Teste 8º e 3 Proposta de Correção

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TESTE DE AVALIAÇÃO ESCRITA Português | 8.º Ano

ANO LETIVO 2017/ 2018

Professora:

Dina Gonçalves de Jesus - Data: 8 de fevereiro de 2018

90 minutos

NOME:

Turma:

Classificação:

Enc. Educação:

Grupo I- Gramática

5

Lê atentamente o seguinte texto.

Durante a Segunda Grande Guerra, sob a ditadura de Salazar, Portugal era uma naçaã o alegadamente “neutra”, ainda que de forma bem evidente e naã o oficial, fosse proó -Hitler. O governo portugueê s emitiu a perversa “Circular 14” a todos os seus diplomatas, negando refuó gio 10 seguro aos refugiados, incluindo explicitamente Judeus, Russos e apaó tridas. Mas houve um homem que desafiou estas ordens terríóficas e que ergueu a voz da sua conscieê ncia, salvando 30.000 pessoas de uma morte certa. Aristides Sousa Mendes foi severamente castigado por Salazar que lhe retirou o seu cargo e lhe negou qualquer forma de garantir um sustento, o que se revelou traó gico, uma vez que Sousa Mendes tinha 15 filhos, que foram colocados numa lista 15 negra e que foram impedidos pelo regime de ingressar no ensino universitaó rio. AÀ medida que recrudescia a ameaça nazi e a perseguiçaã o de milhares de Judeus por toda a Europa se intensificava, assumindo contornos cada vez mais assustadores, milhares de refugiados judeus, em Bordeó us, reuniam-se em frente aos consulados de Portugal e de Espanha, em busca de vistos para escapar a uma morte certa. Espanha negou os vistos aos refugiados 20 judeus e a uó nica esperança residia no consulado portugueê s. A 16 de Junho de 1940, o coê nsul portugueê s em Bordeó us, Aristides de Sousa Mendes, encontra-se com o rabino Kruger que escapara a uma Poloó nia ocupada. Promete-lhe fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para persuadir o governo de Lisboa, liderado por Salazar. Nessa noite, acolhe o rabino Kruger em sua casa. Na manhaã do dia 17 de Junho de 1940, Lisboa nega os vistos aos refugiados judeus, mas de 25 forma inesperada, Aristides de Sousa Mendes informa o rabino que iraó emitir os vistos, pois sabia que os refugiados estavam condenados a morrer nos terríóveis campos de concentraçaã o nazis. A casa da famíólia – Casa do Passal, situada em Cabanas de Viriato, Viseu – foi devolvida ao banco e vendida como forma de saldar díóvidas. A Associaçaã o Judaica de Lisboa foi a uó nica a 30 ajudar a famíólia Sousa Mendes, providenciando alimentaçaã o e assisteê ncia meó dica. Aristides de Sousa Mendes, o homem que afirmou “Que mundo eó este em que eó preciso ser louco para fazer o que eó certo?” morreu no dia 3 de Abril de 1954, mas lutou pela justeza dos seus feitos ateó ao seu uó ltimo suspiro. http://www.centerofportugal.com/pt/aristides-de-sousa-mendes-o-consul-insubordinado/ (texto alterado)

35 1- Seleciona, para responderes a cada item (1.1 a 1.8), a única opção que permite obter uma afirmação adequada. 40

Paó gina 1 de 10


(D) predicativo do sujeito.

1.1. O constituinte sublinhado em “Portugal era uma naçaã o” (l. 1) desempenha a funçaã o 45 sintaó tica de

50 1.5. O constituinte “emitiu a perversa “Circular 14” (l. 3) desempenha a funçaã o sintaó tica de

(A) complemento direto.

(A) complemento direto.

(B) sujeito composto.

(B) complemento indireto.

(C) complemento indireto.

(C) complemento oblíóquo. 55 (D) complemento agente da passiva. 65

1.2. O pronome pessoal sublinhado em “lhe retirou o seu cargo” (l.7) desempenha a funçaã o sintaó tica de 60 (A) sujeito.

1.6. O constituinte sublinhado em “ AÀ medida que recrudescia a ameaça nazi” (l. 10) desempenha a funçaã o sintaó tica de (A) sujeito simples. 70 (B) complemento direto.

(B) complemento direto. (C) complemento indireto.

(C) complemento agente da passiva.

(D) complemento oblíóquo.

(D) predicativo do sujeito.

1.3. O constituinte “O governo portugueê s” (l. 3 ) 80 1.7. O constituinte “que foram impedidos pelo 75 desempenha a funçaã o sintaó tica de regime de ingressar no ensino universitaó rio”(l.9)desempenha a funçaã o de:

(A) sujeito simples.

(A) complemento direto.

(B) sujeito indeterminado.

(B) complemento indireto.

(C) sujeito composto.

85 (C) complemento oblíóquo.

(D) complemento agente da passiva.

(D) predicativo do sujeito.

1.4. O constituinte sublinhado em “sob a ditadura de Salazar, Portugal era uma naçaã o” (l. 90 1) desempenha a funçaã o sintaó tica de (A) modificador.

