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EDITORIAL |

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ueridos leitores, o mês de julho está repleto de expectativas com base na Semana de Formação Diocesana, com temas de suma importância para o bem comum a partir de iniciativas já realizadas nas comunidades cristãs, mas também nas comunidades não cristãs e até aquelas que não se identificam com instituição religiosa, mas com valores humanos. Creio que é um resgate do modelo das primeiras comunidades cristãs retratada no livro de Atos dos Apóstolos: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum. Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da Ressurreição do Senhor Jesus e todos tinham grande aceitação. Não havia entre eles necessitado algum, porque todos os

VIDA EM COMUNIDADE É SINAL DE ESPERANÇA que possuíam terras ou casas vendiam-nas, e traziam os valores do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade.” (At 4, 32-35) A vida em comunidade também é alimentada pela esperança de que a morte não é o fim, mas uma oportunidade para rever nossas ações e relações, pois a vida terrena é breve, e confirmada pelo fato marcante da partida dolorosa e repentina do Padre Rodrigo Cardoso, com 37 anos de idade e 6 anos de ministério sacerdotal, que plantou a vida plantando para que outros pudessem colher. Isso é o que confirma a cerimônia de posse do sucessor Padre Hechilly de Brito que têm por missão dar continuidade no cultivo das sementes e frutos, além de promover nas ovelhas do rebanho da paróquia São Francisco

ENFOQUE PASTORAL |

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mês de julho é dedicado à devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1, 2). Roguemos ao Senhor para que neste mês de julho sejamos animados e restaurados na comunhão com Ele pelo seu Preciosíssimo Sangue. Neste mês nossa Igreja Diocesana se alegra em promover para o povo de

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de Assis, a cura dos corações feridos pela morte do pastor anterior. A Imaculada Conceição, padroeira da Diocese continua peregrinando pelas paróquias, renova a alegria de sermos Igreja na cidade de Guarulhos e reconhece que mesmo diante das situações de dores, o Senhor, continua realizando maravilhas como a ordenação diaconal, a benção dos palios dos arcebispos no Brasil e a própria realização da semana diocesana de formação que será em sistema híbrido. Outra maravilha que não podemos ignorar é o avanço, mesmo que lento da imunização de milhares de pessoas que choram, agora de alegria, pela esperança de dias melhores e o fim do “terrorismo” da pandemia. Pe. Marcos Vinícius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

RECONCILIADOS PELO PRECIOSÍSSIMO SANGUE (CL 1.20)

Deus a Semana Diocesana de Formação com o tema: Ser Igreja nas Fronteiras Existenciais. Será um momento de grande comunhão e aprendizado. Também em foco pastoral quero aqui lembrar o esforço que nossas paroquias tem feito na retomada das missas e atividades pastorais presencialmente e mantendo algumas simultaneamente Online. As festas juninas e julinas Drive-Thru manifestam a criatividade e empenho de nosso povo em retomar as atividades com segurança e alegria.

Folha Diocesana de Guarulhos | Julho 2021

EDIÇÃO | JULHO 2021

Em julho nossos padres vão fazer o seu retiro anual. Que este tempo seja favorável para abastecimento da graça na vida dos nossos sacerdotes. Peço ao povo que rezem por nós para que sejamos banhados e santificados no Precocíssimo Sangue de Jesus. Roguemos a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, para que inspirados nela, confiemos no Senhor e na sua providência. Coragem! Pe. Marcelo Dias Soares Coordenador Diocesano de Pastoral

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Voz do Pastor

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Falando da Vida

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Direito e Família

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MUTIRÃO PELA VIDA POR TERRA, TETO E TRABALHO

DA CURIOSIDADE AO VÍCIO EM PORNOGRAFIA

A QUESTÃO DO GÊNERO: PAZ ÀS NOSSAS CRIANÇAS

Palavra do Papa

FRATELLI TUTTI: A CARTA

ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO

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Aconteceu

PEREGRINAÇÃO DA IMACULADA CONCEIÇÃO NAS PARÓQUIAS

Diocese em Festa ORDENAÇÃO DIACONAL DE DOIS SEMINARISTAS

EXPEDIENTE Jornalista Responsável PE. MARCOS V. CLEMENTINO MTB 82732 Orientação Pastoral PE. MARCELO DIAS SOARES Editoração Eletrônica LUIZ MARCELO GONÇALVES Tiragem: ON-LINE CÚRIA DIOCESANA DE GUARULHOS Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima, Guarulhos - 07122-210 | 11 2408-0403 www.diocesedeguarulhos.org.br folhadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br


VOZ DO PASTOR

Mutirão pela vida: por terra, teto e trabalho E

m meio a toda esta pandemia, estamos vivendo no Brasil a 6ª. Semana Social Brasileira, cujo tema “Mutirão pela vida: por terra, teto e trabalho”, inspira-se no 1º Encontro Mundial dos Movimentos Populares, que teve a presença do Papa Francisco, em Roma, em outubro de 2014. Este “Mutirão pela vida” associa-se ao “Pacto pelo Brasil e pela vida” do qual a CNBB é signatária, juntamente com outras entidades, desde o ano passado. Este tema da 6ª. Semana Social Brasileira, encontra apoio e sustentação nas encíclicas papais “Laudato Sì” e “Fratelli Tutti” e nos elementos do programado encontro “Economia de Francisco e Clara”, também promovido pelo Papa Francisco. Nossa diocese, sob a condução do nosso CNLB Guarulhos (Conselho Nacional de Leigos do Brasil) tem realizado algumas atividades sobre todos estes assuntos. Neste mês de julho (20-23) teremos a já tradicional Semana Diocesana de Formação que refletirá sobre temas inerentes à Doutrina Social da Igreja que envolvem aspectos da temática da 6ª Semana Social Brasileira. Partindo do Amor de Deus por nós e em nós, iremos refletir como criar uma cultura da ternura e do encontro, criando vias de vivência para a dimensão sócio transformadora do Evangelho. Acredito que será uma reflexão de grande utilidade e incentivo para vivência ativa e cristã em nossa sociedade, que antes da pandemia já estava fragilizada e flagelada pelo individualismo e, agora, corre o risco de acentuar esta sombra que paira sobre esta mudança de época que estamos vivendo. Precisamos caminhar dentro da perspectiva do bem viver, mesmo em tempos difíceis. Esta semana tem sido preparada com esmero e carinho, em verdadeiro espírito evangélico. Participemos sem as resistências que afirmam que a realidade social é coisa de política e de políticos e

