemos atentar para os ensinamentos pontifícios e episcopais de 1950 até hoje. O próprio Pio XII se interes sou muito pela ética médica e fala sobre o tema.

Ano XXX • Edição 353 • OUTUBRO 2022 • Jornal Oficial da Diocese de Gov. Valadares/MG - www.diocesevaladares.com.br Página 2 Opinião Página 4 Página 7
A sombra é confortável?
éticos relativos aos transplantes - Parte 1 Especial Uma espiritualidade ecumênica Monsenhor Vidal é nomeado Bispo da Diocese

Opinião

No momento de arrefecimento do ecume nismo, quando o empenho e os esforços ecu mênicos se arrastam e os projetos de poder das Igrejas Cristãs se sobrepõem aos mais re silientes sonhos de unidade dos fiéis, grupos e instituições, urge com mais vigor o cultivo de uma espiritualidade ecumênica. Por que uma espiritualidade? Não seriam melhores e mais promissoras as outras vias do ecume nismo: da ação, dos encontros institucionais e dos intercâmbios teológicos? Escolhe-se a espiritualidade pela razão de ela ser a dimen são fundamental na vida de uma pessoa ou religião, sem a qual nenhum outro caminho se sustenta. Decorrente das atitudes, práticas e convicções da pessoa em seu ser no mun do, a espiritualidade abrange a fé, a prática da piedade e a conduta na vida. Articula-se na in terseção de dois mundos: o de cima, obra do Espírito Santo, e o de baixo, representado pe las condições humanas e pelas circunstâncias da existência cristã. Significa propriamente um estilo de vida conduzido pelo Espírito. Apesar de sua força, seria ingênuo – como muitos pretendem – contrapô-la à fé eclesial ou à religião instituída, com o argumento de que a doutrina divide e a espiritualidade une. Justamente por ser veículo de emoções e vi sões culturais de mundo específicas, pode a espiritualidade mesma ser causa de rupturas. As experiências de rupturas e divisões no passado e no presente do cristianismo não têm por trás de si apenas elementos políticos, teológicos e culturais, também espiritualida des segredadas, alienadas e exclusivistas.

Portanto, não basta simplesmente reclamar, de maneira geral, uma espiritualidade como caminho de aproximação da verdade cristã.É necessário, com frequência, se perguntar: que espiritualidade cultivar?

Mística da Escuta

O escritor Rubem Alves afirma que “a gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa”. A escuta é o lugar em que as coisas mais im portantes, porém mais simples e silenciosas, ganham o seu devido lugar. A escuta confere grandeza à própria escuta, amplia a capacida de de ouvir o que de fato importa.

Sabemos, contudo, que aquilo que faz mais barulho é o que chama mais a atenção e rouba-nos os ouvidos: um caminhão que se desloca vazio ou com meia carga faz mais barulho do que se for realmente cheio; uma carroça vazia, a percorrer as estradas, faz mais barulho que uma carroça cheia. O vazio é sempre mais ruidoso, pois as meias cargas, assim como as meias verdades, estão mais expostas ao atrito. A escuta vira mera audição e o lugar em que o amor brota da grandeza do gesto de ouvir torna-se mera audiência.

Igualmente, bem sabemos, que uma só árvore que tomba faz mais barulho que uma

Uma espiritualidade ecumênica

A partir das revisões dos modos de vi ver a fé cristã, levados a cabo pelas Igrejas Cristãs em suas dinâmicas evangelizadoras rivalizantes e concorrenciais, emergiu a es piritualidade ecumênica com o propósito de recuperar o cerne da mensagem de unidade de Jesus “Que todos sejam um” (Jo 17,21) e oferecê-la como antídoto a um cristianismo faccionista e esfacelado. Para se contrapor às espiritualidades fechadas, resultantes da intolerância e da obstinação, a espirituali dade ecumênica decidiu ter como ponto de partida não os aspectos salientadores das diferenças entre as Igrejas Cristãs, e sim aqueles que são comuns. Partir das experi ências comuns contribui significativamente para alimentar a empatia espiritual, condi ção necessária para compreender e convi ver com as diferenças das diversas Igrejas cristãs e suas práticas. Tal iniciativa requer uma sensibilidade ancorada na paciência, tolerância, respeito, boa vontade e, sobretu do, no amor (1Cor 13,4-6). Não basta com isso pensar que a espiritualidade ecumênica seja solução para todos os conflitos e crises ecumênicas. Espiritualidades estão sujeitas a excessos, inadequações, incongruências, alienações e superficialidades. Quais devem ser, portanto, os critérios fundamentais de uma espiritualidade ecumênica?

A espiritualidade ecumênica deve assen tar-se, entre outros, sobre três critérios ba silares: bíblico, cristológico e eclesiológico. O primeiro consiste em ser modelada pela Bíblia, para que a ação do Espírito Santo seja compreendida numa perspectiva universal, como Espírito de Deus, manifesto aos profe tas, presente na criação, Espírito criador que enche a terra (Sb 1,7; 7,22-28). A recupera ção bíblica da ação do Espírito permite com