1.8. Em “A casa da famíólia foi devolvida ao banco pelo governo “, o constituinte sublinhado desempenha a funçaã o sintaó tica de:

100 (A) complemento direto.

(B) complemento indireto.

(B) complemento indireto.

(C) complemento oblíóquo.

(C) sujeito simples.

(D) complemento agente da passiva.

(D) complemento agente da passiva.

95

Paó gina 2 de 10


5 105 2. Das frases que se seguem, assinala só as que estão na forma passiva. (A) Os judeus eram enviados para campos de concentraçaã o. (B) O terror chegara aos paíóses do sul. (C) Sofreram imenso os judeus daquela regiaã o. (D) O coê nsul eó admirado pelos estudantes. 110 3. Das frases que se seguem, assinala só aquelas em que o constituinte sublinhado desempenha a função de complemento agente da passiva. (A) Aristides Sousa Mendes foi severamente castigado por Salazar. (B) … que foram impedidos pelo regime de ingressar no ensino universitaó rio. 115 (C) … a perseguiçaã o de milhares de Judeus por toda a Europa se intensificava… (D) ... lutou pela justeza dos seus feitos ateó ao seu uó ltimo suspiro. 4. Identifica as funções sintáticas das seguintes frases, conforme o exemplo. (A) O coê nsul passou vistos aos fugitivos. 120 Sujeito simples: o Cônsul; Predicado: passou vistos aos fugitivos; Complemento direto: vistos; Complemento indireto: aos fugitivos.

(B) Os vistos eram carimbados pelo proó prio coê nsul. Sujeito simples: Os vistos; Predicado: eram carimbados pelo proó prio coê nsul; Complemento Agente da Passiva: pelo proó prio coê nsul. 125 (C) Meu Deus, mostra-me a soluçaã o! Vocativo: Meu Deus; Sujeito Nulo Subentendido: (tu); Predicado: mostra-me a soluçaã o; Complemento Indireto: -me; Complemento Direto: a soluçaã o.

130 5. Sublinha os modificadores do nome presentes em cada frase apresentada e classifica-os, assinalando a opção correta. Modificador restritivo do nome A. Aristides gostou de conversar com o rabi, que era um homem muito sensato. B. As ordens enviadas por Salazar deixaram o coê nsul muito preocupado.

Modificador apositivo do nome X

X

Paó gina 3 |


6.Indica se as afirmações seguintes são verdadeiras (V) ou falsas (F). 135

A. Na frase “Fala-se muito pouco de Aristides de Sousa Mendes.” existe um sujeito nulo subentendido. F B. O sujeito da frase “Adorava ter conhecido este homem.” eó nulo subentendido. V C. O predicado da frase “Noó s vimos uma reportagem sobre esta personalidade na semana passada.” eó constituíódo por um verbo, um complemento direto e um modificador. F

140

D. Na frase “O coê nsul refletiu longamente sobre o que iria fazer.” existe um modificador com valor de tempo. V E. Na frase complexa “Os judeus fugiram, foram perseguidos.” haó coordenaçaã o sindeó tica. F 6.1. Corrige as afirmações falsas.

145

A- Na frase “Fala-se muito pouco de Aristides de Sousa Mendes.” existe um sujeito nulo indeterminado. C. O predicado da frase “Noó s vimos uma reportagem sobre esta personalidade na semana passada.” eó constituíódo por um verbo, um complemento direto e dois modificadores.

150

E. Na frase complexa “Os judeus fugiram, foram perseguidos.” haó coordenaçaã o assindeó tica.

7. Reescreve as frases seguintes, substituindo sublinhados pelos pronomes corretos. 155

os

constituintes

A. Ontem, consultei alguns documentos. “… consultei-os.” B. Eu recomendei este filme aos alunos. “… recomendei-lhes este filme.” C.O Luíós e o Diogo escolheram apresentar o Diaó rio de Zlata. “Eles escolheram…” D.O Diaó rio de Anne Frank foi lido por estes alunos. “… foi lido por eles.”

160

7.1. Indica, agora, as funções sintáticas desempenhadas pelos pronomes. A. Complemento Direto B. Complemento Indireto C. Sujeito Simples D. Complemento Agente da Passiva Paó gina 4 |

10


165 8. Classifica como simples ou complexas as frases apresentadas. Frases A. Os judeus eram perseguidos por toda a Europa B. O rabi Kruger procurou o coê nsul e informou-o dos acontecimentos C. O coê nsul ou obedecia a Salazar ou seguia a sua conscieê ncia. D. Em toda a Europa, havia perseguiçoã es em massa ao povo judeu.

Simples X

Complexa X X

X

9. Classifica as orações coordenadas colocando um X na coluna correta. Orações A. Não só ouviu o Rabi, mas também o alojou em sua casa. B. O rabi fugiu da Poloó nia e refugiou-se em França. C. Devo agradar ao Presidente do Conselho ou respeitar a minha educaçaã o? D. Passou treê s dias e treê s noites sem dormir, logo, estaria exausto. E. Tu eó s um bom homem, mas vais enfurecer as autoridades do teu paíós. F. Salazar enviou a Circular nº 14 pois suspeitou de alguns vistos.