que não faz parte da vivência do Evangelho e da missão da Igreja. Se pudesse afirmar algo positivo desta pandemia, diria que ela “obrigou” a sairmos do individualismo, ou ao menos, olharmos para os outros. O Papa Francisco nos convida a não esquecermos as lições do novo coronavírus, aquelas lições que nos fizeram acender esperança nova: “...desejo dar voz a diversos caminhos de esperança...A recente pandemia permitiu-nos recuperar e valorizar tantos companheiros e companheiras de viagem que, no medo, reagiram dando a própria vida. (...) nossas idas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns, que, sem dúvida, escreveram os acontecimentos decisivos da nossa história compartilhada: médicos, enfermeiros e enfermeiras, farmacêuticos, empregados dos supermercados, pessoal de limpeza, cuidadores, transportadores, homens e mulheres que trabalham para fornecer serviços essenciais e de segurança, voluntários, sacerdotes, religiosas... compreenderam que ninguém se salva sozinho. (Encíclica Fratelli Tutti 54) No entanto, o Santo Padre alerta que, se as lições não forem aprendidas e a esperança não for devidamente alimentada...: “Passada a crise sanitária, a pior reação seria cair ainda mais em um consumismo febril e em novas formas de autoproteção egoísta. No fim, oxalá, já não existam “os outros’, mas apenas um “nós”. Oxalá não seja mais um grave episódio da história cuja lição não fomos capazes de aprender. Oxalá não nos esqueçamos dos idosos que morreram por falta de respiradores, em parre como resultado de sistemas de saúde que foram sendo desmantelados ano após ano. Oxalá não seja inútil tanto sofrimento, mas tenhamos dado um salto para uma nova forma de viver e descubramos, enfim, que precisamos e somos devedores uns dos outros, para que a humanidade renasça com todos os rostos, todas as mãos e todas as vozes, livres das fronteiras que criamos. Se não conseguimos recuperar a paixão

compartilhada por uma comunidade de pertença e solidariedade, à qual saibamos destinar tempo, esforço e bens, desabará ruinosamente a ilusão global que nos engana e deixará muitos à mercê da angústia e do vazio. (...) a obsessão por um estilo de vida consumista, sobretudo quando poucos têm possibilidades de o manter, só poderá provocar violência e destruição recíproca. O princípio do “salve-se quem puder” traduzir-se-á rapidamente no lema “todos contra todos”, e isso será pior que a pandemia. (Fratelli Tutti 35-36) A Semana Diocesana de Formação 2021 quer nos ajudar a aprender as boas lições deste tempo de pandemia e aprimorá-las para o porvir. Participem: 20-23 de julho, das 19h30 às 21h30, pelas redes sociais da nossa diocese.

Dom Edmilson A. Caetano, O. Cist. Bispo Diocesano de Guarulhos

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LITURGIA | O PILAR DO PÃO

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entre os quatro pilares da evangelização, destacamos, neste mês, o pilar do Pão. O Concílio Vaticano II, na Sacrosanctum Concilium, diz que nossa participação deve ser plena, ativa, consciente e frutuosa e que a participação dos fiéis, com tais disposições, colherão os frutos próprios da Liturgia. Então, por onde começar para que essa participação aconteça de tal forma? A formação dos envolvidos na liturgia, com toda certeza, é de extrema importância. Santo Agostinho diz que só é possível amar o que se conhece. Então comecemos por conhecer o pilar do Pão, tão essencial para a evangelização. “Eles perseveravam no ensino dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2, 42). O testemunho da comunidade apostólica é o molde para as nossas comunidades. A perseverança no partir o pão é o caminho para uma comunidade sadia e convertida. Olhemos para Jesus, “como pão vivo descido do céu” (Jo 6,51) é todo doado, partilhado. Seus gestos são significativos e salvadores. O relato da última Ceia nos coloca inseridos na realidade da vida nova. A comunidade da partilha celebra o acon-

tecimento que dá sentido à nossa vida. “A seguir, Jesus tomou um pão, agradeceu a Deus, o partiu e distribuiu a eles, dizendo: ‘Isto é o meu corpo, que é dado por vocês. Façam isto em memória de mim” (Lc 22,19). Na carta aos Coríntios, o Apóstolo manifestava com a união dos que participavam da fração do Pão com Cristo: “O Pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo?” (1 Cor 10, 16). Logo, os que participam da partilha do Pão comungam de Cristo e, como necessidade, se manifestam a viver como Ele viveu. “Já que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que participamos de um único pão” (1 Cor 10,17). Assim, o pilar do pão assume um autorretrato da comunidade. Na catacumba de Priscila, datada do século III, temos um retrato da fração do pão. Retomando a Sacrosanctum Concilium, entendemos que os que tomam parte na Fração devem também mudar de vida. “É assim que a Igreja anuncia aos que não creem na mensagem da salvação, para que todos conheçam o único e verdadeiro Deus e Aquele que Ele enviou, Jesus Cristo, e se convertam de seus caminhos, mudando de vida” (SC 9). A comunidade da fração do pão é uma comunidade que se esforça na