Ouvir a floresta crescendo

preendê-lo para além dos muros das Igrejas ou do seu recolhimento intimista e privado à subjetividade. Como ressaltava o teólogo José Comblin, a ação do Espírito é sempre ad extra, dá-se no mundo e na história. O segun do critério fundamental da espiritualidade ecumênica é cristológico e tem a função de salvaguardar a singularidade e a universali dade do significado salvífico de Jesus Cristo. Pois, conforme o Novo Testamento, Jesus é a criatura do Espírito (Lc 1,35; Mt 1,18.20), des cido nele em seu batismo (Mc 1,9-11), toda a sua obra na terra carrega a marca do Espírito (Lc 4,14.18; 10,21; 11,20), sua ressurreição ocorre pelo poder do Espírito (Rm 1,3), e pelo poder do Espírito encontra-se presente na Igreja e no mundo, “O Senhor é o Espírito” (2Cor 3,17). Conforme Paulo, o Espírito é Es pírito de Cristo (Rm 8,9; Fl 1,19), Espírito do Senhor (2or 3,17), Espírito do Filho (Gl 4,6). A obra do Espírito realiza-se em Jesus Cristo e na sua Igreja. Por último, o terceiro critério da espiritualidade ecumênica é eclesiológico, significa uma espiritualidade da comunidade de fé em Jesus. O Espírito é dado para a edi ficação da Igreja, templo do Espírito (1Cor 3,16-17; 2Cor 2,16; Ef 2,21), que concede dons para o serviço e a comunhão (1Cor 12,430). De acordo com o critério eclesiológico, a busca da unidade como uma experiência es piritual não pode ser um empenho individual, mas possui um caráter eclesial: “o Espírito nos conduz à verdade integral; ele cura as feridas de nossas divisões e nos provê com a plena catolicidade” (Walter Kasper). O cul tivo de uma espiritualidade ecumênica é fun damental para manter viva a chama do desejo de comunhão da fé cristã e de todo empenho ecumênico.

floresta inteira que cresce. Não importa o ta manho da floresta, uma só de suas árvores chama mais a atenção dos ouvintes pela sua queda que o crescimento de todo um corpo. Isso é o que acontece em nossas famílias, na política, nas nossas comunidades... não obs tante o esforço do crescimento, se um cai, ele é quem se torna notícia.

Vivemos num tempo em que nos acos tumamos com meias verdades, com meias cargas, com carroças vazias e discursos sem pretensão de sinceridade. O barulho absur do surda os ouvidos pouco a pouco e, assim, só ouvimos aquilo que mais estrondo faz. Tem sido mais fácil ouvir a árvore que cai,

em relação às florestas que, discreta e silen ciosamente, crescem.

Mas é preciso voltar ao essencial. Só no lugar do silêncio, nas jornadas longas de si lêncio e oração, a escuta pode amadurecer. Precisamos trocar a potência pela leveza do sopro, a exemplo do profeta Elias (1Rs 19, 1113). À espera do Senhor Deus que iria se ma nifestar, vem o furacão, o terremoto, o fogo e a leve brisa. O estardalhaço devorador dos três primeiros se contrasta com a sutileza do vento suave. E é justamente nele que estava a presença de Deus que passava.

Talvez, estas quatro realidades eram, na verdade, interiores ao profeta. E, dentro dele, o furacão, o terremoto e o fogo impediam-no de perceber o Senhor passar, ou melhor, o Se nhor passando continuamente. Elias ouviu a brisa suave – que estava também dentro de si – e, no silêncio, sentiu Deus. Elias não fez outra coisa além de exercitar o ouvido de seu coração, capaz de ouvir até o barulho silen cioso de uma floresta que cresce.

Folha da Boa Nova Diocese de Gov. Valadares2 outuBRo 2022

Agenda* do Bispo

01, sábado

18h00: Missa na Paróquia Santa Terezinha.

02, domingo

07h00: Missa na Catedral.

09h00: Missa na Comunidade do Elvamar.

04, terça

06h30: Missa na Casa da Teologia.

19h30: Missa na Paróquia da Vila dos Montes.

05, quarta

06h30: Missa na Casa do Propedêutico.

19h30: Missa na Comunidade N. Srª. Aparecida na Vila União.

06, quinta

06h30: Missa na Catedral.

07, sexta

08h00: Reunião do Conselho Diretor da Rádio na Cúria.

19h30: Missa na Paróquia de São Geraldo do Baixio.

08, sábado

19h30: Missa na Paróquia da Ilha.

09-14, domingo a sexta Compromissos de Dom Félix no Sul de Minas.

15-27, sábado a quinta

Visita ad Limina de Dom Félix em Roma.

28, sexta

19h30: Missa na Paróquia São Judas.

29, sábado

10h00: Crisma na Paróquia de Sardoá.

19h30: Crisma no Santuário de Santa Rita.

30, domingo

07h00: Missa na Catedral.

*Poderão ocorrer alterações.

A “Festa do Dia da Bíblia” na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes tornou-se tra dição, considerando que há quase duas dé cadas ela é realizada, após a Semana de Es tudo Bíblico. Organizada pelo Movimento Boa Nova da paróquia, a cada ano a festa é celebrada numa das cinco comunidades, que acolhe os membros das outras comunidades, com uma programação bem diversificada, com muita animação, muita música, gincana bíblica, distribuição de prendas e lanche.

Neste ano, foi muito bom o encontro com os irmãos e irmãs dos Grupos de Reflexão e a acolhida carinhosa da Comunidade Bom Pastor. Alegramo-nos também com a parti cipação do nosso Pároco, Pe. Dionísio, que presidiu a Missa de encerramento, e também do Pe. Luiz e do Diác. Juscelino.

Ana Dalva Martins

Bispo Diocesano, Dom Félix

Filho: O Dom mais excelente - 11ª Parte

Atualmente, cresce a preocupação pelos custos sociais e pela destruição dos direi tos das crianças, porém não se vê como dar continuidade numa sociedade que caiu num sono pesado. Contemplando a criança como dom, na transparência de uma inocência que convida a tratá-la com um amor privile giado, comprometido e terno, torna-se mais penoso o contraste da sua negação de fato. Diríamos que, junto ao portal de Belém, são mais escuros os riscos dos propósitos de Herodes, como o são os massacres físicos e morais, que cobrem as vítimas mais indefe sas do nosso tempo.