Coordenadas Copulativa

Adversativa

Disjuntiva

Conclusiva

Explicativa

X X X X X X

170 10. Sublinha as orações subordinadas e classifica-as colocando um X na coluna correta. Subordinadas

A. O Cônsul ficou tão preocupado que não dormiu nessa noite B. Ele passou os vistos de modo a salvar aquelas pessoas indefesas. C. Como era um diplomata, era fácil arranjar os vistos. D. Enquanto permaneceu em Bordéus, passou milhares de autorizações

Concessiva

Consecutiva

Condicional

Comparativa

Final

Causal

Orações

Temporal

Adverbial

X X X X Paó gina 5 |


escritas. E. Se se tivesse recusado a passar os vistos, não conseguiria viver de consciência tranquila. F. Embora o esperasse um castigo, o cônsul continuou a sua tarefa humanitária. G. As pessoas amontoavam-se nas escadas como sardinhas comprimidas numa lata.

X

X

X

175 11. Em cada uma das alíóneas seguintes, transforma as duas frases simples numa frase complexa, utilizando a conjunção ou a locução conjuncional indicada. Faz as alteraçoã es necessaó rias. 11.1. Conjunção subordinativa final Estou a assinar centenas de vistos. 180

Os refugiados conseguem chegar a Portugal. Estou a assinar centenas de vistos para os refugiados conseguirem chegar a Portugal. (por exemplo) 11.2. Locução conjuncional subordinativa consecutiva Tenho passado noites sem dormir.

185

Anda a doer-me a cabeça. Tenho passado noites sem dormir de modo que me anda a doer a cabeça. (por exemplo)

190

12.Preenche os espaços em branco, conjugando os verbos nos tempos e modos indicados entre parênteses. a. O Cônsul disse à família que

iria (verbo “ir” no condicional simples) passar vistos a

todos. b. A família desejava que o Cônsul não

195

prejudicasse (verbo “prejudicar” no pretérito

imperfeito do conjuntivo) a sua situação financeira. c. Se o Cônsul não tivesse passado (verbo “passar” no pretérito mais-que-perfeito composto do conjuntivo) aqueles vistos, muitas pessoas

teriam morrido

(verbo

“morrer” no condicional composto) às mãos dos nazis.

15

Paó gina 6 |


d. Como

tinha prometido

(verbo “prometer” no pretérito mais-que-perfeito

composto do indicativo) ao rabi Kruger, o Cônsul agiu (verbo “agir” no pretérito perfeito

200

205

simples do indicativo) de acordo com a sua consciência humanitária.

Grupo II - Escrita

“Tenho de salvar estas pessoas, tantas quantas eu puder. Se estou a desobedecer a ordens, prefiro estar com Deus e contra os homens, do que com os homens contra Deus.” Aristides Sousa Mendes viveu um dilema que nenhum homem deveria 210 enfrentar. Teve de escolher a melhor forma de agir num contexto políótico e humanitaó rio extremo. Refletiu durante treê s dias e treê s noites depois de conversar com o Rabi Kruger e, por fim, tomou uma decisaã o que iria marcar a vida de milhares de pessoas, incluindo a sua e a dos seus familiares. Imagina que o coê nsul portugueê s tinha um diaó rio onde escrevia acerca do que 215 sentia e pensava. Redige uma paó gina de diaó rio (entre 180 e 240 palavras) que pudesse ter sido escrita por Aristides Sousa Mendes enquanto refletia na decisaã o a tomar. Naã o te esqueças de que eó um texto intimista, redigido na primeira pessoa e que deve refletir os anseios, os medos, as alegrias, os acontecimentos recentes, as pessoas 220 envolvidas, etc. Enriquece o texto com recursos expressivos (comparaçoã es, metaó foras, enumeraçoã es, personificaçoã es, adjetivaçaã o, pontuaçaã o expressiva). _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

225 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

230 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ Paó gina 7 |


20 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

235 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

240 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

245 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

250 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

255 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

260 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

265 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

270 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ Paรณ gina 8 |


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275 _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

280 _______________________________________________________ n.º de palavras: __________

REVISÃO: agora, revê o texto, preenchendo a grelha seguinte. SIM

       

O meu texto respeita o tema e o tipo propostos. O meu texto contém um discurso de primeira pessoa. Incluí, no meu texto, as partes necessárias devidamente ordenadas. Apresentei momentos de reflexão variados. Embelezei o texto, incluindo recursos expressivos. Verifiquei se havia repetições a evitar e corrigi o que estava incorreto. Verifiquei a correção linguística ao nível da pontuação e da ortografia. Cumpri os limites.

BOM TRABALHO! 285

A professora: Dina Maria Gonçalves de Jesus

Paó gina 9 |

25

NÃO


Paรณ gina 10 de 10

10


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