luta pela conversão. Uma comunidade eucaritizada. Sabemos que o caminho nem sempre é tranquilo, mas recebemos a força de Deus. “Levanta-te e come! Tens ainda um longo caminho a percorrer” (1 Rs 19,7). É na fração do pão que a comunidade se alimenta e é encorajada a realizar a caridade para com os irmãos mais necessitados. Retornemos ao testemunho da comunidade primitiva: “Não havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas e traziam o preço do que tinham vendido e colocava aos pés dos apóstolos. Repartia-se, então, a cada um deles conforme a sua necessidade” (Atos 4,34-35). Na evangelização, urge colocar em prática o testemunho apostólico. É preciso que nossas comunidades se tornem verdadeiras escolas de caridade pois, a fração do pão, a Eucaristia que celebramos, deve nos colocar em caminho para a vivência da caridade. Uma comunidade que vivencia a fração do pão e o exercício da caridade será um outdoor que atrairá a atenção e, consequentemente, a adesão de muitos.

Pe. Cristiano Souza

Comissão Diocesana de Liturgia

FALANDO DA VIDA | DA CURIOSIDADE AO VÍCIO EM PORNOGRAFIA

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As armadilhas da Internet nos tempos de Pandemia.

isolamento social causado pela pandemia, transformou o que era concreto em online. Temos aulas online, compras online, festas online, enfim, tudo ficou online. Com tanto uso, os algoritmos da internet sabem qual a sua idade, seu sexo, o que você valoriza e o que está necessitando. Você mesmo passou os dados através do seu contato com os sites. A liberdade de escolha ficou relativa considerando que estamos sendo comandados cada vez que ligamos o computador. A Inteligência Artificial facilita a vida, mas pode nos trazer vários problemas, dentre eles o vício em pornografia. Ao realizar alguma busca você se depara com algum material erótico. A curiosidade faz com que você acesse a página algumas vezes. A partir de então uma avalanche de sugestões sobre pornografia aparecerá na sua tela com estímulos para acessar certos conteúdos. Algumas pessoas, principalmente adolescentes, são mais vulneráveis e podem ficar viciadas gastando

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grande parte do seu tempo navegando nesses sites. Pornodependência é o nome que define a busca obsessiva por vídeos e imagens sexuais na rede. O prazer sexual obtido na visualização de pornografia, ativa um sistema de recompensa, no cérebro, semelhante ao que ocorre no caso das drogas químicas. O problema tem se agravado muito na pandemia. A Netskope, empresa americana de software realizou uma pesquisa que apontou que em 2020 houve um aumento de 600% na busca de sites pornográficos. Os prejuízos vão além da perda de tempo, afetam o lado profissional, social, causam perda de concentração, dificuldade nos relacionamentos e na capacidade de ter bom desempenho nas relações sexuais. Quem sofre desse vício necessita de Psicoterapia e em alguns casos até medicação. Para não ter o vício, o ideal seria sair do piloto automático e acender a luz da consciência para perceber o que estamos fazendo e porquê estamos fazendo. É necessário reduzir o tempo de uso das mídias e buscar atividades que explo-

rem outras possibilidades, tais como: exercícios físicos, dança, artesanato etc. Temos que ser os protagonistas das nossas atitudes e não objetos dela. Quando acessamos a internet é bom, antes de tudo, decidir quem é a máquina e quem é o humano, quem comanda e quem é comandado. Afinal se Deus nos fez livres, por que se escravizar?

Romildo R. Almeida Psicólogo Clínico


VIDA PRESBITERAL | PRESBÍTEROS: SEMEADORES DA FÉ

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aminhando rumo à celebração dos 40 anos da criação de nossa Diocese, revendo nossa história e as maravilhas que o Senhor realizou em nosso favor, seria ingratidão de nossa parte não fazer memória dos presbíteros que plantaram as sementes da fé na vida do povo guarulhense. Com muito empenho e dedicação o presbítero entrega a sua vida por uma causa maior: anunciar Jesus Cristo, assumindo a sublime missão de fazer discípulos como fiel dispensador dos sagrados mistérios, transmitindo os ensinamentos para a formação e vivência da fé. Alegra-nos o coração as partilhas e testemunhos de fiéis que trazem no coração os frutos deixados pelos padres que cooperaram na construção de verdadeiras comunidades cristãs pela partilha da Palavra, acolhimento, simplicidade, firmeza e amor nos gestos, pela

DIREITO E FAMÍLIA |

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tese principal da chamada “ideologia de gênero” diz que o gênero é uma construção cultural, logo independe do sexo biológico. Por essa teoria não haveria mais sentido falar em homem e mulher, mas apenas em “gênero”, ou seja, a identidade passa a ser aquela que a pessoa cria para si. O Papa Francisco, na sua exortação apostólica Amoris Laetitia esclarece que “outro desafio surge de várias formas duma ideologia genericamente chamada gender, que nega a diferença e a reciprocidade natural de homem e mulher. Prevê uma sociedade sem diferenças de sexo, e esvazia a base antropológica da família. Esta ideologia leva a projetos educativos e diretrizes legislativas que promovem uma identidade pessoal e uma intimidade afetiva radicalmente desvinculadas da diversidade biológica entre homem e mulher” (Exortação apostólica Amoris Laetitia). Nas origens históricas da referida ideologia encontramos o combate à desigualdade de sexos que se transformou em um combate à discriminação de gênero. Dos combates aos