Quem não se sente impulsionado à oração diante do espetáculo maravilhoso da criança que dorme? As inúmeras possibilidades se li gam à pureza original do dom. E pensar nas terríveis matanças que ocorrem! Por exem plo: Durante o genocídio em Ruanda foram assassinados no templo aproximadamente seis mil mulheres e crianças. A humanidade

prossegue no seu “auto genocídio”, e refir ome aos abortos que sepulta o próprio futuro!

Se for verdade o que diz Platão, segundo o qual “a educação das crianças é o princí pio de que se vale toda comunidade huma na para a própria conservação”, temos que dizer que as comunidades que, em lugar de educar os filhos, usam-nos para o sexo, a guerra, o mercado, a publicidade, decidi ram já sua extinção e bem têm consciência.

Ser filho, por outro lado, exige uma ma neira de viver, um comportamento: o filho orgulha-se de seu pai e o manifesta com o gesto de pôr-se em suas mãos, como ato que exprime a suprema confiança de que o pai corrigirá tudo aquilo que é errado e desordenado. Reconhece-se como filho quando dialoga com seu pai e o chama na confiada apelação como “Paizinho”! É o re lacionamento de Jesus com seu Pai, que vai desde a infância até a morte, até o último grito do Filho abandonado pelo Pai na cruz.

16º Congresso Nacional da Pastoral Familiar

Assembleia Regional da Pastoral Familiar Leste 2

De 26 a 28 de agosto de 2022, aconteceu na cidade de Governador Celso Ramos (SC), o 16º Congresso Nacional da Pastoral Familiar, cujo tema “Amor Familiar: vocação e cami nho de santidade” está em sintonia com o 10º Encontro Mundial das Famílias com o Papa, realizado em junho deste ano. Estiveram pre sentes no evento membros de movimentos, associações e serviços familiares, além de or ganismos que atuam com as famílias.

Da nossa Diocese participaram os casais: Gilberto e Sílvia, Euflásio e Conceição, Moa cir e Márcia, e Gamaliel e Wagna.

No final do encontro, o 17º Congresso Na cional da Pastoral Familiar foi anunciado para ser realizado em 2025, na Arquidiocese da Pa raíba, na capital do estado, em João Pessoa.

A Pastoral Familiar de Valadares se fez presente na Assembleia anual do Regional Leste 2 da Pastoral Familiar com sua Comis são Diocesana Rose Diab, Moacir e Márcia do Setor Pré-Matrimonial e o casal Gilberto e Sílvia, Coordenadores do Regional Leste 2.

A Assembleia aconteceu nos dias 23 a 25 de setembro de 2022, no Seminário Diocesa no de Leopoldina com o tema: Amor familiar, vocação e caminho de Santidade.

Estiveram presente o Bispo da Diocese de Leopoldina e referencial da Pastoral Fa miliar Dom Edson José Oriolo dos Santos, o Assessor do Regional, Padre Wesley Clay Alves Rodrigues e o Casal Coordenador do Regional Leste 2, Gilberto e Silvia, junta mente com a Comissão do Regional e o Nú cleo de Formação e Espiritualidade.

Fonte: Artigo sobre “Família: Dom e Compromisso, Esperança da Humanidade”, do Cardeal Alfonso López Trujillo. Mês da Bíblia Pastoral Familiar
Paróquia de Lourdes celebra o “Dia Nacional da Bíblia”
Gilberto e Sílvia
Diocese de Gov. Valadares Folha da Boa Nova 3outuBRo 2022

Filosofando

Olá! Espero que você esteja na alegria e na paz!

A palavra sombra pode gerar duas inter pretações diferentes: para quem está cami nhando sob o sol forte, a sombra é uma ma ravilha. Uma pequena árvore, mesmo que não gere uma sombra completa, é capaz de proporcionar uma grande sensação de con forto e tranquilidade; portanto, neste senti do, a sombra é algo desejável. Como é bom poder usufruir de uma boa sombra!

Por outro lado, a palavra sombra é sinal de falta de luz ou de lado contrário ao ilumi nado; portanto, remete ao sombrio e muitas vezes ao assustador, perverso e maléfico. Neste segundo sentido, a sombra não é nada boa e, muito menos, desejável.

Será que há alguém que não tenha som bras dentro de si? Será que alguém pode se gabar de ser totalmente iluminado e com pletamente isento de qualquer cantinho obscuro?

A experiências e os estudos da mente hu mana nos orientam a responder com muita cautela às perguntas anteriores. Na verda de, tudo leva a crer que todas as pessoas

Padroeiros

Missa na Novena da Padroeira em Chonin

A sombra é confortável?

trazem consigo algumas sombras. Algumas vezes estas sombras são bem administradas e domesticadas; outras são indóceis e rebel des. Nos dois casos são sombras, não tenha dúvida!

Tomar consciência das sombras que existem dentro de nós não é nada fácil. Muito frequentemente o próprio psiquismo cuida de esconder as sombras que marcam nossa história e de criar mecanismos que nos defendem dos fantasmas que moram nas sombras desconhecidas.