instrução na fé e por mostrar a importância da vida sacramental e comunitária. No exemplo de Abraão, presbíteros (canadenses, poloneses, italianos e outros) saíram de suas terras e do meio de suas famílias confiando na palavra do Senhor que os chamou e os enviou em missão para que, como verdadeiros semeadores, pudessem lançar as sementes da fé católica no coração da nossa gente. Rendamos graças pelos sacerdotes que iniciaram a escrita de nossa história e que hoje não estão em nossa diocese, mas também por todo o presbitério atuante, muitos destes sacerdotes que são filhos desta grande cidade e que continuam a escrever a história da Igreja de Cristo em Guarulhos. Na figura do Pe. Rodrigo Cardoso – in memorian – recordamos de todos os presbíteros já falecidos que deram suas vidas pela Igreja e que hoje contemplam a face do Se-

nhor Bom Pastor: gratidão eterna e reconhecimento por todo trabalho realizado com amor. Em muitos corações as sementes foram plantadas por eles. Nossa solidariedade à família presbiteral e orações fraternas.

Pe. Tiago Ramos dos Santos Pastoral Prebisteral

A QUESTÃO DO GÊNERO: PAZ ÀS NOSSAS CRIANÇAS! abusos contra a mulher passou-se à defesa da ideia de neutralidade sexual na formação de crianças e adolescentes. A introdução deste tipo de ideologia, na educação de uma criança, é uma violência, já que ela não tem conhecimento de si mesma. Sob o pretexto de se resolver o problema da igualdade, cria-se outro ainda mais grave: o da identidade. A história já deu provas das consequências nefastas desses experimentos. Vale lembrar que em 1966 uma operação de circuncisão deixou Bruce Reimer – um bebê de oito meses - sem pênis. Um sexólogo norte-americano – John W.Money convenceu os pais que a melhor coisa a se fazer seria uma cirurgia de transexualização, a partir da qual, a criança recebeu o nome de Brenda e passou a ser tratada como menina. A experiência foi um fracasso, pois a criança rejeitava roupas femininas, mantendo-se com comportamento masculino. Manifestou comportamento depressivo, fez uma cirurgia de reversão de sexo, casou-se, tendo sido, após, abandonado pela esposa, matando-se dois dias depois com um tiro na cabeça. Observamos recentes iniciativas de di-

versos setores públicos e privados, como recentemente fez uma determinada rede de fast-food, com objetivo de inculcar nas nossas crianças a ideologia de gênero. Sob o pretexto de lançar pontes, combatendo a discriminação, em verdade, violam o princípio da dignidade da pessoa humana, contrariando a Constituição Federal, justamente por atacar o seu conceito mais essencial do referido princípio: o da identidade. Nossa fé, como nos ensina São Tiago, deve expressar-se em obras, e por isso como agentes de transformação social, devemos repudiar veementemente atitudes que violem a família, e em especial as crianças, em seu estado de inocência e desenvolvimento. Benditas sejam as obras que promovem a reconciliação da família com sua essência, que é a de possibilitar que a humanidade, em certa medida, experimente o amor, do qual o modelo é a Sagrada Família de Nazaré, e a origem, a Santíssima Trindade.

Marcos Antônio Favaro

Procurador Jurídico, Pós-Graduado em Teologia, Mestre em Direito na PUC-SP

Julho 2021 | Folha Diocesana de Guarulhos

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PALAVRA DO PAPA

FRATELLI TUTTI: A CARTA ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO SOBRE A FRATERNIDADE E A AMIZADE SOCIAL

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s questões relacionadas com a fraternidade e a amizade social sempre estiveram entre as preocupações do Papa Francisco. A elas, o Sumo Pontífice, se referiu repetidamente nos últimos anos e em vários lugares. Na Encíclica Fratelli Tutti, Francisco quis reunir muitas dessas intervenções, situando-as num contexto mais amplo de reflexão. Além disso, se na redação da Laudato si’ ele teve uma fonte de inspiração no irmão Bartolomeu, o Patriarca ortodoxo que propunha com grande vigor o cuidado da criação, agora sentiu-se especialmente estimulado pelo Grande Imã Ahmad Al-Tayyeb, com quem se encontrou, em Abu Dhabi, para lembrar que Deus «criou todos os seres humanos iguais nos direitos, nos deveres e na dignidade, e os chamou a conviver entre si como irmãos». A Fratelli Tutti, portanto, reúne e desenvolve grandes temas expostos no documento que assinaram juntos. E aqui, na linguagem própria do Papa, ele acolheu também numerosas cartas e documentos com reflexões que recebeu de tantas pessoas e grupos de todo o mundo. As páginas da Fratelli Tutti não pretendem resumir a doutrina sobre o amor fraterno, mas detêm-se na sua dimensão universal, na sua abertura a todos. “Entrego esta encíclica social como humilde contribuição para a reflexão, a fim de que, perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras. Embora a tenha escrito a partir das minhas convicções cristãs, que me animam e nutrem, procurei fazê-lo de tal maneira que a reflexão se abra ao diálogo com todas as pessoas de boa vontade”, afirma o Sumo Pontífice, na apresentação da Carta. Comentários sobre a Encíclica do Papa Francisco Numa série de lives, especialmente a realizada no 19 de outubro de 2020, pela Editora da CNBB, a Edições CNBB, convidados refletiram sobre a nova Carta Encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco. Dom Joel Portella, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

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(CNBB), disse que na publicação o Papa caracteriza o mundo atual; “olha esse mundo com os olhos da Parábola do Bom Samaritano e depois indica o que fazer e como agir em um mundo fechado em tantas sombras”. Já o padre Patriky Samuel Batista, secretário executivo das Campanhas da CNBB, salientou que a contribuição do julgar, da Encíclica, é a capacidade de interromper a rotina para se aproximar de fato do próximo. “Ver, compadecer e cuidar como verdadeiro estilo de vida para todos nós. O Bom Samaritano é essa belíssima inspiração para cada um de nós”, salientou. Para ele, foi motivo de muita alegria – quando lendo a Encíclica – reconhecer em muitos momentos a presença da Campanha da Fraternidade e de como o Papa apresenta a fraternidade como uma alternativa num mundo marcado por sombras. “Desde 1964, a Igreja Católica no Brasil vem contribuindo, acendendo luzes de esperança e solidariedade. Cada tema da CF nós podemos dizer que é uma resposta àquela pergunta que Deus fez: aonde está o teu irmão? Sem sombra de dúvidas eu acredito que a Fratelli Tutti , como a CF, nos apresenta mais uma ocasião para que a gente possa naturalizar a fraternidade e a solidariedade como forma de alternativas luminosas para a construção de um novo mundo”, salientou o padre. Na compreensão do padre Paulo Renato, assessor político da CNBB, essa Encíclica não é só política, porque de acordo com ele, é a forma de viver o compromisso em favor dos outros. “É interessante vermos como ela revisa e retoma pontos essenciais da Doutrina Social da Igreja, principalmente a questão do bem comum e da dignidade da pessoa humana”, comentou. Para ele, essa Encíclica é política porque é uma forma de viver o compromisso cristão como já afirmava Paulo VI em 14 de maio de

1971. “Ela fala de economia, principalmente, trazendo a necessidade de uma nova ordem social, o modo de lidar com a situação do mundo, com a questão econômico-política”, destacou. O padre Marcus Barbosa, secretário adjunto de Pastoral da CNBB e assessor da Comissão para o Ecumenismo da entidade, salientou que a dimensão ecumênica está intrínseca na Fratelli Tutti. “O tom ecumênico, a dimensão do diálogo é muito viva, embora nós tenhamos na Encíclica o capítulo 8º, dedicado exclusivamente à questão das religiões a serviço da Fraternidade no mundo, mas não apenas o capítulo 8º, o estilo da carta encíclica é ecumênica”, enfatizou. Padre Marcus disse ainda que a Encíclica foi concebida, gestada, nasceu da experiência ecumênica. “A gente lembra do nascimento da Laudato Si’, de como o Papa evidenciou o entusiasmo que ele recebeu do patriarca ortodoxo Bartolomeu”, alertou. Por fim, a irmã Maria Irene dos Santos, assessora da Comissão para a Amazônia da CNBB, disse perceber que a Fratelli Tutti e a Laudato Si’ têm tudo a ver com o Papa Francisco. “É um homem que está pensando a partir do seu tempo e esses dois documentos têm o sentido dessa reflexão muito profunda a partir desse momento em que nós estamos vivendo”, destacou. Ela acredita que a Laudato Si’ e a Fratelli Tutti estão caminhando juntas, principalmente quando falam da amizade social e da fraternidade universal. “São dois pontos muito importantes dessa Encíclica”.


EVENTO DO PAPA

PAPA ABENÇOA OS PALIOS DE QUATRO ARCEBISPOS BRASILEIROS NA SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

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Igreja celebra em âmbito universal, nesta terça-feira, 29 de junho, a Solenidade de São Pedro e São Paulo. E o Papa Francisco abençoou os Palios que quatro arcebispos brasileiros nomeados nos últimos doze meses vão receber. No total, foram 34 novos arcebispos nomeados de junho de 2020 até este ano. Em sua reflexão, o pontífice ressaltou que “é dando a vida que o Pastor, liberto de si mesmo, se torna instrumento de libertação para os irmãos”. Recordando a insígnia que será entregue aos arcebispos, o Papa assim sublinhou: “Este sinal de unidade com Pedro recorda a missão do pastor que dá a vida pelo rebanho”. Aqui no Brasil, receberão o Palio arquiepiscopal, símbolo de jurisdição em comunhão com a Santa Sé, os seguintes arcebispos: Dom Severino Clasen, arcebispo de Maringá (PR) Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (DF) Dom Gilberto Pastana de Oliveira, arcebispo eleito de São Luís do Maranhão (MA) Dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo eleito de Santa Maria (RS) Livres porque libertados por Cristo Em sua homilia, o Papa Francisco refletiu sobre os encontros de Pedro e de Paulo com Cristo, o que lhes mudou a vida. “Fizeram a experiência de um amor que os curou e libertou e, por isso, tornaram-se apóstolos e ministros de libertação para os outros”, destacou Francisco. Pedro, o pescador da Galileia, foi libertado em primeiro lugar da sensação de ser inadequado e da amargura de ter falido, e isso verificou-se graças ao amor incondicional de Jesus. […] Mas Jesus amou-o desinteressadamente e apostou nele. Encorajou-o a não desistir, a lançar novamente as redes ao mar, a caminhar sobre as águas, a olhar com coragem para a sua própria fraqueza, a segui-Lo pelo caminho da Cruz, a dar a vida pelos irmãos, a apascentar as suas ovelhas. Paulo também viveu a experiência da li-