Todo este contexto nos permite fazer duas considerações sobre as sombras que subjazem em cada pessoa: a primeira é perceber que estas sombras oferecem es conderijos (inconscientemente) bastante atraentes e aparentemente seguros; zonas de conforto capazes de seduzir e de gerar a falsa sensação de que tudo está bem ou de que certo ponto de vista sobre algo é corre to e verdadeiro.

A submissão à sombra pode levar à co modidade, ao conforto e à convicção de que se tem uma visão privilegiada sobre as coisas, quando, na verdade, o que se tem é

uma visão opaca, obscura, imprecisa e equi vocada das coisas, pois uma visão sem a de vida luz.

A segunda consideração relevante é que é possível lançar luz sobre as sombras. Isso mesmo: um facho de luz, por menor que seja, é capaz de dissipar a maior escuridão.

Um palito de fósforo, aceso numa estrada escura, gera um enorme clarão; uma cen telha de luz, ainda que dure segundos, faz grande diferença. Diante da luz as maiores sombras se apequenam e desaparecem.

O caminho não é negar as inevitáveis sombras. O caminho é não se conformar com elas e não se sentir confortável com os eventuais ganhos que elas oferecem. O caminho é lançar luz, acender uma velinha, uma lamparina, uma lanterninha de celular. Até os monstros escondidos nas sombras são menos assustadores quando colocados sob a luz.

Você tem consciência de algumas de suas sombras? Você cultiva a coragem de iluminar seus recantos escuros ou vive con fortavelmente como se não os tivesse?

Um abraço iluminado para você!

Os fiéis da Comunidade N. Srª. da Piedade, do Distrito de Chonin de Cima, Paróquia de Mathias Lobato, celebram as festividades do sua Padroeira, todo ano, de 06 a 15 de setembro. No dia 07, às 19h30, a Missa foi presidida por Dom Félix, concelebrada por Pe. Messias e contou com a participa ção de bom número de fiéis.

No dia 09 de setembro de 2022, às 19h30, Dom Félix presidiu Missa durante as festividades da Padroeira na Comunidade Nossa Senhora da Boa Esperança, da Paróquia Nossa Senhora das Gra ças, em aladares. A Missa foi con celebrada por Pe. José Luís, com a participação de seminaristas e de bom número de fiéis.

No dia 11 de setembro de 2022, às 19h00, Dom Félix presi diu Missa no Jubileu do Senhor Bom Jesus, na Paróquia de Al percata. A Missa foi concelebra da por Pe. Plácido e contou com a participação de uma multidão de fiéis, que lotaram as depen dências da Igreja Matriz e seus arredores.

No dia 12 de setembro de 2022, às 19h00, Dom Félix presi diu Missa na Abertura do 25º Ju bileu da Padroeira na Paróquia Santa Efigênia, em Santa Efigê nia de Minas. A Missa foi conce lebrada por Pe. Márcio Moreira, com a participação de semina ristas e de bom número de fiéis que lotaram a Igreja Matriz.

Missa na Novena da Paróquia Cristo Redentor Missa na Novena da Padroeira no Distrito de Piedade

No dia 13 de setembro de 2022, às 19h30, Dom Félix presidiu Missa na Novena do Padroeiro na Paróquia Cristo Redentor, no bairro Grã Du quesa, em Valadares. A Missa foi concelebrada por Pe. Assis e Pe. Paulo Nascimento, com participação do Diác. Carmélio, de seminaristas e dos fiéis.

Os fiéis da Comunidade Nos sa Senhora da Piedade da Paró quia de São Geraldo da Piedade costumam celebraram as festivi dades da Padroeira. No dia 14, às 19h30, a Missa foi presidida por Dom Félix, concelebrada por Pe. José Roberto e contou com a participação de seminaristas e de bom número de fiéis.

José Luciano Gabriel. Diácono Permanente da Diocese de Governador Valadares. Advogado. Professor. www.jlgabriel.com.br
Missa na Comunidade N. Srª. da Boa Esperança
Missa no Jubileu do Bom Jesus em Alpercata Missa no 25ª Jubileu de Santa Efigênia de Minas
Folha da Boa Nova Diocese de Gov. Valadares4 outuBRo 2022

Eleições 2022

A partir dos princípios da Ética e da Dou trina Social da Igreja, podemos estabelecer orientações e critérios fundamentais para a escolha dos candidatos:

1. O cristão deve escolher o candidato após examinar suas ideias, os valores que ele defende e também sua vida pessoal, familiar e profissional; deve conhecê-lo para saber se é uma pessoa decente, que tem uma história passada de compromisso com os princípios que diz defender.

2. O cristão deve examinar seus projetos e se estes se encontram de acordo com o par tido ao qual está filiado; pois, ao escolher um candidato, está votando não só em sua pes soa, mas também num partido ou coligação e estará ajudando a eleger outros candidatos do mesmo partido ou coligação.

3. O cristão deve votar em candidato cujas propostas defendam a dignidade da pessoa e da vida, desde a concepção até o seu fim na tural, especialmente dos pobres e indefesos, a partir de projetos que ajudem a construir

Espiritualidade

a Cultura da Paz através da inclusão social, da proteção das pessoas contra as diversas formas de violência, do cuidado da infância e da adolescência, do combate à prostituição, à pornografia e à exploração do trabalho in fantil, da defesa da dignidade e dos direitos dos idosos.

4. O cristão deve eleger o candidato comprometido com a ecologia integral e disposto a formular e implantar políticas de desenvolvimento sustentável que respeitem a natureza, fonte de vida para nós e para as gerações futuras.

Grito dos Excluídos

28º Grito dos Excluídos “Vida em primeiro lugar”

5. O cristão deve apoiar o candidato com prometido com o respeito ao princípio de subsidiariedade, que incentive e estabeleça parcerias com organizações sociais que pro movem o bem público, a inclusão social e a luta contra toda forma de discriminação.

6. O cristão deve escolher o candidato comprometido com a construção de uma so ciedade plural e democrática, onde os verda deiros direitos humanos sejam respeitados, o que inclui a defesa da liberdade de edu cação e a promoção da formação integral do ser humano, inclusive em sua dimensão religiosa.

7. O cristão deve votar no candidato com prometido com a luta contra todas as formas de corrupção e de mau uso do dinheiro pú blico, que faça uma campanha eleitoral que não envolva o uso de verbas indevidas e o uso da máquina administrativa.

Aniversário Rádio

Missa e Confraternização pelos 44 anos da FM 97,7

Os seminaristas do Curso de Teologia (Etapa da Configuração) vivenciaram um momento de espiritualidade, conduzido por Irmã Regina, Missionária Clarissa Francisca na, no dia 26 de agosto de 2022, das 19h30 às 22h00, na casa da Teologia, marcando o en cerramento do Mês Vocacional.

Irmã Regina conduziu o encontro em dois momentos principais: um momento orante de interiorização; e um segundo momento de partilha sobre sua compreensão de espiritu alidade e sua experiência na espiritualidade franciscana da qual faz parte.

Inauguração da Capela

O 28º Grito dos Excluídos e Excluídas, com o tema: “Vida em Primeiro Lugar” e lema; “200 anos de (in)dependência. Para quem?” foi realizado na Diocese de Vala dares, na manhã do dia 10 de setembro de 2022.

Diversas pastorais sociais e movimentos populares se encontraram no Mercado Mu nicipal para comemorar a independência do país e questionar: 200 anos de indepen dência para quem, refletindo sobre a nossa história junto com nossa cidade e o nosso país.

No dia 16 de setembro de 2022, às 15h00, no Auditório do Instituto Teológico Dom Hermínio Malzone Hugo, Dom Antônio Carlos Félix presidiu a Missa em comemo ração aos 44 anos da FM 97,7, emissora da Rádio Mundo Melhor, mantida pela Funda ção João XXIII.

Missa na Comunidade São Miguel em Naque

No dia 11 de setembro de 2022, às 10h00, Dom Félix presidiu Missa e ministrou a Bên ção da Capela na Comunidade São Miguel, no Córrego do Descanso, Paróquia de Naque. A Missa foi concelebrada por Pe. Gustavo, com a participação de seminaristas e de bom nú mero de fiéis.

A Missa foi concelebrada por Pe. Luiz Márcio e Pe. Marcus Vinicius, com partici pação do Diác. José Pimenta e dos servido res da Rádio e da Cúria. Após a Missa, foi re alizada uma descontraída confraternização.

Dom Félix
Eleições 2022: Como um cristão deve se posicionar?
Seminaristas participam de um momento de Espiritualidade
Carlos Santos, CEBs - Fotos: Ana DalvaEudvanio Dias
Diocese de Gov. Valadares Folha da Boa Nova 5outuBRo 2022

Estamos no Mês Missionário. Teremos eleições. É possível votar nos candidatos que promoverão o bem de todos ou escolho quem vai beneficiar somente a mim e aos meus fa miliares? Voto é secreto, mas escolhas ruins são vistas a olho nu. É preciso exercitar a prática cristã em todos os locais, sob qual quer circunstância: em casa, no trabalho, na comunidade de fé, nos demais ambientes, na urna eletrônica... Precisamos testemunhar Cristo, agir com misericórdia e empatia, escolher o bem de forma integral e rejeitar completamente o mal. Ao seguir Jesus, você renuncia a morte e o pecado, pratica o direito e a justiça, ama e perdoa. Frases como “ban dido bom é bandido morto” não combinam com o amor e a paz, que Jesus testemunhou e nos ensinou. Pedir a pena de morte, então, nem pensar! A missão do cristão é anunciar o Evangelho e denunciar as injustiças. Nin guém é obrigado a seguir o Mestre de Naza ré, mas se você optou por esse caminho, não tem como ser meio cristão e meio mundano. Se seguir Jesus é sua missão, abandone tudo o que é contrário à vida. Por mais difícil que tenha sido alguma experiência traumática,

Crismas e Missa

Missão e omissão

não tente assumir o lugar do Senhor, que é o único que pode julgar e condenar, dar e retirar a vida.

Boas e conscientes escolhas dão bons frutos. Escolhas ruins trazem consequências ruins, mas ensinam o caminho que não de vemos peregrinar nele. Podemos e devemos aprender, com as lições que o passado nos proporcionou. Porém, por maior que seja o desejo de mudar o passado, isso é impossível. Você recebeu de Deus o precioso dom da vida, para amar e servir, perdoar e acolher, partilhar e pacificar. É doloroso saber que pessoas estão matando umas às outras, por causa de político de estimação. Acabou o respeito e voltamos à selvageria. Se as pessoas obedecessem a Lei de Deus e testemunhassem o Evangelho, com a mesma persistência com a qual defen dem seus candidatos, teríamos muito menos conflitos e os relacionamentos seriam mais saudáveis. A política é importante, mas alguns preferem adorar políticos e fazer politicagem em vez de trabalhar em prol da política em sua essência, que inclui e dignifica.