bertação por obra de Cristo: “Foi liberto da escravidão mais opressiva, a de si mesmo, e de Saulo – nome do primeiro rei de Israel – tornou-se Paulo, que significa «pequeno». Foi libertado também daquele zelo religioso que o tornara fanático na defesa das tradições recebidas (cf. Gal 1, 14) e violento ao perseguir os cristãos”. “A Igreja olha para estes dois gigantes da fé e vê dois Apóstolos que libertaram a força do Evangelho no mundo, só porque antes foram libertados pelo encontro com Cristo. Ele não os julgou, nem humilhou, mas partilhou de perto e afetuosamente a sua vida, sustentando-os com a sua própria oração e, às vezes, admoestando-os para os impelir à mudança”, destacou o Papa A exemplo dos dois apóstolos, o Papa salientou que “também nós somos libertados” quando tocados pelo Senhor. E só “uma Igreja liberta é uma Igreja credível”. Assim, como Pedro, a libertação para a Igreja é superar a “sensação da derrota face à nossa pesca por vezes malsucedida; a ser libertos do medo que nos paralisa e torna medrosos, fechando-nos nas nossas seguranças e tirando-nos a coragem da profecia”. Assim como Paulo, “somos chamados a ser libertos das hipocrisias da exterioridade; libertos da tentação de nos impormos com a força do mundo, e não com a debilidade que deixa espaço a Deus; libertos duma observância religiosa que nos torna rígidos e inflexíveis; libertos de vínculos ambíguos com o poder e do medo de ser incompreendidos e atacados”. O que é o Palio O pálio – derivado do latim pallium, manto de lã – é uma vestimenta litúrgica usada na Igreja Católica, consistindo de uma faixa de pano

de lã branca que é colocada sobre ombros dos arcebispos. Este pano representa a ovelha que o pastor carrega nos ombros, assim como fez Cristo com a ovelha perdida. Desta forma, o palio é considerado o símbolo da missão pastoral do bispo. O palio é também a prerrogativa dos arcebispos metropolitanos, como símbolo de jurisdição em comunhão com a Santa Sé. Em entrevista ao Vatican News, o arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa, destacou que “o Pálio é sinal de obediência ao Papa, é sinal de comunhão com a Sé romana. Significa a autoridade que o metropolita, em comunhão com a igreja de Roma, vem legitimamente investido na sua província”. O tecido é feito da lã retirada de dois cordeiros já reservados no ano anterior e criados pelos monges trapistas da Abadia de Tre Fontane, em Roma. O pálio, em sua forma atual, é uma faixa estreita de tecido, com cerca de cinco centímetros de largura, tecida em lã branca, curvada no meio para poder repousar sobre os ombros acima da casula e com duas abas pretas penduradas na frente e atrás, de modo que – visto tanto na frente quanto atrás – a vestimenta lembra a letra “Y”. É decorado com seis cruzes negras de seda (que lembram as feridas de Cristo), uma em cada cauda e quatro na curvatura, e é cortado na frente e atrás, com três alfinetes de gema aciculada em forma de alfinete.

Julho 2021 | Folha Diocesana de Guarulhos

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BÍBLIA | DESEJO, AMOR E PAIXÃO REVISITAR O LIVRO DOS CÂNTICOS DOS CÂNTICOS É UMA BOA OCASIÃO PARA CRITICAR A EXPLORAÇÃO ECONÔMICA DO AMOR-MERCADORIA.

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is um livro repleto de segredos. O livro dos Cânticos dos Cânticos ou simplesmente Cantares, como sugerem algumas edições bíblicas. Esse livro deve ser revisitado. Nossas comunidades procuram nesse livro, de estilo sapiencial, compreender a força do amor existente entre o homem e a mulher. Sabemos que o modo de ler faz a diferença. Ao se aproximar de um texto bíblico devemos ir lentamente. Não conhecemos o terreno. Ainda não temos informações da época em que foi redigido, nem quem são seus autores. Já acostumados em ler o texto dentro do seu contexto, nossa leitura e meditação segue o método da leitura orante. Esse método é de fundamental importância para compreender os textos sagrados. Uma leitura orante envolve quatro passos fundamentais. Os quatro passos ou degraus são: leitura, meditação, oração e ação. A tradição da Igreja ensina que “a Sagrada Escritura também deve ser lida e interpretada naquele mesmo espírito em que foi escrita”. Com o livro

PRÓXIMOS EVENTOS

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dos Cânticos não poderia ser diferente. Nos próximos seis artigos abordaremos a vasta riqueza desse belíssimo livro. Não é de hoje que Cantares incomoda. Durante séculos o conteúdo desse livro incomodou gerações. Afinal, como pode um texto bíblico falar de modo tão claro sobre sexualidade e amor envolvendo dois jovens. Logo nas primeiras linhas encontramos fortes declarações e desejos: “Que me beije com beijos de sua boca! Teus amores são melhores do que o vinho, O odor dos teus perfumes é suave, Teu nome é como um óleo escorrendo, E as donzelas se enamoram de ti...” (Ct 1,2-3) Na história da igreja, não foi nada fácil em aceitar que se trata de um livro inspirado por Deus. Mas, como ninguém pode ir contra a bíblia, Cânticos dos Cânticos se impôs como um livro divino. Para a tradição judaica, Cantares é reconhecido como o livro mais inspirado por Deus, afirmou o sábio Rabi Akiba, em meados

do ano 130 d.C. Leitura orante não é nenhuma novidade na vida das comunidades. Já, no século III d.C (depois de Cristo), o grande escritor Origenes (185-254 d.C) declarou que para ler a Bíblia com proveito é preciso esforço e assiduidade. “Cada dia de novo, como Rebeca, temos de voltar à fonte da Escritura”. Por meio da leitura orante é possível unir a realidade da bíblia com a realidade de nossas vidas. Os desejos divinos transformam nossas vidas. Nos divinizamos. A felicidade invade nossa existência. O mundo ao nosso redor se transforma. Nossa interpretação orante estará unida à ação libertadora do Deus do Êxodo. Para animar nosso exercício bíblico leia, nos próximos dias, os sete capítulos e procure observar o seguinte aspecto na leitura de Cantares: O amor entre homem e mulher tem a ver com Deus? Shalom!