Quem se coloca a serviço do reino de justiça, amor e paz, recebe do Senhor tudo o

que é necessário, para ser missionário da fé e da esperança. É essencial escolher Deus ao invés do dinheiro, a vida ao invés da morte, a paz ao invés da discórdia. Precisamos agir para fazer o bem e nos omitir de fazer o mal. O silêncio é valioso, mas há situações em que palavras precisarão ser ditas, pois quem se cala diante das injustiças está cooperando com elas. Não se esqueça de que o seu cha mado à vida é seu maior tesouro. Muitas são as missões existentes, mas há quem optou pela omissão. Tanto quanto ou mais grave que a ação, a gente fere e mata quando omite socorro, deixa de ajudar o irmão em situação de rua, nada faz para auxiliar um dependente de álcool e drogas a sair do vício... Triste é qualquer tipo de discriminação, mas há pes soas dentro da Igreja julgando e condenando umas às outras, só porque pecaram de manei ra diferente. A gente tem a tendência de su pervalorizar nossas qualidades e minimizar nossas falhas; isso não é testemunho cristão. É preciso deixar o homem velho no passado e tornar-se um homem novo, renovado pelo Espírito Santo, promotor da justiça e da paz, obediente a Deus e aos seus mandamentos.

No dia 08 de setembro de 2022, às 19h00, dentro do Jubileu de Nossa Senhora da Pie dade, Dom Félix presidiu a Missa e ministrou a Crisma de 65 jovens na Paróquia, de Açuce na. A Missa foi concelebrada por Pe. Schnei der e teve a participação de seminaristas e de grande afluência dos fiéis.

No dia 10 de setembro de 2022, às 19h30, Dom Félix celebrou Missa e ministrou a Cris ma de 15 jovens da Paróquia Santa Rosa de Lima, em Governador Valadares. A Missa contou com a participação de seminaristas e fiéis, especialmente dos familiares e amigos dos crismandos.

No dia 24 de setembro de 2022, às 16h00, na Igreja Matriz da Paróquia Cristo Redentor, no Bairro Grã Duquesa, em Valadares, Dom Félix celebrou a Crisma de 25 jovens daquela Paróquia. A Missa foi concelebrada por Pe. As sis e Pe. Paulinho, com a participação dos fiéis e de padrinhos e familiares dos catequizandos.

No dia 25 de setembro de 2022, às 10h00, na Igreja Matriz da Paróquia São Gonçalo, em Virgolândia, Dom Félix celebrou a Cris ma de 95 jovens daquela Paróquia. A Missa foi concelebrada pelo pároco, Pe. Elton, com a participação de seminaristas, dos fiéis e de padrinhos e familiares dos catequizandos.

No dia 25 de setembro de 2022, às 14h00, na Capela da Imaculada Conceição na Comu nidade da Poaia, Paróquia de Safira, Dom Fé lix celebrou a Crisma de 15 jovens. A Missa foi concelebrada pelo pároco, Pe. Raniere, com a participação de seminaristas, dos fiéis e de pa drinhos e familiares dos catequizandos.

No dia 23 de setembro de 2022, às 19h30, Dom Félix celebrou Missa na Comunidade Santa Efigênia, Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Governador Valadares. A Missa foi concelebrada pelo pároco, Pe. Alexandre, com a participação do seminarista Douglas e de bom número de fiéis.

Boa Nova Dom Félix faz Crismas na Paróquia Santa Rosa Dom Félix faz Crismas na Paróquia de Açucena Dom Félix faz Crismas na Paróquia Cristo Redentor Dom Félix faz Crismas na Paróquia de Virgolândia Dom Félix faz Crismas na Comunidade da Poaia Dom Félix celebra Missa na Comunidade Santa Efigênia
Folha da Boa Nova Diocese de Gov. Valadares6 outuBRo 2022

CF-2022

CF-2022: Fraternidade e Educação - Parte 9

O exercício da escuta conduz à necessá ria tomada de posição da parte de quem es cutou. Entre a escuta e a ação, urge a prática do discernimento à luz de critérios da Fé e da Tradição. E o discernimento se pratica a escuta da Palavra de Deus como passo fun damental para julgar evangelicamente os desafios do tempo presente e apontar pro postas que inspiram o nosso agir. Aqui entra a questão da disciplina no processo educa cional, disciplina como abertura e colabora ção pessoal no processo do aprendizado. O modo de educar de Jesus inspira e desperta o desejo de vida nova: não mais pecar, se gui-lo, conhecer o caminho do Reino, amar e servir.

O testemunho de uma Igreja missioná ria é o princípio que qualifica o anúncio do Evangelho e a torna capaz de propor aos ho mens e mulheres de boa vontade um novo aprendizado: educar é um ato de esperan ça no ser humano. É contribuir para que cada pessoa ofereça o melhor de si mesma a Deus, ao próximo, à Igreja e à sociedade. É estimular o cuidado pela vida. A educação cristã contribui para uma forma de vida ao sabor do Evangelho, pois é uma educação que gera pessoas disponíveis para o serviço da comunidade.

Idealizar a própria vida é ter consciência da responsabilidade de conhecer a si mes mo, servir os outros e o meio em que se vive. Pensar um projeto de vida segundo os valores da fé e o compromisso com o bem comum terá incidência concreta na transfor mação da sociedade, pois irá além da pro jeção de uma carreira profissional. O viver inclui a realidade profissional, mas não se restringe a ela.