Pe. Antônio Carlos Frizzo Vigário da Paróquia Santa Rita de Cássia – Jardim Cumbica


ACONTECEU IMAGEM PEREGRINA NA PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA – COCAIA

N

o domingo dia 30 de maio, dia da Solenidade da Santíssima Trindade, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida Cocaia, acolheu com muita alegria a imagem peregrina de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da nossa Diocese de Guarulhos, em comemoração ao Jubileu de 40 anos de história da

Diocese de Guarulhos, vinda da Paróquia São Paulo Apóstolo do Jardim São Paulo. A imagem peregrina visitou todas as comunidades de nossa paróquia: Bom Jesus, Santa Edwiges, São José, São Judas Tadeu Apóstolo e Mártir e São Vicente de Paulo. No domingo dia 06 um grupo representando a paróquia, junto com Pe. Valdocir,

levou a imagem até a Comunidade São Paulo, da paróquia Nossa Senhora de Fátima - Vila Fátima. Nosso Agradecimento a todos que participaram dos momentos de oração com a imagem, neste Jubileu de 40 anos da Diocese!

IMAGEM PEREGRINA NA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - VILA FÁTIMA

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ACONTECEU

DIOCESE EM FESTA – ORDENAÇÃO DIACONAL 2021

N o dia 05 de junho de 2021 às 9h30 na Paróquia São Judas Tadeu

– Jardim Alice, em missa presidida por Dom Edmilson Amador Caetano, foram ordenados diáconos os candidatos, Bruno Batista Marques e Davi Clinton Dias de Souza. Devido a necessidade de respeito aos procedimentos de segurança sanitária

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devido a pandemia do Covid-19, o número de participantes foi limitado a 300 pessoas, o abraço aos ordenados foi restrito ao bispo, sacerdotes que revestiram os diáconos e os pais. A missa foi transmitida on-line pelas redes sociais da diocese, sob a direção da pastoral da comunicação e TV Vitória. Conheça os lemas de ordenação: Do Diácono Bruno Batista: “É justo que muito custe, aquilo que

muito Vale” ( Santa Teresa D`Avila ) e o do Diácono Davi Clinton: “A ele nós sirvamos sem temor”( Lc 1,74 ) A Diocese de Guarulhos em festa deseja aos novos diáconos bençãos e frutuoso ministério a serviço do Reino de Deus e que Nossa Senhora Imaculada Conceição possa interceder por novas vocações sacerdotais e religiosas para a santa Igreja.


ACONTECEU NÃO ABANDONES TEU CORAÇÃO À TRISTEZA “Meu filho, derrame lágrimas pelo morto, e faça luto como alguém que sofre profundamente. Depois enterre o cadáver segundo o costume, e não deixe de honrar o túmulo dele. Chore amargamente, bata no peito e observe o luto proporcional à dignidade do morto, durante um ou dois dias, para evitar os comentários do povo; e depois console-se de sua tristeza. Porque a tristeza leva para a morte, e qualquer aflição do coração consome as forças. Na

desgraça a tristeza permanece, e uma vida triste é insuportável. Não entregue seu coração à tristeza, mas afaste-a, pensando no fim que você terá. Não se esqueça: da morte não há retorno. Sua tristeza em nada servirá ao morto, e você acabará se prejudicando. Lembre-se: a sorte dele será também a sua. Eu ontem e você hoje. Quando o morto repousa, pare de pensar nele. Console-se, porque o espírito dele já partiu”. ( Eclesiástico 38, 16-23 )

PARÓQUIA SÃO FRANCISCO RECEBE PE HECHILLY BRITO

N

o dia 01 de julho às 19h30, Dom Edmilson Amador Caetano presidiu a missa de posse do Reverendíssimo Padre Hechilly Brito Timóteo na Paróquia São Francisco de Assis, no bairro Parque da Nações. O motivo da posse inesperada foi a morte do Reverendíssimo Pe Rodrigo Cardoso, a frente como pároco por seis anos desta paróquia. Uma mistura de sentimentos de gratidão e saudade marcou a cerimônia de posse com a presença do povo de Deus.

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VAI ACONTECER

PEREGRINAÇÃO DA IMAGEM DA IMACULADA CONCEIÇÃO – 2021

FORANIA ROSÁRIO 13 a 20/06/2021 - Paróquia Santa Rosa de Lima 20 a 27/06/2021 - Paróquia Santuário Bom Jesus 27/06 a 04/07/2021 - Paróquia São José 04 a 18/07/2021 - Área Pastoral São Paulo Apóstolo 18 a 25/07/2021 - Paróquia Santa Rita de Cassia 25/07 a 01/08/2021 - Paróquia Santa Mena 01 a 08/08/2021 - Paróquia N.Sra do Rosário

FORANIA IMACULADA 08 a 15/08/2021 - Santuário São Judas Tadeu 15 a 22/08/2021 - Paróquia São Pedro Apóstolo 22 a 29/08/2021 - Paróquia N.Sra Aparecida 29/08 a 05/09/2021 - Paróquia Santo Antônio – Parque 05 a 12/09/2021 - Paróquia Santo Antônio – Gopoúva 12 a 19/09/2021 - Paróquia São Francisco de Assis 19/09 a 03/10/2021 - Paróquia N.Sra de Fátima 03 a 10/10/2021 - Capelania Stella Maris 10 a 24/10/2021 - Paróquia N.Sra de Lourdes 24/10 a 07/11/2021 - Paróquia Santo Antônio – Vila Augusta 07 a 21/11/2021 - Paróquia São Geraldo 21/11 a 05/12/2021 - Paróquia Santo Antônio Maria Claret 05 ou 08/12/2021 - Catedral Imaculada Conceição

PEREGRINAÇÃO DA IMACULADA Participe da peregrinação de nossa querida Imaculada da Coinceição nas paróquias de nossa Diocese. Convide os amigos e parentes e vamos juntos louvar e agradecer nossa querida padroeira.

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ORAÇÃO E HINO

Oração e Hino Oração do Jubileu de Esmeralda 1981 - 2021

Ó Deus, nosso Pai, nós vos louvamos e bendizemos pelos quarenta anos da Diocese de Guarulhos.

no serviço fraterno, sinal do vosso Reino, sal da terra, luz e fermento.

Vosso Espírito Santo derrama os mais diversos dons sobre nossas comunidades e paróquias, pastorais, movimentos e serviços.

Confirmai na fé e na caridade os discípulos missionários de Jesus Cristo,na entrega generosa pelo vosso Reino: nosso Bispo, sacerdotes, diáconos,consagrados e consagradas, leigos e leigas.

Chamados à comunhão em vosso Filho Jesus, convocados por vossa Palavra, santificados pelos Sacramentos, impulsionados pelo testemunho cristão, formamos o povo da Aliança, que acolhe e vive vossa misericórdia,

Com Maria, a Imaculada Conceição, Mãe da Igreja, em quem realizastes maravilhas, possamos perseverar no seguimento de Cristo, na construção do vosso Reino. Amém.

HINO 40 ANOS – 1981 – 2021 Caetana Cecilia / Pe. Jair Costa / Pe. Éder Monteiro

O Senhor fez em nós maravilhas! Santo, santo é seu nome! Vem e anuncia, canta confiante com muito amor, com grande alegria! Vamos celebrar a nossa história Pelo poder do Santo Espírito E pela graça do Batismo Vamos celebrar a nossa história Desde o início, um desafio E como Igreja peregrina

Louvar a Deus por seu amor Louvar a Deus por seu amor Louvar a Deus por seu amor Buscar na fé um novo ardor! Buscar na fé um novo ardor! Buscar na fé um novo ardor!

Vamos celebrar a nossa história Pela Eucaristia alimentados Sendo uma igreja missionária Vamos celebrar a nossa história A providência guiará A oração nos fortalece

Acreditando em nosso redentor Acreditando em nosso redentor Acreditando em nosso redentor Com Maria, o nosso louvor Com Maria, o nosso louvor Com Maria, o nosso louvor

Vamos celebrar a nossa história Grupos espalhados na cidade Juntos pra formar comunidade Vamos celebrar a nossa história Nos desafios enfrentados Força de uma Igreja mais fraterna

Confiantes em nosso Senhor Confiantes em nosso Senhor Confiantes em nosso Senhor Seguindo Cristo, o bom Pastor Seguindo Cristo, o bom Pastor Seguindo Cristo, o bom Pastor

Vamos celebrar a nossa história Na caminhada de cristãos Ser nossa vida em doação Vamos celebrar a nossa história Numa Igreja viva e solidária Sendo presença na cidade

Louvar a Deus por seu amor Buscar na fé um novo ardor! Confiantes em nosso Senhor Seguindo Cristo, o bom Pastor Acreditando em nosso redentor Com Maria, o nosso louvor

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VAI ACONTECER Agenda do Bispo | Julho 2021 01

09h00 – Missa Santuário Nacional de Aparecida -70 anos da presença Teatina no Brasil

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09h30 – Codipa

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14h30 – Atendimento Cúria

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14h30 – Atendimento Cúria

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07-11h – Encontro Seminário Propedêutico

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19h00 – Crisma paróquia NS Aparecida Cocaia

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09h30 – Atendimento Cúria

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19h00 – Crisma paróquia São Pedro

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09h00 – Missa paróquia São Pedro

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11h00 – Crisma paróquia São Paulo

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08-16h – Encontro diocesano das N ovas Comunidades – CDP

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16h00 – Crisma paróquia Sagrado Coração de Jesus – Santos Dumont

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19h00 – Missa paróquia NS Fátima Tranquilidade – Fraternidade Vitória

05Retiro Anual do Clero – Atibaia 09

20- 19h30 – SEMANA DIOCESANA 23 DE FORMAÇÃO 21

09h30 – Economato

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14h30 – Atendimento Cúria

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09h30 – Atendimento Cúria

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15h00 – Crisma Catedral

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10h00 – Crisma paróquia Santo Antônio Parque

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18h00 – Missa diocesana da Pastoral do Dízimo paróquia Santo Antonio – Parque

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16h00 – Encontro vocacional masculino Paróquia NS Fátima – Tranquilidade

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09h00 – Crisma paróquia Santo Antônio Maria Claret

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14h30 – Atendimento Cúria

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15h00 – Crisma paróquia Santa Luzia – Alvorada

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19h30 – Videoconferência sobre Sínodo 2023 CNBB

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09-12h – Presidência do Regional

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09h30 – Atendimento Cúria

Aniversariantes | Julho 2021 Nascimento 09 (1957) Pe. Lauro Luiz Vizioli 12 (1944) Pe. Berardo Graz

30 (1985) Pe. Jonas Barbosa dos Santos 31 (1966) Pe. José Carlos Galvão Lemos

22 (1982) Pe. Weber Galvani Pereira

Ordenação

26 (1943) Pe. Joaquim Rodrigues

13 (2019) Pe. Lucas Antônio Gobbo Custódio - CR

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