Também é preciso educar para o belo, o bom e o verdadeiro. Diante da beleza, o ser humano se sente encantado. Tudo o que é belo tem a força de atrair e suscitar admira ção e deslumbramento. A beleza é capaz de tocar profundamente e mover o coração das pessoas; e, ao atrair para si, abre-nos a porta da atenção. Estando envolvido pelo esplen dor das belas coisas e ações, dos belos com portamentos e das belas pessoas e pelo es plendor da própria gratuidade da existência significa possuir a capacidade de ver a ver dade e a bondade que sustenta tudo o que é belo. A beleza é o esplendor da verdade e do bem. O que é belo é em sua base verdadeiro e bom. É verdadeiro porque é real, coerente, adequado, razoável e justo. É bom porque é desejável. A atenção nos faz reconhecer isso.

Numa sociedade profundamente marca da pelas relações de utilidade e pelo poder da técnica, como é a nossa, o seu humano é visto como aquele que faz ou que sabe fazer as coisas para alcançar objetivos. Nesse con texto, é necessária uma educação que leve em conta o ser humano na integridade de suas dimensões e capacidades, superando toda visão reducionista. A educação poderá enriquecer-se de maneira notável se se abrir ao sentido do belo, do verdadeiro e do bom.

Problemas éticos relativos aos transplantes - Parte 1

Quanto à doutrina da Igreja sobre o tema dos transplantes, devemos atentar para os ensinamentos pontifícios e episcopais de 1950 até hoje. O próprio Pio XII se interes sou muito pela ética médica e fala sobre o tema, pois no seu tempo nasciam as expe riências dos transplantes. Vamos ressaltar dois aspectos: o relativo à liceidade e bon dade da doação dos órgãos e o relativo à averiguação da morte.

Há duas abordagens quanto à doação dos órgãos: doação entre vivos e doação dos órgãos do cadáver.

A doação dos órgãos entre vivos. No âm bito da ética médica católica, a doação de um órgão por parte de uma pessoa viva e em boa saúde foi confrontada, no início, com as argumentações que proíbem a mutilação do corpo, baseadas no princípio de totalidade (Santo Tomás de Aquino). O princípio de totalidade teve uma das formulações mais claras na encíclica Casti connubii, sobre o matrimônio cristão, de Pio XI (1930): “a doutrina cristã estabelece que os indivíduos não têm poder sobre os membros do pró prio corpo; não têm o direito de destruir ou de mutilar os seus membros, ou torná-los de qualquer modo inábeis à sua função na tural, ao menos que não haja outro modo para salvaguardar o bem de todo o corpo”. Em consequência do mandamento do amor, de fato, a fé enxerga no próximo não somen te um organismo físico estranho, mas o ou tro ego, com o qual é unidade “em Cristo”.

Missa

Depois de dois anos fechado, o Centro de Convivência São Tarcísio retomou suas atividades a favor dos mais necessitados. Para marcar o momento, no dia 05 de se tembro de 2022, às 19h30, Dom Félix pre sidiu Missa no local, que foi concelebrada por Pe. Luiz Márcio e contou com a partici pação dos membros da direção da entidade e de alguns voluntários.

A partir daí, a Igreja aprovou a doação de órgãos entre vivos e vê nesta doação uma expressão de amor ao próximo e de solida riedade com os doentes.

A doação dos órgãos do cadáver. A alocu ção de Pio XII de 14 de maio de 1956 cons titui o documento mais importante sobre o tema dos transplantes. O discurso de Pio XII aos delegados da Associação Italiana de Doadores de Córnea e da União Italiana dos Cegos abordou principalmente a captação da córnea, mas tocou também outros pon tos relativos à disposição do corpo.

O problema da averiguação da morte é um tema da “reticência” crescente para au torizar a captação dos órgãos. Por este mo tivo muitos ambientes católicos pediram à Igreja que fizesse uma declaração oficial so bre a validade da afirmação da morte do ser humano quando devidamente constatada a morte cerebral. Obviamente, a competência sobre critérios para estabelecer a morte não pertence à Igreja, mas à medicina. Aos pedi dos a Pontifícia Academia das Ciências, em 1989, deu sua contribuição. Antes de tudo, “uma pessoa está morta quando sofre uma perda irreversível de toda capacidade de in tegrar e de coordenar as funções físicas e mentais do corpo”. Na realidade, “a morte cerebral é o verdadeiro critério da morte, uma vez que a cessação definitiva das fun ções cardiorrespiratórias conduz muito ra pidamente à morte cerebral”.

Retiro

Manhã de Espiritualidade do Apostolado da Oração

Aconteceu, no dia 10 de setembro de 2022, a Manhã de Espiritualidade do Apos tolado da Oração. Em comunhão com a Igreja do Brasil que realiza o Mês da Bíblia, refletimos sobre o Livro de Josué que narra a entrada do povo de Deus na Terra Prome tida. O encontro contou com a presença de 70 participantes representando as diversas paróquias de nossa diocese.

Missa na Reabertura do Centro de Convivência São Tarcísio
Diocese de Gov. Valadares Folha da Boa Nova 7outuBRo 2022

Quando se fala de Simão (o Zelota) e Judas Tadeu, pene tramos nas entrelinhas mais íntimas dos anais do Evangelho, onde Deus mostra, com toda a intensidade, a sua dimensão de Homem. Estes dois Apóstolos, menos conhecidos que os ou tros, paradoxalmente, são dois parentes mais estreitos de Je sus: eram dois de seus primos. No que se refere a Judas Tadeu,

Judas - Apóstolos e Mártires

a tradição é bastante precisa; sabe-se pelas Escrituras que seu pai, Alfeu, era irmão de São José; enquanto sua mãe, Maria de Cléofas, era prima da Virgem Maria. Por outro lado, sobre a existência de Simão, a tradição é bastante vaga.

O Evangelho fala de Simão como o décimo Apóstolo, antes de Judas Tadeu. Este dado his tórico é verídico. Desde então, as coisas tornaram-se mais con fusas, caso raro entre os discí pulos de Jesus.

Muitos identificam Simão com o primo homônimo de Cristo, irmão de Tiago o Menor. Os bizantinos o identificam com Natanael de Caná e o organiza dor do banquete das Bodas de Caná. No entanto, São Fortuna to de Poitiers afirma que Simão e Judas foram enterrados em Suanir, na Pérsia, onde recebe ram a palma do martírio.

Segundo a tradição, é qua se certeza que, naquela região do mundo, Simão Zelota ou Ca naneu, como os evangelistas Ma teus e Marcos o chamam, encon tra Judas Tadeu, seu companhei ro de missão e de predestinação.

Quando os Onze Apóstolos deixaram Jerusalém, para ir anunciar o Reino de Deus em outras plagas, Judas Tadeu par tiu da Galileia e da Samaria, des locando-se, ao longo dos anos, para a Síria, Armênia e a antiga Pérsia. Nesta região, segundo fontes fidedignas, encontrou Si mão; a pregação dos dois levou dezenas de milhares de babilô nios e pessoas de outras cidades a receber o batismo. Como sem pre, o Evangelho atrai seguido res e inimigos. De fato, para es tes dois Apóstolos chegou a hora de dar o testemunho derradeiro.

Ambos foram presos e levados ao templo do Sol para que rene gassem a Cristo e cultuassem a

deusa Diana. Ao rejeitarem a proposta, Judas Tadeu decla rou que os ídolos pagãos eram falsos. Naquele mesmo instan te, o Templo foi destruído. As pessoas que assistiam a cena, aterrorizadas, atacaram os dois Apóstolos e os mataram de modo brutal. Suas relíquias es tão conservadas na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Aniversariantes

Modos ou métodos de contato com a Palavra de Deus

Qual texto bíblico as Comu nidades Eclesiais Missionárias procuram escutar, vivenciar, cele brar e anunciar? De preferência, um texto da liturgia dominical. No primeiro triênio de encontros comunitários, tem-se os evange lhos por guia. Jesus se faz o Mes tre dos membros da comunidade. A próxima sequência de textos é definida pela primeira leitura das celebrações dominicais, favore cendo-se uma releitura cristã de vários textos do Antigo Testa mento. O triênio seguinte é de dicado aos textos da segunda lei tura dominical, como referência para a oração, estudo e vivência.

Como aproximar-se do texto bíblico nos encontros das Comu nidades Eclesiais Missionárias? Há diversos modos de abordar um texto. A comunidade toma o texto com espírito de fé, es cutando a Palavra de Deus que alimenta a vida dos discípulos

missionários de Cristo. A Leitura Orante se apresenta como a pri meira abordagem comunitária da Palavra. Ela precisa encontrar ressonância nos corações dos membros da comunidade e, indo além do encontro, gerar um tes temunho autêntico, em diálogo com a vida. A Palavra gera con versão e vida nova, com testemu nhos simples e cotidianos, parti lhados também em comunidade.

A formação contínua e gra dual, em que a Leitura Orante da Palavra é sempre proposta e vivenciada, dispõe para uma in tegração maior com as questões

do cotidiano, ajudando a supe rar visões reducionistas da Pa lavra de Deus. A partir de um maior interesse pela Palavra de Deus, podem ser organizados nas paróquias e dioceses sema nas bíblicas, retiros espirituais, cursos bíblicos. O nível de ade são à Palavra de Deus pode ser verificado pelo valor que se dá ao silêncio, na liturgia, em mo mentos de retiro, oração pessoal ou comunitária. Redescobrir a centralidade da Palavra de Deus na vida da Igreja significa tam bém redescobrir o sentido do recolhimento e da tranquilidade interior. Um maior conhecimen to das Sagradas Escrituras qua lifica o diálogo ecumênico, que incluirá, sempre mais, proposta de vivência comum da caridade e a busca da verdade. (Fonte: CNBB)

Pe. Celino Alves Ferreira 05/10

Pe. Plácido Atílio Quixabeira 05/10

Pe. Raniere dos Anjos 09/10

Diác. José Luciano Gabriel 09/10

Pe. Messias Valdivino 11/10

Pe. Euler Rodrigues 14/10

Pe. Geraldo Antônio Carvalho 14/10

Pe. Marcus Vinícius 20/10

Diác. João Alves Ferreira 23/10

Pe. Ricardo Mendes 27/10

Pe. José Sebastião 08/10

Pe. Gilberto Faustino 13/10

Pe. Lucas Aredes 17/10

Pe. Ricardo Mendes 18/10

Pe. Bruno Andrade 24/10

Pe. Edivan Cardoso 29/10

Pe. Anderson José de Paula 30/10

Pe. Saul Agripino 31/10

Parabéns, aniversariantes!

Edição - PAsCom Designer Gráfico: Andréia Marçal jornalismo @diocesevaladares.com.br Por Dom FélixFonte: Extraído do livro: Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini. Casa da Palavra 27º Artigo de Dom
Santo do Mês Diretor responsável: Dom Antônio Carlos Félix Bispo Diocesano de Governador Valadares/MG Colaboradores: Artigos elaborados pelo Bispo e por padres, diáconos e agentes de pastorais e movimentos. Administração: Cúria Diocesana de Gov. Valadares - Tel.: 33 3271-6056 - Avenida Brasil, 2770 - Centro 35.020-070 - Governador Valadares/MG
Félix sobre “CASA DA PALAVRA”
São Simão e São
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